sábado, 28 de março de 2020

Quanto tempo o coronavírus permanece vivo em materiais comuns


Um novo estudo da Universidade da Califórnia, do Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas dos Institutos Nacionais de Saúde, dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças e da Universidade de Princeton (todos nos EUA) descobriu quanto tempo o coronavírus sobrevive em diferentes superfícies, de cobre a plástico e aço.

Conforme a doença se espalha através do ar e de objetos e superfícies contaminados, as descobertas nos ajudam a entender que medidas devemos tomar para conter essa pandemia.

Metodologia

Para o novo estudo, os pesquisadores duplicaram como o vírus poderia se espalhar pelo ar e em superfícies infectadas em um ambiente caseiro ou hospitalar.

Eles usaram um aerossol para dispersar gotículas microscópicas em diversas superfícies que poderiam acabar contaminadas através de tosse, espirro ou toque.

Resultados
Esse é o tempo o qual o coronavírus permanece vivo no:

Ar (aerossóis) – 3 horas
Cobre – 4 horas
Papelão – 24 horas
Plástico – 2 a 3 dias
Aço inoxidável – 2 a 3 dias

Como se prevenir
James Lloyd-Smith, professor de ecologia e biologia evolutiva da Universidade da Califórnia em Los Angeles e um dos autores do estudo, alertou que o vírus é muito difícil de conter porque é facilmente “transmissível por meio de contatos relativamente casuais”.

“Se você estiver tocando itens que outra pessoa manipulou recentemente, esteja ciente de que eles podem estar contaminados e lave as mãos”, reforçou.

Além de lavar bem as mãos com regularidade, limpar e desinfectar superfícies é outra medida importante no combate ao COVID-19.

A recomendação de Neeltje van Doremalen, outro autor da pesquisa do Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas, é utilizar soluções de limpeza comuns com alvejante diluído.

Um artigo sobre a pesquisa foi publicado na revista científica New England Journal of Medicine. [BigThink]


Caros alunos, fiquem em casa!


Diante da gravidade da pandemia do Coronavírus em todo o mundo, peço a vocês que fiquem em casa com seus familiares, aproveitem o tempo livre e façam tarefas cotidianas como:

Estudar
Brincar
Rezar
Ajudar aos pais
Cuidar  dos animais de estimação
Ler um bom livro
Fazer atividades físicas
Acessar o computador
Fazer palavras cruzadas
Assistir a um bom filme
Acessar o celular

Ficar em casa é a dica!

Professor José Costa

sexta-feira, 27 de março de 2020

Por que faz mal segurar o xixi?


Entenda como o aparelho urinário trabalha e os perigos de adiar as idas ao banheiro, de infecção urinária a pedras nos rins

Você já deve ter ouvido falar que segurar o xixi provoca infecção urinária. Mas sabia que reter a urina o tempo todo também leva a outros problemas de saúde? Veja, abaixo, como o sistema urinário funciona e os perigos de deixar de ir ao banheiro quando a vontade dá as caras:

1. O sistema urinário
Ele é composto de rins, ureteres, bexiga e uretra. A filtragem do sangue nos rins libera uma mistura de água, ureia, glicose, sais e aminoácidos. A parte purificada é reabsorvida, e as substâncias tóxicas, como a ureia, vão formar a urina, que, pelos ureteres, chega à bexiga.

2. O reservatório
A bexiga em geral acumula de 300 a 500 mililitros de xixi. Mas o mais comum é que a vontade de ir ao banheiro surja antes, quando o nível está em 200. O intervalo das idas ao banheiro depende de fatores como hidratação, temperatura e quanto suamos. Mas o ideal é esvaziar o órgão a cada duas ou três horas, umas seis vezes ao dia.

3. O princípio de uma infecção urinária
Fazer xixi é também uma maneira de eliminar micro-organismos nocivos ao corpo. Daí por que deixar de ir ao banheiro com regularidade acaba estimulando um aumento da população de bactérias — e, consequentemente, do risco de infecções no local.

4. A incontinência urinária
Embora a bexiga seja elástica e em tese suporte até mais de 1 litro, a contenção exagerada e repetitiva pode comprometer as fibras que sustentam o órgão. Quando ele perde a capacidade de se contrair direito, abre-se o caminho para a incontinência urinária.

5. Pedras nos rins
Para quem tem predisposição, a falta de hidratação adequada, associada à demora no esvaziamento da bexiga, potencializa a união de substâncias presentes na urina, como cristais de cálcio, que formam os dolorosos cálculos renais.

Quem é que sofre mais
Diferenças anatômicas tornam a retenção do xixi mais prejudicial a elas

Nas mulheres: nelas, além da uretra mais curta, a abertura próxima ao ânus facilita a entrada de bactérias.

Nos homens: a ameaça é o aumento da próstata com a idade (chamado de hiperplasia). A glândula pode espremer a uretra e dificultar o fluxo ali.

Medidas para o sistema urinário funcionar em paz
Água na medida: ela faz uma faxina nos rins, bexiga e companhia. O ideal é tomar em média 2 litros de água por dia.

Remédios, só com receita: o uso exagerado de anti-inflamatórios pode detonar os rins. Por isso, não tome por conta própria.

De olho nas taxas: pressão alta e diabetes danificam os vasos sanguíneos, o que também afeta o trabalho dos rins.

Fonte: https://saude.abril.com.br/medicina/por-que-faz-mal-segurar-o-xixi/ - Por Goretti Tenorio - Infográfico: Letícia Raposo/SAÚDE é Vital

quinta-feira, 26 de março de 2020

Você sabia que a qualidade do sono pode afetar seu coração?


Apesar de geralmente negligenciarmos esse hábito, manter as horas de descanso em dia é muito importante para a qualidade de vida. E não é só isso: para a saúde do corpo também. Se você tem o costume de dormir mal há muito tempo, pode estar prejudicando o seu coração.

“Realmente há pessoas com o sono mais curto que não desenvolvem nenhum problema ao dormirem 5 horas por noite. Porém, se esse padrão de sono está relacionado com a apneia [breves interrupções na respiração ao dormir], por exemplo, há maiores riscos de doenças cardiovasculares”, explica o cardiologista Iran Gonçalves Jr, responsável do PS de cardiologia Hospital São Paulo e Professor da Escola Paulista de Medicina.

Ainda de acordo com ele, diversos outros distúrbios do sono estão relacionados com maiores chances de problemas no órgão. Além da apneia, um deles é a insônia. “E sabemos que o estresse e a ansiedade, muito comuns na sociedade contemporânea, constituem as principais causas da insônia”, diz o especialista.

Por isso, vale caprichar nas práticas que trabalham a mente e geram consequências boas para o corpo também. Afinal, tudo faz parte de um conjunto só. Então por que não começar a meditar, por exemplo?

Quais outros distúrbios do sono afetam o coração?
“O ronco é um dos sintomas mais frequentes em quem tem apneia obstrutiva do sono. Por isso, pessoas que roncam ou que tem sonolência durante o dia devem procurar auxílio médico para confirmar ou descartar esse diagnóstico”, afirma o médico. Afinal, elas podem ter mais chances de desenvolver AVC, hipertensão e até morte súbita.

Iran explica que a obesidade favorece o ronco porque prejudica a respiração, principalmente quando nos deitamos. O abdômen comprime o tórax e o pescoço e deixa as estruturas da laringe mais pesadas, obstruindo a passagem de ar pela traqueia.

Mas então o que fazer?
Primeiro, prestar atenção se você dorme o suficiente por noite. Atualmente, o recomendado são 7 horas de sono. Depois, vale repensar seus hábitos durante o dia: eles contribuem para madrugadas mais tranquilas? “Vale conversar com seu médico para repensar o uso de alguns medicamentos. Até os que aparentemente provocam sonolência: estes atrapalham o que chamamos de arquitetura do sono. Ou seja, as várias etapas de um sono saudável e reparador”, Iran aconselha.

Fonte: https://boaforma.abril.com.br/estilo-de-vida/voce-sabia-que-a-qualidade-do-sono-pode-afetar-seu-coracao/ - Por Amanda Panteri - MangoStar_Studio/Thinkstock/Getty Images

quarta-feira, 25 de março de 2020

13º salário de aposentados e pensionistas do INSS é adiantado: calendário de pagamento


Para amenizar os impactos econômicos da pandemia do Covid-19, o governo federal decidiu antecipar as duas parcelas do 13º salário para os aposentados e pensionistas do INSS. Tem direito ao benefício os aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), segundo comunicado do Ministério da Economia.

Calendário de pagamento da 1ª parcela
Para saber a sua data de pagamento do 13º, é preciso verificar o número final do cartão do benefício, desconsiderando o dígito (número que aparece depois do -).

Os que recebem até um salário mínimo seguem o seguinte cronograma:

Final 1: depósito no dia 24/4
Final 2: depósito no dia 27/4
Final 3: depósito no dia 28/4
Final 4: depósito no dia 29/4
Final 5: depósito no dia 30/4
Final 6: depósito no dia 4/5
Final 7: depósito no dia 5/5
Final 8: depósito no dia 6/5
Final 9: depósito no dia 7/5
Final 0: depósito no dia 8/5
Para quem recebe mais de um salário mínimo, vale o seguinte calendário:

Final 1 e 6: depósito no dia 4/5
Final 2 e 7: depósito no dia 5/5
Final 3 e 8: depósito no dia 6/5
Final 4 e 9: depósito no dia 7/5
Final 5 e 0: depósito no dia 8/5
Calendário de pagamento da 2ª parcela
Os que recebem até um salário mínimo seguem o seguinte cronograma:

Final 1: depósito no dia 24/5
Final 2: depósito no dia 26/5
Final 3: depósito no dia 27/5
Final 4: depósito no dia 28/5
Final 5: depósito no dia 29/5
Final 6: depósito no dia 1/6
Final 7: depósito no dia 2/6
Final 8: depósito no dia 3/6
Final 9: depósito no dia 4/6
Final 0: depósito no dia 5/6

Para quem recebe mais de um salário mínimo, vale o seguinte calendário:

Final 1 e 6: depósito no dia 1/6
Final 2 e 7: depósito no dia 2/6
Final 3 e 8: depósito no dia 3/6
Final 4 e 9: depósito no dia 4/6
Final 5 e 0: depósito no dia 5/6


Gripe: por que os idosos devem tomar a vacina


Embora o coronavírus seja o centro da preocupação, nossa colunista reforça o papel da vacinação na prevenção da gripe entre as pessoas mais velhas

Embora a bola da vez seja o coronavírus, causador da Covid-19, outro vírus preocupa nós, médicos que trabalhamos com os idosos. É o influenza, que está por trás da gripe.

A campanha de vacinação contra a doença em 2020 começa mais cedo, no dia 23 de março, um mês antes do que no ano anterior. Além da apreensão com o coronavírus, há indícios de que o influenza circula mais cedo este ano.

E, assim como estão no grupo de risco para a Covid-19, os idosos sofrem mais as consequências da gripe. A diferença crucial nessa história é que tem vacina contra a gripe.

E por que é indicado tomá-la todos os anos? Se você já se fez essa pergunta, saiba que não está sozinho. Só no Google podemos encontrar mais de 5,4 milhões de resultados relacionados ao questionamento.

Vou dar cinco razões médicas e científicas para os idosos, que estão na primeira chamada da campanha de imunização do Ministério da Saúde, receberem sua dose.

1. O primeiro ponto é que, após estudos e experiências na vida real, a Organização Mundial da Saúde (OMS) considera essa a estratégia mais eficaz para proteger os idosos contra o influenza.

2. Todos os anos, a OMS emite um novo indicativo das cepas de gripe circulantes (em linhas gerais, dos tipos de vírus). A vacina deve ser ajustada periodicamente, porque os vírus da gripe estão constantemente sofrendo mutações. Essa tática permite resguardar a população contra três ou quatro das cepas mais prováveis.

3. Estudos apontam que a vacinação é essencial para prevenir infecções graves, complicações, hospitalizações e mortes decorrentes da gripe. Isso é especialmente importante entre os grupos de alto risco, como os idosos.

4. Há, de forma natural, um declínio imunológico quando envelhecemos. Em decorrência disso, os idosos são mais vulneráveis à gripe e ao desenvolvimento de complicações como pneumonia bacteriana, além dos agravos em condições crônicas como diabetes, insuficiência cardíaca e renal, doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC)… A infecção por influenza pode resultar também no declínio funcional de idosos frágeis.

5. Não é preciso ter medo da imunização. As vacinas contra o influenza contêm vírus mortos, ou seja, eles não podem causar a doença. Geralmente são bem toleradas e seguras em idosos. Eventos adversos graves e clinicamente importantes são raros. As reações comuns à vacina incluem vermelhidão, dor ou inchaço onde foi dada a picada, e elas podem levar de um a dois dias para passar.

O momento ideal para a vacinação é antes que a temperatura baixe, período em que aumenta a circulação do vírus. A gripe é uma doença evitável por meio da vacina. Em tempos de coronavírus, manter o calendário de vacinação em dia é crucial para deixar o corpo protegido.

Fonte: https://saude.abril.com.br/blog/chegue-bem/gripe-por-que-os-idosos-devem-tomar-a-vacina-2/ - Por Dra. Maisa Kairalla - Foto: Getty Images/SAÚDE é Vital

terça-feira, 24 de março de 2020

Exercícios ajudam a aumentar imunidade natural contra vírus


Veja como a atividade física ajuda a fortalecer o organismo na luta contra doenças, como a COVID-19

Dentre os inúmeros benefícios dos exercícios para a saúde, está o aumento da imunidade do organismo contra bactérias e vírus, que causam doenças como a COVID-19 (relacionada ao novo coronavírus) e outras infecções.

De acordo com a médica Mariela Silveira, diretora da Clínica Kurotel, a prática de atividades físicas é essencial para manter a qualidade de vida. Isso porque ela promove adaptações nos sistemas respiratório, cardiovascular, endócrino, digestivo e músculo-esquelético.

"Quando incorporadas como hábitos, essas adaptações melhoram as capacidades funcionais do organismo, fazendo com que o corpo tenha maior reserva energética, tolere mais desgaste físico diário e diminua o nível de estresse", aponta a educadora física Raquel Quartiero.

E tudo isso é um efeito de vários sistemas trabalhando juntos, que melhoram a resposta autoimune. É por essa razão que a imunidade aumenta ao fazer exercício físico. Mas segundo Leonardo Sokolnik de Oliveira, professor de Biomedicina da Universidade Santo Amaro (Unisa), ela precisa ser moderada e constante.

Além disso, manter um peso saudável é importante. Isso significa ter o IMC (Índice de Massa Corporal) e o percentual de gordura corporal controlados, para ter menor resistência insulínica e, consequentemente, mais imunidade.

Sem contar que esses hábitos estimulam o corpo a responder mais rápido quando em contato com vírus e bactérias. Também ajudam a evitar doenças cardiovasculares, câncer, doenças crônicas e até estresse, ansiedade e depressão. Por isso, devem ser incluídos na rotina sempre que possível.

Entretanto, "quem não tem este hábito, não deve iniciar com uma intensidade elevada, pois o efeito pode ser o contrário e diminuir a imunidade", alerta Leonardo. Por isso, é importante o acompanhamento de um profissional aliado à uma alimentação saudável.

Exercícios para imunidade
Fora do período de epidemias, como a do novo coronavírus, Mariela indica opções como caminhada, natação, ciclismo e até mesmo a musculação. Mas em tempos de distanciamento social, treinar em casa é a opção mais segura para si e para os outros.

"O recomendado agora é que realmente todo mundo siga os protocolos e os decretos do governo, por livre e espontânea vontade e consciência, e treine em casa. Há milhões de maneiras de praticar exercícios longe da academia, como vídeos nas redes sociais e aplicativos - e muitos deles, gratuitos!", aponta.

Além disso, treinar em casa não requer equipamento. É possível utilizar o peso do próprio corpo, assim como é feito no treino funcional. E os resultados são eficazes, às vezes até mais do que usando aparelhos de academia.

De acordo com a educadora física, a metodologia mais eficaz é o HIIT, que envolve exercícios de alta intensidade e curta duração, realizados num curto período de tempo, aliados ao treino de força - o treino muscular.

"Basicamente, você vai fazer isso: agachamento por 20 segundos, descansar 10 segundos. Durante mais 20 segundos, fazer um exercício abdominal e depois descansar por mais 10 segundos. Em seguida, por mais 20 segundos, fazer outro exercício como o burpee", explica Raquel.

Técnicas como essa economizam tempo, aumentam o GH (hormônio do crescimento), a testosterona, a resposta imune e o gasto calórico, e ainda reduzem a compulsão alimentar, dentre outros benefícios.

"Obviamente, ter um plano de ação é o que vai fazer com que as pessoas realmente consigam melhorar a saúde, ganhar massa muscular, reduzir gordura e ter, ao mesmo tempo, o corpo que desejam", completa.


Olimpíadas e Paralimpíadas de Tóquio são oficialmente adiadas para 2021


Em nota divulgada nesta terça-feira, após conferência entre Thomas Bach e Shinzo Abe, Primeiro-Ministro do Japão, evento foi oficialmente adiado para acontecer, no mais tardar, no verão de 2021

As Olimpíadas e Paralimpíadas de Tóquio 2020 foram oficialmente adiadas pelo Comitê Olímpico Internacional (COI) nesta terça-feira por causa da pandemia de coronavírus. A decisão foi tomada após uma teleconferência entre Thomas Bach, presidente do COI, e Shinzo Abe, Primeiro-Ministro do Japão, para resguardar a segurança de atletas, técnicos e de todos que participariam diretamente ou indiretamente das competições. A nota oficial não informa uma nova data para as competições, mas diz que deverão ocorrer até o verão de 2021.

- Nas atuais circunstâncias, e com base nas informações fornecidas hoje pela OMS, o Presidente do COI e o Primeiro-Ministro do Japão concluíram que os Jogos da XXXII Olimpíada de Tóquio devem ser remarcados para uma data posterior a 2020, mas o mais tardar no verão de 2021, para proteger a saúde dos atletas, todos os envolvidos nos Jogos Olímpicos e na comunidade internacional - diz o comunicado do Comitê Olímpico Internacional divulgada nesta terça-feira.

O orçamento de todos os Jogos terá de ser revisto. O contrato com algumas das sedes esportivas também passará por uma renegociação. Há ainda a preocupação sobre como ficará a questão dos ingressos e devolução de dinheiro para quem não quiser mais ir aos Jogos. O evento, ainda que possa ser adiado para 2021, permanecerá com o mesmo nome: Tóquio 2020.

A pandemia de coronavírus já registrou mais de 390 mil casos e mais de 17 mil mortes por complicações da Covid-19 em todo o mundo. Um levantamento da universidade norte-americana Johns Hopkins apontou que até o último domingo, mais de 318 mil pessoas foram infectadas pelo novo coronavírus. A maior parte das mortes mundiais está concentrada na Itália, são mais de 5,4 mil até o momento. O país registrou no último sábado um aumento de quase 800 mortes em apenas um dia. A Itália tem mais de 59,1 mil infectados pelo vírus, atrás apenas da China, que desde o início do surto, em dezembro de 2019, acumulou mais de 81 mil casos de Covid-19.

Em sua 32ª edição, a previsão era de que 11 mil atletas, de pelo menos 204 países, disputassem os Jogos, distribuídos por 33 esportes. Se não bastasse esse contingente de pessoas, o COI e o Comitê Organizador do Japão tinha por estimativa que as provas recebessem até cinco milhões de espectadores de todo o mundo, nos 43 locais de disputas.

No total, 178 atletas brasileiros já estavam classificados para as Olimpíadas de Tóquio. A previsão do Comitê Olímpico do Brasil (COB) era a de que o número de representantes do país ficasse entre 250 e 300 competidores.

Confira a nota oficial de adiamento:

"O presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Thomas Bach, e o primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, realizaram uma conferência por telefone nesta manhã para discutir o ambiente de constantes mudanças com relação ao Covid-19 e as Olimpíadas de Tóquio de 2020.

Estiveram juntos ainda Mori Yoshiro, presidente do Comitê Organizador de Tóquio 2020; o ministro olímpico, Hashimoto Seiko; o governador de Tóquio, Koike Yuriko; o presidente da Comissão de Coordenação do COI, John Coates; Diretor Geral do COI, Christophe De Kepper; e o diretor executivo dos Jogos Olímpicos do COI, Christophe Dubi.

Bach e Abe expressaram sua preocupação em comum com a pandemia mundial do Covid-19 e o que isso está fazendo na vida das pessoas e com o impacto significativo que está causando nos preparativos dos atletas em todo o mundo para os Jogos.

Em uma reunião muito amigável e construtiva, os dois líderes elogiaram o trabalho do Comitê Organizador de Tóquio 2020 e observaram o grande progresso que está sendo feito no Japão para lutar contra o Covid-19.

O presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Thomas Bach, e o primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, realizaram uma conferência por telefone nesta manhã para discutir o ambiente de constantes mudanças com relação ao Covid-19 e as Olimpíadas de Tóquio de 2020.

Estiveram juntos ainda Mori Yoshiro, presidente do Comitê Organizador de Tóquio 2020; o ministro olímpico, Hashimoto Seiko; o governador de Tóquio, Koike Yuriko; o presidente da Comissão de Coordenação do COI, John Coates; Diretor Geral do COI, Christophe De Kepper; e o diretor executivo dos Jogos Olímpicos do COI, Christophe Dubi.

Bach e Abe expressaram sua preocupação em comum com a pandemia mundial do Covid-19 e o que isso está fazendo na vida das pessoas e com o impacto significativo que está causando nos preparativos dos atletas em todo o mundo para os Jogos.

Em uma reunião muito amigável e construtiva, os dois líderes elogiaram o trabalho do Comitê Organizador de Tóquio 2020 e observaram o grande progresso que está sendo feito no Japão para lutar contra o Covid-19.

A propagação sem precedentes e imprevisível do surto viu a situação no resto do mundo se deteriorar. Ontem, o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, disse que a pandemia do COVID-19 está "acelerando". Atualmente, existem mais de 375.000 casos registrados em todo o mundo e em quase todos os países, e seu número está aumentando a cada hora.

Nas atuais circunstâncias, e com base nas informações fornecidas hoje pela OMS, o Presidente do COI e o Primeiro-Ministro do Japão concluíram que as Olimpíadas de Tóquio devem ser remarcadas para uma data posterior a 2020, mas não depois do verão de 2021, para proteger a saúde dos atletas, todos os envolvidos nos Jogos Olímpicos e a comunidade internacional.

Os líderes concordaram que os Jogos Olímpicos de Tóquio poderiam ser um farol de esperança para o mundo durante esses tempos difíceis e que a chama olímpica poderia se tornar a luz no fim do túnel em que o mundo se encontra atualmente. Portanto, foi acordado que a chama olímpica permanecerá no Japão. Também foi acordado que os Jogos manterão o nome de Jogos Olímpicos e Paralímpicos Tóquio 2020".

Do lucro ao prejuízo
Antes do seu adiamento, os Jogos de Tóquio eram apontados como os mais lucrativos da história. Agora, a previsão é a de que haja um impacto negativo no Produto Interno Bruto (PIB) do país em 1,4%. Somente em contratos celebrados com patrocinadores, o Japão arrecadou a impressionante cifra de US$ 3,1 bilhões (R$ 15,5 bilhões), ao estabelecer parcerias com 65 empresas. Esse valor supera em três vezes o recorde anterior, que era dos Jogos de Londres 2012. O orçamento, agora, porém, terá de ser revisto. O contrato com algumas das sedes esportivas também passará por uma renegociação.

Com a venda de ingressos, a previsão era a de arrecadar US$ 800 milhões (R$ 4 bilhões). Para se ter uma ideia do sucesso da comercialização das entradas, os Jogos Rio 2016 chegaram ao total de R$ 1,2 bilhão.

As Olimpíadas japonesas já tinham consumido um total de US$ 18,2 bilhões (R$ 91 bilhões). Deste montante, US$ 5,6 bilhões (R$ 28 bilhões) foram usados pelo Comitê Organizador e US$ 12,6 bilhões (R$ 63 bilhões) aplicados nas obras de infraestrutura e construção das instalações esportivas.

Com a não realização dos Jogos na data prevista, o Japão começará a contabilizar os prejuízos. Em um primeiro momento, o principal deles se refere ao turismo, que foi apontado por especialistas Nomura Holdings, empresa de serviços financeiros e que patrocina as Olimpíadas de Tóquio.

Sem os Jogos, o Japão deixa de arrecadar US$ 2,2 bilhões (R$ 11 bilhões) somente com receitas previstas para gastos estrangeiros. O governo japonês estimou que 600 mil turistas estariam no país durante a realização das Olimpíadas.

A perspectiva da Nomura Holdings é que não realização do evento faça com que o Produto Interno Bruto (PIB) do país sofra uma retração de até 1,4%. Os números são semelhantes a que técnicos do governo têm trabalhado extraoficialmente.

O cancelamento dos Jogos significaria um prejuízo de US$ 66 bilhões (R$ 330 bilhões), que equivalem a 1,4% do PIB japonês.

Para organizar os Jogos de Tóquio, os japoneses construíram oito instalações permanentes, dez temporárias, além de terem reformado outras 25, como o Estádio Olímpico e o Ginásio Nacional de Yoyog, que foram utilizados em 1964, na primeira vez em que as Olimpíadas foram realizadas no país.

COI não resistiu à pressão
No início da pandemia de coronavírus, o COI se recusou a cogitar a possibilidade de cancelamento ou adiamento das Olimpíadas de Tóquio. Ao mesmo tempo em que a epidemia se alastrou pelo mundo, o presidente da entidade máxima do desporto olímpico, o alemão Thomas Bach, se esquivou das perguntas feitas sobre o futuro das competições.

Mas no início de março, em todo o mundo se intensificaram os cancelamentos das competições esportivas, classificatórias ou não para as Olimpíadas de Tóquio. E esse fato levou o COI a emitir uma nota oficial em 3 de março e, no dia seguinte, Bach teve de fazer um pronunciamento e reafirmar a realização dos Jogos.

Com a classificação a Tóquio 2020 prejudicada, por causa das provas canceladas, o COI convocou uma reunião no dia 17 de março com as federações esportivas para discutir o futuro das Olimpíadas. Ao término do encontro, Bach informou que a decisão que os Jogos estavam mantidos.

Ante a crescente pandemia de coronavírus, a decisão desagradou à comunidade esportiva. E, no dia seguinte ao anúncio, pela primeira, vez, atletas e Comitês Olímpicos Nacionais começaram a pedir pelo cancelamento ou adiamento dos Jogos.

- Não é sobre como as coisas serão em quatro meses. É sobre como as coisas estão agora. O COI está querendo que a gente se mantenha arriscando nossa saúde, a saúde da nossa família e a saúde pública treinando todos os dias? Estão nos colocando em perigo agora, hoje, não em quatro meses - escreveu a atual campeã olímpica do salto com vara, a grega Katerina Stefanidi, em um perfil de rede social.

Em uma videoconferência com outros presidentes de Comitês Olímpicos Nacionais, o comitê espanhol pediu pelo adiamento das Olimpíadas. O presidente da entidade Alejandro Blanco lembrou que a Espanha é um dos países mais afetados pela pandemia de coronavírus e, por isso, teme que seus esportistas participem da competição em situação de desigualdade.

E até os membros do COI passaram a pedir pelo cancelamento dos Jogos. Integrante da Comissão de Atletas do COI, a canadense Hayley Wickenheiser, tetracampeã olímpica de hóquei no gelo, classificou como irresponsável a decisão de não adiar os Jogos, diante do avanço do coronavírus no mundo.

Na tentativa de conter o inconformismo dos atletas, ainda no dia 18 de março, o presidente do COI realizou uma reunião por videoconferência com 220 atletas classificados para Tóquio. Ao término da reunião, ele se mostrou satisfeito com o resultado.

- Todos perceberam que ainda temos mais quatro meses pela frente. Há muitas perguntas a serem respondidas sobre as restrições e dificuldades do sistema de classificação - disse, na ocasião, Bach.

A pressão por um adiamento cresceu a partir do dia 20 de março, quando dirigentes esportivos da Itália fizeram coro aos atletas se posicionando contra a realização dos Jogos em julho. No Brasil, o Comitê Paralímpico (CPB) foi a primeira instituição do país a pedir o adiamento. No dia 21 de março, foi a vez de o Comitê Olímpico do Brasil (COB) defender o adiamento e foi seguido por diversas confederações esportivas nacionais. Reforçaram os pedidos entidades dos Estados Unidos, o Comitê Olímpico da Colômbia, da Noruega, da Austrália e de diversos países. Mas foi o Canadá que fez a pressão mais forte, ameaçando não enviar atletas aos Jogos caso mantivesse a programação inicial.

O COI reagiu com uma mudança de tom. Antes não havia data-limite para definir sobre adiar ou não as Olimpíadas. No dia 22 de março, o COI estabeleceu um prazo de quatro semanas para tomar uma decisão.

Fonte: https://globoesporte.globo.com/rj/olimpiadas/noticia/olimpiadas-e-paralimpiadas-de-toquio-2020-sao-adiadas.ghtml  - Por GloboEsporte.com — Tóquio, Japão - Foto: Athit Perawongmetha/Reuters

segunda-feira, 23 de março de 2020

Você já encontrou o sentido da vida? A resposta determina sua saúde e bem-estar


Quem encontrou o sentido da vida tem melhor saúde e bem-estar. Outra informação importante é que ter objetivos de vida garante os anos adicionais para realizá-los.

Sentido da vida

Você já encontrou o significado da sua vida? Se não, é melhor dedicar-se à tarefa, porque a resposta a essa questão está não apenas intimamente ligada, como também determina sua saúde e bem-estar.

Ao longo das três últimas décadas, o sentido da vida emergiu como uma questão importante na pesquisa médica e psicológica devido ao contexto de uma população em envelhecimento.

E parece que as relações entre o significado da vida, a saúde e o bem-estar são diferentes entre os adultos mais jovens e aqueles com mais de 60 anos de idade.

"Muitos pensam sobre o sentido e o objetivo da vida de uma perspectiva filosófica, mas o significado na vida está associado a uma melhor saúde, bem-estar e talvez longevidade. Aqueles com sentido na vida são mais felizes e saudáveis do que aqueles sem ele," disse o professor Dilip Jeste, da Universidade da Califórnia em San Diego (EUA).

O Dr. Dilip Jeste e seus colegas descobriram que ter noção de um sentido da vida está associado a um melhor bem-estar físico e mental, enquanto aqueles que continuam buscando o sentido da vida apresentam níveis mais baixos de bem-estar mental e funcionamento cognitivo.

"Quando você encontra mais significado na vida, fica mais contente, enquanto se você não tem um objetivo na vida e o procura sem sucesso, se sente muito mais estressado," justificou o pesquisador, cuja equipe já havia demonstrado recentemente que uma melhor saúde física e mental está associada com otimismo e sabedoria.

Fronteira dos 60 anos

Os resultados também mostraram que o ter sentido na vida, quando comparado com a idade, apresenta uma relação em forma de U invertido, enquanto a busca por sentido na vida apresenta uma relação em forma de U normal. Os pesquisadores verificaram que os 60 anos servem como uma fronteira, quando a presença de significado na vida atinge o pico, e a busca pelo significado da vida está no seu ponto mais baixo.

Isto é compatível com o resultado de pesquisas anteriores, que mostraram que a inteligência emocional atinge o pico aos 60 anos.

"Quando você é jovem, como na casa dos vinte anos, não tem certeza sobre sua carreira, um parceiro de vida e quem você é como pessoa. Você está procurando um significado na vida," disse Jeste. "Quando você começa a entrar nos seus trinta, quarenta e cinquenta, você tem um relacionamento mais estabelecido, talvez você seja casado e tenha uma família e esteja estabelecido em uma carreira. A busca diminui e o sentido da vida aumenta".

Mas, como tudo na vida, o sentido que a vida de cada um tem muda com o tempo.

"Depois dos 60 anos, as coisas começam a mudar. As pessoas se aposentam do emprego e começam a perder a identidade. Elas começam a desenvolver problemas de saúde e alguns de seus amigos e familiares começam a falecer. Elas começam a procurar o significado da vida novamente, porque o significado que elas tinham mudou," finalizou Jeste.

Fonte: https://www.diariodasaude.com.br/news.php?article=quem-encontrou-sentido-vida-tem-melhor-saude-bem-estar&id=13864  - Redação do Diário da Saúde - Imagem: CC0 Public Domain/Pixabay