terça-feira, 8 de janeiro de 2019

Dor no peito: tipos, causas e como proceder em cada caso


Sentir dor no peito é sempre um motivo de preocupação. A dor pode ter diversas origens, mas por estar perto do coração, assusta quem a sente.

É importante se preocupar ao sentir dor no peito, já que doenças cardiovasculares são as que mais matam no mundo. Mas para não precisar correr para o hospital sem necessidade, saiba identificar o que pode significar cada tipo de dor.

Dor no peito: o que ela pode significar?
”A dor no peito pode ter várias causas”, afirma a cardiologista Eliane Guimarães. Além da mais temida dor cardíaca, a dor na região pode ser apenas uma dor muscular, ou até mesmo a irradiação de algum problema abdominal, elenca a médica.
Ao se deparar com uma dor no peito, os médicos consideram vários fatores para definir qual a origem do problema. Antes mesmo de exames, leva-se em consideração a idade e histórico do paciente, além das características momentâneas. Vamos saber mais sobre o tipo de cada dor:

Dor no centro do peito, em aperto
“A dor cardíaca é bem no meio do peito, atrás do esterno, uma dor em aperto”, explica a cardiologista sobre o tipo de dor no peito mais temida. As dores cardíacas podem irradiar para outras partes do corpo, além de serem frequentemente acompanhadas por suor, náuseas e vômito, de acordo com Eliane. Entre as doenças que podem ser sinalizadas por esse tipo, estão:
Infarto: “é a morte do tecido do coração que não foi nutrido pela artéria”, conta Eliane. Geralmente a causa é um bloqueio – chamado de lesão – na artéria, que não deixa o sangue passar.
Pericardite: “é a inflamação da capa que envolve o coração, o pericárdio”, define a cardiologista. Essa doença pode ser causada por diversos fatores e a dor é muito intensa, podendo ser confundida com a do infarto.
Arritmia: é o nome para a condição do descompasso das batidas do coração. Eliane explica que em alguns casos de arritmia, o coração pode não receber sangue o suficiente.
Dor no lado esquerdo do peito
Diferentemente do que muitos pensam, a dor cardíaca não tem origem do lado esquerdo do peito. A cardiologista explica que essa dor é o efeito irradiação, sintoma comum da dor cardíaca: “pode gerar irradiação para o lado esquerdo, braço esquerdo, mandíbula e costas”.

De risco, essa dor pode caracterizar aneurisma de aorta, que consiste no alargamento da aorta, artéria mais importante do corpo humano. “O sangue passa por entre as camadas da artéria, dilatando a artéria”, explica Eliane, que ainda esclarece que a dor proveniente do aneurisma de aorta pode irradiar bastante e é parecida com a dor cardíaca. Também trata-se de um quadro grave.

Dor no lado direito do peito
De acordo com a cardiologista, a dor no lado direito do peito não tem uma causa preestabelecida. Para ajudar a entendê-la é preciso levar em consideração as outras características da dor: se é em queimação, se apenas dói com movimento, por exemplo, para se enquadrarem em outros tipos.

Dor no peito e queimação
“Dor atrás do esterno, em queimação, que vem do estômago até a região da garganta”, descreve Eliane. A dor com queimação é característica de problemas relacionados ao sistema digestivo, especialmente no esôfago, que passa pela região torácica.
Outra característica dessa dor, explica a especialista, é estar relacionada com a alimentação: “Você pode senti-la depois de ingerir algum alimento específico”.
Ela pode sinalizar a esofagite. Trata-se da inflamação do esôfago, e acontece em pessoas que sofrem de refluxo. “O esôfago não está preparado para receber o suco gástrico, que é ácido, então quando esse volta, por meio do refluxo, causa inflamação do tecido, gerando a sensação de queimação”, conta Eliane.

Dor no peito ao respirar
Se você sente dor no peito ao respirar, acompanhada de falta de ar, provavelmente a causa é pulmonar, afirma a cardiologista. Atenção aos riscos:

Pneumonia: trata-se de infecção em um ou nos dois pulmões.
Embolia pulmonar: acontece quando um vaso do pulmão é entupido.
Dor no peito ao se movimentar
A dor no peito que surge apenas ao se movimentar pode ser de origem muscular. “Geralmente ao respirar fundo, este tipo de dor piora”, relata a médica, que descreve a dor como pontadas localizadas.

Para diagnosticar esse tipo de dor – que não tem perigo, se passageira – a cardiologista aconselha lembrar se fez algum esforço físico exagerado, como malhar ou carregar peso, nos dias anteriores à dor.

Dor nas mamas
A dor nas mamas é mais característica das mulheres e pode ser originária de mais de um fator. Se você não se lembra de ter batido a região que está dolorida, a orientação é procurar um ginecologista para investigar se não há riscos das doenças abaixo:
Mastite: a infecção do tecido mamário. Essa dor pode vir acompanhada de inchaço e região mais quente do que o restante do corpo.
Tumor: tumores nas mamas podem causar dores, por isso a especialista recomenda o autoexame e a consulta com o ginecologista.
Por indicar doenças que podem ser graves, pode surgir uma dúvida de como proceder nesses casos.

O que fazer?
A pergunta que surge na cabeça de todos: o que fazer ao sentir uma dor no peito? As informações acima são úteis para que saiba diferenciar os tipos de dores e não confundir uma simples dor muscular depois da academia com a dor causada por infarto.
A primeira orientação de Eliane é: se for uma dor muito forte, dirija-se a um hospital o quanto antes. Caso a dor não seja tão aguda, vale avaliar de acordo com os sintomas e características de dores listados acima.
Caso sinta uma dor cardíaca fraca que, sem motivo, “vai e volta”, marque uma consulta com seu cardiologista para fazer alguns exames.
Se pegou peso ou realizou atividade física nos últimos dias, provavelmente é uma dor muscular. Espere alguns dias, pois deve passar. Caso não passe, recomenda-se procurar um médico.
Se a dor que está sentindo é pulmonar, ou seja, ao respirar e acompanhada de falta de ar, Eliane aconselha marcar uma consulta com um pneumologista.
Caso tenha identificado uma dor característica de esofagite, marque uma consulta com um gastroenterologista para exames e orientações. O importante é: se a dor persistir e vier acompanhada de outros sintomas, não hesite em procurar um especialista.

Prevenção
Felizmente, existem algumas medidas que auxiliam na prevenção de problemas causadores da dor no peito. São elas:

Não fumar ou, ao menos, tentar largar este vício
Manter alimentação saudável
Fazer atividades físicas regularmente
Manter a pressão arterial controlada
Consultar-se com cardiologista ou outros médicos com regularidade
Realizar exames conforme solicitação médica

Fique atento aos sintomas e procure identificar qual é o tipo da sua dor. Não se assuste previamente: dores no peito nem sempre significam infarto. Na dúvida, busque por orientação de quem mais entende do assunto.

Fonte: https://www.dicasdemulher.com.br/dor-no-peito/ - Escrito por Fernanda Maranha - FOTO: ISTOCK

segunda-feira, 7 de janeiro de 2019

Sintomas da menopausa: conheça os principais e saiba como aliviá-los


A menopausa é uma fase que traz dúvidas e inseguranças, já que carrega consigo sintomas que variam de organismo para organismo. Segundo a ginecologista e cosmetoginecologista Renata Guidoni, “a menopausa é a interrupção permanente da menstruação por mais de um ano, que ocorre devido à falência dos ovários com a diminuição de produção hormonal”. Os sintomas da menopausa já são bastante conhecidos mas ainda causam certo incômodo.

De acordo com a médica, a menopausa passa por dois estágios. O primeiro caracterizado como pré-menopausa (período de 3 a 5 anos que antecedem o término da menstruação) e o segundo sendo a menopausa em si, quando há a ausência definitiva da menstruação por mais de um ano. Algumas mulheres ainda podem sofrer de menopausa precoce, que é a ausência da menstruação antes dos 40 anos. Confira abaixo a lista de sintomas da menopausa:

Sintomas da menopausa
Fogachos: calores noturnos principalmente no rosto com sensação de queimação.
Sudorese: excesso de suor principalmente no rosto e nos membros superiores.
Dores: dor de cabeça frequente, nas articulações, no trato urinário e na vagina.
Insônia: dificuldade para dormir.
Secura vaginal: dificuldade de lubrificação que pode provocar dor durante as relações sexuais.
Incontinência urinária leve: perda involuntária da urina.
Alterações de humor: sintomas de ansiedade, nervosismo, exaustão mental, irritabilidade e, em alguns casos, depressão.
Peso: possível ganho ou perda de peso.
Menstruação: menstruação ausente, irregular ou anormal.
Pele: alterações na pele, que pode ficar seca ou com textura diferente da normal.
Tenho todos os sintomas: o que fazer?

Depois de identificados os primeiros sintomas, você pode seguir algumas recomendações. Tenha sempre em mente que isso faz parte do ciclo natural da mulher e que não há motivo para pânico.

Antes de mais nada, procure um médico especialista
Se você tiver entre 40 e 50 anos e notar alguns sintomas da menopausa, o primeiro passo a ser dado é buscar orientação médica para seguir o tratamento adequado.

Quais os principais tratamentos e formas de aliviar os sintomas?
Terapia de reposição hormonal, medicamentos que aliviam as ondas de calor, medicamentos fitoterápicos, alimentação equilibrada e prática de atividades físicas.

Existem tratamentos alternativos?
“Laser vaginal e radiofrequência vaginal são tratamentos não hormonais que podem auxiliar no alívio de alguns sintomas geniturinários, como atrofia vaginal e ardência vaginal, urgência urinária e dor durante as relações sexuais”, explica Guidoni.

A menopausa traz alterações para o corpo e metabolismo da mulher?
“Sim. É possível que a menopausa provoque mudanças no depósito de gordura do corpo da mulher, aumente os riscos de osteoporose, provoque alterações vasculares e acentue os sintomas depressivos nas mulheres que já tinham tendência à depressão”, finaliza a médica.

A menopausa é uma fase inevitável na vida de qualquer mulher e, claro, o processo de mudanças no corpo é algo que precisamos cuidar com carinho e atenção. Por mais que os sintomas sejam desagradáveis, a medicina moderna traz diversos tratamentos que contribuem para o alívio dos sintomas e para a estabilização dos níveis hormonais. Por isso, buscar orientação adequada e zelar pela própria saúde com hábitos saudáveis sãos os principais caminhos para conquistar a qualidade de vida.

Fonte: https://www.dicasdemulher.com.br/sintomas-da-menopausa/ - Escrito por Andrea Sakugawa   

domingo, 6 de janeiro de 2019

Férias com saúde: saiba quais são os hábitos mais importantes para manter nessa época do ano


É verão, e é normal entrarmos em ritmo de férias (mesmo que não literalmente). A gente desacelera um pouco, acaba parando de se cobrar tanto e dá mais escapadas na dieta. Normal, né, quem nunca?

O mais importante nesses períodos é não chutar o balde muito longe! Pode, sim, relaxar um pouco mais, aproveitar outros programas, mas vale a pena também não sair taaanto da linha assim… com a manutenção de pequenos hábitos, nós garantimos que o “estrago” não seja tão grande e, o melhor, que o retorno ao plano original seja mais rápido e fácil.

Veja seis dicas importantes para seguir e ter férias com saúde:

1) Beba líquido ao longo do dia
Essa é uma das primeiras coisas que a gente esquece de fazer: beber água! Saiu da rotina e pronto, já compromete a hidratação do corpo todo. Chás gelados, águas aromatizadas, suchás (mistura de sucos e chás) estão valendo também. Só não vale refrigerante, bebidas alcoólicas e sucos integrais (eles trazem muito açúcar, nada de fibras e muitas calorias). Mantenha sempre uma garrafinha por perto!

2) Exagerou na comilança num dia? Opte por um cardápio mais leve no outro
Não fique sem comer nada para “compensar” o excesso de calorias. Isso é uma estratégia altamente ineficaz. Além de gerar ainda mais estresse no organismo, pode provocar períodos de compulsão alimentar, o que vai desequilibrar tudo novamente. Lembre-se que muitos alimentos podem ajudar na “desintoxicação” do organismo. Aposte em saladas, smoothies, muitos vegetais (crus e cozidos), comida de verdade (arroz, feijão, frutas). Fuja dos alimentos gordurosos (por exemplo queijos, molhos brancos), produtos muito industrializados, que são cheios de sódio e aditivos alimentares, frituras e carnes muito pesadas.

3) Evite ficar petiscando o tempo todo
Faça a maior parte das suas refeições de forma equilibrada, porque assim, mesmo quando você “sair da dieta”, ainda estará nutrindo seu corpo no restante do tempo, e com isso, diminui a gula por alimentos de baixo valor nutricional.

4) Tenha boas noites de sono
Mesmo que de férias, é importante descansar bem. Caso contrário, ao voltar para o trabalho, você estará mais cansada do que quando saiu de férias! Além disso, comer pouco dá mais fome e dá mais preguiça, duas coisas que, juntas, são os maiores gatilhos para atrapalhar a manutenção de bons hábitos de saúde.

5) Mantenha o #30tododia
Por indicação do Colégio Americano de Medicina Esportiva, é importante para a saúde a manutenção da prática de atividade física diária por 30 minutos, podendo essa ser de moderada intensidade. Sei que na praia ninguém quer se “enfiar” em academia, ou nem tem uma disponível, mas não se preocupe, nesse contexto estamos buscando apenas a redução de danos. Se estiver na praia, aquela caminhada na beira do mar por, pelo menos, trinta minutos, vale muito! Além de garantir o estímulo aeróbico, também garante a conversão de vitamina D, que é tão importante para nosso metabolismo.

6) Programe sua alimentação
Na beira da praia, é muito comum cedermos à tentação de ficar comendo tudo o que aparece. E não é por mal, passamos longos períodos na areia, e o tempo todo aparece algum ambulante vendendo alguma coisa para comer. É milho na espiga, picolé, casquinha doce, queijo coalho, pastel, castanha de caju, peixinho frito… e por aí vai. Não quero que você se prive de tudo, mas planeje seus dias! Leve alguns lanchinhos saudáveis para a beira da praia (e acabe economizando também) ou escolha um dos lanches por dia: coma milho e água de coco num dia, coma picolé e queijo coalho no outro, depois castanha de caju e casquinha doce, e por aí vai. Dessa forma, você não passa vontade, mas mantém um certo “equilíbrio”.

E bora aproveitar a época mais alegre do ano!


sábado, 5 de janeiro de 2019

8 dicas para dormir bem e aumentar a produtividade durante o dia


Está com dificuldade para ter uma boa noite de sono? Veja abaixo alguns hábitos que podem ajudar a driblar a insônia

Dar ao corpo as horas de descanso necessárias é essencial para manter a saúde física e mental. Além de restabelecer diversas funções químicas do organismo e até evitar doenças, o sono é responsável por nos manter focados, com a memória funcionando e de bom humor.

Porém, com a rotina cada vez mais intensa que vivemos, nem sempre é fácil alcançar um repouso de qualidade. Para driblar alguns dos problemas mais comuns que afetam o sono, conversamos com especialistas e listamos abaixo 8 dicas que vão te ajudar a dormir melhor. Confira!

1.Descubra o seu ritmo
Analisar como o seu organismo funciona nos diferentes momentos do dia faz toda a diferença na hora de regular o sono, explica Andrea Bacelar, neurologista e presidente da Associação Brasileira do Sono. “Saber se o seu cronotipo é matutino ou vespertino ajuda a estabelecer qual é a melhor hora para dormir e acordar. Quem tem um rendimento melhor à noite, pode optar por dormir mais tarde e, também, acordar mais tarde. O mesmo serve para quem é mais ativo pela manhã e começa a se sentir cansado cedo”, explica a médica.  


2.Crie uma rotina do sono
Tenha regularidade no horário de deitar e levantar. O corpo funciona como um ciclo e, quando criamos uma rotina, ele entende que deve segui-la. Por isso, se você exercitar o seu organismo para dormir às 23h, por exemplo, ele compreenderá que essa é a sua hora de ir para a cama e se preparará para isso.

3.Desconecte-se
O celular e o computador também podem atrapalhar uma boa noite de descanso. A luz azul emitida por esse tipo de aparelho interfere na secreção do hormônio melatonina, que ajuda o corpo a pegar no sono. O indicado é parar de utilizá-los, pelo menos, uma hora antes de dormir.

4.A insônia bateu? Não fique rolando na cama
Ficar virando de um lado para o outro na cama, torcendo para dormir, só faz com que a ansiedade aumente e o sono fique mais distante. “Nesse caso, levantar e fazer alguma atividade para dispersar o cérebro pode ajudar. Deixar o ambiente com uma luz baixa e ler um livro, por exemplo, é uma boa alternativa”, explica Andrea.

5.Pratique exercícios físicos
A prática de exercícios é essencial para a saúde e traz inúmeros benefícios. Além de aumentar o fluxo sanguíneo, ativar o metabolismo e produzir hormônios necessários, movimentar o corpo também ajuda a diminuir o estresse e ansiedade, que são vilões de noites bem dormidas por dificultarem o relaxamento do organismo e da mente.

6.Evite alimentos pesados à noite
“Não é indicado comer em grande quantidade ou ingerir alimentos pesados antes de dormir, pois o organismo não está preparado para fazer uma digestão complexa nesse momento. O ideal é se alimentar, no máximo, até três ou quatro horas antes de deitar para evitar desconforto e até casos mais graves, como refluxo”, aconselha o nutricionista Carlos Canavez Basualdo, da clínica Mais Excelência Médica, de São Paulo, SP.

7.Esvazie a mente
“Desacelerar também é uma atitude que pode ajudar. Antes de dormir, anote as preocupações e comece a esvaziar e mente. Isso aliviará o funcionamento excessivo do cérebro e vai contribuir para o descanso”, explica Andrea Bacelar.

8.Fique confortável
Sentir-se bem ajuda a relaxar o corpo e a mente, o que facilita a chegada do organismo ao estado de repouso. “Para ficar confortável, vá desligando aos poucos. Tome um banho, coloque uma roupa confortável e beba um chá de camomila ou erva doce, que são alimentos indutores do sono”, diz Carlos.


sexta-feira, 4 de janeiro de 2019

Você vai ficar impressionado ao descobrir por onde a gordura sai do seu corpo


O cientistas australiano Ruben Meerman, mais conhecido como O Cientista Surfista, foi surfar em uma praia de Fiji em 2012. Ele se divertiu bastante, tirou muitas fotos, e em uma delas notou que sua barriga estava muito maior do que ele gostaria. “Então eu fiz o que eles mandam, e comi menos e me mexi mais, e em apenas três meses descobri que perdi 6kg”, conta ele em uma palestra do TEDxQUT.

Mas para onde foi a massa que ele perdeu? Todo mundo aprendeu nas aulas de química que “nada se cria, nada se perde, tudo se transforma”. Mas a gordura se transformou em o que, exatamente, e em qual proporção?

Vira energia?

Fórmula química da gordura humana
Para saber se só ele tinha essa dúvida, ele saiu às ruas para perguntar para pessoas comuns o que elas acham que acontece com a gordura quando ela perde peso. A maioria falou que ela vira energia ou calor. A matéria, porém, não pode se transformar em energia. Ela até pode liberar energia durante a sua reação, mas matéria continua sendo matéria depois da reação.

Para acabar com este mistério, ele começou “do começo”: relembrou como as plantas geram os açúcares que são ingeridos por nós – ou pelos animais que nós comemos – e transformados em gordura. A fotossíntese é um processo que utiliza o dióxido de carbono e água para obter glicose através da energia solar. 12H2O + 6CO2 → 6O2 + 6H2O + C6H12O6. Ou seja: água + dióxido de carbono → oxigênio + água + glicose. Esse processo acontece com absorção de energia da luz solar.

Desde os anos 1960, químicos sabem que a fórmula química da gordura humana é C55H104O6. Mas como a gordura é metabolizada? A reação é a seguinte: C55H104O + O2 → 55CO2 + 55H2O. Ou seja: gordura + oxigênio → dióxido de carbono + água. Esse processo acontece com liberação de energia usada para o aquecimento e para a movimentação (ou crescimento) do corpo

Então conseguimos concluir que a gordura reage com o oxigênio da nossa respiração e vira dióxido de carbono e água. O dióxido de carbono é liberado em nossa respiração sem a gente nem perceber, e a água é excretada pelas fezes, urina, lágrima ou suor. Então basta você respirar para perder gordura? Sim.

Oxigênio e dióxido de carbono

Bexiga com O2 líquido e CO2 sólido
Como não conseguimos ver o oxigênio ou o dióxido de carbono, tendemos a pensar que eles não têm massa. Mas eles têm sim. Quando uma bexiga com ar humano é congelada com nitrogênio líquido, o oxigênio fica líquido e o dióxido de carbono fica sólido. Quando o cientista faz este experimento simples, fica mais fácil lembrar que esses gases têm massa.

Mas a questão é que quando estamos parados, respiramos muito menos, então este processo é muito demorado. Quando nos movemos, respiramos mais e o processo é mais rápido.

A respiração é a chave
“Mas e se eu ficar parado e respirar bem rápido?”, é a primeira pergunta que todos fazem para Meerman. “Você vai hiperventilar”, responde ele. Na hiperventilação, a ventilação pulmonar é maior do que a necessária para a eliminação de CO2 dissolvido no sangue. Com a diminuição do teor de dióxido de carbono, a hiperventilação aumenta o pH sanguíneo, o que causa sensação de flutuação, tontura, desmaios, dores no peito, taquicardia, visão borrada e náusea. Nada agradável.
A segunda pergunta que ele mais ouve é “perder peso acelera o aquecimento global?”. A resposta é “não!”. Esse CO2 liberado pela respiração já existia no sistema. O que causa o aquecimento global é a liberação de gases do efeito estufa pela queima repentina de combustíveis fósseis e outros acúmulos antigos de CO2.

Pequenos truques para emagrecer e manter a perda de peso, por um professor de Harvard
Proporção das moléculas
E qual é, exatamente, a proporção entre dióxido de carbono e água liberados no processo de quebra da gordura humana? Segundo cálculos do cientista, a cada 10kg de gordura perdidos, 8,4kg são CO2 (são expelidos pela expiração) e 1,6kg são H2O (água).

A maior parte da massa perdida quando você emagrece sai pelas suas narinas sem você notar. A menor parte sai nas fezes, urina, suor e lágrimas. [TEDxQUT]