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domingo, 12 de agosto de 2018

Por que as mulheres se estressam duas vezes mais que os homens?


O estresse é o mal moderno. Vivemos, ou acreditamos que vivemos, em um mundo sitiado por perigos potenciais que esperam que baixemos nossa guarda para atacar. Isso gera um estado de alerta constante que nos deixa tensos e irritados.

No entanto, nem todos reagem da mesma maneira. O estresse nas mulheres se manifesta de forma diferente e é frequentemente mais intenso do que os sintomas de estresse nos homens. Existem diferenças de gênero no modo de experimentar e enfrentar esse estado de ansiedade.

O nível de estresse nas mulheres duplica o estresse nos homens
Psicólogos da Universidade de Cambridge conduziram um estudo no qual descobriram que as mulheres ocidentais são quase duas vezes mais estressadas do que os homens. Esses pesquisadores analisaram 48 estudos anteriores sobre transtornos de ansiedade para identificar quais grupos experimentam mais estresse, levando em conta fatores como sexo, idade, condições médicas e transtornos mentais.
Foi revelado que 4 em cada 100 pessoas sofrem algum grau de ansiedade, do estresse à ansiedade generalizada . No entanto, para cada homem estressado, há 1,9 mulheres que sofrem de um transtorno de ansiedade, e as mulheres com menos de 35 anos são as mais afetadas.
Curiosamente, as mulheres casadas também relatam níveis mais altos de estresse do que as mulheres solteiras: 33% versus 22%, respectivamente. Além disso, as mulheres solteiras têm uma maior percepção de controle sobre suas vidas e sentem que estão fazendo o que é necessário para gerenciar o estresse. Pelo contrário, as mulheres casadas relatam maior afetação devido ao estresse, sofrendo mais episódios de choro, irritação, raiva, fadiga e dores de cabeça.

Os sintomas do estresse nas mulheres
Homens e mulheres reagem de maneira diferente ao estresse, tanto física quanto mentalmente. Eles tentam controlar o estresse seguindo estratégias muito diferentes e também percebem sua capacidade de lidar com problemas, bem como as coisas que estão em seu caminho, de maneiras muito diferentes. Essas diferentes formas de perceber e lidar com contratempos determinam os sintomas de estresse nas mulheres.

1. pensamentos negativos recorrentes. As mulheres tendem a girar as coisas mais, o que significa que elas têm pensamentos intrusivos mais recorrentes, como mostrou um estudo realizado na Universidade do Colorado. Essa tendência a ruminar piora o estresse e aumenta as chances de sofrer de depressão.

2. Tristeza e ansiedade. As mulheres tendem a reagir mais emocionalmente ao estresse. Um estudo da Universidade de Yale descobriu que muitas vezes se sentem mais tristes ou mais ansiosas quando estão tensas e estressadas. Essa inundação emocional muitas vezes os sobrecarrega, gerando uma sensação de falta de controle.

3. Somatização. Um dos sintomas de estresse nas mulheres mais características é a somatização. As mulheres geralmente relatam mais sintomas somáticos relacionados à tensão e ansiedade, como demonstrado por um estudo realizado na Universidade de La Laguna. Na verdade, eles não são meras experiências subjetivas, descobriu-se que as mulheres respondem com um aumento na freqüência cardíaca ao estresse e relatam dores de cabeça mais emocionais .

Por que as mulheres se estressam mais?
As diferenças hormonais são apenas uma variável na equação que exacerba os sintomas de estresse nas mulheres. As diferenças no modo de viver o estresse e lidar com ele desempenham um papel mais importante em seu impacto no bem-estar feminino.

– Sensibilidade a conflitos interpessoais
As mulheres são mais sensíveis aos conflitos e problemas nos relacionamentos interpessoais, porque tendem a conferir maior importância a elas. 84% das mulheres dizem que manter um bom relacionamento familiar é muito importante, comparado a 74% dos homens. Curiosamente, elas também relatam mais estresse quando precisam se conectar com outras pessoas e passar tempo com a família e os amigos.
Portanto, não é de surpreender que uma investigação realizada na Universidade da Califórnia sugira que a maioria dos eventos estressantes que desencadeiam o estresse nas mulheres está relacionada à sua rede social, como problemas no relacionamento do casal, a criação de crianças ou a perda de uma pessoa próxima.

– Significado dos sintomas físicos
Em muitos casos, os sintomas de estresse nas mulheres são intensificados devido à importância que elas dão a eles. Na prática, ao focar mais nelas e conferir-lhes um papel mais protagônico, a percepção de desconforto e insatisfação aumenta, fechando assim um círculo vicioso.
Por exemplo, embora a insônia atinja homens e mulheres, 75% deles relatam que o sono é muito importante, uma opinião compartilhada apenas por 58% dos homens. Isso significa que o impacto psicológico e físico da insônia acabará sendo mais pronunciado nas mulheres. Não podemos esquecer que tudo em que focamos nossa atenção é amplificado.

– Estratégias de enfrentamento do estresse
Há muitas razões para serem enfatizadas, por isso é importante ter boas estratégias de enfrentamento. Se não tivermos boas ferramentas psicológicas para lidar com contratempos e adversidades, o estresse aumentará. Mais uma vez, homens e mulheres muitas vezes se comportam de maneira diferente quando chega a hora de lidar com o estresse.
As mulheres tendem a usar estratégias de enfrentamento mais emocionais e evitativas. Eles também são menos racionais quando avaliam a situação e têm mais dificuldade em praticar o desapego. Não é surpreendente porque um estudo realizado na Universidade da Pensilvânia, na qual mais de 1.000 imagens do cérebro revelaram que o cérebro feminino é melhor “wired” para reter detalhes emocionais, permitindo-lhes para se conectar melhor com os outros, mas também analisados Torna-se uma barreira ao estabelecer uma distância psicológica . Os homens, por outro lado, tendem a inibir emoções e praticar estratégias diretas de enfrentamento.

– Sentimento de falta de controle
Talvez uma das variáveis ​​que mais influenciam a percepção do estresse em mulheres e homens seja o autocontrole. Embora tanto mulheres como homens estressados ​​indiquem que a principal barreira para fazer mudanças positivas em seu estilo de vida que afastam o estresse é a força de vontade, muitas mulheres reconhecem que a falta de autocontrole é o principal obstáculo para lidar com o estresse.
O problema é que quando percebemos que não temos controle sobre a nossa vida, o desamparo aprendido logo aparecerá , o que nos faz perder a confiança em nossas habilidades para superar a adversidade. Sentir que somos uma folha movida pelo vento gera ainda mais estresse.

A melhor estratégia para lidar com o estresse: Contextualizar
É uma maneira de lidar melhor com o estresse do que outra? Tudo depende da situação. Por exemplo, um estilo de enfrentamento direto pode ser útil em algumas circunstâncias e em outros pode ser mais adaptativo assumir um estilo de enfrentamento evitativo. Às vezes é necessário se deixar levar por emoções e outras vezes é melhor ser mais racional.
Além das diferenças nas estratégias de enfrentamento e nos sintomas de estresse em mulheres e homens, o mais importante é conhecer nossos pontos fracos, trabalhar para reforçá-los e analisar cada situação para responder da maneira mais assertiva possível. Afinal, você não precisa se envolver em todas as batalhas e não precisa vencer todos os concursos.


sexta-feira, 8 de dezembro de 2017

Estresse libera hormônios que podem detonar o coração

Estudo relaciona cortisol a mortes causadas por infarto, pressão alta e derrame

O estresse é um inimigo do coração. As tensões emocionais propriciam doenças cardiovasculares aos montes. Já foi comprovado cientificamente que a alta liberação de hormônios em situações estressantes perturbam o organismo, provocando reações que englobam desde o aumento da pressão arterial a um fulminante ataque cardíaco.

Preocupações diárias com problemas pessoais, excesso de trabalho, insegurança, frustrações, pressão, entre outros sintomas de estresse, desencadeiam reações que interferem no bom funcionamento do coração. A associação destes fatores com a pré-disposição genética a problemas cardiovasculares resultam em uma espécie de bomba para o corpo. Entender a gravidade da situação é o primeiro passo para combater as ameaças.

Descarga de hormônios
Estar sob um estado de tensão mexe com o funcionamento do cérebro. De acordo com a cardiologista Maria Angela Plácido, quem vive uma rotina estressante libera altos níveis de hormônios que provocam instabilidade no organismo. A adrenalina é um deles."Ela atua aumentando os batimentos cardíacos e a pressão arterial, o que pode culminar em um ataque cardíaco e até levar a morte", explica. Já o cortisol, outro hormônio liberado durante situações de estresse, pode causar mortes em pessoas que já tenham doenças cardiovasculares, segundo um estudo publicado no Journal of Clinical Endocrinology & Metabolism.

Para chegar a tal conclusão, pesquisadores observaram o comportamento de mais de 800 voluntários com mais de 65 anos e com histórico de problemas cardíacos. No período de três anos, cerca de 180 destas pessoas que estavam sendo acompanhadas morreram. A quantidade de cortisol que circulava no organismo delas era maior do que a esperada. Esse aumento está relacionado a complicações cardiovasculares. Segundo os números levantados no estudo, para as pessoas que não sofrem com doenças cardiovasculares os problemas causados pelo cortisol são quase imperceptíveis, mas para pessoas que tem histórico de doenças do coração, o aumento nos níveis desse hormônio eleva o risco de morte em até cinco vezes.

Em outra pesquisa, feita na Suécia e publicada na revista Diabetic Medicine, foi constatado que homens que passam por altos níveis de estresse podem dobrar os riscos de desenvolver diabetes tipo 2, aquele em que o organismo é capaz de produzir insulina, mas tem dificuldade de processá-la.

Como combater o inimigo do coração
Especialistas aconselham quem sofre com problemas cardíacos a fugir de fatores estressores para aliviar os sintomas do estresse. Alguns hábitos, segundo a cardiologista Maria Angela, podem ser incorporados à rotina para evitar danos fatais. Atividades físicas regulares, alimentação balanceada, sono sem interferência de ruídos já são de grande ajuda no combate ao inimigo. Além deles, claro, há inúmeras formas de manter a saúde do coração em perfeito estado, como manter os níveis de colesterol estáveis, não fumar, não estar acima do peso, entre outros.


segunda-feira, 17 de julho de 2017

10 sintomas físicos do estresse

O corpo pode dar sinais de que o seu psicológico está sobrecarregado. Queda de cabelo, problemas estomacais e alergias são indícios

Uma pessoa que está passando por um alto nível de estresse é, geralmente, conhecida por sua irritabilidade, nervosismo ou desequilíbrio emocional. Porém, quem vive na pele as consequências desse problema pode notar alguns sintomas que vão além dos aspectos comportamentais, afetando a pessoa fisicamente.

"Aquilo que não conseguimos lidar emocionalmente acaba sendo descarregado no corpo, se expressando através de sintomas físicos", afirma a psicóloga Marina Vasconcellos. Separações, dificuldades financeiras, pressão no trabalho, luto e a rotina desgastante podem acarretar em um quadro de alto estresse. Abaixo, conheça alguns dos sinais que o corpo apresenta nessas situações:

1. Dificuldade para dormir
O estresse em excesso é capaz de atrapalhar e muito o sono, pois a pessoa não consegue parar de pensar em seus problemas. "Determinados acontecimentos podem ser facilmente vividos e elaborados por alguns, mas não por outros, que não conseguem encarar a questão", afirma Marina. Isso só traz sofrimento e transtornos para a pessoa.

2. Queda de cabelo em excesso
Notar um aumento na queda do cabelo pode ser um indicativo do estresse, mas tudo deve ser analisado de perto por um profissional. "Os sintomas, isoladamente ou somados, ajudam a avaliar se a pessoa estaria vivendo o estresse", diz o mestre em psicologia Marcello Accetta, professor de psicologia do Centro Universitário Augusto Motta.

3. Cansaço demasiado
"O estresse obriga a pessoa a parar e olhar para a vida, rever seu ritmo, analisar o que pode e deve ser mudado, aprender a relaxar e se cuidar", destaca Marina. Quando as noites de sono não são mais suficientes para acabar com o cansaço, algo pode estar errado.

4. Alergias de pele
Você nunca teve problemas com reações alérgicas e então, da noite para o dia, aparecem irritações na pele? Essa pode ser uma manifestação do estresse. "Nunca devemos pensar que o sofrimento psicológico acontece separadamente do nosso corpo. Nossas emoções, nossos sentimentos, bons ou ruins, sempre se manifestam através do nosso corpo", de acordo com o psicólogo.

5. Gastrite e úlceras
Tentar ter controle sobre tudo só irá piorar o quadro de estresse. Tirar alguns momentos para você e relaxar é extremamente importante para a saúde mental
Momentos de estresse elevam os danos causados à parede do estômago, podendo gerar casos de gastrite e úlceras. Marcello alerta que, quanto maior o tempo que a pessoa permanecer convivendo com os sintomas físicos do estresse, mais o problema se agravará, então nenhum sinal deve ser ignorado.

6.Tensão muscular
"Exercícios físicos regulares ajudam bastante a descarregar as tensões, assim como a prática da meditação. Tente estabelecer limite de horas para trabalhar diariamente", destaca a psicóloga. A tensão também pode se manifestar na mandíbula, fazendo a pessoa até ranger os dentes durante a noite.

7. Imunidade baixa
Quadros de estresse intenso podem baixar significativamente a imunidade, acarretando em diversas doenças. O tratamento, porém, pode estar diretamente ligado à rotina que a pessoa leva, de acordo com Marina: "Se a pessoa conseguir mudar seu estilo de vida estressante e cuidar mais de si, estará se tratando adequadamente".

8. Dores de cabeça
Apesar de ser algo considerado "comum", a dor de cabeça não deve ser subestimada. "O estresse está diretamente ligado com a forma como nos relacionamos com nossos objetivos, sonhos, atividades diárias e nosso nível de satisfação com tudo isso", lembra o especialista.

9. Mudanças de apetite
Tanto o aumento, quanto a diminuição significativa do apetite, repentinamente, podem indicar que algo está errado. "Ao diagnosticar um paciente com estresse, o mais importante na clínica psicológica é poder compreender como o momento que essa pessoa está vivendo", aponta Marcello.

10. Tonturas
Ficar sob situações extremamente estressantes pode gerar uma certa tontura, por causa da irritação no labirinto, órgão na área interna do ouvido. "Esse tipo de situação ocorre quando o corpo se manifesta para 'lembrar' ou 'avisar' que algo não está bem e precisa ser checado", ressalta Marina Vasconcellos.


sábado, 24 de junho de 2017

15 dicas simples para evitar o estresse no dia a dia

Dormir bem, melhorar a alimentação e se exercitar são apenas algumas das sugestões que realmente fazem a diferença no nível de estresse

O estresse é, sem dúvidas, o “mal do momento”. Difícil encontrar alguém que nunca se rendeu a ele, manifestando sintomas como, por exemplo, falta de paciência com tudo e todos ao seu redor, noites mal dormidas, cansaço excessivo…

Lizandra Arita, psicóloga especialista em clínica e institucional, comenta que o termo estresse se aplica a qualquer estímulo ou mudança no meio externo ou interno gerador de tensão, que ameaça a integridade sócio-psicossomática da pessoa, em suas propriedades físico-químicas, biológicas ou psicossociais.

“O estresse pode ser causado por algo que requer uma adaptação ou mudança no nosso meio habitual. O corpo reage a estas mudanças com respostas físicas, mentais e emocionais”, explica a psicóloga.

É importante parar para pensar que até mesmo as crianças estão sujeitas a situações de estresse, quando, por exemplo, estão com prazo próximo para a entrega de trabalhos escolares, em meio a provas, etc. Mas, é claro, o problema costuma ser muito mais comum na vida adulta, quando as pessoas têm muitos compromissos para cumprir e, em determinadas fases, podem se sentir muito pressionadas neste sentido.

De acordo com Lizandra, as principais causas de estresse são:

Prévias de eventos importantes, como casamentos e festas de aniversário;
Morte de um ente querido;
Multidões;
Congestionamentos de trânsito;
Gravidez;
Acidentes;
Divórcio;
Emprego novo;
Prazos;
Questões judiciais;
Problemas financeiros;
Doenças.

Mas, a questão principal é: como lidar como o estresse? Existem dicas simples que podem ajudar e muito a controlar este mal!


1. Evite alimentos que podem aumentar o estresse
Lizandra destaca que a alimentação pode piorar e também melhorar os quadros de estresse. “Ou seja, o estresse do cotidiano pode ser potencializado pela má alimentação”, diz.
“O álcool e a cafeína podem afetar o humor, agindo no sistema nervoso central, provocando insônia, dores de cabeça, ansiedade e sintomas digestivos, como azia, dor de estômago, gastrite, má digestão. E como consequência do aumento da atividade do metabolismo, pode também haver fadiga muscular”, exemplifica a psicóloga.
Alguns alimentos agem no aumento do estresse, como refrigerantes, café, chás e chocolates. “Por isso é importante evitar esses alimentos, assim como os industrializados e os processados, as bebidas alcoólicas, os queijos amarelos e os carboidratos refinados (pães, bolos e massas com farinha branca)”, explica Lizandra.

2. Coma com calma
Além de evitar determinados alimentos, Lizandra explica que é importante comer de 3 em 3 horas, em ambientes calmos e sem barulho. “Isso ajuda muito no controle do estresse. Frutas, verduras e bastante líquido também fazem o corpo funcionar melhor, aliviando a mente. A mente fica mais sã quando o corpo está mais saudável, sem dúvida”, destaca.
  
3. Exercite-se frequentemente e com prazer
Não basta simplesmente dizer “eu vou à academia diariamente” e sentir que isso é um peso, uma obrigação… O ideal é que cada pessoa identifique o que acalma e abranda seu estresse, de acordo com a psicóloga Lizandra.
“Quando a pessoa pratica alguma atividade física, ela está liberando várias substâncias na corrente sanguínea que aumentam a sensação de bem-estar e prazer. A principal delas é a endorfina, substância natural produzida pelo cérebro durante e depois da atividade física. Ela é considerada um analgésico natural, reduzindo o estresse e a ansiedade, aliviando as tensões e sendo até recomendada no tratamento de depressões leves e moderadas”, explica Lizandra.

4. Escolha atividades que acalmem
Muitas pessoas se acalmam fazendo boxe ou correndo, por exemplo, mas, outras, podem se dar melhor com atividades mais calmas, como ioga, ou aderindo a massagens relaxantes, meditação, acupuntura…
O ideal é pesquisar sobre as mais variadas atividades e escolher aquela que realmente te dará prazer e permitirá que você relaxe, esquecendo-se dos problemas/preocupações do dia a dia.

5. Identifique a fonte de estresse
Pensar no que está causando o estresse é muito importante, exatamente para que se possa evitá-lo. A resposta provavelmente está dentro de você, mas, pode ser de extrema importância procurar ajuda profissional, então, não hesite em fazer isso!
“O estresse pode estar relacionado a questões práticas, mas também a questões emocionais diversas e, para ter um tratamento adequado, são indicados os profissionais de psicologia, os terapeutas e os psiquiatras”, destaca Lizandra.
“Psicólogo e terapeuta tratarão a parte emocional, ajudando o paciente a entender por que o estresse é disparado nele, e o psiquiatra ajudará com os medicamentos, controlando os sintomas e as crises mais severas”, acrescenta a psicóloga.

6. Organize-se para tornar seu dia mais leve
Organizar-se é muito importante, não no sentido de se cobrar mais, mas sim com a proposta de tornar seu dia a dia mais leve, de se concentrar no agora para não sofrer por antecipação.
Tenha uma agenda sempre à mão, afinal, você não precisa se lembrar de absolutamente tudo o que tem que fazer… Anote seus compromissos importantes e, sobretudo, saiba separar “o que precisa ser feito hoje” do “que pode ser feito amanhã”…
Isso, porém, é bem diferente de procrastinar! Então, tente manter sua agenda sob controle para evitar o acúmulo de tarefas e, naturalmente, mais estresse.

7. Extravase suas emoções
Faça isso não só se exercitando, mas também expondo seus sentimentos, falando sobre eles, seja com profissionais, seja com amigos.
Mas, além disso, sorria! Dê gargalhadas! Fale sobre coisas boas, seja positivo (e não fique só falando sobre seus problemas)… Por mais clichê que pareça, rir ainda é o melhor remédio!

8. Desacelere
Cada pessoa tem seu ritmo, por isso, aprenda a respeitar o seu. Tem um colega de trabalho que produz muito mais que você no dia a dia? Paciência, este é o ritmo dele, e não o seu!
Mude também pequenos hábitos no seu dia a dia: almoce com calma, saboreando a refeição; reserve uns minutinhos para tomar seu café; respire, comece a praticar o famoso “inspire pelo nariz e expire pela boca” quantas vezes forem necessárias para acalmar os ânimos, entre outras coisas simples.

9. Não leve tudo tão a sério
Recebeu uma crítica? Não se exalte. Com calma, reflita sobre ela… Se achar que ela é válida/construtiva, ótimo, tente melhorar neste ponto… Mas, se achar que ela não serve para você, simplesmente ignore.
Não faça tempestade em copo d’água diante de pequenos imprevistos, chateações e problemas.

10. Reserve um momento do dia para simplesmente descansar
Intervalos são importantes. Dedique ao menos 10 minutos do seu dia para simplesmente relaxar, seja no trabalho, em casa ou dentro do carro. Mas, neste momento, desligue-se totalmente do resto: celular, computador, TV, etc.

11. Saiba dizer “não” e se impor
Recebeu novas tarefas no seu serviço e acha que não dará conta? Não tenha medo de dizer isso! Seja sincera consigo mesma e admita quando não for capaz de realizar certos tipos de tarefas ou não tiver tempo para isso.
Recebeu o pedido de ajuda de um amigo, mas, neste momento, não pode ajudar? Explique isso a ele e pergunte se vocês não podem resolver isso depois.
Acha que está sobrecarregado no trabalho? Converse com os responsáveis, exponha isso… Nem sempre o outro sabe o que se passa na sua vida e dentro de você.

12. Reserve pelo menos algumas horas na semana para fazer algo que você goste
Vá ao shopping, saia para um bar ou restaurante com amigos ou namorado, assista a um filme ou a uma série em casa… Faça isso tudo sem se cobrar em relação a horário!
Muitas vezes, os pequenos momentos de prazer como estes ficam “reservados” apenas para o final de semana, mas é bom vivê-los em meio à semana também, tornando-a assim mais leve e gostosa.

13. Aproveite o seu final de semana
No final de semana em especial, desligue-se do trabalho. Viaje, saia com os amigos, reúna-se com a família, durma mais… Faça todo tipo de coisa que, por mais simples que pareça, te dê prazer.

14. Não se cobre tanto
Não se sinta mal quando perceber que não é capaz de realizar certo tipo de tarefa. Ninguém é bom em tudo. Além disso, peça ajuda quando precisar. Não tenha medo nem vergonha de dizer que precisa da ajuda de alguém.
Perdoe-se e permita-se perdoar: tente não guardar mágoa do próximo e nem ficar remoendo coisas que você fez e se arrependeu.
E, muito importante: deixe trabalho no trabalho. Especialmente se trabalhar em casa, estabeleça horários e cumpra-os.

15. Preze por um sono reparador
Não queira passar a madrugada trabalhando, por exemplo. Saiba da importância de se dormir bem, por aproximadamente 8 horas diariamente.
Quando for deitar, desligue a TV, o celular, e vá aos poucos “acalmando” seus pensamentos, para que o sono venha e seja realmente reparador!

Todas essas são dicas simples, mas na correria do dia a dia, as pessoas não dão o devido valor.
Mas, vale destacar, em muitos casos de estresse, será necessário também ajuda profissional! “A pessoa reconhece que está estressada por alguns indícios emocionais, como o sofrimento por antecipação, os pensamentos negativos, não ter flexibilidade para nada ou não saber sair de situações simples”, comenta Lizandra.
“A falta de flexibilidade, sem dúvida, é um dos maiores indícios. Se algo sai do esquema que planejou, ela não consegue ter flexibilidade e jogo de cintura para mudar a rota. Essa é uma boa dica para saber o nível de estresse”, acrescenta a psicóloga.
Além disso, Lizandra explica que os sintomas físicos também contam: fortes e recorrentes dores na cabeça, no pescoço e nos ombros, dificuldades para dormir, cansaço extremo e fadiga muscular. Esses são sintomas bem clássicos de um nível alto de estresse. Por isso, se for o seu caso, não hesite em procurar ajuda profissional!


sábado, 8 de agosto de 2015

Impacto do estresse no seu corpo

Uma somatória de situações leva ao desconforto que, além do desgaste mental, pode causar doenças físicas

Durante um dia difícil no trabalho, quem nunca sentiu irritação, acompanhada de falta de ar e de concentração? Tais sinais, típicos do estresse, têm-se tornadocomum entre os brasileiros. “O problema é acumulativo. Dificilmente você vai reagir por algo que está acontecendo agora”, explica Ana Maria Rossi, presidente da International Stress Management Association (ISMA) do Brasil (RS). “Não existe um motivo único que leve ao estresse. Tudo depende de como a pessoa interpreta cada situação.” Daniela Guimarães Iaquinta Cipriano, psicóloga (Campinas – SP), alerta que o estresse não é doença. “É um desgaste físico e mental que com o tempo pode levar a outras patologias.”

E classifica os estressores: “Os externos são os problemas financeiros, discussões, violência e o clima. Já os internos surgem a partir de como a pessoa é, age e enfrenta o mundo”, diz. “Há pessoas que são fábricas de estresse para si mesmo, interpretando tudo de forma negativa”, completa.
O QUE ALIVIA O DESCONFORTO

75,74% conversam com amigos e familiares.
62,45% praticam esportes ou apoio espiritual.
42% pedem ajuda psicológica.
16,23% procuram a acupuntura.

Fonte: http://revistavivasaude.uol.com.br/bem-estar/impacto-do-estresse-no-seu-corpo/5249/ - Texto Priscila Pegatin / Ilustração: Isa Santos - por Marília Alencar

terça-feira, 5 de maio de 2015

Dicas para driblar o estresse

7 atitudes simples podem oferecer mais qualidade de vida e melhorar os relacionamentos pessoais e profissionais

O especialista em comportamento humano, Eduardo Shinyashiki, ensina como não deixar a pressão do dia a dia atrapalhar a vida. Conheça sete dicas:

1 - Tire o sapato assim que chegar em casa
A ação é um gesto simbólico para distanciar o estresse do dia, as tensões e, claro, descansar os pés. Tire a roupa imaginando que você está tirando uma casca e vista peças confortáveis. 

2 - Desligue o celular e a televisão por um momento e ouça uma música relaxante
Reserve esse momento para si mesmo e acalme eventuais estados de 
ansiedade. Coloque toda a sua a atenção em sua respiração. A intenção é se reconectar e despertar os sentidos e sensações do seu corpo.

3 - Tome um banho para limpar não apenas o corpo
Um bom banho limpa também a energia da rua, do trânsito e de eventuais decepções e preocupações. Durante o banho, aproveite para utilizar uma essência que você goste ou um óleo de banho perfumado. Os cheiros dos perfumes chegam rapidamente ao nosso cérebro e ativam lembranças e emoções.

4 - Lembre se que o dia não acaba quando você volta do trabalho
Utilize esse outro momento do dia para os seus hobbies, fazer exercício físico, uma massagem, fazer dança de salão, cuidar das plantas ou 
cozinhar. Faça algo ligado ao seu lazer e que lhe proporcione prazer, boas sensações e emoções.

5 - Cuide da sua alimentação
Coma algo leve e saudável para favorecer a digestão e, consequentemente, ter um sono tranquilo e restaurador.

6 - Cuide também dos seus pensamentos
Voltando do trabalho mude o foco de atenção e lembre-se de você, das suas necessidades, projetos, sonhos e da sua 
família.

7 – Dê atenção às amizades e relacionamentos familiares

quarta-feira, 8 de abril de 2015

11 dicas para lidar com o estresse, de acordo com seu tempo livre

Enfrentamos acontecimentos e situações estressantes todos os dias, seja no trânsito, nos prazos para cumprir no trabalho, ou em outras inúmeras situações do dia a dia – e isso só parece ficar pior com a vida moderna. Um levantamento da International Stress Management Association (Associação Internacional do Controle do Estresse) aponta o Brasil como o segundo país do mundo com o maior nível de estresse.

O estresse é a resposta do cérebro à demanda que ele recebe, de acordo com o Instituto Americano de Saúde Mental, e é uma espécie de instinto primal, preparando-nos para fugir ou enfrentar uma ameaça. Existem três tipos de estresse: estresse de rotina, tais como obrigações de trabalho; estresse negativo súbito, como perder o emprego; e estresse traumático, como o que acontece com um desastre natural.

Estas tensões diferentes afetam as pessoas de maneiras diferentes, que vão desde problemas digestivos a dores de cabeça, sonolência e depressão. Um estresse de longo prazo crônico pode aumentar a chance de derrames e doenças cardíacas. Além disso, 44% das pessoas estressadas têm insônia e 40% comem mais do que deviam.

Felizmente, você não precisa de uma semana inteira nos trópicos ou um massagista a espera para ajudar a lidar com o estresse. Confira a lista abaixo com algumas dicas para lidar com a vida estressante de acordo com a quantidade de tempo que você têm disponível.

Uma hora: escreva um diário
De acordo com o Centro Médico da Universidade de Rochester, nos EUA, escrever seus pensamentos ajuda na gestão do estresse, permitindo-lhe compreender melhor seus sentimentos quando tudo ao seu redor parece estar no caos. Manter um diário também ajuda a identificar as causas do estresse para que você possa pensar em soluções sem o julgamento dos outros.
45 minutos: faça uma sessão de yoga

A Yoga pode parecer intimidadora para alguns, com suas posições difíceis e a necessidade de equilíbrio. No entanto, a tentativa de manter a calma enquanto você se contorce em posições difíceis realmente alivia o estresse. Nos obriga a relaxar os músculos e treina o cérebro para não responder automaticamente ao estresse com uma aceleração no ritmo cardíaco e uma respiração superficial, como sempre acontece.

30 minutos: faça exercícios
Exercícios não são bons somente para a sua saúde física, mas para sua saúde mental também. Eles liberam hormônios que melhoram o humor e agem como analgésicos naturais. Eles também ajudam com a função cognitiva e a qualidade do sono. A Associação Americana do Coração recomenda 30 minutos de exercício cinco dias por semana.

20 minutos: tome um banho de espuma
Preparar um banho quente para si mesmo irá aumentar a circulação sanguínea e reduzir o ácido lático nos músculos, permitindo-lhe relaxar fisicamente.
15 minutos: faça uma lista de coisas a fazer
Listar o que você precisa fazer pode ajudar a descobrir se o seu prato está muito cheio. Sem contar que você pode priorizar seus afazeres.

10 minutos: dê uma volta lá fora
Se o tempo permitir, faça uma pausa no trabalho ou nos estudos para ir em um curto passeio ao sol para respirar um pouco de ar fresco. Um estudo de 1998 mostrou que a vitamina D3 teve um efeito positivo sobre a serotonina no cérebro – para não mencionar que você vai alongar as pernas e os outros músculos do corpo, o que sempre ajuda.

7 minutos: beba uma xícara de chá
Pesquisadores da University College de Londres descobriram que aqueles que bebem chá preto ao longo do dia apresentam níveis mais baixos do hormônio do estresse, a cortisona, quando comparados ao grupo de controle. Os bebedores de chá também apresentam menor ativação das plaquetas do sangue, o que pode evitar ataques cardíacos.

5 minutos: imagine um lugar tranquilo
A imaginação guiada é a tentativa de conectar a sua mente e corpo em um estado mental relaxado, usando todos os seus sentidos para criar os detalhes de um local seguro e confortável, como uma praia. Ela é usada para promover o relaxamento e deixar os níveis sanguíneos mais baixos. Então vá em frente e flexione suas habilidades imaginativas.

3 minutos: abrace alguém
A socialização é uma ótima maneira de lidar com o estresse. Além disso, mostrar gratidão pode guiar o seu comportamento para ser mais positivo. Um bom e velho abraço pode ser a solução, pelo menos temporária, para o seu problema.

1 minuto: coloque uma planta em seu ambiente de trabalho
Se você gosta de bonsais, especialistas descobriram que a adição de plantas em ambientes de trabalho melhora a satisfação do trabalhador e a produtividade.

30 segundos: mini mantras
Se você não tem praticamente nenhum tempo, mini-discursos e mantras de respiração podem ajudar a acalmá-lo quando você precisar disso o mais rápido possível. Por exemplo, faça cinco respirações profundas ou conte até 10 antes de falar. Ou crie seus próprios mantras adaptados a situações comuns, como uma briga em família ou a preparação para uma entrevista de emprego. [Mashable]

sábado, 4 de janeiro de 2014

Sete opções de exercícios para controlar o estresse

O segredo está em fugir de atividades que aceleram ainda mais corpo

Aliados no combate a vários problemas de saúde, como hipertensão e obesidade, os exercícios físicos também funcionam como válvula de escape para quem está constantemente estressado. "Mesmo quem trabalha sentado e termina o dia exausto tem muita energia acumulada e precisar extravasar para conseguir alguns momentos de relaxamento", afirma o personal trainer Adriano Braga Coronato, de São Paulo.

Investir em aulas como boxe, body combat ou spinning, entretanto, pode não ser a melhor saída para se livrar do estresse. Por serem agressivas, estimulantes ou mesmo muito competitivas, essas atividades podem não ser as melhores opções para quem precisa mudar o foco em busca de instantes de mais calma e concentração. As opções a seguir ajudam quem vive sob alta tensão mental a descarrega-la de maneira equilibrada.
  
Escalada
Ela exige concentração e força física, mas tudo no ritmo do atleta. Graças a essas características, a escalada pode ser o esporte ideal para quem quer relaxar. "Você precisa calcular cada movimento para praticar essa atividade, o que bloqueia devaneios sobre o trabalho ou as tarefas a serem realizadas em casa", afirma o personal Adriano. Com instrutor e equipamento adequados, ainda é possível realizar a atividade em meio à natureza, fugindo da tradicional trilha sonora da cidade que inclui buzinas, pessoas conversando e música ambiente.

Ioga
Segundo o instrutor Sanio Gomes Ferreira, do Levitas, a ioga atua diretamente sobre o estresse por meio de técnicas simples de respiração. Isso porque a ansiedade e o estresse provocam um ritmo mais ofegante de respiração, alimentando um ciclo que acaba por gerar mais estresse. "Deitado de forma confortável, o aluno precisa respirar de maneira consciente pelas narinas, inspirando durante quatro segundos e expirando por seis segundos", ensina. O instrutor lembra ainda que o ambiente da aula também costuma ser desenhado com o objetivo de proporcionar bem-estar ao praticante, o que ajuda a relaxar ainda mais.

Circo
Outra atividade que exige concentração, mas de maneirabastante descontraída, é o circo. "Aulas como essa estão cada vez mais presentes em academias e fazem sucesso entre os que não encaram a musculação, por exemplo", diz o personal trainer Adriano. Manter o foco é fundamental no trapézio, na corda, no tecido ou mesmo na cama elástica, e cada passo exige cálculo prévio, habilidade diretamente relacionada à consciência corporal. Malabares e acrobacias em grupo também exigem a atenção do praticante e ainda podem render boas risadas.

Tai chi chuan
Movimentação lenta, contínua e suave. Essa é a base do tai chi chuan, arte chinesa mundialmente praticada. Embora tenha surgido como uma arte marcial, hoje ele é recomendado principalmente para quem sofre com o estresse. Durante a aula são feitos exercícios que objetivam melhorar habilidades físicas e mentais por meio de técnicas de respiração, controle e meditação. O relaxamento permite não só um maior envolvimento com a atividade, como ainda torna seus sentidos mais receptivos.

Natação
"Embaixo da água tudo parece mais devagar e menos barulhento", afirma o personal trainer Adriano. Por essas razões, a natação é um esporte indicado para quem deseja desestressar. Outra vantagem da modalidade é permitir um momento mais introspectivo com pouca ou nenhuma interação com os colegas de piscina. Concentre-se em seus movimentos e no som da água.

Pilates
"Diferentemente da ioga, que trabalha a respiração abdominal, o pilatesincentiva a respiração abdominal, estimulando e relaxando a musculatura", afirma a orientadora Thaís Jacomele, do Levitas. Segundo ela, o método baseia-se em movimentos lentos e amplos, não sendo indicado, portanto, para quem deseja perder peso, mas trabalhando o alongamento e as articulações. O principal resultado é tonificação e a busca por uma postura adequada.

Danças a dois
Danças podem ser uma ótima maneira de drenar o estresse e deixar as preocupações do dia para trás. Isso porque a boa performance do parceiro também depende de você. Embora os movimentos permitam criatividade e descontração, é preciso estar envolvido na dança para guiar ou ser guiado. Escolha uma dança com estilo musical do seu gosto para relaxar ainda mais.

terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Muito cansado? Conheça 14 causas que podem estar por trás de sua fadiga

Fatores variam de problemas no coração até excesso de cafeína

estresse do dia a dia e a necessidade de fazer diversas coisas ao mesmo tempo podem fazer a fadiga perturbar a rotina, o que torna difícil até mesmo atividades corriqueiras. No entanto, nem sempre essa fadiga quer dizer que você está precisando apenas de um descanso. 
Confira o que pode estar por trás dessa sensação de cansaço incessante. 

Pouco tempo de sono
O período do sono serve para repor nossas energias. É nesse período que acontece a síntese de proteínas, fazendo com que o cansaço do dia desapareça. Assim, se não há o tempo de sono adequado, a fadiga bate à porta.
"A quantidade de sono necessária depende do cansaço físico e mental, da idade e até da genética de cada indivíduo. Em média, um adulto deve dormir entre sete e oito horas por dia", explica Shigueo Yonekura, neurologista e especialista em sono do Instituto de Medicina e Sono.
Para que o seu sono tenha qualidade, é necessário que ele passe por todos os estágios, sendo cinco ao todo. Os dois primeiros representam o sono superficial, consumindo entre 55 e 60% do tempo dormido. Nos estágios três e quatro, acontece o descanso "físico", que dura 20% do tempo. O quinto e último estágio ocupa os 20% restantes do tempo e nele acontecem os sonhos, considerados importantes para preservar a memória. 

Apneia do sono
Esse distúrbio é caracterizado pelo fechamento repetitivo da passagem do ar pela garganta durante o sono, podendo interromper a respiração por até 40 segundos. Essas pequenas paradas fazem com que o indivíduo acorde durante a noite, interrompendo o sono. "Fadiga, falta de concentração, alteração de humor e perda de memória e libido são sintomas comuns de quem sofre de apneia", conta o neurologista Shigueo Yonekura.
Para detectar o problema, é necessário procurar ajuda médica, pois apenas exames em um laboratório de sono podem indicar o distúrbio. Em alguns casos, o tratamento se restringe à perda de peso, já que a gordura em excesso na região do pescoço estreita ainda mais a laringe, provocando a doença.  

Sedentarismo
Subir um lance de escadas e já ficar cansado é apenas um dos incômodos que a vida sedentária traz. É comum pessoas que não fazem nenhuma atividade física se sentirem fadigadas ao menor sinal de esforço.
Isso se deve à falta de condicionamento do sistema cardíaco, ou seja, o coração não bate saudável a ponto de mandar sangue para o corpo todo. Desse modo, explica o cardiologista João Vicente da Silveira, do Hospital São Luiz, por causa do acúmulo de ácido lático nos músculos, o sistema muscular acaba fraco.
Para resolver esse problema, não há outra solução: mexa-se! "O sedentário tem que se mexer, fazer caminhada, natação, hidroginástica", aconselha João Vicente, que lembra que a falta de tempo ou dinheiro não é desculpa para ficar parado. Descer do ônibus a dois ou três pontos de seu destino, caminhar até a padaria ou o banco, trocar o elevador pela escada são dicas valiosas para quem ainda insiste em dar desculpas. 

Anemia
A sensação de fadiga pode estar ligada a essa doença, que nada mais é do que a diminuição da hemoglobina, responsável pelo transporte de oxigênio e nutrientes pelo corpo.
"Quem tem anemia acaba transportando menos substâncias, o que não é aceito pelo organismo. O coração exige mais trabalho, levando ao fracasso dos músculos", esclarece o nutrólogo José Alves Lara Neto, vice-presidente da ABRAN (Associação Brasileira de Nutrologia). Com tratamento, a fadiga desaparece completamente. 

Alergia ao glúten
Quem possui essa alergia alimentar, segundo o nutrólogo José Alves Lara Neto, sente-se sem energia para nada. Ele explica que isso acontece porque a glutenina, proteína formadora do glúten, provoca uma irritação no intestino, diminuindo a absorção de outras substâncias. Por isso, é importante detectar rapidamente a alergia ao glúten. 

Consumo de café
Quem diria! A cafeína, conhecida por fornecer energia, pode ser o agente causador da fadiga inexplicável. Essa substância é termogênica, logo, obrigará teu organismo a gastar mais energia. No entanto, quando você não tem essa energia para gastar, tudo o que fica é o cansaço, a moleza... "Ela não dá energia, só estimula a gastar", sintetiza o nutrólogo José Alves Lara Neto. 

Desidratação
O consumo de água adequado é vital para o bom funcionamento do organismo. Assim, o corpo desidratado está disfuncional. "A água serve pra manter a temperatura do corpo. Se você não toma muita água, o seu organismo vai esquentar e cansar muito rápido", conta o nutrólogo José Alves Lara Neto.
Para saber qual é a quantidade certa de água que você deve consumir diariamente, multiplique seu peso por 0,03. Seguindo esse cálculo, uma pessoa de 70 quilos deve tomar, aproximadamente, 2,1 litros de água por dia. 

Cigarro
Mais um motivo para largar o cigarro: ele te cansa, e por vários motivos. O primeiro deles, segundo a pneumologista Maria Vera Cruz de Oliveira Castellano, do Hospital do Servidor Público Estadual é que quem fuma tem maior concentração de monóxido de carbono no sangue, que compete com o oxigênio para fazer ligação com a hemoglobina. Assim, o fumante tem menor concentração de oxigênio correndo pelo sangue, o que dá a sensação de fadiga.
Outro motivo é que, entre os componentes do cigarro, estão alguns que aceleram o catabolismo - conjunto de reações metabólicas que liberam energia no organismo -, levando à perda desnecessária dessa energia. Além disso, a nicotina diminui a quantidade de oxigênio que chega à periferia do organismo, piorando o cansaço.
"Por último, quem fuma tem perda maior de função pulmão por causa da ação dos componentes do cigarro no órgão. Eles levam à inflamação dos brônquios, que ficam mais obstruídos. Vários componentes oxidantes destroem as ligações entre os alvéolos, causando enfisema pulmonar", completa a pneumologista, enfatizando que isso leva à fadiga. Se esse é o seu caso, não há saída além de apagar o cigarro. 

Diabetes
Quando mal controlada, essa doença também causa fadiga. O diabetes, explica o endocrinologista César Hayashida, do Hospital Santa Cruz, causa desequilíbrio no metabolismo, desequilibrando também a parte do controle de líquidos do corpo.
"Existe a deficiência relativa ou absoluta de insulina, então o metabolismo de nutrição não é feito de maneira adequada. Assim, há perda de liquido e desidratação", pormenoriza. Esse desarranjo é o grande responsável pela fadiga em portadores do distúrbio. Com o controle da doença, entretanto, a fadiga tende a melhorar consideravelmente. 

Distúrbios da tireóide (hipotireodismo ou hipertireodismo)
Embora sejam dois distúrbios extremos, tanto o hipotireoidismo quanto o hipertireoidismo podem causar fadiga, embora não da mesma forma. No caso do hipertireoidismo, o doente tem o metabolismo acelerado, o que faz com que seu corpo faça um esforço desnecessário. Assim, mesmo sem qualquer atividade física, seu coração baterá mais acelerado. Em dias quentes, ela sente cansaço equivalente ao da prática de atividade física.
Já no hipotireoidismo, acontece o contrário. "Como também há alteração no funcionamento do coração, a pessoa fica cansada sem fazer esforço", conta o endocrinologista César Hayashida. É como se tudo ficasse mais lento, até mesmo o cérebro, dificultando a execução de tarefas.  

Síndrome da fadiga crônica (SFC) ou fibromialgia
A síndrome da fadiga crônica (SFC) é um mal sem causa identificada, comumente associada à fibromialgia, onde o quadro de cansaço não melhora nem com o descanso. É complicado, até mesmo para especialistas, separar essa síndrome da fibromialgia, que é uma síndrome de amplificação dolorosa não inflamatória e crônica de difícil diagnóstico. Isso porque a fadiga aparece na grande maioria dos casos de fibromialgia, que também pode estar relacionada a dores e distúrbios do sono do paciente.
"A fibromialgia é uma doença que tem a fadiga como um dos sintomas principais. Ao mesmo tempo, na síndrome da fadiga crônica, o principal sintoma também é a fadiga. Então, pode acontecer do paciente ter as duas doenças", conta Roberto Heymann, coordenador do ambulatório de fibromialgia da Unifesp.
A fadiga causada por esses distúrbios é arrebatadora. O doente já acorda de manhã muito cansado, o que piora durante o dia e, apesar de descansar, o cansaço não melhora. Se esse quadro persistir durante três meses, é importante procurar um reumatologista, que saberá diagnosticar. "A fibromialgia é um diagnostico de inclusão, ou seja, se o paciente preenche os critérios, ele tem. Na SFC, você tem que afastar outras doenças", explica Heymann, que reitera que, ao contrário de doenças virais ou autoimunes, nenhum dos dois distúrbios causa fadiga muscular, mas sim a falta de energia.
Embora ainda não exista tratamento adequado para essas síndromes, ele tem sido feito com o uso de antidepressivos, derivados de anfetaminas (para melhorar o quadro de falta de energia) e até mesmo GH (hormônio do crescimento), além de atividades físicas e medidas para a melhoria da qualidade de sono do paciente. 

Depressão
Para o depressivo, é ainda mais difícil conseguir forças para realizar qualquer atividade, até mesmo as mais corriqueiras. A extrema falta de energia e vontade é um dos principais sintomas da doença, que também incluem queda de concentração, alterações do apetite e sono e pensamentos negativos constantes.
Depressão é coisa séria e exige tratamento adequado, que envolve terapia e uso de medicação. "Em geral, a fadiga melhora com o uso de antidepressivos, principalmente os que aumentam a noradrenalina". 

Estresse
Nosso corpo tem um balanço de forças motivadoras e calmantes - os sistemas noradrenérgico e serotoninérgico. Enquanto o primeiro faz com que você tenha força e vontade, o segundo está ligado à calma. Toda vez que o indivíduo passa por situações de estresse, há um descompasso desse balanço. "Se há predomínio da serotonina em relação à noradrenalina, há a fadiga", explica Sérgio Klepacz, psiquiatra do Hospital Samaritano. Se esse é o seu caso, está na hora de relaxar! 

Doenças cardíacas
A fadiga é o primeiro sintoma que indica que algo não está bem com o seu coração. Quando ele está fraco ou dilatado, não bombeia o sangue com eficiência, causando a fadiga. Por isso, a fadiga é o primeiro sintoma de inúmeras doenças cardíacas: angina, infarto agudo do miocárdio, pós-infarto, artérias entupidas, pressão alta, insuficiência cardíaca, arritmia, doenças valvulares, fibrilação atrial, entre outras.
"O sangue chega muito devagar em todas as partes do organismo, inclusive no cérebro, o que favorece o aparecimento do Alzheimer", alerta o cardiologista João Vicente da Silveira. Por isso, ele ressalta a importância do check-up, principalmente a partir dos 40 anos.

quarta-feira, 5 de junho de 2013

Cansaço excessivo pode ser um sinal de doenças

Desequilíbrios hormonais e deficiência nutricional podem estar por trás do sintoma

Ela pode chegar de mansinho, se instalando vagarosamente, uma sensação de fadiga, moleza e falta energia, até mesmo para executar as pequenas atividades cotidianas. Mas será que é isso normal? Com a correria do dia a dia muitos atribuem essa sensação de cansaço extremo a noites mal dormidas e ao estresse, situações de desânimo que geram um impacto profundo nas atividades sociais e na produtividade profissional, tornando-se hoje uma das principais queixas dos consultórios médicos. 

A severidade dessa sensação de cansaço e fadiga pode e deve ser avaliada por uma escala de sinais, pois uma noite mal dormida, horas enfrentando o trânsito das grandes capitais ou ainda viver em eterno estado de tensão e estresse podem sugar sua energia.

No entanto, existem outros fatores que podem e devem ser considerados, como os desequilíbrios clínicos decorrentes de carências nutricionais, desequilíbrios hormonais, infecções e doenças autoimunes. Vamos falar sobre os principais fatores que podem causar o cansaço excessivo:

Desequilíbrios hormonais

O declínio hormonal pode ocorrer em ambos os sexos, sendo um fator mais comum para as mulheres no período próximo ao climatério, e entre os 50 e 60 anos para o homem. O declínio hormonal é fisiológico, e não uma doença, mas quando a queda é acentuada pode gerar sintomas desagradáveis, dentre eles a sensação de fadiga e o cansaço.

Definir as causas da fadiga e do cansaço é de extrema importância, e isso deve ser feito por meio de avaliação médica criteriosa

Uma das hipóteses estudadas associa a sensação de cansaço permanente a uma queda de atividade dos neurotransmissores, como serotonina, dopamina e noradrenalina, indicando que o declínio hormonal pode ter ligação direta com a falta de energia e a sensação de fadiga. Nesse caso, é indicada a reposição hormonal, para reequilibrar o correto funcionamento do sistema nervoso central.

A baixa produção ou a falta de hormônios tireoidianos, por exemplo, pode agravar a sensação da falta de energia e causar sintomas de depressão, sendo portanto fundamental que o médico analise também os hormônios tireoidianos para buscar as causas da fadiga.

Alguns estudos, ainda não aceitos por toda a classe médica, propõem a reposição desses hormônios em pacientes com hipotireoidismo sub-clínico (quando os níveis hormonais estão apenas um pouco abaixo do limite ou no limite) e que apresentem quadro de cansaço excessivo, queda de cabelo e outros sintomas que tirem a qualidade de vida do paciente, melhorando assim a volta às atividades habituais do dia a dia com energia e disposição revigoradas.

Alimentos que ajudam na produção de hormônios tireoidianos (Iodo e Selênio) são indicados como coadjuvantes. Boas fontes de selênio são as oleaginosas (castanhas do Pará, castanha de caju e etc) e boas fontes de iodo são o sal marinho (evite excesso), peixes e algas marinhas.

Anemia

Muitas doenças hoje são ocasionadas por desequilíbrios alimentares, e esse é o caso do desenvolvimento da anemia ferropriva, situação muito associada à queda de energia e disposição física. Isso acontece pois o ferro é um nutriente essencial ao organismo, responsável pela produção de glóbulos vermelhos e transporte de oxigênio. A deficiência de ferro surge principalmente por carência nutricional, infecções intestinais, menstruação com fluxo sanguíneo muito intenso e durante a gravidez - mas qualquer pessoa pode desenvolver anemia, se não receber o aporte correto na dieta ou tiver problemas de absorção.

O tratamento contra a anemia é determinar sua causa e corrigi-la, uma vez constatada por exames laboratoriais, e nesses casos a recomendação é uma dieta rica no nutriente, que é encontrado principalmente na carne vermelha, em verduras verde escuras, leguminosas e alimentos enriquecidos, que ajudarão a suprir as necessidades diárias de ferro.

Déficit vitamina D

Estudos atuais revelam que a baixa dosagem de vitamina D no sangue é uma das prováveis causas do cansaço excessivo e sensação de desânimo. A dosagem de vitamina D no sangue é feita em laboratório e deve ficar acima de 30 mg/dl. Expor-se mais ao sol, mas sem exagero, e aumentar a ingestão de alimentos ricos em vitamina D, como a sardinha, é uma das estratégias de combate ao cansaço.

Dietas restritivas

Eliminar de maneira radical grande quantidade de alimentos ou fazer dietas da moda que cortam de maneira exagerada certos grupos alimentares podem gerar déficits nutricionais, pela dificuldade de conseguir obter por meio da alimentação nutrientes importantes para o organismo. O carboidrato, por exemplo, nos dá glicose, que é um combustível importante para o corpo e sem ele a sensação de esgotamento é mais frequente, tornando as queixas de cansaço e falta de energia mais comuns após as duas primeiras semanas de restrição.

O tratamento consiste em uma dieta equilibrada, que privilegie os bons carboidratos, boas proteínas e boas gorduras, além de combinar bons nutrientes, como os alimentos ricos em vitaminas do complexo B, que aumentam a resistência à fadiga.

Estresse e ansiedade

A ansiedade e o estresse são sem sombra de dúvidas males da vida moderna e a queixa mais frequente é a de acordar cansado. Isso ocorre porque o estresse libera quantidades altas de cortisol e adrenalina, hormônios que em altas doses prejudicam o funcionamento dos neurotransmissores, deixando os indivíduos ansiosos, com dificuldade de concentração e no sono. O tratamento nesse caso é praticar uma atividade física prazerosa, que alivie as tensões, e em casos extremos a recomendação é a de uso de medicamentos.