sábado, 14 de julho de 2018
Obesidade não causa risco maior de morte, diz estudo
Nós costumamos acreditar que a obesidade está ligada
a problemas de saúde, mas parece que isso não é exatamente verdade. Segundo um
novo estudo, ser obeso não significa necessariamente que você é doente.
Pesquisadores da Faculdade de Saúde da Universidade de York, nos EUA,
descobriram que pacientes obesos, mas sem nenhum outro fator de risco
metabólico, como pressão alta ou altos níveis de colesterol, não têm um aumento
na taxa de mortalidade.
O estudo, liderado por Jennifer Kuk, professora da
Escola de Cinesiologia e Ciências da Saúde da Universidade de York, mostrou
que, ao contrário de condições como hipertensão ou diabetes, que sozinhas estão
relacionadas com um alto risco de mortalidade, esse não é o caso da obesidade,
quando considerada isoladamente.
O estudo acompanhou mais de 54 mil homens e mulheres
que participaram de outros cinco estudos. Eles foram colocados em três
categorias: aqueles que tinham apenas obesidade, aqueles com algum fator
metabólico isolado, seja glicose, pressão arterial ou lipídios elevados, e
aqueles obesos e com outro fator metabólico agindo em conjunto. Os
pesquisadores observaram quantas pessoas dentro de cada grupo morreram, em
comparação com aqueles dentro da população de peso normal e sem fatores de
risco metabólicos.
Os pesquisadores descobriram que 1 em cada 20
indivíduos obesos não apresentava outras anormalidades metabólicas.
“Estamos mostrando que os indivíduos com obesidade
metabolicamente saudável não possuem uma taxa de mortalidade elevada.
Descobrimos que uma pessoa com peso normal e sem outros fatores de risco
metabólicos tem a mesma probabilidade de morrer do que a pessoa com obesidade e
sem outros fatores de risco”, garante Kuk na matéria publicada no site da
universidade. “Isso significa que centenas de milhares de pessoas apenas na
América do Norte (em outros lugares do mundo não é diferente) com obesidade
metabolicamente saudável estão sendo orientadas a perder peso quando é
questionável quanto benefício elas realmente receberão (com isso)”, alerta.
Segundo Kuk, os resultados deste estudo podem afetar
a forma como pensamos sobre a obesidade e a saúde. “Isso contrasta com a maior
parte da literatura”, define Jennifer Kuk. Segundo ela, a maioria dos estudos
definiu a obesidade “saudável” como tendo um fator de risco metabólico – o que
é um problema, já que condições como açúcar elevado no sangue e colesterol ruim
aumentam o risco de mortalidade de qualquer pessoa, magra ou gorda. “É provável
que a maioria dos estudos tenha relatado que a obesidade “saudável” ainda está
relacionada com maior risco de mortalidade”, diz ela. [Universidade de York,
Science Daily, NY Post]
Fonte: https://hypescience.com/obesidade-saudavel/
- Por Jéssica Maes
sexta-feira, 13 de julho de 2018
Suplementos multivitamínicos não evitam infarto e AVC
Ao menos para a população geral, ficar tomando
pílulas de vitaminas e minerais não evita problemas cardiovasculares, segundo
estudo gigantesco
“Tem sido bastante difícil convencer as pessoas,
incluindo pesquisadores de nutrição, a aceitar que suplementos multivitamínicos
e de minerais não previnem doenças cardiovasculares, como AVC e infarto”,
sentencia o cardiologista Joonseok Kim, da Universidade do Alabama em Birmingham,
nos Estados Unidos. “Esperamos que nosso estudo reduza o entusiasmo sobre esses
produtos”, completa o cientista, em comunicado.
Mas, afinal, que experimento é esse? Trata-se, na
verdade, de uma revisão de 18 estudos, que somam mais de 12 milhões de voluntários.
Enquanto uma parte dessa gente consumia os multivitamínicos com frequência, a
outra dispensava as pílulas – em média, eles foram acompanhados por 12 anos.
Resultado: não houve qualquer diferença
significativa na mortalidade por doenças cardiovasculares entre as duas turmas.
A ingestão desse tipo de suplemento também não evitou infartos ou derrames.
“Embora os multivitamínicos, quando tomados em
moderação, dificilmente causem danos, suplicamos para que as pessoas protejam o
próprio coração entendendo seus riscos individuais e conversando com um
profissional sobre medidas comprovadamente eficazes. Elas incluem alimentação
saudável, exercício físico, cessação do tabagismo […] e, se necessário,
tratamento”, defende Kim. Além disso, os multivitamínicos não costumam ser
baratos.
O que esse levantamento conclui, em resumo, é que a
população em geral deveria parar de recorrer a supostas pílulas mágicas (e isso
não inclui apenas suplementos) ao invés de apostar em táticas já consagradas.
Só que aqui cabe uma ponderação.
A revisão foi feita com a população em geral. Ou
seja, é possível que indivíduos com carência comprovada de algum nutriente se
beneficiem de um aporte extra dele – e isso não seria identificado em trabalho
científico desse tipo. No entanto, os especialistas sempre defendem que
abastecer o corpo de substâncias benéficas por meio da alimentação. E nunca
comprar suplementos por conta própria.
Fonte: https://saude.abril.com.br/alimentacao/suplementos-multivitaminicos-nao-evitam-infarto-e-avc/
- Por Da Redação - Ilustração: Pedro Hamdan/SAÚDE é Vital
quinta-feira, 12 de julho de 2018
Quer dormir melhor? Evite comer estes 5 alimentos à noite
Eles atrapalham não só a indução do sono como a
qualidade das horas de descanso
1. Molho de tomate
Apesar de poder ser utilizado em diferentes
preparos, é melhor limitar seu consumo ao almoço. Isso porque o molho de tomate
pode causar azia em quem sofre com refluxo. Além disso, sua ingestão incita a
liberação noradrenalina, substância que estimula a atividade cerebral e inibe o
sono.
2. Chocolate
O doce popular entre as brasileiras leva cafeína em
sua composição, o que pode provocar uma energia extra (e desnecessária) no
período noturno. Ele também apresenta teobromina, um estimulante que acelera os
batimentos cardíacos, dificultando ter bons sonhos.
3. Álcool
Uma taça de vinho antes de dormir até auxilia na
indução do sono, mas a verdade é que o álcool afeta a qualidade das horas na
cama. “Ele desregula os mecanismos neurológicos e compromete o sono profundo,
essencial para preparar o organismo para o dia seguinte”, explica Fábio Porto,
neurologista do Hospital das Clínicas de São Paulo.
4. Carne vermelha
Passe longe da carne vermelha durante a noite se
você está precisando repor as horas de sono. “Por ser um alimento de difícil
digestão, causa uma sensação de distensão abdominal, comprometendo o descanso”,
explica Fábio.
5. (Muita) água
Não tem nada de errado em se manter hidratada ao
longo do dia, mas virar dois ou três copos de água antes de ir para a cama é a
maior furada. “Isso aumenta a quantidade de urina produzida durante a noite e
causa despertares noturnos, interrompendo o sono”, diz o especialista. Em vez
disso, prefira uma fruta rica em água com efeito indutor do sono, como o kiwi.
Fonte: https://boaforma.abril.com.br/nutricao/quer-dormir-melhor-evite-comer-estes-5-alimentos-a-noite/
- Por Caroline Randmer (colaboradora) - ALLEKO/Thinkstock/Getty Images
quarta-feira, 11 de julho de 2018
5 mitos e verdades sobre como o celular afeta a saúde
Algumas histórias sobre os efeitos do celular
circulam pelas redes. Descubra se elas são verdadeiras ou só mais um caso de
fake news
Se os cães ainda podem ser considerados os melhores
amigos do homem, os celulares entram na disputa pelo segundo lugar. Apesar de
serem considerado até indispensáveis hoje em dia, esses aparelhos podem atingir
a saúde de diversas maneiras.
Problemas de visão e postura, piora da ansiedade e
dificuldades para dormir são alguns exemplos. Porém, nem tudo que circula pela
internet é verdade. Confira se alguns desses efeitos são reais ou apenas mitos:
1) Causa câncer?
Não há evidências. O mais recente estudo a respeito,
feito na Austrália com dados de 34 mil cidadãos, sinaliza que a radiação do
aparelho não é capaz de causar tumor no cérebro.
2) Afeta os testículos?
Melhor os homens não deixarem o celular sempre no
bolso da frente. Existem indícios de que o aumento da temperatura e a radiação
podem impactar na qualidade dos espermatozoides.
3) Envelhece a pele?
Sim! A presença de alguns minerais como níquel e
cromo e a luz azul emitida pelo aparelho parecem contribuir com rugas e
manchas. Mais um motivo para passar protetor solar.
4) Afeta aprendizado?
Pesquisa inglesa com 125 mil crianças e adolescentes
detectou que o uso do aparelho no período noturno atrapalha o sono, compromete
a memória e prejudica o desempenho na escola.
5) Dá dor de cabeça?
Não há dados conclusivos. Mas um estudo dinamarquês
observou que celulares podem aumentar em 20% o risco de uma enxaqueca, caso já
haja propensão às crises.
Fonte: https://saude.abril.com.br/bem-estar/5-mitos-e-verdades-sobre-como-o-celular-afeta-a-saude/
- Por André Bernardo - Ilustração: Henrique Campeã/SAÚDE é Vital
terça-feira, 10 de julho de 2018
Há 53 a 99,6% de chance de estarmos sozinhos em nossa galáxia
Se estamos ou não sozinhos no universo é uma
pergunta que intriga cientistas – e a maioria de nós – há muito tempo.
Um novo estudo do Instituto do Futuro da Humanidade,
da Universidade de Oxford, no Reino Unido, calculou a probabilidade de
existirem outras civilizações alienígenas na galáxia e no resto do espaço e,
infelizmente, as chances não são boas para os extraterrestres.
Equação de Drake mais realística
O trabalho explora o chamado Paradoxo de Fermi, a
aparente contradição entre a alta probabilidade de existência de civilizações
extraterrestres e a falta de evidências ou contato com elas. O universo é
gigante, então, onde está todo mundo? Será que somos mesmo os únicos?
As discussões neste tópico frequentemente envolvem a
equação de Drake, uma estimativa probabilística do número de civilizações extraterrestres
ativas e comunicativas em nossa galáxia baseado em sete variáveis.
Os possíveis resultados desta equação levaram os
cientistas deste novo estudo a concluírem que há 53 a 99,6% de chance de
estarmos sozinhos na galáxia, e 39 a 85% de chances de estarmos sozinhos no
universo.
“Nosso artigo analisa a hipótese sobre
‘probabilidade razoável'”, disse um dos autores da pesquisa, Anders Sandberg,
ao portal Digital Trends. “As pessoas tendem a ser tendenciosas quando ligam
números à equação de Drake para fazer uma estimativa aproximada de quantas
civilizações alienígenas estão por aí”.
Levando em conta as incertezas
No artigo, os pesquisadores salientam que, além de
estimar números, é preciso estimar quão precisos esses números são: se você
apenas os multiplicar sem levar em conta que alguns poderiam ter valores muito
diferentes, o resultado se torna enganoso.
“Nós demonstramos que, se alguém tomar em conta uma
estimativa grosseira de quão incertos estamos, ou tentar esboçar o que a
ciência sabe e estimar quão incerto isso é, o paradoxo vai embora”, argumentou
Sandberg.
Em última análise, o novo estudo sugere que, mesmo
se você for realmente otimista e acreditar que provavelmente existam civilizações
alienígenas, uma estimativa honesta levando em conta a incerteza o forçará a
admitir que há uma grande chance de estarmos sozinhos.
Isso não é motivo para pararmos de procurar,
entretanto. “Devemos reconhecer que há uma chance não trivial de que tudo será
em vão, mas dada a importância de descobrir se estamos sozinhos – entre outras
coisas, isso nos diz um pouco sobre nossas próprias chances de sobrevivência –
não devemos parar. De fato, a busca por extraterrestres está nos trazendo
importantes conhecimentos e ideias sobre vida, inteligência e tecnologia”,
resumiu Sandberg.
O CEO da SpaceX, Elon Musk, compartilhou o link do
artigo na rede social Twitter, comentando que isso era mais uma prova de que os
humanos precisam avançar com a construção de civilizações no espaço.
“É por isso que devemos preservar a luz da
consciência, tornando-a uma civilização espacial e estendendo a vida a outros
planetas”, escreveu. “Não se sabe se nós somos a única civilização atualmente
viva no universo observável, mas qualquer chance de que somos adiciona ímpeto
para estender a vida para além da Terra”, acrescentou.
Musk admite que colonizar outros planetas não vai
apagar todos os problemas do nosso. “A humanidade não é perfeita, mas é tudo o
que temos”, comentou o empreendedor.
O CEO já deixou clara sua intenção de enviar humanos
para Marte em breve. Apesar disso, assume que a colonização envolverá sérios
riscos para os primeiros humanos que deixarem nosso planeta.
“Como indivíduos, todos morreremos em um piscar de
olhos em uma escala de tempo galáctica. O que pode viver por muito tempo é a
civilização. Aqueles que forem primeiro para outros planetas enfrentarão muito
mais risco de morte e dificuldades do que aqueles que ficarem. Com o tempo, as
viagens espaciais serão seguras [e] abertas a todos”, sugeriu em uma série de
postagens no Twitter. [DigitalTrends, InsterestingEngineering]
Fonte: https://hypescience.com/ha-53-a-996-de-chance-de-estarmos-sozinhos-em-nossa-galaxia/
- Por Natasha Romanzoti
segunda-feira, 9 de julho de 2018
A maioria das vitaminas é inútil, mas estas você deveria tomar
Uma pesquisa que analisou 100 outros estudos
anteriores aponta que não há evidências de que pessoas que tomam as vitaminas
mais populares têm menores riscos de doenças cardíacas, derrame ou morte
prematura por qualquer causa. Então pode deixar a caixinha de vitamina C de
lado e veja quais complementos realmente fazem diferença para a saúde:
Multivitamínicos: deixe de lado
O estudo que revisou 100 outras pesquisas prova que
tomar multivitamínicos não ajuda muito a saúde. Este trabalho foi publicado na
revista Journal of the American College of Cardiology, e não encontrou ligação
entre o hábito de tomar suplementos de vitaminas múltiplas e a redução do número
de doenças vasculares ou morte precoce.
Alguns dos estudos analisados até sugerem que
consumir vitaminas em excesso causa danos às saúde. Um grande estudo de 2011
que acompanhou 39 mil mulheres de meia idade observou que mulheres que tomaram
essas vitaminas por mais de 20 anos tiveram maiores chances de morte precoce do
que aquelas que não tomaram nenhum suplemento.
O mais indicado é ter uma dieta balanceada e
praticar exercícios físicos.
Suplemento de vitamina D: tome
Esta vitamina deixa os ossos mais fortes porque
ajuda na absorção de cálcio, mas é difícil de ser absorvida de alimentos. O
nosso corpo também precisa de sol para produzir esta vitamina.
Vários dos estudos analisados concluíram que quem
toma suplementos de vitamina D vivem mais, em média, do que aqueles que não
tomaram.
Suplemento de antioxidantes: melhor evitar
Vitaminas A, C e E são antioxidantes encontrados em
muitas frutas e verduras. A vantagem dos antioxidantes é que eles ajudam na
prevenção de vários tipos de câncer, mas o problema é a dosagem: antioxidantes
em excesso podem acabar causando o próprio câncer.
Um grande estudo de longo prazo que acompanhou
homens fumantes mostrou que aqueles que tomavam vitamina A com regularidade
tinham mais chances de desenvolverem câncer de pulmão do que aqueles que não
tomavam. Outro estudo de 2007 que revisou vários outras pesquisas também
observou que tratamentos com betacarotenos, vitamina A e vitamina E podem
aumentar a mortalidade.
Devore um pote de frutas vermelhas ao invés de tomar
este suplemento.
Suplemento de vitamina C: esqueça
Uma pesquisa realizada em 2013 de 29 estudos que
envolveram mais de 11 mil pessoas mostrou que “não há efeito consistente entre
vitaminas C e a duração ou severidade dos resfriados”.
A suplementação dessa vitamina foi vantajosa apenas
para atletas e soldados que se exercitam em climas subárticos. Mesmo assim,
esses benefícios são pequenos.
Além disso, doses exageradas da vitamina podem
aumentar a chance de ter pedras no rim.
Vale mais a pena comer frutas cítricas, mamão,
goiaba e acerola.
Suplemento de vitamina B3: troque por salmão, atum
ou beterraba
Por anos, a vitamina B3 foi anunciada como a solução para tudo, de Alzheimer aos problemas cardíacos. Mas estudos recentes exigem o fim da prescrição exagerada desse suplemento.
Por anos, a vitamina B3 foi anunciada como a solução para tudo, de Alzheimer aos problemas cardíacos. Mas estudos recentes exigem o fim da prescrição exagerada desse suplemento.
Um grande estudo de 2014 que envolveu mais de 25 mil
pessoas com doenças cardíacas mostra que usar vitamina B3 para tentar aumentar
os níveis de colesterol bom (HDL) não reduz a incidência de ataques cardíacos,
derrames ou mortes.
Além disso, pessoas no estudo que usavam o
suplemento tinham mais chances de desenvolver infecções, problemas no fígado e
sangramento interno.
Zinco: tome para abreviar resfriados
Ao contrário da vitamina C, que segundo estudos não
ajuda muito na prevenção ou tratamento de resfriados, o zinco pode valer a
pena. O mineral parece interferir com a replicação dos rinovírus, os
responsáveis pelo resfriado comum.
Uma revisão de estudos de 2011 analisou pessoas que
tinham ficado resfriadas recentemente e que começaram a tomar zinco. Essas
pessoas foram comparadas com um grupo de controle que tomou placebo. Os
participantes do grupo que tomaram zinco tiveram resfriados mais curtos e
sintomas menos severos.
Vitamina E: não desperdice seu dinheiro
Invista seu dinheiro e energia em espinafre e outras
verduras ricas desta vitamina. Um grande estudo de 2011 que acompanhou 36 mil
homens observou que o risco de ter câncer de próstata aumento entre aqueles que
tomavam vitamina E quando comparado ao grupo controle que recebeu placebo.
Outro estudo de 2005 conclui que quem toma o
suplemento desta vitamina tem mais chances de morrer de forma geral.
Ácido fólico: tome se estiver grávida ou tentando
engravidar
O ácido fólico é uma vitamina B que nossos corpos
usam para fazer novas células. As mulheres grávidas ou que pretendem engravidar
em breve devem tomar este suplemento diariamente para ajudar no crescimento do
feto. Este nutriente ajuda na formação celular e evita defeitos no tubo neural
do feto. [Business Insider]
Fonte: https://hypescience.com/a-maioria-dos-suplementos-vitaminicos-e-inutil-mas-ha-algumas-que-vale-a-pena-tomar/
- Por Juliana Blume
domingo, 8 de julho de 2018
5 frutas cítricas que esbanjam saúde e sabor
Tudo que você precisa saber sobre as frutas cítricas
para melhorar sua saúde
Apesar de a laranja ser a fruta cítrica mais popular
na mesa do brasileiro, ela não é a única que esbanja nutrientes nesse time.
Descubra mais sobre ela e mais quatro frutos desse tipo, assim como seus
principais benefícios – que vão muito além da vitamina C.
1) Laranja
Nativa das regiões tropicais da Ásia, ela foi
trazida para cá pelos portugueses e gostou do nosso solo. Tanto que o Brasil
ocupa o topo do ranking na produção mundial. Para os cientistas, é Citrus
sinensis. Para nós, seu nome deriva da palavra indiana narayan, que significa
perfume de dentro. De tão aromática, a laranjeira foi uma das árvores mais
assíduas nos bosques de Versalhes, na época em que os Luíses reinavam na
França.
Entre as variedades dessa espécie, há desde as mais
comuns, caso da laranja-pera, laranja-baía e laranja-lima, até tipos mais
raros, como a cara-cara, de polpa vermelha. Além de marcar presença em sucos, o
fruto cai bem em diversas preparações.
“Dá cor e sabor a saladas, bolos e molhos quentes ou
frios”, ensina a nutricionista e chef Flora Spolidoro, da Day by Diet, em São
Paulo. Sem esquecer o chazinho feito com a casca, bem-vindo para aquecer o
corpo e atenuar sintomas de gripe.
2) Limão
No reino dos limões, nem sempre aquilo que parece é.
O agrônomo Orlando Passos, da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária
(Embrapa), em Cruz das Almas, na Bahia, explica que o verdadeiro limão é aquele
conhecido como siciliano, o Citrus limon.
“O genuíno é amarelado, grande e tem casca grossa”,
descreve. Já o limão-taiti e o galego, com suas cascas verdes e que
protagonizam a caipirinha, são classificados pelos botânicos como limas ácidas.
Diferenças agronômicas, que para nós não são evidentes, é que levam à confusão.
Para aproveitar substâncias protetoras contra o
câncer, caso do limoneno, a sugestão é consumir inclusive a casca dos frutos,
batendo tudo no liquidificador. Mas tem que tomar rápido. “Se há demora,
enzimas entram em ação e só restará um desagradável amargor”, ensina a
nutricionista Vanderlí Marchiori, presidente da Associação Paulista de
Fitoterapia.
3) Tangerina
Estima-se que já era cultivada na Ásia há pelo menos
3 mil anos. Mexerica, poncã, bergamota, murcote, enfim… Não importa o apelido,
todas elas são variedades de uma espécie, a Citrus reticulada, que chegou à
Europa no século 19. Aliás, o limão-rosa também faz parte dessa família, mas
pertence ao grupo dos azedos, ou melhor, dos que têm suco mais ácido.
Quase todas as tangerinas têm um tipo de casca que
se desprende facilmente de seus gomos – isso quando comparadas às laranjas e
aos limões. A exceção é a murcote, que requer o auxílio de uma faca para ser
consumida. “São ótimas opções para os lanches intermediários”, recomenda a
nutricionista Renata Guirau, do Oba Hortifruti, em São Paulo.
“Na culinária, as cascas de tangerinas se prestam
para o preparo de tirinhas cristalizadas ou banhadas com chocolate, assim como
para decoração”, ensina Flora Spolidoro. Só é preciso caprichar na
higienização, por favor!
4) Lima-da-pérsia
Delicada, de casca fina, brilhante e amarela, com
uma polpa esbranquiçada, a fruta pode surpreender o paladar. Embora seja uma
variedade de lima doce, se for guardada por muito tempo após a manipulação,
costuma trazer à tona um gosto amargo.
Isso se dá pela ação de moléculas presentes nas
pequeninas bolsas que guardam seu suco. O farmacêutico Henry Okama, da capital
paulista, conta que o amargor é proveniente de um alcaloide chamado sinefrina.
Daí porque muita gente recomenda consumir logo.
Extremamente perfumada, imprime essa característica
a diversas preparações. A dica da nutricionista Renata Guirau é utilizar a
lima-da-pérsia no preparo de bebidas aromatizadas. “Coloque as rodelas da fruta
em uma jarra de água”, ensina. Também incrementa peixes e molhos.
Para constar, é originária do continente asiático e
pertence ao grupo da Citrus aurantiifolia, que, aliás, é o mesmo dos
limões-taiti e galego.
5) Toranja
Na gringa, é a grapefruit – ou Citrus paradisi, para
os mais técnicos. Sua polpa de coloração avermelhada denuncia os carotenoides,
especialmente o licopeno, poderoso antioxidante que se sobressai como protetor
da próstata.
Essa espécie, que, segundo relatos, é originária do
Caribe, concentra certos compostos fenólicos que lhe conferem um amargor
característico. Contém, ainda, algumas substâncias que podem interferir na ação
de remédios, ocasionando a chamada interação medicamentosa. Já foi constatado
que sua formulação atrapalha o efeito de anticoagulantes, por exemplo. Na
dúvida, é melhor consultar a bula e conversar com o médico.
Para quem está livre de medicações, a dica de Flora
Spolidoro é usar em saladas de folhas e queijos fortes, grelhada com mel ou um
pouco de açúcar. Ops, mas pode adicionar açúcar? “Nenhum ingrediente faz mal”,
responde a nutricionista. Desde que não haja excessos, fique claro.
Fonte: https://saude.abril.com.br/alimentacao/como-consumir-5-citricos-em-nome-da-saude/
- Por Regina Célia Pereira - Foto: Vladans/iStock
sábado, 7 de julho de 2018
9 descobertas feitas por acaso que mudaram o mundo
Nós costumamos acreditar que por trás de todas as
invenções e descobertas científicas há um trabalho árduo e objetivo – e, na
maioria das vezes, é isso mesmo que acontece. Mas, durante o processo de
pesquisa, algumas descobertas paralelas e totalmente sem querer acabam
acontecendo. E o acaso, muitas vezes, nos dá coisas muito úteis, às vezes até
mais úteis do que aquelas que estávamos buscando.
Muitos dos dispositivos que usamos no dia a dia
foram inventados completamente por engano. Abaixo, estão nove das invenções
mais importantes e úteis que foram descobertas ou inventadas por acaso.
9. Raios X
Em 8 de novembro de 1895, o físico alemão Wilhelm
Conrad Rontgen estava trabalhando em seu laboratório com testes de raios
catódicos quando viu um brilho estranho em uma tela que havia sido tratada
anteriormente com produtos químicos. Wilhelm foi a primeira pessoa na história
a observar os raios X, ondas de energia eletromagnética similares à luz, mas
que correm em comprimentos de onda cerca de 1.000 vezes menores. Isso permite
que elas passem por substâncias moles como pele e músculo, mas não por aquelas
mais duras, como ossos ou metais.
Os raios-X revolucionaram a medicina diagnóstica,
proporcionando aos médicos um meio não intrusivo de enxergar dentro do corpo
humano. Essa importante ferramenta de diagnóstico se tornou manchete em todo o
mundo quando foi usada no campo de batalha durante a Guerra dos Bálcãs, que
aconteceu entre 1912 e 1913, para localizar balas e diagnosticar membros
quebrados.
Infelizmente, demorou para que os cientistas
descobrissem as qualidades nocivas desses raios mágicos. Acreditava-se que os
raios X passavam pelo corpo humano inofensivamente, assim como a luz, mas
depois de vários anos, relatos de danos estranhos na pele e queimaduras
começaram a se acumular. Em 1904, Clarence Dally, um cientista que trabalhava
com raios-X para Thomas Edison, morreu de câncer de pele devido à
superexposição aos raios. Isso fez com que alguns cientistas que trabalhavam no
campo passassem a ser mais cuidadosos, mas demoraria algumas décadas até que os
efeitos nocivos da radiação fossem completamente esclarecidos.
Por exemplo, a partir de 1930, as lojas de calçados
nos Estados Unidos usavam fluoroscópios para atrair as pessoas. As máquinas
encantavam os clientes, permitindo que eles vissem os ossos de seus pés.
Somente na década de 1950 que o perigo disso foi percebido, e eles foram
proibidos de uso completamente. Hoje, os raios X ainda são amplamente
utilizados nos campos da medicina, segurança e análise de materiais.
8. Gás do riso (óxido nitroso)
Em 1799, Humphry Davy, um jovem inventor e químico
inglês, decidiu usar a si mesmo como cobaia para descobrir os efeitos da
inalação de gases produzidos artificialmente. Junto com um assistente, ele
descobriu que os cristais de nitrato de amônio tratados termicamente produziam
um gás que eles podiam coletar em sacos especiais de seda tratados com óleo.
Eles então poderiam passar o gás através dos vapores de água, o que o
purificaria.
Depois de prender um bocal improvisado, Humphry
inalou uma bolsa de gás. Ele havia acabado de descobrir o óxido nitroso, ou gás
do riso. Humphry relatou que sentiu “tontura, suas bochechas coradas, prazer
intenso e uma emoção sublime ligada a ideias muito vivas”. Em pouco tempo,
depois de começar a fazer experimentos com o gás, ele estava o inalando longe
do laboratório, té mesmo depois de consumir álcool quando estava em casa.
Davy passou então a permitir que seus pacientes e
colegas experimentassem o gás, contanto que eles também registrassem suas
experiências para a ciência. Humphry foi tão longe a ponto de construir uma
caixa hermética em que os sujeitos entrariam e respirariam puro óxido nitroso.
Em 1800, Davy escreveu Researches, Chemical and Philosophical, 80 páginas muito
divertidas sobre suas experiências enquanto experimentava o gás do riso.
7. Sacarina
A sacarina foi um dos primeiros adoçantes
artificiais a substituir de forma barata o açúcar, e foi descoberta
completamente por acidente. O professor Ira Remsen dirigia um pequeno
laboratório na Universidade John Hopkins, nos EUA. Em algum momento no final de
1878 ou início de 1879, uma firma de importação, a H.W. Perot, entrou em
contato com ele para pedir seu laboratório emprestado. A firma queria que
Constantin Fahlberg, um especialista em doces, usasse o laboratório de Remsen
para testar a pureza de um carregamento deles.
Depois de concluir com sucesso os testes, Fahlberg
continuou trabalhando para o professor em vários projetos. Um dia, enquanto
jantava, Fahlberg descobriu que seu pão estava excepcionalmente doce e decidiu
descobrir por quê. Depois de deduzir que o pão não tinha sido adoçado pelo
padeiro, ele supôs que deveria ter algum produto químico em suas mãos enquanto
trabalhava no laboratório, e que a substância havia sido transferida para seu
alimento, fazendo com que ele ficasse doce. Como não sentiu reações adversas a
esse químico desconhecido, decidiu descobrir o que era.
Fahlberg não conseguia se lembrar exatamente de qual
substância ele levara para casa em suas mãos, então ele testou todos os
produtos químicos que ele tinha em sua estação de trabalho no dia anterior e
descobriu que tinha enchido um béquer com cloreto de fósforo, amônia e ácido
sulfobenzóico, que, por sua vez, criava sulfimida benzóica, um composto que ele
conhecia, mas que nunca teve nenhum motivo para comer. Ele descobriu a
sacarina, um produto que se tornaria extremamente popular devido à escassez de
açúcar durante a Primeira Guerra Mundial.
6. Fogos de artifício
Uma das descobertas acidentais mais antigas foi
feita cerca de 2.000 anos atrás, na China. Ela aconteceu quando um cozinheiro
misturou enxofre, salitre (nitrato de potássio, um produto parecido com o sal
de cozinha) e carvão em fogo. Não se sabe onde o cozinheiro estava tentando
chegar, mas ele acabou fazendo uma descoberta que seria conhecida em todo o
mundo. Os antigos chineses o chamavam de “fogo químico” e rapidamente
aprenderam que quando comprimiam a mistura, geralmente em pedaços de bambu, ela
explodia. Através da experimentação, eles descobriram que podiam produzir
impulso que faria o bambu voar pelo ar, em vez de explodir instantaneamente no
chão, e assim nasceram os fogos de artifício.
Os novos artefatos tornaram-se muito comuns e
passaram a ser usados durante eventos importantes, como casamentos e
funerais, em todo o país. Os chineses acreditavam que o barulho dos fogos de
artifício mantinham os maus espíritos longe da cerimônia.
Historiadores dizem que Marco Polo levou os fogos de
artifício da China para o Oriente Médio. De lá, eles chegaram à Europa. Embora
os fogos de artifício tenham chegado primeiro à Inglaterra, foram os italianos
que transformaram a sua fabricação, com o uso de várias cores e formas.
5. Fornos de microondas
O microondas se tornou um ítem quase tão importante
nas nossas cozinhas quanto uma geladeira ou um fogão. A praticidade e rapidez
dos fornos microondas combinam perfeitamente com o estilo de vida veloz da
sociedade nas últimas décadas. É bastante curioso pensar que esta, uma das
máquinas mais úteis já inventadas na história, foi descoberta por acaso.
Em 1946, um engenheiro que trabalhava para a
Raytheon, um conglomerado norte-americano que atua na área de armamentos e
equipamentos eletrônicos para uso militar e comercial, chamado Percy Spencer
estava trabalhando com um magnetron, o principal componente de um sistema de
radar, quando descobriu que uma barra de chocolate que ele carregava no bolso
da camisa tinha derretido enquanto ele estava perto do dispositivo. Isso
despertou seu interesse. Seu próximo passo foi colocar um ovo no caminho dos
raios do magnetron, que obviamente explodiu em sua cara. Então ele teve a ideia
de colocar alguns grãos de milho em um prato e fez com que eles pulassem como
pipoca por todo o laboratório. O resto, como dizem, é história.
4. Impermeabilizante de tecidos
Uma jovem química chamada Patsy Sherman aceitou o
desafio de criar produtos úteis usando produtos fluoroquímicos quando foi
contratada pelo grupo de tecnologia 3M em 1952. Sherman recebeu a tarefa de
criar um material semelhante a borracha que resistisse ao combustível de
aviação e, como acontece muitas vezes, descobriu algo totalmente diferente.
Tudo aconteceu por causa de um acidente. Uma das
assistentes de Sherman derramou um composto experimental em seus novos tênis.
Ela estava realmente irritada pelo fato de não conseguir tirar o composto
deles, independentemente de que tipo de solvente ela tentasse. A tenacidade do
produto experimental intrigou Sherman, então ela juntou forças com Sam Smith,
outro químico da 3M, em um esforço para desenvolver um agente de
impermeabilização fluoroquímico útil e barato para roupas, algo inimaginável na
época.
Depois de alguns anos refinando seu composto, a
equipe de Sherman e Smith revelou seu novo produto para o mundo e, em 1956, a
marca “Scotchgard” nasceu. Sem querer, a 3M havia conseguido seu primeiro
campeão de vendas.
3. Marca-passos
O inventor Wilson Greatbatch estava trabalhando em
um dispositivo para monitorar e gravar as batidas do coração humano quando
cometeu um erro. Ele inseriu um transistor em seu dispositivo 100 vezes mais
poderoso do que ele normalmente usaria. Seu erro fez com que o instrumento
criasse impulsos elétricos que emulavam perfeitamente a batida do coração. Em
vez de arruinar tudo, o equívoco fez com que o dispositivo não monitorasse o
batimento cardíaco, mas sim o criasse. Ele ficou surpreso quando percebeu que
sua invenção poderia ser usada como um marca-passo interno.
Os primeiros marcapassos pareciam uma televisão à
qual o paciente deveria permanecer conectado, já que as baterias eram
insuficientes na época. Um paciente que precisava de um marcapasso era muito
parecido com uma pessoa em diálise, não podendo deixar a máquina nem
carregá-la. Um marca-passo interno permitiria que milhões dessas pessoas
vivessem vidas completamente normais. Um pouco maior que um disco de hóquei, o
primeiro protótipo de Greatbatch foi implantado em um cão em 1958 e controlou
seus batimentos cardíacos com sucesso e sem dificuldade. O primeiro paciente
humano a receber um foi um homem de 77 anos que viveu 18 meses, enquanto um
jovem receptor viveu 30 anos com o seu.
Eles tiveram seus problemas, no entanto. Os fluidos
corporais permeavam o dispositivo, arruinando os circuitos, e as baterias
duravam apenas dois anos, então Greatbatch começou a procurar maneiras melhores
de alimentá-los. Em 1970, ele fundou sua própria empresa, a Greatbatch Inc., e
desenvolveu baterias de lítio que duravam dez anos e seriam eventualmente
usadas em mais de 90% dos marca-passos do planeta. O brilhante inventor,
falecido em 2011, tem 350 patentes em seu nome e foi introduzido no Hall da
Fama do Inventor Nacional dos EUA em 1986. Cerca de 600 mil de seus marcapassos
são implantados a cada ano.
2. Post-its
Assim como o impermeabilizante de tecidos, essa
descoberta acidental também envolve a Minnesota Mining and Manufacturing
Corporation, também conhecida como 3M. Um cientista que trabalhava para a
companhia chamado Spencer Silver recebeu a tarefa de inventar um super adesivo
projetado exclusivamente para ser usado na indústria aeroespacial. Sua
tentativa inicial foi um fracasso. Ele estava procurando por algo forte, mas só
conseguiu algo forte o suficiente para talvez segurar uma folha de papel em um
quadro de avisos. Isso deu a eles a ideia de criar alguns protótipos de bloco
de notas, mesmo que eles não tivessem muita fé no conceito. Art Fry, outro
funcionário da 3M, teve a ideia de usar um desses protótipos em seu livro de
hinos de coral porque ele continuava se perdendo durante o canto. Com este uso
prático, ele percebeu que o protótipo funcionava perfeitamente, aderindo muito
bem sem deixar cola e não danificando as páginas.
Silver, Fry e vários outros que trabalharam no
aperfeiçoamento das notas inventaram erroneamente toda uma linha de produtos
totalmente nova. O Post-It só decolou anos mais tarde, depois de quatro
tentativas fracassadas de marketing, mas hoje se encontra presente em
praticamente todos os escritórios do mundo.
1. Fósforo auto-inflamável
Embora nós tenhamos descoberto o fogo há muito
tempo, criar fogo de forma prática na vida moderna não é uma descoberta tão
antiga assim. Os fósforos transformaram nosso mundo e nosso modo de vida de
maneiras que seus inventores nunca poderiam imaginar. Os primeiros fósforos,
porém, não eram auto-inflamáveis e precisavam de alguns outros meios para que
fossem acesos. Por exemplo, os primeiros fósforos chineses eram revestidos com
enxofre que ardia muito brilhante e eram usados para aumentar rapidamente um
fogo já existente, mas eles nunca evoluíram além dessa capacidade.
Um parisiense chamado Jean Chancel abriu a porta
para os fósforos auto-inflamáveis em 1805, quando misturou açúcar, borracha,
clorato de potássio e enxofre e revestiu varas de madeira com a mistura. Ele
mergulhava os bastões em uma solução de ácido sulfúrico para acendê-los. Esta
invenção tinha apenas um pequeno problema: as nuvens tóxicas, voláteis e
explosivas do gás de dióxido de cloro que ela produzia.
O verdadeiro
avanço veio em 1826, quando um químico inglês chamado John Walker inventou o
primeiro fósforo de fricção por acidente. Enquanto trabalhava em seu
laboratório, Walker notou que um grupo de produtos químicos com os quais ele
trabalhara havia secado e formado um caroço no final do instrumento que ele
utilizada para mexer e misturar os componentes. Não querendo misturar as
substâncias químicas com o experimento no qual ele estava trabalhando, ele
começou a raspar o material e ficou surpreso quando ele explodiu em chamas.
Walker usou um composto à base de enxofre nas
cabeças dos fósforos e papel áspero revestido com fósforo para acendê-los. Era
só dobrar o papel sobre o fósforo e puxar enquanto aplicava-se um pouco de
pressão para acendê-lo. Ele vendeu alguns desses bastões de fogo, mas eles
tinham um problema: o enxofre queimava tão violentamente que consumia todo o
bastão, e a cabeça flamejante se soltava, muitas vezes com resultados
indesejáveis. Os fósforos atuais são feitos de uma mistura de fósforo vermelho,
empregada pela primeira vez por Johan Edvard Lundstrom. [Listverse]
Fonte: https://hypescience.com/descobertas-acaso/
- Por Jéssica Maes
sexta-feira, 6 de julho de 2018
10 dúvidas sobre manchas na pele respondidas por médicos
Das causas aos tratamentos (que as clareiam,
eliminam e evitam), dermatologistas explicam tudo sobre as marcas que podem
surgir em nossa pele
Manchas na pele não são o sonho de ninguém. Não
estamos falando de sardas, pintas ou marquinhas charmosas: o assunto aqui são
as manchas causadas pelo sol, pelo atrito da pele ou por motivos internos, como
doenças de pele e do corpo em geral, ação dos hormônios e uso de medicamentos.
Mas não há motivo para pânico. Consultando bons
dermatologistas e conhecendo as causas das manchas, é possível clareá-las,
removê-las e – muito importante – evitá-las.
Conversamos com os dermatologistas Íris Flório,
Monisa Nóbrega e Murilo Drummond, todos membros da Sociedade Brasileira de
Dermatologia – SBD, para esclarecer as dez principais dúvidas sobre manchas na
pele.
Entenda melhor o assunto e, se considerar que
precisa de ajuda, não pense duas vezes e marque uma consulta com um
dermatologista para resolver suas manchas.
O que faz algumas pessoas terem mais propensão ao
surgimento de manchas na pele?
Antes de tudo, é a genética que determina o quão
sensível cada pele é aos fatores causadores dos diversos tipos de manchas.
Portanto, se duas pessoas forem expostas ao sol de igual maneira, pode ser que
uma desenvolva manchas na pele e a outra, não.
Os motivos causadores de manchas que se destacam são
exposição ao sol sem filtro solar, ação hormonal, doenças inflamatórias na
pele, doenças sistêmicas, uso de determinados medicamentos e envelhecimento
natural da pele.
A exposição ao sol sem protetor realmente faz a pele
ganhar manchas?
Na ampla maioria dos casos, sim. Mesmo que o dia
esteja nublado, os raios UVA do sol sempre passam pelas nuvens e chegam até
nós, causando envelhecimento precoce da pele e, consequentemente, manchas. Os
raios UVA também são responsáveis pelo desenvolvimento do câncer de pele. Então
já sabe: protetor solar todos os dias para manter a pele saudável e livre de
manchas.
De onde vêm as manchas na pele que não foi exposta
ao sol sem proteção?
Elas podem ter causa hormonal, emocional – o
estresse ajuda a trazer à tona a propensão a manchas na pele –, podem vir de
doenças de pele como a rosácea, de doenças variadas do corpo, do uso de
medicamentos e de anticoncepcionais hormonais, do estilo de vida – quem fuma e
consome muita bebida alcoólica está mais sujeito a manchas na pele – e até da
alimentação.
O médico dermatologista é a melhor pessoa para
detectar as causas das manchas de pele, tanto pela indicação dos exames
corretos quanto pela experiência clínica e acadêmica. É ele também que pode
determinar os tratamentos e os medicamentos mais adequados para cada caso.
Quais são as áreas do corpo mais sujeitas ao
surgimento de manchas?
Quando a causa das manchas é a exposição solar sem
proteção, as áreas mais comuns são as que ficam “de fora”: rosto, pescoço,
colo, mãos e pernas. Se a causa for hormonal ou relacionada a doenças e
medicamentos, as manchas podem surgir em qualquer parte do corpo.
O que são manchas de atrito e em quais partes do
corpo elas mais aparecem?
São as manchas causadas pelo engrossamento da pele
onde há atrito constante. Esse atrito causa microtraumas que cicatrizam e
deixam as chamadas hipercromias pós-inflamatórias. Resumidamente: nesse
processo de reparo da pele ocorre a liberação de fatores inflamatórios e a
ativação da produção de melanina, provocando a mancha.
Os locais do corpo mais sujeitos às manchas de
atrito são entre as pernas e nas dobras do corpo – axilas, virilha, cotovelos e
joelhos.
Manchas na pele - mancha de atrito na axila
Pessoas com pele escura também podem ter manchas na
pele?
Sim. Todos os tipos de pele podem estar sujeitos às
manchas, independentemente do tom e mesmo do nível de oleosidade. Todas as
pessoas precisam se cuidar da mesma maneira para evitar o surgimento de manchas
e devem passar por tratamentos dermatológicos adequados para clareá-las e
removê-las.
Protetores solares resolvem os problemas das manchas
na pele?
Os protetores solares evitam o aparecimento de novas
manchas causadas pelos raios UVA, mas não clareiam nem eliminam as manchas já
existentes. Eles também não têm o poder de prevenir o surgimento de manchas de
pele de fundo hormonal, medicamentoso ou de outros fatores que não sejam
relacionados à exposição ao sol.
Que princípios ativos dos cremes clareadores são
mais eficazes no combate às manchas na pele?
Antes de falarmos sobre os princípios ativos
clareadores de manchas, é importante ressaltar que nunca se deve usar qualquer
medicamento ou fazer qualquer tratamento de pele sem a orientação de um/a
médico/a dermatologista. Apenas o especialista pode determinar o que é adequado
para cada caso.
Isto posto, vamos lá.
Os princípios ativos mais comumente usados são a
hidroquinona, a vitamina C, o ácido kójico e o alfa-arbutin. Porém, todos eles
podem piorar a condição da mancha se forem usados inadequadamente. SEMPRE
espere e respeite a prescrição de um/a dermatologista.
Quando é necessário recorrer a um médico para tratar
as manchas na pele?
O ideal é fazer um check-up dermatológico com um
médico especialista pelo menos uma vez por ano. Nele são detectadas manchas em
estágios iniciais que podem ser diagnosticadas e tratadas. Se nesse meio-tempo
você notar alguma mancha na pele, não espere a próxima consulta e marque um
horário com seu médico de confiança para o quanto antes.
Manchas na pele
O peeling pode ajudar a amenizar as manchas na pele?
Sem dúvida, mas somente sob recomendação médica e
depois da análise de cada mancha. Se feito por profissionais que não sejam
médicos dermatologistas, o peeling pode manchar ainda mais a pele, causando um
efeito de tatuagem muito mais difícil de remover.
Fonte: https://mdemulher.abril.com.br/saude/manchas-na-pele-duvidas-clareamento-tratamentos/
- Por Raquel Drehmer - sayu_k/Thinkstock
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