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quinta-feira, 20 de junho de 2013

Como evitar câimbras

Veja algumas dicas para combater as câimbras antes e depois dos exercícios

Para evitar essa incômoda dor, siga essas dicas antes, durante e depois do treino:

Capriche na hidratação: a cãibra é uma contração involuntária dos músculos, normalmente muito dolorosa, e que pode durar alguns minutos. Acredita-se que a carência do consumo de líquidos pode ser o motivo de a musculatura se tornar sensível ao problema.

Não ao cigarro: de acordo com o médico ortopedista Moisés Cohen, do Instituto Cohen, de São Paulo (SP), o tabagismo pode levar a um déficit de oxigênio. O resultado é o estímulo dos espasmos característicos da cãibra.

Pegue leve: acredita-se que a causa básica da cãibra seja uma hiperexcitação dos nervos, princípio que pode ocorrer logo após um grande esforço físico. Sendo assim, nada de querer treinar em um dia todo o programa da semana.

Inspire e espire: músculo com pouco oxigênio pode ficar predisposto a contrações. Dessa maneira, respirar bem durante a atividade física também merece atenção redobrada.

Minerais no prato: baixos níveis de cálcio e magnésio podem estar relacionados aos espasmos musculares. Evite a desmineralização do organismo, reduzindo o sal, o consumo de café e chá, que diminuem a absorção do cálcio. 

Fonte: http://revistavivasaude.uol.com.br/bem-estar/como-evitar-caimbras/817/ - Texto: Leonardo Valle / Foto: Shuttertock/ Adaptação: Letícia Maciel

quinta-feira, 7 de março de 2013

A melhor (e a pior) forma de tratar a dor


Sim, ela rouba horas de sono, prejudica relações afetivas e mina o desempenho profissional. Mas é possível retomar o controle da própria vida aprendendo a gerenciá-la

 A dor não é uma ilustre desconhecida para a maioria das pessoas. Apesar da falta de dados estatísticos no Brasil, um estudo do John Hopkins Medical School, nos Estados Unidos, apontou que 31% das pessoas do país conviviam com algum tipo de dor. Se a proporção por aqui for semelhante, teríamos uma legião de 59 milhões de pessoas com o problema.

"A dor é prevalente em mulheres de meia-idade, contudo, em alguns estudos sobre o tema, essa proporção é igual à de homens.­ A prevalência da dor crônica também aumenta com o aumento da idade: entre 45 e 65 anos nas mulheres e 65 a 69 anos nos homens", aponta Durval Campos Kraychete, anestesiologista e vice-presidente da Sociedade Brasileira para o Estudo da Dor (SBED).

Há também indícios de que sexo feminino apresenta uma maior sensibilidade à dor. As razões, entretanto, são inconclusivas. "Ainda Não sabemos ao certo se estas diferenças realmente existem e, se existem, qual fator é predominante: diferenças na geração da resposta dolorosa (fator do tipo biológico) ou no enfrentamento da dor (fator do tipo psicológico e social)", completa a especialistaMonica Levy Andersen, biomédica da SBED.

Dor aguda X dor crônica
É considerada aguda a dor que dura aproximadamente três meses. "Geralmente, ela se relaciona à inflamação dos tecidos e cessa com a cicatrização dos mesmos. É o que acontece em traumatismos ou cirurgias", diz José Tadeu Tesseroli de Siqueira, cirurgião- dentista e presidente da SBED.
Entretanto, ao persistir após a cicatrização, a dor perde sua função de "alerta" e torna- se uma doença. "Entre os fatores de risco para cronificação da dor estão a dor pré, trans ou pós-operatória não controlada, histórico de dor crônica e genética. Portanto, os dois primeiros fatores podem ser perfeitamente controláveis se a queixa do paciente for considerada", complementa.
A dor crônica produz uma série de modificações neurofisiológicas e funcionais, alterando o sono, o apetite, as relações sociais e a qualidade de vida. "Isso torna o tratamento o difícil para um único especialista, motivo pelo qual deve ser tratada por uma equipe multidisciplinar. Dessa forma, é possível formular planos diagnósticos e terapêuticos individualizados", defende Irimar de Paula Posso, anestesiologista da SBED.

Sequelas de dores
Muitos progressos médicos foram realizados no combate à dor nos últimos anos, impulsionados principalmente pelo aumento da expectativa de vida da população. Se um adulto brasileiro vivia em média 38,5 anos em 1940, hoje a média é de 73,5 anos. Some a isso o aumento da sobrevivência nos tratamentos contra o câncer, em acidentes automobilísticos e até em guerras. Em todas essas situações, há um maior indício de sequelas de dores crônicas entre os sobreviventes. A seguir, trazemos um plano de gerenciamento da dor para as cinco áreas que os leitores da VivaSaúde declaram ser as mais comuns: costas, cabeça, ombro, joelho e quadris. Muitas das nossas sugestões podem ser utilizadas tanto em dores crônicas quanto em agudas, além de serem aplicáveis em mais de uma região do corpo. Confira!

CAMINHE COM A SBED
Para conscientizar a população de que é possível viver sem dor com tratamentos adequados, a SBED promove todas as quintas-feiras e sábados uma caminhada no Parque Ibirapuera, em São Paulo. www.pareador.com.br

DOR NAS COSTAS

Dor aguda:
O tipo mais comum é a lombalgia aguda - aquela pontada que aparece no final das costas. Sua origem geralmente é músculo- -esquelética, desencadeada por tensão e má-postura. Nesse caso, o tratamento envolve anti-inflamatórios, RPG e repouso para que a vilã vá embora em alguns dias. Há ainda dores provocadas por desvio na coluna (como cifose e lordose) e pelo deslocamento nos discos de cartilagem que separam as vértebras (hérnia de disco), cujo tratamento pode envolver cirurgia.

Dor crônica:
Se não administrada a tempo, a dor aguda pode cronificar. Isso significa que os sinais de dor se tornam independentes no Sistema Nervoso Central, gerando uma espécie de memória. Por exemplo, alguns pacientes submetidos a cirurgia na coluna podem apresentar dor crônica após o período de recuperação. Ela pode ainda ser causada pela degeneração das articulações por desgaste (artrose) ou de origem autoimune (artrite reumatoide), fibromialgia (síndrome autoimune caracterizada por dores difusas), ser sequela de câncer ou não ter causa específica.

Tratamentos
"O tratamento da dor crônica envolve a combinação de fármacos, como opoides, analgésicos anti-inflamatórios e antidepressivos", explica Cláudio Correa, coordenador do Centro de Dor e Neurocirurgia Funcional do Hospital Nove de Julho. Apesar de causar estranheza, os antidepressivos são uma poderosa arma contra a dor, uma vez que melhoram a qualidade do sono e a disposição dos pacientes. "Na fibromialgia, por exemplo, anti-inflamatórios não são eficientes, já que não há inflamação", destaca Eduardo Paiva, reumatologista da Universidade Federal do Paraná (UFPR).
Gerenciando a dor em casa

EXERCITE-SE: ALONGAMENTO PARAVERTEBRAL DORSAL
"Deitado de barriga para cima, dobre as duas pernas e abrace os joelhos contra o peito. Permaneça nesta posição por 20 segundos, repetindo três vezes ao longo do dia", indica Luis Carlos Onoda Tomikawa, fisiatra do Centro de Dor do Hospital Nove de Julho (SP).

TÉCNICAS DE RESPIRAÇÃO
Respirar profundamente pelo nariz e espirar pela boca oferta oxigênio para os tecidos, diminui a ansiedade e pode ajudar a amenizar o impacto da dor. "Oxigênio é necessário na maioria das reações químicas corporais", diz o anestesiologista Durval Campos.

COMA MAIS BANANA
A serotonina é um neurotransmissor vinculado à sensação de bem-estar. "Quando ele se encontra baixo, há um aumento da sensibilidade à dor. Ele também é fundamental para saúde do sono, o que ajuda no tratamento", destaca Mariana Froes, nutricionista do Centro Multidisplinar da Dor (RJ). Alimentos como banana, amêndoas e nozes possuem triptofano, aminoácido precursor da serotonina. Um estudo filipino, aliás, mostrou que a banana consegue equilibrar as taxas desse neutrotransmissor. "Há uma queda da serotonina no final da tarde, momento em que esses alimentos são importantes", acrescenta. A dica, claro, vale para dores em qualquer região.

No consultório
TÉCNICA DE ALEXANDER
Em um estudo das universidades de Bristol e Southampton, publicado na revista científica British Medical Journal, 463 pacientes que sofriam de dores crônicas nas costas foram submetidos a diversos tratamentos. Ao final, aqueles que haviam passado por sessões da Técnica de Alexander - aulas posturais que melhoram a relação entre a cabeça e a coluna - apresentaram redução nas crises. "Geralmente se faz de uma a duas aulas por semana, com duração de 45 minutos cada", orienta Ana Thomaz, professora formada pelo Alexander Technique Studio em Londres.

QUIROPRAXIA
O quiropraxista manipula vértebras e articulações com as mãos para prevenir e tratar alterações na coluna. "A quiropraxia devolve a mobilidade da articulação, diminui a pressão sobre ela e automaticamente a dor, a inflamação e a tensão dos músculos adjacentes", ensina Ana Paula Facchinato, coordenadora do curso da Universidade Anhembi Morumbi (SP). São necessárias de uma a duas sessões por semana até a melhora dos sintomas. Dependendo da evolução do quadro, as consultas ficam mais espaçadas, podendo ser a cada três meses.

HIDRODISCECTOMIA
Procedimento é minimamente invasivo, realizado sem anestesia e que não provoca lesões. Visa evitar que a dor provocada pela hérnia de disco vire crônica. "Um jato de soro fisiológico sob pressão permite aspirar um disco degenerado e limpá-lo de substâncias nociceptivas, uma das razões da dor", resume Eduardo Barreto, presidente da Sociedade de Neurocirurgia do Rio de Janeiro (SNC-RJ). [Vale para dor aguda]

O QUE NÃO FAZER
- Evite dobrar a coluna ao pegar algum objeto no chão. O correto é flexionar apenas os joelhos. Permanecer horas initerruptas sentado à frente do computador está vetado. "Isso alonga em excesso os tecidos posteriores, empurrando o disco intervertebral para trás", argumenta Eduardo Barreto, presidente da Sociedade de Neurocirurgia do Rio de Janeiro (RJ).
- "Uma dieta rica em fritura, carboidratos refinados, doces e alimentos processados pode aumentar a inflamação do organismo, podendo piorar o quadro de uma pessoa que já tem dor", lembra Mariana.
- Evite saltos acima de 5 cm. Eles promovem o encurtamento do músculo posterior da perna e acentuam a lordose.
- Evite carregar peso equivalente a 10% do corpo.

DOR DE CABEÇA

Dor aguda:
Se a dor de cabeça é difusa, leve e dá as caras esporadicamente, não é preciso grandes preocupações. Em linhas gerais, esses sintomas são provocados por tensão, má postura ou sono irregular. A melhor forma de tratar o problema é com repouso, bolsa de gelo e analgésicos comuns, desde que não usados frequentemente. Seu uso abusivo provoca dependência do organismo e pode levar a um quadro de dor crônica. Além disso, é preciso mudar os hábitos de vida para que a dor não volte. Já quando a dor de cabeça é intensa e aparece de repente, é necessário correr para o médico. "A cefaleia súbita - ou a pior dor de cabeça da vida do paciente - é sinal de alerta para patologias neurológicas graves, como acidente vascular cerebral hemorrágico. Nesses casos, deve-se procurar um serviço de emergência o mais rápido possível", adverte Marcelo Queiroz, chefe da equipe do Ambulatório de Dor do Hospital São Camilo (SP).

Dor crônica:
Mas há também as dores crônicas, que são aquelas recorrentes. A própria cefaleia tensional é considerada crônica quando aparece pelo menos 15 dias no mês. Já a enxaqueca é uma dor latejante que vem acompanhada de enjoos e intolerância a ruídos e luz. A cefaleia menstrual é provocada pela queda do hormônio estrógeno durante a menstruação. Completam o quadro a cefaleia em salvas - dor na região ocular desencadeada por café, cigarro ou alimentos estimulantes - e a cefaleia da coluna, provocada por tensão cervical ou hérnia de disco.

Tratamentos
Na dor crônica, o primeiro passo é abandonar o uso de analgésicos para que o cérebro possa se recuperar. "Medicações preventivas devem ser usadas diariamente. Elas não eliminam completamente a cefaleia, mas reduz as dores e a intensidade das crises, tornando-as controláveis", diferencia Marcelo Queiroz. Para o alívio das crises podem ser prescritos anti-inflamatórios e medicamentos da classe dos triptanos.

Gerenciando o problema em casa
DURMA BEM
Relaxar ajuda a controlar a dor, sendo assim, evite pensamentos excessivos ou preocupações nos momentos antes de dormir.

NÃO SE COBRE
"É comum pacientes com enxaqueca terem este padrão", confessa o médico. Aprender a lidar com as sobrecargas do dia a dia, tanto externas quanto internas, reduz essa autocobrança.

CAMINHE
Uma pesquisa da­Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) mostrou que sedentários têm 43% mais chances de ter enxaqueca. "O ideal são exercícios físicos regulares, aeróbicos, com alongamentos e sem sobrecarregar a musculatura do pescoço", sugere Marcelo Queiroz. Caminhada e hidroterapia são boas pedidas. "A frequência semanal deve ser no mínimo três vezes, com intervalos de 48 horas", orienta Patrick Stump, fisiatra da SBED.

COMA MAIS AVEIA
O magnésio pode ser benéfico porque participa da síntese da serotonina e funciona como relaxante muscular. A recomendação diária do nutriente é de aproximadamente 300 mg por dia. Os alimentos campeões em magnésio são a aveia (200 mg para cada 100 g), a amêndoa (270 mg para cada 100g) e a semente de girassol (360 mg para 100 g).

No consultório
BOTOX
A aplicação de toxina se mostrou eficaz na prevenção de dores de cabeça em quem sofre de enxaqueca crônica. "Ela diminui a sensibilização periférica craniana, que reduz a sensibilização central (cerebral) e, assim, a dor", descreve Leandro Calia, neurologista e professor da Universidade Santo Amaro (Unisa). Entretanto, são necessárias aplicações periódicas. "Normalmente, o efeito começa a declinar entre três e quatro meses", completa Ailton Melo, neurologista da Universidade Federal da Bahia (UFBA). [Vale para dor crônica]

MINDFULNESS
É uma técnica de meditação budista que foi aperfeiçoada pela psicologia e visa aumentar a atenção. Uma recente revisão da literatura realizada pela pesquisadora Keren Reiner, da Ben Gurion University of the Negev, em Israel, apontou que a mindfulness ajuda a controlar a dor. "Embora possa haver mecanismos psicológicos envolvidos, tais como a redução da ansiedade, há também alterações fisiológicas. Nossa hipótese é que a prática leva a mudanças físicas que reduzem a sensa­ção de dor", explica Keren. Entretanto, a técnica é menos eficiente em idosos.
"Possivelmente devido a doenças psíquicas ou uma redução na capacidade para cumprir com as intervenções", exemplifica Jonathan Greenberg, da mesma universidade. A mindfulness pode ser utilizada em dores que afetam diversos membros do corpo.

O QUE NÃO FAZER
- Certos alimentos estão associados às crises de cefaleia, como café, chocolate, frutas cítricas, nozes, alimentos muito gelados, gordurosos, condimentados ou ricos em glutamato monossódico. Essa substância se encontra em salgadinhos, molhos prontos e adoçantes.
- Evite expor-se ao sol.
- Fique longe de perfumes com aromas fortes ou ambientes recém pintados.
- Evite bebidas alcoólicas.

DOR NO OMBRO

Dor aguda:
"A dor aguda ocorre geralmente após uma lesão, como uma queda. O paciente pode lembrar o momento exato do início e ela dura algumas semanas. Já a dor crônica tem um início atraumático e piora progressivamente", sintetiza Fabio Ravaglia, ortopedista e presidente da ONG Instituto Ortopedia & Saúde (SP).

Dor crônica:
É mais comum do que a dor a dor aguda. Problemas no manguito rotador - conjunto de músculos e tendões que estabilizam o ombro - são as principais causas. A patologia pode ser fruto de inflamação, bursite, tendinite, invasão do nervo supraescapular, entre outros. "A pessoa com essa lesão sente dor quando o braço é levantado ou estendido para a lateral do corpo. Movimentos como aqueles que fazemos para vestir uma blusa ou camiseta também podem ser dolorosos", completa Fábio.
Há ainda o ombro congelado, apelido para a capsulite adesiva. Como o próprio nome indica, o movimento do ombro se torna restrito. "É causada frequentemente por uma lesão. Devido à dor, a pessoa fica impedida de fazer uso do ombro. Mas a progressão de doenças reumáticas, diabetes e cirurgia no ombro também podem causar ombro congelado", lista o médico. Completam a lista a artrose a artrite reumatoide. "Elas provocam tanto a dor quanto o inchaço na articulação", diferencia.

Tratamentos
Além do uso de anti-inflamatórios e analgésicos, é indicado recorrer à fórmula RICE para dores agudas. A sigla em inglês significa descanso, imobilização, gelo e elevação (tipoia). "Para as dores crônicas recomenda-se medicação analgésica e anti-inflamatória, antiartrítica, fisioterapia, acupuntura e em alguns casos mais avançados, a cirurgia", informa.

Gerenciando a dor em casa
EXERCITE-SE
Um
exercício simples para fortalecer a musculatura do ombro pode ser feito com uma toalha, ao sair do banho. "Segure as pontas da toalha, uma em cada mão, para esticá-la. Passe a toalha nas costas, variando as posições dos braços até enxugar todas as partes das costas", ensina Fábio. [Vale para dor crônica]

DE OLHO NA POSTURA
A postura influencia pouco nas causas de dores no ombro, mas mesmo assim merecem atenção. "Entre elas, estão os movimentos repetitivos nas tarefas do trabalho ou na prática esportiva. Sustentar um peso no alto pelo braço pode levar a problema no manguito rotador", exemplifica o médico. Evite, ainda, carregar bolsas pesadas diariamente.

COMA MAIS PEIXES
A ingestão de ômega 3 proporciona melhoras no caso da artrite reumatoide. Preconiza-se a ingestão de aproximadamente 11 gramas do nutriente por semana. Isso equivaleria a 1 porção de sardinha a cada dois dia, combinada a 1 colher (sopa) rasa de linhaça diária e um punhado (20 g) de nozes por semana.

No consultório
CRIOTERAPIA
Estudo da Universidade Estadual Paulista (Unesp) com pacientes idosos que conviviam com dor no ombro apontam a eficiência da crioterapia nas sessões de fisioterapia. A técnica consiste no resfriamento do ombro com gelo ou géis. O procedimento foi combinado com sessões de estimulação elétrica e alongamentos diversos. "O gelo alivia a dor da inflamação e influencia na vasoldilatação", esclarece Marco Antonio Ambrosio, ortopedista do Hospital Samaritano, de São Paulo (SP).

REFORÇO MUSCULAR
Há vários exercícios que podem ser feitos com pesos, elásticos e bastões ou em barra. Mas o uso de equipamentos precisa ser acompanhado por um fisioterapeuta.

O QUE NÃO FAZER
- Não controlar a glicemia: aproximadamente metade dos casos de ombro congelado (capsulite adesiva) ocorre em pacientes diabéticos.
- Evite fazer atividades com o braço levantado, como trocar cortinas ou lâmpadas.
- O mesmo vale para esportes como tênis, basquete e vôlei.
- Na hora de dormir, repousar a cabeça sobre os braços dobrados comprime tendões musculares e pode levar à dor.

DOR NOS JOELHOS

Dor aguda:
O joelho é uma região do corpo bastante vulnerável às dores. Entre os problemas mais comuns na região estão a inflamação da bursa - bolsa de líquidos que facilita o atrito entre tendões e ossos - ou dos próprios tendões. Ambas podem cronificar. Outra dorzinha chata ocorre quando músculos e ligamentos que sustentam a patela do joelho sofrem alguma alteração, provocando problemas na cartilagem, que também pode vir a ser recorrente. "Há ainda esportes que podem provocar­ lesões nos meniscos e ligamentos. Estas lesões são mais incapacitantes e normalmente exigem tratamento cirúrgico", acrescenta.

Dor crônica:
A artrite reumatoide a a artrose também podem atingir os joelho. Há ainda a artrose secundária, que acontece após alguma lesão que alterou a função normal do joelho.
Tratamentos
A dor crônica pode exigir opiodes e analgésicos e antidepressivos. Se houver inflamação, o­tratamento inclui medicação anti-inflamatória, gelo ou calor local, fisioterapia e suspensão temporária de exercícios físicos", comenta Daniel Barros Pereira, ortopedista da Orthomed Center, de Uberlândia (MG). Nem todos os problemas no joelho podem ser prevenidos, entretanto, algumas dicas podem ajudar a evitar acidentes e blindar as cartilagens. "Como controle de peso corporal, exercícios físicos frequentes e moderados e avaliação médica regular", lista o médico.

Gerenciando o problema em casa
EXERCÍCIO
: AGACHAMENTO PARA FORTALECER MUSCULATURA DO QUADRÍCEPS
Em pé e com as costas retas, coloque o pé direito no centro e mantenha perna semiflexionada. A perna esquerda fica estendida na parte de atrás. Agache até os joelhos formarem um ângulo de 90 graus. Levante e repita o movimento. Faça duas séries de 10 exercícios para cada lado.

ENCONTRE UM HOBBIE
Ler, ouvir música ou descobrir qualquer outro passatempo ajuda a "enganar" o cérebro e diminui a dor percebida. "O cérebro é o nosso órgão principal no processamento das dores físicas. Isso pode ser uma agravante ou um forte aliado", reflete Alexandre Annes Henriques, psiquiatra e diretor científico da SBED. "Situações de distração costumam ser agradáveis, e podem liberar substâncias que propiciam um estado de relaxamento. Esses 'opioides' não necessitam de receita médica e podem reduzir a quantidade de sinais de dor na medula espinhal", defende.

COMA MAIS ALIMENTOS RICOS EM VITAMINA C
Alimentos
com potencial anti-inflamatório podem ajudar em situações de inflamações crônicas, amenizando a dor. "Os antioxidantes estão presentes em muitos alimentos ricos em vitamina C - como caju, acerola e goiaba - e nos flavonoides do chá verde, açaí e morango", lembra a nutricionista Mariana Froes. A acerola, aliás, é uma campeã em vitamina C: cada 100 gramas da fruta contém 1,6g do nutriente. O valor está além da ingestão mínima preconizada do nutriente, que é de 75g para mulheres e 90mg para homens.

No consultório
ESTIMULAÇÃO ELÉTRICA NERVOSA TRANSCUTÂNEA (TENS)
O estímulo elétrico realizado em sessões de fisioterapia reduz a dor e melhora a funcionalidade do joelho em casos de osteoartrose, segundo pesquisa da USP. "Se a dor for aguda, tendo em vista um processo inflamatório, podemos utilizar a crioterapia (gelo) ou a eletroterapia", completa Carmen­Ilca de Almeida Vianna, fisioterapeuta de São Paulo (SP).

PSICOTERAPIA EM GRUPO
Um estudo com portadores de dores crônicas dos psicólogos Daiane Soares Silva, Luc Vandenbergh e Eliana Porto Rocha, de Goiânia (GO) mostrou benefícios da terapia em grupo no enfrentamento da dor. "A dor é um sofrimento individual e solitário. Os pacientes se sentem desamparados e tendem a se excluir com o tempo. Isso é um estressor que gera mais dor", explica Daiane. A psicoterapia ainda ajuda a superar o medo da dor e como influenciá-la indiretamente. "Por exemplo, mudando a maneira de lidar com o estresse cotidiano e modificando aspectos de seus relacionamentos que causam estresse desnecessário", indica Luc.

O QUE NÃO FAZER
- "Andar com mochilas pesadas ou qualquer outro tipo de sobrecarga é contraindicado. "Os joelhos e o quadril são como um caminhão de carga: quanto mais tempo,menos quilometragem o amortecedor aguenta", brinca o fisiatra Patrick Stump.
- Não suba escadas altas.
- Evite andar de bicicleta. Em linhas gerais, a modalidade esta liberada para quem tem lesão na tíbia e no fêmur, mas é contraindicada para lesões na parte de trás da rótula. "Nos casos indicados, a altura do celim deve estar correta", lembra o médico.
- Aparelhos como o legpress (exercícios de força para pernas) da academia também estão vetados.

DOR NOS QUADRIS

Dor aguda:
Lesões são a principal causa de dor aguda nos quadris. "Em atletas, é comum o chamado 'impacto do quadril', situação em que o osso do fêmur colide contra o osso da bacia. Dores por sobrecarga e inflamações nos tendões também são frequentes", ilustra Christiano Saliba Uliana, ortopedista especialista em quadril do Hospital VITA Batel (PR). Ambas podem cronificar.

Dor crônica:
As dores crônicas nos quadris são geralmente provocadas por fibromialgia, artrite reumatóide ou artrose. "Essa última provoca uma reação inflamatória na articulação, que é a responsável pela dor. A localização característica é na região da virilha", ensina o ortopedista. Mas não só. É comum, ainda, a necrose da cabeça do fêmur. Esse tipo de degeneração é provocado pela falta de sangue na região. "A causa pode ser o uso de medicamentos corticoides e pelo alcoolismo", explica o ortopedista Marco Antônio Ambrósio. Há ainda o fantasma da osteoporose, na qual ocorre perda do mineral cálcio e diminuição da densidade óssea. A doença deixa os ossos mais vulneráveis às fraturas e, consequentemente, à dor.

Tratamentos
Quando um trauma leva à dor aguda nos quadris, o melhor remédio é a já conhecida combinação de repouso, analgésicos, anti-inflamatórios e aplicação de gelo. Em alguns casos, é necessário encaminhar o paciente para a cirurgia. Outros métodos eficientes são o ultrassom terapêutico e a estimulação por ondas de choque. Já a dor crônica pode envolver anti-inflamatórios, analgésicos e antidepressivos, dependendo da causa.

Gerenciando a dor em casa
TAI CHI CHUAN
A arte marcial, caracterizada por movimentos serenos pode aliviar sintomas de fibromialgia, conforme apontou um estudo da Tufts University School of Medicine, dos Estados Unidos. Os pacientes que se exercitaram duas vezes por semana, durante três meses obtiveram melhora do dor, humor e sono. Os benefícios se mantiveram por um semestre ao fim do estudo.

EXERCITE-SE
Deite-se com as costas apoiadas. Mantenha uma das pernas flexionadas e a outra esticada. Eleve a perna esticada e mantenha nesta posição por 20 segundos. Repita o movimento 10 vezes para cada membro.

CONSUMA MAIS LEITE E DERIVADOS
Para previnir a osteoporose, é recomendada a ingestão de aproximadamente 1200 mg de cálcio, o que equivaleria a 4 copos de leite ou de iogurte por dia. Para completar, também é necessária aumentar a síntese de vitamina D, qe ajuda a fixar o mineral no osso. Para isso, basta se expor durante 15 minutos ao sol da manhã ou do final da tarde.

No consultório
HIDROTERAPIA
Pesquisa do Centro Universitário de Araraquara (Uniara) com jovens com atrite reumatoide mostrou que a hidroterapia com foco nos membros inferiores aumentou a amplitude dos movimentos do quadril e amenizou a dor na região. O tratamento consistiu em duas sessões semanais de uma hora, totalizando 10 sessões.

ACUPUNTURA
Segundo a medicina chinesa, a técnica equilibra a circulação das energias corpóreas que estariam em "conflito". "À luz da medicina ocidental, a acupuntura libera neurotransmissores responsáveis pela analgesia e melhora da ansiedade", traduz o fisiatra Patrick Stump. Pode ser utilizado em todos os tipos de dores crônicas.

 O QUE NÃO FAZER
- Ficar parado. O lema é se exercitar mais, mas sem sobrecarga.
- Passe longe de escadas com degraus altos.
- Exercícios de impacto, como a corrida, também são contraindicados.
- Na academia, evite máquinas como leg press e mesa romana não devem ser usadas.


terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Entenda a enxaqueca e veja dicas para controlar a dor

Será que é só uma dor de cabeça? Entenda os sintomas da enxaqueca e descubra se você é vítima deste mal

Só quem sofre com a enxaqueca sabe o quão desagradável é ter de conviver com as fortíssimas dores de cabeça que tanto incomodam e comprometem o dia a dia. Em conversa com o Dr. Alexandre Walter de Campos, neurocirurgião especialista em terapia da dor do Hospital São Camilo (SP), o expert classifica a enxaqueca como uma cefaleia primária, sendo esta o segundo tipo mais frequente de dor de cabeça no mundo.

“A doença obedece alguns critérios, como dores lateralizadas (mais de um lado da cabeça que do outro),sensação de pulsar ou latejamento na cabeça com intensidade que varia de moderada a forte, podendo piorar com a prática de atividades físicas, em ambientes de muita claridade ou com muito barulho. Geralmente também se associa a outros sintomas como náuseas e vômitos”, define o neurocirurgião.

Segundo o Dr. Alexandre, a enxaqueca está relacionada a uma disfunção cerebral e a uma alteração na dinâmica do fluxo sanguíneo do cérebro. “É a interação entre uma variação momentânea da circulação sanguínea cerebral e uma liberação não habitual de neurotransmissores que levam aos sintomas dolorosos da enxaqueca”, explica.

Também ressalta que suas origens ainda são desconhecidas: “Apesar do estudo das cefaleias ter sido iniciado por volta de 1930, ainda não compreendemos toda a enorme rede de alterações que ocorre com as moléculas (neurotransmissores) que atuam na conexão entre as células cerebrais, bem como as influências que estas têm sobre o controle de fluxo sanguíneo que chega ao cérebro”.

A enxaqueca pode se apresentar de maneira crônica ou episódica (em crises), sendo que a identificação desses padrões leva a uma abordagem terapêutica diferente. O Dr. Alexandre explica: “Enxaqueca crônica é uma condição em que os sintomas clínicos específicos ocorrem mais de 15 dias por mês por pelo menos três meses consecutivos; já a enxaqueca episódica apresenta os sintomas característicos, porém ocorrem de maneira esporádica”.

Além do aspecto eventualmente pulsátil, característica lateralizada com náuseas e intolerância à luminosidade e barulho – sintomas típicos da enxaqueca – esta pode durar de 4 a 72 horas (quando não medicada). “É um quadro bem diferente da dor de cabeça tipo tensional (tensão muscular), pois esta é bilateral, mais fraca, constante, sem náuseas e sem intolerância sensitiva. Na dúvida, é importante que busque orientação de um neurologista”, esclarece o neurologista Dr. Leandro Teles (SP). O especialista ainda lembra que, para diagnosticar a enxaqueca é preciso de, pelo menos, cinco crises estereotipadas.

Não há cura para os sintomas da enxaqueca, mas sim formas de controlar as crises. Para tal, os especialistas utilizam medidas farmacológicas (remédios) e não farmacológicas (como mudança do estilo de vida do paciente e evitar desencadeantes): “Com relação aos medicamentos, temos dois tipos distintos de conduta complementar: medicamentos para cortar a crise (uma vez que esta já começou) e medicamentos que previnem as dores, chamados de profiláticos. Os medicamentos profiláticos são muito importantes para os pacientes que apresentam mais de duas ou três crises fortes por mês. Do ponto de vista não medicamentoso, é fundamental adotar hábitos saudáveis que ajudem a controlar os sintomas da doença, como dormir adequadamente, evitar estresse e alimentos que se associem fortemente a dor em determinada pessoa e praticar exercícios físicos regularmente”.

Cuidados básicos para quem sofre com a enxaqueca:

1- Busque atendimento médico especializado, evite automedicação;
2- Preencha um “diário de dor” para mapear o tipo de dor, sua frequência e seus desencadeantes;
3- Discuta com seu médico de confiança a indicação ou não de medicamentos preventivos(aqueles que são tomados todos os dias);
4- Estabeleça a relação entre sua dor com alimentos e evite-os somente em caso de associação evidente. Os mais comuns causadores de enxaqueca são o chocolate ao leite, álcool (principalmente vinho tinto), queijos amarelos (que contém tiramina) e embutidos (ricos em nitritos);
5- Evite privação de sono, estresse e pratique atividades aeróbicas regularmente.

Quando a dor se manifesta:

1- Busque lugares silenciosos e pouco iluminados, tente cochilar um pouco;
2- Utilize compressas frias na testa e na região dos olhos, o frio ameniza a dor por reduzir o calibre dos vasos e ter poder analgésico direto;
3- Utilize medicamentos apenas sob orientação médica e procure tomá-lo logo no início da dor, para evitar que o quadro piore e necessite de mais medicação;
4- Procure se alimentar em pequena quantidade e prefira alimentos leves e de fácil digestão. O consumo de chá de gengibre pode ter alguma ação anti-inflamatória;
5- No caso de impossibilidade de ingerir o remédio ou manutenção da dor muito intensa,comunique seu médico ou procure um pronto atendimento para obter alívio.

Fonte: http://corpoacorpo.uol.com.br/blogs/mulher-de-corpo/entenda-a-enxaqueca-e-veja-dicas-para-controlar-a-dor/3017 - Reportagem: Monique Zagari Garcia - Foto: Danilo Borges

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

As 10 doenças mais dolorosas do mundo

Cada pessoa tem um nível de tolerância a dor. Contudo, mesmo as mais resistentes iriam suplicar por alívio se tivessem alguma das doenças que listamos a seguir. Confira:

10 – ENDOMETRIOSE
Não bastassem os incômodos do ciclo menstrual e as dores do parte, as mulheres também estão sujeitas à dolorosa endometriose. A doença, que atinge em média uma em cada 10 mulheres, ocorre quando células do endométrio (que normalmente só se encontram dentro do útero) migram e crescem em outros órgãos – como os ovários, as tubas uterinas e até mesmo o intestino. Existem diversos tratamentos para aliviar os sintomas, mas não há cura para a endometriose.

9 – GASTROENTERITE
Os sintomas dessa doença, causada por bactérias ou vírus, não são bonitos de ver (e, menos ainda, de sentir): náusea, vômito, diarreia (que pode causar desidratação), febre, calafrios e dolorosos espasmos abdominais. Em alguns casos, a infecção pode se estender por mais de uma semana.

8 – ABCESSO DENTÁRIO
A dor causada pelo acúmulo de pus em volta da raiz de um dente pode fazer qualquer um esquecer o “medo de ir ao dentista” e correr em busca de tratamento. O pior é que muitas vezes o paciente precisa tomar antibióticos antes que o dentista possa resolver o problema, já que a infecção pode “devorar” qualquer dose segura de anestesia.

7 – OTITE
A inflamação do ouvido é relativamente comum entre crianças, e a dor que causa pode tirar o sono de qualquer um. Dependendo do caso, pode causar vertigem severa – e ficar de pé se torna uma tortura.

6 – PERITONITE
Emergência cirúrgica, a peritonite pode levar o paciente à morte. Ocorre quando o peritônio (membrana que cobre vários órgãos abdominais) é inflamado, e a dor é tão forte que a pessoa quase sempre pede (ou suplica) para ser operada imediatamente.

5 – TORÇÃO DO TESTÍCULO OU DO OVÁRIO
Muita gente fica agoniada só de ler sobre doenças envolvendo os órgãos sexuais – e não é por acaso. Quando os testículos ou ovários se torcem em seus próprios ligamentos (o que, infelizmente, pode ocorrer espontaneamente), a dor extrema vem acompanhada de um risco de necrose e de esterilidade. A condição é considerada uma emergência médica.

4 – HERPES-ZÓSTER
Qualquer pessoa que já tenha tido varicela/catapora pode acabar desenvolvendo herpes-zóster em algum momento da vida, já que as duas condições são causadas pelo mesmo vírus (que, depois de uma infecção, nunca é totalmente removido do organismo). A dor é intensa e contínua, e não tem cura – apenas remédios para aliviar os sintomas enquanto o próprio corpo luta contra a infecção. Estresse e baixa imunidade aumentam as chances de se desenvolver herpes-zóster.

3 – PEDRA NA VESÍCULA
Formadas por colesterol, as pedras (também chamadas de cálculos biliares) podem escapar da vesícula e atravessar o duto biliar, o que causa uma dor extremamente forte. O problema é mais comum entre mulheres e obesos. Dependendo do caso, só se consegue remover as pedras por meio de cirurgia. Para diminuir os riscos, é recomendado evitar o excesso de gordura na dieta.

2 – CEFALEIA EM SALVAS
Imagine uma enxaqueca dez vezes mais dolorosa. Ao contrário da convencional, a cefaleia em salvas é mais comum entre homens e afeta cerca de 0,1% da população. A dor é tão intensa que já levou pacientes a cometer suicídio. É possível diminuir a frequência e a intensidade das dores, mas ainda não há cura definitiva para a doença.

1 – PEDRA NOS RINS
Quem sofre com essa condição garante: a dor causada por pedras/cálculos nos rins é a pior que uma pessoa pode sentir sem morrer. Não há uma explicação definitiva para o problema (pode ser excesso de sódio, excesso de cálcio, desidratação, fatores genéticos), nem cura. Em alguns casos, é preciso remover as pedras cirurgicamente.[ListVerse]

Fonte: http://hypescience.com/as-10-doencas-mais-dolorosas-do-mundo/ - por Guilherme de Souza

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Atletas toleram mais dor

Sendo o Brasil o país do futebol, muitos de vocês devem se lembrar de um jogo do Campeonato Brasileiro do ano passado, em 20 de julho, entre Botafogo e Corinthians, no qual o goleiro corinthiano Júlio César sofreu uma grave fratura exposta no dedo mínimo da mão esquerda.

O Corinthians já havia feito as três substituições permitidas por jogo. Júlio César então se levanta, põe sua luva, e resolve bravamente permanecer em sua posição, jogando os minutos finais com o dedo quebrado.

Louco? Maluco? Insano? Talvez apenas resistente. Um novo estudo da Universidade de Heidelberg, na Alemanha, revisou diversas pesquisas feitas nos EUA, Canadá, Austrália e Europa com mais de 500 atletas e 300 não atletas, homens e mulheres, e concluiu que os atletas têm maior tolerância à dor.

Recentemente, cientistas demonstraram que os atletas podem ter desempenho pior em testes, ou seja, sofrer um declínio na aprendizagem, principalmente por causa de lesões na cabeça. Mas como que para salvar o esporte de uma reputação ruim, cada vez mais vemos estudos indicando milhares de benefícios da atividade física.

“Nossa análise revela que a percepção da dor é diferente em atletas em comparação com pessoas normalmente ativas”, disse o Dr. Jonas Tesarz, da Universidade de Heidelberg.

Os atletas são mais resistentes que as pessoas médias, então. Porém, o “nível mínimo” em que a dor é percebida, chamado de “limiar da dor”, é o mesmo para todas as pessoas. Ou seja, atleta também é gente, e também sente dor, só que a tolera mais.

Essa tolerância varia por esporte. Atletas envolvidos em esportes de jogos têm uma maior tolerância à dor do que outros atletas, mas o limite da dor entre eles varia bastante.

Já os atletas de esportes de resistência são mais semelhantes entre si na sua tolerância, ou seja, o limite de dor entre eles não varia muito, sugerindo que esse tipo de atleta tem um perfil físico e psicológico mais parecido, enquanto atletas envolvidos em outros esportes são mais diversificados entre si.
Aplicações

Conhecer a relação exata entre atividade física e modificação na percepção da dor é útil principalmente para pacientes que têm dor crônica.

“Mais pesquisas são necessárias para identificar os fatores psicológicos e processos neurobiológicos envolvidos nessa relação. Porém, a observação de que a percepção da dor é modificável pela atividade física oferece a promessa do uso de métodos não invasivos com poucos efeitos colaterais em pacientes com condições de dor crônica”, disse Tesarz.

Essa não é a primeira vez que a atividade física é ligada a dor. Um estudo já indicou queioga (conjunto de disciplinas físicas e mentais) ou alongamento intenso podem aliviar o desconforto de pessoas que sofrem de dores crônicas nas costas.[LiveScience]

Fonte: http://hypescience.com/atletas-toleram-mais-dor/ - por Natasha Romanzoti em