domingo, 9 de maio de 2021

Covid e os sintomas que perduram: estudos buscam entender melhor


Os estudos para entender melhor sobre o novo coronavírus continuam. Muitos pacientes têm apontado que os sintomas da Covid-19 persistem por semanas, e até meses, após o diagnóstico da doença, mesmo em pessoas que apresentam apenas formas leves, sem necessidade de hospitalização. E como a doença envolve, potencialmente, os pulmões e o coração, o acompanhamento com pneumologista e cardiologista mostra-se fundamental.

 

De acordo com o diretor do Hospital Cárdio Pulmonar, o cardiologista Eduardo Darzé, as consequências a longo a prazo estão sendo avaliadas e estudadas, mas como a Covid-19 é uma doença aguda, que envolve múltiplos sistemas e órgãos, a possibilidade de consequências a longo a prazo é muito provável, e é isso que tem sido observado nesses primeiros estudos. “Principalmente quem tem doenças mais graves, que precisa de hospitalização, os cuidados e o tratamento não terminam com a alta hospitalar. Esses pacientes, de fato, têm sintomas que persistem por pelo menos 2 a 3 meses”. De acordo com o médico, os sintomas persistentes são:

 

• Fadiga

• Falta de ar

• Dores no corpo

• Tosse

• Dor de cabeça (às vezes)

 

Miocardite

O cardiologista também destaca que a Covid-19 pode causar danos potenciais a longo prazo no músculo cardíaco, a miocardite, inflamação já documentada em vários estudos, tanto em autópsias, como em exame de imagem mais sofisticado. E ficou evidente o problema, meses após a infecção aguda. “Essa infecção traz consequências muito ruins, como dilatação e disfunção progressiva do coração, e arritmias, levando à insuficiência cardíaca, que é um quadro mais grave”

Dr. Darzé esclarece que essas sequelas não têm sido observadas com muita frequência, mas a presença do vírus e da inflamação têm sido muito frequentes, mesmo semanas ou meses depois da infecção aguda. “Obviamente, é preciso fazer estudos mais prolongados com follow-up mais longo, para saber a consequência real da presença do vírus e da inflamação no coração durante tanto tempo. Mas, até agora, apenas uma minoria dos pacientes desenvolveu essas sequelas”.

 

Trombose

Além da miocardite, o cardiologista alerta sobre o processo trombótico, outra consequência a longo prazo muito marcada durante a fase aguda da Covid-19, com formação de coágulos dentro do vaso. “Os estudos são muitos consistentes em mostrar que os pacientes têm tendência à coagulação dos vasos em diferentes órgãos. Eu destaco dois grandes grupos de doenças trombóticas: as que envolvem a veia - trombose venosa da perna e a embolia pulmonar -, e as que envolvem o sistema arterial, que causam o infarto agudo do miocárdio e o AVC”.

De acordo com Dr. Darzé, essas síndromes trombóticas podem levar a consequências a longo prazo, porque envolvem a interrupção aguda de sangue ao cérebro e ao coração, causando o infarto e as sequelas tradicionais, como dificuldade de andar, falar e pensar. “Isso requer um acompanhamento a longo prazo, principalmente com trombose na perna e embolia pulmonar, que vai precisar de uso prolongado de coagulante”, explica.

 

Entender melhor

O diretor médico do Centro de Tratamento da Covid-19 do Hospital Espanhol, o infectologista Roberto Badaró, declara que, embora existam evidências na literatura de que uma pessoa que adquiriu o vírus pode persistir com replicação assintomática em até quatro meses, não é possível afirmar se esse vírus detectado é infectante ou não. “Ao que parece, nos relatos ditos de reinfecção, é que nenhum deles fez cultivo do vírus. Todos relataram que a reinfecção na base da positividade do teste RT-PCR, se não muito raro, pode ser persistência da primeira infecção”.

O infectologista ressalta que os médicos ainda estão entendendo melhor o curso da doença, principalmente quando o paciente tem uma pneumonia severa. “Essa doença tem três fases distintas, com a primeira viral e assintomática, e outras duas mais graves, que é a da pneumonia e da inflamação, que podem levar ao óbito. Na fase da inflamação não há mais replicação viral, e sim um processo inflamatório severo com aumento das citocinas humanas, que leva o paciente à falência de múltiplos órgãos, e a mortalidade pode chegar a 70-90%, dependendo do caso e dos fatores de riscos. Portanto, precisamos entender melhor como bloquear essa resposta de citocinas com anticorpos monoclonais e drogas que reduzam a viremia na fase inicial”.

 

Tomografia do tórax

O pneumologista Jorge Pereira, chefe da divisão médica do Hospital Universitário Edgard Santos, alerta para a baixa especificidade do exame da tomografia computadorizada do tórax de alta resolução (TCAR) no manejo da Covid-19, embora seja um exame de alta sensibilidade e de grande auxílio com a doença. “O método visual de avaliação quantitativa, usado corriqueiramente em nosso meio, que procura estimar a extensão do comprometimento pulmonar e da gravidade da doença, tem demonstrado amplas variações intra e interindividuais, além de não guardar estreita correlação com a gravidade da doença”.

O pneumologista ressalta que o exame não deve ser realizado isoladamente para definir a indicação de internação hospitalar, porém deve ser realizado em todos os pacientes com indicação de internação, baseado em outros parâmetros, e também para avaliar eventuais complicações. “Mostra-se útil diante da suspeita da ocorrência de fenômenos vasculares, na triagem para a realização de angio-TC, ou de tomografia de dupla energia”.

De acordo com Dr. Jorge, existe comprovação científica de que a replicação viral se reduz drasticamente em, aproximadamente, duas semanas do início dos sintomas da doença. Diante disso, a possibilidade de esse indivíduo representar um risco de transmitir a doença fica muito reduzida.

Por outro lado, um estudo realizado nos EUA, e que envolveu dezenas de indivíduos que permaneceram internados com a Covid-19, e se tornaram assintomáticos com alta hospitalar através do teste RT-PCR-negativo, e permaneceram em ambiente controlado a fim de se evitarem novas exposições ao vírus, demonstrou, por testes seriados ambulatoriais ao longo de vários meses, que alguns indivíduos permanecem com o teste positivo nesse período. A discussão é se esses vírus estariam ainda viáveis e capazes de transmitir a infecção. “Há um consenso em torno da probabilidade de o teste identificar fragmentos do vírus sem que representem um risco real de propagação, já que não representaria a forma viável do vírus”, esclarece o pneumologista.

 

Vacina e o comportamento do vírus

Dr. Roberto Badaró destaca que, mesmo após uma vacina eficaz, ainda não será possível afirmar o comportamento do vírus. Segundo ele, pode acontecer o mesmo que ocorre com o Influenza, “que varia a sua hemaglutinina e neuraminidase, por isso tem vacinas todos os anos contra H1N1, e depois H2N3, e assim sucessivamente”.  O infectologista alerta que o coronavírus tem várias espécies diferentes e ainda não se sabe as mutações que podem ocorrer. “Dependendo da imunidade que será adquirida com a vacina pode ser que haja uma necessidade de vacinação de tempos em tempos”, enfatiza.

 

Fonte: https://revistaabm.com.br/blog/covid-e-os-sintomas-que-perduram-estudos-buscam-entender-melhor

Mãe, benção de Deus em minha vida!


Mãe, Dona Graça, quando eu nasci Deus me deu dois presentes, o dom da vida e o de ser seu filho. Hoje é o oitavo dia das mães que não terei sua presença física, apesar de saber que seu espírito estará presente em todos os dias de minha vida.

 

Tenho a plena consciência que em todos os 365 dias dos anos de sua vida como mãe, a Senhora sempre foi querida, valorizada e amada não só por mim, mas por todos seus filhos: Antônio, Aparecida, Bernadete e Lourdes.

 

Às vezes a saudade é tão grande que dá vontade de entrar na fotografia, nem que seja por um instante, só para poder te abraçar e beijar como antes.

 

Mãe, a Senhora foi uma benção de Deus em minha vida, como é grande o meu amor por você, para sempre te amarei! Saudades eternas...

 

Seu filho, José, pois era assim que a Senhora me chamava.

sábado, 8 de maio de 2021

Estudo aponta que videogame pode ser bom para a saúde mental


Jogos como Animal Crossing e Plants vs Zombies podem trazer benefícios aos usuários durante o isolamento social

 

Uma das grandes preocupações a respeito dos videogames é o seu impacto na saúde física e mental dos jogadores. No entanto, um novo estudo da Universidade de Oxford, na Inglaterra, sugere que jogos como "Plants vs Zombies" e "Animal Crossing" podem trazer, na verdade, benefícios para o psicológico de seus adeptos.

 

De acordo com os autores do estudo, parte dos resultados positivos desse achado se deve ao potencial dos jogos de serem alternativas ao convívio social durante a pandemia do novo coronavírus, satisfazendo, de alguma forma, a falta sentida pelos usuários de se encontrarem com amigos e familiares.

 

Benefícios dos jogos x Vício em games

O estudo pode ser visto como um contraponto a pesquisas anteriores que condenavam a exposição das pessoas aos jogos, principalmente entre o público juvenil. As conclusões de ambos os lados, contudo, não se anulam e podem ser vistas como complementares.

 

Isso porque o vício em games, que é um problema e traz prejuízos aos adeptos, não tem uma causa única específica, sendo provocado por um conjunto de múltiplos fatores, que aumentam as chances do indivíduo desenvolver o distúrbio. Assim, a exposição frequente aos games não basta para que se apresente o quadro.

 

Entre os impactos positivos estudados até então sobre os videogames, foram identificados os seguintes aspectos desenvolvidos pelos jogadores: mais raciocínio lógico, mais atenção, mais agilidade, mais coordenação e maior tolerância a frustrações.

 

Coisas para fazer na quarentena

Jogar videogames não é a única atividade que pode ajudar na manutenção da saúde e da estabilidade emocional do indivíduo durante o período de isolamento social. O envolvimento com a música, por exemplo, pode trazer uma série de benefícios para a saúde mental.

 

Uma pesquisa encomendada pela plataforma de streaming Spotify, em meio à quarentena, revelou que 89% dos adultos se sentem mais felizes e relaxados ao tocarem um instrumento musical. Além de oferecer maior satisfação pessoal, a prática também se mostrou eficaz para diminuir o estresse e promover o sentimento de paz.

 

Outras opções de tarefas indicadas por especialistas envolvem ainda a prática de exercícios físicos, alongamento e meditação, como forma de relaxar e ocupar o tempo enquanto a pandemia não acaba. Além disso, manter contato com alguém conhecido por telefone, videochamada ou mensagem também é importante, assim como procurar seguir uma dieta saudável e realizar atividades que sejam do seu interesse.

 

Fonte: https://www.minhavida.com.br/bem-estar/noticias/37021-estudo-aponta-que-videogame-pode-ser-bom-para-a-saude-mental?utm_source=news_mv&utm_medium=BE&utm_campaign=9079095 - Escrito por Clovis Filho - Redação Minha Vida

sexta-feira, 7 de maio de 2021

10 possíveis sequelas da COVID-19


Além das complicações causadas durante a infecção, o novo coronavírus pode gerar danos permanentes ao organismo; confira

 

Desde o início da pandemia do novo coronavírus a quantidade de possíveis sintomas causados pela doença aumentou consideravelmente. Com o passar do tempo e o alto investimento em estudos, novos dados sobre o patogênico começaram a surgir.

 

Entretanto, não é apenas durante o período de contaminação que a COVID-19 pode manifestar reações no organismo. Cientistas e especialistas da área médica do mundo todo seguem investigando um fenômeno preocupante: possíveis efeitos do coronavírus em pacientes curados.

 

Entenda o que vem sendo pesquisado sobre o tema:

 

Sequelas da COVID-19

 

1. Complicações cardíacas

Um estudo feito em junho de 2020 por pesquisadores alemães analisou 100 pacientes com idade média de 49 anos, recém-recuperados da COVID-19. Os resultados dos exames de ressonância magnética do coração revelaram anormalidades no órgão de 78 pacientes. Além disso, do total de participantes, 60% apresentaram miocardite, uma inflamação do músculo do coração que não estava relacionada a qualquer condição preexistente.

Essa sequela segue sendo observada quase um ano depois da descoberta. Segundo Daniela Abdel Rahman, médica infectologista do Hospital Albert Sabin, houve um grande aumento no número de pacientes jovens, sem nenhuma doença cardíaca prévia, que desenvolveram miocardiopatia pelo vírus e ficaram sequelados.

O fato dessa condição surgir em pacientes previamente saudáveis se tornou motivo de alerta para os profissionais de saúde. Ainda segundo a médica, não há um perfil de paciente específico que possa ser afetado pelas consequências da SARS-CoV-2.

"O vírus pode acometer sim o músculo cardíaco, causando sequelas em qualquer pessoa, inclusive jovens. Claro que, para pacientes idosos, não é que o risco é maior, mas é que caso haja uma complicação cardíaca, essa complicação pode ser maior. Mas o risco de desenvolver não", conta.

 

2. Redução da capacidade pulmonar

Por se alocar diretamente no pulmão, as complicações que o coronavírus pode causar ao órgão também são alvo de pesquisas científicas desde o início da pandemia. Em março de 2020, autoridades do Hospital Princess Margaret, em Hong Kong, relataram que pacientes internados com a doença apresentaram redução de 20% a 30% da função pulmonar.

Esse dano continua sendo observado até hoje. Gustavo Sales, médico intensivista e cardiologista do Hospital Albert Sabin, conta que grande parte dos pacientes que apresentam sequelas graves no pulmão são tabagistas.

"Há muitos pacientes com sequelas pulmonares pós-COVID. O paciente fica com o que chamamos de bolhas no pulmão e, na maioria das vezes, são fumantes de longa data. São pacientes novos com essa lesão pela COVID que, em curto prazo, pode não acarretar em nada, mas no futuro irá gerar um comprometimento pulmonar que pode causar a perda de suas funções pela idade e desgaste", explica.

Além disso, a infectologista Daniela Rahman conta que pessoas que possuem DPOC (Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica) por tabagismo podem ter uma evolução pior do quadro de saúde, assim como pacientes com outras doenças pulmonares estruturais.

 

3. Função cognitiva

Entre os danos provocados na função cognitiva estão a perda de concentração, memória e desorientação. Segundo o cardiologista Gustavo Sales, esses fatores ocorrem por alterações no sistema nervoso central. "O paciente que teve a infecção pela COVID evolui o quadro com perda de memória, chamado leigamente de apagão, com lapsos em que ele desliga e liga novamente".

Daniela Rahman explica que essas sequelas nas funções cognitivas podem ocorrer mesmo em pacientes sem nenhum problema de saúde prévio, que acabam apresentando algum déficit de memória logo após a COVID. Entretanto, esse quadro tem apresentado, na grande maioria das vezes, recuperação posterior.

 

4. AVC e trombose

A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais alertou sobre os riscos de trombose envolvendo pacientes infectados pelo coronavírus. Isso acontece quando o patogênico provoca anormalidades na coagulação sanguínea. Entretanto, o mecanismo que causa a formação desses coágulos ainda não é conhecido.

Segundo Gustavo Sales, o que já é de conhecimento médico é que um fator de risco pode causar fenômenos trombóticos: a obesidade. Quando o vírus gera a formação de coágulos que entopem os vasos, tanto arteriais quanto venosos, as complicações decorrentes disso são: AVC, infarto, tromboembolismo pulmonar e trombose inferior.

 

5. Ansiedade

Uma pesquisa em andamento desde de setembro do ano passado feita pela Universidade Federal de Minas Gerais em parceria com hospitais, como o Hospital das Clínicas (HC), vem observando o aumento de complicações envolvendo a saúde mental em pacientes curados da COVID-19.

Segundo os pesquisadores, o distúrbio de ansiedade pode ser consequência do período de internação e isolamento durante a infecção. Outro fator relatado pelos participantes do estudo é o medo de se contaminar novamente, assim como o receio de transmitir a doença para outras pessoas.

 

6. Perda de cabelo

O número de relatos sobre a queda de cabelo aumentou consideravelmente durante a pandemia. Além dos fatores psicológicos que podem justificar esse quadro, como o estresse e a ansiedade gerados pela quarentena, a perda dos fios também pode ser consequência das alterações do organismo após a infecção pelo vírus.

"O corpo responde à infecção por SARS-CoV-2 criando um estado pró-inflamatório que leva a danos nos tecidos e outras sequelas por conta da liberação das citocinas pró-inflamatórias. Esse quadro pode retroalimentar a inflamação, o que significa manter a inflamação por um período maior", explica a dermatologista Joana D'arc Diniz.

 

7. Parosmia

A alteração no olfato, também chamada de parosmia, é um dos sintomas mais conhecidos da COVID-19. Entretanto, esse problema pode durar até mesmo após a recuperação da doença. Profissionais de saúde acreditam que o vírus afeta o nervo olfatório, causando uma irritação temporária ou até permanente. Assim, ocorre uma desconexão entre os receptores dos cheiros e o cérebro.

Enquanto alguns pacientes sentem dificuldade ao sentir cheiros, outros acabam sofrendo alterações na percepção de odores. Há relatos de pessoas que passaram a sentir o aroma de acetona em alimentos e bebidas, por exemplo. Entretanto, o número de dados sobre a complicação ainda é pequeno, fazendo com que as causas e o tempo de cura para o problema ainda sejam desconhecidos.

 

8. Inflamação no fígado

Apesar de existirem poucas evidências sobre o tópico, alguns profissionais de saúde apontaram que o surgimento de lesões no fígado, como a inflamação do órgão, também pode ser consequência da COVID-19.

"Temos observado elevações muito transitórias das enzimas hepáticas que, normalmente, têm voltado ao normal. Portanto, sequelas hepáticas não são tão comuns", explica a infectologista Daniela Rahman.

 

9. Diabetes

Um estudo publicado na revista científica Diabetes, Obesity and Metabolism em novembro de 2020, revelou que a infecção pelo coronavírus pode causar uma alteração drástica na taxa de glicemia.

De 3.711 pacientes analisados, 14,4% foram diagnosticados com diabetes após se curarem da COVID-19. Apesar da possibilidade de alguns dos participantes já terem a doença antes se contaminarem com o vírus, os cientistas acreditam que o patogênico possui a capacidade de provocar alterações nas células sanguíneas, fazendo com que pessoas de diferentes perfis possam desenvolver diabetes.

 

10. Epididimite

Um estudo feito pela Faculdade de Medicina da USP (FMUSP) analisou a inflamação no epidídimo, canal localizado nos testículos, como uma possível consequência da infecção por coronavírus.

Os participantes da pesquisa tinham entre 18 e 55 anos, todos hospitalizados com COVID-19. Os dados relataram que, de 26 pacientes com casos leves e moderados da doença, 42.3% apresentaram quadros de epididimite.

Os pesquisadores acreditam que essa condição ocorreu por um mecanismo utilizado pela SARS-CoV-2 para invadir as células dos testículos. Entre as consequências dessa inflamação, estão alterações no sêmen e nos parâmetros seminais, o que pode causar dores intensas na região e inchaço do saco escrotal. Porém, até o momento, ainda não há outras pesquisas sobre o tema.

Fonte: https://www.minhavida.com.br/saude/materias/37533-10-possiveis-sequelas-da-covid-19?utm_source=news_mv&utm_medium=MS&utm_campaign=9071816 - Escrito por Paula Santos

17 dicas da ciência para um sexo melhor


Durante o ato sexual, o fluxo sanguíneo e a frequência cardíaca aumentam significativamente causando uma contração no corpo seguido de profundo relaxamento — esse é o orgasmo. Parece simples, mas um estudo recente da escola Prazerela mostrou que apenas 36% das mulheres conseguem ter um orgasmo durante o sexo.

 

Com exceção de alguns casos de condições físicas ou hormonais, a dificuldade de chegar ao clímax está associada a fatores emocionais diversos.

 

O tempo médio para atingir o orgasmo, quando todas as condições são favoráveis, é de mais ou menos 8 minutos, mas há quem demore de 10 a 20 minutos. As sensações podem durar de  6 a 10 segundos porém, segundo a ginecologista e especialista em sexologia Tatielle Teixeira Lemos, do Órion Complex, algumas mulheres podem gozar por até 20 segundos. “O segredo é se entregar e não ficar pensando muito”.

 

Ela também explica que não há receita para o prazer e o melhor caminho é o autoconhecimento. Mas há alguns “métodos” comprovados pela ciência que são mais eficazes.

 

Confira:

 

1. Faça sexo de manhã

Boa desculpa para acordar cedo e uma ajuda e tanto para passar o resto do dia bem-disposto: transar de manhã libera o dobro de oxitocina (conhecida como hormônio do amor) do que em outro momento do dia, como já foi demonstrado em estudos.

 

2. Mergulhe nos textos eróticos

Muito além de 50 Tons de Cinza, a literatura está repleta de obras ótimas para apimentar o sexo. A Casa dos Budas Ditosos, de João Ubaldo Ribeiro, conta as histórias de uma mulher de 68 anos que passa a limpo a sua vida sexual. O clássico O Amante de Lady Chatterley, de D. H. Lawrence, narra as aventuras sexuais de uma mulher casada e foi polêmico nos anos 1920, mas até hoje é referência no gênero. Do mesmo período, Trópico de Câncer, de Henry Miller, foi censurado em vários países – mais um motivo para ler, não?

 

3. Explore seu telefone

Com smartphones que acumulam cada vez mais funções e aplicativos criados para praticamente todos os fins, seria um desperdício não aproveitar a tecnologia para dar um up no sexo. O Dirty Truth or Dare (para iPhone e Android) é uma espécie de jogo da verdade para brincar a dois; o Sex Dice (para iPhone e Android) traz um dado virtual que sugere posições diferentes e ótimas para fazer você chegar lá; e o LovePalz (para iPhone, Android, e Windows Phone) facilita o sexo à distância quando você está longe.

 

4. Pense naquilo

Sabe quando você está de dieta e só de imaginar um doce já começa a salivar? Com sexo é a mesma coisa. Pensar no assunto no trabalho, na rua ou no banho estimula o desejo e faz com que a experiência fique ainda melhor quando for concretizá-la.

 

5. Escute a música certa

Uma trilha sonora é capaz de esquentar ou esfriar sua noite romântica. No tom certo, cria o clima, ajuda a relaxar e faz o sexo durar. Monte playlists sexy com faixas pensadas para antes, durante e depois de transar. Faltam ideias? Experimente Norah Jones, Cat Power, Ella Fitzgerald, Marvin Gaye…

 

6. Valorize a rapidinha

Você está cheia de tesão, mas atrasada para uma reunião? Não deixe o prazer para depois. É verdade que preliminares extensas são uma delícia, mas aquela transa que não dá nem tempo de tirar toda a roupa também tem seu valor.

 

7. Aprenda a fazer um striptease de verdade

Depois de escolher uma trilha sonora sexy, comece dançando e sempre olhando nos olhos do seu parceiro, mas sem tocá-lo. Tire as peças devagar (escolha aquelas fáceis, sem muitos fechos ou botões!), intercalando com mexidas no cabelo e na nuca. Vale rebolar com sensualidade e até usar uma cadeira à la Britney Spears no clipe de Stronger. Por último, deixe que ele tire sua calcinha. Para quem gostou da ideia, é possível achar cursos de striptease em várias cidades do país.

 

8. Esqueça a celulite

A única pessoa que se preocupa com as pequenas imperfeições do seu corpo na cama é você. Segundo o especialista Ian Kerner, autor do livro Os Segredos do Orgasmo Feminino, na hora do sexo os homens estão tão intoxicados pela mistura de hormônios e prazer que jamais vão reparar em estrias, furinhos no bumbum ou barriguinha saliente.

 

9. Não se distraia

Mesmo sendo divertido e um jeito de relaxar, sexo pede concentração. Com o celular tocando e a cabeça no que você tem que resolver amanhã, fica fácil perder o foco e difícil chegar aonde você quer. Crie um clima e pense só em vocês, na conversa, na comida, na música…

 

10. Livre-se dos tabus

Coloque em prática o clichê de que tudo pode entre quatro paredes e realize suas fantasias mais picantes, preocupada apenas com seu prazer e o do seu parceiro.

 

11. Seja carinhosa fora da cama

Com o passar do tempo, muitos casais acabam deixando de lado gestos de afeto no dia a dia, mas que são fundamentais para manter o vínculo romântico. Fazem sexo, mas esquecem o beijo apaixonado do começo do namoro. Tome a iniciativa e demonstre carinho sem precisar de motivo especial – pode ser o começo de uma noite bem quente.

 

12. Veja uma sessão sexy de cinema…

Filmes eróticos são ótimos para assistir a sós e a dois. Em 9 1/2 Semanas de Amor, Mickey Rourke e Kim Basinger passam o filme realizando suas fantasias sexuais. Em Pecado Original, Angelina Jolie e Antonio Banderas protagonizam cenas para lá de quentes.

 

13. …mas esqueça os clichês pornôs

Nesse tipo de filme, todo mundo chega ao orgasmo em dois tempos e é só olhar para o ator sem roupa que a atriz sobe pelas paredes. Pode ser uma sessão bacana para esquentar o clima a dois, mas não se prenda às atuações performáticas, posições acrobáticas e aos gemidos sonoros.

 

14. Conheça seu corpo

Sabe aquela história de que é preciso amar a si mesma para ser amada por alguém? Isso inclui o seu corpo. Gostando dele e sabendo de que precisa para sentir prazer, fica mais fácil comunicar ao parceiro e terem mais prazer na cama. Se masturbar é o melhor jeito de chegar lá, sem vergonha. Quer mais um motivo? Você queima até 50 calorias por “sessão” de masturbação.

 

15. Faça amor com humor

Além de boa rima, é uma combinação perfeita. Se algo saiu do roteiro no sexo – um dos dois caiu da cama, fez um barulho estranho, teve cãibra –, o bom é levar na esportiva sem perder o ritmo. No fim, vocês criam intimidade e ganham um motivo para rirem juntos.

 

16. Não banque a atriz

Tudo bem que, assim como todo homem já brochou uma vez na vida, toda mulher já fingiu o orgasmo algum dia. Mas não é por isso que está liberada para repetir a mentira toda vez que estiver cansada, a fim de terminar a transa ou de agradar o parceiro. Quem sai perdendo é a intimidade de vocês. Achando que você gozou, seu parceiro pensa que está acertando para fazê-la feliz e você fica sempre a ver navios.

 

17. Vá às compras (online)

Foi-se o tempo em que sex shops eram lojinhas com atmosfera proibida, que vendiam objetos de gosto duvidoso. Hoje, há apetrechos sexuais tão bonitos que dá até vontade de deixar à mostra em casa. As lojas virtuais e butiques eróticas especializadas no público feminino também tornaram muito mais discreta e divertida a experiência de comprar brinquedinhos – seja para usar a sós ou acompanhada.

 

Fonte: https://emagrecimento.wiy.com.br/17-dicas-da-ciencias-para-um-sexo-melhor/ - Por Como Emagrecer - Thinkstock/Getty Images

quinta-feira, 6 de maio de 2021

Alimentação fitness para ganhar massa muscular: veja as dicas


Aumentar a massa muscular pode ser um desafio se não for feito da forma correta. Dietas muito restritivas ou hiperfocadas em algum macronutriente podem trazer desequilíbrios nutricionais e metabólicos, por isso o mais importante é sempre manter uma dieta saudável e variada, além, é claro de praticar atividade física e priorizar um sono de qualidade. “Alimentação adequada, atividade física e uma boa noite de sono são as variáveis essenciais que favorecem a síntese proteica”, explica a nutricionista Isadora Cardim, especialista em nutrição esportiva e clínica.

 

Com relação à alimentação, a nutricionista destaca que o cardápio deve ser composto por alimentos variados que forneçam carboidratos, proteínas, gorduras, vitaminas e minerais em quantidades suficientes para promover o ganho de massa muscular.  “Uma das principais estratégias para otimizar o treino e ganho de massa muscular é garantir o consumo de calorias em quantidades suficientes para compensar o gasto de energia”, explica.

 

 Treino - o que comer antes e depois

As refeições pré e pós-treino são importantes para fornecer energia e potencializar a recuperação, favorecendo o ganho de massa muscular.

Se o espaço entre a refeição e o treino for curto, de 30 a 60 min: priorize refeições menores, com alimentos ricos em carboidrato e de fácil digestão, como fruta com aveia e/ou granola, torrada com geleia, frutas secas e panqueca de banana.

Se o espaço for mais longo, de 2 a 3 horas: pode optar por refeições maiores e mais completas, compostas por alimentos ricos em carboidratos, como batata-doce, aipim, inhame, arroz, macarrão, acompanhados de alimentos ricos em proteínas (carnes, peixes, ovo),  vegetais e legumes.

Alimentação pós-treino: é o momento de recuperação muscular. Assim, é importante consumir boas fontes proteicas, como carnes brancas (peixe e frango), ovos, leguminosas, ou se necessário, um whey protein, associadas a alimentos fontes de carboidrato.

 

Alimentos que ajudam a ganhar massa muscular

De acordo com a nutricionista, não existem alimentos isolados que promovam o ganho de massa muscular. Todos os alimentos fornecem nutrientes, alguns em quantidades maiores do que outros, e são as combinações entre eles que irão ajudar na hipertrofia muscular. Para alcançar esse objetivo, é preciso consumir alimentos de todos os grupos, e quanto mais variados, melhor.

 

Ela dá algumas dicas:

Alimentos que fornecem bom teor de proteínas: carnes, peixes, ovos, frango, queijo, leite, iogurte. Para os vegetarianos e veganos, a ingestão de proteína deve ser através de feijão, ervilha, grão de bico, lentilha, soja.

Alimentos naturalmente ricos em carboidratos: arroz, macarrão, batata, aipim, inhame, pão, tapioca e frutas.

Alimentos que possuem bom teor de “gordura boa”: azeite de oliva extravirgem, abacate, e oleaginosas (castanhas, nozes, amêndoas).

As principais fontes de vitaminas e minerais: frutas, verduras e folhosos.


 

Dica de cardápios

A nutricionista alerta que a individualidade metabólica de cada um, assim como a composição corporal, rotina e preferências alimentares, são variáveis que devem ser respeitadas no momento da elaboração da dieta, por isso é importante sempre buscar orientação de um nutricionista. 

 

Mas aqui tem algumas dicas:

Café da manhã: cuscuz + ovo mexido + mamão com aveia + café com leite

Almoço: arroz + feijão + filé de frango + salada cozida de batata, cenoura e brócolis

Jantar: omelete com queijo + salada crua + suco de uva integral

Veja as principais recomendações:

 

Não se deve montar uma dieta por conta própria, seja para emagrecer ou para hipertrofiar. “É o nutricionista quem deve avaliar quais as necessidades do organismo e, assim, decidir qual a melhor estratégia nutricional”, alerta Isadora. De acordo com ela, manter uma dieta deficiente em calorias pode afetar a recuperação dos músculos, o desempenho físico, e as adaptações metabólicas necessárias para que ocorra a hipertrofia muscular.

Para quem tem o objetivo de ganhar massa magra é importante avaliar também a composição corporal, a rotina, a frequência, a intensidade e duração dos exercícios físicos. Por  isso, é importante procurar ajuda de um nutricionista, uma vez que cada indivíduo é único, e para elaborar um cardápio se deve levar em consideração as particularidades de cada um.

O consumo de proteínas é essencial na recuperação e hipertrofia, pois servem como substrato para a síntese muscular, além de estarem presentes na produção de energia para a realização de trabalho muscular. Quantidade insuficiente de proteína pode impactar em uma recuperação lenta, lesões e perda de massa muscular. Em contrapartida, o consumo desenfreado não vai promover maior síntese proteica, e pode gerar um consumo insuficiente de carboidratos e gorduras, o que vai prejudicar o treinamento e a hipertrofia muscular.

As gorduras também devem fazer parte da dieta que visa o ganho de massa muscular. Esses nutrientes são fontes energéticas, principalmente em exercícios prolongados, além de contribuírem para a absorção de algumas vitaminas (D, E, K, A) e para a síntese de hormônios importantes para a hipertrofia, como a testosterona.

Não restringir os carboidratos: o consumo adequado desse nutriente é importante para garantir os estoques iniciais de glicogênio muscular e assim fornecer energia durante a realização do treinamento. “Os carboidratos auxiliam também na manutenção dos níveis de glicose sanguínea durante o exercício e na reposição das reservas de glicogênio na fase de recuperação muscular”, orienta a nutricionista.

Ela explica que as reações que fazem parte do nosso metabolismo são reguladas por vitaminas e/ou minerais. Portanto, o consumo desses nutrientes, além de auxiliar as respostas metabólicas para a hipertrofia, ajuda na imunidade e na proteção das células contra o estresse oxidativo provocado naturalmente pelo treino físico.

Em indivíduos magros, que apresentam baixo percentual de gordura corporal, a alimentação pode ser mais hipercalórica, com maior teor de carboidrato, gordura, e utilizando alimentos e preparações que apresentam alta densidade energética.

 

 O papel das gorduras

As gorduras mono e poli-insaturadas são fundamentais para quem quer ganhar massa muscular:

 

• São fontes energéticas e importantes para manutenção do balanço energético positivo

• Possuem maior densidade calórica, e isso favorece o ganho de massa muscular

• Agem na absorção das vitaminas A, D, E e K, que são lipossolúveis, ou seja, precisam de gordura para serem absorvidas e aproveitadas pelo organismo

• Atuam na síntese e regulação de hormônios, como testosterona e os hormônios sexuais femininos

 

Monoinsaturada - é encontrada no azeite de oliva, abacate e oleaginosas. Ajuda na redução do colesterol LDL e aumenta o HDL, tornando-a um fator de proteção cardiovascular.

Poli-insaturada - é encontrada no salmão, sardinha e óleo de linhaça. É rica em ômega 3 e 6, e também tem papel protetor na saúde cardiovascular, além de ação anti-inflamatória. É encontrada no salmão, sardinha e óleo de linhaça.

 

As gorduras que devem ser evitadas: 

As gorduras saturadas e trans, em excesso, podem aumentar o risco de doenças cardiovasculares. E a gordura trans, além de não oferecer nenhum benefício para a saúde, promove aumento do colesterol “ruim”, do tipo LDL-c, se o consumo for frequente, elevando os riscos de doença cardiovasculares. É encontrada em comidas prontas para consumo como biscoitos, salgadinhos e sorvetes.

 

Atividade física e o sono são importantes



A prática de exercício físico, principalmente os de força, é fundamental para estimular os músculos adequadamente de forma a promover alterações estruturais e funcionais que levarão ao ganho de massa muscular. O treinamento ocasiona um aumento do gasto energético e das necessidades calóricas, de forma que o melhor desempenho e hipertrofia dependem também da alimentação.

A recuperação após exercícios é otimizada quando a ingestão é adequada e equilibrada de todos os nutrientes (carboidratos, gorduras, proteínas, minerais e vitaminas). A alimentação fornece combustível para execução dos exercícios, além de oferecer elementos essenciais para a síntese de novos tecidos, como o muscular, e o reparo das células existentes.

O sono também é importante para o ganho de massa muscular. Durante esse período, alguns hormônios que estão ligados ao anabolismo, que é a parte do metabolismo voltada para a síntese de moléculas, são liberados. “Se houver distúrbio do sono, hormônios importantes serão afetados, podendo levar até a perda de massa muscular e redução do rendimento esportivo”, alerta a nutricionista.

 

Fonte: https://revistaabm.com.br/blog/alimentacao-fitness-para-ganhar-massa-muscular-veja-as-dicas

quarta-feira, 5 de maio de 2021

Dor de cabeça constante? Entenda os tipos, os sinais e a gravidade


As dores de cabeça (cefaleias é o termo médico) são as queixas mais comuns na vida diária das pessoas e nos consultórios dos clínicos gerais, e não devem ser minimizadas se forem constantes ou recorrentes, mesmo as consideradas mais comuns. Representam 3% dos pacientes que procuram atendimento de emergência, e 50% dos pacientes que procuram o consultório de neurologistas. A enxaqueca, por exemplo, atinge cerca de 324 milhões de pessoas em todo o mundo, de acordo com o Organização Mundial da Saúde (OMS).

 

As cefaleias primárias são as que apresentam maior frequência e menor gravidade. As mais comuns são: enxaqueca; a cefaleia tipo tensional; e a cefaleia em salvas (dor de cabeça intensa, que surge em crises, e que acontece apenas em um lado).

 

Esses tipos de cefaleias geralmente são sem causa demonstrada pelo histórico do paciente, nem nos exame físico, clínicos ou laboratoriais usuais. O diagnóstico é feito com base nas queixas, sem necessidade de exames de imagem ou de laboratório.

 

Porém, conforme explica o neurocirurgião Marcio Brandão, vice-presidente da Fundação de Neurologia e Neurocirurgia da Bahia, alguns sinais de alerta podem ser identificados pelo médico, que vai solicitar testes específicos ou orientar o encaminhamento para atendimento de emergência hospitalar. “Se um paciente tem um histórico de dores de cabeça recorrentes ou frequentes, um plano médico de tratamento agudo e profilático precisa ser estabelecido”, orienta o especialista.

 

De acordo com ele, os sintomas associados à enxaqueca, por exemplo, costumam ser diagnosticados erroneamente, por pacientes e médicos, como consequência de sinusites. Mas, segundo ele, a maioria das dores de cabeça caracterizadas como "dores de cabeça dos seios da face" são enxaquecas.

 

Cefaleias secundárias podem ser graves

 

Já as cefaleias chamadas secundárias apresentam alguns sinais de gravidade. São as provocadas por doenças ou causas demonstráveis pela história, pelo exame físico ou exames clínicos e laboratoriais. Nestes casos, a dor pode ser consequência de uma agressão ao organismo, de ordem geral ou neurológica, podendo estar associada à:

• Infecções sistêmicas

• Traumatismos

• Intoxicações

• Acidentes Vasculares Cerebrais (AVC)

• Meningites

• Encefalites

• Lesões expansivas do SNC (Sistema Nervoso Central)

 

Os sinais de alerta:

 

Qualquer dor de cabeça com gravidade máxima logo no início, tipo "a pior dor de cabeça que já tive”, o que pode significar a presença de uma ruptura de aneurisma cerebral, trombose venosa (pode ser comum após ter Covid), ou pelo uso de anticoncepcionais, e também em casos de meningite, ou como consequência de uma crise de hipertensão. A primeira investigação a ser feita é uma tomografia computadorizada da cabeça sem contraste;

 

Dor de cabeça progressiva que piora com o tempo (meses) pode significar tumores, hidrocefalia, hematomas pós-traumáticos, dentre outras causas.  Nestes casos, o recomendado é realizar exames de imagem (tomografia computadorizada ou ressonância magnética);

 

Dor de cabeça após os 50 anos, de um tipo diferente das anteriores. Um novo transtorno de dor de cabeça pode indicar a suspeita de possíveis causas que são mais comuns nessa faixa etária, como tumores, inflamações, infecções, hemorragias, AVC, dentre outros;

 

Dor de cabeça persistente precipitada por esforço físico ou ao fazer força para tossir ou espirrar, ou ainda que surgiu durante o ato sexual;

 

Presença de outros sintomas com a dor de cabeça, como febre, hipertensão arterial, dores musculares, perda de peso ou sensibilidade no couro cabeludo, sugerindo uma doença sistêmica;

 

Presença de sinais neurológicos. Por exemplo: rigidez de nuca, confusão mental, sonolência, alterações ou comprometimento da memória, alterações visuais, desvios ou fraquezas nas extremidades, ou distúrbios da marcha.

 

Analgésico e automedicação

 

De acordo com o neurocirurgião, o excesso no consumo de analgésicos é relativamente comum, mas pode levar a uma “dependência” que o cérebro passa a apresentar pelo uso frequente de medicações que não foram prescritas. Por isso, ele alerta que qualquer pessoa que apresente um quadro de cefaleia constante, frequente, recorrente, ou com sinais de alerta de gravidade, deve buscar atendimento especializado com um médico neurologista. “Imputar essas queixas a possível necessidade de trocar de óculos, ou de ser portador de “sinusite crônica”, pode postergar um diagnóstico com o consequente aumento da gravidade, ou aumentando o risco da automedicação, que pode levar ao quadro de cefaleia por excesso de analgésicos”, explica o especialista.

 

Ele alerta que o uso de anti-inflamatório para tratamento agudo de dor de cabeça por mais de nove dias por mês, ou o uso de aspirina por mais de 15 dias, está associado a um risco aumentado de levar a uma cefaleia diária crônica (diária e continua).

 

 Tratamento

 

O tratamento agudo tem o objetivo de encurtar as dores de cabeça individuais, enquanto a profilaxia pode reduzir a frequência e, possivelmente, a gravidade do distúrbio. Após a avaliação do tipo de cefaleia, o médico vai solicitar exames e testes e indicar um tratamento especializado ambulatorial ou hospitalar.

 

Além do uso de medicamentos, o tratamento pode incluir orientações para mudança nos hábitos e estilo de vida. “A intenção é melhorar a qualidade de vida. A maioria dos pacientes se beneficia com a redução do estresse, horários regulares de alimentação, sono saudável, e exercício aeróbico”, orienta Dr. Marcio.

 

Fonte: https://revistaabm.com.br/blog/dor-de-cabeca-constante-entenda-os-tipos-os-sinais-e-a-gravidade

terça-feira, 4 de maio de 2021

Isolamento social e atividade física: veja como se manter ativo


De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS) o comportamento sedentário e os baixos níveis de atividade física podem ter efeitos negativos na saúde, no bem-estar e na qualidade de vida. Por isso, a orientação da OMS para esse momento de isolamento em virtude da pandemia do novo coronavirus, é que todos façam exercícios em casa.

 

Educador físico com 19 anos de experiência, Marcus Figueirêdo, diretor da academia Life 360 – Fitness, Cross e Personal, orienta que diversos tipos de exercícios podem ser realizados em casa, como os funcionais, musculação adaptada, exercícios de mobilidade e alongamento, dança, yoga, e vários outros, mas desde que prescritos e acompanhados por um profissional de educação física.

 

“A importância da atividade física não é mais novidade, pois temos visto diariamente estudos comprovando como a prática de exercícios é eficiente para a nossa saúde. Mas vale ressaltar que todo e qualquer exercício precisa de acompanhamento profissional, respeitando as individualidades biológicas, objetivos e restrição física”. Nesse momento, com as academias fechadas, Marcus e sua equipe também mudaram suas rotinas, mas continuam acompanhando seus alunos através de aulas online.

 

Usando o que tem em casa


 Embora não tenhamos os equipamentos de academia, isso não impede as atividades. Segundo Marcus, a base para o treinamento em casa são os exercícios funcionais a partir dos nossos movimentos naturais como correr, puxar, agachar, pular e empurrar. E assim, é possível improvisar com os utensílios domésticos.

Para a musculação, por exemplo, a carga pode ser adaptada com mantimentos, cabo de vassoura, toalhas, vasilhames, garrafas pets, entre outros. “Em um treino funcional, muitos dos exercícios são realizados com apenas o peso do próprio corpo somado ao equilíbrio”, explica o educador.

 

Não ao sedentarismo

Preocupada com o sedentarismo nesse momento de pandemia, e os efeitos negativos tanto na saúde física quanto mental, a OMS criou um manual com treinos que podem ser realizados sem precisar sair de casa. E, além disso, sugere algumas dicas para permanecer ativo e reduzir o comportamento sedentário:


Se mantenha ativo durante o dia.  Dançar, brincar com crianças e realizar tarefas domésticas, como limpeza e jardinagem, são alternativas para se manter ativo em casa.

Siga aulas de exercícios online. Muitos são gratuitos e podem ser encontrados no YouTube. Se você não tem experiência em executar esses exercícios, procure um educador físico 

Ande.  Se você receber uma ligação, fique em pé ou ande pela casa enquanto fala, em vez de se sentar. Se você decidir sair para caminhar ou se exercitar, mantenha uma distância de pelo menos 1 metro das outras pessoas.

Levante-se. Reduza seu tempo sedentário e se levante sempre que possível. O ideal é interromper o tempo sentado e reclinado a cada 30 minutos. Considere montar uma mesa para continuar trabalhando em pé. Durante o lazer priorize atividades cognitivamente estimulantes, como leitura, jogos de tabuleiro e quebra-cabeças.

Relaxe. Meditação e respirações profundas podem ajudá-lo a manter a calma.

 

 A OMS também recomenda

• Manter uma alimentação saudável

• Manter-se hidratado

• Beber água em vez de bebidas açucaradas

• Adultos devem limitar, ou evitar, bebidas alcoólicas

• Jovens, mulheres grávidas e lactantes não devem consumir bebida alcoólica

• Abuse das frutas e vegetais e limite a ingestão de sal, açúcar e gordura

• Prefira grãos integrais ao invés de alimentos refinados

 

Para não ficar parado

O educador físico Marcus Figueirêdo tem vídeos da Life360 no Youtube com acesso gratuito. Aproveite:

 

• Dicas de acessórios feitos com utensílios domésticos

• Aula abdominal para fortalecer o core (músculos profundos da região abdominal, lombar e pélvica)

• Musculação adaptada para iniciante - Membros Superiores

• Musculação adaptada para iniciante - Membros Inferiores

• Zumba e Cross

 

Exercícios de alongamento, relaxamento e flexibilidade


O educador físico Habibi Nascimento, com mais de 18 anos de experiência em hidroterapia, hidroginástica e reabilitação, costuma dar aulas na piscina. Mas como o momento atual não permite essa rotina agora, ele mantém seus alunos ativos em exercícios de solo, com alongamento, relaxamento e flexibilidade, disponiveis eu seu canal no YouTube.

Ele destaca que estes exercícios são muito indicados para quem está home office. "Fazer atividade física é muito importante. E nesse momento, em que muita gente está trabalhando em casa, muitas vezes passando horas diante do computador, é importante fazer alongamento e relaxamento", alerta o educador.

 

Fonte: https://revistaabm.com.br/blog/isolamento-social-e-atividade-fisica-veja-como-se-manter-ativo