sábado, 11 de setembro de 2021

Exercício físico e seus efeitos na saúde e no sono


Otimizar a prática de exercícios pode melhorar a qualidade do sono, e dormir uma quantidade adequada pode promover a atividade física durante o dia

 

Atividade física: mecanismos sobre a saúde e o sono ainda precisam ser elucidados, mas a maioria dos estudos considera que o efeito geral é positivo. Crédito: Pxfuel

 

Salvo engano, até os sedentários não negam os benefícios da prática de exercícios físicos para a promoção da saúde. Já os especialistas em sono acrescentam ao rol de efeitos positivos dos exercícios a melhoria da qualidade do sono. No entanto, alertam para que a prática seja evitada próximo da hora de ir dormir, o que dificultaria o adormecer. Por outro lado, os mecanismos que explicam essa relação entre exercícios e sono ainda não estão totalmente esclarecidos.

 

Em 2017, um grupo de pesquisadores da Universidade da Califórnia fez uma revisão sistemática a partir de um levantamento bibliográfico dos quatro anos anteriores exatamente sobre a relação exercício-sono. Medidas objetivas ou subjetivas do sono e uma intervenção de exercícios de acordo com as diretrizes recomendadas pelo American College of Sports Medicine foram os critérios que incluíram 34 estudos na revisão. Dentre esses, 29 estudos concluíram que os exercícios melhoraram a qualidade ou a duração do sono. No entanto, quatro não encontraram nenhuma diferença e um relatou um impacto negativo do exercício no sono. Fatores como idade, estado de saúde e tipo ou intensidade do exercício podem explicar a variação observada entre os resultados dos estudos revisados.

 

A prática de exercícios foi especialmente positiva entre pessoas mais velhas de modo a promover um aumento da eficiência e da duração do sono, independentemente do modo e da intensidade da atividade, principalmente em populações portadoras de doenças.

 

Efeitos positivos substanciais

Os autores concluem que o sono e o exercício exercem efeitos positivos substanciais um sobre o outro, porém ressaltam que os mecanismos por trás dessas observações devem ser elucidados.

 

O aumento da temperatura corporal durante a prática de exercícios é, sem dúvida, um fator que, reconhecidamente, altera a latência do sono, dificultando o adormecer, quando os exercícios são realizados imediatamente antes do início do sono. Exercícios aeróbicos também liberam endorfinas, aumentando o estado de alerta, o que reforça a recomendação de se evitar exercícios físicos antes do sono. Por outro lado, exercícios físicos praticados ao longo do dia promovem o alerta e reduzem a sonolência, de forma a reduzir a latência de sono à noite. A prática de exercício moderado regularmente, durante os momentos de lazer, contribui para a redução do peso corporal e de dores musculoesqueléticas, além de melhorar a capacidade respiratória. Em conjunto, esses fatores reduzem a chance de desenvolvimento de doenças, inclusive distúrbios de sono.

 

Assim, ainda que não se tenham elucidado todos os mecanismos envolvidos na melhoria da qualidade de sono decorrente da prática de exercícios, já existe uma base consistente de evidências para recomendar a prática de exercícios como uma medida de promoção do sono de boa qualidade. Há, por exemplo, evidências suficientes para a National Sleep Foundation americana reconhecer que o sono e os exercícios têm uma relação bidirecional. Em outras palavras, otimizar a prática de exercícios pode potencialmente melhorar a qualidade de sono e dormir uma quantidade adequada pode promover a atividade física durante o dia.

 

O melhor horário

Resta ainda saber qual é o melhor horário para a prática da atividade física. O sistema de temporização biológico regula os processos do corpo com um ritmo de aproximadamente 24 horas. Esse sistema influencia muitos aspectos do desempenho, variando de efeitos fisiológicos a fatores motivacionais, perceptivos e cognitivos.

 

Do ponto de vista biológico, faz sentido supor que o desempenho da atividade física no final da tarde é melhor que quando realizada de manhã. Em um estudo sobre a hora do dia de atividade física (manhã versus noite) e efeitos do consumo de uma dieta rica em gordura no controle glicêmico, pesquisadores australianos acompanharam homens com sobrepeso/obesidade que consumiram uma dieta com 65% da energia da gordura por 11 dias consecutivos. Após cinco dias de dieta, os participantes foram aleatoriamente alocados para exercícios pela manhã (6h30), exercícios no final da tarde (18h30) ou nenhum exercício nos cinco dias subsequentes. Vinte e quatro participantes completaram o estudo e foram incluídos nas análises (oito por grupo).

 

A prática de atividade física teve um impacto menor do que a dieta rica em gordura nas mudanças nos metabólitos circulantes, e apenas o exercício realizado no final da tarde foi capaz de reverter parcialmente algumas das mudanças induzidas pela dieta rica em gordura nos perfis metabolômicos. As melhorias na aptidão cardiorrespiratória foram semelhantes, independentemente da hora do dia da atividade física. No entanto, melhorias no controle glicêmico e reversão parcial das mudanças induzidas por uma dieta rica em gordura nos perfis metabólicos foram observadas apenas quando os participantes se exercitaram no final da tarde.

 

Características biológicas

Em outro estudo, pesquisadores da Universidade de Groningen, na Holanda, investigaram o efeito da hora do dia na avaliação do desempenho físico de atletas olímpicos. Os pesquisadores observaram que o pior desempenho foi no início da manhã, por volta das 5 horas, enquanto o melhor foi observado no final da tarde, por volta das 17 horas.

 

Assim, embora o senso comum sugira que a melhor hora do dia para a prática de atividade física seja de manhã cedo, estudos sugerem que tal afirmativa não é válida de modo genérico. Em primeiro lugar, deve-se levar em conta características biológicas da pessoa, o que leva à variação do desempenho ao longo do dia. Um vespertino extremo deve expressar seu melhor desempenho no início da noite, enquanto um matutino extremo, bem mais cedo. Outra consideração diz respeito ao desempenho esperado do treinamento físico. É óbvio que atletas preferem horários em que seu desempenho é melhor, mas se o objetivo do treino for a promoção da saúde, é provável que o desempenho não seja tão importante.

 

Exercícios leves e moderados podem ser praticados pela manhã quando não há a preocupação com o desempenho e desde que sejam realizados apenas por pessoas que se sentem bem se exercitando nesse horário. Já o controle glicêmico parece ser mais eficiente quando o treino é realizado no final da tarde. Por fim, a preocupação com o aumento do tempo para adormecer devido à prática de atividade física próxima do horário de início do sono não impede que esta seja realizada no final da tarde, desde que seja realizada algumas horas antes do início do sono.


Fonte: https://www.revistaplaneta.com.br/exercicio-fisico-e-seus-efeitos-na-saude-e-no-sono/ - Claudia R. C. Moreno é professora da Faculdade de Saúde Pública (FSP) da USP. - Texto: Claudia R. C. Moreno | Jornal da USP                    

sexta-feira, 10 de setembro de 2021

Escolhas alimentares podem somar (ou tirar) de minutos a anos de vida


Com foco em saúde e sustentabilidade ambiental, pesquisadores americanos conseguiram quantificar como as opções alimentares afetam a duração da vida de cada um

 

Comer mais frutas e vegetais pode ter um impacto significativo na saúde de uma pessoa - e na do planeta também. Crédito: Pikrepo

 

As opções vegetarianas e veganas se tornaram o padrão na dieta americana, de restaurantes sofisticados a redes de fast-food. E muitas pessoas sabem que as escolhas alimentares que fazem afetam sua própria saúde, bem como a do planeta.

 

Mas, diariamente, é difícil saber o quanto as escolhas individuais, como comprar verduras no supermercado ou pedir asinhas de frango em um bar, podem se traduzir na saúde geral pessoal e ambiental. Essa é a lacuna que esperamos preencher com nossa pesquisa.

 

Fazemos parte de uma equipe de pesquisadores com experiência em sustentabilidade alimentar e avaliação do ciclo de vida ambiental, epidemiologia e saúde ambiental e nutrição. Estamos trabalhando para obter uma compreensão mais profunda, além do debate, muitas vezes excessivamente simplista, da dieta animal versus vegetal e para identificar alimentos ambientalmente sustentáveis ​​que também promovam a saúde humana.

 

Com base nessa experiência multidisciplinar, combinamos 15 fatores de risco dietéticos baseados na saúde nutricional com 18 indicadores ambientais para avaliar, classificar e priorizar mais de 5.800 alimentos individuais.

 

Em última análise, queríamos saber: são necessárias mudanças drásticas na dieta para melhorar nossa saúde individual e reduzir os impactos ambientais? E toda a população precisa se tornar vegana para fazer uma diferença significativa para a saúde humana e do planeta?

 

Colocando números

Em nosso novo estudo na revista científica Nature Food, fornecemos alguns dos primeiros números concretos para a carga de saúde de várias escolhas alimentares. Analisamos os alimentos individuais com base em sua composição para calcular os benefícios ou impactos líquidos de cada item alimentar.

 

O Índice Nutricional de Saúde que desenvolvemos transforma essas informações em minutos de vida perdidos ou ganhos por porção de cada alimento consumido. Por exemplo, descobrimos que comer um cachorro-quente custa a uma pessoa 36 minutos de vida “saudável”. Em comparação, descobrimos que comer uma porção de 30 gramas de nozes e sementes proporciona um ganho de 25 minutos de vida saudável – ou seja, um aumento na expectativa de vida de boa qualidade e livre de doenças.

 

Nosso estudo também mostrou que substituir apenas 10% da ingestão calórica diária de carne bovina e carnes processadas por uma mistura diversa de grãos inteiros, frutas, vegetais, nozes, legumes e frutos do mar selecionados poderia reduzir, em média, a pegada de carbono na dieta de um consumidor americano por um terço e adicionar 48 minutos saudáveis ​​de vida por dia. Esta é uma melhoria substancial para uma mudança tão limitada na dieta.

 

Posições relativas de alimentos selecionados, de maçãs a cachorros-quentes, são mostradas em um mapa pegada de carbono x saúde nutricional. Alimentos com boa pontuação, mostrados em verde, têm efeitos benéficos na saúde humana e uma baixa pegada ambiental. Crédito: Austin Thomason/Michigan Photography e Universidade de Michigan, CC BY-ND

 


Como calcular?

Baseamos nosso Índice Nutricional de Saúde em um grande estudo epidemiológico denominado Global Burden of Disease, um estudo global e banco de dados abrangente desenvolvido com a ajuda de mais de 7 mil pesquisadores em todo o mundo. O Global Burden of Disease determina os riscos e benefícios associados a vários fatores ambientais, metabólicos e comportamentais – incluindo 15 fatores de risco dietéticos.

 

Nossa equipe pegou esses dados epidemiológicos de nível populacional e os adaptou para o nível de alimentos individuais. Levando em consideração mais de 6 mil estimativas de risco específicas para cada idade, sexo, doença e risco, e o fato de que há cerca de meio milhão de minutos em um ano, calculamos o fardo para a saúde que vem com o consumo de um grama de comida para cada um dos fatores de risco dietéticos.

 

Por exemplo, descobrimos que, em média, 0,45 minuto é perdido por grama de qualquer carne processada que uma pessoa come nos Estados Unidos. Em seguida, multiplicamos esse número pelos perfis alimentares correspondentes que desenvolvemos anteriormente. Voltando ao exemplo do cachorro-quente, os 61 gramas de carne processada em um sanduíche de cachorro-quente resultam em 27 minutos de vida saudável perdidos devido apenas a essa quantidade de carne processada. Então, ao considerar os demais fatores de risco, como o sódio e os ácidos graxos trans dentro do cachorro-quente – contrabalançados pelo benefício de sua gordura poli-insaturada e fibras –, chegamos ao valor final de 36 minutos de vida saudável perdidos por cachorro-quente.

 

Repetimos esse cálculo para mais de 5.800 alimentos e pratos mistos. Em seguida, comparamos as pontuações dos índices de saúde com 18 métricas ambientais diferentes, incluindo pegada de carbono, uso da água e impactos na saúde humana induzidos pela poluição do ar. Por fim, usando essa conexão saúde e meio ambiente, codificamos por cores cada item alimentar como verde, amarelo ou vermelho. Como um semáforo, os alimentos verdes têm efeitos benéficos à saúde e baixo impacto ambiental e devem ser aumentados na dieta, enquanto os vermelhos devem ser reduzidos.

 

Para onde vamos daqui?

Nosso estudo nos permitiu identificar certas ações prioritárias que as pessoas podem realizar para melhorar sua saúde e reduzir sua pegada ambiental.

 

Quando se trata de sustentabilidade ambiental, encontramos variações surpreendentes tanto dentro como entre alimentos de origem animal e vegetal. Para os alimentos “vermelhos”, a carne bovina tem a maior pegada de carbono em todo o seu ciclo de vida – duas vezes mais alta que a carne de porco ou cordeiro e quatro vezes a de aves e laticínios. Do ponto de vista da saúde, eliminar a carne processada e reduzir o consumo geral de sódio proporciona o maior ganho de vida saudável em comparação com todos os outros tipos de alimentos.

 

Portanto, as pessoas podem considerar ingerir menos alimentos com alto teor de carne bovina e processada, seguidos de carne de porco e cordeiro. E, notavelmente, entre os alimentos à base de plantas, os vegetais cultivados em estufa tiveram uma pontuação baixa nos impactos ambientais devido às emissões de combustão originárias do aquecimento.

 

Os alimentos que as pessoas podem considerar aumentar são aqueles que têm altos efeitos benéficos para a saúde e baixo impacto ambiental. Observamos muita flexibilidade entre essas opções “verdes”, incluindo grãos inteiros, frutas, vegetais, nozes, legumes e peixes e frutos do mar de baixo impacto ambiental. Esses itens também oferecem opções para todos os níveis de renda, gostos e culturas.

 

O consumo de carne bovina teve os maiores impactos ambientais negativos, e a carne processada teve os efeitos adversos gerais à saúde mais importantes. Crédito: Pikrepo

 

Outros fatores importantes

Nosso estudo também mostra que, quando se trata de sustentabilidade alimentar, não basta considerar apenas a quantidade de gases de efeito estufa emitidos – a chamada pegada de carbono. Técnicas de economia de água, como irrigação por gotejamento e reutilização de água cinza – ou águas residuais domésticas, como as de pias e chuveiros – também podem representar passos importantes para reduzir a pegada hídrica da produção de alimentos.

 

Uma limitação de nosso estudo é que os dados epidemiológicos não nos permitem diferenciar dentro do mesmo grupo de alimentos, como os benefícios para a saúde de uma melancia versus uma maçã. Além disso, os alimentos individuais sempre precisam ser avaliados dentro do contexto da dieta individual de cada um, considerando o nível máximo acima do qual os alimentos não são mais benéficos – não se pode viver para sempre apenas aumentando o consumo de frutas.

 

Adaptações regulares

Ao mesmo tempo, nosso Índice Nutricional de Saúde tem potencial para ser adaptado regularmente, incorporando novos conhecimentos e dados à medida que se tornam disponíveis. E pode ser customizado no mundo todo, como já foi feito na Suíça.

 

Foi encorajador ver como pequenas mudanças direcionadas poderiam fazer uma diferença significativa tanto para a saúde quanto para a sustentabilidade ambiental – uma refeição por vez.

 

** Este artigo foi republicado do site The Conversation sob uma licença Creative Commons.

 

Fonte: https://www.revistaplaneta.com.br/escolhas-alimentares-podem-somar-ou-tirar-de-minutos-a-anos-de-vida/ - Texto: Olivier Jolliet e Katerina S. Stylianou | The Conversation   

quinta-feira, 9 de setembro de 2021

Futebol de botão: uma saudade da minha adolescência

     


     Esta semana, dando aula online aos alunos do Colégio O Saber e explicando sobre os esportes que são variantes do futebol de campo, apresentei a eles um vídeo que falava do futebol de mesa, popularmente conhecido como jogo de botão ou futebol de botão. Então, comentei com os alunos que na minha adolescência eu jogava esse jogo, e lhes contei uma parte da história que foi mais ou menos assim:   

 

     Algum tempo atrás, Dr. Adilson me presenteou com uma foto do seu time de botões, provavelmente, a maioria dos atletas feitos por mim, já que eu fui o maior fabricante de botões de Itabaiana que se tem notícia, pois cheguei a fazer mais de mil, o que daria mais de 100 times. Os botões eram feitos de acrílico, casca de coco, mica de avião, etc. Aprendi a fazer botões com meu irmão Tonho, que ao passar na prova da Escola Técnica Federal, em 1975, foi estudar em Aracaju e me vendeu o esmeril manual. Na época, eu tinha 13 anos, e de tanto vê-lo fazer os botões, acabei aprendendo. Alguns anos depois, vendi o esmeril ao meu primo Luiz de Tonho de Rosa que continuou a fabricá-los.

 

     O processo de fabricação dos botões era simples: eu pegava a placa de acrílico e com um compasso fazia círculos do tamanho desejado do botão. Em seguida, esquentava uma faca no fogão à lenha, cortava e colava com a cola Araldite duas ou três partes para formar o botão. Depois de colado, aproximadamente após uma hora, arredondava no esmeril até ter o formato do botão. Lixava-o na lixa de madeira e, posteriormente, na lixa d’água fina par tirar os arranhões. Para finalizar, passava pasta incolor de sapato e tirava o excesso em uma flanela, estava pronto o futuro artilheiro do jogo de botão.

 

     Minha mãe, Dona Graça (in memoriam) era costureira, então eu comprava a flanela e pedia a ela que costurasse uma espécie de capa para guardar os botões, e vendia juntamente com o time para quem quisesse, pois os protegia de serem arranhados. Às vezes, eu também fazia o botão por encomenda, quando a pessoa só queria comprar um ou dois botões, especificamente, de defesa ou ataque, já que tinha diferenças: o botão da defesa era maior e mais alto e o do ataque era menor e mais baixo, o artilheiro. Na época, usávamos uma caixa de fósforo como goleiro, mas tinha pessoas que pediam para que eu fizesse de acrílico grosso ou de várias camadas de acrílico. A equipe de botão era composta por 11 jogadores, e a arrumação no campo era feita com um goleiro, 5 botões na defesa e 5 no ataque, numerados na parte superior com números da folhinha de parede. A bola do jogo era feita no esmeril com milho seco ou acrílico. Para deslocar os botões no campo usávamos uma palheta fina e redonda de acrílico. Quando os botões ficavam travados no campo, eu colocava talco de bebê para que eles se descolassem com mais velocidade.

 

     Como jogador, fiz partidas memoráveis e disputas de campeonatos com meus amigos de infância e adolescência como: Luiz Antônio, Tonho de Crispim, Flauvinaldo, Zanza, Givaldo (in memoriam), Jairo, Luiz de Tonho de Rosa, Carlos Alberto “Rolopeu” (in memorian), Dinho, Alvino, Balsa, Saulo, Rubinho e outros mais. O meu campo de jogar botão, feito pela família de Branco marceneiro, se chamava Brinco de Ouro, referência ao estádio de futebol do Guarani de São Paulo, e cheguei a levá-lo a casa de vários amigos para jogar com eles. Modéstia à parte, eu era um dos melhores jogadores da época.

 

     Apesar de ter feito mais de mil botões, não guardei nenhum time porque eu fazia para vender e ganhar dinheiro. O último time de botão que eu fiz, foi do Grêmio, com acrílico azul e grosso por baixo e tirinhas de preto, branco e azul por cima, e o vendi ao amigo Carlos Alberto.

 

     Hoje, tenho guardado dois times de fábrica que comprei na loja, mas não substituem os botões feitos manualmente por mim. Saudades dos tempos da minha adolescência e dos jogos de botões, tempo que não voltará mais.

 

Por José Costa

8 benefícios do vinho para a saúde


O consumo moderado da bebida pode causar impacto positivo na saúde do corpo e da mente

 

Uma das bebidas mais antigas do mundo, o vinho faz parte da rotina alimentar de muitas pessoas. Popular em países europeus e sul-americanos, como Chile e Argentina, ele vem ganhando cada vez mais espaço entre os brasileiros - que aumentam seu consumo a cada ano.

 

Além de seu sabor marcante, que varia de acordo com a data de produção e tipo de uva utilizada na fabricação, o vinho é conhecido por conter propriedades benéficas para o corpo e mente.

 

"Isso se deve mais especificamente ao polifenol chamado de resveratrol, presente nas cascas das uvas tintas, que tem mais influência sobre nosso corpo, especialmente no que diz respeito à formação do colesterol bom", explica a nutricionista Greice Carolina.

 

Para usufruir de todas essas vantagens, é necessário fazer o consumo moderado da bebida: no geral, os especialistas recomendam uma taça de vinho (200 ml) por dia para mulheres e até duas para os homens. Lembrando que o consumo excessivo de álcool pode acarretar em diversos riscos para a saúde.

 

Antes de incluí-lo na dieta, é preciso garantir que não haja complicações ou condições específicas que impeçam a ingestão da bebida. Por isso, é sempre importante fazer exames de check up regularmente. Confira a seguir oito benefícios do vinho para a saúde:

 

Protege o coração

Uma série de estudos feitos no mundo todo já indicaram que o vinho pode ajudar a prevenir a aparição de doenças cardíacas, auxiliando no controle da pressão arterial e do colesterol. Segundo uma pesquisa realizada pela Barts and the London School of Medicine e a Queen Mary University, em Londres, os antioxidantes presentes na bebida inibem a produção de camadas gordurosas nas paredes das artérias.

 

Evita o ganho de peso

Uma pesquisa realizada pela Universidade do Estado de Washington, nos Estados Unidos, revelou que beber vinho antes de dormir pode auxiliar na perda de peso durante o sono. Isso ocorre devido ao resveratrol (polifenol), presente principalmente na casca e semente da uva tinta.

"Os polifenóis em frutas aumentam a oxidação de gorduras na dieta de modo que o corpo fica sobrecarregado. Converter gordura branca em gordura marrom auxilia na queima de lipídios e ajuda a manter o corpo em equilíbrio, prevenindo a obesidade e disfunção metabólica", comentou Min Du, professor e cientista que liderou o estudo.

 

Mantém a pele jovem

O vinho também pode ser um aliado da beleza. Um estudo da Universidade de Exeter, na Inglaterra, descobriu que a bebida, assim como o chocolate amargo e o mirtilo, possui propriedades que ajudam a evitar o aparecimento de rugas.

Através de um composto chamado flavonoide, conhecido por seu efeito antioxidante e anti-inflamatório, o vinho promove o rejuvenescimento das células mais velhas, alterando seu comportamento. A quantidade recomendada é de uma taça de vinho para mulheres e até duas para homens por dia.

 

Aumenta a libido

Segundo uma pesquisa feita pela Universidade de Florença, na Itália, com 800 pessoas que se identificaram como mulheres, o vinho pode ajudar a ativar o desejo sexual feminino. As participantes do estudo foram submetidas a um questionário, respondendo questões ligadas ao consumo da bebida, rotina e saúde sexual.

Os resultados indicaram que mulheres acostumadas a beber uma ou duas taças de vinho por dia apresentam um desejo sexual maior em comparação às participantes que não consomem nenhuma dose da bebida.

 

Reduz o diabetes

Além de auxiliar na perda de peso, o resveratrol pode ajudar na diminuição dos níveis de glicemia, fazendo com que ocorra uma melhora na secreção pancreática de insulina. "O principal mecanismo envolvido nesse processo está relacionado à sua capacidade em ativar proteínas de controle presentes no interior da célula, como a sirtuína 1 (Sirt1) e a proteína quinase ativada por AMP (AMPK)", contou a nutricionista Maria Cláudia, em entrevista prévia ao Minha Vida.

 

Diminui dores articulares

Um estudo feito por pesquisadores da Universidade de Wisconsin, nos Estados Unidos, revelou que os polifenóis, grupo do qual o resveratrol faz parte, também possuem capacidade analgésica, principalmente em pacientes vítimas de artrite. Os efeitos analgésicos, ainda que em baixa quantidade, devem-se às características anti-inflamatórias da substância.

 

Melhora a digestão

O vinho é considerado um dos melhores acompanhamentos na hora da refeição. Além do seu sabor que complementa diferentes tipos de pratos, a ingestão da bebida pode ser de grande ajuda para o sistema digestivo.

"Quando se ingere a bebida junto aos alimentos, diminui-se muito o volume de radicais livres na circulação sanguínea durante a digestão. E é justamente neste período que a quantidade de gorduras circulantes é maior. Com isso, há menos chance delas serem oxidadas pelos radicais livres, que acarretaria na formação e deposição de placas de gorduras nas paredes dos vasos sanguíneos", contou o cardiologista Jairo Monson de Souza Filho, em entrevista prévia ao Minha Vida.

 

Diminui sintomas de depressão e ansiedade

De acordo com um estudo feito pela Universidade de Buffalo, nos Estados Unidos, o composto resveratrol também é capaz de evitar e diminuir sintomas de ansiedade e depressão - condições que podem ser induzidas pelo estresse. O componente presente no vinho bloqueia a ação da fosfodiesterase 4, uma enzima influenciada pela corticosterona, regulando a resposta do corpo ao estresse.

 

Fonte: https://www.minhavida.com.br/alimentacao/materias/11960-8-beneficios-do-vinho-para-a-saude - Escrito por Paula Santos

quarta-feira, 8 de setembro de 2021

9 Sinais de que alguém está realmente apaixonado por você


Preste atenção aos detalhes no comportamento da pessoa e será fácil descobrir

 

Quem já se apaixonou sabe muito bem o que acontece com a sua forma de ver o mundo. Quando a mente é tomada pela imagem da pessoa amada, o resto do mundo fica em segundo plano. As cores ficam mais vibrantes, o sorriso fica mais solto, até os olhos começam a sorrir. A alma fica mais leve, os problemas importam menos. Se apaixonar é maravilhoso! Mas, como saber quando alguém está realmente apaixonado por você? Veja essas dicas.

 

1. A pessoa apaixonada quer se mostrar presente

A pessoa que está apaixonada por você quer manter contato o tempo todo. Claro, ela sabe que precisa se segurar para não parecer uma boba e para não atrapalhar sua rotina. Mas, ela vai fazer questão de curtir suas fotos nas redes sociais, talvez fazer algum comentário elogiando. Se já estiverem trocando mensagens, você receberá algumas (ou muitas) por dia, querendo saber como você está ou querendo alegrar seu dia de alguma forma.

 

2. Criar situações de encontro

A paixão faz com que as pessoas fiquem mais criativas e invistam mais em oportunidades de encontro. “Coincidências” podem acontecer, como encontrar a pessoa apaixonada em um lugar que você sempre vai ou esbarrar com ela na rua (nada por acaso, claro).

 

3. Receber presentinhos e surpresas

Existem muitas formas de demonstrar que se está apaixonado por alguém. Para algumas pessoas, dar presentes e fazer surpresas é uma forma bastante adequada. Se a pessoa que está apaixonada por você começar a lhe dar presentinhos, fazer convites ou surpreender você com coisas boas, acabou a dúvida: ela está mesmo caidinha, pois tudo o que ela quer é ver o seu sorriso e ser notada por você.

 

4. O olhar apaixonado não engana ninguém

A pessoa apaixonada pode até tentar, mas em algum momento vai transparecer toda a sua paixão só pelo olhar. Ela fica distraída olhando pro nada. Quando percebe que está no mesmo ambiente que a pessoa amada, encara mesmo, ainda que tentando disfarçar. O olhar geralmente é envergonhado, mas também pode ser sério ou bastante convidativo, vai depender da personalidade da pessoa.

 

5. Ansiedade pelo encontro

Algumas pessoas fazem aquele joguinho de sedução, se fazendo de difíceis, como se não estivessem nem aí. Mas, quando vocês combinam de se encontrar ela fica pronta antes da hora, desmarca compromissos menos importantes e passa o dia pensando no que vestir e no que dizer. Uma ansiedade gostosa toma conta do corpo que se prepara para encontrar a pessoa mais especial.

 

6. Falar bobagens sem querer

Todos tentam evitar, mas é quase impossível. A pessoa apaixonada pode chegar em você com o papo mais furado do mundo, simplesmente pra puxar assunto. Ou, vai chegar querendo dizer algo romântico, mas vai embaralhar as palavras e acabar dizendo bobagem. Típico comportamento dos apaixonados!

 

7. Não consegue parar de falar na pessoa amada

Quem está apaixonado vive nas nuvens, é verdade. Por isso que o olhar fica perdido e, quando a pessoa abre a boca pra dizer algo a um amigo, geralmente vai falar de quem ela não consegue parar de pensar. Quando um amigo que você tem em comum com essa pessoa, lhe disser que ela não para de falar em você, não tenha dúvidas de que a paixão está no ar.

 

8. Se cuidar mais e melhor

A paixão é um dos maiores estimulantes da autoestima. A pessoa apaixonada começa a se cuidar melhor, a se preocupar mais com a aparência, comprar roupas novas, mudar o cabelo, enfim. Ela faz o que acha necessário para ficar apresentável e garantir que a paixão seja recíproca.

 

9. Tentar se tornar mais compatível

Já percebeu como alguns gostos mudam quando você está apaixonado? É normal se sentir mais aberto a gostar do que a pessoa amada também gosta, desde que seja algo do seu interesse também. É aí que muitos casais dão certo quando estão sendo sinceros, pois acabam tendo muito em comum. Só não vale mentir para agradar, pois a mentira tem perna curta.

 

Fonte: https://www.dicasonline.com/sinais-de-que-alguem-esta-realmente-apaixonado-por-voce/ - por Priscilla Riscarolli - Pinterest

Não estamos na natureza. Nós somos a natureza!


Pra natureza não existe eu, tudo é nós trabalhando para o todo.

 

Eu não estou na natureza. Eu sou a natureza!

 

Eu vivo nela e ela em mim.

 

Afinal, ñ estamos todos conectados?

 

Somos todos filhos do mesmo pai, feitos da mesma matéria e, ao mesmo tempo que parecemos ser muito diferentes, nós temos muito muitas coisas em comum!

 

Tenho aprendido muito sobre mim e a vida apenas observando a natureza

 

A natureza das coisas, das pessoas, dos animais, das plantas…

 

Nossa vida até parece uma planta: nasce pequena e frágil, feita basicamente de água e se cuidada com cuidado e carinho, cresce fica forte, dar flor e frutos maravilhosos…tudo isso nó desenrolar de anos, pois pra natureza nada está rápido e nem devagar demais.

 

Tudo no seu tempo. Tudo no tempo de Deus!

 

Buda disse que o sofrimento é causado pela separação do falso EU com o TODO e observando a natureza, logo notei como ela trabalha em sintonia, amor e respeito com o TODO!

 

Pra ela não existe EU. Todos servem e são servidos em troca da vida!

 

O homem, apesar de ser parte da natureza, tem se afastado dela, maltratando e esquecido de que sem ela não há vida, inclusive a nossa!

 

“A terra começou sem os humanos e terminará sem eles” foi o que ouvi e faz total sentido.

 

Temos a falsa sensação que dominamos a natureza das coisas, mas ÑÃO!

 

A natureza é quem permite a raça humana ainda por aqui.

 

E pela dor temos aprendido que o amor é a coisa mais importante e que temos que respeitar pra sermos respeitados e nunca, mas nunca mesmo, nós crescemos sozinhos na vida!

 

Nós precisamos um dos outros, juntos trabalhando pelo bem geral do TODO!

 

Assim como faz a natureza!

 

Por @BudahModerno

terça-feira, 7 de setembro de 2021

Ponha no prato alimentos que deixam dentes e gengivas saudáveis


Escovação, aliada à dieta, promove mordida mais forte e sorriso mais branco

 

Escova, pasta de dente e fio dental são indispensáveis para ter dentes saudáveis. Mas se engana quem pensa que eles são os únicos aliados da saúde bucal. A dentista Oneida Werneck (CRO MG-CD-4487), presidente da Sociedade Brasileira de Reabilitação Oral, explica que alguns alimentos são fundamentais para deixar dentes e gengivas saudáveis. "Eles não substituem os cuidados básicos com a saúde bucal, mas se somam a eles para conseguir dentes perfeitos." Que tal mudar a alimentação e distribuir mais sorrisos de hoje em diante?

 

Vitamina C


Oneida Werneck explica que a falta de vitamina C causa sangramento das gengivas e diminuição da massa óssea, o que pode levar a perda dos dentes. Mas é bom não exagerar no consumo de alimentos muito ácidos - como a laranja e o abacaxi, ricos em vitamina C - que causam desmineralização e deixam o dente mais poroso. E, ao tomá-los, use canudinhos, impedindo o contato direto com os dentes. Outra opção é fazer um bochecho com água pura ou mesmo tomar um copo de água para neutralizar o ácido logo após sua ingestão. "Não se aconselha a escovação dos dentes nesta hora, pois o atrito da escova com o esmalte descalcificado faz com que ele se desgaste ainda mais", recomenda a especialista.

 

Alimentos fibrosos


A mastigação de alimentos ricos em fibras, além de contribuir para a saúde gastrointestinal, tem a capacidade de promover a autolimpeza dos dentes, evitando a formação de placa bacteriana, a causadora de cáries e gengivite. "Além disso, frutas como maçã e pera podem substituir doces bem açucarados, os principais responsáveis pelas cáries", afirma Oneida Werneck.

 

Leite e derivados


O cálcio presente no leite e derivados dele é essencial para garantir ossos fortes e saudáveis. E o mesmo vale para os dentes. O nutriente é parte da composição dos dentes e, em níveis adequados, garante uma boa saúde a eles, principalmente durante a sua formação. Mas o cirurgião dentista Rodrigo Guerreiro Bueno de Moraes (CRO SP-CD-56297), consultor científico da Associação Brasileira de Odontologia (ABO), explica que esses não são a única fonte de cálcio. Folhas verdes escuras, como a couve, podem compensar essa demanda - especialmente para quem não gosta ou não tolera a lactose.

 

Água


"O consumo de água (com gás ou não)é importante para eliminar detritos, açúcares e ácidos", afirma Oneida Werneck. Além disso, a água das grandes cidades é fluoretada, que reforça a resistência do esmalte do dente. "Quando ingerido durante a formação dos dentes, isso é, até os doze anos de idade, o flúor torna os dentes muito mais resistentes à cárie por toda a vida".

 

Chiclete sem açúcar


Mascar chicletes sem açúcar entre as refeições estimula a formação de saliva, o que contribui para a limpeza dos dentes. O cirurgião dentista Rodrigo conta que essas gomas se tornam ainda mais valiosas quando providas do xilitol (veja o rótulo), um adoçante que ajuda o processo de remineralização dentária e contribui para a longevidade e a proteção dos dentes.

 

Alimentos crus


Para mastigar alimentos crus, geralmente é necessário fazer mais força com os ossos da mandíbula e do maxilar."Essa força deixa os ossos que sustentam os dentes mais fortes, garantindo firmeza a eles", conta Rodrigo Guerreiro. Mas não são apenas os alimentos crus, como maçãs, que ajudam, outros alimentos mais difíceis de mastigar (como a carne) também cumprem o papel.

 

Vitamina D


O papel mais conhecido da vitamina D é sua atuação na absorção dos minerais cálcio e fósforo, relacionados à formação óssea. "A vitamina D aumenta a eficiência da absorção intestinal de cálcio em até 40% e a de fósforo em 80%", afirma a nutricionista Thais Souza, da rede Mundo Verde. Essa influencia também aparece na arcada dentária, onde a vitamina D ajuda na fixação do cálcio nas bases ósseas e dentárias.

 

Fonte: https://www.minhavida.com.br/alimentacao/galerias/15549-ponha-no-prato-alimentos-que-deixam-dentes-e-gengivas-saudaveis?utm_source=news_mv&utm_medium=email_comercial&utm_campaign=colgate_crm1 - Escrito por Manuela Pagan

segunda-feira, 6 de setembro de 2021

Usa palito para limpar os dentes? Veja por que deve abandonar este hábito


O palito é pouco eficaz na higienização bucal e pode danificar dentes e gengiva

 

O uso de palitos para fazer a limpeza dos dentes e retirar restos de alimentos ainda é um hábito bastante comum para muitas pessoas. O objeto, geralmente feito de madeira ou plástico, está presente na maioria dos lares brasileiros, sendo disponibilizado também em restaurantes e lanchonetes. Contudo, a higiene oral feita com a utilização desse acessório é mais prejudicial do que benéfica à saúde.

 

O palito não substitui o uso da escova e do fio dental, que foram desenvolvidos especialmente para fazer a limpeza dos dentes e alcançar as regiões onde o palito não seria suficiente para eliminar a placa bacteriana. Ao contrário do que se imagina, o manuseio do objeto pode machucar a gengiva e danificar o dente.

 

Marcelo Cavenague, cirurgião-dentista e membro da Câmara Técnica de Periodontia do Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CROSP) explica que o palito não consegue se adaptar ao formato dos dentes, nem penetrar onde as bactérias se alojam. “O objetivo da higiene bucal é a remoção da placa bacteriana (ou biofilme) que tem uma aderência bastante firme à superfície dental e nada disso é possível com um palito.”

 

Ao colocar o palito entre os dentes, pressionando-o na tentativa de remover um resíduo de alimento, a ação pode gerar lesões, causando inflamação (gengivite) e até retração gengival, isto é, o recuo da gengiva em relação ao dente. Essa retração faz com que parte da raiz do dente fique exposta, o que pode causar sensibilidade. O uso constante do palito também aumenta as chances de abrasão, que é o desgaste da raiz do dente.

 

No caso de ausência do fio dental, se a pessoa recorrer ao uso do palito, o seu manuseio deve ser feito de forma delicada. “Uma vez entendido que o palito só serve para remover pedaços de comida que ficaram presos entre os dentes em último caso, quando for usado, deve ser feito com cuidado para não machucar. Após removido o resto de alimento, a função do palito acabou e não adianta ficar esfregando nos dentes, pois ele não se adapta corretamente às superfícies, nem alcança os locais necessários”, reforça o cirurgião-dentista.

 

Uma higiene eficaz e saudável só é possível com a utilização do material apropriado para a limpeza da cavidade bucal. O emprego de escovas com cerdas macias e fio dental, junto às orientações do cirurgião-dentista são indispensáveis.

 

“Fazer a limpeza de forma adequada é um processo de aprendizado que deve acontecer com a ajuda de um profissional. A maioria das pessoas faz sua higiene de forma automática e com pouca eficiência e, por isso, a avaliação de um profissional é fundamental para ajustar a necessidade de cada paciente à rotina de higiene”, comenta o doutor.

 

Fonte: https://www.revistanovafamilia.com.br/usa-palito-para-limpar-os-dentes-veja-por-que-deve-abandonar-este-habito - Redação - Banco de imagem

domingo, 5 de setembro de 2021

Brasil encerra participação nas Paralimpíadas de Tóquio com melhor campanha da história


A Cerimônia de Encerramento das Paralimpíadas de Tóquio ocorreu neste domingo. O Brasil terminou em sétimo no ranking de medalhas e realizou sua melhor campanha na história dos Jogos. Ao todo, os brasileiros subiram ao pódio 72 vezes: 22 ouros, 20 pratas e 30 bronzes.

 

O Brasil igualou o número de medalhas no Rio 2016, e superou a quantidade de vitórias em Londres 2012 - os brasileiros conquistaram 21 ouros na Inglaterra.

 

"O Comitê Paralímpico Brasileiro celebra, além da maior campanha de todos os tempos, o atingimento de todas as metas, como de participação de mulheres, participação de atletas jovens, participação de atletas de classes baixas [atletas com as deficiências mais severas]. Aprendemos muitas lições que vamos colocá-las em prática nos três anos que restam até a próxima edição de Jogos Paralímpicos, em Paris 2024", disse Mizael Conrado, bicampeão paralímpico de futebol de 5.

 

O Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) contou com a participação de 259 atletas (incluindo atletas-guia, calheiros, goleiros e timoneiros).

 

A modalidade da qual o Brasil conquistou mais pódios foi no atletismo: oito ouros, nove pratas e 11 bronzes.

 

O Brasil também teve grande destaque na natação. Com 23 medalhas (oito ouros, cinco pratas e dez bronzes), o país superou seu melhor desempenho nas Paralimpíadas.

 

A edição dos Jogos no Japão marca a aposentadoria de Daniel Dias. O atleta, que foi porta-bandeira na cerimônia de encerramento, se despede das piscinas sendo o maior atleta brasileiro da história dos Jogos. O nadador conquistou 27 medalhas, sendo 14 de ouro.

 

O Brasil também conquistou algumas medalhas de ouro inéditas na competição, casos como Mariana D’Andrea, no halterofilismo, Alana Maldonado, no judô (categoria até 70kg). Além disso, a equipe de goalball brasileira foi outra a subir no lugar mais alto do pódio pela primeira vez.

 

O último brasileiro a medalhar na capital japonesa foi Alex Douglas da Silva, vice-campeão na maratona, neste sábado.

 

Fonte: https://www.gazetaesportiva.com/paralimpiadas/brasil-encerra-participacao-nas-paralimpiadas-de-toquio-com-melhor-campanha-da-historia/

Apenas 1 cachorro-quente pode nos tirar 36 minutos de vida, diz estudo


Um novo estudo mostra que comer um “simples” cachorro-quente pode nos deixar 36 minutos mais perto da morte

 

Comer é certamente um dos atos mais simples para manter a manutenção da vida. Sendo uma comida saudável ou guloseima, comer está ligado não só a necessidade de obter nutrientes, mas de sentir prazer.

 

O cachorro-quente é um dos mais tradicionais “fast-foods” do mundo. Rápido, barato e popular. É encontrado em todos os países do mundo. Não é saudável, mas certamente muito gostoso.

 

Segundo um recente estudo publicado na revista científica Nature Food, um cachorro-quente pode nos retirar 36 minutos de vida.

 

Os cientistas submeteram 5.853 alimentos aos seus “cálculos mórbidos”, classificando-os de acordo com o seu impacto na saúde humana e no ambiente.

 

Os cálculos não foram feitos como mero acaso ou usando parâmetros simples como “teor de gordura ou contagem de calorias”.

 

Os cientistas usaram dados da Health Nutritional Index, plataforma que desenvolveram anteriormente com ajuda de nutricionistas usando dados globais de um gigantesco estudo epidemiológico chamado Global Burden of Disease (GBD) que analisou o equivalente a 30 anos de dados de todos os países do mundo.

 

O GBD quantifica não apenas a prevalência de vários fatores de saúde, estilo de vida e ambiental, mas também os danos relatados causados por estes fatores.

 

Eles usaram também o impacto do ciclo de vida dos alimentos com a produção envolvida, processamento, preparação, consumo, desperdício, uso de água, etc. Ao total, 18 fatores ambientes foram usados na análise.

 

Com estes dados em mãos, os cientistas montaram uma tabela com 3 zonas de cores: vermelho, amarelo e verde.

 

A cor, assim como no semáforo, significa quando podemos ir, onde devemos ter atenção e onde deveríamos parar, não somente para uma boa saúde, mas para ajudar o planeta reduzindo impactos.

 

Com apenas pequenas mudanças na nossa dieta, dizem os cientistas, podemos conseguir impulsionar nossa saúde e ganhar minutos de vida, e ajudar o meio ambiente.

 

“Substituir apenas 10% da ingestão calórica diária de carne bovina e carnes processadas por uma mistura diversa de cereais, frutas, vegetais, algum peixe e mariscos, poderia reduzir o carbono produzido pela dieta de um norte-americano em um terço e somar 48 minutos saudáveis de vida por dia. Esta é uma melhoria substancial para uma mudança tão limitada na alimentação”, escreveram os autores do estudo.

 

A equipa de cientistas espera que suas conclusões possam adicionar algumas nuances ao que muitas vezes é visto como um problema do “tudo ou nada” no que diz respeito a ter uma alimentação saudável e, ao mesmo tempo, com consciência ambiental.

 

Embora as opções veganas tenham “geralmente um melhor desempenho” na análise, uma conversão alimentar completa não é necessariamente a única opção disponível para melhorarmos a saúde do corpo e do planeta. 

 

Fonte: https://www.jornalciencia.com/apenas-1-cachorro-quente-pode-nos-tirar-36-minutos-de-vida-diz-estudo/ - de Redação Jornal Ciência