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quinta-feira, 10 de janeiro de 2019

7 hábitos que fazem mal ao seu coração


Seu estilo de vida pode estar, silenciosamente, afetando a saúde do seu coração. Pequenas mudanças evitam problemas sérios

Como anda a saúde do seu coração? A maioria de nós, mulheres, se preocupa muito com outras doenças e acaba descuidando dos problemas cardíacos. Sem muitos sintomas, as cardiopatias são a terceira maior causa de mortes de pessoas entre 30 e 50 anos no Brasil.

Já está provado que alguns fatores de risco para o desenvolvimento de doenças que afetam o seu coração estão relacionados ao estilo de vida. Maus hábitos que dia após dia acabam provocando problemas sérios – mas que poderiam ser evitados com um pouco de atenção e cuidado.

Veja abaixo os 7 hábitos que você deve evitar para cuidar melhor do seu amigo do peito.

1. Fumar
Que o cigarro contém centenas de substâncias tóxicas e extremamente nocivas para a saúde, você já sabe. Mas talvez ainda não saiba que ele é responsável por aproximadamente 30% das mortes relacionadas à doença cardíaca, além de ser um alto fator de risco para certos tipos de câncer.
Por isso, se você quer bem ao seu coração mantenha-se longe do cigarro.

2. Descuidar do peso
Não é só uma questão estética. O excesso de peso sobrecarrega não somente o coração, mas todo o sistema circulatório (o que acaba aumentando a pressão arterial). De acordo com o doutor Fernando Costa, palestrante da Sociedade Brasileira de Cardiologia, a circunferência abdominal é um fator importante para a doença cardíaca, pois o tecido gorduroso que se acumula na barriga provoca o aumento do colesterol.
Uma alimentação rica em frutas e vegetais é uma forte aliada no combate a doenças cardiovasculares, mesmo quando existe uma tendência genética.

3. Exagerar no sal
O sal é importante para o organismo, mas o consumo exagerado tem feito os especialistas o considerarem como vilão na lista dos temperos prejudiciais à saúde. O motivo é simples: o excesso de sal causa hipertensão, aumentando a possibilidade de um ataque cardíaco ou de um acidente vascular cerebral.
A recomendação é evitar alimentos industrializados (ricos em sódio) e pensar duas vezes antes de adicionar mais algumas pitadinhas de sal à batata frita ou pipoca.

4. Não praticar exercícios
Acredite: o sedentarismo também é classificado como uma doença e atinge cada vez mais pessoas. Fuja deste inimigo do coração saudável e pratique exercícios!
E é importante lembrar que quando falamos de exercícios físicos, eles não estão relacionados necessariamente apenas à prática de esportes. As atividades físicas podem fazer parte do seu dia a dia de forma simples – caminhadas até o trabalho, trocar o elevador pela escada, pedalar… As possibilidades são inúmeras.

5. Consumir bebidas alcoólicas (exageradamente)
Tomar uma bebida de vez em quando não fará mal ao seu coração, especialmente se você consumir vinho (cujos benefícios para a saúde são reconhecidos pelos médicos).
Mas se você consome bebida alcoólica regularmente, seu coração pode sentir as consequências em longo prazo. Além de afetar o fígado, o excesso de álcool no organismo eleva o risco de hipertensão e doenças cardíacas.
Por isso, não exagere na dose!

6. Dormir mal
A falta de sono prejudica a saúde do nosso coração sem apresentar sintomas. Casos crônicos de insônia são capazes de aumentar a pressão arterial porque é como se o coração nunca entrasse em repouso. E, lembrando, hipertensão é fator de risco para AVC ou insuficiência cardíaca.
Para manter seu coração saudável, não se prive de uma boa noite de sono. Caso sinta insônia com frequência, procure ajude médica.

7. Descuidar das emoções
Não é segredo que as emoções negativas afetam a saúde do coração. Ansiedade, estresse e depressão podem impactar menos sua saúde se você souber administrar as emoções.
Pessoas muito agitadas ou que trabalham demais estão suscetíveis aos infartos. O melhor remédio para o coração é divertir-se. “Tenha uma vida gostosa de viver. Sorria, faças as coisas que você gosta, brinque. Isto é importante para o seu coração.”, recomenda o médico Fernando Costa.

E você? O que tem feito para cuidar do seu coração?


domingo, 21 de novembro de 2021

10 piores hábitos para o coração e o que fazer para melhorar


Você come muita besteira? Não consegue resistir a Fast-Foods, frituras, doces e refrigerantes? Não vai a pé nem à padaria da esquina? Está com uns quilinhos extras, mas quem não engordou nessa pandemia?

 

Todo mundo quer ter um coração saudável. Ainda assim, a doença cardiovascular é a causa número um de morte no mundo. A boa notícia é que trocar hábitos errados por práticas corretas podem fazer uma grande diferença a longo prazo e você vai colher os frutos disso mais tarde. 

 

Quais são os 10 piores hábitos para o seu coração: será que você faz tudo certinho, será que está plantando a semente da saúde ou tem umas ervas daninhas no meio?

 

1o  hábito que faz mal para o seu coração - você esquece da saúde da sua boca.

Ué, o que boca tem a ver com o coração?

A boca tem tudo a ver.

A saúde da sua boca vai além do bom ou mau hálito e se você tem um sorriso bonito e dentes branquinhos.

Se você esquecer dos seus dentes, da sua gengiva, da sua língua você está negligenciando a sua saúde.

Você está cultivando bactérias nocivas nas placas bacterianas, cáries, pus, gengivite…  Alguns estudos mostram que as pessoas com doenças gengivais têm maior probabilidade de ter doenças cardíacas do que aquelas com gengivas saudáveis.

Também a má saúde dentária aumenta o risco de uma infecção bacteriana na corrente sanguínea, que pode afetar as válvulas cardíacas- causando endocardite— que é muito séria.  Além disso a perda dentária está ligada à doença arterial coronariana.

As bactérias da sua boca desencadeiam inflamação no corpo corpo todo. E sabemos que inflamação tem uma ligação estreita com aterosclerose.

O QUE FAZER?

Proteja sua boca, sua gengiva, escove a língua. As gengivas saudáveis são rosadas e firmes, não vermelhas e inchadas. Escove os dentes pelo menos duas vezes ao dia, use fio dental pelo menos uma vez ao dia e vá ao dentista regularmente, além de evitar fumar ou mascar tabaco.


2o  hábito que faz mal para o seu coração - você ignora o ronco

Você ou seu parceiro roncam? O ronco não é só um aborrecimento é, um alarme.

É um fator de risco  para derrame e ataque cardíaco e o ronco aumenta o risco de ter placas nas artérias carótidas devido ao trauma e inflamação causados pelas vibrações do ronco.

E quem ronca tem maior chance de apneia do sono, que é aquela respiração interrompida — pausas ao respirar durante o sono. A apneia pode ser causa de pressão alta e aumenta também o risco de infarto, derrame e de fibrilação atrial — uma arritmia cardíaca séria, que pode causar derrame. E claro, apneia causa cansaço, falta de concentração, mau humor…

O QUE FAZER?

Faça alguns ajustes na hora de dormir:

Durma de lado

Use uma Placa Intraoral para Ronco

Também: perca peso — porque sobrepeso e obesidade aumentam risco de roncos e apneia, evite álcool antes de dormir, tente exercícios para roncos e, se nada funcionar, pode considerar até tratamento cirúrgico.

 

3o hábito que faz mal para o seu coração- maratonar na frente do computador ou tv

Maratonar — para quem ainda não está familiarizado com o termo, significa assistir vários episódios de uma série de uma vez só, até acabar todos as temporadas disponíveis.

Ficar sentado por horas a fio aumenta o risco de ataque cardíaco e derrame, mesmo que você se exercite regularmente.

Se exercitar uma vez ao dia não compensa o tempo que você fica sentado. Porque? A falta de movimento durante longos períodos pode afetar os níveis sanguíneos de gorduras e açúcares.

Por isso que os relógios como Apple Watch mandam você levantar de hora em hora por um minuto.

Você já deve estar pensando: e eu que fico muito tempo sentando no trabalho, é a mesma coisa? Sim, exatamente. Qualquer sessão prolongada - como no escritório, dirigindo, ou na frente de uma tela - pode ser prejudicial. Uma análise de 13 estudos sobre o tempo sentado e os níveis de atividade descobriu que quem fica sentado por mais de oito horas por dia  tem um risco aumentado de morrer semelhante à obesidade e ao fumo.

O QUE FAZER?

Levante-se, caminhe de tempos em tempos, pelo menos 2x por hora.

Faça uma pausa na sessão a cada 30 minutos.

Fique de pé enquanto fala ao telefone ou assiste televisão.

Tente se mexer o máximo possível.

 

4o hábito que faz mal para o seu coração: fumar, ou morar com um fumante

Claro, você já ouviu isso um milhão de vezes: Não fume. Mas vale a pena repetir. "Fumar é um desastre para o seu coração”. Fumar promove coágulos sanguíneos— aumentando risco de tromboses— aumenta aterosclerose, o acúmulo de placas de gordura, inflama, aumenta risco de todos os tipos de cânceres. E além disso a fumaça é um míssil teleguiado destinado a todos ao seu redor.   Sete fumantes passivos morrem por dia no Brasil. E quem recebe a fumaça do cigarro têm 30% maior risco para câncer de pulmão e 24% para infarto.

O QUE FAZER?

Pare de fumar! Já fizemos vídeos sobre o assunto no canal. Ainda bem que no Brasil o número de fumantes está derretendo. Você não vai ser o último a apagar a luz, não é?


5o habito que faz mal para o seu coração: isolar-se

Você está se sentindo estressado, mau-humorado ou deprimido?

A maneira como você lida com essas emoções pode afetar a saúde do seu coração. Aqueles que internalizam o estresse correm mais risco; e aqueles que se isolam também.  Existe um claro benefício das redes de apoio social. É útil poder falar com alguém sobre seus problemas, sobre seus medos.

As pessoas que se isolam ou tem relações sociais precárias tem um aumento de 29% no risco de infartol e um aumento de 32% no risco AVC. Não vale a pena ser um ermitão!

O QUE FAZER?

Fortaleça suas conexões com aqueles de quem você realmente gosta. Pessoas da família, amigos, vizinhos.

Ah, mas eu gosto de ficar sozinho.. Tudo bem, mas você ainda deve estender a mão para outras pessoas e manter contato sempre que puder. Você estará fazendo um bem para a sua saúde!

 

6o Hábito que faz mal para o seu coração: comer errado

Quando eu falo de comer errado eu enfatizo que você não pode pular frutas e verduras.

As duas dietas votadas como as mais saudáveis da década, A dieta DASH e dieta Mediterrânea têm como base o consumo de frutas e verduras. A pesquisa descobriu que pessoas que comem mais de cinco porções de frutas e vegetais por dia têm 20% menos risco de doenças cardíacas e derrame se comparado com pessoas que comem menos de três porções por dia.

O QUE FAZER?

Corte bolachas, corte açúcar, reduza frituras e farinha branca.

Coma alimentos ricos em nutrientes— comida de verdade— vegetais, frutas, grãos integrais, frutos do mar, além de feijão, lentilhas e castanhas. Carnes magras, de preferência branca — peixe e frango, leite e iogurte desnatado também são boas escolhas.  E ovos— pode comer ovo? Pode, mas não exagere! Coma um ou dois por dia. 10 ovos por dia não dá, né!

 

7o Hábito que faz mal para o seu coração: exagerar no sal

Essa você vai falar: esse eu não faço. Nem gosto de sal. E, provavelmente, você está errado. O consumo do brasileiro é quase 2 vezes o preconizado. E o brasileiro não tem consciência desse excesso e aí que mora o perigo.  Os alimentos industrializados estão recheados de sal. Sabemos que o excesso de sal aumenta risco de hipertensão, derrames, insuficiência cardíaca e problemas renais.

O QUE FAZER?

Primeiro, se você não tem problema renal, e nem potássio alto, troque o sal por sal light (50% cloreto de sódio e 50% cloreto de potássio). Eu troquei aqui em casa e não vi diferença.

Evite alimentos industrializados.

Substitua o sal por temperos frescos: limão, ervas, cebola, alho, luro, cebolinha, pimenta, coentro, vinagre… os alimentos vão ter mais sabor e você não precisa colocar sal em excesso

 

8o Hábito  que faz mal para o seu coração: supor que você não tem risco de problema cardíaco

As doenças cardiovasculares ceifam mais vidas do que qualquer outra doença. Não presuma que você não está em risco. Vá atrás. Tem certeza que não tem pressão alta? Aferiu sua pressão recentemente? E colesterol alto? E diabetes? Está no peso certo? Não fuma? Não tem genética de infarto e derrame?

Só porque você foi atleta aos vinte anos, não significa que você não precise de uma retífica do motor aos 50. Eu atendo muita gente que fica surpreso quando descobre que está tudo entupido.

O QUE FAZER?

Fique atento com sua saúde. Faça exames de sangue, passe em um médico de forma regular, evite as coisas que você sabe que fazem mal, esteja dentro do peso

Se você tem problema de saúde, não pare os remédios porque não está sentindo nada. Hipertensão, diabetes e colesterol são silenciosos, não dão sintomas mesmo! Mas são eles os grandes culpados pelo derrame e pelo infarto.

 

9o Hábito que faz mal para o seu coração:  exagerar no álcool

Existem estudos sugerem que o uso regular de álcool em pequenas  doses pode reduzir o seu risco cardíaco em até 30%. Mas eu friso aqui: pequena quantidade. Mas isso não pode ser desculpa para você exagerar. O excesso de álcool está relacionado a um risco maior de hipertensão, de triglicerídeos e insuficiência cardíaca. Além disso, as calorias extras podem levar ao ganho de peso e aumentarem o risco de diabetes.

O QUE FAZER?

Se você já bebe, reduza o álcool. Se você não bebe, não comece.

E o último, o 10o hábito que faz mal para seu coração: ignorar os sintomas

Se antes você não sentia dor ao caminhar e agora você sente, vá ao médico. O mesmo quando você vai subir uma escada e percebe que está cansando mais fácil. Ou dói a batata da perna quando caminha— o que a gente chama de claudicação intermitente.

Seu corpo está mostrando que há algo de errado. Nunca presuma que é porque você está mais velho ou fora de forma.

E se você tiver dor no peito parado, não vá esperar passar a dor sozinho. Pode ser um infarto ou uma angina instável. Quantas vezes não vi pessoas chegarem no hospital depois de várias horas de sintomas de infarto.

Tempo é músculo! Quanto mais rápido você receber o tratamento correto, menor será a chance de você ficar com uma sequela grande e irreversível no seu coração.

 

Importante: Vamos frisar os hábitos corretos:

1- Cuide da sua saúde bucal

2- Durma bem e evite o ronco e apneia do sono

3- Não fique muito tempo sentado ou deitado no sofá. Levante a cada 30 minutos.

4- Não fume

5- Cerque-se de pessoas que gosta (família, amigos e conhecidos)

6- Coma muitas frutas e verduras, reduza açúcar e calorias vazias

7- Faça a comida com menos sal e mais temperos frescos

8- Reconheça que você, também, pode estar em perigo para um problema cardíaco e faça o check up.

9- Reduza ou corte o álcool

10- Ouça o que seu corpo está lhe dize

 

Fonte: https://cardiodf.com.br/saude/10-piores-habitos-para-o-coracao-e-o-que-fazer-para-melhorar - André Wambier, cardiologista


Disse-lhe Jesus: Não te hei dito que, se creres, verás a glória de Deus?

João 11:40


quinta-feira, 29 de julho de 2021

Conheça 16 hábitos que fazem mal ao coração


Além dos óbvios sedentarismo e má alimentação, ver TV por muitas horas também prejudicam a saúde do coração

 

A saúde é sempre importante, mas a do coração merece atenção especial. Doenças cardiovasculares devem ser investigadas no histórico familiar para que sejam evitadas idealmente ou controladas. Da mesma forma, o estilo de vida que se leva e os cuidados com a alimentação têm grande importância também.  

 

Conheça 16 hábitos que devem ser evitados por quem se preocupada com a saúde do coração.

 

1. Assistir muita televisão

Mesmo que você pratique exercícios físicos com regularidade, ficar sentado em frente à televisão por horas e horas pode aumentar o risco de ataque cardíaco, pois a falta de movimentos corporais pode aumentar o nível de açúcar e gordura no sangue. Para evitar que isso aconteça, movimente-se!

 

2. Excesso de estresse, mal humor e depressão

A forma como você lida com o estresse e alterações de humor pode afetar sua saúde de forma significativa. Estresse, tristeza, sentimentos ruins como rancor e ressentimento podem ser um veneno para a saúde do seu coração.

 

3. Roncos

Em alguns casos, o ronco pode ser muito mais que apenas um ruído. O ronco pode ocorrer por diversas causas, como apneia do sono, quando a respiração é interrompida durante o sono sem que a pessoa perceba. A apneia pode causar problemas de saúde, como pressão alta, e que pode desencadear problemas cardiovasculares.

 

4. Não usar fio dental

Diversos estudos já mostraram que doenças na boca e nas gengivas podem desencadear doenças que afetam o coração. Algumas sujeiras ficam entre os dentes e a gengiva, locais onde a escova não alcança, o que pode desencadear doenças e inflamações na boca que passam para a corrente sanguínea. Uma dessas doenças é a arteriosclerose, quando as artérias do coração inflamam.

 

5. Falta de tempo para familiares de amigos

É muito bom ter um tempo para si mesmo, mas estar em contato com familiares e amigos também é muito importante. Ter uma vida social ativa e estar próximo a pessoas queridas faz bem para a saúde em geral, inclusive o coração.

 

6. Parar com exercícios

Você está se exercitando com regularidade, mesmo fazendo uma boa caminhada, e decide parar abruptamente. Isso pode causar problemas para a sua saúde, inclusive ao coração. Por isso, quando vier aquela vontade de parar, vença a preguiça e continue a se exercitar.

 

7. Excesso de álcool

Já foi comprovado pela medicina que bebidas alcoólicas como o vinho podem fazer bem a saúde. Inclusive falamos aqui sobre a cerveja e o uísque. Porém, o excesso de álcool pode fazer muito mal, como aumento do nível de açúcar no sangue e problemas cardíacos. A quantidade ideal para fazer bem à saúde é uma taça de vinho tinto por dia.

 

 8. Ter a certeza de que não está em risco

É muito importante consultar um cardiologista somente para saber se tudo está indo bem com o seu coração. Já foi comprovado, por exemplo, que o infarto é responsável por um grande número de óbitos em países como Estados Unidos, e que pode ser tão fatal como o câncer.

 

9. Consumo de carne vermelha

A carne vermelha tem altos níveis de gordura saturada, uma grande vilã do coração. Recentes estudos mostraram que carnes processadas como bacon e salsicha podem aumentar o risco de doenças cardiovasculares e câncer colorretal. Por isso, tente reduzir a consumo de carne, principalmente a vermelha, reduzindo-a em torno de 10% dos alimentos que costuma consumir.

 

10. Ser fumante ou fumante passivo

O cigarro é um dos principais vilões de uma vida saudável. O hábito de fumar pode causar sérios danos ao coração, pois causa coágulos no sangue que podem afetar as artérias do coração. O mesmo vale para pessoas que convivem com fumantes.

 

11. Esquecer ou parar de usar medicamentos

É muito fácil esquecer a medicação quando estamos nos sentindo bem, mas isso pode causar problemas como pressão alta, por exemplo, que é chamada de "doença silenciosa", pois os sintomas podem demorar a surgir. Se você utiliza medicamentos com regularidade, preste atenção no horário de tomá-los.

 

12. Não consumir frutas, verduras e legumes

Uma alimentação saudável proporciona um coração saudável. Por isso, inclua em sua alimentação cada vez mais frutas, verduras e legumes. Estudos científicos comprovaram que pessoas que consomem até cinco porções de frutas e vegetais por dia tem até 20% menos risco de ter problemas cardíacos comparado àqueles que consomem até três porções.

 

13. Ignorar sintomas

Caso sinta pressão no peito ou falta de ar após subir apenas alguns degraus de escada (principalmente se você não tem esse tipo de problema), é preciso consultar um médico. Quanto mais rápido verificar esses sintomas, menores são os riscos.

 

 14. Excesso de sal

O alto consumo de sal pode levar a pressão sanguínea às alturas. A pressão alta é um dos principais desencadeadores de problemas cardíacos e até mesmo infarto. A quantidade ideal diária de sal é de 2,3 miligramas por dia. Para quem tem pressão alta ou já passou dos 50 anos, a quantidade cai para 1,5 miligramas.

 

 15. Consumir "calorias vazias"

Precisamos consumir carboidratos e calorias pois é energia para o funcionamento do organismo. No entanto, alimentos cheios de açúcar e gordura são chamados de "calorias vazias", pois não são boas fontes de energia, e ainda podem causar obesidade e diabetes. Portanto, opte por carboidratos saudáveis, como grãos integrais, legumes, aveia, feijão e frutas.

 

16. Não tomar café

Sim, é isso mesmo. O café pode fazer bem ao coração. Uma quantidade moderada pode impedir a formação de coágulos no sangue. Um estudo comprovou que pessoas que tomam café têm quantidades menores de cálcio nas artérias. O cálcio é importante para a saúde, mas em excesso pode obstruir as artérias e, consequentemente, afetar a saúde do coração. Por isso, uma ou duas xícaras por dia pode ser bom para a sua saúde.

 

Fonte: https://www.noticiasaominuto.com.br/lifestyle/1814836/conheca-16-habitos-que-fazem-mal-ao-coracao

domingo, 1 de dezembro de 2019

9 hábitos comuns que podem prejudicar a saúde do seu coração


Dormir pouco, passar muito tempo sentado e não beber água suficiente são alguns fatores que podem comprometer seu sistema cardiovascular

É no dia a dia que construímos e mantemos uma boa saúde cardiovascular. Porém, ao longo do tempo, alguns hábitos corriqueiros podem gerar problemas e comprometer o funcionamento do coração, trazendo consequências para todo o organismo.

O mundo, hoje, exige cada vez mais do nosso corpo e mente. Grande parte dos brasileiros vive uma rotina estressante, com múltiplas funções, responsabilidades e atividades. Para acompanhar esse ritmo, muitas vezes acabamos deixando a saúde em segundo plano.

Como anda a sua alimentação? Você tem mantido na rotina a prática de exercícios físicos e atividades que gerem bem-estar? Sente sempre o corpo e a mente esgotados? E seu sono, tem conseguido manter horas suficientes para o corpo relaxar e descansar?

São essas e outras reflexões que devemos fazer constantemente para monitorar fatores que podem interferir em nosso sistema cardiovascular, provocando doenças crônicas, como o diabetes e a hipertensão. Veja abaixo 9 hábitos que merecem atenção:


Hábitos prejudiciais para o coração

1. Ter uma alimentação desequilibrada
Sua alimentação diária inclui o consumo de frituras, produtos processados, gordura saturada, açúcar e embutidos? Então, reavalie os alimentos que estão fazendo parte da sua dieta. Um cardápio rico em carnes magras, aves e peixes oleosos (salmão, sardinha e atum, por exemplo), azeite extravirgem, frutas frescas, castanhas, cereais e grãos integrais, verduras e legumes reduz em cerca de 30% o risco de eventos cardiovasculares, como infarto e acidente vascular cerebral (AVC).
É importante também moderar o consumo de sal e ler o rótulo dos alimentos, pois algumas marcas chegam a ter sete vezes mais sódio que outras. Além disso, evite o consumo excessivo de carnes vermelhas. A dica é: experimente e diversifique, com outras fontes de proteína.
Busque ainda incluir porções de frutas e verduras da estação no consumo diário, assim como cereais e grãos integrais. Uma alimentação equilibrada é fundamental para manter o nível de colesterol adequado, além de controlar o diabetes, a pressão arterial e o peso.

2. Passar muito tempo sentado
Passar a maior parte do dia sentado pode estimular o ganho de peso, faz mal para a coluna, dificulta a circulação do sangue, aumenta o risco de varizes e ainda pode complicar a saúde do coração.
Por isso, se você trabalha ou faz alguma atividade que exige que permaneça sentado por muitas horas seguidas, a recomendação é que, em intervalos de 40 minutos a uma hora, você levante e movimente o corpo. Aproveite para esticar as pernas e estimular a circulação sanguínea.
Beber água durante todo o dia e ir ao banheiro com regularidade também podem parecer recomendações simples, mas fazem muita diferença no seu bem-estar. A água, por exemplo, dilui o sangue e reduz o risco de formação de trombos (coágulos de sangue) na circulação.
Já segurar o xixi por muito tempo aumenta os batimentos cardíacos e a pressão arterial, estressando o sistema cardiovascular. Portanto, fazer pequenas pausas durante o expediente vai muito além de um descanso para a cabeça: é fundamental para a saúde do seu coração.

3. Ser sedentário
A prática regular de exercícios físicos, pelo menos três vezes por semana, favorece a diminuição do colesterol ruim (LDL) e aumenta o nível do bom colesterol (HDL) no sangue.
Além disso, já foi constatado por diversas pesquisas e estudos realizados ao redor do mundo que a prática de atividades físicas ajuda a melhorar o humor, a acuidade mental, o equilíbrio, a massa muscular e os ossos, além de combater a obesidade.
Muito além da estética, o excesso de peso é um dos fatores mais graves para o aparecimento de doenças cardiovasculares. Segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia, a obesidade é considerada um dos maiores problemas de saúde da atualidade e atinge indivíduos de todas as classes sociais.

4. Não controlar o estresse
O estresse, em maior ou menor grau, está presente no cotidiano de todos. Diante de situações tensas, o corpo reage imediatamente: a respiração fica ofegante, o coração acelera, os músculos enrijecem. Mas a questão complica quando esses episódios estressantes ocorrem de maneira constante.
A região do cérebro chamada de amígdala - aquela que processa emoções como raiva e medo - envia sinais para a medula óssea produzir mais células brancas para o sangue. Essas células causam inflamação nas artérias, o que pode levar a ataques cardíacos, angina e derrames.
Além disso, quem vive uma rotina estressante libera altos níveis de hormônios, entre eles a adrenalina e o cortisol. A adrenalina é responsável por aumentar a respiração e a frequência cardíaca, alterando a pressão arterial. Já o cortisol, quando produzido em excesso ou de maneira constante, pode afetar o sistema imunológico.
Em contrapartida, há hormônios que aumentam a sensação de bem-estar. É comprovado cientificamente que o ato de abraçar estimula a liberação de oxitocina, hormônio que ajuda a reduzir a pressão arterial e aliviar o estresse.

5. Consumir bebidas alcoólicas em excesso
O álcool, em grande quantidade, causa enfraquecimento das células musculares cardíacas, levando a uma doença chamada de miocardiopatia alcoólica. A substância também pode estimular o fechamento das artérias, além de desencadear arritmias, aumentar os perigos de hipertensão arterial, obesidade e AVC. Portanto, o segredo é a moderação no consumo de bebidas alcoólicas.

6. Dormir pouco ou mal
A finalidade do sono é oferecer recuperação ao corpo - e consequentemente ao coração. O organismo de quem dorme mal não faz adequadamente essa pausa, estando assim mais propenso aos problemas cardíacos.
Durante o período em que estamos dormindo, há diminuição dos batimentos cardíacos e redução da pressão arterial, situações que protegem o coração. Em casos de pouco sono profundo ou fragmentado, poderá ocorrer um aumento da pressão e do estresse, amplificando o trabalho do coração e a possibilidade de aparecimento da doença coronária, por exemplo.
Uma das principais causas do sono ruim é a apneia, um distúrbio que causa a pausa respiratória. Além de interromper o sono, o problema pode prejudicar a oxigenação do sangue e liberar substâncias que estimulam a vasoconstrição, elevando os níveis da pressão sanguínea e aumentando o risco de hipertensão, aterosclerose, infarto e AVC.
Portanto, preste atenção em como anda o seu sono. O ideal é ter de 6 a 8 horas de sono contínuo por noite. Além disso, a recomendação é dormir sempre no mesmo horário, em um ambiente calmo, silencioso e tranquilo. Evite também estímulos eletrônicos, como smartphones, tablets, computadores e televisão, quando já estiver na cama.

7. Não cuidar da higiene bucal
Um estudo da Universidade de Nova York (EUA) revelou que usar o fio dental diariamente reduz a quantidade de bactérias em nosso organismo. Esses microrganismos podem entrar na corrente sanguínea e desencadear uma inflamação e o entupimento nas artérias, fatores de risco para doenças do coração.
É sempre importante reforçar que a boca é uma porta de entrada para bactérias causadoras de várias doenças. Sem a higiene bucal necessária, esses microrganismos podem desencadear graves problemas cardiovasculares.

8. Fumar
Fumantes correm 70% mais risco de sofrer um infarto quando comparados àqueles que não fumam. Isso porque o cigarro promove o depósito de colesterol na parede das artérias, além de sua oxidação, o que favorece a formação de coágulos que podem provocar um derrame cerebral.
O tabagismo também facilita a coagulação do sangue e, consequentemente, dificulta a circulação. Esse hábito, para quem toma pílula anticoncepcional, ainda aumenta o perigo: o estrogênio presente no remédio estimula o sangue a coagular mais rápido, aumentando os riscos de formação de trombos.

9. Deixar a saúde de lado
Não deixe que a correria diária coloque em segundo plano a sua saúde. Quando nosso corpo está bem e nossa saúde em pleno funcionamento, conseguimos encontrar soluções para todos os outros problemas e demandas do cotidiano.
Faça os exames de rotina conforme a orientação do seu médico, como medir os níveis de açúcar no sangue, a pressão sanguínea e os níveis de colesterol. Procure ter hábitos saudáveis e consulte regularmente um especialista para manter sua saúde em dia. Cuidar do nosso coração é essencial para uma vida longa e de qualidade.


sábado, 10 de outubro de 2009

Proteja o seu Coração

Além dos vilões já conhecidos, as complicações cardiovasculares podem estar relacionadas com outros inimigos ocultos, dos quais pouco se fala. Conheça 9 fatores de risco para o ataque cardíaco e aprenda como é possível se prevenir

Estresse, poluição, instabilidades emocionais e até problemas de pele podem estar relacionados às doenças cardiovasculares, consideradas hoje a maior causa de mortalidade no país, juntamente com outras patologias do aparelho circulatório. "Perdemos aproximadamente 300 mil vidas em razão de complicações desta natureza, o que representa 38% a 40% dos óbitos na população brasileira. A segunda grande causa de mortalidade - que reúne todos os tipos de câncer - representa praticamente a metade, atingindo 20% a 24% da população", alerta o cardiologista Antonio Mendes Neto, presidente da regional de Santos da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (Socesp).
Os eventos popularmente conhecidos como ataques cardíacos nada mais são do que uma interrupção, temporária ou não, no funcionamento do coração. "São causados principalmente por isquemias - quando há uma interrupção súbita do fluxo sanguíneo - ou arritmias - descompassos nos batimentos cardíacos, que não necessariamente precisam estar acelerados", esclarece Mendes Neto.

ATENÇÃO AOS RISCOS
Em razão de sua magnitude, os problemas cardiovasculares têm despertado a atenção dos especialistas e os estudos na área não param de trazer novas evidências a respeito de suas causas. E, nesse ponto, as conclusões dos levantamentos internacionais e nacionais apontam para um consenso em relação aos principais fatores de risco. Tanto a avaliação Interheart (2004), aplicada a mais de 30 mil pessoas em 35 países dos cinco continentes - incluindo o Brasil -, quanto o estudo Afirmar (2003), realizado em 104 hospitais de 51 cidades do país, advertem para o perigo.representado pela associação de maus hábitos à mesa e sedentarismo, além de alertarem para o risco representado pelo cigarro. Segundo os especialistas, mais de 90% dos ataques cardíacos seriam prevenidos se estes e outros descuidos fossem observados e contornados com mudanças de atitude. "Embora a predisposição genética seja um fator importante, temos muitos outros elementos que chamamos de modificáveis e que interferem de maneira decisiva nesse processo", afirma o cardiologista Miguel Antonio Moretti, do Instituto do Coração (Incor) do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP.
Mas o que as pesquisas recentes têm mostrado é que, além desses fatores já conhecidos, outros perigos também ameaçam a saúde do coração. Ficar atento a todos esses vilões é uma maneira certeira de garantir a longevidade e a qualidade de vida. E mais: as orientações valem mesmo para aqueles que nunca apresentaram nenhum tipo de distúrbio. "O peso da carga genética deve ser considerado. Mas, de certa forma, a exposição contínua e prolongada a fatores de risco deixa qualquer pessoa vulnerável", completa Moretti. Conheça, a seguir, alguns dos principais inimigos da boa saúde do coração e saiba como preveni-los.

1 - Estresse
É um dos fatores de risco mais importantes para o desenvolvimento de doenças coronárias. "Causa uma elevação da frequência cardíaca, provocada principalmente pela descarga de substâncias derivadas da adrenalina, as catecolaminas, no sangue. Com isso, há um aumento significativo do consumo de oxigênio pelo músculo do coração, o que pode levar a um espasmo da artéria - uma diminuição temporária no diâmetro do calibre do vaso sanguíneo -, interrompendo parcialmente o fluxo de sangue", explica Ricardo Pavanello, supervisor do setor de Cardiologia Clínica do Hospital do Coração (HCor). O alívio das tensões pode vir por meio da prática de atividades físicas e de lazer. Rever a rotina, buscando modificar ou neutralizar as fontes de desgaste mental excessivo, também é uma excelente pedida. Um exemplo prático de como mudar: se você vive constantemente aflito por chegar atrasado ao trabalho, em razão do trânsito, acostume-se a acordar mais cedo, para fazer o mesmo trajeto com tempo de sobra.

2 - Contraceptivos orais e terapias de reposição hormonal (TRH)
Mulheres que usam hormônios constantemente e por períodos prolongados estão mais propensas a desenvolver problemas cardiovasculares, especialmente em decorrência das tromboses venosas profundas. Entretanto, os medicamentos mais modernos, com baixíssimas dosagens hormonais, têm efeitos colaterais menores. "Diversos estudos mostram que essa parcela da população está mais suscetível à formação de coágulos nas veias, principalmente nas pernas. O problema é desencadeado pela diminuição no fluxo do sangue e pelo aumento de sua viscosidade. Mais ou menos seis milhões de tromboses desse tipo são detectadas por ano, a maioria delas sem sintomas", adverte Pavanello. O cigarro, quando combinado a um contraceptivo oral, é capaz de potencializar esses efeitos. "O uso de contraceptivo oral pode aumentar de duas a quatro vezes a incidência de trombose venosa profunda", completa Marcos Knobel, coordenador da Unidade Coronária do Hospital Albert Einstein. Pacientes que fazem uso de anticoncepcionais e das terapias de reposição - em razão de uma menopausa extremamente sintomática - devem continuar o tratamento. Porém, como prevenção, é importante que façam um controle rigoroso das funções cardiovasculares, por meio de exames periódicos.

3 - Uso de cortisona
O medicamento anti-inflamatório chega a oferecer um efeito protetor à saúde do coração, pois sabe-se que a desestabilização das placas de gordura nos vasos também está intimamente relacionada a fenômenos inflamatórios. Por outro lado, o uso frequente de remédios à base desse ativo deixa a pessoa exposta a efeitos colaterais muito mais importantes, capazes de neutralizar completamente os benefícios. "Sabemos que a cortisona ajuda a aumentar os níveis de pressão arterial e de açúcar circulante no sangue, dois fatores diretamente relacionados aos riscos de problemas coronários. Por essa razão, não se recomenda o uso desse tipo de remédio para pacientes com complicações cardiovasculares", indica Ricardo Pavanello. Pacientes que não apresentam disfunções coronárias, venção, mas que fazem uso constante da cortisona, devem se submeter a exames regulares, para avaliação do perfil cardiológico.
Quanto mais baixa a taxa de HDL no sangue, maior é o risco para a saúde do seu coração

4 - HDL baixo
Conhecido como o bom colesterol, o HDL penetra pouco nas artérias coronárias e ajuda a limpar a gordura que se concentra na superfície dos vasos, diminuindo o risco de ataques do coração. "Quanto mais alto o HDL, melhor. Quanto mais baixo, maior o risco de sofrer com problemas cardiovasculares", garante Pavanello. De qualquer forma, a análise desse índice precisa ser combinada ao estudo das taxas de colesterol total, para que se chegue a um diagnóstico preciso. "O peso da taxa de HDL depende da observação abrangente do paciente dentro de um contexto. Então, é fundamental submeter-se a um check-up pelo menos a cada dois anos", complementa o especialista.

5 - Infecções e inflamações
Pessoas que já têm algum nível de aterosclerose - processo de formação de placas de gordura nas artérias que pode ocasionar interrupção do fluxo sanguíneo - estarão mais sujeitas a ataques cardíacos quando apresentarem qualquer tipo de processo inflamatório ou infeccioso grave. "Um evento infeccioso, seja por contaminação bacteriana ou viral, ou inflamatório crônico, como a artrite reumatoide, é capaz de multiplicar por três vezes o risco cardiovascular. Essas doenças acabam contribuindo para acelerar o quadro inflamatório já diagnosticado", diz o cardiologista Antonio Mendes Neto. Infecções e inflamações agudas podem levar a uma diminuição do diâmetro das artérias, dificultando a passagem do sangue. "O processo está intimamente ligado à queda na liberação de óxido nítrico, que é uma substância vasodilatadora", completa o cardiologista Ricardo Pavanello. Segundo Mendes Neto, mesmo uma periodontite - inflamação da gengiva - em grau adiantado pode ser a gota d'água para ataques do coração em indivíduos predispostos. As evidências apenas reforçam a necessidade de, ao se notar qualquer processo infeccioso ou inflamatório, buscar tratamento o mais rápido possível.

6 - Sono irregular
Já está mais do que provado que as pessoas que apresentam apneia do sono estão mais propensas a desenvolver problemas de hipertensão, bem como complicações cardiovasculares. Mas até aqueles que, sem ter a doença, acabam dormindo menos do que precisam - especialmente em razão das exigências da vida moderna - poderão sentir na pele os mesmos efeitos desagradáveis. "Se o indivíduo não entra na fase REM do sono, que é um descanso profundo e que efetivamente recarrega as baterias, a saúde do coração fica comprometida. Sabemos que o órgão necessita desse repouso à noite para voltar a funcionar de forma equilibrada ao longo do dia", alerta o cardiologista Antonio Mendes Neto. Por isso, mesmo se não for possível descansar por mais tempo à noite, invista na qualidade das horas que passa na cama. Para tanto, basta adotar bons hábitos: evite refeições pesadas antes de se deitar, bem como bebidas e medicamentos que contenham cafeína. E tente programar seus exercícios para terminarem até quatro horas antes do momento de ir dormir.

7 - Problemas renais
Uma das principais consequências da insuficiência renal é a elevação da pressão sanguínea. A hipertensão atinge diretamente o coração e aumenta a prevalência de infartos em 25%. "Com as complicações renais, diminui-se a produção de uma substância chamada eritropoetina, que é matéria-prima para a formação das células vermelhas, as hemácias. Com o tempo, o quadro pode evoluir para a anemia, levando a uma piora no rendimento cardiovascular", explica Pavanello. "Algumas drogas utilizadas antes e depois do transplante de rim podem agravar a aterosclerose", lembra Marcos Knobel. Os cuidados com a saúde do coração, portanto, implicam em um acompanhamento frequente das funções renais.

8 - Poluição
Além do mal-estar provocado pelo contato com substâncias poluentes, os efeitos do monóxido de carbono na circulação são diretos. "O ar poluído faz com que, ao longo do tempo, o sangue fique mais espesso e os vasos se estreitem. Essa combinação prejudica a dinâmica circulatória, trazendo efeitos diretos para o coração", explica Miguel Antonio Moretti. Até mesmo a poluição sonora e a visual trazem prejuízos cardiovasculares, por conta do estresse que provocam. Na falta de oportunidade de sair das grandes metrópoles, o jeito é tentar minimizar os efeitos da poluição. Aposte em uma rotina de exercícios regular, tenha uma boa alimentação e controle indicadores como pressão arterial, açúcar no sangue e colesterol.

9 - Abrir mão do tratamento com AAS
O ácido acetilsalicílico (AAS) é normalmente indicado para pessoas que apresentam um quadro de aterosclerose estabelecido, que sofreram complicações ou cirurgias cardiovasculares anteriores. E realmente funciona. "O medicamento, em doses adequadas, prescritas pelo médico, previne em 37% a ocorrência de um novo infarto e em 29% a ocorrência de derrame. Para entender sua ação, basta pensarmos no mecanismo da trombose que responde por boa parte dos ataques do coração. O evento é caracterizado pela formação de plaquetas - células do sangue que começam a se unir -, formando uma espécie de tampão que atrapalha a circulação em determinado local. O AAS tem justamente a função de diminuir a capacidade de aderência dessas plaquetas. Assim, não há entupimento dos vasos", explica Moretti. Prescindir do tratamento é, portanto, renunciar à proteção que ele proporciona. Mas atenção: "Nos pacientes que não possuem nenhuma doença estabelecida, os benefícios são inferiores a 15%. Os efeitos colaterais não compensam o uso continuado, como medida de prevenção", lembra o cardiologista.

Mudança de hábitos

Aposte em atitudes que vão fazer muito bem ao coração:
-Invista em check-ups: qualquer pessoa acima de 18 anos precisa fazer o acompanhamento das suas taxas de colesterol, dos níveis de pressão arterial e das funções cardiovasculares pelo menos a cada dois anos. Esses exames ajudam a identificar precocemente os riscos para a saúde, possibilitando um tratamento mais eficiente e minimizando riscos de complicações.

-Acerte na dieta: você já ouviu falar em gorduras boas e ruins, certo? Neste último grupo estão as saturadas, presentes nas carnes vermelhas, no leite e em certos óleos vegetais, como o de palma, coco e dendê. A gordura trans, que compõe boa parte dos produtos industrializados, é outra que deve ser evitada. No time das boas gorduras estão as monoinsaturadas - nozes, abacate e azeite extravirgem - e as poli-insaturadas, que podem ser encontradas nos óleos vegetais de milho e girassol e no salmão.

-Pratique exercícios regularmente: durante a atividade física, o corpo precisa de mais oxigênio e, para que o sangue circule depressa, há uma dilatação natural dos vasos. Assim, o coração é capaz de ganhar novas fibras e artérias para irrigá-lo quando estimulado a trabalhar mais. Uma simples caminhada de meia hora por dia ajuda a diminuir a gordura abdominal, acabando com os triglicérides acumulados e permitindo que o HDL suba.

-Mantenha o colesterol e a pressão sob controle: como sabemos, o colesterol em excesso se deposita na parede das artérias formando placas de gordura e causando obstruções ao fluxo sanguíneo. A pressão alta agrava ainda mais esse problema, já que o sangue atingirá a parede dos vasos de maneira mais violenta, levando-as a um desgaste progressivo.

-Deixe de fumar: quem inala as substâncias tóxicas do cigarro fica suscetível à formação de coágulos, tem as paredes dos vasos mais frágeis e expostas aos riscos de uma inflamação. As substâncias presentes no cigarro também levam as glândulas suprarrenais a liberar mais hormônios que provocam a contração dos vasos sanguíneos.

Fonte: Revista Viva Saúde

quinta-feira, 1 de agosto de 2019

17 ameaças ocultas para o coração


Muito além de pressão e colesterol altos, há um monte de perigos ao sistema cardiovascular escondidos por aí. Hora de desvendá-los

1. Bullying no trabalho
O European Heart Journal, uma das publicações de cardiologia mais influentes do mundo, acaba de dedicar uma edição especial a fatores e comportamentos inusitados que comprometem a saúde do coração. Um deles envolve o ambiente de trabalho.
“Vítimas de bullying nas empresas estão sujeitos a constantes maus-tratos, o que está relacionado a emoções negativas”, explica a epidemiologista Tianwei Xu, da Universidade de Copenhague, na Dinamarca, autora de um estudo que mostrou como essas agressões impactam pra valer o coração.
Tem solução?
O primeiro passo está em identificar essa violência e seus autores. “É importante que as pessoas saibam sobre esses comportamentos e busquem ajuda”, sugere Tianwei. Os departamentos de RH das companhias precisam ficar atentos para lidar com essas questões.

2. Poluição sonora
Buzinas, fábricas, sirenes, aviões… São tantos barulhos na cidade que nem prestamos mais atenção neles. O dilema é que essa sinfonia desajustada cobra seu preço. ]
Um levantamento do Instituto Suíço de Saúde Pública e Tropical analisou dados de 4,4 milhões de adultos e descobriu que o som de rodovias, ferrovias e aeroportos está ligado a uma maior mortalidade por infarto. “Existe uma relação entre a poluição sonora e o estresse crônico, que, por sua vez, aumenta a pressão arterial”, diz o epidemiologista Martin Röösli, que assina a pesquisa.
Tem solução?
O poder público precisa planejar o município de modo a reduzir os danos aos cidadãos. Aeroportos, por exemplo, devem ficar afastados dos bairros residenciais. Se você mora em regiões barulhentas, o jeito é investir em janelas e portas que limitam o ruído externo.

3. Sujeira pelo ar
Pelo jeito, viver nas metrópoles não é bom negócio para o coração. “Sabemos que mais de 40% das mortes por doença cardiovascular têm como uma de suas origens o ar que respiramos”, calcula a médica Evangelina Vormitagg, diretora do Instituto Saúde e Sustentabilidade, em São Paulo.

Já se sabe que partículas tóxicas muito finas entram pela respiração e caem na circulação sanguínea, onde provocam um estrago danado. Líderes e especialistas no tema são convocados a todo momento pela Organização Mundial da Saúde para elaborar saídas para esse problema global.

Tem solução?
Cobrar das autoridades políticas públicas mais sustentáveis e o cumprimento de leis já aprovadas é dever de todos nós. Do ponto de vista individual, dá pra apostar na bicicleta ou no transporte público (ônibus, metrô, trem…) e evitar o uso de combustíveis fósseis, especialmente o diesel.

4. Desastres naturais
Muito além do choque momentâneo, esses acidentes de larga escala comprometem o sistema cardiovascular dos sobreviventes. O exemplo mais recente ocorreu há poucos meses na cidade de Brumadinho, Minas Gerais, com o rompimento da barragem de minérios que vitimou 224 pessoas.
“Sabemos que o contato com metais pesados como níquel, chumbo e cádmio provoca lesões nos vasos sanguíneos e induz à hipertensão e ao aumento do colesterol”, conta o fisiologista Vitor Valenti, da Universidade Estadual Paulista, que acaba de conduzir uma revisão a respeito.
Tem solução?
O ideal mesmo é que esse tipo de desastre fosse evitado com estratégias preventivas. Em situações como a de Brumadinho, bombeiros e sobreviventes necessitam de cuidados redobrados. O acompanhamento deles com um cardiologista será mais frequente e cuidadoso.

5. Mudança no clima
“Uma redução de 3 graus na temperatura aumenta em até 30% as internações por insuficiência cardíaca ou infarto”, calcula o cardiologista Eduardo Pesaro, do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo. O especialista chegou a esse número após tabular dados de 130 mil hospitalizações que ocorreram na capital paulista na transição do verão para o outono.
Períodos muito quentes também são danosos aos vasos sanguíneos. “Nos meses de calor, sobe o risco de desidratação e há uma tendência de a pressão arterial cair demais”, esclarece Pesaro.
E cabe destacar que o aquecimento global contribui tanto para dias muito quentes como para invernos rigorosos e desastres naturais.
Tem solução?
No inverno, agasalhe-se bem e isole as frestas por onde o vento gelado passa. Se você integrar um dos públicos-alvo das campanhas (idosos, crianças, gestantes…), tome a vacina contra a gripe. No calor, capriche na hidratação e converse com o cardiologista para fazer ajustes na dose dos anti-hipertensivos.

6. Problemas na gravidez
O período da gestação tem suas particularidades para o coração.
Nos nove meses que separam a concepção do parto, a saúde da mulher e do bebê é monitorada constantemente. Uma das maiores preocupações nesse período é a pré-eclâmpsia, caracterizada pelo aumento da pressão arterial materna.
Ainda bem que existem remédios que fazem o controle e evitam maiores danos, como o aborto espontâneo. Porém, uma pesquisa da Universidade Harvard, nos Estados Unidos, aponta que a mãe deve ficar atenta à hipertensão mesmo após o nascimento de seu filho. Não raro, o quadro se perpetua pelo resto da vida.
Tem solução?
“A chave está no diagnóstico precoce da pré-eclâmpsia para iniciar o tratamento que minimiza seus desdobramentos”, conta Fernando da Costa, da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (Socesp). Cortar o sal durante a gravidez é outra orientação dos médicos.
5% das mulheres com pré-eclâmpsia durante a gestação sofreram infarto ou AVC nos oito anos seguintes

7. Nascer prematuro
Quando a criança precisa vir ao mundo antes de completar 37 semanas na barriga da mamãe, seu coração carece de um acompanhamento mais criterioso – e não só na infância! Um trabalho da americana Universidade do Arkansas revela que a taxa de problemas cardíacos é mais alta nesses indivíduos quando comparados àqueles que nasceram no tempo ideal.
“Esses recém-nascidos ganham peso rapidamente nas primeiras semanas, o que abre alas para o descontrole de colesterol e diabetes”, completa o cardiologista Jawahar Mehta, líder da investigação.
Tem solução?
Experts defendem que os bebês prematuros sejam monitorados para evitar o excesso de peso logo cedo. “O limite no consumo de calorias, principalmente de açúcares, será mais rígido para eles”, vislumbra Mehta. O pediatra indicará exames para flagrar eventuais desajustes.

8. Má higiene bucal
Não é de hoje que se fala da conexão entre a saúde da boca e a do coração. E uma pesquisa da Universidade Nacional de Seul, na Coreia do Sul, acaba de descobrir que escovar os dentes uma vez ao dia já ajuda a baixar o risco de infarto e AVC em 9%, enquanto fazer uma consulta com o dentista a cada 12 meses está associado a uma redução de 14% na propensão a esses piripaques.
“Inflamações na gengiva e o acúmulo de bactérias na boca repercutem no corpo inteiro”, ressalta o periodontista Claudio Pannuti, da Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo (USP).
Tem solução?
Não dá pra escapar: escova, creme e fio dental são itens obrigatórios após as refeições, antes de dormir e ao acordar. Além disso, visitar o dentista a cada seis meses permite fazer aquela limpeza profissional e detectar cáries ou gengivite logo no início.

9. Descongestionante nasal
Sabe esses remédios que prometem desobstruir o nariz a jato? Eles até fazem isso, só que o efeito é temporário e a passagem do ar fica bloqueada novamente após alguns minutos.
Para piorar, alguns produtos desse grupo carregam determinadas substâncias que contraem os vasos sanguíneos (pelo corpo todo). É aí que mora o perigo.
“O princípio ativo não se limita às vias aéreas: ele é absorvido e, em grandes quantidades, provoca espasmos nas artérias”, alerta o médico Luiz Antonio Machado, da Sociedade Brasileira de Cardiologia.
Tem solução?
Não caia na pegadinha dos descongestionantes nasais. Para início de conversa, eles são diferentes daqueles produtos parecidos com soro fisiológico e concebidos para lavar o nariz – esses não trazem riscos. Só faça uso de um fármaco desses com o aval do médico.

10. Microbiota intestinal desbalanceada
As bactérias que habitam no nosso intestino interferem até no coração!
A população de bactérias que vivem em nosso aparelho digestivo é decisiva para o aproveitamento dos nutrientes que ingerimos nas refeições. Mas a influência dessa turma microscópica não para por aí: alguns micro-organismos, por exemplo, estão ligados à redução e outros ao aumento do colesterol circulante.
“Em 2018, foram publicadas 101 pesquisas sobre a relação entre a microbiota e o coração. Só até abril de 2019, já saíram outros 45 artigos”, dá uma ideia desse campo o médico Dan Waitzberg, do Ganep Nutrição Humana.
Tem solução?
Para manter a flora intestinal equilibrada, o mais indicado é ter uma dieta saudável e variada. Ingerir boas fontes de fibras presentes em frutas, verduras e legumes é outra sacada. Produtos probióticos, como alguns leites fermentados, iogurtes e queijos, dão uma mãozinha.

11. HPV e companhia
O papilomavírus humano, ou simplesmente HPV, sempre esteve relacionado a tumores de colo de útero, pênis, ânus e boca. Agora, um estudo pioneiro da Universidade Sungkyunkwan, na Coreia do Sul, descobriu que as mulheres infectadas por ele também estão mais sujeitas a doenças cardiovasculares.
O risco de infarto ou AVC era 22% maior naquelas que tiveram contato com esse vilão. E não é só ele: já se sabe há anos que o influenza, o agente por trás da gripe, é capaz de propiciar uma terrível descompensação cardíaca.
Tem solução?
Vacina neles! O imunizante contra o HPV está na rede pública para adolescentes e adultos jovens. “E pacientes com doenças cardiovasculares estão nos grupos que devem tomar a dose contra a gripe”, lembra a médica Cristiane Lamas, da Sociedade Brasileira de Infectologia.

12. Dormir mal
É natural a gente ficar pilhado e não conseguir pregar os olhos uma noite ou outra. Na contramão, a insônia é uma coisa bem mais séria.
“Trata-se da dificuldade para iniciar e manter o sono ou despertar antes do desejado por três vezes na semana durante três meses”, define o biomédico Gabriel Pires, da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo.
O ponto é que a falta de descanso anda de mãos dadas com o estresse e a ansiedade. Esses dois fatores, na sequência, induzem danos aos vasos e ao músculo cardíaco, até o ponto em que o sistema inteiro começa a pifar.
Tem solução?
Procure um médico se o encontro com o colchão e o travesseiro anda turbulento demais. Se o distúrbio for diagnosticado, há uma série de opções de tratamento. Só não vá se medicar por conta própria. Errar no tipo de remédio ou na dose traz sérias consequências, como o efeito rebote.
Pessoas que dormem menos de cinco horas por noite têm um risco de desenvolver hipertensão 520% maior!

13. Apneia do sono
De nada adianta passar a madrugada toda apagado se o repouso não é reparador. A apneia do sono, marcada por roncos e paradas na respiração ao longo da noite, abala pra valer o bem-estar do coração.
“A interrupção no fluxo respiratório chega a durar entre dez e 90 segundos e está associada a quedas na quantidade de oxigênio no sangue”, diz o fisiologista Ali Azarbazin, do Brigham and Women’s Hospital, nos Estados Unidos.
Além do sobe e desce na oxigenação, a doença leva a microdespertares, que não deixam o sono ficar profundo. Vários pontos negativos para o músculo cardíaco.
Tem solução?
A melhor saída contra a apneia é um dispositivo chamado CPAP. Por meio de uma máscara, ele joga um jato de ar na garganta, impedindo que ela se feche. Outras opções são o uso de aparelhos bucais, estimuladores elétricos e cirurgias para ajustes na posição da mandíbula.

14. Doenças autoimunes
Condições em que a imunidade se rebela e passa a atacar órgãos e tecidos têm sido cada vez mais diagnosticadas. Entre as representantes do grupo, estão artrite reumatoide, lúpus, hipotireoidismo, retocolite ulcerativa, e por aí vai.
E o que esse monte de encrencas tem a ver com o coração? “Elas estão relacionadas a um aumento da inflamação, que também vai lesar as paredes dos vasos sanguíneos e contribuir para a formação de trombos e coágulos”, aponta a médica Emília Inoue Sato, da Sociedade Brasileira de Reumatologia.
Tem solução?
Manter a enfermidade sob controle é a regra número 1. Ora, quando o quadro fica estável, a inflamação acalma por tabela. Outro ponto é não abusar dos corticoides. Essa classe farmacêutica é ótima para aliviar as crises, mas seu uso constante não faz nenhum bem à saúde.

15. Pré-diabetes
O diabetes tipo 1 ou 2 é um dos protagonistas dos perrengues cardiovasculares. Mas o que dizer daquela zona cinzenta entre o normal e o patológico, em que o açúcar no sangue fica na casa dos 100 aos 125 miligramas por decilitro ou a hemoglobina glicada varia de 5,7 a 6,5%?
Má notícia: já existem evidências de que esse tímido descontrole da glicemia eleva o risco de infarto ou AVC. “Em geral, são pacientes que, além do pré-diabetes, trazem outros fatores de risco em conjunto, como excesso de peso, gordura abdominal e hipertensão”, descreve o quadro o cardiologista Fernando da Costa.
Tem solução?
Mudanças no estilo de vida, na alimentação e na prática de exercícios físicos já vão contribuir para uma queda no resultado dos exames. Alguns especialistas apostam que é necessário lançar mão de remédios nessa fase para cortar o mal pela raiz. Outros são mais reticentes a essa ideia.

16. Depressão
A depressão provoca alterações dentro do corpo que favorecem problemas cardíacos.

Marcada por um desequilíbrio na química cerebral, a depressão não se limita à cabeça. “Ela aumenta fatores inflamatórios, mexe com a microbiota intestinal e está relacionada com menos cuidados e hábitos nada saudáveis, como o consumo de alimentos ruins e o uso de álcool e outras drogas”, lista o cardiologista Mauricio Wajngarten, da Faculdade de Medicina da USP.
Vários estudos demonstraram que o paciente deprimido apresenta níveis mais elevados de cortisol, o hormônio do estresse. Em excesso, ele também machuca os tubos sanguíneos.
Tem solução?
Buscar um psicólogo ou um psiquiatra é primordial para fazer uma análise aprofundada da situação. Na sequência, o contra-ataque terapêutico pode envolver psicoterapia, prescrição de antidepressivos e a própria atividade física, que ajuda no resgate do bem-estar.
Num estudo brasileiro, 20% dos pacientes que precisavam fazer uma cirurgia cardíaca tinham depressão

17. Solidão
Os sambistas Paulinho da Viola e Marisa Monte já cantavam: “Solidão é lava, que cobre tudo”. De forma poética, eles retrataram um dos grandes incômodos de nossa era: ficar só virou preocupação de saúde pública mundo afora.
“Permanecer fechado em casa, sem contatos e sem relacionamentos, é um sinal de que algo não vai bem”, observa o psiquiatra Kalil Duailibi, da Universidade de Santo Amaro, na capital paulista. A falta de contatos reais com outros seres humanos propicia ansiedade, depressão, distúrbios do sono e uma série de outros perigos.
Tem solução?
As redes sociais podem aproximar, mas, ao mesmo tempo, são um fator de isolamento. Procure grupos de apoio, faça cursos e trabalhe com coisas que lhe agradem. Na medida do possível, fique próximo daqueles familiares e amigos que o fazem se sentir bem e com o coração quentinho.

As ameaças de sempre
Hipertensão: números superiores a 120 por 80 milímetros de mercúrio (ou 12 por 8) são mau negócio.

Colesterol alto: fique esperto com o LDL, o colesterol ruim, e o HDL, a fração benéfica.

Diabetes: muito açúcar na circulação é sinônimo de lesão nos vasos sanguíneos.

Obesidade: os quilos extras trazem um extenso pacote de maldades ao coração.

Tabagismo: o cigarro é um gatilho para a inflamação em tudo que é órgão.

Sedentarismo: ficar sentado o dia inteiro é um perigo. Procure uma atividade que traga prazer.

Dieta ruim: sal, gordura e açúcar são os ingredientes mais prejudiciais. Seja bastante moderado.

Fonte: https://saude.abril.com.br/especiais/17-ameacas-ocultas-para-o-coracao/ - Por André Biernath - Ilustração: Otávio Silveira/SAÚDE é Vital