quinta-feira, 10 de janeiro de 2019
7 hábitos que fazem mal ao seu coração
domingo, 21 de novembro de 2021
10 piores hábitos para o coração e o que fazer para melhorar
Você come muita besteira? Não consegue resistir a Fast-Foods, frituras, doces e refrigerantes? Não vai a pé nem à padaria da esquina? Está com uns quilinhos extras, mas quem não engordou nessa pandemia?
Todo mundo quer ter um coração saudável. Ainda assim,
a doença cardiovascular é a causa número um de morte no mundo. A boa notícia é
que trocar hábitos errados por práticas corretas podem fazer uma grande
diferença a longo prazo e você vai colher os frutos disso mais tarde.
Quais são os 10 piores hábitos para o seu coração:
será que você faz tudo certinho, será que está plantando a semente da saúde ou
tem umas ervas daninhas no meio?
1o hábito que
faz mal para o seu coração - você esquece da saúde da sua boca.
Ué, o que boca tem a ver com o coração?
A boca tem tudo a ver.
A saúde da sua boca vai além do bom ou mau hálito e se
você tem um sorriso bonito e dentes branquinhos.
Se você esquecer dos seus dentes, da sua gengiva, da
sua língua você está negligenciando a sua saúde.
Você está cultivando bactérias nocivas nas placas
bacterianas, cáries, pus, gengivite…
Alguns estudos mostram que as pessoas com doenças gengivais têm maior
probabilidade de ter doenças cardíacas do que aquelas com gengivas saudáveis.
Também a má saúde dentária aumenta o risco de uma
infecção bacteriana na corrente sanguínea, que pode afetar as válvulas
cardíacas- causando endocardite— que é muito séria. Além disso a perda dentária está ligada à
doença arterial coronariana.
As bactérias da sua boca desencadeiam inflamação no
corpo corpo todo. E sabemos que inflamação tem uma ligação estreita com
aterosclerose.
O QUE FAZER?
Proteja sua boca, sua gengiva, escove a língua. As
gengivas saudáveis são rosadas e firmes, não vermelhas e inchadas. Escove os
dentes pelo menos duas vezes ao dia, use fio dental pelo menos uma vez ao dia e
vá ao dentista regularmente, além de evitar fumar ou mascar tabaco.
2o hábito que
faz mal para o seu coração - você ignora o ronco
Você ou seu parceiro roncam? O ronco não é só um
aborrecimento é, um alarme.
É um fator de risco
para derrame e ataque cardíaco e o ronco aumenta o risco de ter placas
nas artérias carótidas devido ao trauma e inflamação causados pelas vibrações
do ronco.
E quem ronca tem maior chance de apneia do sono, que é
aquela respiração interrompida — pausas ao respirar durante o sono. A apneia
pode ser causa de pressão alta e aumenta também o risco de infarto, derrame e
de fibrilação atrial — uma arritmia cardíaca séria, que pode causar derrame. E
claro, apneia causa cansaço, falta de concentração, mau humor…
O QUE FAZER?
Faça alguns ajustes na hora de dormir:
Durma de lado
Use uma Placa Intraoral para Ronco
Também: perca peso — porque sobrepeso e obesidade
aumentam risco de roncos e apneia, evite álcool antes de dormir, tente
exercícios para roncos e, se nada funcionar, pode considerar até tratamento
cirúrgico.
3o hábito que faz mal para o seu coração- maratonar na
frente do computador ou tv
Maratonar — para quem ainda não está familiarizado com
o termo, significa assistir vários episódios de uma série de uma vez só, até
acabar todos as temporadas disponíveis.
Ficar sentado por horas a fio aumenta o risco de
ataque cardíaco e derrame, mesmo que você se exercite regularmente.
Se exercitar uma vez ao dia não compensa o tempo que
você fica sentado. Porque? A falta de movimento durante longos períodos pode
afetar os níveis sanguíneos de gorduras e açúcares.
Por isso que os relógios como Apple Watch mandam você
levantar de hora em hora por um minuto.
Você já deve estar pensando: e eu que fico muito tempo
sentando no trabalho, é a mesma coisa? Sim, exatamente. Qualquer sessão
prolongada - como no escritório, dirigindo, ou na frente de uma tela - pode ser
prejudicial. Uma análise de 13 estudos sobre o tempo sentado e os níveis de
atividade descobriu que quem fica sentado por mais de oito horas por dia tem um risco aumentado de morrer semelhante à
obesidade e ao fumo.
O QUE FAZER?
Levante-se, caminhe de tempos em tempos, pelo menos 2x
por hora.
Faça uma pausa na sessão a cada 30 minutos.
Fique de pé enquanto fala ao telefone ou assiste
televisão.
Tente se mexer o máximo possível.
4o hábito que faz mal para o seu coração: fumar, ou
morar com um fumante
Claro, você já ouviu isso um milhão de vezes: Não
fume. Mas vale a pena repetir. "Fumar é um desastre para o seu coração”.
Fumar promove coágulos sanguíneos— aumentando risco de tromboses— aumenta
aterosclerose, o acúmulo de placas de gordura, inflama, aumenta risco de todos
os tipos de cânceres. E além disso a fumaça é um míssil teleguiado destinado a
todos ao seu redor. Sete fumantes
passivos morrem por dia no Brasil. E quem recebe a fumaça do cigarro têm 30%
maior risco para câncer de pulmão e 24% para infarto.
O QUE FAZER?
Pare de fumar! Já fizemos vídeos sobre o assunto no
canal. Ainda bem que no Brasil o número de fumantes está derretendo. Você não
vai ser o último a apagar a luz, não é?
5o habito que faz mal para o seu coração: isolar-se
Você está se sentindo estressado, mau-humorado ou
deprimido?
A maneira como você lida com essas emoções pode afetar
a saúde do seu coração. Aqueles que internalizam o estresse correm mais risco;
e aqueles que se isolam também. Existe
um claro benefício das redes de apoio social. É útil poder falar com alguém
sobre seus problemas, sobre seus medos.
As pessoas que se isolam ou tem relações sociais
precárias tem um aumento de 29% no risco de infartol e um aumento de 32% no
risco AVC. Não vale a pena ser um ermitão!
O QUE FAZER?
Fortaleça suas conexões com aqueles de quem você
realmente gosta. Pessoas da família, amigos, vizinhos.
Ah, mas eu gosto de ficar sozinho.. Tudo bem, mas você
ainda deve estender a mão para outras pessoas e manter contato sempre que
puder. Você estará fazendo um bem para a sua saúde!
6o Hábito que faz mal para o seu coração: comer errado
Quando eu falo de comer errado eu enfatizo que você
não pode pular frutas e verduras.
As duas dietas votadas como as mais saudáveis da década, A dieta DASH e dieta Mediterrânea têm como base o consumo de frutas e verduras. A pesquisa descobriu que pessoas que comem mais de cinco porções de frutas e vegetais por dia têm 20% menos risco de doenças cardíacas e derrame se comparado com pessoas que comem menos de três porções por dia.
O QUE FAZER?
Corte bolachas, corte açúcar, reduza frituras e
farinha branca.
Coma alimentos ricos em nutrientes— comida de verdade—
vegetais, frutas, grãos integrais, frutos do mar, além de feijão, lentilhas e
castanhas. Carnes magras, de preferência branca — peixe e frango, leite e
iogurte desnatado também são boas escolhas.
E ovos— pode comer ovo? Pode, mas não exagere! Coma um ou dois por dia.
10 ovos por dia não dá, né!
7o Hábito que faz mal para o seu coração: exagerar no
sal
Essa você vai falar: esse eu não faço. Nem gosto de
sal. E, provavelmente, você está errado. O consumo do brasileiro é quase 2
vezes o preconizado. E o brasileiro não tem consciência desse excesso e aí que
mora o perigo. Os alimentos
industrializados estão recheados de sal. Sabemos que o excesso de sal aumenta
risco de hipertensão, derrames, insuficiência cardíaca e problemas renais.
O QUE FAZER?
Primeiro, se você não tem problema renal, e nem
potássio alto, troque o sal por sal light (50% cloreto de sódio e 50% cloreto
de potássio). Eu troquei aqui em casa e não vi diferença.
Evite alimentos industrializados.
Substitua o sal por temperos frescos: limão, ervas,
cebola, alho, luro, cebolinha, pimenta, coentro, vinagre… os alimentos vão ter
mais sabor e você não precisa colocar sal em excesso
8o Hábito que
faz mal para o seu coração: supor que você não tem risco de problema cardíaco
As doenças cardiovasculares ceifam mais vidas do que
qualquer outra doença. Não presuma que você não está em risco. Vá atrás. Tem
certeza que não tem pressão alta? Aferiu sua pressão recentemente? E colesterol
alto? E diabetes? Está no peso certo? Não fuma? Não tem genética de infarto e
derrame?
Só porque você foi atleta aos vinte anos, não
significa que você não precise de uma retífica do motor aos 50. Eu atendo muita
gente que fica surpreso quando descobre que está tudo entupido.
O QUE FAZER?
Fique atento com sua saúde. Faça exames de sangue,
passe em um médico de forma regular, evite as coisas que você sabe que fazem
mal, esteja dentro do peso
Se você tem problema de saúde, não pare os remédios
porque não está sentindo nada. Hipertensão, diabetes e colesterol são
silenciosos, não dão sintomas mesmo! Mas são eles os grandes culpados pelo
derrame e pelo infarto.
9o Hábito que faz mal para o seu coração: exagerar no álcool
Existem estudos sugerem que o uso regular de álcool em
pequenas doses pode reduzir o seu risco
cardíaco em até 30%. Mas eu friso aqui: pequena quantidade. Mas isso não pode
ser desculpa para você exagerar. O excesso de álcool está relacionado a um
risco maior de hipertensão, de triglicerídeos e insuficiência cardíaca. Além
disso, as calorias extras podem levar ao ganho de peso e aumentarem o risco de
diabetes.
O QUE FAZER?
Se você já bebe, reduza o álcool. Se você não bebe,
não comece.
E o último, o 10o hábito que faz mal para seu coração:
ignorar os sintomas
Se antes você não sentia dor ao caminhar e agora você
sente, vá ao médico. O mesmo quando você vai subir uma escada e percebe que está
cansando mais fácil. Ou dói a batata da perna quando caminha— o que a gente
chama de claudicação intermitente.
Seu corpo está mostrando que há algo de errado. Nunca
presuma que é porque você está mais velho ou fora de forma.
E se você tiver dor no peito parado, não vá esperar
passar a dor sozinho. Pode ser um infarto ou uma angina instável. Quantas vezes
não vi pessoas chegarem no hospital depois de várias horas de sintomas de
infarto.
Tempo é músculo! Quanto mais rápido você receber o
tratamento correto, menor será a chance de você ficar com uma sequela grande e
irreversível no seu coração.
Importante: Vamos frisar os hábitos corretos:
1- Cuide da sua saúde bucal
2- Durma bem e evite o ronco e apneia do sono
3- Não fique muito tempo sentado ou deitado no sofá.
Levante a cada 30 minutos.
4- Não fume
5- Cerque-se de pessoas que gosta (família, amigos e
conhecidos)
6- Coma muitas frutas e verduras, reduza açúcar e
calorias vazias
7- Faça a comida com menos sal e mais temperos frescos
8- Reconheça que você, também, pode estar em perigo
para um problema cardíaco e faça o check up.
9- Reduza ou corte o álcool
10- Ouça o que seu corpo está lhe dize
Fonte: https://cardiodf.com.br/saude/10-piores-habitos-para-o-coracao-e-o-que-fazer-para-melhorar
- André Wambier, cardiologista
Disse-lhe Jesus: Não te hei dito que, se creres, verás
a glória de Deus?
João 11:40
quinta-feira, 29 de julho de 2021
Conheça 16 hábitos que fazem mal ao coração
Além dos óbvios sedentarismo e má alimentação, ver TV por muitas horas também prejudicam a saúde do coração
A saúde é sempre importante, mas a do coração merece
atenção especial. Doenças cardiovasculares devem ser investigadas no histórico
familiar para que sejam evitadas idealmente ou controladas. Da mesma forma, o
estilo de vida que se leva e os cuidados com a alimentação têm grande
importância também.
Conheça 16 hábitos que devem ser evitados por quem se
preocupada com a saúde do coração.
1. Assistir muita televisão
Mesmo que você pratique exercícios físicos com
regularidade, ficar sentado em frente à televisão por horas e horas pode
aumentar o risco de ataque cardíaco, pois a falta de movimentos corporais pode
aumentar o nível de açúcar e gordura no sangue. Para evitar que isso aconteça,
movimente-se!
2. Excesso de estresse, mal humor e depressão
A forma como você lida com o estresse e alterações de
humor pode afetar sua saúde de forma significativa. Estresse, tristeza,
sentimentos ruins como rancor e ressentimento podem ser um veneno para a saúde
do seu coração.
3. Roncos
Em alguns casos, o ronco pode ser muito mais que
apenas um ruído. O ronco pode ocorrer por diversas causas, como apneia do sono,
quando a respiração é interrompida durante o sono sem que a pessoa perceba. A
apneia pode causar problemas de saúde, como pressão alta, e que pode
desencadear problemas cardiovasculares.
4. Não usar fio dental
Diversos estudos já mostraram que doenças na boca e
nas gengivas podem desencadear doenças que afetam o coração. Algumas sujeiras
ficam entre os dentes e a gengiva, locais onde a escova não alcança, o que pode
desencadear doenças e inflamações na boca que passam para a corrente sanguínea.
Uma dessas doenças é a arteriosclerose, quando as artérias do coração inflamam.
5. Falta de tempo para familiares de amigos
É muito bom ter um tempo para si mesmo, mas estar em
contato com familiares e amigos também é muito importante. Ter uma vida social
ativa e estar próximo a pessoas queridas faz bem para a saúde em geral,
inclusive o coração.
6. Parar com exercícios
Você está se exercitando com regularidade, mesmo
fazendo uma boa caminhada, e decide parar abruptamente. Isso pode causar
problemas para a sua saúde, inclusive ao coração. Por isso, quando vier aquela
vontade de parar, vença a preguiça e continue a se exercitar.
7. Excesso de álcool
Já foi comprovado pela medicina que bebidas alcoólicas
como o vinho podem fazer bem a saúde. Inclusive falamos aqui sobre a cerveja e
o uísque. Porém, o excesso de álcool pode fazer muito mal, como aumento do
nível de açúcar no sangue e problemas cardíacos. A quantidade ideal para fazer
bem à saúde é uma taça de vinho tinto por dia.
8. Ter a
certeza de que não está em risco
É muito importante consultar um cardiologista somente
para saber se tudo está indo bem com o seu coração. Já foi comprovado, por exemplo,
que o infarto é responsável por um grande número de óbitos em países como
Estados Unidos, e que pode ser tão fatal como o câncer.
9. Consumo de carne vermelha
A carne vermelha tem altos níveis de gordura saturada,
uma grande vilã do coração. Recentes estudos mostraram que carnes processadas
como bacon e salsicha podem aumentar o risco de doenças cardiovasculares e
câncer colorretal. Por isso, tente reduzir a consumo de carne, principalmente a
vermelha, reduzindo-a em torno de 10% dos alimentos que costuma consumir.
10. Ser fumante ou fumante passivo
O cigarro é um dos principais vilões de uma vida
saudável. O hábito de fumar pode causar sérios danos ao coração, pois causa
coágulos no sangue que podem afetar as artérias do coração. O mesmo vale para
pessoas que convivem com fumantes.
11. Esquecer ou parar de usar medicamentos
É muito fácil esquecer a medicação quando estamos nos
sentindo bem, mas isso pode causar problemas como pressão alta, por exemplo,
que é chamada de "doença silenciosa", pois os sintomas podem demorar
a surgir. Se você utiliza medicamentos com regularidade, preste atenção no
horário de tomá-los.
12. Não consumir frutas, verduras e legumes
Uma alimentação saudável proporciona um coração
saudável. Por isso, inclua em sua alimentação cada vez mais frutas, verduras e
legumes. Estudos científicos comprovaram que pessoas que consomem até cinco
porções de frutas e vegetais por dia tem até 20% menos risco de ter problemas
cardíacos comparado àqueles que consomem até três porções.
13. Ignorar sintomas
Caso sinta pressão no peito ou falta de ar após subir
apenas alguns degraus de escada (principalmente se você não tem esse tipo de
problema), é preciso consultar um médico. Quanto mais rápido verificar esses
sintomas, menores são os riscos.
14. Excesso de
sal
O alto consumo de sal pode levar a pressão sanguínea
às alturas. A pressão alta é um dos principais desencadeadores de problemas
cardíacos e até mesmo infarto. A quantidade ideal diária de sal é de 2,3
miligramas por dia. Para quem tem pressão alta ou já passou dos 50 anos, a
quantidade cai para 1,5 miligramas.
15. Consumir
"calorias vazias"
Precisamos consumir carboidratos e calorias pois é
energia para o funcionamento do organismo. No entanto, alimentos cheios de
açúcar e gordura são chamados de "calorias vazias", pois não são boas
fontes de energia, e ainda podem causar obesidade e diabetes. Portanto, opte
por carboidratos saudáveis, como grãos integrais, legumes, aveia, feijão e
frutas.
16. Não tomar café
Sim, é isso mesmo. O café pode fazer bem ao coração.
Uma quantidade moderada pode impedir a formação de coágulos no sangue. Um
estudo comprovou que pessoas que tomam café têm quantidades menores de cálcio
nas artérias. O cálcio é importante para a saúde, mas em excesso pode obstruir
as artérias e, consequentemente, afetar a saúde do coração. Por isso, uma ou
duas xícaras por dia pode ser bom para a sua saúde.
Fonte: https://www.noticiasaominuto.com.br/lifestyle/1814836/conheca-16-habitos-que-fazem-mal-ao-coracao
domingo, 1 de dezembro de 2019
9 hábitos comuns que podem prejudicar a saúde do seu coração
sábado, 10 de outubro de 2009
Proteja o seu Coração
Estresse, poluição, instabilidades emocionais e até problemas de pele podem estar relacionados às doenças cardiovasculares, consideradas hoje a maior causa de mortalidade no país, juntamente com outras patologias do aparelho circulatório. "Perdemos aproximadamente 300 mil vidas em razão de complicações desta natureza, o que representa 38% a 40% dos óbitos na população brasileira. A segunda grande causa de mortalidade - que reúne todos os tipos de câncer - representa praticamente a metade, atingindo 20% a 24% da população", alerta o cardiologista Antonio Mendes Neto, presidente da regional de Santos da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (Socesp).
Os eventos popularmente conhecidos como ataques cardíacos nada mais são do que uma interrupção, temporária ou não, no funcionamento do coração. "São causados principalmente por isquemias - quando há uma interrupção súbita do fluxo sanguíneo - ou arritmias - descompassos nos batimentos cardíacos, que não necessariamente precisam estar acelerados", esclarece Mendes Neto.
ATENÇÃO AOS RISCOS
Em razão de sua magnitude, os problemas cardiovasculares têm despertado a atenção dos especialistas e os estudos na área não param de trazer novas evidências a respeito de suas causas. E, nesse ponto, as conclusões dos levantamentos internacionais e nacionais apontam para um consenso em relação aos principais fatores de risco. Tanto a avaliação Interheart (2004), aplicada a mais de 30 mil pessoas em 35 países dos cinco continentes - incluindo o Brasil -, quanto o estudo Afirmar (2003), realizado em 104 hospitais de 51 cidades do país, advertem para o perigo.representado pela associação de maus hábitos à mesa e sedentarismo, além de alertarem para o risco representado pelo cigarro. Segundo os especialistas, mais de 90% dos ataques cardíacos seriam prevenidos se estes e outros descuidos fossem observados e contornados com mudanças de atitude. "Embora a predisposição genética seja um fator importante, temos muitos outros elementos que chamamos de modificáveis e que interferem de maneira decisiva nesse processo", afirma o cardiologista Miguel Antonio Moretti, do Instituto do Coração (Incor) do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP.
Mas o que as pesquisas recentes têm mostrado é que, além desses fatores já conhecidos, outros perigos também ameaçam a saúde do coração. Ficar atento a todos esses vilões é uma maneira certeira de garantir a longevidade e a qualidade de vida. E mais: as orientações valem mesmo para aqueles que nunca apresentaram nenhum tipo de distúrbio. "O peso da carga genética deve ser considerado. Mas, de certa forma, a exposição contínua e prolongada a fatores de risco deixa qualquer pessoa vulnerável", completa Moretti. Conheça, a seguir, alguns dos principais inimigos da boa saúde do coração e saiba como preveni-los.
1 - Estresse
É um dos fatores de risco mais importantes para o desenvolvimento de doenças coronárias. "Causa uma elevação da frequência cardíaca, provocada principalmente pela descarga de substâncias derivadas da adrenalina, as catecolaminas, no sangue. Com isso, há um aumento significativo do consumo de oxigênio pelo músculo do coração, o que pode levar a um espasmo da artéria - uma diminuição temporária no diâmetro do calibre do vaso sanguíneo -, interrompendo parcialmente o fluxo de sangue", explica Ricardo Pavanello, supervisor do setor de Cardiologia Clínica do Hospital do Coração (HCor). O alívio das tensões pode vir por meio da prática de atividades físicas e de lazer. Rever a rotina, buscando modificar ou neutralizar as fontes de desgaste mental excessivo, também é uma excelente pedida. Um exemplo prático de como mudar: se você vive constantemente aflito por chegar atrasado ao trabalho, em razão do trânsito, acostume-se a acordar mais cedo, para fazer o mesmo trajeto com tempo de sobra.
2 - Contraceptivos orais e terapias de reposição hormonal (TRH)
Mulheres que usam hormônios constantemente e por períodos prolongados estão mais propensas a desenvolver problemas cardiovasculares, especialmente em decorrência das tromboses venosas profundas. Entretanto, os medicamentos mais modernos, com baixíssimas dosagens hormonais, têm efeitos colaterais menores. "Diversos estudos mostram que essa parcela da população está mais suscetível à formação de coágulos nas veias, principalmente nas pernas. O problema é desencadeado pela diminuição no fluxo do sangue e pelo aumento de sua viscosidade. Mais ou menos seis milhões de tromboses desse tipo são detectadas por ano, a maioria delas sem sintomas", adverte Pavanello. O cigarro, quando combinado a um contraceptivo oral, é capaz de potencializar esses efeitos. "O uso de contraceptivo oral pode aumentar de duas a quatro vezes a incidência de trombose venosa profunda", completa Marcos Knobel, coordenador da Unidade Coronária do Hospital Albert Einstein. Pacientes que fazem uso de anticoncepcionais e das terapias de reposição - em razão de uma menopausa extremamente sintomática - devem continuar o tratamento. Porém, como prevenção, é importante que façam um controle rigoroso das funções cardiovasculares, por meio de exames periódicos.
3 - Uso de cortisona
O medicamento anti-inflamatório chega a oferecer um efeito protetor à saúde do coração, pois sabe-se que a desestabilização das placas de gordura nos vasos também está intimamente relacionada a fenômenos inflamatórios. Por outro lado, o uso frequente de remédios à base desse ativo deixa a pessoa exposta a efeitos colaterais muito mais importantes, capazes de neutralizar completamente os benefícios. "Sabemos que a cortisona ajuda a aumentar os níveis de pressão arterial e de açúcar circulante no sangue, dois fatores diretamente relacionados aos riscos de problemas coronários. Por essa razão, não se recomenda o uso desse tipo de remédio para pacientes com complicações cardiovasculares", indica Ricardo Pavanello. Pacientes que não apresentam disfunções coronárias, venção, mas que fazem uso constante da cortisona, devem se submeter a exames regulares, para avaliação do perfil cardiológico.
Quanto mais baixa a taxa de HDL no sangue, maior é o risco para a saúde do seu coração
4 - HDL baixo
Conhecido como o bom colesterol, o HDL penetra pouco nas artérias coronárias e ajuda a limpar a gordura que se concentra na superfície dos vasos, diminuindo o risco de ataques do coração. "Quanto mais alto o HDL, melhor. Quanto mais baixo, maior o risco de sofrer com problemas cardiovasculares", garante Pavanello. De qualquer forma, a análise desse índice precisa ser combinada ao estudo das taxas de colesterol total, para que se chegue a um diagnóstico preciso. "O peso da taxa de HDL depende da observação abrangente do paciente dentro de um contexto. Então, é fundamental submeter-se a um check-up pelo menos a cada dois anos", complementa o especialista.
5 - Infecções e inflamações
Pessoas que já têm algum nível de aterosclerose - processo de formação de placas de gordura nas artérias que pode ocasionar interrupção do fluxo sanguíneo - estarão mais sujeitas a ataques cardíacos quando apresentarem qualquer tipo de processo inflamatório ou infeccioso grave. "Um evento infeccioso, seja por contaminação bacteriana ou viral, ou inflamatório crônico, como a artrite reumatoide, é capaz de multiplicar por três vezes o risco cardiovascular. Essas doenças acabam contribuindo para acelerar o quadro inflamatório já diagnosticado", diz o cardiologista Antonio Mendes Neto. Infecções e inflamações agudas podem levar a uma diminuição do diâmetro das artérias, dificultando a passagem do sangue. "O processo está intimamente ligado à queda na liberação de óxido nítrico, que é uma substância vasodilatadora", completa o cardiologista Ricardo Pavanello. Segundo Mendes Neto, mesmo uma periodontite - inflamação da gengiva - em grau adiantado pode ser a gota d'água para ataques do coração em indivíduos predispostos. As evidências apenas reforçam a necessidade de, ao se notar qualquer processo infeccioso ou inflamatório, buscar tratamento o mais rápido possível.
6 - Sono irregular
Já está mais do que provado que as pessoas que apresentam apneia do sono estão mais propensas a desenvolver problemas de hipertensão, bem como complicações cardiovasculares. Mas até aqueles que, sem ter a doença, acabam dormindo menos do que precisam - especialmente em razão das exigências da vida moderna - poderão sentir na pele os mesmos efeitos desagradáveis. "Se o indivíduo não entra na fase REM do sono, que é um descanso profundo e que efetivamente recarrega as baterias, a saúde do coração fica comprometida. Sabemos que o órgão necessita desse repouso à noite para voltar a funcionar de forma equilibrada ao longo do dia", alerta o cardiologista Antonio Mendes Neto. Por isso, mesmo se não for possível descansar por mais tempo à noite, invista na qualidade das horas que passa na cama. Para tanto, basta adotar bons hábitos: evite refeições pesadas antes de se deitar, bem como bebidas e medicamentos que contenham cafeína. E tente programar seus exercícios para terminarem até quatro horas antes do momento de ir dormir.
7 - Problemas renais
Uma das principais consequências da insuficiência renal é a elevação da pressão sanguínea. A hipertensão atinge diretamente o coração e aumenta a prevalência de infartos em 25%. "Com as complicações renais, diminui-se a produção de uma substância chamada eritropoetina, que é matéria-prima para a formação das células vermelhas, as hemácias. Com o tempo, o quadro pode evoluir para a anemia, levando a uma piora no rendimento cardiovascular", explica Pavanello. "Algumas drogas utilizadas antes e depois do transplante de rim podem agravar a aterosclerose", lembra Marcos Knobel. Os cuidados com a saúde do coração, portanto, implicam em um acompanhamento frequente das funções renais.
8 - Poluição
Além do mal-estar provocado pelo contato com substâncias poluentes, os efeitos do monóxido de carbono na circulação são diretos. "O ar poluído faz com que, ao longo do tempo, o sangue fique mais espesso e os vasos se estreitem. Essa combinação prejudica a dinâmica circulatória, trazendo efeitos diretos para o coração", explica Miguel Antonio Moretti. Até mesmo a poluição sonora e a visual trazem prejuízos cardiovasculares, por conta do estresse que provocam. Na falta de oportunidade de sair das grandes metrópoles, o jeito é tentar minimizar os efeitos da poluição. Aposte em uma rotina de exercícios regular, tenha uma boa alimentação e controle indicadores como pressão arterial, açúcar no sangue e colesterol.
9 - Abrir mão do tratamento com AAS
O ácido acetilsalicílico (AAS) é normalmente indicado para pessoas que apresentam um quadro de aterosclerose estabelecido, que sofreram complicações ou cirurgias cardiovasculares anteriores. E realmente funciona. "O medicamento, em doses adequadas, prescritas pelo médico, previne em 37% a ocorrência de um novo infarto e em 29% a ocorrência de derrame. Para entender sua ação, basta pensarmos no mecanismo da trombose que responde por boa parte dos ataques do coração. O evento é caracterizado pela formação de plaquetas - células do sangue que começam a se unir -, formando uma espécie de tampão que atrapalha a circulação em determinado local. O AAS tem justamente a função de diminuir a capacidade de aderência dessas plaquetas. Assim, não há entupimento dos vasos", explica Moretti. Prescindir do tratamento é, portanto, renunciar à proteção que ele proporciona. Mas atenção: "Nos pacientes que não possuem nenhuma doença estabelecida, os benefícios são inferiores a 15%. Os efeitos colaterais não compensam o uso continuado, como medida de prevenção", lembra o cardiologista.
Mudança de hábitos
Aposte em atitudes que vão fazer muito bem ao coração:
-Invista em check-ups: qualquer pessoa acima de 18 anos precisa fazer o acompanhamento das suas taxas de colesterol, dos níveis de pressão arterial e das funções cardiovasculares pelo menos a cada dois anos. Esses exames ajudam a identificar precocemente os riscos para a saúde, possibilitando um tratamento mais eficiente e minimizando riscos de complicações.
-Acerte na dieta: você já ouviu falar em gorduras boas e ruins, certo? Neste último grupo estão as saturadas, presentes nas carnes vermelhas, no leite e em certos óleos vegetais, como o de palma, coco e dendê. A gordura trans, que compõe boa parte dos produtos industrializados, é outra que deve ser evitada. No time das boas gorduras estão as monoinsaturadas - nozes, abacate e azeite extravirgem - e as poli-insaturadas, que podem ser encontradas nos óleos vegetais de milho e girassol e no salmão.
-Pratique exercícios regularmente: durante a atividade física, o corpo precisa de mais oxigênio e, para que o sangue circule depressa, há uma dilatação natural dos vasos. Assim, o coração é capaz de ganhar novas fibras e artérias para irrigá-lo quando estimulado a trabalhar mais. Uma simples caminhada de meia hora por dia ajuda a diminuir a gordura abdominal, acabando com os triglicérides acumulados e permitindo que o HDL suba.
-Mantenha o colesterol e a pressão sob controle: como sabemos, o colesterol em excesso se deposita na parede das artérias formando placas de gordura e causando obstruções ao fluxo sanguíneo. A pressão alta agrava ainda mais esse problema, já que o sangue atingirá a parede dos vasos de maneira mais violenta, levando-as a um desgaste progressivo.
-Deixe de fumar: quem inala as substâncias tóxicas do cigarro fica suscetível à formação de coágulos, tem as paredes dos vasos mais frágeis e expostas aos riscos de uma inflamação. As substâncias presentes no cigarro também levam as glândulas suprarrenais a liberar mais hormônios que provocam a contração dos vasos sanguíneos.
Fonte: Revista Viva Saúde