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segunda-feira, 30 de agosto de 2021

9 doenças que causam perda de peso rápida e involuntária


Entenda os riscos e o que pode estar por trás dessa perda de peso inesperada

 

Nosso peso é definido por uma série de fatores: genéticos, nutricionais, hormonais, dentre várias outras razões. No entanto, variações de peso involuntárias, excessivas e inesperadas podem esconder um problema real de saúde.

 

De acordo com Rafael Buck Giorgi, médico endocrinologista e membro da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, de maneira geral, a pessoa que sempre foi magra e que mantém seu peso ao longo dos anos não costuma ter nenhuma doença. "Já a perda de peso em um curto espaço de tempo, especialmente se não houver intenção, é um indicativo para se investigar algumas doenças".

 

Esse emagrecimento rápido pode ser sinal de problemas que vão desde doenças digestivas ou inflamatórias a distúrbios alimentares ou depressão. A perda de peso pode ser ainda explicada por problemas somáticos ou psicológicos. Veja mais detalhes.

 

Doenças que causam perda de peso

É fundamental investigar a causa da perda de peso não intencional. Para isso, o primeiro passo é verificar a ingestão de alimentos: se não ocorreram mudanças significativas nesse sentido, é mais provável que o problema seja físico.

E esse emagrecimento repentino nem sempre ocorre de forma isolada. "Sintomas associados como tremores, febre, náuseas e vômitos, anemia e vários outros quando presentes devem chamar a atenção do paciente e do seu médico para investigar algumas doenças", explica o endocrinologista.

 

Dentre as possíveis doenças associadas a perda de peso repentina e não intencional, estão:

 

Hipertireoidismo

Doença celíaca

Doença de Crohn

Depressão

Diabetes

Doenças infecciosas e parasitárias

Artrite reumatóide

Úlcera péptica

CâncerHipertireoidismo: a perda repentina de peso pode ser sinal de tireóide hiperativa, também conhecida como hipertireoidismo. Isso acontece quando a glândula tireóide passa a produzir hormônio tireoidiano em excesso, hormônio esse que controla o metabolismo e diversas funções do corpo.

 

Nesse caso, a perda de peso excessiva (ou o ganho de peso) geralmente vem acompanhada de outros sintomas como palpitações cardíacas, fadiga, intolerância ao calor e insônia.

 

O hipertireoidismo é uma doença que pode ser diagnosticada através do exame de sangue e para qual existe tratamento que pode ajudar a reverter os sintomas.

 

Doença celíaca: a doença celíaca é uma doença auto-imune que leva à má absorção de alimentos que contêm glúten, proteína encontrada no trigo e em outros grãos e alimentos. Em seu pico, a doença celíaca pode destruir a parede intestinal, o que interrompe a absorção de nutrientes e calorias e pode resultar na perda de peso.

 

O diagnóstico da doença pode ser feito através de exame de sangue, que irá procurar anticorpos na amostra e analisar os níveis de determinadas proteínas. Após o diagnóstico, o médico também pode pedir exames de imagem, como a endoscopia.

 

O tratamento para a doença celíaca envolve uma dieta restrita e sem glúten. Caso o médico identifique deficiências nutricionais, poderão ser indicados suplementos vitamínicos e minerais.

 

Doença de Crohn: a desnutrição e a perda de peso costumam acompanhar a doença de Crohn, um distúrbio inflamatório do sistema gastrointestinal. Assim como acontece com a doença celíaca, na doença de Crohn o corpo não consegue absorver adequadamente nutrientes. Com isso, a ingestão de alimentos pode desencadear um ataque intestinal e outros problemas.

 

Outro sintoma da doença é o surgimento de úlceras em várias regiões do corpo, incluindo boca e estômago, o que pode tornar o ato de comer doloroso e desconfortável.

 

Para o diagnóstico da doença é preciso analisar o histórico médico do paciente e fazer alguns testes, como exames de sangue, exames de fezes, exames de imagens e amostras do tecido do trato digestivo.

 

O tratamento da doença de Crohn envolve estratégias para ajudar a diminuir a inflamação e minimizar os sintomas, o que pode incluir uso de medicamentos e mudanças na dieta.

 

Depressão: a depressão é uma doença psicológica que pode se manifestar através de diversos sintomas e sinais, e a perda de peso é um deles.

 

Além da perda de apetite, a depressão também inclui outros sintomas como alterações no sono, irritabilidade, falta de concentração e perda de interesse em hobbies e atividades. Apesar de não existir uma única causa específica, a depressão pode ser, em muitos casos, tratada com medicamentos, terapia e acompanhamento médico.

 

Diabetes: é bastante comum que a diabetes tipo 2 esteja associada ao ganho de peso e à obesidade. Contudo, o emagrecimento também pode ser um sintoma para essa doença. Isso porque quando não se possui insulina suficiente, o corpo passa a queimar gordura e músculos para obter energia necessária, fazendo com que ocorra a perda de peso.

 

A diabetes também pode ser diagnosticada através do exame de sangue, e quanto mais precoce o diagnóstico, mais eficaz pode ser o tratamento.

 

Doenças infecciosas e parasitárias: infecções causadas por parasitas, como ascaridíase e amebíase, ou vermes, como tênia ou lombriga, também podem levar à perda de peso. Isso porque tal processo infeccioso geralmente causa desconfortos gastrointestinais e diarreia, que faz com que o organismo não consiga absorver adequadamente os nutrientes necessários.

 

Com o tempo, aparecem náuseas e vômitos, o que acentua ainda mais a perda de peso.

 

O diagnóstico é feito com base nos sinais e sintomas que o paciente apresenta, podendo envolver exames de fezes, exames de sangue, endoscopia ou colonoscopia, raio X e ressonância magnética.

 

Artrite reumatóide: a artrite reumatóide (AR) é uma doença auto-imune que faz com que o sistema imunológico ataque o revestimento das articulações, causando inflamação.

 

Tal inflamação crônica pode acelerar o metabolismo e reduzir o peso geral, uma vez que a doença estimula a inflamação, o que leva à superprodução de um grupo de proteínas chamadas citocinas e a um aumento da taxa metabólica basal.

 

Sendo assim, o corpo acaba queimando mais calorias e gorduras, e os pacientes perdem peso involuntariamente.

 

A artrite reumatoide é uma doença crônica e, portanto, não tem cura, mas pode ser controlada. Atualmente, existem tratamentos e medicações que possibilitam que a doença fique inativa e o paciente tenha qualidade de vida.

 

Úlcera péptica: são feridas abertas que se desenvolvem na membrana interna do estômago e também na parte superior do intestino delgado. O principal sintoma deste tipo de úlcera é a dor de estômago, e isso costuma causar perda de apetite.

 

As úlceras pépticas também podem fazer você se sentir satisfeito. Mudanças no estilo de vida, combinadas com vários medicamentos, são as melhores maneiras de tratar essa condição e qualquer perda de peso associada.

 

Câncer: doenças oncológicas também podem causar perda de peso, uma vez que alguns tipos de câncer produzem proteínas inflamatórias. Em outros casos, os tumores estão localizados em órgãos que afetam diretamente o metabolismo, como é o caso dos cânceres pancreáticos.

 

Além disso, tratamentos de câncer, como radioterapia e quimioterapia, também podem causar perda de apetite e ter efeitos colaterais como náuseas, vômitos e úlceras na boca, que impedem a alimentação, acrescenta Rafael Giorgi.

 

Risco da perda rápida de peso

Segundo Giorgi, tanto a perda de peso em si quanto as possíveis doenças relacionadas ao quadro exigem atenção.

O emagrecimento repentino pode levar à desnutrição com anemia, deficiência de várias vitaminas e rápida perda da massa muscular. Esse quadro ainda pode vir acompanhado de fraqueza, fadiga e cansaço.

Já a perda de peso como consequência de uma doença deve ser tratada ainda mais de perto, uma vez que tais doenças podem se agravar e até mesmo levar o paciente a óbito, ainda mais em casos de diagnóstico tardio.

O médico endocrinologista ainda ressalta que o primeiro passo a se tomar diante de um quadro de emagrecimento repentino é buscar a causa do problema. "Terapia medicamentosa, suplementos e vitaminas apenas devem ser instituídos após a identificação da causa. Do contrário, estes podem mascarar e atrasar a identificação da real causa da perda de peso".

 

Fonte: https://www.minhavida.com.br/saude/materias/37890-9-doencas-que-causam-perda-de-peso-rapida-e-involuntaria - Escrito por Thaynara Moreira

segunda-feira, 14 de junho de 2021

Quer que a vacina funcione pra você? Então cuide da sua microbiota


Já se sabe que a vitamina D controla a microbiota intestinal, com fortes efeitos sobre o coração - igualmente, a exposição ao Sol melhora microbiota intestinal.

 

Bactérias boas e vacinas

 

Aumentam a cada dia os indícios de que a composição e a função da microbiota intestinal das pessoas são "fatores cruciais" para afetar as respostas imunológicas às vacinas.

 

Esta é a principal conclusão de uma revisão científica abrangente sobre o assunto, feita por especialistas australianos e norte-americanos.

 

Os dados comprovam que a variação da resposta imunológica às vacinas pode ser combatida com intervenções direcionadas à microbiota, ajudando pessoas de todas as faixas etárias - de crianças a idosos - a aproveitar ao máximo os benefícios das vacinas.

 

A proteção dada pelas vacinas é tipicamente induzida pelas células B, que produzem anticorpos específicos para o antígeno, mas as células T também ajudam a mediar a proteção induzida por algumas vacinas.

 

"Nosso estudo encontrou evidências crescentes de que a microbiota intestinal - que é altamente variável entre os indivíduos, ao longo da vida e entre várias populações ao redor do mundo - é um fator crucial na modulação das respostas imunológicas das células B e T às vacinações," disse a professora Saoirse Benson, da Universidade Flinders (Austrália).

 

Reforço para as vacinas

 

Os pesquisadores também chamaram a atenção para estudos que estão usando camundongos livres de germes - sem microbioma, criados em ambientes estéreis em laboratório - para avaliar quais bactérias são as melhores para reforçar as respostas imunológicas à vacinação.

 

"Uma melhor compreensão de como a microbiota regula essas respostas vacinais também pode dar suporte ao uso de adjuvantes específicos por população, mais adaptados para melhorar as respostas às vacinações," disse a pesquisadora. "Há mais coisas que podemos fazer para otimizar a eficácia das atuais vacinas se entendermos mais sobre a microbiota intestinal e as intervenções, como prebióticos e probióticos."

 

A equipe está agora analisando os resultados de um estudo clínico sobre como o impacto dos antibióticos no microbioma intestinal de bebês pode afetar as respostas imunológicas às vacinações infantis de rotina.

 

Tem havido um grande número de estudos sobre o "eixo intestino-cérebro", uma rede complexa que liga a função intestinal aos centros emocionais e cognitivos do cérebro, mas este é o primeiro estudo de larga escala a mostrar uma conexão entre as bactérias comensais e os efeitos das vacinas. Contudo, já se sabia que o sistema de comunicação entre intestino é cérebro é regulado pela atividade neural, pelos hormônios e pelo sistema imunológico.

 

Checagem com artigo científico:

 

Artigo: Modulation of immune responses to vaccination by the microbiota: implications and potential mechanisms

Autores: David J. Lynn, Saoirse C. Benson, Miriam A. Lynn, Bali Pulendran

Publicação: Nature Reviews Immunology

DOI: 10.1038/s41577-021-00554-7

 

Fonte: https://www.diariodasaude.com.br/news.php?article=quer-vacina-funcione-pra-voce-entao-cuide-sua-microbiota&id=14760 - Redação do Diário da Saúde - Imagem: David J. Lynn et al. - 10.1038/s41577-021-00554-7

domingo, 6 de junho de 2021

Tem refluxo? Veja as causas, os fatores de risco e os cuidados


A doença do refluxo gastresofágico (DRGE) é a condição que se desenvolve quando o conteúdo do estômago retorna ao esôfago e provoca sintomas desagradáveis e complicações. Afeta cerca de 12% a 20% da população brasileira, de acordo com a Sociedade Brasileira de Motilidade Digestiva e Neurogastroenterologia (SBMDN). Dentre os principais fatores de risco está a obesidade, e a grande maioria dos pacientes se beneficia quando emagrece. O tratamento consiste em uso de medicação para diminuir a produção de ácido pelo estômago.

 

Mas de acordo com o cirurgião oncológico Robson de Freitas Moura, diretor da Associação Bahiana de Medicina (ABM), é fundamental que o tratamento esteja associado a um estilo de vida mais saudável.  “É preciso promover mudanças nos hábitos, como evitar alimentos muito condimentados, evitar pimenta, evitar comer e deitar para dormir de imediato, evitar cigarro e, e sobretudo, perder peso, caso seja obeso. Tudo isso é parte fundamental para o sucesso do tratamento”, esclarece o médico.

 

Caso o tratamento clínico não traga resultado, podem surgir complicações, como úlceras e o desenvolvimento de uma doença chamada esôfago de Barrett. Por isso, além do tratamento clínico pode ser necessário o tratamento cirúrgico através de laparascopia com anestesia geral.

 

Causas

 

Além da obesidade, alimentação muito condimentada e uso de bebida alcoólica, outros fatores estão associados às causas da DRGE:

• Alterações no esfíncter que separa o esôfago do estômago (que deveria funcionar como uma válvula para impedir o retorno dos alimentos)

• Hérnia de hiato provocada pelo deslocamento da transição entre o esôfago e o estômago, que se projeta para dentro da cavidade torácica

• Fragilidade das estruturas musculares existentes na região

 

Fatores de risco:

De acordo com os especialistas, a obesidade é um forte fator de risco para a DRGE e os episódios de refluxo tendem a diminuir quando a pessoa emagrece. Outros fatores de risco são:

 

• Refeições volumosas antes de se deitar

• Comer e deitar imediatamente

• Aumento da pressão intra-abdominal

• Ingestão de alimentos como café, chá preto, chá mate, chocolate, molho de tomate, comidas ácidas, bebidas alcoólicas e gasosas

 

Sintomas

 

• Azia ou queimação que se origina na boca do estômago, mas pode atingir a garganta

• Dor torácica intensa, que pode ser confundida com a dor da angina e do infarto do miocárdio

• Tosse seca

• Doenças pulmonares de repetição, como pneumonias, bronquites e asma

 

Diagnóstico:

 

O diagnóstico da DRGE se inicia com uma consulta para identificar os sintomas característicos baseado no histórico clínico do paciente, bem como definir sua intensidade, duração e frequência. O médico pode solicitar alguns exames, como endoscopia digestiva alta e a pHmetria, que são importantes para estabelecer o diagnóstico definitivo

 

Esôfago de Barrett e o risco de câncer

 

De acordo com a SBMDN, estimativas sugerem que mais de 95% dos pacientes com esôfago de Barrett também têm DRGE. E Dr. Robson chama a atenção para a essa doença, por ser grave risco para desenvolvimento de câncer, e costuma surgir quando a doença do refluxo não é devidamente tratada e se torna uma inflamação crônica. “O esôfago de Barrett é a causa mais comum do câncer de esôfago, por isso é muito importante que o paciente com DRGE faça o tratamento adequado para evitar mais essa complicação”, alerta o oncologista.

 

Prevenção e recomendações

 

• Não se automedique se tiver episódios repetidos de azia ou queimação. Procure um médico

• Evite alimentos muito condimentados, ricos em gorduras, e também cítricos, café, chá, chocolate

• Evite bebidas alcoólicas, e as que possuem gás

• Evite cigarro

• Se tiver com sobrepeso ou obesidade, procure emagrecer

• Não use cintos ou roupas apertadas na região do abdome

• Não se deite logo após as refeições

• Faça refeições mais leves e coma em pequenas quantidades por várias refeições (café da manhã, almoço, lanche da tarde e jantar)

• Sente-se e coma sem pressa, mastigando bem os alimentos

 

Fontes consultadas: Ministério da Saúde, e Sociedade Brasileira de Motilidade Digestiva e Neurogastroenterologia (SBMDN).

 

Fonte: https://revistaabm.com.br/blog/tem-refluxo-entenda-as-causas-os-fatores-de-risco-e-os-cuidados

terça-feira, 6 de abril de 2021

Cansaço ou fadiga: 8 doenças que podem causar o sintoma


Fatores variam de problemas no coração até alergia ao glúten

 

O estresse do dia a dia e a necessidade de fazer diversas coisas ao mesmo tempo podem fazer a fadiga perturbar a rotina, o que torna difícil até mesmo atividades corriqueiras. No entanto, nem sempre essa fadiga quer dizer que você está precisando apenas de um descanso. Confira as doenças que podem estar por trás dessa sensação de cansaço incessante:

 

1. Anemia

A sensação de fadiga pode estar ligada a essa doença, que nada mais é do que a diminuição da hemoglobina, responsável pelo transporte de oxigênio e nutrientes pelo corpo. "Quem tem anemia acaba transportando menos substâncias, o que não é aceito pelo organismo. O coração exige mais trabalho, levando ao fracasso dos músculos", esclarece o nutrólogo José Alves Lara Neto, vice-presidente da ABRAN (Associação Brasileira de Nutrologia). Com tratamento, a fadiga desaparece completamente.

 

2. Alergia ao glúten

Quem possui essa alergia alimentar, segundo o nutrólogo José Alves Lara Neto, sente-se sem energia para nada. Ele explica que isso acontece porque a glutenina, proteína formadora do glúten, provoca uma irritação no intestino, diminuindo a absorção de outras substâncias. Por isso, é importante detectar rapidamente a alergia ao glúten.

 

3. Diabetes

Quando mal controlada, essa doença também causa fadiga. O diabetes, explica o endocrinologista César Hayashida, do Hospital Santa Cruz, causa desequilíbrio no metabolismo, desequilibrando também a parte do controle de líquidos do corpo.

"Existe a deficiência relativa ou absoluta de insulina, então o metabolismo de nutrição não é feito de maneira adequada. Assim, há perda de liquido e desidratação", pormenoriza. Esse desarranjo é o grande responsável pela fadiga em portadores do distúrbio. Com o controle da doença, entretanto, a fadiga tende a melhorar consideravelmente.

 

4. Distúrbios da tireóide (hipotireodismo ou hipertireodismo)

Embora sejam dois distúrbios extremos, tanto o hipotireoidismo quanto o hipertireoidismo podem causar fadiga, embora não da mesma forma. No caso do hipertireoidismo, o doente tem o metabolismo acelerado, o que faz com que seu corpo faça um esforço desnecessário. Assim, mesmo sem qualquer atividade física, seu coração baterá mais acelerado. Em dias quentes, ela sente cansaço equivalente ao da prática de atividade física.

Já no hipotireoidismo, acontece o contrário. "Como também há alteração no funcionamento do coração, a pessoa fica cansada sem fazer esforço", conta o endocrinologista César Hayashida. É como se tudo ficasse mais lento, até mesmo o cérebro, dificultando a execução de tarefas.

 

5. Síndrome da fadiga crônica (SFC) ou fibromialgia

A síndrome da fadiga crônica (SFC) é um mal sem causa identificada, comumente associada à fibromialgia, onde o quadro de cansaço não melhora nem com o descanso. É complicado, até mesmo para especialistas, separar essa síndrome da fibromialgia, que é uma síndrome de amplificação dolorosa não inflamatória e crônica de difícil diagnóstico. Isso porque a fadiga aparece na grande maioria dos casos de fibromialgia, que também pode estar relacionada a dores e distúrbios do sono do paciente.

"A fibromialgia é uma doença que tem a fadiga como um dos sintomas principais. Ao mesmo tempo, na síndrome da fadiga crônica, o principal sintoma também é a fadiga. Então, pode acontecer do paciente ter as duas doenças", conta Roberto Heymann, coordenador do ambulatório de fibromialgia da Unifesp.

A fadiga causada por esses distúrbios é arrebatadora. O doente já acorda de manhã muito cansado, o que piora durante o dia e, apesar de descansar, o cansaço não melhora. Se esse quadro persistir durante três meses, é importante procurar um reumatologista, que saberá diagnosticar. "A fibromialgia é um diagnostico de inclusão, ou seja, se o paciente preenche os critérios, ele tem. Na SFC, você tem que afastar outras doenças", explica Heymann, que reitera que, ao contrário de doenças virais ou autoimunes, nenhum dos dois distúrbios causa fadiga muscular, mas sim a falta de energia.

Embora ainda não exista tratamento adequado para essas síndromes, ele tem sido feito com o uso de antidepressivos, derivados de anfetaminas (para melhorar o quadro de falta de energia) e até mesmo GH (hormônio do crescimento), além de atividades físicas e medidas para a melhoria da qualidade de sono do paciente.

 

6. Depressão

Para pessoas com depressão é ainda mais difícil conseguir forças para realizar qualquer atividade, até mesmo as mais corriqueiras. A extrema falta de energia e vontade é um dos principais sintomas da doença, que também incluem queda de concentração, alterações do apetite e sono e pensamentos negativos constantes.

Depressão é coisa séria e exige tratamento adequado, que envolve terapia e uso de medicação. "Em geral, a fadiga melhora com o uso de antidepressivos, principalmente os que aumentam a noradrenalina".

 

7. Doenças cardíacas

A fadiga é o primeiro sintoma que indica que algo não está bem com o seu coração. Quando ele está fraco ou dilatado, não bombeia o sangue com eficiência, causando a fadiga. Por isso, a fadiga é o primeiro sintoma de inúmeras doenças cardíacas: angina, infarto agudo do miocárdio, pós-infarto, artérias entupidas, pressão alta, insuficiência cardíaca, arritmia, doenças valvulares, fibrilação atrial, entre outras.

"O sangue chega muito devagar em todas as partes do organismo, inclusive no cérebro, o que favorece o aparecimento do Alzheimer", alerta o cardiologista João Vicente da Silveira. Por isso, ele ressalta a importância do check-up, principalmente a partir dos 40 anos.

 

8. Apneia do sono

Esse distúrbio é caracterizado pelo fechamento repetitivo da passagem do ar pela garganta durante o sono, podendo interromper a respiração por até 40 segundos. Essas pequenas paradas fazem com que o indivíduo acorde durante a noite, interrompendo o sono. "Fadiga, falta de concentração, alteração de humor e perda de memória e libido são sintomas comuns de quem sofre de apneia", conta o neurologista Shigueo Yonekura.

Para detectar o problema, é necessário procurar ajuda médica, pois apenas exames em um laboratório de sono podem indicar o distúrbio. Em alguns casos, o tratamento se restringe à perda de peso, já que a gordura em excesso na região do pescoço estreita ainda mais a laringe, provocando a doença.

 

Fonte: https://www.minhavida.com.br/saude/listas/13428-cansaco-ou-fadiga-8-doencas-que-podem-causar-o-sintoma - Escrito por Ana Paula de Araujo

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2021

A importância da Educação Infantil


Elencamos alguns fatores que vão te convencer a não deixar os pequenos em casa!

 

Quer saber porque a educação infantil é importante, certo?

Elencamos aqui 10 motivos da importância da educação infantil na vida de uma criança, para você compreender as vantagens em proporcionar este momento ao seu filho(a), independente da escola ou espaço de brincar.

 

1.  Convívio com outras crianças e adultos, em pequenos e grandes grupos, utilizando diferentes linguagens.

2. Ampliação do conhecimento de si e do outro, o respeito em relação à cultura e às diferenças entre as pessoas.

3. Primeiro contato com o mundo fora da sua família. Momento em que ganha autonomia e autoconfiança;

4. Brincar cotidianamente de diversas formas, em diferentes espaços e tempos, com diferentes parceiros (crianças e adultos).

5. Ampliação de seu acesso a produções culturais, seus conhecimentos, sua imaginação, sua criatividade, suas experiências emocionais, corporais, sensoriais, expressivas, cognitivas, sociais e relacionais.

6. Oportunidade de tomar decisões, adquirir conhecimentos e se posicionar ao da escolha das brincadeiras, dos materiais e dos ambientes, desenvolvendo diferentes linguagens.

7.  Expressão de suas necessidades, emoções, sentimentos, dúvidas, hipóteses, descobertas, opiniões, questionamentos, por meio de diferentes linguagens, desenvolvendo sua sensibilidade, percepção e criatividade.

8. Autoconhecimento e construção de sua identidade pessoal, social e cultural, compreendendo seu lugar no grupo.

9.  Oportunidade para explorar movimentos, gestos, sons, formas, texturas, cores, palavras, emoções, transformações, relacionamentos, histórias, objetos, elementos da natureza, na escola e fora dela, ampliando seus saberes.

10. Desenvolvimento das relações interpessoais fora da família, estabelecendo amizades.

 

Fonte: https://revistanovafamilia.com.br/a-importancia-da-educacao-infantil - Fotos: Paulina Riquelme

segunda-feira, 25 de janeiro de 2021

Como prevenir doenças do coração


Por estarem em primeiro lugar no ranking de causas de morte no mundo, as doenças do coração são, atualmente, um dos assuntos mais preocupantes da área da saúde. Entre os problemas mais comuns que afetam o sistema cardiovascular estão o infarto agudo do miocárdio, insuficiência cardíaca congestiva, aneurisma da aorta e enfermidades das artérias coronárias.

 

São diversos os fatores que contribuem para o aparecimento dessas patologias, incluindo a aterosclerose, que é o acúmulo de placas de gordura nas artérias; o próprio envelhecimento, que provoca a perda de elasticidade do sistema vascular; maus hábitos, um problema cada vez mais comum em nossas rotinas agitadas; e questões genéticas.

 

Visto a amplitude das causas, separamos, a seguir, 7 dicas eficazes de como prevenir as temidas doenças cardiovasculares apenas com a mudança de hábitos. Acompanhe!

 

1. Reduza a ingestão de alimentos gordurosos e com muito sal

Alimentos ricos em gordura contribuem para a formação das placas ateroscleróticas, sendo que as gorduras trans e saturadas (muito presentes em fast-foods e comidas ultraprocessadas) são as que mais colaboram para o desenvolvimento de doenças coronarianas.

Já o excesso de sal pode provocar a elevação da pressão arterial, o que exige mais força do coração para realizar os batimentos e fazer o sangue circular por todo o corpo. Por esse motivo, é muito importante controlar a alimentação, evitando esses ingredientes que podem ser perigosos.

Sendo assim, invista em uma dieta balanceada e saudável, com muitas frutas, legumes, verduras, grãos, cereais e carnes magras, dando preferência a alimentos naturais e pouco processados. Com isso, seu corpo ficará nutrido e com menos chances de desenvolver doenças cardiovasculares.

 

2. Cuide do seu peso

A obesidade é uma das maiores vilãs quando o assunto é doença cardíaca e vascular. Isso ocorre principalmente devido à associação entre essa condição e doenças como colesterol alto, diabetes e hipertensão.

Para evitar o excesso de peso, além de cuidar da alimentação diariamente, é preciso praticar atividades diárias durante, pelo menos, 30 minutos seguidos. A frequência deve depender da sua situação: se precisa perder peso ou apenas controlá-lo. Os esportes devem ser realizados com cuidado, levando em conta o seu estado de saúde atual.

Além de vencer o sedentarismo e ajudar na perda de peso, exercícios aeróbicos — como caminhadas, corridas e andar de bicicleta — também fortalecem o sistema cardíaco e previnem essas doenças.

 

3. Não exagere no álcool

Não é novidade que o álcool provoca problemas no fígado. Todavia, ele também é muito prejudicial ao restante do corpo, inclusive ao coração. O consumo exagerado dessa bebida pode causar um infarto e, até mesmo, desencadear uma insuficiência cardíaca.

Isso acontece porque o etanol danifica as células musculares desse órgão — uma condição chamada de miocardiopatia alcoólica. Além disso, essa substância também está associada ao fechamento das artérias e ao desenvolvimento de arritmia. Por isso, é importante evitar ao máximo o consumo de qualquer tipo de bebida alcoólica.

 

4. Evite o tabagismo

Você sabia que quem fuma apresenta mais riscos de desenvolver doenças cardiovasculares? As substâncias químicas presentes no tabaco, como a nicotina, provocam o estreitamento das artérias, o que aumenta a frequência cardíaca e a pressão arterial.

Além disso, o dióxido de carbono da fumaça do cigarro compete com o oxigênio, o que faz com que o corpo e o coração trabalhem mais para oxigenar o organismo. Tudo isso favorece a ocorrência de um ataque cardíaco.

Contudo, uma notícia é boa: um ano sem fumar é o suficiente para reduzir esses riscos aos mesmos apresentados por um não fumante. Por isso, se você tem o hábito de fumar, ainda dá tempo de mudar essa situação a fim de favorecer a sua saúde.

 

5. Consulte um médico

Fazer um acompanhamento médico anualmente é fundamental para prevenir as doenças do coração. Assim, o médico pedirá exames de rotina para verificar, principalmente, os seus níveis de glicose — o que indica a presença de diabetes — e o colesterol sanguíneo.

Após realizar os exames, o profissional fará uma avaliação dos resultados obtidos. É a partir dessa etapa que ele consegue informar se sua saúde está em dia ou se é preciso fazer alterações na alimentação e no estilo de vida a fim de regular os níveis de glicose, colesterol, triglicérides, vitaminas etc.

Além disso, o profissional pode medir a sua circunferência abdominal e realizar outras avaliações semelhantes. Com os dados em mãos, o melhor tipo de tratamento e métodos de prevenção de doenças cardiovasculares podem ser estabelecidos e, assim, preservar a sua saúde!

 

6. Evite o estresse excessivo

O estresse provoca inúmeras alterações em nosso corpo, como o excesso de atividades no sistema nervoso. Com o estilo de vida que a maioria de nós leva atualmente, esse problema tem se tornado cada vez mais frequente e servido como principal fator de risco para diversas enfermidades.

O estresse contribui para provocar doenças cardiovasculares não apenas de forma direta. Ele pode, por exemplo, ser responsável pelo tabagismo ou alcoolismo, uma vez que a pessoa procura fumar e beber para aliviar essa tensão.

Outro exemplo de mau hábito relacionado a esse problema é o excesso de peso, pois, em momentos de nervosismo, muitos tendem a se descontrolar no consumo de alimentos e procurar por comidas mais gordurosas e menos saudáveis. Por isso, buscar formas de aliviar o estresse é um cuidado necessário para garantir a saúde do seu coração.

 

7. Controle a sua pressão arterial

O controle da pressão arterial é indispensável para gerenciar e avaliar o estado de sua saúde, isso é, saber se há algum problema (como a hipertensão) e se os níveis estão regulados.

Isso significa que não basta checar a sua pressão arterial apenas nos exames de rotina que ocorrem uma vez ao ano. É preciso fazer o controle com maior frequência e aumentá-la conforme envelhecemos.

Lembrando que esse cuidado se faz ainda mais necessário nos casos em que as doenças do coração são de origem hereditária ou, ainda, quando você já tem um histórico de problemas relacionados.

Então, não fique meses sem fazer esse tipo de avaliação, pois o diagnóstico da hipertensão o quanto antes é importante para a identificação de outros problemas relacionados e, é claro, para controlá-la antes que prejudique o seu bem-estar.

As doenças do coração merecem bastante atenção para que possam ser evitadas, afinal, são capazes de trazer problemas futuros. Sendo assim, esteja atento aos seus hábitos e tente compreender o que pode ser mudado, a fim de garantir que a sua saúde seja preservada e que você possa ter a qualidade de vida que tanto deseja!

 

Com Informações - Boa Consulta

 

Fonte: https://revistanovafamilia.com.br/cuidado-com-a-saude-como-prevenir-doencas-do-coracao - Redação

quinta-feira, 1 de outubro de 2020

Estudo mostra o que faz um relacionamento ser bem-sucedido


Pesquisa com quase 12 mil casais revela os aspectos que fazem a relação ser bem-sucedida

 

Saber qual é a chave para um relacionamento de sucesso é o desejo de muitos casais. E, ao que tudo indica, um estudo elaborado por um grupo de pesquisadores da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, parece ter encontrado os fatores que influenciam para uma relação promissora.

 

Publicada na edição de agosto da revista científica Proceedings of the National Academy of Sciences of the United States of America (PNAS), a pesquisa analisou quase 12 mil casais (foram exatos 11.196 pares), a partir da reunião de informações sobre os participantes coletadas em 43 bancos de dados de 29 laboratórios diferentes.

 

Como ter um relacionamento de sucesso

Segundo o levantamento publicado na PNAS, os milhares de casais estudados foram questionados sobre possíveis indicadores que interferem no relacionamento em que eles estão e quais fatores eles levam em conta para que a relação seja bem-sucedida.

 

Para a pesquisa, os cientistas removeram fatores como amor, paixão, confiança, intimidade e também, a título de um possível pedido de revisão do trabalho, indicadores como afeto, apreciação, conflito, empatia, investimento, percepção de resposta do parceiro, motivos de sacrifício e satisfação nas relações sexuais.

 

"Independentemente de quais variáveis são retidas como potenciais preditores, as análises produzem resultados altamente semelhantes", disseram os pesquisadores. De acordo com os gráficos ilustrados pela pesquisa, as características individuais que levam à construção de um relacionamento de sucesso foram:

 

Orientação comunal

Crença no destino

Controle pessoal

Foco em prevenir coisas

Foco em promover coisas

 

Quanto às características de uma relação bem-sucedida, os destaques foram a ambivalência, evitar o apego, necessidade de autodeterminação, força comunal e comunicação.

 

Fórmula do relacionamento perfeito?

Não existe uma cartilha ou uma fórmula que consiga definir o que é um relacionamento ideal. Na publicação do estudo, os pesquisadores lembram que, apesar dos apontamentos, é importante ressaltar que diferenças individuais e as informações relatadas pelos casais não têm efeito preditivos - ou seja, não são garantia de sucesso absoluto.

 

"Essas descobertas implicam que a soma de todas as diferenças individuais e experiências do parceiro exercem sua influência na qualidade do relacionamento, por meio das próprias experiências específicas de relacionamento de uma pessoa", dizem os pesquisadores.

 

Isso corrobora para uma das principais conclusões do estudo: embora tenham seu papel nessa "receita" conjugal, as características individuais não são tão decisivas para determinar o sucesso de um relacionamento. O ponto mais importante nesta equação, segundo a pesquisa, é a convicção sobre o comprometimento do outro na relação.

 

Fonte: https://www.minhavida.com.br/bem-estar/noticias/36768-estudo-mostra-o-que-faz-um-relacionamento-ser-bem-sucedido - Escrito por Redação Minha Vida – foto newsrondonia.com.br


quarta-feira, 15 de julho de 2020

Mastigar bem os alimentos ajuda a emagrecer


Mastigação é um dos fatores que controlam quanto vamos comer em uma refeição

Diferente de alguns mitos sobre alimentação, a mastigação influencia não somente na digestão do alimento como também é um dos reguladores da saciedade. Antes de explicar como a mastigação interfere no processo, vamos entender o que é fome, apetite e saciedade.

Atitudes e comportamento alimentar são hoje assuntos largamente estudados e divulgados nas mídias. Com a evolução da ciência da nutrição, percebemos que comer não é apenas uma ato ?biológico?, mas que também envolve outros fatores como crenças, estado de humor, fatores sociais, ambientais e hábitos adquiridos ao longo da vida. Eles são influenciadores do nosso comportamento e nossas escolhas alimentares.

Antigamente, não havia supermercados, alimentos processados eram inexistentes e comer envolvia esforços que hoje não existem mais. Assim, nosso organismo foi adaptado para armazenar a maior quantidade de calorias possível como forma de sobrevivência.

Fome e saciedade
Para regular o processo de alimentação, sinais biológicos de fome e saciedade foram adaptados e fazem parte de um complexo sistema interno de regulação que envolve atributos biológicos e não biológicos.

Com a facilidade da vida moderna, obter alimento passou a ser algo fácil e, com isso passamos a comer sem estar com fome. O que antes era decorrente de um sinal biológico passou a ser um "hábito" com hora marcada. Assim, outro sinal que regulava o controle de ingestão alimentar também não é mais percebido. Como podemos sentir saciedade se não estamos com fome de fato?

A saciedade é descrita como a percepção de plenitude gástrica, com a perda da sensação de fome após o ato de comer. Fome por sua vez é a necessidade fisiológica de comer. Se fomos educados a comer pois está "na hora", os sinais internos de fome não são mais reconhecidos como algo biológico e passamos a perceber a fome mais como um fator ambiental.

Passamos a comer por satisfação e prazer, e o desejo de comer um alimento específico ou grupos de alimentos como forma de obter satisfação é algo comum. A esse processo damos o nome de apetite.

Benefícios da mastigação
E onde a mastigação entra nessa história toda? Como podem lembrar, no início deste artigo falamos que existem reguladores que determinam nossa ingestão alimentar, e a mastigação é um deles. Nosso cérebro demora em média 20 minutos para perceber que estamos saciados a contar da primeira mastigação. Se comermos muito rápido, nossa percepção de saciedade ocorrerá quando o estômago estiver "cheio" e enviar ao cérebro o sinal de plenitude gástrica, o que faz com que a ingestão de alimentos seja maior do que se mastigássemos mais vezes.

Além disso, mastigar bem os alimentos também auxilia no processo de digestão, uma vez que esses ficarão melhor triturados e com isso mais fáceis de serem digeridos. Outro benefício da mastigação é que, durante o processo de mastigar, nosso corpo recebe sinais e se prepara quimicamente para digerir e absorver os nutrientes dos alimentos, fazendo com que ocorra uma melhor absorção e digestão dos nutrientes ingeridos e sirva também como um regulador da ingestão alimentar.

Uma técnica muito utilizada na nutrição comportamental é a reeducação dos sinais biológicos de fome e saciedade. Para tal, ensinamos nossos clientes a durante as refeições fazerem pausas para perceber a saciedade e a fome. Muitos se surpreendem com o fato de se sentirem saciados com uma quantidade muito menor de alimentos do que àqueles habitualmente ingeridos.

Com esse simples hábito de comer com atenção aos sinais biológicos de fome e saciedade, muitas pacientes minhas conseguem controlar sem medicação e de maneira natural a ingestão adequada de alimentos. Assim, perdem peso e percebem que de fato comiam em excesso por fatores externos como ansiedade e hábito, não por "fome".

Espero que esse artigo ajude vocês a entender que podem controlar a quantidade de ingestão de alimentos com o simples ato de "perceber" os sinais de saciedade. A mastigação será uma ação fundamental nesse processo.


domingo, 12 de julho de 2020

10 sinais de alerta que a boca dá sobre a sua saúde


Diabetes, candidíase e até rinite, entre outras doenças, se manifestam por condições anormais ou lesões na boca

Quando se pensa em sintomas de doenças, as primeiras coisas que costumam vir à mente são dores em algum lugar do corpo, manchas na pele ou sensações incomuns, como calafrios, ondas de calor e tremedeira, por exemplo. Mas existe algo importante que não pode ficar fora do nosso radar: os sinais de alerta que a boca dá sobre a saúde do corpo em geral.

"A boca é o início do sistema digestório, rica em diversos micro-organismos que convivem harmoniosamente, e está conectada a todo o sistema imunológico. Quando o corpo está com a imunidade baixa, diversas doenças podem se manifestar por meio de manchas, erupções e outros sinais na boca", explica a dentista Aline Lopes Gós (CRO-SP 97.493), da Clínica de Odontologia Moderna Dr. Giancarlo Zanoli Tremtin.

A dentista Denise Abranches (CRO-SP 75.559), coordenadora do serviço de odontologia do Hospital São Paulo (hospital universitário da Unifesp), destaca feridas que não cicatrizam, sangramento na gengiva, lesões ulceradas e aftas como sinais a se prestar atenção e ressalta que, assim como podem ser lesões isoladas de baixa gravidade, podem ser uma manifestação local de um problema sério no organismo. "A falta de atenção a estas reações, a demora na busca por ajuda profissional especializada e o diagnóstico tardio são fatores agravantes dessas doenças", adverte.

A seguir, Aline e Denise listam os sinais mais importantes que podem aparecer na boca para indicar a existência de uma doença em outra parte do corpo e o que eles significam. Uma recomendação, no entanto, vale para todos os casos: ao notar qualquer um desses sintomas, procure imediatamente seu dentista, que poderá analisar o problema e encaminhá-lo ao especialista adequado.

Sangramento na gengiva
Embora algumas pessoas considerem normal haver "um pouquinho" de sangramento na gengiva, principalmente durante a escovação dos dentes, não há nada de normal nisso. Este sangramento, se acompanhado do inchaço da região, pode ser sinal de gengivite.

Mau hálito
Se tiver um odor agridoce (semelhante ao de uma maçã passada) e não for resolvido com uma bela sequência de escovação, uso do fio dental e do enxaguante bucal, em alguns casos o mau hálito pode estar relacionado a diabetes.

Verrugas no interior da boca
Lesões semelhantes a uma couve-flor, rosadas ou esbranquiçadas, são sintomas de HPV (Papilomavírus Humano), uma doença sexualmente transmissível que pode ser causada por mais de 200 tipos de vírus. Em alguns casos, a doença pode evoluir para um câncer de colo de útero, garganta ou ânus.

Ferida que não cicatriza
Embora não seja exatamente comum, um câncer que tenha acometido outra parte do corpo pode chegar a se manifestar na boca. Isso aparecerá na forma de uma ferida ulcerada que cresce na mucosa bucal ou petéquias em palato duro e que até pode ser confundida com outros tipos de lesões, mas o fato de não cicatrizar é uma característica que facilita o diagnóstico.

Aftas
São feridas que duram de uma a duas semanas e podem indicar enfraquecimento do sistema imunológico, estresse, alguma alergia ou alteração hormonal.

Bolhas nos lábios
Você tem bolhas nos lábios que se rompem, formando crostas, e duram de sete a dez dias? São sinais de herpes, uma infecção viral e contagiosa que pode ser transmitida pela saliva ou por relações sexuais. A herpes precisa ser tratada enquanto as bolhas estiverem aparentes, para tentar evitar seu retorno.

Placas brancas na língua
Mais comuns em crianças e em idosos, essas placas indicam a presença de um fungo, normalmente Candida Albicans, causador da candidíase. O fungo aproveita momentos de imaturidade imunológica (caso das crianças) ou de baixa imunidade (que pode ocorrer tanto nos mais jovens quanto nos mais velhos) para se alojar no organismo.

Fissuras e lesões
Fissuras e lesões que demoram para cicatrizar, acompanhadas de dor principalmente nos estados mais avançados, podem ser sintomas de câncer bucal. Eles aparecem principalmente nos lábios, na língua, no assoalho da boca e nas gengivas, na maioria das vezes formando áreas avermelhadas ou esbranquiçadas. Também é comum apresentar caroços no pescoço.

Descamação na língua
A chamada "língua geográfica" faz com que as papilas linguais fiquem descamadas em vários locais, de modo irregular, e pode ser sinal de asma ou rinite. Essa condição causa hipersensibilidade a temperos e a alimentos ácidos.

Nódulos avermelhados
Nódulos avermelhados que sangram facilmente no céu da boca e nas gengivas são indícios de que a pessoa possa ser soropositiva, ou seja, tenha AIDS (a síndrome da imunodeficiência adquirida). Tais lesões são resultado de um câncer raro, conhecido como Sarcoma de Kaposi, causado pelo herpesvírus de tipo 8 (HHV-8) ? que, apesar do nome, não tem nada a ver com o herpes labial.

Se você apresentar algum desses sintomas, procure o seu dentista.