quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

Alimentos que deixam a vida mais feliz

Tristeza, estresse, falta de energia e irritabilidade — sintomas capazes de atrapalhar a rotina de tanta gente — podem ser combatidos com eficácia. Conheça os alimentos que podem melhorar a sua vida trazendo a felicidade

Aveia
Cereal que contém altas doses de triptofano. Além do aminoácido que auxilia o organismo a liberar a serotonina, também tem bons níveis de selênio, que colabora para a produção de energia.

Espinafre
O potássio e o ácido fólico auxiliam no combate à depressão. O magnésio, o folato e as vitaminas A e C estabilizam a pressão e garantem o bom funcionamento do sistema nervoso.

Laranja
O poder da vitamina C, do cálcio e do complexo B estimulam o funcionamento do sistema nervoso. O cálcio é eficiente no combate ao estresse e no relaxamento muscular. A fruta ainda hidrata e previne a fadiga.

Grão-de-bico
A leguminosa é cheia do aminoácido triptofano, uma maravilha para a produção de serotonina, quetraz sensações agradáveis, como felicidade e bem-estar.

Chocolate
Segundo Wilza Peres, da UFRJ, é fonte de triptofano (precursor da serotonina), teobromina (tem efeito estimulante como a cafeína) e magnésio (melhora o mau humor). Também possui minerais importantes como cobre, manganês e magnésio — nutrientes que ficam em falta no período pré-menstrual. Mas deve ser consumido com moderação, pois é um alimento rico em gorduras.

Pimenta
Leva à sensação de euforia. Diminui o estresse, melhorando a depressão, e contém capsaicina (responsável pelo sabor ardido) que estimula as terminações nervosas da língua, aumentado a produção de endorfinas. As mais adequadas para melhorar o humor são a pimenta-de-cheiro, a vermelha e a malagueta.

Ovo
Conta com a tiamina, niacina, ácido fólico e aceticolina. A carência da aceticolina pode causar apatia, tensão e até perda da memória.

Mel
É um ótimo alimento energético porque contém açúcares que são facilmente absorvidos pelo organismo. Além disso, possui alguns minerais como o potássio, que tem ação antidepressiva, e o cálcio, que ajuda a acalmar os ânimos.

Leite
Possui vitaminas do complexo B, cálcio e proteínas que aliviam a tensão. Mantém a taxa de glicemia, diminuindo a fadiga. Também é uma boa fonte de triptofano.

Banana
Cheia de vitamina B6, fornece energia e, graças aos carboidratos, potássio, magnésio e biotina,ajuda a diminuir a ansiedade e a garantir um sono tranquilo. É uma ótima opção para um lanche rápido. De acordo com pesquisas do Food and Nutrition Research Institute das Filipinas, principal centro de investigação na área de Nutrição do país, a banana ajudaria no combate ao mau humor, pois estimula o organismo a fabricar serotonina.

Óleos vegetais
Fontes de vitamina E, esse nutriente, segundo Bárbara Sanches, traz benefícios contra os sintomas emocionais da TPM.

Uva
Melhora o funcionamento do sistema nervoso. Atua como antioxidantes e retarda o envelhecimento precoce. Possue boas doses de vitaminas do complexo B, C, flavonoides e carboidratos.

Peixes
São boas fontes de ômega 3, uma gordura saudável que está envolvida na prevenção de algumas doenças psiquiátricas, tais como depressão e demência. “Dietas pobres nessa gordura estão associadas ao mau humor”, explica Wilza Peres. A sua fração DHA (ácido docosahexaenóico) faz parte das membranas cerebrais e sua deficiência pode levar a menor renovação dessas membranas, acelerando o envelhecimento cerebral.

Alface
O talo contém lactucina, uma substância de ação calmante. Segundo a nutricionista Danielli Botture, também é rica em folato, cuja falta pode causar sintomas de depressão, confusão mental e cansaço. Um estudo da Universidade Harvard indicou que a salada de alface consumida diariamente diminuiria a agressividade.

Frutos do mar
Dois minerais presentes na comida que vêm do mar podem mudar o funcionamento cerebral e o estado de espírito. O zinco estimula a atenção e a memória. O selênio pode evitar a depressão.

Carne
Seus aminoácidos fazem o cérebro trabalhar melhor. “É uma boa fonte de niacina, uma vitamina do complexo B que, quando em falta no organismo, pode causar sintomas de depressão”, completa Danielli. Também contribui com o ferro, mineral que, em níveis baixos, deixa a pessoa apática e triste, com falta de concentração e desanimada.

Fonte: http://revistavivasaude.uol.com.br/guia/alimentos-que-deixam-a-vida-mais-feliz/1286/ - Texto: Françoise Gregório/ Fotos: Shutterstock/ Fabio Mangabeira/ Adaptação: Letícia Maciel

quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Descubra quais são as doenças do futuro

A revista Vivasaúde ouviu médicos de oito diferentes especialidades e descobriu as patologias de maior prevalência em 2020. Comece a se prevenir desde já!
Aids
A Síndrome da Imunodeficiência Adquirida, mais conhecida pela sigla Aids, é descrita pela primeira vez. Já no ano seguinte, são confirmados os primeiros casos no Brasil. 2009. O número de pacientes contaminados pelo vírus do HIV, que infecta e destrói os linfócitos (células responsáveis pela defesa do organismo), chega a 35 milhões no mundo. “Infelizmente, os problemas de hoje ainda não estarão solucionados em 2020. E o HIV é um deles”, analisa Marcelo Ferreira. “Diagnosticamos novos casos da doença todos os dias”, afirma. Quase 30 anos depois, a Aids continua a ser uma doença incurável. Mas a administração de remédios, como o AZT, dificulta a multiplicação do vírus, preserva as células do sistema imunológico, adia o início dos sintomas e, principalmente, aumenta a sobrevida dos pacientes. Outro forte aliado no combate ao HIV é o uso de preservativo.

Artrose
 A Artrose é daquelas doenças que não podem ser erradicadas. Quem explica o motivo é Nasson Cavanellas, coordenador da Unidade Hospitalar do Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (INTO). “A artrose é um processo degenerativo natural, que vem com a idade. O que pode ser feito é controla-la. Para tanto, devemos diminuir a dor e melhorar a função articular”, afirma. A  artrose inicia-se, em geral, a partir dos 40 ou 45 anos. Mas há, também, outros fatores de risco, além do envelhecimento. O sobrepeso e o sedentarismo são os mais preocupantes.

Asma
Doença inflamatória crônica, a asma é um mal que, segundo a Organização Mundial da Saúde, já atinge 150 milhões de pessoas em todo o mundo. E este número só tende a crescer. “A população das grandes cidades respira um ar altamente poluído e, infelizmente, não há qualquer perspectiva de melhora neste sentido”, avalia Bernardo Henrique Ferraz Maranhão, presidente da Sociedade de Pneumologia e Tisiologia do Rio de Janeiro. Ao contrário de outras doenças, não há como fugir da asma. Mas pode-se mantê-la sob controle com o uso contínuo dos broncodilatadores.

Câncer
Nenhuma outra doença é mais temida do que o câncer. E com razão. Por ano, ele mata 8 milhões de pessoas em todo o mundo, o que representa 13% do total de óbitos. Existem mais de 100 tipos de câncer, sendo 90% curáveis, desde que diagnosticados e tratados precocemente. “A expectativa é que, até 2020, o número de casos no Brasil deva subir. Afinal, a população brasileira está envelhecendo e o câncer é uma doença atrelada ao envelhecimento”, avalia Daniel Herchenhorn. “Entre as mulheres, o câncer de mamacontinuará a liderar o ranking. Já entre os homens, o de próstata deve superar o de pulmão, pela redução do tabagismo”, analisa Herchenhorn.

Depressão
Ela já compromete o estado físico e emocional de 121 milhões de pessoas e promete ser a doença psiquiátrica de maior prevalência em 2020. Segundo especialistas, fatores genéticos, psicossociais e neuroquímicos contribuem para desencadear o quadro. Mas eventos estressantes, como a morte de parentes, também podem causar depressão. “A depressão tem no estresse um de seus principais gatilhos”, afirma Marco Antonio Brasil, psiquiatra do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho. Hoje, o tratamento  para depressão inclui psicoterapia e remédios antidepressivos. A melhora ocorre em 70% dos pacientes.

Estateose hepática
Das doenças que deverão tirar o sono da humanidade no futuro a menos conhecida é a esteatose hepática. Segundo José Augusto Messias, presidente da Sociedade de Gastroenterologia do Rio de Janeiro, trata-se do acúmulo anormal de gordura no fígado. “O mundo enfrenta uma verdadeira epidemia de obesidade decorrente de hábitos alimentares equivocados e altas taxas de sedentarismo”, resume Messias. Quanto maior e mais prolongado for o acúmulo de gordura no fígado, maiores serão os riscos de lesão hepática. Se não for tratada a tempo, a esteatose hepática pode evoluir para cirrose hepática.

Doença de Alzheimer
Primeiro, a pessoa sofre perda de memória. Depois, passa a sentir dificuldade para realizar tarefas banais do dia a dia. Por fim, tende a não reconhecer nem mesmo parentes e amigos mais chegados. Doença que cresce com o aumento da estimativa de vida da população, o Alzheimer atinge com mais frequência quem já passou dos 60 anos. Ainda não há consenso sobre suas causas, mas já se sabe que há fatores hormonais e genéticos envolvidos. “Evitar o estresse, não fumar, beber moderadamente, dormir bem e manter o peso sob controle são medidas preventivas”, afirma Rubens Gagliardi, vicepresidente da Academia Brasileira de Neurologia.

Obesidade
“Consumimos muito fast-food.” O alerta é de Ruth Clapauch, vice presidente do departamento de Endocrinologia Feminina e Andrologia da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM). São vários os riscos que a obesidade pode trazer à saúde. Os principais estão relacionados a infarto,diabetes e hipertensão. De acordo com estimativas de Márcio Mancini, presidente do departamento de Obesidade da SBEM, 15% dos brasileiros são obesos. “Devemos começar a enxergar o paciente obeso como portador de uma doença crônica e não como alguém sem força de vontade”, enfatiza Mancini.

Fonte: http://revistavivasaude.uol.com.br/clinica-geral/descubra-quais-sao-as-doencas-do-futuro/891/ - Texto: André Bernardo/ Foto:Shutterstock/ Adaptação: Letícia Maciel

Condicionamento físico é a chave para a longevidade

Prática regular melhora a expectativa de vida mesmo de pessoas acima do peso

Um estudo publicado no Circulation: Journal of the American Heart Association revelou que manter ou melhorar o nível do seu condicionamento físico - mesmo que não haja mudança de peso ou definição corporal - pode reduzir o risco de morte.

A pesquisa contou com a colaboração de mais de 14 mil homens adultos com, em média, 44 anos de idade. Todos foram submetidos a diversos exames médicos e foram acompanhados pelos estudiosos durante 11 anos. Após esse período, os pesquisadores avaliaram o nível do condicionamento físico de cada um, o índice de massa corporal (IMC), o histórico familiar de doenças cardíacas e os maus hábitos, como fumar.

Os resultados mostraram que manter ou melhorar o condicionamento físico está associado a um risco de morte menor, mesmo que a pessoa já esteja no seu índice de massa corporal (IMC) ideal. Além disso, os participantes que aumentavam progressivamente a carga do exercício apresentavam um risco 19% menor de doenças cardíacas e derrame e um risco 15% menor de óbito por outras doenças.

Segundo os cientistas, essa é uma ótima notícia para pessoas que praticam exercícios regularmente, mas não conseguem perder peso. Eles também explicam que o IMC é calculado pela divisão da massa do indivíduo pelo quadrado de sua altura, com a massa em quilos e a altura em metros.

Como adquirir um condicionamento físico ideal

De acordo com o ortopedista André Pedrinelli, são inúmeros os benefícios do condicionamento físico: diminui o risco do aparecimento de lesões, diminui o tempo de reabilitação após uma lesão, mantém o aprendizado de tarefas motoras adquiridas e mantém uma ligação efetiva entre o atleta e o seu esporte através da execução correta destas tarefas motoras.

Um bom programa de condicionamento físico deve incluir os seguintes itens: 1. Aquecimento: prepara o sistema cardiovascular para o exercício. 2. Alongamento: para assegurar a amplitude articular máxima. 3. Exercícios de força. 4. Treinamento de resistência. 5. Atividades específicas do esporte: para automatizar as tarefas motoras específicas de cada esporte 6. Desaquecimento.7. Técnicas de relaxamento: para recuperação da fadiga e redução do estresse.

Esse programa deverá ser subdividido em fases: macrociclo, mesociclo e microciclo, para que haja um melhor planejamento.

O macrociclo corresponde à fase do treino que envolve uma competição e seu treinamento prévio, ou seja é o planejamento global, que dura de seis meses a um ano. O mesociclo corresponde às fases específicas dos treinos, a base, fortalecimento, técnica, etc e dura de um a dois meses. O microciclo corresponde aos objetivos mais imediatos dos treinos, dura uma semana a dez dias.

terça-feira, 14 de janeiro de 2014

9 maneiras naturais de prevenir o câncer

Uma alimentação saudável é fundamental para evitar essa e outras doenças

A prevenção é sempre o melhor remédio! Essa orientação vale, inclusive, para o caso de doenças mais importantes, como o câncer.

E dentro desta ideia, mais uma vez, manter uma alimentação saudável faz toda a diferença. Carolina Rutkowski, oncologista Clínica da Oncomed, em Belo Horizonte, destaca que bons hábitos alimentares fazem parte da prevenção primária do câncer, pois evitam a obesidade – que é um dos fatores contribuintes para o surgimento de tumores.

A médica explica que pessoas obesas estão mais propensas a desenvolver doenças como hipertensão, diabetes, alterações do colesterol e, também, o câncer. “Dietas ricas em sal, alimentos ricos em gordura e defumados, devem ser evitados ou consumidos moderadamente”, lembra.

Carolina Rutkowski destaca que, um prato colorido, com alimentos diversificados, é o ideal para que sejam consumidos alimentos realmente nutritivos. “Essa diversificação garante que todos os nutrientes – ou grande parte deles – estejam sendo ingeridos”, diz. “E alimentos ricos em fibras, vitaminas e sais minerais têm um papel protetor contra o câncer (licopenos, betacarotenos, entre outros). Eles estão presentes nas frutas, vegetais e na versão integral do pão, do arroz e da farinha de trigo, ou seja, em alimentos funcionais”, acrescenta.

Mas se a ideia é prevenir uma doença grave como o câncer, outras medidas – além de manter uma alimentação saudável – devem ser tomadas. E uma muito importante é evitar o cigarro. “Ele é a principal causa de morte evitável no mundo. O tabagismo está relacionado a diversos tipos de neoplasias, como pulmão, bexiga, rim, cabeça e pescoço, entre outros”, explica Carolina.

Ainda de acordo com a oncologista, o álcool também está relacionado a diversos tipos de neoplasia. E, desta forma, evitar o tabagismo e o etilismo é medida fundamental de prevenção!

Em relação às atividades físicas, Carolina Rutkowski explica que existem estudos convincentes que apontam para o seu efeito benéfico na prevenção de alguns tipos de câncer. Por isso, elas também devem fazer parte do dia a dia da pessoa que se preocupa com a sua saúde.

9 formas naturais de se prevenir

Dando sequência às informações já citadas, a oncologista Carolina Rutkowski reúne abaixo as recomendações do Fundo Mundial para Pesquisas de Câncer para prevenção da doença:

Gordura corporal: mantenha-se no peso ideal.

Atividade física: faça exercícios físicos por pelo menos 30 minutos todos os dias.

Alimentos e bebidas que promovem o ganho de peso: evite bebidas açucaradas (refrigerantes, sucos artificiais etc.) e limite o consumo de alimentos e bebidas de alto valor calórico.

Alimentos de origem vegetal: coma mais alimentos de origem vegetal, como hortaliças, frutas, cereais e grãos integrais.

Alimentos de origem animal: limite o consumo de carnes vermelhas e evite carnes processadas (embutidos em geral).

Bebidas alcoólicas: limite o consumo de bebidas alcoólicas. Se for consumir, limite-as a duas doses ao dia, se for homem, e a uma dose, se for mulher.

Preservação, processamento e preparo: limite o consumo de alimentos salgados e de comidas industrializadas com sal. Tenha cuidado com cereais e grãos mofados.

Suplementos alimentares: não use suplementos alimentares para se proteger contra o câncer. Tenha como objetivo o alcance das necessidades nutricionais apenas por intermédio da alimentação.

Amamentação: amamente as crianças até os seis meses de idade.

Verdade ou mito?

Você já deve ter ouvido por aí pessoas comentarem que o estresse, a depressão, entre outros problemas psicológicos, podem causar o câncer. Mas será que esta ideia é realmente verdadeira?

Carolina Rutkowski explica que, embora o estresse possa causar uma série de problemas de saúde, não há ainda evidências científicas de que ele possa levar ao surgimento de câncer. “Os estudos que buscaram correlacionar diversos fatores psicológicos e o risco de desenvolver câncer não chegaram a resultados confirmatórios”, diz.

Ainda de acordo com a oncologista, ligações aparentes entre o estresse psicológico e o câncer podem surgir de diversas formas. “Por exemplo, as pessoas sob estresse podem desenvolver certos comportamentos de risco, como ingestão de bebidas alcoólicas e o tabagismo, que aumentam o risco de câncer. Alguém que tem um parente com câncer pode ter um maior risco de câncer devido a algum fator de risco compartilhado ou herdado, mas não propriamente por causa do estresse induzido pelo diagnóstico da doença no membro da família”, explica.

É fundamental prevenir

Agora você já sabe que é possível – e fundamental! – prevenir uma doença séria, como o câncer, seguindo medidas simples de prevenção no seu dia a dia. Além dessas dicas, lembre-se de se consultar com frequência com um médico de sua confiança. Isso é importante para evitar uma série de problemas relecionados à sua saúde e ao seu bem-estar.

Fonte: http://www.dicasdemulher.com.br/9-maneiras-naturais-de-prevenir-o-cancer/ - Por Tais Romanelli - Foto: Thinkstock

segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

Dicas simples para aproveitar melhor o seu tempo

Viver contra o relógio e com afazeres que nunca terminam é cansativo. Então, veja como se programar e curtir sem preocupações.

À noite, você acha que ainda tem muita coisa para fazer e as horas do dia simplesmente voaram? Segundo Christian Barbosa, especialista em administração do tempo e produtividade, para não ficar com a sensação de que o esforço foi inválido, é importante estabelecer prioridades. Assim, você nunca se torna refém das urgências, diz. AnaMaria reuniu as melhores dicas para facilitar sua vida e fazer seu dia render muito mais.

Use uma agenda
Para lembrar o que é preciso, anote suas atividades na agenda. Use a do celular ou mesmo um caderno antigo. O importante é escrever tudo. Programe suas tarefas sempre três dias antes, ensina Barbosa. Assim, você distribui seus compromissos de acordo com o tempo disponível.

Crie espaço para você
Agenda lotada nem sempre significa organização. Faça uma coisa de cada vez e acostume-se a reservar um tempo para si mesma, sugere Christian. Mantenha o foco! Deixe o celular no silencioso e evite responder e-mails ou acessar redes sociais até terminar o que precisa fazer.

Dicas para facilitar sua vida:

Se precisar cozinhar mais depressa
· Organize os ingredientes e deixe tudo à mão.
· Quando estiver de folga, prepare uma boa quantidade de comida e congele porções.
· Invista em utensílios que otimizem seu tempo, como uma boa panela elétrica.

Fazer o trabalho render
· Faça uma coisa por vez e defina o que é prioridade.
· Comece pelo mais fácil, simples e rápido, siga para as tarefas chatas e complexas, mas termine com os serviços prazerosos.

Limpar a casa mais rápido
· Peça ajuda e divida as tarefas entre os membros da família.
· Invista em utensílios que podem ajudá-la na limpeza, como um aspirador de pó mais potente.
· Sobrou um tempo entre uma tarefa e outra? Relaxe por dez minutos e volte à carga. Lave a louça ou arrume o armário.

Estudar com as crianças
· Crie uma rotina e fixe horários para elas estudarem ou mesmo brincarem.
· Ilumine bem o local de estudo e veja se estão mantendo o foco nos livros e cadernos.
· Evite manter a TV ligada e não permita que seus filhos acessem as redes sociais enquanto estudam. Isso dispersa a atenção e faz o rendimento cair.

domingo, 12 de janeiro de 2014

Por que precisamos dormir em total escuridão

O quarto moderno é cheio de luzes e dispositivos eletrônicos, de monitores de computador a rádios-relógio, além, é claro, do quase onipresente smartphone vibrando e brilhando ao lado da cama. O que a ciência tem a nos dizer, no entanto, é que a exposição crônica à luz durante a noite leva a uma série de problemas de saúde.

Para entender por que a exposição crônica à luz durante a noite é tão ruim, é preciso considerar a evolução humana. Antes do fim da Idade da Pedra, os seres humanos só eram expostos a dois tipos diferentes de luz natural, responsáveis pela regulação do ritmo circadiano – durante o dia, tinha o sol, enquanto à noite, havia a lua e as estrelas, e talvez a luz de fogueiras. Esse padrão binário de dia/noite configurava toda a nossa programação biológica.

Hoje, temos iluminação artificial à noite (IAN). Essa iluminação interior é consideravelmente menos potente do que a luz solar, mas ainda muitas ordens de magnitude maior do que a luz das estrelas e do luar – uma diferença que influencia uma série de reações bioquímicas críticas ligadas a periodicidade de luz, incluindo a produção de cortisol e melatonina.

A melatonina, o sono e a saúde

Supressão de melatonina é chave para entender muito do porquê IAN faz mal para nós. Este composto bioquímico é produzido pela glândula pineal do cérebro durante a noite, quando está escuro, para regular o nosso ciclo de sono-vigília.

Ele reduz a pressão arterial, os níveis de glicose e a temperatura do corpo – respostas fisiológicas que são as principais responsáveis por um sono reparador.

A parte do cérebro que controla o relógio biológico é o núcleo supraquiasmático (SCN), um grupo de células no hipotálamo. Estas células respondem aos sinais claros e escuros. Os nervos ópticos em nossos olhos percebem a luz e transmitem um sinal para o SCN, dizendo ao cérebro que é hora de acordar.

Esses sinais também iniciam outros processos, como o aumento da temperatura corporal e a produção de hormônios como o cortisol (o do estresse). Os nossos níveis de cortisol são relativamente baixos durante a noite, permitindo-nos dormir, e mais elevados durante o dia, permitindo a estabilização dos níveis de energia e a modulação da função imunológica.

IAN eleva os níveis de cortisol à noite, o que perturba o sono e apresenta uma série de problemas relacionados com os níveis de gordura corporal, resistência à insulina e inflamação sistêmica. Também contribui para um sono ruim e uma interrupção da neuroregulação do apetite.

Quando os quartos ficam totalmente escuros à noite, nenhum sinal óptico é enviado para o SCN, de forma que os nossos corpos produzem a melatonina necessária. A exposição à luz ambiente durante as horas normais de sono suprime os níveis de melatonina em mais de 50%.

E, só para aumentar os problemas, muitos dispositivos modernos emitem luz azul de LEDs, que é especialmente eficaz na supressão de melatonina. Isto porque melanopsina – um fotopigmento encontrado em células especializadas da retina envolvidas na regulação dos ritmos circadianos – é mais sensível à luz azul.

Mais problemas do que você pensa

Recentemente, cientistas alertaram estudantes universitários sobre o impacto da luz de monitores de computador sobre os níveis de melatonina. Eles descobriram que a luz do computador à noite reduz os níveis de melatonina, atrapalhando o sono. Em um estudo relacionado sobre tablets, pesquisadores disseram que é importante reconhecer que o uso de dispositivos eletrônicos antes de dormir pode romper com o sono, mesmo que a melatonina não seja suprimida – a atividade pode deixar as pessoas alertas ou estímulos estressantes podem levar à interrupção do sono.

Essa perturbação bioquímica também cria efeitos físicos, como doenças. Cientistas não sabem direito por quê, mas estudos mostram consistentemente uma correlação entre IAN e câncer.

Por exemplo, um estudo de 10 anos descobriu que um grupo de mais de 1.670 mulheres expostas a uma maior intensidade de luz em seu ambiente de dormir tinham chances 22% maiores de desenvolver câncer de mama. Os pesquisadores culparam o rompimento hormonal causado pela supressão de melatonina. 

Perturbadoramente, isso tem implicações sombrias para trabalhadores noturnos. Estudos têm mostrado que enfermeiras com turnos à noite estão em maior risco para câncer de mama.

A luz durante a noite não precisa sequer ser brilhante para causar problemas. A exposição crônica à luz fraca já é capaz de levar a sintomas de depressão. Hamsters, por exemplo, exibiram menos interesse em beber a água com açúcar que normalmente adoram quando expostos à luz fraca à noite. Quando retornaram a uma programação normal, a depressão foi revertida.

Outro estudo, também com roedores, mostrou que a luz azul à noite, em particular, é especialmente poderosa em induzir depressão e ansiedade. IAN também pode prejudicar o humor e a aprendizagem, mais uma vez provavelmente por causa de neurônios expressando melanopsina.

A melatonina ainda tem propriedades antioxidantes, que desempenham um papel importante no antienvelhecimento.

Outros estudos ainda mostram uma ligação entre a supressão de melatonina e doença cardiovascular.

Como se não bastasse tudo isso, luz à noite também contribui para o ganho de peso, mudando o tempo da nossa ingestão de alimentos. Ratos, quando expostos a IAN, ganham mais peso – apesar de se exercitarem e comerem tanto quanto seus irmãos que dormem na escuridão.
Os cientistas também correlacionaram níveis baixos de melatonina à diabetes, embora não saibam o papel da IAN na doença.

A conclusão é bastante óbvia: precisamos manter nossos quartos os mais escuros possíveis à noite, e evitar luz azul antes de dormir. Para isso, temos que desligar todos os gadgets emissores de luz e fechar as cortinas. E, se possível, nos abster de usar computador, tablet ou smartphone nas horas que antecedem o sono. Eu sei, mais fácil falar do que fazer. [io9]

sábado, 11 de janeiro de 2014

Dengue: mitos e verdades sobre a doença

Com as temperaturas mais altas e maior incidência de chuvas, os casos de Dengue aumentam nos primeiros meses do ano. Veja alguns fatos sobre ela

A Dengue é causada por um vírus transmitido pelo mosquito Aedes aegypti. A doença pode ser apresentada na forma clássica, que causa febre e dores na cabeça e nas articulações, e a hemorrágica, que, além desses sintomas, provoca sangramentos e pode levar à morte. No Brasil, já foram encontrados da dengue tipo 1, 2, 3 e 4.

Os principais sintomas da doença são: doença febril aguda com duração de até 7 dias acompanhada de pelo menos dois dos seguintes sintomas: dor de cabeça, dor atrás dos olhos, dores musculares, dores nas juntas, prostração e vermelhidão no corpo.

Os casos de Dengue aumentam significativamente entre os meses de janeiro a maio, devido às altas temperaturas e uma quantidade maior de chuvas. Segundo dados do Ministério da Saúde, até o mês de setembro de 2013 foram mais de 1 milhão de casos confirmados de Dengue no Brasil.

Para ajudar a identificar o que é realmente verdade e o que é crendice popular a respeito da doença confira a matéria com informações da Cartilha sobre a Dengue do Ministério da Saúde:

Só as fêmeas do Aedes aegypti picam
Verdade. Para eclodir os ovos, as fêmeas precisam de sangue humano.

O uso do fumacê é suficiente para evitar a Dengue
Mito. Ele ajuda na diminuição dos mosquitos adultos no ambiente, porém não resolve sozinho o problema. Deve ser utilizado em caso de surto ou epidemia.

O Aedes aegypti só pica nas pernas
Mito. Em geral o mosquito prefere a região das pernas e pés, mas a picada pode acontecer em qualquer outra área exposta do corpo.

Apenas Paracetamol e Dipirona podem ser usados pelo paciente com Dengue
Verdade. Em caso de dor, deve-se utilizar Paracetamol e Dipirona. Medicamentos que possam desencadear os sangramentos da doença ou piorá-los, como Ácido Acetilsalicílico e antinflamatórios não devem ser utilizados.

A pessoa que teve a doença fica imune após o tratamento
Mito. Como existem quatro tipos de vírus da Dengue o doente, ao curar-se, fica imune àquele tipo que adoeceu. Porém, pode voltar a ficar doente por um dos outros três tipos.

É possível que uma pessoa infectada passe a doença
Mito. Apenas o mosquito infectado transmitirá ao homem pela picada.

Repelentes ajudam a evitar a doença
Mito. Os repelentes podem evitar o mosquito, mas têm um efeito não duradouro.

O mosquito não pica durante a noite
Verdade. O mosquito transmissor da Dengue tem hábito diurno.

Qualquer picada do mosquito transmite a doença
Mito. É necessário que o mosquito esteja contaminado.

As larvas do mosquito só se desenvolvem em água limpa
Mito. Os ovos do mosquito também podem se desenvolver em água suja e parada.

Fora da água, o ovo com o vírus pode suportar mais de um ano
Verdade. Há registro de ovos que passaram até 450 dias sem água. Eles podem sobreviver a um inverno inteiro.

Crianças e jovens são mais suscetíveis à doença
Verdade. A circulação de diferentes tipos virais que infectam pessoas continuamente gera imunidade na população adulta. Por isso, crianças e jovens que nunca entraram em contato com o vírus circulante podem ser mais suscetíveis ao desenvolvimento da doença.

Dicas para se prevenir

A melhor forma de evitar a Dengue é combater os focos de acúmulo de água, locais propícios para a criação do mosquito transmissor da doença. Para isso, é importante não acumular água em latas, embalagens, copos plásticos, tampinhas de refrigerantes, pneus velhos, vasinhos de plantas, jarros de flores, garrafas, caixas d´água, tambores, latões, cisternas, sacos plásticos e lixeiras, entre outros. O importante é acabar com qualquer reservatório de água parada, seja limpa ou suja. Para ajudar no combate à Dengue coloque essas dicas em prática:

Vire garrafas vazias com a tampa para baixo;
Não deixe entulho no quintal ou nas ruas;
Cubra a caixa d’água e piscinas;
Guarde baldes virados para baixo;
Coloque terra ou areia nos pratos de vaso de planta;
Retire as folhas e sujeira de calhas que dificultam o escoamento da água;
Lave todas as semanas baldes e tanques que armazenam água;
Mantenha a lata de lixo devidamente tapada;
Guarde pneus num local coberto, longe da chuva;
Mantenha poços de água devidamente tampados;
Diminua a quantidade de bebedouros de cães, gatos e passarinhos e escove-os quando trocar a água;
Mantenha o aquário devidamente fechado;
Lave plantas que acumulam água 2 vezes por semana;
Verifique se há água acumulada nas bandejas dos aparelhos de ar-condicionado;
Coloque telas de proteção nas janelas.

Fonte: http://www.dicasdemulher.com.br/dengue/ - Por Thalita Vitoreli - Foto: Thinkstock

sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

Conheça os 10 maiores fatores de risco para doenças

Diabetes, tabagismo e até poluição entra na lista de problemas

Um conjunto de estudos recentemente publicado na revista científica The Lancet apontou que embora as pessoas estejam vivendo mais, a qualidade de vida decaiu. O principal motivo para esse quadro é a adoção de hábitos pouco saudáveis ao longo da vida e a convivência com doenças na velhice, principalmente as crônicas.

Frente a esse cenário, a pesquisa listou os 10 maiores fatores de risco para doenças. Observe que todos podem ser controlados ou evitados com medidas simples e, por isso, cada vez mais, órgãos e profissionais de saúde têm trabalhado para acabar com a mentalidade de que médicos só devem ser procurados ao sinal de problemas. "Para reduzir os gastos e melhorar a qualidade de vida da população, nada melhor do que prevenção", afirma o pneumologista Ricardo Luiz de Melo, do Hospital Universitário de Brasília. Confira a lista:

Hipertensão
"A hipertensão é uma doença silenciosa, ou seja, quando apresenta sintomas já pode ter causado danos irreversíveis ao organismo", aponta o clínico geral Claudio Miguel Rufino, da Escola Paulista de Medicina da Unifesp. Segundo ele, o trabalho dos vasos sanguíneos sob pressão anormal favorece uma série de complicações que podem culminar em infartoAVCou até óbito. Por isso, recomenda-se medir a pressão arterial uma vez por ano ou com maior frequência, quando há casos de pessoas com a doença na família. Dieta equilibrada e prática regular de exercícios também são medidas eficazes para controle e prevenção da hipertensão.

Tabagismo
Segundo o pneumologista Ricardo, é normal as pessoas associarem otabagismo apenas ao câncer de pulmão, mas esta não é a única consequência decorrente do hábito de fumar. "Câncer de boca, câncer de bexiga, câncer de útero, infarto, bronquite, AVC e inúmeras outras doenças estão ligadas ao cigarro", aponta. Assim, quanto antes o hábito for interrompido, maior a chance de melhorar a qualidade de vida. Vale lembrar ainda que os benefícios do abandono do vício não são refletidos somente no futuro. "É possível notar a melhora do gosto dos alimentos e uma maior resistência respiratória logo nos primeiros dias sem cigarro", conta.

Alcoolismo
alcoolismo costuma ter como principal órgão alvo o fígado, causandocirrose. Entretanto, a ingestão exagerada pode gerar problemas como gastrite e até quadros psiquiátricos. A dependência não está relacionada somente com a frequência com que um indivíduo consome bebidas alcoólicas, mas também com a quantidade. Assim, mesmo bebendo uma vez por semana, uma pessoa pode ser considerada vítima da doença caso não tenha qualquer parâmetro de moderação. De acordo com o clínico-geral Claudio, por ser socialmente aceito, o consumo de álcool começa a ser incentivado pela família ainda na infância.

Poluição dentro de casa
É impossível eliminar todos os agentes desencadeadores de problemas respiratórios, como a rinite alérgica, em uma cidade urbanizada, por isso, devemos, pelo menos, manter a limpeza do lar em dia. "A poluição externa também se deposita dentro de casa e nós mesmos somos responsáveis pelo acúmulo de pó, ácaros e pelos, alguns dos principais vilões quando o assunto é saúde respiratória", explica o pneumologista Ricardo. Assim, além da higiene dos móveis, objetos e do chão, recomenda-se trocar as roupas de cama regularmente.

Baixo consumo de frutas
"Frutas são alimentos naturais facilmente digeridos e fonte de vitaminas e minerais fundamentais para o organismo", afirma o clínico-geral Alfredo Salim Helito, do Hospital Sírio-Libanês. De acordo com o especialista, quem consome poucas frutas tende a dar espaço para alimentos pouco saudáveis, industrializados e gordurosos. Com o tempo, a má alimentação pode não só favorecer problemas, como diabetes, como ainda pode levar ao desenvolvimento de um câncer no tubo digestivo, como o câncer de estômago ou o câncer de intestino. Nutricionistas recomendam a ingestão de, no mínimo, três porções de frutas diariamente.

Obesidade
Embora tenha influência genética, a obesidade também está ligada a hábitos de vida e o número crescente de vítimas do problema mostra que cada vez mais pessoas cultivam uma dieta desregrada e o sedentarismo. "A doença é porta de entrada para problemas cardíacos, diabetes, problemas articulares e insuficiência vascular", explica o clínico-geral Claudio. A prevenção, por sua vez, começa na infância, aprendendo a montar um prato equilibrado e sabendo como fazer opções saudáveis mesmo fora de casa.

Diabetes
Há dois tipos de diabetes, aquele que surge logo na infância e não tem causa conhecida (diabetes tipo 1) e aquele que costuma se desenvolver na idade adulta e está diretamente ligado a hábitos de vida (diabetes tipo 2). Enquanto o primeiro exige controle desde cedo, o segundo nem sempre é descoberto precocemente. "Isso aumenta o risco de complicações, como insuficiência renal, disfunção erétil, infarto, entre outros problemas, e dificulta o controle da doença", explica o clínico-geral Alfredo. Para se prevenir, nada como uma dieta com muitos vegetais e a prática regular de exercícios.

Baixo peso infantil
"A desnutrição infantil acarreta uma série de dificuldades na vida adulta, porque é nesta fase que nosso sistema imunológico e neurológico amadurece", alerta o clínico-geral Alfredo. Com as defesas do corpo debilitadas, o indivíduo fica mais suscetível a contrair doenças infecciosas e com a cognição prejudicada, encontra dificuldade de aprender e reter informações. Vale lembrar que criança gordinha não é sinônimo de criança bem alimentada. "Ela pode estar com deficiência de inúmeros nutrientes e, ainda assim, apresentar um bom peso, caso sua dieta não seja equilibrada", complementa.

Poluição ambiental
Respirar ar poluído leva inúmeras substâncias tóxicas para dentro do nosso organismo, favorecendo problemas respiratórios. Entretanto, segundo o pneumologista Ricardo, cresce cada vez mais o diagnóstico de câncer de pulmão em indivíduos não fumantes, o que leva a crer que esses resíduos também contribuam com a doença. Quanto mais poluído o ar também, menor a quantidade de oxigênio o que, consequentemente, reduz a oxigenação dos nossos órgãos e tecidos. Enquanto nenhuma política agressiva para acabar o problema é adotada, recomenda-se a lavagem nasal com soro e a limpeza do lar.

Sedentarismo
Quer bons motivos para começar a treinar? O sedentarismo é responsável por inúmeras doenças, como diabetes, obesidade e problemas cardíacos. Com o slogan de "não tenho tempo", entretanto, a população tem fugido dos exercícios. A solução começa com valorizar mais a saúde do que qualquer outra atividade no dia. Depois, basta ter criatividade. Parar o carro em um estacionamento mais longe, descer do ônibus alguns pontos antes e optar por escadas ao invés do elevador são algumas maneiras de se exercitar sem gastar tempo. O ideal, porém, é realizar uma atividade física que alie trabalho muscular com exercícios aeróbios regularmente.

quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

Dicas para você parar de roncar

Uma sinfonia de roncos seguidos de verdadeiros cortes na respiração. Essa é a apnéia do sono, doença que rege sérios desarranjos no organismo

A cama aguarda mais uma noite de orquestra e, num piscar de olhos, começam os roncos nos mais diversos tons. A platéia, seleta, muitas vezes é composta de uma única pessoa: o companheiro de cama. A respiração ruidosa, porém, não representa o auge do espetáculo. Ela precede um bloqueio na passagem do ar inspirado pelo maestro dessa desafinada orquestra. Na ânsia de recuperar o fôlego, ele tem uma espécie de engasgo, volta a respirar e, em seguida, engata uma nova série de sons barulhentos. Brincadeiras à parte, essa ópera que persiste madrugada adentro é coisa séria e atende pelo nome de apnéia do sono.

O ronco é o mais sonoro sinal da doença. Sete em cada 100 pessoas têm o distúrbio em grau acentuado e outras 20 em cada 100 o apresentam pelo menos uma noite ao longo da vida, estima a neurologista Dalva Poyares, do Instituto do Sono da Universidade Federal de São Paulo, a Unifesp. A apnéia costuma surgir por volta dos 40 anos, sobretudo nos homens, e com uns quilos a mais. A partir dessa faixa etária, a musculatura da faringe fica mais flácida, explica o neurologista Rubens Reimão, do Hospital das Clínicas de São Paulo.

Quando o indivíduo se deita, então, esse tubo se estreita e, com a ajuda de possíveis amontoados de gordura na região da garganta, interrompe o caminho do ar. Esse estreitamento provoca uma vibração, o ronco, seguida de uma parada silenciosa da respiração, descreve o otorrinolaringologista Lucas Lemes, pesquisador da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. A faringe se fecha por no mínimo dez segundos e, em casos graves, pode ficar assim por um minuto, completa Reimão.

O regente dos roncos e dos breques na respiração nem percebe o sufoco. Quem tem apnéia dorme até demais, mas dorme mal porque não respira direito, sentencia Dalva. É um sono que não repõe as energias. E o pior: a falta de ar e a inconstante entrada de oxigênio disparam a pressão arterial. Um fenômeno que, no início, se restringe à madrugada, mas, com o tempo, ganha o dia e a vida do apnéico.

Quando a pressão já está nas alturas, a apnéia pode torná-la incontrolável. Ou seja, mais do que predispor ao problema, ela agrava a situação. Não à toa, novas diretrizes da Associação Americana do Coração estabeleceram a importância de tratar o distúrbio do sono para eliminar a hipertensão resistente quadro em que a pressão não cai mesmo quando se usam três medicamentos. A associação entre os males também foi flagrada por um trabalho da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Aliás, esse foi um dos primeiros estudos no mundo a demonstrar que o elo entre ambas as doenças independe de fatores como idade, sexo ou obesidade. A apnéia aumenta em cinco vezes o risco de hipertensão resistente, calcula o pneumologista e especialista em sono Denis Martinez, um dos autores. 

Por isso, enquanto a apnéia não é tratada, a pressão alta também não cede. Se você acha que o ronco esporádico ou uma apnéia leve não oferecem riscos, o médico Lucas Lemes, autor do livro Viver sem Roncos (Editora Revinter), alerta: A apnéia pode evoluir com a idade, ainda mais se a pessoa engordar. E Martinez completa: Quanto mais grave ela for, maior seu efeito sobre a pressão. 

A parceria entre esse distúrbio do sono e os problemas cardiovasculares culmina num círculo vicioso um agrava os outros, e vice-versa. Aliás, a apnéia afeta até o ritmo cardíaco, (veja quadro acima). E, a exemplo da hipertensão, as arritmias podem perpetuarse quando o indivíduo está acordado. 

Outro problema duro na queda que faz da apnéia uma aliada é o diabete. Quem vive às voltas com os picos de açúcar no sangue torna-se mais facilmente apnéico, e o apnéico, por sua vez, está mais suscetível a desenvolver resistência à insulina, ficando a um passo de se tornar diabético (volte ao quadro acima). Não à toa, a Federação Internacional de Diabetes passou a considerar o roncar um dos fatores decisivos para o desequilíbrio da glicose. 

A apnéia do sono é um tremendo ruído para a saúde. Por isso, se os roncos ou a sonolência diurna ganharem acordes mais intensos, é hora de procurar um médico e iniciar o tratamento. Só garantindo uma respiração adequada durante o sono é que se fecha a cortina para um concerto de problemas que não param de fazer barulho pelo corpo.