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quinta-feira, 21 de outubro de 2021

O que a sua barriga diz sobre a sua saúde?


Ter gordura na barriga é algo que acompanha quem está acima do peso, mas eles não são os únicos que sofrem com isso. Há pessoas que mesmo estando dentro do peso ideal, possuem mais gordura na barriga do que gostariam ou do que se dão conta.

 

Entretanto, mais do que uma questão estética, ter uma quantidade considerável de gordura na região abdominal também pode indicar riscos para a saúde de uma pessoa.

 

Gordura visceral

Parte do que chamamos popularmente de gordura na barriga, na verdade, recebe o nome de gordura visceral. Ela é uma gordura localizada mais profundamente, entre as vísceras, envolve os órgãos que ficam na região abdominal e nem sempre pode ser vista ou sentida.

A aparência da gordura visceral também é um pouco diferente da gordura subcutânea, que fica logo abaixo da pele. Enquanto a gordura subcutânea tem uma aspecto de gordura mole, a visceral gera uma barriga mais endurecida, como se fosse uma bola.

Ou seja, é a famosa “barriga de cerveja”, embora também possa afetar quem não ingere bebida alcoólica.

 

Qual é o problema da gordura visceral?

Acumular qualquer tipo de gordura é ruim. Entretanto, em comparação à gordura subcutânea, a visceral aumenta os riscos de desenvolver problemas graves de saúde.

O perigo deste tipo de gordura é que, conforme ela se acumula na região da barriga, há uma maior liberação de ácidos graxos na corrente sanguínea. Isso porque a gordura visceral fica localizada perto da veia porta, que transporta o sangue da região do intestino ao fígado.

As substâncias liberadas pela gordura visceral, o que inclui ácidos graxos, entram na veia porta e viajam até o fígado, e seguem pelo sistema circulatório.

Assim, o sangue fica com uma maior concentração de ácidos graxos, o que é fator de risco para uma série de condições, como problemas neurológicos, por exemplo a doença de Alzheimer e doenças cardiovasculares, como é o caso do acidente vascular cerebral (AVC), colesterol alto e pressão alta.

Outro grande problema relacionado à gordura visceral é que ela causa mais processos inflamatórios no organismo, e por esse motivo ela está mais associada a doenças metabólicas, como a resistência à insulina, diabetes tipo 2 e síndrome metabólica.

Nas mulheres, a gordura visceral também tem relação com o câncer de mama e problemas na vesícula biliar.

 

Para ter uma melhor noção de como anda a sua barriga

Você pode medi-la em casa, com o auxílio de uma fita métrica. Para as mulheres, o ideal é que a circunferência da barriga não ultrapasse 88 cm. Já para os homens, ela não deve ter mais de 102 cm.

Se passar desses números, vale a pena ligar o alerta e marcar uma avaliação médica para fazer um check-up, agendar exames de rotina e conferir como anda a saúde de modo geral.

 

Como diminuir a gordura visceral?

Dieta e exercícios

Um passo importante para diminuir a gordura visceral é evitar o consumo de carboidratos simples e moderar a ingestão de carboidratos em geral da dieta. Mesmo os carboidratos saudáveis (complexos) não devem ser consumidos exageradamente.

E, é claro, manter toda uma alimentação saudável e sem excessos, com verduras, legumes, frutas, proteínas magras e gorduras saudáveis, também é fundamental.

É igualmente necessário evitar os alimentos que podem estimular o ganho de gordura na região da barriga: as gorduras trans e os produtos com açúcar adicionado, como refrigerantes, doces e outros processados.

Leia sempre a tabela nutricional e a lista de ingredientes nas embalagens dos produtos e evite tudo que traga ingredientes como óleos ou gorduras parcialmente hidrogenadas ou xarope de milho com alto teor de frutose.

Outros xaropes, mel, palavras com a terminação “ose” e outros tipos de açúcar como açúcar invertido, açúcar mascavo e açúcar demerara também indicam que um produto tem açúcar adicionado em sua composição.

Ao mesmo tempo, a prática de atividade física é outra coisa que pode ajudar. Mas, lembre-se que ela deve ser orientada por um profissional de educação física para que dê bons resultados e seja segura.

Pelo menos 30 minutos de exercícios de intensidade moderada por dia ajudam a controlar o peso e perder gordura na região da barriga. Além dos aeróbicos, um treino de força (com pesos) é bom para construir mais massa magra e, consequentemente, diminuir a quantidade de gordura na barriga.

 

Fonte: https://www.mundoboaforma.com.br/o-que-a-sua-barriga-diz-sobre-a-sua-saude/ - Especialista da área: Dra. Patricia Leite


E esta é a confiança que temos nele: que, se pedirmos alguma coisa, segundo a sua vontade, ele nos ouve.

1 João 5:14


segunda-feira, 30 de agosto de 2021

9 doenças que causam perda de peso rápida e involuntária


Entenda os riscos e o que pode estar por trás dessa perda de peso inesperada

 

Nosso peso é definido por uma série de fatores: genéticos, nutricionais, hormonais, dentre várias outras razões. No entanto, variações de peso involuntárias, excessivas e inesperadas podem esconder um problema real de saúde.

 

De acordo com Rafael Buck Giorgi, médico endocrinologista e membro da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, de maneira geral, a pessoa que sempre foi magra e que mantém seu peso ao longo dos anos não costuma ter nenhuma doença. "Já a perda de peso em um curto espaço de tempo, especialmente se não houver intenção, é um indicativo para se investigar algumas doenças".

 

Esse emagrecimento rápido pode ser sinal de problemas que vão desde doenças digestivas ou inflamatórias a distúrbios alimentares ou depressão. A perda de peso pode ser ainda explicada por problemas somáticos ou psicológicos. Veja mais detalhes.

 

Doenças que causam perda de peso

É fundamental investigar a causa da perda de peso não intencional. Para isso, o primeiro passo é verificar a ingestão de alimentos: se não ocorreram mudanças significativas nesse sentido, é mais provável que o problema seja físico.

E esse emagrecimento repentino nem sempre ocorre de forma isolada. "Sintomas associados como tremores, febre, náuseas e vômitos, anemia e vários outros quando presentes devem chamar a atenção do paciente e do seu médico para investigar algumas doenças", explica o endocrinologista.

 

Dentre as possíveis doenças associadas a perda de peso repentina e não intencional, estão:

 

Hipertireoidismo

Doença celíaca

Doença de Crohn

Depressão

Diabetes

Doenças infecciosas e parasitárias

Artrite reumatóide

Úlcera péptica

CâncerHipertireoidismo: a perda repentina de peso pode ser sinal de tireóide hiperativa, também conhecida como hipertireoidismo. Isso acontece quando a glândula tireóide passa a produzir hormônio tireoidiano em excesso, hormônio esse que controla o metabolismo e diversas funções do corpo.

 

Nesse caso, a perda de peso excessiva (ou o ganho de peso) geralmente vem acompanhada de outros sintomas como palpitações cardíacas, fadiga, intolerância ao calor e insônia.

 

O hipertireoidismo é uma doença que pode ser diagnosticada através do exame de sangue e para qual existe tratamento que pode ajudar a reverter os sintomas.

 

Doença celíaca: a doença celíaca é uma doença auto-imune que leva à má absorção de alimentos que contêm glúten, proteína encontrada no trigo e em outros grãos e alimentos. Em seu pico, a doença celíaca pode destruir a parede intestinal, o que interrompe a absorção de nutrientes e calorias e pode resultar na perda de peso.

 

O diagnóstico da doença pode ser feito através de exame de sangue, que irá procurar anticorpos na amostra e analisar os níveis de determinadas proteínas. Após o diagnóstico, o médico também pode pedir exames de imagem, como a endoscopia.

 

O tratamento para a doença celíaca envolve uma dieta restrita e sem glúten. Caso o médico identifique deficiências nutricionais, poderão ser indicados suplementos vitamínicos e minerais.

 

Doença de Crohn: a desnutrição e a perda de peso costumam acompanhar a doença de Crohn, um distúrbio inflamatório do sistema gastrointestinal. Assim como acontece com a doença celíaca, na doença de Crohn o corpo não consegue absorver adequadamente nutrientes. Com isso, a ingestão de alimentos pode desencadear um ataque intestinal e outros problemas.

 

Outro sintoma da doença é o surgimento de úlceras em várias regiões do corpo, incluindo boca e estômago, o que pode tornar o ato de comer doloroso e desconfortável.

 

Para o diagnóstico da doença é preciso analisar o histórico médico do paciente e fazer alguns testes, como exames de sangue, exames de fezes, exames de imagens e amostras do tecido do trato digestivo.

 

O tratamento da doença de Crohn envolve estratégias para ajudar a diminuir a inflamação e minimizar os sintomas, o que pode incluir uso de medicamentos e mudanças na dieta.

 

Depressão: a depressão é uma doença psicológica que pode se manifestar através de diversos sintomas e sinais, e a perda de peso é um deles.

 

Além da perda de apetite, a depressão também inclui outros sintomas como alterações no sono, irritabilidade, falta de concentração e perda de interesse em hobbies e atividades. Apesar de não existir uma única causa específica, a depressão pode ser, em muitos casos, tratada com medicamentos, terapia e acompanhamento médico.

 

Diabetes: é bastante comum que a diabetes tipo 2 esteja associada ao ganho de peso e à obesidade. Contudo, o emagrecimento também pode ser um sintoma para essa doença. Isso porque quando não se possui insulina suficiente, o corpo passa a queimar gordura e músculos para obter energia necessária, fazendo com que ocorra a perda de peso.

 

A diabetes também pode ser diagnosticada através do exame de sangue, e quanto mais precoce o diagnóstico, mais eficaz pode ser o tratamento.

 

Doenças infecciosas e parasitárias: infecções causadas por parasitas, como ascaridíase e amebíase, ou vermes, como tênia ou lombriga, também podem levar à perda de peso. Isso porque tal processo infeccioso geralmente causa desconfortos gastrointestinais e diarreia, que faz com que o organismo não consiga absorver adequadamente os nutrientes necessários.

 

Com o tempo, aparecem náuseas e vômitos, o que acentua ainda mais a perda de peso.

 

O diagnóstico é feito com base nos sinais e sintomas que o paciente apresenta, podendo envolver exames de fezes, exames de sangue, endoscopia ou colonoscopia, raio X e ressonância magnética.

 

Artrite reumatóide: a artrite reumatóide (AR) é uma doença auto-imune que faz com que o sistema imunológico ataque o revestimento das articulações, causando inflamação.

 

Tal inflamação crônica pode acelerar o metabolismo e reduzir o peso geral, uma vez que a doença estimula a inflamação, o que leva à superprodução de um grupo de proteínas chamadas citocinas e a um aumento da taxa metabólica basal.

 

Sendo assim, o corpo acaba queimando mais calorias e gorduras, e os pacientes perdem peso involuntariamente.

 

A artrite reumatoide é uma doença crônica e, portanto, não tem cura, mas pode ser controlada. Atualmente, existem tratamentos e medicações que possibilitam que a doença fique inativa e o paciente tenha qualidade de vida.

 

Úlcera péptica: são feridas abertas que se desenvolvem na membrana interna do estômago e também na parte superior do intestino delgado. O principal sintoma deste tipo de úlcera é a dor de estômago, e isso costuma causar perda de apetite.

 

As úlceras pépticas também podem fazer você se sentir satisfeito. Mudanças no estilo de vida, combinadas com vários medicamentos, são as melhores maneiras de tratar essa condição e qualquer perda de peso associada.

 

Câncer: doenças oncológicas também podem causar perda de peso, uma vez que alguns tipos de câncer produzem proteínas inflamatórias. Em outros casos, os tumores estão localizados em órgãos que afetam diretamente o metabolismo, como é o caso dos cânceres pancreáticos.

 

Além disso, tratamentos de câncer, como radioterapia e quimioterapia, também podem causar perda de apetite e ter efeitos colaterais como náuseas, vômitos e úlceras na boca, que impedem a alimentação, acrescenta Rafael Giorgi.

 

Risco da perda rápida de peso

Segundo Giorgi, tanto a perda de peso em si quanto as possíveis doenças relacionadas ao quadro exigem atenção.

O emagrecimento repentino pode levar à desnutrição com anemia, deficiência de várias vitaminas e rápida perda da massa muscular. Esse quadro ainda pode vir acompanhado de fraqueza, fadiga e cansaço.

Já a perda de peso como consequência de uma doença deve ser tratada ainda mais de perto, uma vez que tais doenças podem se agravar e até mesmo levar o paciente a óbito, ainda mais em casos de diagnóstico tardio.

O médico endocrinologista ainda ressalta que o primeiro passo a se tomar diante de um quadro de emagrecimento repentino é buscar a causa do problema. "Terapia medicamentosa, suplementos e vitaminas apenas devem ser instituídos após a identificação da causa. Do contrário, estes podem mascarar e atrasar a identificação da real causa da perda de peso".

 

Fonte: https://www.minhavida.com.br/saude/materias/37890-9-doencas-que-causam-perda-de-peso-rapida-e-involuntaria - Escrito por Thaynara Moreira

quarta-feira, 7 de julho de 2021

Alguns fatos sobre a gordura da barriga que é bom saber


Um fato sobre a gordura estomacal que você deve saber é o seguinte: não é apenas aquela camada macia logo abaixo da pele – o tipo que você pega para ver se consegue “beliscar”. Gordura visceral é o nome do tipo que fica no fundo do seu torso. Ele se acumula ao redor de seus intestinos, fígado e estômago. Ele também pode alinhar suas artérias. E pode ser arriscado para sua saúde. Mas você não precisa de dietas ou exercícios especiais para perdê-la – apenas hábitos saudáveis.

 

Quais são os riscos para a saúde?

Não se trata apenas do número na escala. Os pesquisadores acham que a quantidade de gordura profunda ao redor da cintura é uma medida melhor para saber se você está sob risco de ter sérios problemas de saúde do que seu peso ou IMC (índice de massa corporal). Não só a gordura da barriga pode deixar seus jeans muito apertados, mas muito disso pode significar que você tem mais probabilidade de obter:

 

• Diabetes

• Doença hepática gordurosa

• Doença cardíaca

• Colesterol alto

• Câncer de mama

 

O que significam as medidas da cintura

Você não pode dizer quanta gordura visceral você tem apenas medindo sua cintura. Isso ocorre porque a gordura próxima à superfície da pele (chamada de gordura subcutânea) também faz parte da sua circunferência. Mas sua fita métrica pode lhe dar uma dica se você pode acabar tendo problemas de saúde relacionados à gordura da barriga. Para as mulheres, medidas de cintura acima de 35 polegadas podem levantar uma bandeira vermelha. Para os homens, é de 40 polegadas.

 

É a primeira gordura a ir

Aqui está um fato feliz: a gordura visceral é o primeiro tipo que você perde. E para fazer isso, você precisa se mover. Seu treino não precisa ser complicado. Você pode caminhar rapidamente por uma hora por dia. Em uma esteira, você pode definir a inclinação mais alta para aumentar o metabolismo. Se você se sentar muito, encontre maneiras de se mover. Defina um cronômetro em seu telefone para lembrá-lo de se levantar a cada meia hora ou assim. Ou experimente uma mesa em pé e agache-se enquanto trabalha.

 

Contagens inquietantes

Você fala com as mãos? Toque seus pés para melodias? As pessoas acham que você é um pouco hiperativo? Tudo bom. Ficar inquieto pode não ser um “exercício” e não vai construir músculos ou resistência. Mas conta como atividade e queima calorias. Então, da próxima vez que alguém disser que você se inquieta demais, você pode dizer que está queimando a gordura da barriga.

 

Vinagre de maçã não ajuda

O vinagre de maçã tem muitos usos inteligentes. Reduzir a gordura da barriga provavelmente não é uma delas, embora as dietas da moda possam dizer isso. O líquido picante vem de maçãs que são esmagadas, destiladas e fermentadas. Algumas pessoas pensam que o ácido acético que contém pode melhorar a saúde de algumas maneiras. Estudos em animais mostraram um vislumbre de esperança de que isso possa ajudar a queimar a gordura visceral. Mas não há evidência científica de que tenha o mesmo efeito nas pessoas.

 

Não culpe a cerveja

A cerveja muitas vezes leva a marca de uma barriga atarracada – daí o termo “barriga de cerveja”. Estudos sugerem que é um pouco mais complicado do que isso. O material espumoso tem muitas calorias. Portanto, pode fazer você ganhar peso. Mas isso não faz necessariamente com que a gordura se acumule em sua cintura. Um culpado mais provável? Refrigerantes e outras bebidas adoçadas. Algumas pesquisas sugerem que o açúcar pode aumentar a gordura da barriga.

 

Troque refrigerante por chá verde

Para reduzir a gordura da barriga, seja esperto quanto à sua dieta – coma porções razoáveis, muitos vegetais e pouca comida lixo. E em vez de refrigerante, considere o chá verde. Alguns estudos sugeriram que as catequinas, antioxidantes encontrados no chá verde, podem ajudar (um pouco) a queimar a gordura visceral. Os resultados estão longe de ser certos. Mas uma coisa é certa: substituir o chá por bebidas açucaradas economiza calorias. Só não carregue com mel ou açúcar.

 

Óleo de peixe não ajuda

O óleo de peixe há muito é considerado um suplemento saudável para o coração. O FDA aprovou recentemente um medicamento feito de óleo de peixe para ajudar a controlar os triglicerídeos, uma gordura encontrada no sangue. Mas, serve para secar a gordura da barriga? Não muito. Um estudo com homens com sobrepeso que tomaram suplementos de óleo de peixe não encontrou nenhuma mudança na gordura do estômago.

 

Gordura da barriga e seus ossos

Por muito tempo, os médicos pensaram que o peso extra poderia ajudar a manter seus ossos fortes e protegê-lo de fraturas. Mas pesquisas mostram que isso não é necessariamente verdade, pelo menos no que diz respeito à gordura visceral. Um estudo descobriu que homens com mais gordura na barriga tinham ossos mais fracos. Outro estudo analisou mulheres que ainda não haviam passado pela menopausa. Ele descobriu que aqueles com mais gordura abdominal tinham densidade óssea menor, um sinal de alerta de osteoporose.

 

Fonte: WebMD - https://www.revistasaberesaude.com/alguns-fatos-sobre-a-gordura-da-barriga-que-e-bom-saber/ - Por Revista Saber é Saúde

domingo, 4 de julho de 2021

Entenda os riscos de misturar álcool e medicamentos


A interação pode ocorrer até com analgésicos: veja quais são os possíveis efeitos colaterais

 

Você provavelmente já viu um alerta sobre o uso de bebidas alcoólicas com algum remédio que tomou. O perigo é real: misturar álcool com certas medicações pode causar vômito, dor de cabeça, perda da coordenação motora, sonolência ou desmaio. Além desses prejuízos, o álcool pode alterar a eficácia de um medicamento.

 

Em linhas gerais, tal interação pode ocorrer com muitos remédios, prescritos ou até naturais. Entretanto, como cada medicamento tem um perfil particular de efeitos colaterais e metabolização, é preciso analisar como cada um deles especificamente interage com o álcool.

 

Vale lembrar que algumas interações podem ser mais acentuadas em pessoas idosas, uma vez que o envelhecimento pode diminuir a tolerância do corpo ao álcool devido a alterações fisiológicas, como menor teor de água no organismo e eliminação renal prejudicada. Assim, elas se tornam mais vulneráveis para efeitos como sonolência ou danos hepáticos.

 

Interações por tipo de medicamentos

Analgésicos: muitos dos medicamentos para controle de dores podem ser comprados sem a necessidade de receita médica, mas isso não significa que não há riscos ao serem utilizados concomitantemente com bebidas alcoólicas. Antitérmicos e anti-inflamatórios, que tenham em sua composição ibuprofeno, naproxeno e acetaminofeno, podem interagir com o álcool e provocar dor no estômago, problemas no fígado e taquicardia, dependendo da dosagem do medicamento e da quantidade de álcool consumida. No caso dos relaxantes musculares, as consequências estendem-se da sonolência e tontura a problemas mais perigosos, como risco aumentado para convulsões, prejuízo de memória, diminuição da frequência respiratória e dificuldade de respirar.

 

Antibióticos: o uso de bebida alcoólica concomitante a alguns antibióticos, como metronidazol, cloranfenicol e sulfas, é contraindicado, pois pode resultar em reação similar ao "efeito antabuse". Esse efeito é caracterizado por: falta de ar, dor de cabeça, dor no peito, enrubescimento da pele, aumento da frequência cardíaca, tontura, náuseas e vômitos. Recomenda-se permanecer sem consumir bebidas alcoólicas de 48h a 72h após o término do tratamento com as medicações citadas, por conta do tempo de metabolização dos remédios.

 

Anticonvulsivantes, antidepressivos, sedativos ou ansiolíticos: sua utilização pode apresentar interações sinérgicas com o álcool, acentuando efeitos como sedação, diminuição da coordenação motora e comprometimento da memória, risco de quedas, entre outros.

 

Não poderia encerrar esse artigo sem alertar para o risco da automedicação. Se não houver indicação médica para o uso de medicamentos, evite! E, se houver, lembre-se que misturar álcool e remédio pode colocar as pessoas em risco de reações perigosas. Converse com seu médico e verifique se a medicação pode interagir com o álcool. Na dúvida, prefira abster-se da bebida.

 

Fonte; https://www.minhavida.com.br/saude/materias/37694-entenda-os-riscos-de-misturar-alcool-e-medicamentos - Escrito por Arthur Guerra de Andrade

quarta-feira, 2 de junho de 2021

Obesidade: graves riscos para a saúde e mudança no estilo de vida


A obesidade representa, atualmente, um dos principais problemas de saúde pública em todo o mundo, e é considerada uma pandemia pela Organização Mundial de Saúde (OMS), que estima que 1 bilhão de pessoas estejam com excesso de peso, e 300 milhões estão obesas. É uma doença crônica que, por trazer complicações metabólicas, é fator de risco para outras doenças crônicas não transmissíveis, como as cardiovasculares, diabetes, doenças musculoesqueléticas e alguns tipos de câncer. E no cenário atual, representa gravidade para a Covid-19.

 

De acordo com os especialistas, os hábitos de vida da sociedade moderna representam um dos principais fatores para o aumento do sobrepreso e da obesidade, impactado, principalmente, por uma má alimentação com abuso de produtos ultraprocessados, hipercalóricos e frituras, associada à diminuição dos níveis de atividade física. No Brasil, segundo dados do Ministério da Saúde, metade dos brasileiros está acima do peso, e 20% estão obesos.

 

 “O ambiente moderno se transformou em um grande estímulo para obesidade, que tem agravo multifatorial porque suas causas também estão relacionadas a questões biológicas, históricas, ecológicas, econômicas, sociais, culturais e políticas”, declara a endocrinologista e professora Thaisa Trujilho, presidente da Sociedade Brasileira de Diabetes, regional Bahia (SBD/BA) e diretora da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM).

 

Mudar o estilo de vida

A endocrinologista explica que para sucesso no tratamento da obesidade é importante considerar o acompanhamento por uma equipe multidisciplinar que vai promover mudanças no estilo de vida, com orientações nutricionais e atividade física. Em alguns casos o apoio psicológico também é importante, assim como a indicação de medicações. “A perda de peso melhora a saúde e a qualidade de vida, resultando, muitas vezes, na reversão das complicações relacionadas à obesidade. E a perda de peso modesta, entre 5 a 10%, já traz benefícios para a saúde”, alerta a endocrinologista.

Em Salvador, o Cedeba (Centro de Referência Estadual para Assistência ao Diabetes e Endocrinologia) oferece assistência para obesidade com equipe multidisciplinar integrada com endocrinologista, nutricionista, fisioterapeuta, psicólogo, psiquiatra e assistente social.

 

Prevenção e demora em tratar

A prevenção é fundamental e, de acordo com Dra. Thaisa, deve começar na infância. “A família tem que estabelecer hábitos alimentares saudáveis, compartilhar o momento das refeições, evitar o consumo excessivo de açucares e gorduras, e incorporar a prática de atividade física diariamente”. Além disso, a procura por ajuda é fundamental, não apenas como prevenção, mas porque a demora em buscar tratamento é um dos fatores que dificulta perder peso posteriormente, sem falar que causa estresse e frustração, e aumenta o risco para outras doenças. “Ficar lutando contra a balança sem um programa adequado para emagrecer só dificulta”, avisa a endocrinologista.

 

Fator genético também conta

Além do estilo de vida, a predisposição genética tem bastante influência na obesidade. Filhos de pais obesos, por exemplo, têm maior chance de serem obesos também, assim como o padrão genético pode influenciar no tratamento. Desta forma, tanto fatores genéticos quanto ambientais são determinantes e precisam ser levados em consideração.

 

Resposta ao tratamento

Devido a esses fatores a endocrinologista esclarece que o tratamento da obesidade é complexo e deve ser individualizado para ter mais sucesso e determinar metas realistas para alcançar os objetivos. Outras variáveis contribuem para melhorar a resposta ao tratamento, como idade, peso inicial, gênero e percentual de tecido muscular. “É fundamental que o tratamento seja feito de forma individualizada, considerando as características de cada um”, esclarece.

Alguns fatores podem contribuir para o tratamento não obter sucesso. Um deles é a demora em buscar ajuda especializada, o que muitas vezes pode levar anos. Outro fator que atrapalha é a expectativa em perder peso rapidamente, o que pode não acontecer na velocidade desejada, causando frustração e abandono do tratamento.

 

Cuidado com dietas

Dietas muito restritivas, artificiais e rígidas, embora levem à redução do peso, não são sustentáveis e podem representar riscos por não considerar as necessidades nutricionais individualizadas. O recomendado é a reeducação alimentar, que vai promover mudanças definitivas para toda a vida, e deve ser planejada e conduzida por profissional especializado.

 

Obesidade mórbida e cirurgia bariátrica

A obesidade mórbida (grau III) deve ser tratada não apenas com mudanças no estilo de vida, mas combinada com o uso de medicamentos e controle das patologias associadas, com acompanhamento de equipe multidisciplinar. E deve considerar a cirurgia bariátrica caso o tratamento clínico não tenha êxito.

 

Para saber se está obeso

A obesidade é determinada pelo Índice de Massa Corpórea (IMC), dividindo o peso pelo quadrado da altura. O resultado revela se o peso está ideal, abaixo ou acima do desejado.

 

Menor que 18,5 - Abaixo do peso

Entre 18,5 e 24,9 - Peso normal

Entre 25 e 29,9 - Sobrepeso (acima do peso desejado)

Igual ou acima de 30 -  Obesidade

 

Cálculo do IMC:

Exemplo: uma pessoa de 83 kg e 1,75 m de altura:

1,75 x 1,75 = 3.0625 / IMC = 83 divididos por 3,0625 = 27,10

O resultado de 27,10 indica sobrepeso

 

Fonte: https://www.revistaabm.com.br/blog/obesidade-mudar-o-estilo-de-vida-e-fundamental-para-ter-mais-saude

quinta-feira, 8 de abril de 2021

Bebidas alcoólicas e COVID-19: entenda os riscos


Mitos são perigosos e podem colocar a saúde em risco. Veja as dúvidas mais comuns

 

Após um ano do início da pandemia no Brasil, ainda há muitas dúvidas a respeito da relação entre consumo de bebida alcoólica e COVID-19. Alguns mitos seguem circulando nas redes sociais, apesar de desmentidos por evidências científicas e instituições de saúde renomadas.

 

Diante do atual cenário da doença, mais grave e preocupante no país, combater com mais força a desinformação é uma questão de responsabilidade, uma vez que o uso nocivo de álcool pode fragilizar o sistema imunológico e colocar a saúde em risco. Para ajudar, separei alguns mitos sobre bebidas alcoólicas e COVID-19

 

MITO O consumo de bebidas alcoólicas destrói o vírus que causa a COVID-19.

 

FATO O consumo de bebidas alcoólicas não destrói o vírus SARS-CoV-2, causador da COVID-19. Inclusive, o uso nocivo de álcool pode até aumentar os riscos para a saúde se uma pessoa for infectada pelo vírus. O álcool em gel indicado para higienizar mãos e superfícies tem concentração de 70% de álcool para eliminar o vírus causador da COVID-19. Já as bebidas alcoólicas, ao serem ingeridas, não são efetivas para eliminar o vírus, pois levam à morte quando em concentração no sangue acima a 0,40%.

 

MITO Ingerir bebida com alto teor alcoólico mata o vírus presente no ar inalado.

 

FATO O consumo de álcool não mata o vírus presente no ar inalado, não desinfeta sua boca e garganta, nem oferece qualquer tipo de proteção contra a COVID-19. Vale reforçar que a ingestão abusiva de bebida alcoólica (cerveja, vinho, bebidas destiladas) debilita a imunidade e a resistência ao vírus.

 

Também separei as dúvidas mais comuns com relação às bebidas alcoólicas e a COVID-19. Veja a seguir:

 

Meu teste de COVID-19 deu positivo, mas estou sem sintomas. Posso beber?

Você não deve beber. Por ser uma doença infecciosa, cujo espectro clínico varia de infecções assintomáticas a quadros graves, prefira abster-se de bebida alcoólica neste momento. Lembre-se: o abuso de álcool pode diminuir a resistência do corpo a infecções.

 

Beber pode ajudar a diminuir a ansiedade?

Apesar de poucas doses de álcool levarem a um relaxamento, beber não é uma boa estratégia para lidar com a ansiedade. Seu consumo abusivo pode aumentar sintomas de ansiedade, evoluindo para um ciclo perigoso.

 

Pessoas com problemas decorrentes do uso de álcool podem ter um quadro mais grave da COVID-19?

Sim. O consumo pesado e crônico de álcool prejudica o sistema imunológico, tornando o corpo um alvo mais fácil para doenças, inclusive infecciosas, como é o caso da COVID-19. Além disso, pessoas com transtorno por uso de álcool podem apresentar outros problemas de saúde, o que as tornaria mais vulneráveis ou até poderia piorar a evolução da doença, por exemplo, no caso de Síndrome de Abstinência.

 

Para finalizar, quero reforçar algumas orientações gerais sobre o consumo de álcool durante a pandemia:

 

Condições de álcool zero continuam valendo: menores de 18 anos, gestantes, pessoas que vão dirigir, que apresentam alguma condição de saúde que possa ser agravada pelo álcool ou não conseguem controlar o seu consumo não devem consumir bebidas alcoólicas.

 

Se você é adulto, fora das condições acima e opta por beber, não ultrapasse uma dose* por dia se for mulher ou duas doses por dia se for homem. Evite intoxicação!

 

Certifique-se de que crianças e jovens não tenham acesso a bebidas alcoólicas e aproveite a convivência mais próxima para conversar sobre os problemas associados à bebida e à COVID-19.

 

Se faz uso de medicamentos que possam interagir com o álcool, mesmo remédios à base de plantas ou sem receita, não misture com bebidas alcoólicas. Isso pode reduzir o efeito dos remédios, aumentar os efeitos do álcool ou gerar reações perigosas.

 

Ao trabalhar em casa, siga as regras usuais do local de trabalho e não beba.

 

E lembre-se: não compartilhe fake news, compartilhe informação de qualidade e embasada em ciência.

 

* Uma dose padrão equivale a 14 g de álcool puro, o que corresponde a 350 mL de cerveja (5% de álcool), 150 mL de vinho (12% de álcool) ou 45 mL de destilado (vodca, uísque, cachaça, gin, tequila, com 40% de álcool).

 

Fonte: https://professorjosecosta.blogspot.com/2020/10/superando-desafios.html - Escrito por Arthur Guerra de Andrade

domingo, 28 de março de 2021

Tipos de máscara: descubra quais protegem de verdade


O uso indevido da máscara pode aumentar os riscos de contaminação do novo coronavírus

 

Com o avanço no número de casos do novo coronavírus em todo o mundo, o governo brasileiro tornou obrigatório o uso de máscaras em ambientes públicos, estabelecimentos em geral e meios de transporte.

 

A principal forma de transmissão do vírus ocorre pelo contato direto com gotículas respiratórias expelidas pela boca e nariz, que são emitidas através de espirros, tosse e fala. Dessa forma, o uso de aparelhos de proteção facial ajuda a diminuir as chances de contaminação em até 50%, segundo estudos.

 

Tipos de máscara

Nem todo tipo de máscara possui o mesmo objetivo e eficácia. Entre as opções disponíveis no mercado, o uso de máscaras caseiras se tornou a alternativa mais utilizada pela população, de modo que os modelos profissionais foram direcionados especificamente para trabalhadores da área da saúde.

 

Segundo Hyun Seung Yoon, gerente médico do ClubSaúde, em alguns países da Europa afetados pela segunda onda da COVID-19, somente as máscaras profissionais, como as cirúrgicas ou PFF-2/N95, são permitidas.

 

Porém, devido à dificuldade de acesso e seus preços elevados, a OMS autoriza o uso de máscaras caseiras em países de baixa renda, recomendando que elas possuam pelo menos três camadas de pano e sejam confeccionadas com materiais como polipropileno e algodão.

 

"A preocupação com as novas variantes do coronavírus é decorrente de sua maior transmissibilidade, pois necessitam menor carga viral para causar o contágio. Independentemente do tipo de máscara, é fundamental ajustá-la bem ao rosto para não permitir vãos por onde as partículas possam ser expelidas ou inaladas. Do ponto de vista de bloquear a transmissão do vírus por partículas de saliva, quanto maior a barreira, melhor a proteção", diz o médico.

 

Para entender melhor como cada tipo de máscara deve ser utilizada e quais modelos não são recomendados durante a pandemia, Jane Teixeira, gerente médica da Sharecare, explicou o nível de proteção de cada produto. Confira:

 

Máscara de tecido: a máscara de tecido e a cirúrgica não possuem o objetivo de proteger o próprio usuário, mas sim outras pessoas ao seu redor. É útil como forma de proteção se usada de maneira generalizada pelos indivíduos no mesmo ambiente e ajustada bem ao rosto. O tecido mais indicado é o de algodão, que tem boa resistência ao uso e à lavagem, causando menos alergias. Não se deve usar máscaras de renda, tricot, crochê etc.

 

Máscara cirúrgica: assim como a máscara de tecido, ela confere proteção se utilizada corretamente e de forma generalizada pelos indivíduos, pois impede a disseminação de gotículas e aerossóis produzidos pelo usuário. No entanto, ao contrário das máscaras de tecido, não são reutilizáveis. Logo, devem ser descartadas após o uso.

 

Máscara com válvula: as máscaras com válvulas deixam escapar vírus disseminados pelo usuário se este estiver contaminado, e não são indicadas no contexto atual de pandemia.

 

Máscara de acrílico: as máscaras de acrílico não oferecem a vedação adequada e não são indicadas no atual contexto.

 

Máscaras profissionais PFF2 e N95: como equipamento de proteção individual, as máscaras N95 e PPF2 são as mais eficazes, pois protegem o usuário de aspirar aerossóis que podem transmitir o vírus. São as máscaras obrigatoriamente indicadas para os profissionais sob risco ocupacional, como os trabalhadores da linha de frente.

 

Esses modelos são reutilizáveis se forem bem conservados, ou seja, com aparência limpa, sem amassos e íntegros. Se há perda da integridade, devem ser descartados no lixo. Não devem ser lavados e higienizados com qualquer tipo de produto químico.

 

Face shield: o face shield é uma espécie de escudo para o rosto, com um dispositivo circular para fixação ao redor da cabeça e uma parte protetora transparente, em geral de acetato, que fica à frente da face e que evita o contato de objetos, detritos, materiais e respingos no rosto.

 

Ele não é mais eficiente que a máscara facial, mas pode ser considerado um complemento, pois oferece um tipo diferente de proteção. Além de não oferecer vedação adequada à região das vias aéreas, o face shield não filtra o ar, logo, é preciso sempre usá-lo com máscara. Partículas mais leves que penetrem na região entre a face e o equipamento podem ser inaladas se não houver o uso concomitante da máscara. Ele serve como uma proteção adicional.

 

"O face shield é especificamente indicado para trabalhadores da área de saúde pelo risco de respingos durante procedimentos em pacientes e como alternativa para outros tipos de profissão que não possam manter uma distância mínima entre as pessoas", finaliza a médica.

 

Tipo de máscara         É eficaz?

Tecido Sim, se usada corretamente

Cirúrgica         Sim, se usada corretamente

Com válvula   Não

Acrílico                         Não

PFF2 e N95    Sim

Face shield      Não, apenas como uma proteção adicional

 

Tecido antiviral funciona?

"Os fabricantes destes tecidos com propriedades antibacterianas ou antivirais alegam que a tecnologia empregada em sua confecção - lenços umedecidos com múltiplas camadas, contendo surfactantes comumente encontrados em detergentes, como ácido cítrico ou lauril sulfato de sódio, ou tecidos impregnados com partículas de prata, reconhecidos por suas qualidades antissépticas - são capazes de eliminar mais de 90% das partículas bacterianas ou virais em contato com estes agentes", explica Hyun Seung Yoon.

 

Entretanto, o médico conta que, apesar de realmente possuírem ação antiviral ou antibacteriana, não há garantias de que a trama dos tecidos não deixe passar partículas virais por suas frestas ao inspirar, tossir ou espirrar.

 

"Também não há como descartar que somente as camadas mais profundas de uma gota de secreção em contato com o agente do tecido sejam desinfetadas, enquanto a superfície permanece contaminante", diz.

 

Ainda segundo o especialista, estes tecidos podem sim aumentar a eficácia da proteção de máscaras, roupas e lenços, mas não garantem imunidade contra o vírus. Por isso, é de extrema importância que se mantenham as demais medidas de proteção: distanciamento social, higienização das mãos e do ambiente, além do uso de máscaras adequadas.

 

Qual a forma certa de usar máscaras?

Para que as máscaras não tenham o efeito oposto ao desejado e acabem aumentando os riscos de contaminação, é preciso seguir algumas instruções para o uso correto do equipamento. O Hospital Albert Einstein, referência no atendimento aos pacientes com COVID-19 em São Paulo, compartilhou algumas dicas de uso:

 

Antes de colocar a máscara, higienize adequadamente as mãos

Coloque a máscara sobre o nariz e a boca, tomando cuidado para não deixar espaços entre a pele e a máscara

Mesmo com a máscara, cubra o rosto ao tossir ou espirrar

Mantenha as mãos higienizados e evite tocar na máscara

Troque a máscara quando ela estiver úmida

Nunca reutilize uma máscara descartável

Sempre remova a máscara pelas cordinhas e nunca toque na parte da frente


 

Fonte: https://www.minhavida.com.br/saude/materias/37455-tipos-de-mascara-descubra-quais-protegem-de-verdade - Escrito por Paula Santos

sexta-feira, 12 de março de 2021

Tipo de pimenta ajuda a reduzir riscos de doença cardíaca


Estudo indica que o consumo de pimentas da espécie Capsicum annuum diminui as chances de desenvolver problemas no coração

 

Uma pesquisa publicada no Nature sugere que o consumo de pimenta da espécie Capsicum annuum reduz os riscos de doenças cardiovasculares. O estudo visa, principalmente, auxiliar pessoas que têm síndrome metabólica - conjunto de doenças que aumentam as chances de problemas no coração - a não desenvolverem doenças cardíacas.

 

Para chegar aos resultados foi feito um levantamento de 327 estudos sobre o consumo dessa espécie de pimenta. Entretanto, apenas 12 foram analisados pelos pesquisadores - cinco deles realizados nos Estados Unidos, três na Coreia do Sul, dois no Japão, um na Austrália e um na China, todos com duração de quatro a 12 semanas.

 

Os estudos usaram a pimenta em cápsula, pó, suco ou pasta como suplementação à dieta de adultos maiores de 18 anos. Entre as pesquisas, 10 foram feitas com participantes com Índice de Massa Corporal (IMC) acima de 25, nível considerado sobrepeso. Para analisar a eficiência da pimenta, os pesquisadores compararam os efeitos sobre os problemas da síndrome metabólica da suplementação com o alimento e com placebo.

 

O resultado foi otimista: a suplementação com Capsicum annuum diminuiu os níveis de colesterol significativamente e favoreceu a uma leve perda de peso. Segundo a Organização Mundial da Saúde, a redução do colesterol é uma ação preventiva à doença cardíaca. Além disso, o estudo aponta que consumir antioxidantes também diminui o risco da doença - componente bastante presente na pimenta.

 

A Capsicum annuum é uma espécie com pimentas picantes e doces, também são conhecidas como pimenta vermelha ou malagueta e pimentão. Elas possuem capsaicina, componente com ação quimiopreventiva, antioxidante, anti-inflamatória, hipolipemiantes, termogênica e redutora de peso.

 

Apesar das descobertas, a pesquisa também conclui que é preciso realizar ensaios clínicos maiores para investigar e comprovar a eficácia e segurança desse tipo de pimenta como suplemento dietético no tratamento da síndrome metabólica.

 

Como incluir a pimenta na dieta?

Além dos benefícios citados pela pesquisa, a pimenta é boa para os dentes, combate o câncer e protege o estômago. Mas, para aproveitar os benefícios do alimento é preciso evitar exageros. Por isso, a recomendação é ingerir a pimenta somente de uma a duas vezes por dia.

 

Na hora de comer a pimenta, prefira ela fresca, pois dessa forma todos os seus nutrientes estão preservados. Também é possível consumi-la nas versões em molho, conserva, geleia, páprica, desidratada e dessecada - mas parte dos nutrientes pode ser perdida no processo, principalmente as vitaminas.

 

Atente-se também quanto aos componentes dos molhos de pimentas. Evite aqueles que não utilizam o fruto natural. O extrato ou óleo concentrado feito a partir de pimentas secas e picantes utilizado para criar o molho pode causar:

 

Queimaduras ou bolhas na boca ou na língua

Náusea

Alteração respiratória

Vômito.

 

Fonte: https://www.minhavida.com.br/alimentacao/noticias/37396-tipo-de-pimenta-ajuda-a-reduzir-riscos-de-doenca-cardiaca - Escrito por Redação Minha Vida - Foto: Barcin | Getty Images