sábado, 14 de julho de 2018

Programação do Dia Festivo de Nossa Senhora do Carmo em Itabaiana


Obesidade não causa risco maior de morte, diz estudo


Nós costumamos acreditar que a obesidade está ligada a problemas de saúde, mas parece que isso não é exatamente verdade. Segundo um novo estudo, ser obeso não significa necessariamente que você é doente. Pesquisadores da Faculdade de Saúde da Universidade de York, nos EUA, descobriram que pacientes obesos, mas sem nenhum outro fator de risco metabólico, como pressão alta ou altos níveis de colesterol, não têm um aumento na taxa de mortalidade.

O estudo, liderado por Jennifer Kuk, professora da Escola de Cinesiologia e Ciências da Saúde da Universidade de York, mostrou que, ao contrário de condições como hipertensão ou diabetes, que sozinhas estão relacionadas com um alto risco de mortalidade, esse não é o caso da obesidade, quando considerada isoladamente.

O estudo acompanhou mais de 54 mil homens e mulheres que participaram de outros cinco estudos. Eles foram colocados em três categorias: aqueles que tinham apenas obesidade, aqueles com algum fator metabólico isolado, seja glicose, pressão arterial ou lipídios elevados, e aqueles obesos e com outro fator metabólico agindo em conjunto. Os pesquisadores observaram quantas pessoas dentro de cada grupo morreram, em comparação com aqueles dentro da população de peso normal e sem fatores de risco metabólicos.

Os pesquisadores descobriram que 1 em cada 20 indivíduos obesos não apresentava outras anormalidades metabólicas.

“Estamos mostrando que os indivíduos com obesidade metabolicamente saudável não possuem uma taxa de mortalidade elevada. Descobrimos que uma pessoa com peso normal e sem outros fatores de risco metabólicos tem a mesma probabilidade de morrer do que a pessoa com obesidade e sem outros fatores de risco”, garante Kuk na matéria publicada no site da universidade. “Isso significa que centenas de milhares de pessoas apenas na América do Norte (em outros lugares do mundo não é diferente) com obesidade metabolicamente saudável estão sendo orientadas a perder peso quando é questionável quanto benefício elas realmente receberão (com isso)”, alerta.

Segundo Kuk, os resultados deste estudo podem afetar a forma como pensamos sobre a obesidade e a saúde. “Isso contrasta com a maior parte da literatura”, define Jennifer Kuk. Segundo ela, a maioria dos estudos definiu a obesidade “saudável” como tendo um fator de risco metabólico – o que é um problema, já que condições como açúcar elevado no sangue e colesterol ruim aumentam o risco de mortalidade de qualquer pessoa, magra ou gorda. “É provável que a maioria dos estudos tenha relatado que a obesidade “saudável” ainda está relacionada com maior risco de mortalidade”, diz ela. [Universidade de York, Science Daily, NY Post]


sexta-feira, 13 de julho de 2018

Suplementos multivitamínicos não evitam infarto e AVC


Ao menos para a população geral, ficar tomando pílulas de vitaminas e minerais não evita problemas cardiovasculares, segundo estudo gigantesco

“Tem sido bastante difícil convencer as pessoas, incluindo pesquisadores de nutrição, a aceitar que suplementos multivitamínicos e de minerais não previnem doenças cardiovasculares, como AVC e infarto”, sentencia o cardiologista Joonseok Kim, da Universidade do Alabama em Birmingham, nos Estados Unidos. “Esperamos que nosso estudo reduza o entusiasmo sobre esses produtos”, completa o cientista, em comunicado.

Mas, afinal, que experimento é esse? Trata-se, na verdade, de uma revisão de 18 estudos, que somam mais de 12 milhões de voluntários. Enquanto uma parte dessa gente consumia os multivitamínicos com frequência, a outra dispensava as pílulas – em média, eles foram acompanhados por 12 anos.

Resultado: não houve qualquer diferença significativa na mortalidade por doenças cardiovasculares entre as duas turmas. A ingestão desse tipo de suplemento também não evitou infartos ou derrames.

“Embora os multivitamínicos, quando tomados em moderação, dificilmente causem danos, suplicamos para que as pessoas protejam o próprio coração entendendo seus riscos individuais e conversando com um profissional sobre medidas comprovadamente eficazes. Elas incluem alimentação saudável, exercício físico, cessação do tabagismo […] e, se necessário, tratamento”, defende Kim. Além disso, os multivitamínicos não costumam ser baratos.

O que esse levantamento conclui, em resumo, é que a população em geral deveria parar de recorrer a supostas pílulas mágicas (e isso não inclui apenas suplementos) ao invés de apostar em táticas já consagradas. Só que aqui cabe uma ponderação.

A revisão foi feita com a população em geral. Ou seja, é possível que indivíduos com carência comprovada de algum nutriente se beneficiem de um aporte extra dele – e isso não seria identificado em trabalho científico desse tipo. No entanto, os especialistas sempre defendem que abastecer o corpo de substâncias benéficas por meio da alimentação. E nunca comprar suplementos por conta própria.

Fonte: https://saude.abril.com.br/alimentacao/suplementos-multivitaminicos-nao-evitam-infarto-e-avc/ - Por Da Redação - Ilustração: Pedro Hamdan/SAÚDE é Vital

quinta-feira, 12 de julho de 2018

Quer dormir melhor? Evite comer estes 5 alimentos à noite


Eles atrapalham não só a indução do sono como a qualidade das horas de descanso

1. Molho de tomate
Apesar de poder ser utilizado em diferentes preparos, é melhor limitar seu consumo ao almoço. Isso porque o molho de tomate pode causar azia em quem sofre com refluxo. Além disso, sua ingestão incita a liberação noradrenalina, substância que estimula a atividade cerebral e inibe o sono.

2. Chocolate
O doce popular entre as brasileiras leva cafeína em sua composição, o que pode provocar uma energia extra (e desnecessária) no período noturno. Ele também apresenta teobromina, um estimulante que acelera os batimentos cardíacos, dificultando ter bons sonhos.

3. Álcool
Uma taça de vinho antes de dormir até auxilia na indução do sono, mas a verdade é que o álcool afeta a qualidade das horas na cama. “Ele desregula os mecanismos neurológicos e compromete o sono profundo, essencial para preparar o organismo para o dia seguinte”, explica Fábio Porto, neurologista do Hospital das Clínicas de São Paulo.

4. Carne vermelha
Passe longe da carne vermelha durante a noite se você está precisando repor as horas de sono. “Por ser um alimento de difícil digestão, causa uma sensação de distensão abdominal, comprometendo o descanso”, explica Fábio.

5. (Muita) água
Não tem nada de errado em se manter hidratada ao longo do dia, mas virar dois ou três copos de água antes de ir para a cama é a maior furada. “Isso aumenta a quantidade de urina produzida durante a noite e causa despertares noturnos, interrompendo o sono”, diz o especialista. Em vez disso, prefira uma fruta rica em água com efeito indutor do sono, como o kiwi.

Fonte: https://boaforma.abril.com.br/nutricao/quer-dormir-melhor-evite-comer-estes-5-alimentos-a-noite/ - Por Caroline Randmer (colaboradora) - ALLEKO/Thinkstock/Getty Images

quarta-feira, 11 de julho de 2018

5 mitos e verdades sobre como o celular afeta a saúde


Algumas histórias sobre os efeitos do celular circulam pelas redes. Descubra se elas são verdadeiras ou só mais um caso de fake news

Se os cães ainda podem ser considerados os melhores amigos do homem, os celulares entram na disputa pelo segundo lugar. Apesar de serem considerado até indispensáveis hoje em dia, esses aparelhos podem atingir a saúde de diversas maneiras.

Problemas de visão e postura, piora da ansiedade e dificuldades para dormir são alguns exemplos. Porém, nem tudo que circula pela internet é verdade. Confira se alguns desses efeitos são reais ou apenas mitos:

1) Causa câncer?
Não há evidências. O mais recente estudo a respeito, feito na Austrália com dados de 34 mil cidadãos, sinaliza que a radiação do aparelho não é capaz de causar tumor no cérebro.

2) Afeta os testículos?
Melhor os homens não deixarem o celular sempre no bolso da frente. Existem indícios de que o aumento da temperatura e a radiação podem impactar na qualidade dos espermatozoides.

3) Envelhece a pele?
Sim! A presença de alguns minerais como níquel e cromo e a luz azul emitida pelo aparelho parecem contribuir com rugas e manchas. Mais um motivo para passar protetor solar.

4) Afeta aprendizado?
Pesquisa inglesa com 125 mil crianças e adolescentes detectou que o uso do aparelho no período noturno atrapalha o sono, compromete a memória e prejudica o desempenho na escola.

5) Dá dor de cabeça?
Não há dados conclusivos. Mas um estudo dinamarquês observou que celulares podem aumentar em 20% o risco de uma enxaqueca, caso já haja propensão às crises.

Fonte: https://saude.abril.com.br/bem-estar/5-mitos-e-verdades-sobre-como-o-celular-afeta-a-saude/ - Por André Bernardo - Ilustração: Henrique Campeã/SAÚDE é Vital

terça-feira, 10 de julho de 2018

Há 53 a 99,6% de chance de estarmos sozinhos em nossa galáxia


Se estamos ou não sozinhos no universo é uma pergunta que intriga cientistas – e a maioria de nós – há muito tempo.

Um novo estudo do Instituto do Futuro da Humanidade, da Universidade de Oxford, no Reino Unido, calculou a probabilidade de existirem outras civilizações alienígenas na galáxia e no resto do espaço e, infelizmente, as chances não são boas para os extraterrestres.

Equação de Drake mais realística
O trabalho explora o chamado Paradoxo de Fermi, a aparente contradição entre a alta probabilidade de existência de civilizações extraterrestres e a falta de evidências ou contato com elas. O universo é gigante, então, onde está todo mundo? Será que somos mesmo os únicos?

As discussões neste tópico frequentemente envolvem a equação de Drake, uma estimativa probabilística do número de civilizações extraterrestres ativas e comunicativas em nossa galáxia baseado em sete variáveis.

Os possíveis resultados desta equação levaram os cientistas deste novo estudo a concluírem que há 53 a 99,6% de chance de estarmos sozinhos na galáxia, e 39 a 85% de chances de estarmos sozinhos no universo.

“Nosso artigo analisa a hipótese sobre ‘probabilidade razoável'”, disse um dos autores da pesquisa, Anders Sandberg, ao portal Digital Trends. “As pessoas tendem a ser tendenciosas quando ligam números à equação de Drake para fazer uma estimativa aproximada de quantas civilizações alienígenas estão por aí”.

Levando em conta as incertezas
No artigo, os pesquisadores salientam que, além de estimar números, é preciso estimar quão precisos esses números são: se você apenas os multiplicar sem levar em conta que alguns poderiam ter valores muito diferentes, o resultado se torna enganoso.

“Nós demonstramos que, se alguém tomar em conta uma estimativa grosseira de quão incertos estamos, ou tentar esboçar o que a ciência sabe e estimar quão incerto isso é, o paradoxo vai embora”, argumentou Sandberg.

Em última análise, o novo estudo sugere que, mesmo se você for realmente otimista e acreditar que provavelmente existam civilizações alienígenas, uma estimativa honesta levando em conta a incerteza o forçará a admitir que há uma grande chance de estarmos sozinhos.

Isso não é motivo para pararmos de procurar, entretanto. “Devemos reconhecer que há uma chance não trivial de que tudo será em vão, mas dada a importância de descobrir se estamos sozinhos – entre outras coisas, isso nos diz um pouco sobre nossas próprias chances de sobrevivência – não devemos parar. De fato, a busca por extraterrestres está nos trazendo importantes conhecimentos e ideias sobre vida, inteligência e tecnologia”, resumiu Sandberg.

O CEO da SpaceX, Elon Musk, compartilhou o link do artigo na rede social Twitter, comentando que isso era mais uma prova de que os humanos precisam avançar com a construção de civilizações no espaço.

“É por isso que devemos preservar a luz da consciência, tornando-a uma civilização espacial e estendendo a vida a outros planetas”, escreveu. “Não se sabe se nós somos a única civilização atualmente viva no universo observável, mas qualquer chance de que somos adiciona ímpeto para estender a vida para além da Terra”, acrescentou.

Musk admite que colonizar outros planetas não vai apagar todos os problemas do nosso. “A humanidade não é perfeita, mas é tudo o que temos”, comentou o empreendedor.

O CEO já deixou clara sua intenção de enviar humanos para Marte em breve. Apesar disso, assume que a colonização envolverá sérios riscos para os primeiros humanos que deixarem nosso planeta.

“Como indivíduos, todos morreremos em um piscar de olhos em uma escala de tempo galáctica. O que pode viver por muito tempo é a civilização. Aqueles que forem primeiro para outros planetas enfrentarão muito mais risco de morte e dificuldades do que aqueles que ficarem. Com o tempo, as viagens espaciais serão seguras [e] abertas a todos”, sugeriu em uma série de postagens no Twitter. [DigitalTrends, InsterestingEngineering]


segunda-feira, 9 de julho de 2018

A maioria das vitaminas é inútil, mas estas você deveria tomar


Uma pesquisa que analisou 100 outros estudos anteriores aponta que não há evidências de que pessoas que tomam as vitaminas mais populares têm menores riscos de doenças cardíacas, derrame ou morte prematura por qualquer causa. Então pode deixar a caixinha de vitamina C de lado e veja quais complementos realmente fazem diferença para a saúde:

Multivitamínicos: deixe de lado
O estudo que revisou 100 outras pesquisas prova que tomar multivitamínicos não ajuda muito a saúde. Este trabalho foi publicado na revista Journal of the American College of Cardiology, e não encontrou ligação entre o hábito de tomar suplementos de vitaminas múltiplas e a redução do número de doenças vasculares ou morte precoce.
Alguns dos estudos analisados até sugerem que consumir vitaminas em excesso causa danos às saúde. Um grande estudo de 2011 que acompanhou 39 mil mulheres de meia idade observou que mulheres que tomaram essas vitaminas por mais de 20 anos tiveram maiores chances de morte precoce do que aquelas que não tomaram nenhum suplemento.
O mais indicado é ter uma dieta balanceada e praticar exercícios físicos.

Suplemento de vitamina D: tome
Esta vitamina deixa os ossos mais fortes porque ajuda na absorção de cálcio, mas é difícil de ser absorvida de alimentos. O nosso corpo também precisa de sol para produzir esta vitamina.
Vários dos estudos analisados concluíram que quem toma suplementos de vitamina D vivem mais, em média, do que aqueles que não tomaram.


Suplemento de antioxidantes: melhor evitar
Vitaminas A, C e E são antioxidantes encontrados em muitas frutas e verduras. A vantagem dos antioxidantes é que eles ajudam na prevenção de vários tipos de câncer, mas o problema é a dosagem: antioxidantes em excesso podem acabar causando o próprio câncer.
Um grande estudo de longo prazo que acompanhou homens fumantes mostrou que aqueles que tomavam vitamina A com regularidade tinham mais chances de desenvolverem câncer de pulmão do que aqueles que não tomavam. Outro estudo de 2007 que revisou vários outras pesquisas também observou que tratamentos com betacarotenos, vitamina A e vitamina E podem aumentar a mortalidade.
Devore um pote de frutas vermelhas ao invés de tomar este suplemento.

Suplemento de vitamina C: esqueça
Uma pesquisa realizada em 2013 de 29 estudos que envolveram mais de 11 mil pessoas mostrou que “não há efeito consistente entre vitaminas C e a duração ou severidade dos resfriados”.
A suplementação dessa vitamina foi vantajosa apenas para atletas e soldados que se exercitam em climas subárticos. Mesmo assim, esses benefícios são pequenos.
Além disso, doses exageradas da vitamina podem aumentar a chance de ter pedras no rim.
Vale mais a pena comer frutas cítricas, mamão, goiaba e acerola.

Suplemento de vitamina B3: troque por salmão, atum ou beterraba
Por anos, a vitamina B3 foi anunciada como a solução para tudo, de Alzheimer aos problemas cardíacos. Mas estudos recentes exigem o fim da prescrição exagerada desse suplemento.
Um grande estudo de 2014 que envolveu mais de 25 mil pessoas com doenças cardíacas mostra que usar vitamina B3 para tentar aumentar os níveis de colesterol bom (HDL) não reduz a incidência de ataques cardíacos, derrames ou mortes.
Além disso, pessoas no estudo que usavam o suplemento tinham mais chances de desenvolver infecções, problemas no fígado e sangramento interno.

Zinco: tome para abreviar resfriados
Ao contrário da vitamina C, que segundo estudos não ajuda muito na prevenção ou tratamento de resfriados, o zinco pode valer a pena. O mineral parece interferir com a replicação dos rinovírus, os responsáveis pelo resfriado comum.
Uma revisão de estudos de 2011 analisou pessoas que tinham ficado resfriadas recentemente e que começaram a tomar zinco. Essas pessoas foram comparadas com um grupo de controle que tomou placebo. Os participantes do grupo que tomaram zinco tiveram resfriados mais curtos e sintomas menos severos.

Vitamina E: não desperdice seu dinheiro
Invista seu dinheiro e energia em espinafre e outras verduras ricas desta vitamina. Um grande estudo de 2011 que acompanhou 36 mil homens observou que o risco de ter câncer de próstata aumento entre aqueles que tomavam vitamina E quando comparado ao grupo controle que recebeu placebo.
Outro estudo de 2005 conclui que quem toma o suplemento desta vitamina tem mais chances de morrer de forma geral.

Ácido fólico: tome se estiver grávida ou tentando engravidar
O ácido fólico é uma vitamina B que nossos corpos usam para fazer novas células. As mulheres grávidas ou que pretendem engravidar em breve devem tomar este suplemento diariamente para ajudar no crescimento do feto. Este nutriente ajuda na formação celular e evita defeitos no tubo neural do feto. [Business Insider]


domingo, 8 de julho de 2018

5 frutas cítricas que esbanjam saúde e sabor


Tudo que você precisa saber sobre as frutas cítricas para melhorar sua saúde

Apesar de a laranja ser a fruta cítrica mais popular na mesa do brasileiro, ela não é a única que esbanja nutrientes nesse time. Descubra mais sobre ela e mais quatro frutos desse tipo, assim como seus principais benefícios – que vão muito além da vitamina C.

1) Laranja
Nativa das regiões tropicais da Ásia, ela foi trazida para cá pelos portugueses e gostou do nosso solo. Tanto que o Brasil ocupa o topo do ranking na produção mundial. Para os cientistas, é Citrus sinensis. Para nós, seu nome deriva da palavra indiana narayan, que significa perfume de dentro. De tão aromática, a laranjeira foi uma das árvores mais assíduas nos bosques de Versalhes, na época em que os Luíses reinavam na França.
Entre as variedades dessa espécie, há desde as mais comuns, caso da laranja-pera, laranja-baía e laranja-lima, até tipos mais raros, como a cara-cara, de polpa vermelha. Além de marcar presença em sucos, o fruto cai bem em diversas preparações.
“Dá cor e sabor a saladas, bolos e molhos quentes ou frios”, ensina a nutricionista e chef Flora Spolidoro, da Day by Diet, em São Paulo. Sem esquecer o chazinho feito com a casca, bem-vindo para aquecer o corpo e atenuar sintomas de gripe.

2) Limão
No reino dos limões, nem sempre aquilo que parece é. O agrônomo Orlando Passos, da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), em Cruz das Almas, na Bahia, explica que o verdadeiro limão é aquele conhecido como siciliano, o Citrus limon.
“O genuíno é amarelado, grande e tem casca grossa”, descreve. Já o limão-taiti e o galego, com suas cascas verdes e que protagonizam a caipirinha, são classificados pelos botânicos como limas ácidas. Diferenças agronômicas, que para nós não são evidentes, é que levam à confusão.
Para aproveitar substâncias protetoras contra o câncer, caso do limoneno, a sugestão é consumir inclusive a casca dos frutos, batendo tudo no liquidificador. Mas tem que tomar rápido. “Se há demora, enzimas entram em ação e só restará um desagradável amargor”, ensina a nutricionista Vanderlí Marchiori, presidente da Associação Paulista de Fitoterapia.

3) Tangerina
Estima-se que já era cultivada na Ásia há pelo menos 3 mil anos. Mexerica, poncã, bergamota, murcote, enfim… Não importa o apelido, todas elas são variedades de uma espécie, a Citrus reticulada, que chegou à Europa no século 19. Aliás, o limão-rosa também faz parte dessa família, mas pertence ao grupo dos azedos, ou melhor, dos que têm suco mais ácido.
Quase todas as tangerinas têm um tipo de casca que se desprende facilmente de seus gomos – isso quando comparadas às laranjas e aos limões. A exceção é a murcote, que requer o auxílio de uma faca para ser consumida. “São ótimas opções para os lanches intermediários”, recomenda a nutricionista Renata Guirau, do Oba Hortifruti, em São Paulo.
“Na culinária, as cascas de tangerinas se prestam para o preparo de tirinhas cristalizadas ou banhadas com chocolate, assim como para decoração”, ensina Flora Spolidoro. Só é preciso caprichar na higienização, por favor!

4) Lima-da-pérsia
Delicada, de casca fina, brilhante e amarela, com uma polpa esbranquiçada, a fruta pode surpreender o paladar. Embora seja uma variedade de lima doce, se for guardada por muito tempo após a manipulação, costuma trazer à tona um gosto amargo.
Isso se dá pela ação de moléculas presentes nas pequeninas bolsas que guardam seu suco. O farmacêutico Henry Okama, da capital paulista, conta que o amargor é proveniente de um alcaloide chamado sinefrina. Daí porque muita gente recomenda consumir logo.
Extremamente perfumada, imprime essa característica a diversas preparações. A dica da nutricionista Renata Guirau é utilizar a lima-da-pérsia no preparo de bebidas aromatizadas. “Coloque as rodelas da fruta em uma jarra de água”, ensina. Também incrementa peixes e molhos.
Para constar, é originária do continente asiático e pertence ao grupo da Citrus aurantiifolia, que, aliás, é o mesmo dos limões-taiti e galego.

5) Toranja
Na gringa, é a grapefruit – ou Citrus paradisi, para os mais técnicos. Sua polpa de coloração avermelhada denuncia os carotenoides, especialmente o licopeno, poderoso antioxidante que se sobressai como protetor da próstata.
Essa espécie, que, segundo relatos, é originária do Caribe, concentra certos compostos fenólicos que lhe conferem um amargor característico. Contém, ainda, algumas substâncias que podem interferir na ação de remédios, ocasionando a chamada interação medicamentosa. Já foi constatado que sua formulação atrapalha o efeito de anticoagulantes, por exemplo. Na dúvida, é melhor consultar a bula e conversar com o médico.
Para quem está livre de medicações, a dica de Flora Spolidoro é usar em saladas de folhas e queijos fortes, grelhada com mel ou um pouco de açúcar. Ops, mas pode adicionar açúcar? “Nenhum ingrediente faz mal”, responde a nutricionista. Desde que não haja excessos, fique claro.

Fonte: https://saude.abril.com.br/alimentacao/como-consumir-5-citricos-em-nome-da-saude/ - Por Regina Célia Pereira - Foto: Vladans/iStock

sábado, 7 de julho de 2018

9 descobertas feitas por acaso que mudaram o mundo


Nós costumamos acreditar que por trás de todas as invenções e descobertas científicas há um trabalho árduo e objetivo – e, na maioria das vezes, é isso mesmo que acontece. Mas, durante o processo de pesquisa, algumas descobertas paralelas e totalmente sem querer acabam acontecendo. E o acaso, muitas vezes, nos dá coisas muito úteis, às vezes até mais úteis do que aquelas que estávamos buscando.

Muitos dos dispositivos que usamos no dia a dia foram inventados completamente por engano. Abaixo, estão nove das invenções mais importantes e úteis que foram descobertas ou inventadas por acaso.

9. Raios X
Em 8 de novembro de 1895, o físico alemão Wilhelm Conrad Rontgen estava trabalhando em seu laboratório com testes de raios catódicos quando viu um brilho estranho em uma tela que havia sido tratada anteriormente com produtos químicos. Wilhelm foi a primeira pessoa na história a observar os raios X, ondas de energia eletromagnética similares à luz, mas que correm em comprimentos de onda cerca de 1.000 vezes menores. Isso permite que elas passem por substâncias moles como pele e músculo, mas não por aquelas mais duras, como ossos ou metais.
Os raios-X revolucionaram a medicina diagnóstica, proporcionando aos médicos um meio não intrusivo de enxergar dentro do corpo humano. Essa importante ferramenta de diagnóstico se tornou manchete em todo o mundo quando foi usada no campo de batalha durante a Guerra dos Bálcãs, que aconteceu entre 1912 e 1913, para localizar balas e diagnosticar membros quebrados.
Infelizmente, demorou para que os cientistas descobrissem as qualidades nocivas desses raios mágicos. Acreditava-se que os raios X passavam pelo corpo humano inofensivamente, assim como a luz, mas depois de vários anos, relatos de danos estranhos na pele e queimaduras começaram a se acumular. Em 1904, Clarence Dally, um cientista que trabalhava com raios-X para Thomas Edison, morreu de câncer de pele devido à superexposição aos raios. Isso fez com que alguns cientistas que trabalhavam no campo passassem a ser mais cuidadosos, mas demoraria algumas décadas até que os efeitos nocivos da radiação fossem completamente esclarecidos.
Por exemplo, a partir de 1930, as lojas de calçados nos Estados Unidos usavam fluoroscópios para atrair as pessoas. As máquinas encantavam os clientes, permitindo que eles vissem os ossos de seus pés. Somente na década de 1950 que o perigo disso foi percebido, e eles foram proibidos de uso completamente. Hoje, os raios X ainda são amplamente utilizados nos campos da medicina, segurança e análise de materiais.

8. Gás do riso (óxido nitroso)
Em 1799, Humphry Davy, um jovem inventor e químico inglês, decidiu usar a si mesmo como cobaia para descobrir os efeitos da inalação de gases produzidos artificialmente. Junto com um assistente, ele descobriu que os cristais de nitrato de amônio tratados termicamente produziam um gás que eles podiam coletar em sacos especiais de seda tratados com óleo. Eles então poderiam passar o gás através dos vapores de água, o que o purificaria.
Depois de prender um bocal improvisado, Humphry inalou uma bolsa de gás. Ele havia acabado de descobrir o óxido nitroso, ou gás do riso. Humphry relatou que sentiu “tontura, suas bochechas coradas, prazer intenso e uma emoção sublime ligada a ideias muito vivas”. Em pouco tempo, depois de começar a fazer experimentos com o gás, ele estava o inalando longe do laboratório, té mesmo depois de consumir álcool quando estava em casa.
Davy passou então a permitir que seus pacientes e colegas experimentassem o gás, contanto que eles também registrassem suas experiências para a ciência. Humphry foi tão longe a ponto de construir uma caixa hermética em que os sujeitos entrariam e respirariam puro óxido nitroso. Em 1800, Davy escreveu Researches, Chemical and Philosophical, 80 páginas muito divertidas sobre suas experiências enquanto experimentava o gás do riso.

7. Sacarina
A sacarina foi um dos primeiros adoçantes artificiais a substituir de forma barata o açúcar, e foi descoberta completamente por acidente. O professor Ira Remsen dirigia um pequeno laboratório na Universidade John Hopkins, nos EUA. Em algum momento no final de 1878 ou início de 1879, uma firma de importação, a H.W. Perot, entrou em contato com ele para pedir seu laboratório emprestado. A firma queria que Constantin Fahlberg, um especialista em doces, usasse o laboratório de Remsen para testar a pureza de um carregamento deles.
Depois de concluir com sucesso os testes, Fahlberg continuou trabalhando para o professor em vários projetos. Um dia, enquanto jantava, Fahlberg descobriu que seu pão estava excepcionalmente doce e decidiu descobrir por quê. Depois de deduzir que o pão não tinha sido adoçado pelo padeiro, ele supôs que deveria ter algum produto químico em suas mãos enquanto trabalhava no laboratório, e que a substância havia sido transferida para seu alimento, fazendo com que ele ficasse doce. Como não sentiu reações adversas a esse químico desconhecido, decidiu descobrir o que era.
Fahlberg não conseguia se lembrar exatamente de qual substância ele levara para casa em suas mãos, então ele testou todos os produtos químicos que ele tinha em sua estação de trabalho no dia anterior e descobriu que tinha enchido um béquer com cloreto de fósforo, amônia e ácido sulfobenzóico, que, por sua vez, criava sulfimida benzóica, um composto que ele conhecia, mas que nunca teve nenhum motivo para comer. Ele descobriu a sacarina, um produto que se tornaria extremamente popular devido à escassez de açúcar durante a Primeira Guerra Mundial.

6. Fogos de artifício
Uma das descobertas acidentais mais antigas foi feita cerca de 2.000 anos atrás, na China. Ela aconteceu quando um cozinheiro misturou enxofre, salitre (nitrato de potássio, um produto parecido com o sal de cozinha) e carvão em fogo. Não se sabe onde o cozinheiro estava tentando chegar, mas ele acabou fazendo uma descoberta que seria conhecida em todo o mundo. Os antigos chineses o chamavam de “fogo químico” e rapidamente aprenderam que quando comprimiam a mistura, geralmente em pedaços de bambu, ela explodia. Através da experimentação, eles descobriram que podiam produzir impulso que faria o bambu voar pelo ar, em vez de explodir instantaneamente no chão, e assim nasceram os fogos de artifício.
Os novos artefatos tornaram-se muito comuns e passaram a ser usados ​​durante eventos importantes, como casamentos e funerais, em todo o país. Os chineses acreditavam que o barulho dos fogos de artifício mantinham os maus espíritos longe da cerimônia.
Historiadores dizem que Marco Polo levou os fogos de artifício da China para o Oriente Médio. De lá, eles chegaram à Europa. Embora os fogos de artifício tenham chegado primeiro à Inglaterra, foram os italianos que transformaram a sua fabricação, com o uso de várias cores e formas.

5. Fornos de microondas
O microondas se tornou um ítem quase tão importante nas nossas cozinhas quanto uma geladeira ou um fogão. A praticidade e rapidez dos fornos microondas combinam perfeitamente com o estilo de vida veloz da sociedade nas últimas décadas. É bastante curioso pensar que esta, uma das máquinas mais úteis já inventadas na história, foi descoberta por acaso.
Em 1946, um engenheiro que trabalhava para a Raytheon, um conglomerado norte-americano que atua na área de armamentos e equipamentos eletrônicos para uso militar e comercial, chamado Percy Spencer estava trabalhando com um magnetron, o principal componente de um sistema de radar, quando descobriu que uma barra de chocolate que ele carregava no bolso da camisa tinha derretido enquanto ele estava perto do dispositivo. Isso despertou seu interesse. Seu próximo passo foi colocar um ovo no caminho dos raios do magnetron, que obviamente explodiu em sua cara. Então ele teve a ideia de colocar alguns grãos de milho em um prato e fez com que eles pulassem como pipoca por todo o laboratório. O resto, como dizem, é história.

4. Impermeabilizante de tecidos
Uma jovem química chamada Patsy Sherman aceitou o desafio de criar produtos úteis usando produtos fluoroquímicos quando foi contratada pelo grupo de tecnologia 3M em 1952. Sherman recebeu a tarefa de criar um material semelhante a borracha que resistisse ao combustível de aviação e, como acontece muitas vezes, descobriu algo totalmente diferente.
Tudo aconteceu por causa de um acidente. Uma das assistentes de Sherman derramou um composto experimental em seus novos tênis. Ela estava realmente irritada pelo fato de não conseguir tirar o composto deles, independentemente de que tipo de solvente ela tentasse. A tenacidade do produto experimental intrigou Sherman, então ela juntou forças com Sam Smith, outro químico da 3M, em um esforço para desenvolver um agente de impermeabilização fluoroquímico útil e barato para roupas, algo inimaginável na época.
Depois de alguns anos refinando seu composto, a equipe de Sherman e Smith revelou seu novo produto para o mundo e, em 1956, a marca “Scotchgard” nasceu. Sem querer, a 3M havia conseguido seu primeiro campeão de vendas.

3. Marca-passos
O inventor Wilson Greatbatch estava trabalhando em um dispositivo para monitorar e gravar as batidas do coração humano quando cometeu um erro. Ele inseriu um transistor em seu dispositivo 100 vezes mais poderoso do que ele normalmente usaria. Seu erro fez com que o instrumento criasse impulsos elétricos que emulavam perfeitamente a batida do coração. Em vez de arruinar tudo, o equívoco fez com que o dispositivo não monitorasse o batimento cardíaco, mas sim o criasse. Ele ficou surpreso quando percebeu que sua invenção poderia ser usada como um marca-passo interno.
Os primeiros marcapassos pareciam uma televisão à qual o paciente deveria permanecer conectado, já que as baterias eram insuficientes na época. Um paciente que precisava de um marcapasso era muito parecido com uma pessoa em diálise, não podendo deixar a máquina nem carregá-la. Um marca-passo interno permitiria que milhões dessas pessoas vivessem vidas completamente normais. Um pouco maior que um disco de hóquei, o primeiro protótipo de Greatbatch foi implantado em um cão em 1958 e controlou seus batimentos cardíacos com sucesso e sem dificuldade. O primeiro paciente humano a receber um foi um homem de 77 anos que viveu 18 meses, enquanto um jovem receptor viveu 30 anos com o seu.
Eles tiveram seus problemas, no entanto. Os fluidos corporais permeavam o dispositivo, arruinando os circuitos, e as baterias duravam apenas dois anos, então Greatbatch começou a procurar maneiras melhores de alimentá-los. Em 1970, ele fundou sua própria empresa, a Greatbatch Inc., e desenvolveu baterias de lítio que duravam dez anos e seriam eventualmente usadas em mais de 90% dos marca-passos do planeta. O brilhante inventor, falecido em 2011, tem 350 patentes em seu nome e foi introduzido no Hall da Fama do Inventor Nacional dos EUA em 1986. Cerca de 600 mil de seus marcapassos são implantados a cada ano.

2. Post-its
Assim como o impermeabilizante de tecidos, essa descoberta acidental também envolve a Minnesota Mining and Manufacturing Corporation, também conhecida como 3M. Um cientista que trabalhava para a companhia chamado Spencer Silver recebeu a tarefa de inventar um super adesivo projetado exclusivamente para ser usado na indústria aeroespacial. Sua tentativa inicial foi um fracasso. Ele estava procurando por algo forte, mas só conseguiu algo forte o suficiente para talvez segurar uma folha de papel em um quadro de avisos. Isso deu a eles a ideia de criar alguns protótipos de bloco de notas, mesmo que eles não tivessem muita fé no conceito. Art Fry, outro funcionário da 3M, teve a ideia de usar um desses protótipos em seu livro de hinos de coral porque ele continuava se perdendo durante o canto. Com este uso prático, ele percebeu que o protótipo funcionava perfeitamente, aderindo muito bem sem deixar cola e não danificando as páginas.
Silver, Fry e vários outros que trabalharam no aperfeiçoamento das notas inventaram erroneamente toda uma linha de produtos totalmente nova. O Post-It só decolou anos mais tarde, depois de quatro tentativas fracassadas de marketing, mas hoje se encontra presente em praticamente todos os escritórios do mundo.

1. Fósforo auto-inflamável
Embora nós tenhamos descoberto o fogo há muito tempo, criar fogo de forma prática na vida moderna não é uma descoberta tão antiga assim. Os fósforos transformaram nosso mundo e nosso modo de vida de maneiras que seus inventores nunca poderiam imaginar. Os primeiros fósforos, porém, não eram auto-inflamáveis ​​e precisavam de alguns outros meios para que fossem acesos. Por exemplo, os primeiros fósforos chineses eram revestidos com enxofre que ardia muito brilhante e eram usados ​​para aumentar rapidamente um fogo já existente, mas eles nunca evoluíram além dessa capacidade.
Um parisiense chamado Jean Chancel abriu a porta para os fósforos auto-inflamáveis ​​em 1805, quando misturou açúcar, borracha, clorato de potássio e enxofre e revestiu varas de madeira com a mistura. Ele mergulhava os bastões em uma solução de ácido sulfúrico para acendê-los. Esta invenção tinha apenas um pequeno problema: as nuvens tóxicas, voláteis e explosivas do gás de dióxido de cloro que ela produzia.
 O verdadeiro avanço veio em 1826, quando um químico inglês chamado John Walker inventou o primeiro fósforo de fricção por acidente. Enquanto trabalhava em seu laboratório, Walker notou que um grupo de produtos químicos com os quais ele trabalhara havia secado e formado um caroço no final do instrumento que ele utilizada para mexer e misturar os componentes. Não querendo misturar as substâncias químicas com o experimento no qual ele estava trabalhando, ele começou a raspar o material e ficou surpreso quando ele explodiu em chamas.
Walker usou um composto à base de enxofre nas cabeças dos fósforos e papel áspero revestido com fósforo para acendê-los. Era só dobrar o papel sobre o fósforo e puxar enquanto aplicava-se um pouco de pressão para acendê-lo. Ele vendeu alguns desses bastões de fogo, mas eles tinham um problema: o enxofre queimava tão violentamente que consumia todo o bastão, e a cabeça flamejante se soltava, muitas vezes com resultados indesejáveis. Os fósforos atuais são feitos de uma mistura de fósforo vermelho, empregada pela primeira vez por Johan Edvard Lundstrom. [Listverse]

Fonte: https://hypescience.com/descobertas-acaso/ - Por Jéssica Maes

sexta-feira, 6 de julho de 2018

10 dúvidas sobre manchas na pele respondidas por médicos


Das causas aos tratamentos (que as clareiam, eliminam e evitam), dermatologistas explicam tudo sobre as marcas que podem surgir em nossa pele

Manchas na pele não são o sonho de ninguém. Não estamos falando de sardas, pintas ou marquinhas charmosas: o assunto aqui são as manchas causadas pelo sol, pelo atrito da pele ou por motivos internos, como doenças de pele e do corpo em geral, ação dos hormônios e uso de medicamentos.

Mas não há motivo para pânico. Consultando bons dermatologistas e conhecendo as causas das manchas, é possível clareá-las, removê-las e – muito importante – evitá-las.

Conversamos com os dermatologistas Íris Flório, Monisa Nóbrega e Murilo Drummond, todos membros da Sociedade Brasileira de Dermatologia – SBD, para esclarecer as dez principais dúvidas sobre manchas na pele.

Entenda melhor o assunto e, se considerar que precisa de ajuda, não pense duas vezes e marque uma consulta com um dermatologista para resolver suas manchas.

O que faz algumas pessoas terem mais propensão ao surgimento de manchas na pele?
Antes de tudo, é a genética que determina o quão sensível cada pele é aos fatores causadores dos diversos tipos de manchas. Portanto, se duas pessoas forem expostas ao sol de igual maneira, pode ser que uma desenvolva manchas na pele e a outra, não.

Os motivos causadores de manchas que se destacam são exposição ao sol sem filtro solar, ação hormonal, doenças inflamatórias na pele, doenças sistêmicas, uso de determinados medicamentos e envelhecimento natural da pele.

A exposição ao sol sem protetor realmente faz a pele ganhar manchas?
Na ampla maioria dos casos, sim. Mesmo que o dia esteja nublado, os raios UVA do sol sempre passam pelas nuvens e chegam até nós, causando envelhecimento precoce da pele e, consequentemente, manchas. Os raios UVA também são responsáveis pelo desenvolvimento do câncer de pele. Então já sabe: protetor solar todos os dias para manter a pele saudável e livre de manchas.

De onde vêm as manchas na pele que não foi exposta ao sol sem proteção?
Elas podem ter causa hormonal, emocional – o estresse ajuda a trazer à tona a propensão a manchas na pele –, podem vir de doenças de pele como a rosácea, de doenças variadas do corpo, do uso de medicamentos e de anticoncepcionais hormonais, do estilo de vida – quem fuma e consome muita bebida alcoólica está mais sujeito a manchas na pele – e até da alimentação.

O médico dermatologista é a melhor pessoa para detectar as causas das manchas de pele, tanto pela indicação dos exames corretos quanto pela experiência clínica e acadêmica. É ele também que pode determinar os tratamentos e os medicamentos mais adequados para cada caso.

Quais são as áreas do corpo mais sujeitas ao surgimento de manchas?
Quando a causa das manchas é a exposição solar sem proteção, as áreas mais comuns são as que ficam “de fora”: rosto, pescoço, colo, mãos e pernas. Se a causa for hormonal ou relacionada a doenças e medicamentos, as manchas podem surgir em qualquer parte do corpo.

O que são manchas de atrito e em quais partes do corpo elas mais aparecem?
São as manchas causadas pelo engrossamento da pele onde há atrito constante. Esse atrito causa microtraumas que cicatrizam e deixam as chamadas hipercromias pós-inflamatórias. Resumidamente: nesse processo de reparo da pele ocorre a liberação de fatores inflamatórios e a ativação da produção de melanina, provocando a mancha.

Os locais do corpo mais sujeitos às manchas de atrito são entre as pernas e nas dobras do corpo – axilas, virilha, cotovelos e joelhos.

Manchas na pele - mancha de atrito na axila
Pessoas com pele escura também podem ter manchas na pele?
Sim. Todos os tipos de pele podem estar sujeitos às manchas, independentemente do tom e mesmo do nível de oleosidade. Todas as pessoas precisam se cuidar da mesma maneira para evitar o surgimento de manchas e devem passar por tratamentos dermatológicos adequados para clareá-las e removê-las.

Protetores solares resolvem os problemas das manchas na pele?
Os protetores solares evitam o aparecimento de novas manchas causadas pelos raios UVA, mas não clareiam nem eliminam as manchas já existentes. Eles também não têm o poder de prevenir o surgimento de manchas de pele de fundo hormonal, medicamentoso ou de outros fatores que não sejam relacionados à exposição ao sol.

Que princípios ativos dos cremes clareadores são mais eficazes no combate às manchas na pele?
Antes de falarmos sobre os princípios ativos clareadores de manchas, é importante ressaltar que nunca se deve usar qualquer medicamento ou fazer qualquer tratamento de pele sem a orientação de um/a médico/a dermatologista. Apenas o especialista pode determinar o que é adequado para cada caso.

Isto posto, vamos lá.

Os princípios ativos mais comumente usados são a hidroquinona, a vitamina C, o ácido kójico e o alfa-arbutin. Porém, todos eles podem piorar a condição da mancha se forem usados inadequadamente. SEMPRE espere e respeite a prescrição de um/a dermatologista.

Quando é necessário recorrer a um médico para tratar as manchas na pele?
O ideal é fazer um check-up dermatológico com um médico especialista pelo menos uma vez por ano. Nele são detectadas manchas em estágios iniciais que podem ser diagnosticadas e tratadas. Se nesse meio-tempo você notar alguma mancha na pele, não espere a próxima consulta e marque um horário com seu médico de confiança para o quanto antes.

Manchas na pele
O peeling pode ajudar a amenizar as manchas na pele?
Sem dúvida, mas somente sob recomendação médica e depois da análise de cada mancha. Se feito por profissionais que não sejam médicos dermatologistas, o peeling pode manchar ainda mais a pele, causando um efeito de tatuagem muito mais difícil de remover.