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terça-feira, 1 de outubro de 2019

Outubro Rosa: saiba como prevenir o câncer de mama


Todos os anos, milhares de novos casos de câncer de mama são descobertos no Brasil. A estimativa para 2016 era de 57.960 novos casos da doença no país, sendo que 99% dos casos acometem as mulheres. Os números assustam e a realidade é árdua, mas ainda assim há razões para ser otimista.

As chances de cura para os casos descobertos precocemente são em média de 88.3% e aproximadamente 30% dos casos podem ser evitados com hábitos saudáveis. Uma alimentação balanceada e a prática de atividades físicas regulares são fatores determinantes para se proteger contra qualquer tipo de câncer. O excesso de gordura abdominal também é outro fator de risco que aumenta em 74% o risco de desenvolver a doença.

Felizmente, a cada ano que passa aumentam as ações que visam a conscientização desse tipo de câncer. Nos Estados Unidos, a campanha Outubro Rosa existe desde 1990 e no Brasil as ações começaram a ser praticadas em 2002. Essas iniciativas são importantes para alertar sobre os perigos, incentivar o autoexame e aproximar pessoas que já tiveram o problema, criando comunidades e laços com instituições que fomentam pesquisas e arrecadam doações.

Vale lembrar mais uma vez que quanto mais cedo a doença for detectada, maiores são as chances de cura. Saber realizar o autoexame e estar ciente de quais ações podem diminuir os riscos de desenvolver esse tipo de câncer são práticas fundamentais. E é exatamente por isso que a conscientização e a educação são tão importantes.

10 coisas que você precisa saber sobre o câncer de mama

Temos acesso a muitas informações o tempo todo que podem nos deixar assustados sem motivo nenhum. Será que todas elas são verdadeiras? Fique atenta aos mitos e verdades sobre o câncer de mama que ouvimos por aí:


Estar bem informada e ciente sobre qualquer coisa é o primeiro passo para evitar maiores preocupações, ainda mais se tratando de um assunto tão sério como o câncer de mama.

12 sinais indicativos de câncer de mama
A mamografia é, sem dúvidas, o método mais seguro para saber se há a presença de nódulos que podem ser malignos. Porém, existem alguns sinais que que podem indicar se há alguma coisa errada com suas mamas. A organização Worldwide Breast Cancer elencou os 12 sintomas comuns que se manifestam nos pacientes de câncer de mama. Confira:

Pele grossa e presença de nódulos: Se você notar que sua pele está mais grossa e você consegue sentir algum nódulo, fique atenta. Pode ser apenas uma característica do período menstrual ou da amamentação, mas se eles permanecerem ou aumentarem, procure um médico.
Covinhas nas mamas: “Covinhas” nos seios são outro sinal que se deve dar atenção. Elas podem aparecer durante o período menstrual ou quando usamos roupas muito apertadas. Caso elas persistam por mais tempo, pode ser um sinal de câncer de mama.
Mamilos e aréolas com aspecto rugoso: A Doença de Paget é um tipo de câncer que acomete os mamilos e aréolas. Ela se caracteriza por uma crosta e um aspecto rugoso e áspero nessas regiões. Em alguns casos também pode haver secreção com sangue. Esses sintomas podem indicar câncer de mama.
Mamas vermelhas e quentes: Isso é normal na amamentação, mas em outras situações é preocupante. O câncer de mama inflamatório tem essas características, pois ele dificulta o fluxo de sangue na região.
Secreções: Fluidos aquosos, leitosos e até mesmo com sangue são comuns quando os seios estão se desenvolvendo e principalmente no período da amamentação. Se seus seios expelirem alguma secreção e você não estiver passando por nenhuma dessas situações, fique atenta e procure um médico.
Feridas na pele: Nem sempre feridas são sinal de câncer de mama, mas elas sempre merecem atenção. Se elas começarem a crescer e ter mau cheiro, vá até um médico de sua confiança.
Caroços elevados: Alguns nódulos podem aparecer na superfície da pele e, conforme vão crescendo, ficam visíveis nas mamas. É importante lembrar que nem todo nódulo significa um tumor maligno, mas somente um médico pode dar o diagnóstico correto.
Mamilo retraído: Algumas pessoas já tem os mamilos para dentro por natureza. Se esse for seu caso não há motivo para preocupações. Já se você notar que seus mamilos estão tomando esse formato, fique atenta.
Veias crescentes: Veias com aspecto inchado nas mamas pode ser um indicativo de tumores. Geralmente, os tumores exigem que o sangue seja bombeado para eles, o que aumenta o volume de sangue nas veias.
Mudança no formato ou tamanho: Qualquer mudança de formato ou tamanho nas mamas fora do período da amamentação é preocupante. Se essas mudanças persistirem também fora do período menstrual, é melhor visitar um médico.
Aspecto de casca de laranja: Mamas inchadas e com várias covinhas pequenas com aspecto celulítico podem ser um indicativo de câncer de mama. Como o fluxo de sangue torna-se irregular, as células da pele podem sofrer essas alterações.
Nódulos: O sinal mais comum de um tumor nas mamas é o nódulo. Ele pode ser pequeno ou grande, mas sempre merece sua atenção. Se encontrar qualquer tipo de caroço nas mamas, procure um médico.
Vale reforçar que, muitos dos sintomas podem aparecer e não estarem ligados ao câncer de mama. Procure ajuda médica em caso de recorrência de um ou mais sinais.

Como é feito o diagnóstico
Para um diagnóstico seguro, algumas etapas são necessárias para que o tratamento indicado seja o mais adequado e eficiente. Confira o passo a passo do diagnóstico:

Segundo a Dra. Livia Daia, ginecologista e mastologista, a Sociedade Brasileira de Mastologia recomenda que a mamografia deve ser feita anualmente nas mulheres com mais de 40 anos sem antecedentes familiares de câncer de mama. Com o exame, pode-se detectar possíveis lesões, como nódulos de aspectos irregulares ou microcalcificações agrupadas, que podem ser indícios de câncer de mama.

Após isso, é feita a biopsia, que consiste em retirar um pequeno pedaço da lesão para ter um diagnóstico correto. Se o resultado da biopsia for positivo para câncer, os médicos estudam o perfil do câncer para indicar o tratamento adequado, que pode ser iniciado com uma cirurgia para retirada do tumor ou com quimioterapia.

Consultar um médico logo após a constatação de qualquer irregularidade com as mamas é imprescindível. Quanto mais tardio o diagnóstico, menores são as chances de cura.

E como você pode se prevenir?
Segundo dados da Agência Internacional para a Pesquisa do Câncer, 30% do casos podem ser evitados com hábitos saudáveis, como a prática de atividades físicas regulares e alimentação balanceada. Além disso, as mulheres de todas as idades devem realizar o autoexame uma vez por mês fora do período menstrual. A Dra. Livia Daia diz que ele pode causar um certo desconforto e dar a falsa sensação de nódulos, mas ele é de extrema importância.

Além de realizar o autoexame apalpando as mamas, dê uma atenção especial aos seus seios. Qualquer alteração que seja estranha, pode ser um indicativo de problemas mais graves. Olhe-se mais no espelho, conhecer seu próprio corpo é fundamental.

A mamografia, principalmente depois dos 40 anos, é obrigatória. O autoexame é essencial, mas só detecta nódulos com pelo menos 1 centímetro, o que pode indicar um estágio mais avançado da doença. Caso o nódulo seja muito pequeno, somente a mamografia poderá identificá-lo. É comum dizerem que a mamografia dói, o que não é verdade. Ela pode causar incômodos que são necessários para cuidar da saúde das suas mamas. Pense nisso!

Veja como fazer o autoexame no banho:
Separe alguns minutos do banho para cuidar da saúde das suas mamas. É rápido, simples, fácil e essencial para a sua saúde.

Você sabe qual o seu risco de desenvolver o câncer de mama?
Embora o câncer de mama seja uma doença que pode acometer qualquer pessoa, existem alguns fatores que aumentam o risco e também alguns que podem auxiliar na prevenção. Confira qual é o seu risco de desenvolver câncer de mama:

A campanha do Outubro Rosa traz várias ações que auxiliam na prevenção da doença e que acolhem pessoas que estão passando por esse momento ou que já se curaram. Divulgar a campanha dá força ao movimento e leva ao conhecimento de cada vez mais pessoas informações que podem salvar vidas.

Fonte: https://www.dicasdemulher.com.br/outubro-rosa/ - Escrito por Beatriz Castells - ISTOCK

domingo, 15 de setembro de 2019

Como tratar a celulite sem cair em furadas?


Vira e mexe aparece um novo tratamento contra a chateação. Fomos atrás do que realmente vale a pena pagar — nas farmácias e nas clínicas

Popular e democrática que só, a celulite dá as caras, segundo estimativas, em nada menos que 95% das mulheres. Não é à toa que a indústria cosmética investe pesado em tratamentos para amenizar o aspecto de casca de laranja que pode estampar regiões como coxas, bumbum e companhia. São princípios ativos para cremes, injeções aplicadas em consultório médico, aparelhos que emitem ondas usados em clínicas de estética, e por aí vai.

No último congresso da Academia Americana de Dermatologia, uma das sensações foi uma fórmula testada com sucesso em quadros moderados e severos: as aplicações de uma enzima chamada Clostridium histolyticum collagenase.

“Falamos de uma substância ainda em fase de pesquisa e que já tinha sido liberada para uma doença que acomete as mãos. Agora, ela apresentou bons resultados contra a celulite”, contextualiza o cirurgião plástico Paolo Rubez, de São Paulo, membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica.

Há todo um caminho que novos produtos ou tecnologias têm de percorrer dos laboratórios até o mercado. E, embora a promessa das novidades seja quase sempre tentadora, os especialistas deixam claro que nenhum tratamento faz o trabalho sozinho. Isso porque existem vários fatores por trás da celulite.

“Ela é causada por acúmulo de gordura, prejuízo na drenagem linfática e deterioração do colágeno que sustenta o tecido gorduroso”, expõe a dermatologista Kédima Nassif, que atua em Belo Horizonte e é membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) e da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica.

Por isso, eliminar ou minimizar os furinhos costuma depender de ações em todas essas frentes. “Não adianta, por exemplo, utilizarmos um aparelho que ajuda a remover a gordura se não tratarmos a pele em si. Se isso não for feito, haverá flacidez depois”, exemplifica a farmacêutica e cosmetóloga Mika Yamaguchi, diretora científica da Biotec Dermocosméticos, empresa fornecedora de matérias-primas para cosméticos.

Mesmo quem torce o nariz para as novidades da indústria e prefere uma solução mais natural deve ter cautela. Os experts alertam que receitas caseiras quase nunca são eficazes e ainda podem render irritações à pele.

O ponto é que não adianta investir no creme mais moderno ou na última tecnologia de ponta se você não fizer sua parte mudando alguns hábitos. “Isso envolve evitar o ganho de peso, se exercitar regularmente, tomar bastante água, comer fibras, evitar o cigarro e não exagerar na bebida alcoólica“, resume a dermatologista Paola Pomerantzeff, da capital paulista.

E ainda tem a questão hormonal, que às vezes precisa ser investigada com o médico. “Os hormônios influenciam bastante no aparecimento da celulite”, ressalta o dermatologista Abdo Salomão Jr., de Guaxupé, em Minas Gerais, que é membro da SBD e da Academia Americana de Dermatologia.

Fazendo esses ajustes na rotina, aí, sim, dá para lançar mão dos tratamentos desenhados para melhorar o aspecto da pele. Mas em quais investir? Dá para resolver com produtos na farmácia ou é preciso ir a uma clínica de estética? SAÚDE ouviu os profissionais da área para mostrar o que funciona mesmo. Vamos lá?

Na farmácia
Conheça três ativos que, segundo evidências, ajudam a combater a celulite quando incorporados a cremes

Cafeisilane C: esse ingrediente é uma versão modificada da cafeína — substância empregada há tempos contra os furinhos. “Ela tem penetração maior do que a cafeína convencional, sendo mais eficaz na quebra da gordura e no aumento do metabolismo”, explica a cosmetóloga Mika Yamaguchi.

Alvo de um experimento na Faculdade de Farmácia da Universidade de São Paulo, o ativo apresentou ótimos resultados.

Centella asiática: essa planta é utilizada na medicina indiana há mais de 3 mil anos e a ciência moderna deu seu aval para tratar a celulite. “Ela melhora a circulação sanguínea, reduz a inflamação da região e estimula a síntese de colágeno”, conta Kédima Nassif.

Essa atuação favorece a quebra da gordura, combate a retenção de líquido que leva ao inchaço e melhora a firmeza e o aspecto da pele. Tripla ação para diminuir a aparência de casca de laranja.

Exsynutriment: o princípio ativo é obtido do silício e concebido para ser usado na forma de cápsulas. “Ele é indicado para estimular a produção de colágeno, melhorando a resistência da pele e preenchendo os espaços que se encontram vazios, o que não só potencializa o efeito contra a celulite como ajuda a evitar a flacidez após a eliminação da gordura”, diz Mika. As cápsulas são indicadas para complementar a ação dos cremes.

Na clínica de estética
Equipamentos com diferentes tecnologias tratam o problema — eles podem ser utilizados sozinhos ou combinados

Radiofrequência: trata-se de uma máquina que produz um calor intenso, capaz de penetrar profundamente na pele, levando à ruptura das membranas das células de gordura e estimulando a remodelação do colágeno. Assim, melhora a flacidez e a textura da pele e ainda ajuda a redefinir o contorno corporal.

Além disso, os especialistas afirmam que ela estimula a fabricação de novas fibras de sustentação — por isso é possível notar resultados até seis meses depois da aplicação.

Vacuoterapia: também conhecida como endermologia, a técnica se vale de um aparelho que promove o tratamento da celulite com a ajuda de ventosas que sugam a pele, promovendo uma massagem que mobiliza o tecido cutâneo profundamente.

Com isso, realinha a produção das fibras de sustentação da pele, além de instigar um processo de drenagem linfática — é nos vasos linfáticos que são recolhidas impurezas e toxinas relacionadas a inchaço e inflamação da pele. Quanto menos tempo ficam no corpo, melhor.

Ultrassom: outro aparelho famoso nas clínicas de estética, ele exerce efeitos térmicos e mecânicos que podem diminuir a gordura localizada e a flacidez, de acordo com a dermatologista Paola Pomerantzeff.

Isso acontece porque a carga de energia da máquina penetra até a hipoderme, a camada onde se concentram as células de gordura, e provoca a sua ruptura sem danificar as outras estruturas, como os vasos e os tecidos próximos. Além disso, a máquina melhora a oxigenação da pele — um trunfo contra a celulite.

No consultório médico
Tem procedimento que só pode ser prescrito e aplicado pelo dermatologista ou cirurgião plástico

Injeção de enzimas: o médico introduz, por meio de injeções na área atingida pelo problema, substâncias que combatem a gordura localizada, estimulam a circulação local e, assim, dispersam a retenção de líquido.

A quantidade de sessões dessa técnica, que também é conhecida como mesoterapia, e o intervalo entre elas são determinados pelo profissional depois de uma análise individualizada.

Bioestimuladores de colágeno: são moléculas também injetáveis — caso do ácido L-poliláctico e da hidroxiapatita de cálcio — que tornam a pele mais rígida. “Isso é importante porque o tecido de gordura é flácido e necessita que as fibras de sustentação da pele estejam bem firmes para que ele tenha um bom suporte e não fique com o aspecto irregular, característico da celulite”, explica Paola.

Costumam ser indicadas de duas a três sessões, com um intervalo mínimo de 30 dias entre elas.

Subcisão: Essa é opção para os casos mais graves de celulite. Depois de uma anestesia local, o médico se vale de uma agulha cortante ou um bisturi para fazer movimentos de vai e vem na pele que causam uma ruptura nas estruturas que a puxam para baixo, formando aqueles buraquinhos.

Além disso, como acontece um sangramento na região, forma-se um novo tecido de sustentação, que ajudará a preencher o espaço onde estavam as depressões.

8 mitos e verdades sobre a celulite

Roupa apertada influencia?
VERDADE. Sim, essas peças prejudicam a circulação do sangue e a eliminação das toxinas.

Só mulher tem celulite?
MITO. Não, mas ela é, de fato, bem mais comum nelas devido ao acúmulo de líquido e gordura.

Pílula agrava?
VERDADE. Pode acontecer, porque o anticoncepcional interfere nos hormônios e na retenção de líquido.

Massagem acaba com ela?
MITO. Algumas são coadjuvantes por atuarem na drenagem linfática. Mas não há milagre.

Refri piora o quadro?
VERDADE. Quem exagera pode encarar a celulite por causa do açúcar e do sódio, este também na versão light.

Só aparece depois dos 25?
MITO. Não é bem assim. Ainda mais com os quilos extras, pode dar as caras a partir da puberdade.

Fumar piora as coisas?
VERDADE. Pode apostar. O cigarro afeta a circulação e o colágeno da pele, contribuindo para os furinhos.

Cremes são melhores após o banho?
VERDADE. Sim, depois de uma ducha quente ou do exercício, o corpo está mais apto a absorver os ativos.

Fonte: https://saude.abril.com.br/bem-estar/como-amenizar-a-celulite/ - Por Thais Szegö - Ilustração: Celso Bastos/SAÚDE é Vital

segunda-feira, 17 de junho de 2019

7 mitos e verdades sobre o uso da cadeirinha infantil no carro


Especialistas esclarecem as principais dúvidas sobre dispositivos de segurança automotiva para crianças, do bebê conforto ao assento de elevação.

Eles salvam vidas: segundo dados da OMS (Organização Mundial da Saúde), o uso de dispositivos de segurança infantis – bebê conforto, cadeirinha e assento de elevação, dependendo da faixa etária (confira abaixo o detalhamento) – dentro de carros e caminhonetes reduz em até 60% o número de mortes de crianças e adolescentes em acidentes de trânsito.

No Brasil, desde que o uso desses equipamentos passou a ser obrigatório e passível de multa (R$ 293,47 – valor em junho de 2019), de perda de pontos na carteira de habilitação (infração gravíssima, 7 pontos) e de retenção do veículo até a situação ser regularizada, as hospitalizações infantis decorrentes de lesões de acidentes de trânsito diminuíram em 37%. Fazemos parte de um grupo de 84 países com legislação nacional de retenção para crianças, o que nos colocou no relatório para segurança viária da OMS de 2018.

Depois de o presidente Jair Bolsonaro enviar à Câmara dos Deputados um projeto de lei que, entre outros pontos, propõe o fim das multas para quem não utilizar esses dispositivos – a perda de pontos na carteira seria mantida –, o debate ficou acalorado. Afinal, é preciso ou não obrigar os adultos a proporcionar essa segurança às crianças?

Para o médico ortopedista Sandro Reginaldo, presidente da Comissão de Campanhas Públicas da SBOT (Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia), é preciso manter a obrigatoriedade, sim.

“É importante penalizar porque muitas pessoas, infelizmente, só sentem necessidade de fazer algo relacionado à segurança se houver ameaça ao bolso. Tem que ter consequências. O bebê e a criança, que não têm discernimento para saber o que é necessário para estarem seguros dentro do carro, não podem ser penalizados com lesões e até a morte por causa da irresponsabilidade de adultos”, diz o médico.

Os números mostram que ele está certo: mesmo com a multa, apenas 36% das crianças são transportadas nos equipamentos adequados de segunda a sexta-feira – o número aumenta para 56% nos finais de semana. Imagine se não houvesse o risco de perda financeira…

Conscientes da necessidade do uso de bebê conforto, cadeirinha e assento de elevação, contamos com a ajuda de Sandro Reginaldo e de José Roberto da Silva, advogado especializado em direito do trânsito, para listar os principais mitos e verdades sobre o uso desses dispositivos.

Os pais podem decidir em que momento trocar do bebê conforto para a cadeirinha e dela para o assento de elevação
MITO. Existem parâmetros de segurança determinados por lei. De acordo com a resolução 277 do Conatran (Conselho Nacional de Trânsito), deve-se seguir o seguinte:

– Até um ano: bebê conforto (conhecido como “conversível” em alguns lugares)

– De um a quatro anos: cadeirinha

– De quatro a sete anos e meio: assento de elevação

– De sete anos e meio a dez anos: cinto de segurança, sempre no banco traseiro

– Dos dez anos em diante: pode ir no banco dianteiro, sempre com cinto de segurança.

Se um carro não tiver dispositivo de segurança, tudo bem colocar o cinto de segurança convencional em uma criança
MITO. O cinto de segurança foi projetado para o tamanho de adulto pequeno ou de uma criança já maior, a partir dos dez anos. Por causa das dimensões corporais das crianças menores, o cinto de segurança pode até enforcá-la em caso de freada brusca ou batida.

A altura é mais importante que o peso na hora de mudar para a cadeirinha ou para o assento de elevação
VERDADE. Embora a resolução do Conatran não fale nada sobre peso, muitos fabricantes de cadeirinhas fazem essa indicação. E aí começa o dilema: muitas crianças têm a altura necessária, mas são magrinhas e não atingiram o peso; outras são mais baixinhas, porém são robustas e têm o peso. O que fazer? De acordo com o ortopedista Sandro Reginaldo, a altura é o parâmetro mais importante. “Por uma questão de ajuste dos cintos e ergonomia, a altura deve ser preponderante. Principalmente na fase de passar do assento de elevação para o cinto de segurança: os joelhos têm que dobrar em 90° no banco para ser seguro”.

O bebê conforto sempre deve ficar virado de costas para o banco da frente do carro
VERDADE. Além de ser determinado por lei, desta forma o “chicote” no corpo do bebê é mais fraco em caso de batida e o risco de lesão na coluna e no pescoço, consideravelmente menor.

Cadeirinhas infantis para carro são todas iguais, a escolha pode ser estética
MITO. Tem muita cadeirinha fora dos padrões de segurança sendo vendida por aí. As cadeirinhas infantis para carro confiáveis têm selo do Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia).

Não tem problema levar a criança no colo em um passeio curto de carro
MITO. Em primeiro lugar, a lei não determina distâncias mínimas percorridas para que o dispositivo de segurança seja usado: quando o carro der a partida, a criança já deve estar presa nele. Além disso, um acidente pode ocorrer em qualquer lugar, e o fato de o passeio ser curto não diminui esse risco. Por fim, a criança tem que ser acostumada a estar sempre segura, sem exceções. A segurança também é um hábito.

Usar uma faixa para segurar a cabeça da criança erguida quando ela dormir no carro auxilia na segurança
VERDADE. Essa faixa faz bem, evita dores de pescoço (as crianças “caem” para a frente e para os lados quando dormem no carro, já notou?) e diminui o “chicote” em caso de batida ou freada brusca, reduzindo o risco de dores no pescoço posteriormente. Apenas fique atenta para que a faixa seja acolchoada e confortável.


sábado, 1 de junho de 2019

Beber água com limão ajuda a emagrecer? Deixa a pele mais bonita? Veja mitos e verdades


Ingerir a bebida pela manhã não ajuda a emagrecer, mas tem outros benefícios pra saúde

Trago verdades (duras): a maior parte da fama da água com limão é mito! Ingerir a bebida pela manhã não ajuda a emagrecer, não detoxifica o organismo (nós temos órgãos responsáveis por isso!) nem alcaliniza o sangue. Mas a água com limão tem, sim, seus benefícios, principalmente quando analisamos os ingredientes isolados.

Entenda:

Melhora o sistema imunológico
O limão é uma fonte riquíssima de vitamina C, que é um potente antioxidante e potencializa o efeito de defesa do nosso organismo.

Auxilia no controle da pressão arterial
Por ser fonte de potássio, essa fruta também ajuda a manter os níveis pressóricos baixos.

Melhora a absorção de ferro
O consumo de alimentos que têm ferro associado ao limão (que é fonte de vitamina C) pode aumentar em até 4 vezes a taxa de absorção do mineral, ajudando a prevenir e tratar anemias por deficiência de ferro.

Melhora a função do intestino
O consumo de água melhora o funcionamento do intestino. A associação do limão não traz benefícios extras, mas deixa a água saborizada e mais agradável de ser consumida.

Melhora o aspecto/viço da pele e previne o envelhecimento precoce
Pela boa quantidade de vitamina C, o consumo constante de limão favorece esses efeitos, já que a vitamina C é importante para a produção de colágeno e tem um poderoso efeito antioxidante, retardando o aparecimento de rugas e sinais de envelhecimento.

Aumento da saciedade
O simples aumento do consumo de água já diminui a sensação de fome, e, além disso, o limão fornece muitos minerais e vitaminas importantes, garantindo a boa nutrição do organismo.

É mito!
O maior mito envolvendo a água com limão é a promessa de perda de peso. A bebida não tem esse poder. O emagrecimento ocorre com diminuição de calorias ingeridas, prática de atividades físicas, boa qualidade de sono e atenção à saúde mental. Não existe milagre!

Se você ama água com limão, pode continuar tomando, mas não por acreditar que essa bebida terá efeitos mágicos na sua composição corporal.


segunda-feira, 18 de março de 2019

Veja os principais mitos e verdades sobre o açaí!


Ele é uma fruta brasileira muito apreciada no país, conheça mais sobre suas propriedades a seguir!

Para boa parte do grande público, o açaí é uma das primeiras opções que vem em mente quando pensamos em uma sobremesa refrescante e saudável, já que é fonte de substâncias benéficas para o nosso corpo. Por isso, é preciso esclarecer alguns mitos e verdades sobre o açaí para entender melhor os benefícios desse alimento tão saboroso.

Nativo da Amazônia, a fruta é muito utilizada no preparo de sucos refrescantes e rico em vitamina E, fibras, cálcio, magnésio e potássio, além de possuir grande poder antioxidante. Alguns estudos apontam que consumir 100 gramas de polpa de açaí duas vezes ao dia estimula a redução de glicemia, insulina e colesterol ruim.

Apesar de já ser um produto popular, ainda há diversas dúvidas sobre o consumo. Pensando nisso, Jefferson Oliveira Domingos, fundador do Villa Roxa, empresa que comercializa açaí, explica os mitos e verdades sobre o fruto, a seguir:

Açaí rejuvenesce?
VERDADE: como contém alta dose de antioxidantes, o fruto é capaz de retardar o envelhecimento. Estudos indicam que o açaí é 33 vezes mais eficaz do que o vinho tinto ou a manga e possui capacidade de combater células cancerígenas.

Açaí é muito calórico e engorda
MITO: a polpa da fruta em si não engorda; 100 gramas do fruto possuem 60 calorias. Ou seja, é um produto de baixo teor calórico. O que engorda é o xarope de guaraná que é acrescentado na fruta para que ela fique mais doce. Este tipo de consumo é maior no sudeste, onde as pessoas costumam também adicionar frutas, paçoca, leite condensado, entre outros elementos.

Açaí auxilia no controle de diabetes e colesterol
VERDADE: o diabetes mellitus tipo 2 pode ser controlado e prevenido com a ajuda da fruta, pois ela é rica em lipídios e fibras e pobre em carboidratos, além do baixo índice glicêmico que não causa picos de glicemia. Também contém propriedades hipocolesterolêmicas que atuam na redução do colesterol e melhora o equilíbrio entre colesterol HDL e LDL.

O açaí é uma poderosa fonte de ferro
MITO: a quantidade de ferro encontrada em 100 g de fruto é de 1,5 mg. Uma concentração baixa se comparada a outros alimentos como o feijão, que possui quase 6 mg em uma xícara.

Açaí é uma boa opção para antes da atividade física
VERDADE: por conter diversas vitaminas e minerais, garante energia suficiente durante o exercício. Mas é bom lembrar de não exagerar nas porções e consumi-lo sem o xarope de guaraná. Caso queira incrementar a refeição, bata a polpa com uma banana e adoce com mel

Açaí pode transmitir doença de Chagas
VERDADE: a má higienização da fruta, após a colheita, pode causar doenças por transportar ovos de barbeiro – que transmite a doença. Por isso, é essencial confiar na procedência do produto.

O fruto deve ser colocado de molho em uma composição que retira todas as impurezas. Depois disso, passar por três tanques de lavagem para que seja feita a despolpa e só a partir daí ele tem que ser congelado em uma temperatura de 45 graus negativos. Essa fase só pode ser feita após o processo de lavagem e higienização, erradicando o risco de transmissão da doença.

Fonte: https://sportlife.com.br/mitos-verdades-acai/ - Texto: Gabriel Gameiro/Colaborador – Edição: Giovane Rocha – Consultoria: Jefferson Oliveira - Foto: Getty Images

terça-feira, 5 de fevereiro de 2019

Ar-condicionado causa ‘choque térmico’? Médico responde mitos e verdades


Saiba como se proteger quando o calor lá fora está forte e o escritório, gelado

Nos últimos dias as altas temperaturas têm causado desconforto em muita gente e uma das maneiras de aliviar o calorão é se abrigar em um ambiente com ar-condicionado.

Ainda que ajude, o “oásis” pode assustar. O famoso “choque térmico” causa preocupação e é motivo de dúvidas frequentes. Afinal, tem problema entrar e sair de um ambiente com temperaturas tão diferentes?

O médico Fausto Nakandakari, otorrinolaringologista do Hospital Sírio Libanês, respondeu essas e outras perguntas. Confira:

Como o ar-condicionado contribui para causar o choque térmico?

O ar condicionado contribui no sentido de oferecer um clima artificial de queda brusca de temperatura num ambiente, como escritórios e shoppings, por exemplo.

Quais as consequências de um choque térmico em temperaturas variantes?

Não há comprovação científica de que o choque térmico é o causador de problemas tais como quadros alérgicos ou resfriados comuns. No entanto, a crença popular nos induz a achar que o ar condicionado é o vilão para os problemas respiratórios, nariz escorrendo, dor de garganta, piora da voz e falta de ar.

O que há de concreto nesse sentido é que o paciente exposto num calor intenso não se protege tanto do frio como deveria e vai trabalhar com roupas mais leves. Chegando ao escritório, com o ar condicionado bem forte e sem a proteção adequada, ele passa a apresentar tais sintomas por não estar tão protegido. Caso ele estiver bem protegido, com blusa de frio, por exemplo, provavelmente devam minimizar os efeitos do ar condicionado.

Quais as doenças provocadas por essa situação?

Doenças infecciosas do trato aéreo respiratório superior principalmente. Tais como resfriados comuns, gripe, sinusites, faringites, amigdalites e as laringites agudas.

Pode levar à morte? Em que situações?

Algumas doenças como as gripes e outras situações em casos raros e grave podem levar a óbito, sim. Os extremos de idade, bebês e idosos, são os mais afetados. Por isso, as campanhas de vacinação de gripe abordam principalmente essas idades.

Qual a temperatura ideal do ar-condicionado para não haver um choque quando sair à rua?

A temperatura ideal deve girar em torno de 23 graus. No entanto, quem fica bem próximo da grelha de saída de ar tem temperaturas menores do que essas e quem fica longe da grelha pode ter temperaturas maiores. Além disso, normalmente o homem tem mais calor que as mulheres por deposição de tecido de gordura maior e questões hormonais também. Daí a “briga” por colocar o ar condicionado mais potente ou por desligá-lo.

O que fazer se no ambiente de trabalho, por causa do ar-condicionado, meu nariz escorre?

O problema do ar condicionado no trabalho é algo corriqueiro. Sugiro que você não fique na frente e/ou embaixo da saída do ar condicionado onde sai o ar mais gelado. Troque de lugar com alguém que tenha mais calor. Se isso for impossível, sugiro que você vá bem agasalhada ou leve uma blusa para o trabalho. Se mesmo assim não estiver melhor, é hora de procurar um otorrinolaringologista para otimizar o seu tratamento.


quarta-feira, 23 de janeiro de 2019

10 mitos e verdades sobre varizes


Salto alto, calça apertada, passar muito tempo sentado... nem tudo é verdade quando se trata dos hábitos que agravam ou amenizam as varizes

O incômodo com a presença das varizes vai além da questão estética. Se não forem tratadas, podem se tornar um fator de risco para problemas de saúde, como trombose venosa e úlceras na pele.

A boa notícia é que existem saídas para tratar os tubos dos membros inferiores antes que causem mais dor de cabeça. E dá para evitar também.

Porém, são muito os boatos e informações incertas circulando pelo boca a boca e até na internet. Veja abaixo 10 mitos e verdades sobre as varizes:

1. Salto alto – MITO
Não há nenhuma relação: algumas mulheres se sentem bem quando usam, outras relatam o contrário.

2. Pílula – VERDADE
Ela mexe com os hormônios femininos, que, por sua vez, têm influência na integridade das veias.

3. Ficar em pé – VERDADE
Quem está sempre de um lado para outro tem maior risco. A meia elástica atua na prevenção.

4. Calça apertada – MITO
O uso é mais questão de gosto, pois não atrapalha nem ajuda no funcionamento dos ductos sanguíneos.

5. Musculação – MEIA VERDADE
Na medida certa, é uma aliada. Em excesso, como no halterofilismo, vira inimiga.

6. Calor – VERDADE
Temperaturas altas dilatam os vasos, o que promove mais inchaço em quem já tem o problema.

7. Cama inclinada – VERDADE
Colocar um calço nos pés da cama para que as pernas fiquem um pouco mais elevadas é uma boa ideia.

8. Ficar sentado – MEIA VERDADE
Não está 100% relacionado, mas é um indicador importante de sedentarismo.

9. Depilação – MITO
Alguns trabalhos chegaram a investigar isso, mas não encontraram nenhuma evidência de malefício.

10. Pernas cruzadas – MITO
Uma coisa não tem nada a ver com a outra. Permanecer nessa postura por vários minutos só leva ao formigamento.

Fonte: https://saude.abril.com.br/medicina/10-mitos-e-verdades-sobre-varizes/ - Por André Biernath - Foto: LightFieldStudios/Getty Images

segunda-feira, 19 de novembro de 2018

11 mitos e verdades sobre a pílula do dia seguinte


É 100% eficaz? Engorda? Provoca aborto? Especialistas explicam tudo!

DIU, pílula anticoncepcional, implantes hormonais… Quase todos os métodos contraceptivos são planejados para prevenir uma gestação antes ou durante a relação sexual. A exceção é a pílula do dia seguinte, que pode evitar a gravidez após o sexo. Ah, a partir daqui vamos chamá-la de PDS, tá?

“Ela utiliza compostos hormonais concentrados e por curto período de tempo para os dias seguintes à relação sexual”, explica a ginecologista Denise de Souza Blaszkowski, que ressalta que a anticoncepção de emergência (o nome técnico da PDS) tem indicação reservada para situações especiais em que o objetivo seja prevenir uma gravidez indesejada. Ou seja, não é para tomar todo mês – o ideal é que você tenha seu método anticoncepcional contínuo.

A PDS é simples e de enorme ajuda para todas as mulheres em idade reprodutiva, mas muitas dúvidas ainda giram em torno do assunto. Para que o assunto fique bem claro para todas nós, conversamos com Denise e com os também ginecologistas Rogério Fenile (mastologista pela Unifesp e membro titular da Sociedade Brasileira de Mastologia) e Renata de Camargo Menezes (especialista em reprodução humana), que esclareceram 10 mitos e verdades sobre a pílula do dia seguinte.

A PDS perde o efeito quando é tomada pela terceira vez em um ano
MITO. Os hormônios da pílula serão absorvidos durante algum tempo e em seguida o organismo volta ao normal. Uma próxima PDS tomada é uma história nova, não importa depois de quanto tempo.
O que precisa ficar muito claro é que ela não deve ser usada como anticoncepcional regular, apenas como método de emergência, pois a alta dose concentrada de hormônio, se tomada com frequência, pode trazer complicações como alteração do ciclo menstrual e sangramentos irregulares.

A PDS é 100% eficaz
MITO. Não existe método anticoncepcional 100% eficaz. A eficácia da PDS varia de acordo com o tempo que já se passou da relação sexual. De acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde), as taxas de falha são de 0,4% (tomada em até 12 horas), 1,2% (em até 24 horas) e 2,7% (em até 48 horas).

A PDS provoca aborto
MITO. Comprovado por pesquisas: a pílula evita ou retarda a ovulação, impede a migração dos espermatozoides (por modificar o muco cervical) e torna o útero um ambiente inóspito para a fixação do embrião. Não há encontro do óvulo com o espermatozóde, o que significa que não ocorre fecundação e, consequentemente, não existe aborto.

A mulher fica inchada depois de tomar a PDS
VERDADE na maioria dos casos. Por ser rica em progesterona, a PDS retém líquidos corporais, por isso é normal que cause algum inchaço. Mas fique tranquila, pois é um efeito colateral temporário e não precisa de medicação para resolver o problema.

A PDS engorda
MITO. Pode causar inchaços, como explicado acima, mas não tem relação com ganho de peso.

O efeito da PDS é melhor se ela for tomada até 24 horas depois do sexo
VERDADE. A PDS pode ser tomada até 72 horas depois da relação sexual, mas as taxas de falha vão aumentando progressivamente. Como dissemos ali em cima, são de 0,4% em até 12 horas e 1,2% em até 24 horas. Em 72 horas, por exemplo, a chance de sucesso é de apenas 50%. Quanto antes você tomá-la, melhor.

Uma PDS equivale a cinco pílulas anticoncepcionais de uso diário
MITO. A dose hormonal é aumentada para que o efeito seja rápido, mas não chega a esse valor.

Tomar duas PDS de uma vez aumenta a chance de sucesso de seu efeito
MITO. O que aumenta é o risco de efeitos colaterais, não a chance de sucesso. A PDS deve ser tomada de acordo com as indicações do fabricante; algumas têm prescrição para tomar uma e, depois de 12 horas, outra e esse intervalo deve ser respeitado.

A única indicação para tomá-la novamente é em caso de vômito até 3 horas depois de ingerir a PDS. Neste caso, primeiro é recomendado tomar um antiemético (remédio para controlar o enjoo ou a náusea) e depois a PDS.

A PDS perde o efeito se a mulher tiver ingerido álcool até 24 horas antes de tomá-la
MITO. Bebidas alcoólicas não têm nenhuma relação com o efeito dos hormônios da pílula do dia seguinte.

Quem usa método anticoncepcional regular não deve tomar PDS
VERDADE. O organismo se adapta ao método anticoncepcional de escolha da mulher, diminuindo o risco de ela engravidar. Nestes casos, a PDS apenas dá uma sobrecarga hormonal desnecessária.

Tomar a PDS antes da relação sexual aumenta seu efeito
MITO. Ela sempre deve ser tomada depois da relação sexual e não deve ser tomada rotineiramente, pois, como já colocamos acima, tem efeitos colaterais devido à sua alta dosagem hormonal. Não é demais ressaltar que se trata de um método de emergência apenas.

Fonte: https://mdemulher.abril.com.br/saude/11-mitos-e-verdades-sobre-a-pilula-do-dia-seguinte/ - Por Raquel Drehmer - PhotoAlto/Frederic Cirou/Getty Images

segunda-feira, 30 de julho de 2018

10 mitos e verdades sobre os antioxidantes


Eles estão ligados à prevenção de doenças, mas também suscitam erros quanto ao potencial de salvar a pátria da saúde. O que são e fazem os antioxidantes?

Outra vez a dieta mediterrânea caiu nas graças da ciência. Pesquisadores da Universidade de Nova York, nos Estados Unidos, analisaram dados de mais de 500 mil pessoas e concluíram que o cardápio rico em azeite, peixes, frutas e hortaliças age como um escudo contra os efeitos da poluição. Do ponto de vista molecular, todos os louros dessa proteção vão para uma famosa classe de substâncias, os antioxidantes.

Se o corpo fosse o palco de um conto de fadas, daria pra dizer que eles são os cavaleiros que exterminam dragões. O inimigo, no caso, são os radicais livres. Ocorre que a vida real não tem um script tão simples e maniqueísta. Inclusive existem estudos mostrando que, na forma de suplementos, nem sempre os antioxidantes provam seu valor.

A história que alçou o grupo ao estrelato surgiu com os experimentos do médico americano Denham Harman (1916-2014), mas vem sendo reescrita diante de novos achados. Quem deve prestar atenção em particular são aquelas pessoas que confiam nessas moléculas como uma fórmula mágica para curar doenças e chegar aos 100 anos. “Os antioxidantes não devem ser vistos como uma panaceia”, adianta o bioquímico Luís Eduardo Soares Netto, do Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo (USP).

Nessa toada, tem gente que vive engolindo um monte de cápsulas por conta, hábito que exige cautela. Há indícios de que o excesso de vitaminas e de betacaroteno, por exemplo, eleva o risco de certos tumores – e aí o mocinho viraria bandido. Outra reviravolta no roteiro tem a ver com os radicais livres. “Há 20 anos se pensava que todos eram danosos, mas alguns deles são essenciais à imunidade”, conta a biogerontóloga Ivana Cruz, professora da Universidade Federal de Santa Maria, no Rio Grande do Sul.

Ancorada em novos conceitos e evidências – como os de uma revisão publicada por holandeses no periódico Trends in Pharmacological Sciences -, SAÚDE busca, a seguir, desfazer as principais confusões desse enredo.

1. Quanto mais antioxidante, melhor
MITO. A virtude, já diziam os sábios e repetem os cientistas, está no equilíbrio. Até porque, mesmo os radicais livres, os alvos dos antioxidantes, têm papéis a cumprir. “Entre outras funções, eles agem em um tipo de sinalização para que células de gordura, os adipócitos, se convertam em músculos”, ilustra o professor Luís Netto, que é membro do Cepid Redoxoma, projeto brasileiro que reúne experts em processos oxidativos. Até o óxido nítrico, que dilata os vasos sanguíneos e favorece o fluxo sanguíneo, é um tipo de radical livre.
Entupir-se de antioxidantes ainda traz riscos de toxicidade e outros perrengues. O consumo abusivo de suplementos de vitamina C já foi associado a pedras nos rins, por exemplo. O engenheiro de alimentos Mário Maróstica, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), conta que uma pesquisa feita em seu laboratório com o pó de casca de jabuticaba mostrou que doses excessivas anulam a ação antioxidante das antocianinas. Ou seja, o benefício vai para o ralo.

2. Devemos aumentar a ingestão de frutas e verduras
VERDADE. A história de que não adianta exagerar nos antioxidantes não deve servir de desculpa para economizar nos vegetais, as principais fontes naturais dessas substâncias. E os brasileiros vêm deixando a desejar nesse ponto.
A recomendação da Organização Mundial da Saúde é comer pelo menos cinco porções (ou 400 gramas) por dia. “Como as plantas estão expostas a fatores oxidantes como pragas e oscilações de temperatura, produzem uma série de substâncias protetoras”, explica a professora Ivana Cruz.
Para garantir os antioxidantes, quanto mais colorido o prato, melhor. Tons arroxeados denunciam antocianinas. Polpas avermelhadas e laranja, por sua vez, são fontes de carotenoides. De quebra, hortaliças e frutos entregam também vitaminas e sais minerais.
A nutricionista Ariana Vieira Rocha, doutora em ciência dos alimentos e nutrigenética pela USP, explica, ainda, que a ação antioxidante dos alimentos tende a se potencializar pela interação entre os compostos reunidos ali.

3. Antioxidantes curam doenças
MITO. Um relatório de estudiosos de Harvard, nos Estados Unidos, confirma o elo entre o excesso de radicais livres e o aparecimento de doenças crônicas, como câncer e males cardiovasculares. Só que o mesmo documento salienta que esse mecanismo não valida a teoria de que antioxidantes seriam capazes de consertar os estragos já feitos. Não são, portanto, remédio!
A dinâmica é outra quando se fala em prevenção. Pesquisas sinalizam que manter bons níveis dessas substâncias na dieta e no organismo colabora com a redução do risco de problemas ligados ao envelhecimento, caso dos próprios tumores.
Brócolis, couve-flor, couve-manteiga e couve-de-bruxelas, ou seja, a turma dos crucíferos, vira e mexe ganham destaque nos estudos. É que eles esbanjam compostos bioativos como o sulforafano. Essa molécula defende as células de toxinas e neutraliza agentes capazes de gerar danos até mesmo no DNA – situação que abre o caminho para o câncer aparecer.

4. Todo antioxidante é igual
MITO. “Cada um atua em um determinado sítio”, ensina o bioquímico Luís Netto. Assim, não é difícil imaginar que há muitas diferenças entre os antioxidantes se lembrarmos que nosso organismo tem vários tipos de tecidos. E, mesmo dentro das células, cada um tem afinidade com uma estrutura.
“A vitamina E é do grupo lipossolúvel e tem compatibilidade com as membranas celulares, que são compostas de gordura”, cita o professor. A vitamina C, por sua vez, é hidrossolúvel e atua em outras bandas, de meio aquoso. Esse trabalho conjunto defende o DNA, que fica guardado no núcleo da célula. Inclusive, os vegetais oferecem uma combinação genuína de fitoquímicos – e cada molécula do time apresenta uma função específica.
Portanto, não existe um único antioxidante capaz de impedir todos os danos. Aliás, vale contar que o corpo também produz agentes contra os radicais livres, caso das enzimas catalase e glutationa peroxidase. “Elas os transformam em água”, resume a professora Ivana.

5. Vale conversar com o profissional de saúde
VERDADE. O recado se destina sobretudo aos amantes das cápsulas. Para a nutricionista Ana Beatriz Barrella, da RG Nutri, na capital paulista, a suplementação deve ser restrita a casos de déficit de nutrientes ou para atletas de alta intensidade. “Os estudos ainda são muito controversos quanto à sua recomendação para a população geral”, diz.
Ivana menciona um trabalho italiano recém-publicado que também elege os praticantes de atividade física como candidatos a receber antioxidantes extras. “São sugeridas substâncias como a quercetina, o resveratrol e a curcumina”, relata.
Ainda assim, não é todo esportista que precisa ir além do cardápio. Embora a atividade física incremente a capacidade respiratória e o consumo de oxigênio, resultando no aumento dos níveis de radicais livres, o organismo é tão perfeito que, em resposta, gera mais enzimas antirradicais. Quanto maior o condicionamento do sujeito, mais antioxidantes tendem a ser fabricados para ajudar a suprir a demanda.

6. Existem ingredientes pró-oxidantes
VERDADE. O processo de oxidação, em que se formam os radicais livres, faz parte da vida. O ato de respirar é um grande gerador dessas moléculas. Lembremos das aulas do colégio: nossas células usam o oxigênio para reagir com a glicose e fabricar energia. Essa reação bioquímica também propicia o surgimento dos radicais.
Mas, esperta, a natureza dotou nosso corpo de mecanismos capazes de frustrá-los antes que danifiquem o material genético das células. Quando a gente capricha na ingestão de vegetais, seus compostos bioativos de efeito antioxidante só melhoram essa habilidade de neutralizar processos oxidativos.
Na contramão, o exagero em outros tipos de alimento pode ter a ação oposta. A nutricionista Ariana Rocha afirma que o elevado consumo de açúcar, de gordura trans e de álcool pende a balança para a oxidação. E, de sobra, esse desequilíbrio contribui com processos inflamatórios. Eis um combo terrível para as artérias, o coração e o cérebro.

7. Alimentos perdem antioxidantes quando cozidos
VERDADE. Mas tudo vai depender do tipo de comida. Alguns compostos ficam até mais disponíveis para o corpo quando passam pelo fogo. O professor Mario Maróstica conta que o betacaroteno da cenoura e o licopeno do tomate são mais bem aproveitados depois de cozidos. “Quando esses alimentos são aquecidos, ocorre uma quebra em certas estruturas e essas substâncias são liberadas”, explica.
Veja bem: não é para submeter os vegetais à altíssima temperatura sob pena de comprometer textura, aroma e seus componentes. Outro truque culinário é acrescentar um fio de óleo aos vegetais para otimizar ainda mais a absorção pelo nosso corpo – o azeite cai muito bem.
Já a turma que estampa coloração arroxeada, caso da jabuticaba e do repolho roxo, deve ser consumida preferencialmente crua. É que as antocianinas se perdem com o calor. O mesmo vale para as frutas cítricas, que esbanjam vitamina C. O ideal é descascar a laranja e saboreá-la na sequência mesmo.

8. Antioxidantes são a chave para uma vida longa
MITO. “Não dá para dizer que a longevidade depende exclusivamente dessas substâncias”, afirma a nutricionista Vanderlí Marchiori, da Associação Paulista de Fitoterapia. A expectativa de vida é pautada por uma porção de fatores, genéticos e ambientais, e outros hábitos à mesa, como a ingestão adequada de proteínas, carboidratos e gorduras.
Quem segue a cartilha da boa alimentação sabe que o melhor é priorizar as fontes gordurosas e proteicas mais saudáveis, além de dar maior espaço no cardápio para o carboidrato de baixo índice glicêmico, aquele que promove a entrada gradual da glicose no sangue. Assim, a lista de compras deve ser preenchida com frutas e hortaliças, peixes, cortes de carne magros, ovos, castanhas, cereais integrais…
Além da prática regular de exercícios, Vanderlí chama a atenção para a qualidade do sono, decisivo para frustrar os radicais livres e reparar os tecidos. “E também é fundamental evitar o tabaco e o abuso de álcool”, completa a nutricionista.

9. Nem tudo no mercado é fonte de antioxidante
VERDADE. Embora existam, sim, excelentes opções nas prateleiras, cuidado para não se iludir com falsas promessas. Vanderlí destaca sucos integrais e alguns tipos de farinhas feitas com sementes de uva como produtos interessantes. “Ainda assim, o ideal é pedir orientação de um especialista antes de sair por aí comprando itens específicos”, sugere. Isso porque a quantidade a ser consumida e o tempo de uso podem variar de acordo com cada perfil.
Cabe aqui lembrar que antioxidantes são, há tempos, ingredientes aliados da indústria. Eles contribuem para retardar a deterioração dos alimentos, impedindo a oxidação de gorduras e o ranço, entre outros atributos. Sulfitos e hidroxianisol butilado (BHA) estão entre os mais conhecidos. Espie o rótulo e poderá encontrá-los lá. Ana Beatriz comenta que os fabricantes têm buscado alternativas naturais e que tenham alguma propriedade funcional. “Trata-se de uma exigência dos próprios consumidores”, diz. A dica é: olho no rótulo sempre!

10. Não há contraindicação para suplementos
MITO. Um estudo clássico dos anos 1980 é ainda hoje citado pelos experts para justificar por que a suplementação nem sempre é inofensiva. O trabalho, envolvendo 29 mil voluntários, foi feito na Finlândia com o objetivo de provar os benefícios de cápsulas com altas doses de betacaroteno. Qual foi a surpresa ao verificar que, entre os fumantes, não havia proteção alguma e, para piorar, eles apresentavam um risco 18% maior de ter câncer de pulmão!
Outra experiência, essa mais recente e conduzida em laboratórios da Suécia, revela que suplementos das vitaminas A, C e E estariam por trás do crescimento de tumores em animais que já apresentavam a doença. A explicação é que o exagero nesses antioxidantes seria capaz de desarmar um mecanismo de supressão do câncer.
Atenção: esses achados não são mencionados para causar alarde. Suplementos podem ser bem-vindos, desde que no contexto certo. E quem está apto a determinar isso é um bom profissional de saúde.

Como os antioxidantes preservam as células

1. Eles neutralizam os radicais livres, átomos ou moléculas que precisam de elétrons para se estabilizar.
2. Os radicais roubam elétrons da vizinhança. Quem fica sem seu par sai à caça, reação que causa danos às células.
3. Os antioxidantes bloqueiam esse processo ao doar elétrons aos radicais. Assim, as células e seu DNA são preservados.

Os antioxidantes e suas fontes à mesa

Vitamina A: Manga, espinafre, gema de ovo, fígado…
Vitamina C: Laranja, acerola, caju, morango…
Vitamina E: Azeite de oliva, nozes, abacate…
Selênio: Castanha-do-pará, frango, feijão, leite…
Zinco: Peixes, frutos do mar, cereais…
Betacaroteno: Cenoura, abóbora, mamão…
Licopeno: Goiaba, tomate, melancia…
Antocianinas: Jabuticaba, açaí, repolho roxo…
Catequinas: Chá-verde, cereja, pera…
Quercetinas: Maçã, cebola, chocolate amargo…
Resveratrol: Uva, vinho tinto, amendoim…
Sulforafano: Brócolis, couve, couve-flor…

Fonte: https://saude.abril.com.br/medicina/10-mitos-e-verdades-sobre-os-antioxidantes/ - Por Regina Célia Pereira - Foto: Bruno Marçal/SAÚDE é Vital