domingo, 8 de fevereiro de 2015

7 alterações físicas que sua mente pode fazer em seu corpo

Não acredita no poder da mente sobre o corpo? É só pensar no efeito placebo. Ou todas as doenças estão na nossa cabeça, ou nossa cabeça é realmente capaz de curar doenças. De qualquer forma, esse é apenas um de muitíssimos fenômenos que provam que a mente é muito mais incrível que o corpo.

7. Se sua mente acreditar que você não está cansado, é como se você não estivesse cansado
Pesquisadores do Colorado College (EUA) mediram as ondas cerebrais de participantes enquanto eles dormiam. Também disseram aos participantes que a quantidade de tempo que eles gastavam em sono REM tinham um efeito enorme sobre seu descanso na manhã seguinte (o que não é verdade).
Em seguida, eles separaram aleatoriamente os participantes em grupos. Um grupo soube que tinha passado muito tempo no sono REM. O segundo grupo soube que teve uma má noite de sono, pois não passou muito tempo em REM (o que também não era verdade).
Devido ao efeito placebo, seria normal se as pessoas informadas de que não descansaram à noite começassem a bocejar imediatamente, independente da verdade. Mas o que realmente aconteceu foi mais surpreendente. Ambos os grupos fizeram testes cognitivos e os pesquisadores descobriram que, de alguma forma, o primeiro grupo teve um desempenho significativamente melhor. Só porque eles pensaram que tiveram um sono de qualidade, seus cérebros realmente começaram a trabalhar melhor.
Ou seja, não reclame de cansaço nas manhãs mais duras de trabalho. Tudo indica que você se sairá melhor se acreditar fielmente que dormiu bem.

6. Efeito placebo funciona até com animais
O ponto do efeito placebo parece ser a expectativa dos indivíduos – supor que o remédio vai funcionar é o que faz com que ele funcione.
Se o seu cão fica doente, você tem que enganá-lo para tomar remédio, geralmente escondendo-o em meio à comida. Por isso, pode-se presumir que a expectativa do cão é somente de comer algo incrível. Como poderia uma pílula de placebo funcionar para ele, se o bichinho nem sabe que está tomando uma?
A resposta é condicionamento. Aparentemente, a expectativa não precisa ser consciente. Um estudo feito com cães que apresentaram sinais de ansiedade de separação começou dando aos animais doses regulares de um medicamento real, o que foi eficaz. Quando os pesquisadores trocaram a medicação por um placebo, o tratamento continuou funcionando. Evidentemente, os pequenos cérebros dos cachorros ainda estavam fazendo uma espécie de conexão pavloviana entre o tratamento e o resultado, mesmo que os próprios cães não estivessem conscientes sequer de que estavam se tratando.

5. Pensamento positivo pode melhorar a sua visão
Muitos medicamentos placebo podem funcionar em condições um pouco nebulosas, por exemplo, um suplemento para reduzir a dor articular pode parecer eficaz simplesmente porque é difícil quantificar a dor. Mas como o efeito placebo poderia funcionar com coisas que são fáceis de quantificar, como a precisão da sua visão?
Quem tem uma visão normal provavelmente consegue ler os primeiros dois terços de um teste de visão (aqueles quadros com letras usados pelos oftalmologistas) muito bem.
Pesquisadores de Harvard resolveram criar novos testes de visão com letras ainda menores do que o usual e, em seguida, realizaram os testes em participantes que não sabiam disso. Como as pessoas esperavam ter dificuldade somente com o último terço do quadro, acabaram lendo corretamente as letras que eram muito pequenas até para uma pessoa com visão normal.
Os cientistas também descobriram que apenas inverter a ordem das letras no quadro, colocando as menores no topo e as maiores embaixo, teve um resultado semelhante, com mais pessoas sendo capazes de lê-las corretamente por causa da expectativa que já tinham de que o topo do quadro seria mais fácil de ler.
Mesmo o entorno das pessoas pode desempenhar um papel na precisão de sua visão. Em outro experimento, cadetes que associavam pilotos de caça com boa visão tiveram um desempenho substancialmente melhor em testes de visão quando estavam fingindo ser um em um simulador. Somente agir como alguém com boa visão foi o suficiente para enganar o cérebro dos cadetes a realmente ter boa visão.

4. Você pode enganar seu corpo a ficar em forma
Se você está tentando perder peso, sabe a importância de comer direito. Mas você tem um inimigo: um hormônio chamado grelina, que afeta sua fome e quão rápido seu metabolismo queima calorias. Quanto mais tempo você fica sem comer, mais os níveis de grelina aumentam, de forma que você fica com fome e seu metabolismo fica mais lento. Um combo Big Mac faz com que os níveis de grelina diminuam bastante rapidamente, mas uma maçã não. Então, uma das razões pelas quais pessoas obesas quase sempre ganham de volta o peso que perderam é que seus níveis de grelina nunca se ajustam.
Em um estudo, quando participantes beberam um milkshake com alto teor calórico, isso fez com que seus níveis de grelina caíssem mais do que quando receberam um milkshake de baixa caloria. Mas a boa notícia foi que o mesmo ocorreu quando os participantes apenas PENSARAM que tomaram o milkshake altamente calórico. O metabolismo acelerou e a fome foi embora. Do mesmo jeito, os participantes que acharam que estavam consumindo a opção mais saudável tiveram fome mais rápido e seus metabolismos ficaram mais lentos.
Ainda mais estranho foram os resultados de um estudo envolvendo grupos de empregadas de hotéis. Um grupo foi informado de que o seu trabalho no dia-a-dia servia como exercício físico. Só essa informação foi o suficiente para diminuir a pressão arterial, melhorar a gordura corporal e até mesmo ajudar as empregadas desse grupo a perder peso, apesar de nenhuma delas ter feito mais exercício do que o habitual. A única mudança foi mental.

3. Placebo pode funcionar mesmo que você saiba que é placebo
Um estudo que utilizou apenas placebos para tratar pacientes, informando-os do que eram, descobriu que o efeito pode funcionar mesmo que as pessoas saibam exatamente que não estão tomando um remédio real.
Os pesquisadores separaram dois grupos de pacientes com síndrome do intestino irritável e um deles recebeu um frasco de comprimidos nomeado “Placebo”, enquanto o outro não recebeu nada. O grupo do placebo ouviu uma explicação do médico de que aquilo não continha nenhum ingrediente ativo.
No grupo que não recebeu nenhum comprimido, apenas 35% dos pacientes relataram melhora após três semanas. No grupo que tomou conscientemente placebo, 60% relataram melhora.
Os pesquisadores acreditam que uma grande parte dos resultados se deveu ao fato de que os pacientes estavam bem informados sobre o próprio efeito placebo e o quão poderoso ele pode ser. Ou seja, sua crença no efeito placebo se tornou seu placebo.

2. Médicos prescrevem medicação real por seu efeito placebo
Se você ainda não está convencido de que o efeito placebo permeia todos os aspectos de sua vida cotidiana, considere isto: o efeito placebo não é causado apenas por placebos. De fato, alguns pesquisadores acham que ele tem um papel em praticamente todos os tratamentos médicos.
É difícil descobrir exatamente quanto benefício de um medicamento vem do seu efeito placebo, mas um estudo com a medicação para a dor Maxalt determinou que até metade do alívio sentido pelos pacientes foi, na verdade, resultado de suas expectativas e não do próprio medicamento. A eficácia de outros tratamentos, como os com antidepressivos, pode depender em até 80% do efeito placebo.
Os médicos sabem disso, e usam essa informação a seu favor. Um estudo de 2007 feito em Chicago, nos EUA, concluiu que cerca de metade dos médicos prescreviam tratamentos ou medicamentos inúteis na esperança de induzir um efeito placebo no paciente. Se o doente pensa que vai ajudar, o tratamento pode de fato ajudá-lo.
Isso funciona na direção contrária também. Uma pesquisa descobriu que pacientes que tomaram a medicação Finasteride e foram informados de que disfunção sexual era um possível efeito colateral tiveram duas vezes mais probabilidade de sofrer de impotência.
Ou seja, pode ser uma boa ideia pular a lista de possíveis efeitos colaterais dos remédios que você está tomando atualmente.

1. Quando mais caro é alguma coisa, melhor ela funciona
Uma medicação para a dor que custa R$ 50 a caixa é mais provável de ajudá-lo do que uma que custa apenas R$ 10, mesmo se ambos os comprimidos forem idênticos. Isso de acordo com um estudo feito pelo Instituto de Tecnologia de Massachusetts (EUA) que concluiu que, como esperamos mais de coisas caras, nossos cérebros podem transformar essa expectativa em uma profecia autorrealizável.
Caso você esteja se perguntando, não, não funciona só com medicamentos. Um outro estudo descobriu que pessoas que pensaram que beberam uma bebida energética cara se sentiram mais alertas e desempenharam melhor em testes cognitivos do que aqueles que tomaram a mesma bebida, mas ficaram sabendo que ela estava com desconto.
E, enquanto não é nenhuma surpresa que as pessoas dizem preferir um vinho caro a um barato, mesmo que sequer saibam a diferença entre eles, quando pesquisadores mapearam cérebros de participantes de um estudo, verificou-se que os cérebros dos que tomaram o vinho que eles pensaram que era o mais caro de fato estavam “curtindo” mais a bebida. [Cracked]

sábado, 7 de fevereiro de 2015

20 cuidados essenciais ao lavar e armazenar sua roupa íntima

Aprenda como lavar e armazenar corretamente peças como calcinhas, biquínis, sutiãs para evitar problemas de saúde e potencializar a duração desses itens

A maioria das pessoas gosta de cuidar bem das suas roupas, sabe que a forma como elas são lavadas, passadas, colocadas para secar, armazenadas no guarda-roupa, levadas de um lugar para o outro é fundamental para garantir a durabilidade delas. Afinal, ninguém gosta de ver uma peça desbotando ou se desfazendo em pouco tempo de uso, não é mesmo?

Porém, no caso das roupas íntimas os cuidados vão muito além da preocupação com a duração das peças. Não que este ponto não seja importante, mas é fundamente se atentar ao fato de que esse tipo de peça fica em contato direto com regiões do corpo feminino sensíveis a infecções. Por isso, a correta higienização da peça faz toda a diferença quando o assunto é saúde.

O motivo de tanta preocupação é a existência de fungos e bactérias que podem se acumular no tecido de uma calcinha ou um biquíni mal lavado, por exemplo, elevando os riscos principalmente de corrimentos e infecções vaginas.

Rejane Nascimento, especialista em produtos têxteis da rede de lavanderias 5àsec, ressalta que roupas íntimas não são como a maioria das roupas comuns. Exigem uma série de cuidados com a limpeza e também no armazenamento. “Especialistas indicam atenção especial para essas peças, pois a limpeza mal feita pode não retirar todos os resíduos e sujeiras das roupas, ocasionando riscos à saúde como infecções, irritações e alergias”, alerta.

Cuidados ao lavar as roupas íntimas
Abaixo, Rejane cita quais são os cuidados necessários com a higienização de peças como calcinhas, biquínis, maiôs, sutiãs, e também cuecas e sungas.

1. O ideal é que as roupas íntimas sejam lavadas separadamente dos outros tipos de roupas.
2. Roupas íntimas femininas devem ser lavadas separadamente das masculinas.
3. As roupas íntimas devem ser lavadas de preferência com sabão líquido e com ph neutro.
4. É fundamental ter o cuidado de enxaguar bem para a peça não ficar com nenhum resíduo de detergente.
5. Não é indicado usar alvejantes e detergentes muito alcalinos na lavagem dessas peças. Eles estragam as fibras e se não enxaguados corretamente podem causar alergia ou algo parecido já que esse tipo de peça está em contato direto com partes íntimas do corpo humano.
6. Se a peça íntima (calcinha, biquíni, maiô) for lavada durante o banho com sabonete, ela deve ser enxaguada muito bem.
7. É recomendável que, mesmo após a lavagem da peça íntima durante o banho, ela passe também pelo processo de lavagem convencional (com sabão neutro).
8. Nunca se deve pendurar a peça íntima para secar no box. Devido à umidade, as bactérias se proliferam rapidamente e aquela peça fica inadequada para o uso.
9. Após a lavagem a peça deve ser pendurada num local arejado ou ser colocada na secadora.
10. É importante que o processo de secagem seja feito em locais longe do acúmulo de poeira.
11. É fundamental olhar a etiqueta da peça e verificar se o fabricante alerta para algum cuidado específico para aquele tecido, cor, ou modelo.
12. Quem não tem tempo para tomar todos esses cuidados em casa pode levar as peças íntimas a uma lavanderia, que utilizará os produtos ideais para lavá-las.

Cuidados e dicas para armazenar as roupas íntimas
Na sequência, estão os principais cuidados com o armazenamento das roupas íntimas:

13. As peças íntimas devem ser guardadas em uma gaveta separada, longe das roupas comuns, meias, e até mesmo roupas de praia como biquínis, sungas e cangas.
14. Calcinhas e sutiãs devem ser guardados sozinhos em um local arejado, de preferência em sacos de TNT, que garantem boa ventilação às peças. “A palavra íntima já diz tudo. Uma peça que vai está em contato direto com a sua intimidade precisa ser separada de outras peças devido a fungos, poeiras, bactérias etc.”, destaca Rejane.
15. Quando for viajar, é interessante levar as calcinhas em um saco de TNT, por exemplo, separadas de outras peças na mala.
16. Os sutiãs também devem ser guardados com cuidado na mala.
17. Em algumas lojas é possível encontrar os chamados “estojos para sutiãs”. Eles permitem que os sutiãs sejam levados separadamente das demais peças na mala e ainda garantem maior durabilidade às peças (já que não vão amassá-las).
18. Para viajar, é interessante que cada biquíni seja levado na sua sacolinha.
19. É interessante que, após a secagem, as calcinhas sejam passadas com ferro quente, pois a temperatura alta elimina as bactérias que possam ter conseguido sobreviver à lavagem.
20. Sabonetes e perfumadores não devem ser usados nas gavetas onde ficam as roupas íntimas porque podem causar alergias em algumas pessoas.

Cuidados extras com as roupas íntimas
Quando uma pessoa compra uma roupa nova é normal que logo queira usá-la. Mas no caso da roupa íntima isto não é indicado. É fundamental que peças como calcinhas, sutiãs, biquínis etc. sejam lavadas antes do uso, afinal, estavam em outro ambiente anteriormente e possivelmente tiveram em contato com outras pessoas.
Outro ponto que merece muita atenção é o fato de emprestar ou pegar emprestado peças íntimas. Isso não é indicado, para que ninguém corra o risco de contrair infecções e até algumas doenças, como o vírus HPV.
Nem mesmo os sutiãs devem ser compartilhados. Como o próprio nome diz, roupas íntimas são muito pessoais. Cada pessoa deve ter as suas e cuidar delas com toda a atenção. Afinal, esta é mais uma maneira de cuidar da saúde.

Seu filho passou no vestibular. E agora?

A família deve continuar acompanhando a rotina escolar e apoiando o jovem, mesmo durante o Ensino Superior

É durante a faculdade que o jovem precisa ter a família como uma importante referência de valores

Após tanto esforço e expectativa, eis que a lista do SISU (ou a convocação do vestibular) traz a esperada boa notícia: seu filho foi aprovado! Comemoração geral entre familiares e amigos e, para vocês, pais, este é um momento de muito orgulho e de uma sensação de "missão cumprida", certo? 

Sim. Ou melhor, quase. Os pedagogos e psicólogos, na verdade, alertam que a "missão" ainda não terminou. "Os pais devem saber que a passagem do final do Ensino Médio para o início do Ensino Superior não significa o final da adolescência. Muitas famílias fazem deste momento um rompimento e acreditam que, a partir de agora, o jovem tem de lidar com inúmeras situações sem contar tanto com o apoio da família, o que é um erro", explica o psicólogo Adriano Machado Oliveira, professor adjunto da Universidade Federal do Tocantins.

Ao contrário do que possa parecer, é exatamente neste período em que o jovem precisa ter a família como uma importante referência de valores e isso fica ainda mais urgente e necessário diante da realidade atual, na qual a juventude está fragilizada (veja mais sobre este fenômeno no item 5 abaixo).

A mesma opinião tem Anita Adas, coordenadora pedagógica do Ético Sistema de Ensino da Editora Saraiva, para quem a família deve se posicionar como uma verdadeira parceira do jovem. "Claro que há uma diminuição no ‘controle’ que os pais têm sobre este jovem e seu dia a dia, mas isso não quer dizer que ele não precise mais de orientação e supervisão. É preciso estabelecer uma justa medida neste acompanhamento, e cada família tem sua forma de ser, mas o que não pode acontecer são os pais perderem seu papel de autoridade, de alguém experiente com quem este jovem pode contar", diz.

Além de levar à reflexão sobre possíveis comportamentos inadequados, também cabe aos pais continuar a aprovar conquistas. "Basta olharmos para nós mesmos: mesmo adultos, ainda esperamos a aprovação daqueles que amamos. Por isso, é importante continuar a demostrar interesse pelo que ocorre na vida deste jovem e vibrar com suas vitórias, descobrimentos e crescimento pessoal", afirma Anita.

Para entender como apoiar, veja as principais mudanças que seu filho irá enfrentar ao ingressar no mundo universitário e dicas de como agir para ajudá-lo a lidar bem com elas.

1. Novo jeito de estudar
As mudanças no jeito universitário de estudar são muitas. Em algumas faculdades, inclusive, o próprio jovem terá de decidir o rumo que quer dar para sua formação, escolhendo entre as chamadas "disciplinas optativas". Até mesmo a tão conhecida "lista de material" praticamente não existe mais: professores apresentam uma relação de obras recomendáveis para acompanhar o curso e, novamente, cabe ao aluno decidir quais delas irá adotar, ler ou pesquisar. Os conteúdos são, evidentemente, mais aprofundados, e apresentados de uma maneira menos ordenada ou cronológica. E o vocabulário dos professores é mais elaborado e repleto de jargões da área do curso.

Como ajudar: apesar destas grandes alterações, a maioria dos jovens consegue se adaptar bem a elas. Caso seu filho se mostre preocupado ou assustado com estas mudanças, mostre que isso é normal e sugira que ele converse com o coordenador do curso, que pode dar dicas importantes e sanar as principais dúvidas. Vale também recomendar a seu filho que ele procure saber o máximo sobre como funciona a instituição na qual está matriculado, entendendo prazos e processos para inscrições nas disciplinas optativas, provas substitutas, como são atribuídas as notas e as formas de recuperação, etc.

2. Deslumbramento pela vida universitária
Uma das características da entrada na faculdade é o jovem finalmente encontrar "sua turma". Afinal, ele estará entre pessoas que escolheram seguir a mesma carreira que ele e que, portanto, têm um grande potencial para gostos e visões de mundo parecidos. Além disso, não há controle de entrada e saída, não se usa uniforme, ou seja, um ambiente mais livre e onde ele pode se expressar totalmente. Tudo isso gera um encantamento que pode ser muito positivo, se traduzido em um alto interesse pelos conteúdos ensinados e pelo aprendizado adquirido. Mas também pode ser prejudicial, caso o jovem não saiba lidar com esta liberdade, indo à faculdade, mas não entrando para assistir as aulas, por exemplo.

Como ajudar: converse com seu filho sobre o dia a dia na faculdade e, caso perceba que ele tem se deixado levado levar muito pelas distrações do ambiente, fale abertamente sobre este comportamento, levando-o a refletir sobre isso.

3. Rotina acadêmica mais pesada e temas mais complexos
Na faculdade, o ritmo do aprendizado é mais acelerado, há um grande aumento na exigência da qualidade dos trabalhos apresentados e o aluno pode sentir dificuldade em acompanhar determinadas disciplinas.

Como ajudar: apoie seu filho e reforce que ele tem capacidade de superar os problemas. "Mostre que as dificuldades são transitórias e que vale a pena insistir. Mesmo que ele não esteja entendendo completamente uma matéria, aos poucos ela fará mais sentido. Caso ele realmente não goste de uma disciplina, lembre a ele que ela é apenas uma parte do curso e não o todo", comenta Anita Adas, coordenadora pedagógica do Ético Sistema de Ensino, da Editora Saraiva. Ela ressalta que a família também tem de contribuir, fazendo com que a rotina da casa se adapte a esta nova realidade, criando um ambiente tranquilo para o jovem estudar e fazer seus trabalhos. "É preciso ter sensibilidade e abrir mão de viagens e passeios em feriados ou finais de semana, caso o filho tenha muito o que estudar ou trabalhos a entregar", diz.

4. Vida social intensa
Festas e muita conversa em barzinhos fazem parte do ambiente universitário, mesmo durante a semana. Há, inclusive, grandes eventos e shows musicais pensados especialmente para atrair os jovens universitários.

Como agir: os especialistas garantem que não adianta proibir seu filho de frequentar festas e bares. Isto só fará surgir conflitos e a tendência é que ele ou simplesmente não obedeça ou passe a mentir. Não há problema, aliás, que ele participe destes encontros, a questão é ficar atento para que isso não atrapalhe a vida escolar. "Caso os pais percebam que isto está se configurando como um problema, gerando faltas, atrasos, o não cumprimento das tarefas solicitadas e atrapalhando o desempenho acadêmico, cabe uma conversa para chamar atenção para isso", defende Anita Adas, coordenadora pedagógica do Ético Sistema de Ensino, da Editora Saraiva. Os pais devem reforçar para o jovem que este tipo de comportamento pode colocar por terra tudo aquilo que ele tanto lutou para conquistar. Afinal, de que adianta ter entrado na tão sonhada faculdade se ele não está aproveitando o que ela oferece em termos de formação?

5. Mais atenção a uma juventude fragilizada
"Ao contrário do que possa parecer, estamos diante de uma juventude fragilizada", alerta o psicólogo Adriano Machado Oliveira, professor adjunto da Universidade Federal do Tocantins. Ele explica que a atual busca por uma educação que não seja autoritária (como foi regra em décadas anteriores), tem criado bons vínculos afetivos entre pais e filhos, mas, ao mesmo tempo, falha ao não demarcar de forma clara o que é correto e o que incorreto, o que é desejável e o que indesejável.

"Muitas vezes os pais acreditam que o filho é quem deve escolher, decidir e fazer suas próprias experiências, mas na verdade a psicanálise defende que é preciso uma demarcação clara de valores para que o sujeito possa, a partir deles, se constituir e então decidir o que ele vai ser", afirma. "Com isso, nesta transição para o Ensino Superior, alguns jovens experimentam este momento de maior autonomia, mas ainda estão ressentidos da falta destes marcos importantes e alguns comportamentos de risco podem ocorrer, neste momento de maior distanciamento da família, como o abuso do álcool. Isto porque no fundo, este jovem está procurando uma referência e esta referência pode ser o líder de um grupo de amigos que leva todos a adotarem comportamentos parecidos", diz Oliveira.

Outro aspecto destacado por Oliveira é o atual contexto social onde ser jovem (e isso envolve corpo e estilo de vida) é o modelo cultural desejável e está totalmente associado à diversão. "Estamos vivendo uma cultura na qual ser jovem é frequentar locais de entretenimento e até mesmo produções cinematográficas, especialmente as americanas, mostram a universidade como um local para se divertir, não como um espaço para o conhecimento", comenta. "O problema não é a diversão existir, mas sim essa monopolização que faz com que todos os aspectos da vida social tenham de ser de diversão". Segundo Oliveira, isto faz com que o jovem tenha dificuldade de assumir seu papel como estudante, que exige leitura, esforço para compreender os conteúdos e toda a dedicação que o Ensino Superior requer para que ele possa se tornar um excelente profissional.

Cabe aos pais, então, serem aqueles que reforçam para os filhos que nem todos os momentos são de diversão e que é preciso adotar estar postura de estudante e de construtor de seu próprio caminho de aprendizado. "Para evitar o desgaste com discussões, os adultos estão abandonando sua função de orientadores, deixando este jovem sem parâmetros e tornando esta juventude frágil, sem saber como agir ou se posicionar. Os pais devem apresentar suas opiniões, levantar questões, cobrar do jovem aquilo que acreditam ser certo. O debate de ideias é fundamental para a construção da personalidade e os pais não podem fugir dessa responsabilidade", sentencia Oliveira.

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

7 benefícios da dança para o corpo e a mente

Especialista explica as principais razões da dança poder ser adotada como atividade física e ser uma ótima pedida até para os mais sedentários

1. Perder peso e tonificar o corpo - Em algumas modalidades é possível gastar até 700kcal/hora e ter um corpo modelado e definido.

2. Ajuda a reduzir o estresse e a ansiedade - Um dos benefícios do exercício é diminuir a tensão e relaxar a musculatura. Além disso, a dança estimula a concentração, acalma e tranquiliza, diminuindo a ansiedade acumulada durante o dia.

3. Melhora a autoestima - Os alunos se sentem mais confiantes com a mudança no corpo e conseguem até mesmo se expressar melhor, pois a dança permite uma liberdade de movimentos desconhecidos até então.

4. Aumenta a capacidade sanguínea e faz bem ao coração - Algumas modalidades de dança aumentam a frequência cardíaca ao equivalente a uma aula aeróbica, por exemplo. Também estimulam a circulação do sangue e melhora a capacidade respiratória.

5. Combate a depressão - A dança tem a capacidade de ligar o corpo, a mente e o espírito. Além do benefício físico traz também paz interior e mexe bastante com o emocional, coloca sentimentos para fora. Alguns alunos acabam até trocando a terapia pela dança.

6. Pode ser praticado por qualquer pessoa em qualquer idade -Hoje existem diversos tipos de danças que podem se enquadrar em qualquer necessidade. Crianças, adultos e idosos, desde que tenham o acompanhamento e instruções de um profissional capacitado, podem praticar até mesmo mais de uma modalidade.

7. Ajuda a fazer novos amigos e socializar - O dia a dia está deixando as pessoas cada vez mais individualistas. A prática de um exercício em grupo ajuda na socialização e a pensar em conjunto, além de ajudar a fazer novas amizades, que são sempre bem vindas. Não tem como negar, a dança faz bem para o corpo, mente e alma.

Helô Gouvêa, sócia e professora do Estúdio Anacã, e também criadora do estilo Walk Dance.

Fonte: http://revistavivasaude.uol.com.br/bem-estar/7-beneficios-da-danca-para-o-corpo-e-a-mente/4183/ - por Clara Ribeiro  - Foto: Shutterstock  

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

Exercício ou alimentação: o que é mais importante para perder peso?

Profissionais explicam se é possível emagrecer optando por só um dos dois fatores e indicam o melhor caminho

Atualmente, muitas pessoas estão buscando emagrecer, não só por uma questão estética, mas principalmente por reconhecerem os riscos que o sobrepeso e a obesidade oferecem à saúde.

Já é do conhecimento de todos também que não existe uma “fórmula mágica” para se emagrecer sem o mínimo de dedicação, sem que certos hábitos (como comer constantemente fast food; ficar horas e horas sentado ou deitado em frente à televisão etc.) sejam mudados.

Porém, é fato, também, que para muita gente associar uma alimentar equilibrada à prática de atividades físicas é uma tarefa considerada difícil. E um dos principais argumentos para não se fazer isso é a falta de tempo: para preparar uma refeição adequada ou para se exercitar, ou ainda, para ambos.

Neste sentido, pode surgir a dúvida: “o que é mais importante para emagrecer? Comer saudavelmente ou se exercitar?”.

Encontrar a resposta para esta pergunta parece ser o caminho ideal para as pessoas que estão com dificuldades em unir esses dois fatores para perder alguns quilinhos.

Como ocorre a redução de peso?
Para entender a importância da alimentação balanceada e da prática de exercícios físicos num processo de emagrecimento, é fundamental entender como ocorre a redução de peso. Uma pessoa perde peso quando consegue realizar um “Balanço Energético Negativo”, ou seja, ingerir menos calorias e/ou aumentar o gasto energético em atividades do dia a dia e na prática de algum exercício físico.

Mas será que é possível conseguir emagrecer, então, optando por só uma das duas: alimentação balanceada ou prática de exercício físico?

Benefícios do exercício para perda de peso
Felipe R. Zumpichiatti, preparador físico da Academia Balance Fitness, Copacabana (Rio de Janeiro), destaca que o exercício físico contribui diretamente no aumento do gasto calórico do indivíduo, além de ser importante para alterações positivas no organismo.

De acordo com o profissional, as atividades mais indicadas para quem quer perder peso são as atividades aeróbicas. “Corridas, caminhadas, ciclismo e elípticos. Estudos recentes mostram que a musculação também é muito importante, pois acarreta em um aumento do metabolismo basal, que nos ajuda a ‘queimar’ calorias mesmo quando não estamos fazendo exercícios”, destaca.

Mas, a pergunta que não quer calar: será que uma pessoa que está se exercitando, mas não está cuidando da alimentação, consegue emagrecer?

Zumpichiatti destaca que a pessoa pode até perder peso, mas isso é algo muito difícil. “Pois a tendência do organismo é de suprir o aumento do gasto calórico com maior ingestão calórica e isso tem que ser reeducado. Claro que existem casos diferentes, porém, na maioria deles, para bons resultados, existe a preocupação com a alimentação”, explica.

Daniela de Almeida, nutricionista funcional e esportiva, criadora da Delivita Congelados, ressalta que, para haver perda de peso, é preciso gerar um déficit calórico. “Mas na maioria das vezes as pessoas consomem mais calorias através da dieta do que gastam com a atividade física e acabam engordando se não tiverem um cuidado especial com a alimentação”, explica.

Benefícios da alimentação saudável para a perda de peso
Daniela destaca que hábitos alimentares saudáveis são fundamentais não só para a perda de peso, mas também para a manutenção do peso, evitando o “efeito sanfona” – muito comum em dietas restritivas que prometem uma grande perda de peso num curto espaço de tempo, onde o indivíduo não faz uma reeducação alimentar.

De acordo com a nutricionista, no cardápio de quem quer emagrecer não deve faltar alimentos que promovem saciedade precoce, como os carboidratos complexos (cereais integrais) e alimentos prebióticos, como alcachofra, aspargos e chicória (que auxiliam na produção de bactérias do bem) e ricos em fibras solúveis (aveia, quinua, chia, linhaça). “A utilização de frutas e vegetais, assim como proteínas magras e gorduras saudáveis, provenientes do azeite, castanhas e abacate, também é indicada para uma perda de peso de forma saudável”, diz.

…hábitos alimentares saudáveis são fundamentais não só para a perda de peso, mas também para a manutenção do peso, evitando o “efeito sanfona”

Daniela explica que uma das causas do ganho de peso é a inflamação no organismo. “O excesso de gordura saturada na alimentação acarreta no aumento do volume das células adiposas que, com a evolução, não conseguem mais estocar os triglicerídeos e liberam a gordura para o fígado e músculo, contribuindo para a redução da sensibilidade à insulina, provocando a obesidade e até o diabetes. Neste caso, utilizamos alimentos que modulam a inflamação, como frutas, verduras, o chá verde, a linhaça, a castanha do Brasil e a cúrcuma, evitando-se aqueles que a causam, como carboidratos refinados e gorduras saturadas”, diz.

Outro problema que dificulta a perda de peso, segundo a nutricionista, é a composição da microbiota intestinal. “Precisamos ter um equilíbrio entre bactérias benéficas e patogênicas para que o intestino execute bem as tarefas de absorção e eliminação e para que suas barreiras estejam íntegras, a fim de evitar inflamação no organismo”, explica.

Mas a pergunta é: só seguir uma alimentação saudável (sem se exercitar) é o suficiente para uma pessoa perder peso?

Daniela destaca que não. “Uma pessoa sedentária pode até perder peso, mas não necessariamente gordura corporal, e, sim, massa muscular. É fundamental a avaliação da composição corporal através do exame de bioimpedância de 8 eletrodos, de alta precisão, para a elaboração de um plano alimentar cujo foco seja a perda de gordura corporal”, explica.

A fórmula ideal: alimentação balanceada e exercícios para perder peso de forma saudável
Não há saída: o único caminho para se perder peso de forma adequada (e se manter no novo peso, evitando o “efeito sanfona”) é unir uma alimentação balanceada com a prática de exercício físico.
Podem até existir exceções, mas, de forma geral, é praticamente impossível perder peso de forma saudável e eficiente só praticando exercícios (sem controlar a alimentação), bem como é muito difícil conseguir resultados realmente satisfatórios somente controlando a alimentação (sem praticar exercícios).

“A alimentação e a prática de exercícios sempre estão relacionadas, não adianta o indivíduo começar a fazer atividade física e não seguir uma reeducação alimentar. Os resultados não vão ser satisfatórios, e naturalmente com o tempo a motivação diminui. É sempre importante relacionar os dois para ter sucesso”, ressalta o preparador físico Felipe Zumpichiatti.

Daniela destaca que a prática da atividade física juntamente com uma dieta personalizada – elaborada por um nutricionista, destinada à perda de gordura e manutenção ou ganho de massa muscular – gera resultados importantes na melhora da composição corporal, evitando o aparecimento da flacidez e de doenças crônicas. “E, ainda, dá muito mais disposição para as tarefas diárias”, acrescenta a nutricionista.

Então, se você deseja emagrecer, já sabe por onde começar: procure a orientação de um nutricionista e também de um educador físico para alcançar os melhores resultados. Mantenha-se focado nos seus objetivos e não tenha pressa de “chegar lá”, só não se permita desanimar!

Fonte: http://www.dicasdemulher.com.br/exercicio-ou-alimentacao-o-que-e-mais-importante-para-perder-peso/ - por Tais Romanelli - Foto: Thinkstock