quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

Como fazer uma reflexão de final de ano saudável

Analisar o ano que passou e se preparar para o próximo é um hábito benéfico para a saúde emocional e física

Geralmente no final de um ano completa-se um ciclo, e naturalmente ficamos felizes por termos vencido mais uma etapa e temos "esperança" que o próximo ano nos reserve sempre dias melhores. Essa expectativa de felicidade foi construída desde o homem primitivo com a finalidade de aumentar nossas chances de sobreviver. Os rituais de final de um ciclo, ou de final de ano, são muito antigos na história humana. O nosso cérebro tem processos automáticos que rejeitam o sofrimento de dor e buscam o prazer. Nos sentirmos felizes ou termos tal expectativa faz com que depositemos esse desejo no próximo ciclo. Segundo disse o psicólogo e escritor americano Robert Wright, num artigo escrito para a revista Time: "As leis que governam a felicidade não foram desenhadas para nosso bem-estar psicológico, mas para aumentar as chances de sobrevivência dos nossos genes a longo prazo". Logo, o final de ano é um destes momentos de reforço da alegria e de reforço da esperança.

A felicidade não é, portanto, um momento mas sim a consequência de nossa forma de viver ou de enfrentar a vida
No final de um ciclo geralmente fazemos um "fechamento de contas", um "balanço", daquilo que nos havíamos proposto e não conseguimos, o que queríamos e não alcançamos, o que tínhamos e perdemos - inclusive entes queridos. Então, devido a diversos motivos, nesta época também existe uma cobrança excessiva, acompanhada de frustração e sensação de fracasso. Há muitos que se sentem solitários, angustiados, deprimidos e com uma falsa sensação de que todos demais estão felizes. Além disso, este "clima artificial" de alegria exagerada no final do ano pode ser extremamente enganoso e é em grande parte criado pela sociedade de consumo. Comemorações, festas nas empresas, festas com amigos, festa com parentes, presentes e presentes, viagens, gastos... Deixar-se levar por este clima de alegria artificial não é saudável.

Não leve um saldo negativo para o próximo ano
Recomendo a meus pacientes para não acumularem assuntos não resolvidos deixando-os para um outro momento. Temos que tentar resolver as dificuldades a cada dia, pois se não o fizermos corremos o risco de no final do ano eles pesarem muito mais na balança que os assuntos bem resolvidos.
Os planos que não deram certo devem ser revistos de maneira tranquila, com o objetivo de identificar as falhas e não de se culpar. Uma vez identificadas as falhas, busque uma solução, que pode ser inclusive um pedido de ajuda para outra pessoa ou para um grupo, ou, até mesmo, a modificação do objetivo original.

Permita-se ser feliz, independente da época do ano
É muito comum que as pessoas se façam perguntas ao refletir sobre o ano que passou. Acredito que não é possível montar um roteiro de como deve ser esse questionamento interior, pois esta é uma questão muito pessoal. Mas creio ser importante que ela pergunte para si mesma se conseguiu ser feliz.
Um caminho para uma reflexão honesta de fim de ano, assim como os planos para o próximo período, é procurar ser feliz não só nesta época de fim de ano, mas sempre. A pesquisa interior que cada indivíduo pode e deve fazer para buscar ser feliz, e para tal primeiramente consigo próprio, com os que o rodeiam, trabalhando as perdas e dificuldades e transformando-as em lições e crescimento pessoal.
Mas, atenção, é importante não ter a presunção de querer definir o que é felicidade. Gosto da ideia compartilhada por alguns pesquisadores que colocam a felicidade como a soma de três pilares: prazer, envolvimento e significado. Vamos analisar um pouco melhor estes três pontos:
Prazer: pode parecer simplista analisar o prazer, mas ele tem diversas dimensões. A primeira lembrança que normalmente se evoca em relação ao prazer se relaciona ao prazer físico, ligado à satisfação dos instintos. Algumas pessoas, inclusive, priorizam até doentiamente esta forma de prazer - que não é somente o sexual. Contudo, existem outras dimensões do prazer, pois não somos somente um "hominis natura", ou seja, não somos somente instinto. O prazer também tem outras dimensões, como a dimensão afetiva demonstrada no afeto ou no amor aos filhos, afeto ao companheiro(a), afeto aos necessitados (que é um amor altruísta) etc.
Envolvimento: esse conceito seria o equivalente a "participar intensamente de determinado objetivo". Há pessoas que apresentam uma facilidade natural em se envolverem ou "darem tudo de si" em determinada ou até mesmo em qualquer atividade. Vivem de uma maneira extremamente intensa empenhando uma energia que parece ser inesgotável. Sobre este assunto, a pesquisadora I. Pollard estudou a atividade cerebral de monges em estado de meditação através de Pet Scan e verificou que áreas cerebrais específicas se tornavam iluminadas ao Scan quando os Monges atingiam o estado de Bondade Universal ou Alegria Plena, que é o que eles estavam buscando. Neste estado eles estão tão absortos que não percebem o mundo exterior e perdem a noção de tempo. Este estado também pode ocorrer de maneira menos intensa nas situações de grande envolvimento, e mesmo em situações comuns como tocar um instrumento, pintar um quadro, realizar uma pesquisa científica e fazer uma oração.
Significado: desde os tempos antigos, o ser humano procura através da religião respostas para o significado da existência. Segundo o sociólogo e filósofo francês David E. Durkheim, no homem primitivo havia uma noção não muito precisa de que existia algo superior à individualidade. Esta coisa seria a força da sociedade anterior, que sobrevivia e à qual, sem saber, rendiam culto. Se o termo for tomado num sentido amplo, pode-se compreender que esta força era o deus adorado em cada culto totêmico. Posteriormente a noção primitiva, a concepção de divindade evolui com a própria evolução do ser humano chegando-se às Cosmovisões atuais oferecidas pelas principais religiões. Mas a religião oferece muito mais do que respostas quanto ao significado da existência. Diversas pesquisas demonstram o poder benéfico da religião na vida das pessoas, como um estudo publicado por Jeff Levin, um epidemiologista da religião, que apresentou os seguintes resultados: as pessoas que assistem regularmente a serviços religiosos têm taxas mais baixas de doenças e de mortalidade do que aquelas que não frequentam regularmente esses serviços ou que não os assistem e as pessoas que relatam uma afiliação religiosa apresentam taxas mais baixas de doenças cardíacas, câncer e hipertensão, que são as três principais causas de morte nos Estados Unidos.
O significado da vida pode também ser buscado por outros caminhos. O filósofo alemão Martin Heidegger enfatiza o processo ou mecanismo de "afastar-se de si próprio", que é feito imperceptivelmente quando somos contaminados em nossa essência por valores, verdades, desejos e necessidades que não são nossos, e em determinado momento não conseguimos mais nos reconhecer e perdemos o nosso significado. Este mecanismo, infelizmente, é muito utilizado na sociedade de consumo atual. O psiquiatra e psicanalista Carl Gustav Jung, que fundou a psicologia analítica, nos aponta outro caminho, o de nos "apoderarmos de nós mesmos", nos tornarmos pessoa. Naturalmente não utilizei os termos filosóficos em Heidegger, nem os psicoanalíticos em Jung, apenas quis transmitir a ideia de buscarmos sempre a nós mesmos, termos um encontro feliz conosco.

Tente encontrar um equilíbrio
A mensagem que deixo para o início de ano, é o desejo que alcancem o equilíbrio destes três pontos: o prazer que não escraviza, ao contrário delicia; o envolvimento que não esgota, mas energiza; e o significado da existência que nos tira das trevas, e como a luz nos ilumina o caminho.


terça-feira, 29 de dezembro de 2015

Como fazer alguém se apaixonar por você, de acordo com ciência

Ciência e paixão parecem duas coisas que não combinam muito bem, não é o mesmo? Afinal, os assuntos do coração são ainda mais complexos do que os maiores mistérios do universo, e não é qualquer estudo que vai elucidá-los tão cedo.
De fato, o amor é uma coisa muito relativa. No entanto, tem havido algumas poucas pesquisas científicas que começaram a capturar tendências e verdades objetivas sobre este tema.
Abaixo, o psicoterapeuta M. Gary Neuman enumera cinco dos melhores conselhos da ciência sobre como fazer alguém se apaixonar por você:

Contato ocular
Manter contato ocular é importante, conforme descobriu um estudo da Universidade de Harvard feito pelo pesquisador Zick Rubin. A conclusão foi de que duas pessoas apaixonadas mantinham contato olho a olho 75% do tempo. Ao que tudo indica, olhar nos olhos de alguém aumenta a sensação de intimidade entre as pessoas.

Saiba escutar
Outro estudo feito por psicólogos da Universidade de Nevada e da Universidade de Washington sugeriu que saber escutar é uma das chaves para fazer alguém se apaixonar por você. É bem simples: nós amamos pessoas que se interessam pelas nossas vidas e nossas emoções. Ou seja, não mude de assunto enquanto a pessoa está falando, ou passe a falar de si mesmo. Se você quiser ver alguém apaixonado por você, faça perguntas sobre o que ela está conversando e mostre compaixão.

Validação
O mesmo estudo descobriu que validação é importantíssimo para o amor. É preciso fazer a pessoa que você gosta se sentir uma vencedora, comemorar suas conquistas etc. 48% dos relacionamentos falhos indicaram uma falta de apreciação em casa como um dos motivos por não ter dado certo.

Sorria
De acordo com uma pesquisa da Universidade Drake, sorrir é essencial para alguém se apaixonar por você. Isso porque o sorriso te deixa mais atraente e te faz parecer mais engajado. Além disso, Neuman diz que te faz parecer um “vencedor”.



Toque a pessoa
Segundo Neuman, o toque leva a intimidade, conforto e amor. Os números não mentem. Um estudo da Universidade de Harvard mostrou que a maioria das pessoas que se tocavam mais diziam estar mais satisfeitas com seu relacionamento. [IFLS]


segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

Perfume: sete dicas para fazer a fragrância durar mais no corpo

Saber escolher, onde guardar e como aplicar faz toda a diferença na fixação do produto na pele

Escolher um perfume todos os dias de manhã pode ser uma tarefa tão difícil quanto escolher que roupa vestir, e nem sempre o cheirinho que você mais gosta é o que mais combina com seu estilo e personalidade. No fim, o que todos querem é encontrar aquela fragrância que fique por horas e horas, e existem muitos mitos a respeito desse tema.

"Muitas pessoas acreditam que os perfumes trazem um agente fixador em sua composição, mas a fixação, por si só, é um mito", afirma Veronica Kato, perfumista da Natura. "Isso porque toda fragrância é produzida a partir de uma matéria-prima - e todas as matérias-primas usadas nas essências dos perfumes evaporam, sem exceção. O que as diferencia é a sua volatilidade e as famílias olfativas às quais pertencem", diz.

As famílias olfativas são a forma mais comum de classificação dos perfumes. Toda e qualquer fragrância é uma combinação única das chamadas notas olfativas, que formam o famoso aroma. A partir disso, os perfumes são classificados em famílias, que ao todo são cinco: cítrico, ervas, amadeirado, floral e adocicado.

Mas como isso se aplica ao dia a dia? Confira a seguir algumas dicas que valem ouro para você guardar na memória e ficar sempre cheiroso!

Escolha corretamente
O primeiro passo para escolher a fragrância mais duradoura é saber identificar quais perfumes são mais e menos voláteis, ou seja, se evaporam em maior ou menor velocidade. "Quanto mais notas frescas, mais rápido o cheiro se esvairá", esclarece a química Yara Teresinha Turolla, da PharmaSpecial. "Perfumes cítricos são os que evaporam mais rapidamente, já as fragrâncias de base adocicada duram mais tempo", afirma. Mesmo entre as notas florais, há algumas que permanecem na pele por mais tempo que outras. É o caso do floral adocicado e do floral frutado. Já as fragrâncias produzidas com notas de floral verde duram menos, assim como as essências de madeira fresca.
E no Brasil? A perfumista da Natura, Veronica Kato, esclarece que o clima tropical influencia diretamente na escolha do perfume do brasileiro. "Por causa do tempo quente, as pessoas geralmente optam por perfumes mais frescos, que evaporam mais rápido", afirma.

Acompanhe a temperatura do dia
Segundo a perfumista, o perfume é um acessório como qualquer outro, que acompanha a moda e as tendências. Em dias mais frios, por exemplo, o ideal é escolher um perfume mais encorpado, cujo aroma traga a sensação de calor, conforto e sensualidade, com notas amadeiradas e adocicadas. Avelã, especiarias, frutas vermelhas, chocolate e pêssego são algumas boas opções para o outono e inverno, quando geralmente as temperaturas estão mais baixas.
Já para o verão e a primavera, quando o clima já estão mais quente, a escolha ideal é por fragrâncias mais frescas, aquosas e cítricas. Essências de lichia, pera, uva e outras frutas leves são sempre boas opções. 

Verifique a concentração de essência
Depois de identificar a qual família olfativa o perfume desejado pertence, é importante verificar no rótulo qual a concentração da essência. Quanto maior for a concentração, mais tempo o cheirinho bom permanecerá na pele. "Perfumes de baixa concentração, por outro lado, são a melhor opção para o clima tropical", afirma a perfumista Veronica Kato. "Fragrâncias com concentração em torno dos 5% podem ser aplicadas com generosidade pelo corpo todo, com direito a borrifadas ao longo do dia", diz. Essências com 10% de concentração, como águas de colônia, não exigem mais que duas ou três borrifadas, já os perfumes com concentração a 15%, uma borrifada é suficiente.

Aplique em locais específicos
Você já se perguntou por que costumamos aplicar o perfume no pescoço e nos pulsos? Não é à toa. Nessas regiões, a pulsação pode ser sentida com muito mais intensidade do que em outras partes do corpo. Segundo o farmacêutico Cleber Barros, a temperatura desses locais é um pouco mais elevada, o que facilita o desenvolvimento da fragrância e impede que o cheirinho se dissipe mais rápido. "Atrás da orelha, no pescoço, pulsos, dobras dos braços, cotovelos e atrás dos joelhos são os locais mais indicados para aplicar o perfume", afirma Barros.
"Homens, principalmente os mais altos, também têm o hábito de aplicar o perfume na região do peito, que é o local onde o cheiro poderá ser mais sentido durante um abraço, por exemplo", comenta Veronica Kato. A perfumista também dá outra dica: "depois de aplicar um perfume, dê uma última borrifada no ar. O perfume ficará um pouco no cabelo, um pouco na roupa, e fará toda a diferença".

Hidrate a pele
Está comprovado: pele oleosa retém melhor a fragrância dos perfumes, então, se você tem a pele mais seca, pode caprichar na hidratação. Se possível, priorize sempre hidratantes neutros ou, pelo menos, com essência não muito diferente da do perfume escolhido, para não interferir e realçar o cheiro.
"É muito importante estar com a pele limpa e livre de suor na hora de aplicar o perfume, por isso o melhor momento para a aplicação é sempre depois do banho", recomenda o farmacêutico Cleber Barros.

Não espalhe
"Apesar de ser extremamente comum esfregar o perfume após a aplicação, isso só ajuda a fragrância a se dissipar mais rápido", afirma Cleber Barros. Para o farmacêutico, tem-se a falsa ideia de que, sem esfregar, a essência evaporará e deixará a pele mais rapidamente, mas o que acontece é justamente o contrário. A perfumista Veronica Kato explica: "O perfume dentro do frasco é todo balanceado. Ao esfregar, você quebra as moléculas e desbalanceia toda a fragrância, e isso muda completamente o cheiro e faz com que ele se dissipe antes do esperado". Portanto, ao passar o perfume de uma região para outra, evite a fricção da pele.

Guarde corretamente
Sim, o armazenamento correto do perfume faz toda a diferença. Calor, luz e umidade podem destruir a fragrância e reduzir muito seu potencial de fixação no corpo. "Não se deve deixar os perfumes expostos a nenhum tipo de luz, nem solar e nem artificial", explica Veronica Kato. "Perfumes têm muitos componentes naturais e a exposição a esses agentes externos prejudicam a qualidade da fragrância", diz.
Então, se o ideal é manter os fracos em locais secos e frescos, o banheiro definitivamente não é o melhor lugar para armazená-los. "Eu mesma guardo na geladeira", conta a perfumista. Parece estranho, mas faz sentido. Todo perfume é testado a aproximadamente 45 graus antes de chegar às lojas e só é liberado se ele tiver pelo menos três meses de estabilidade garantidos. "Cada mês de estabilidade no laboratório equivale a um ano de validade no mercado", explica Kato. "Portanto, é correto afirmar que todo perfume tem três anos de validade, mas quando se armazena na geladeira, a uma temperatura média de cinco graus, você consegue prolongar a vida útil da fragrância para até de cinco a seis anos".


domingo, 27 de dezembro de 2015

11 resoluções para realizar antes de 2016

Vem que dá tempo!

1. Questionar suas certezas.
Nada é definitivo, né? Por que não repensar algumas atitudes? Rever conceitos... Quem sabe agora chegou o momento de perdoar aquela mancada. Ou de não perdoar mesmo. É fim de ano, todo mundo está sensível, aproveita, boba! E, como dizem, nada está escrito em pedra.

2. Reinventar sua casa.
Mudar um móvel de lugar, fazer uma faxina daquelas, comprar, quem sabe, "luzinhas" para deixar seu lar com cara de "pinterest"... Para chegar em 2016 com sentimento de casa nova, melhor: casa renovada.

3. Doar roupas.
Sabe por que é legal doar roupa? Você ajuda quem precisa e, de quebra, abre espaço no seu closet para um monte de coisa nova incrível - e que você vai usar.

4. Começar um esporte.
Passou o ano inteiro com vontade de aprender a andar de skate, mas sequer tentou. Aquela corrida noturna, então, virou lenda... Mas não tem problema porque você prometeu que em 2016 vai fazer tudo isso aí. Ei, nada disso! Ainda faltam duas semanas para o ano novo chegar e é, sim, tempo mais do que suficiente para tirar do campo da imaginação essas resoluções. Vai ser divertido!

5. Organizar DE UMA VEZ POR TODAS as suas contas.
Pra chegar em 2016 com tudo em ordem. Vem que a hora é essa e a gente fez um passo a passo.

6. Experimentar uma comida nova.
Gosto é gosto e não tem muito o que fazer. Tem gente que não gosta de cebola, por exemplo, e vai odiar para sempre, mas, como a ideia aqui é a de questionar certezas, por que não dar uma chance para aquela iguaria que você não curtiu em 2007? Vai que rola uma surpresa!

7. Assistir um filme sem ler a sinopse.
Por que 2015 ainda pode surpreender você - positivamente. 

8. Aprender a fazer o olho gatinho.
É adepta de maquiagem e nunca conseguiu fazer o tal do olho gatinho. A sorte do dia é que você pode, sim, aprender o make ainda em 2015. O único segredo? Prática! 

9. Comprar o CD novo da Adele, o "25".
Mãe, pai, avó, irmã, prima, melhor amiga... Aí está um presente que qualquer pessoa vai gostar. Adele entende melhor do que ninguém nossos sentimentos e é a prova viva que de quando um CD é bom não existe crise. 

10. Fazer um balanço do seu ano.
Ei, a gente sabe: 2015 não foi um ano fácil. E é bem verdade que nosso país não está em sua melhor fase, mas momentos como estes nos fazem crer num futuro melhor. Por isso, tenta, faz uma retrospectiva da sua vida. Talvez você descubra mais coisas incríveis que aconteceram este ano do que imagina.

11. Escrever suas resoluções para o ano seguinte.
E coloque o papelzinho num lugar bem à vista para que em 2016 você não perca o foco de seus principais desejos. E mais uma vez: nada é definitivo, tá? Vai que no meio do ano que vem você resolve rasgar esses resoluções e fazer novas? Tudo é possível e só cabe a nós realizar as mudanças. De preferência, HOJE.



sábado, 26 de dezembro de 2015

Diabetes: 10 alimentos essenciais para controlar a doença

Abacate, batata yacon, sardinha e outras comidas ajudam a evitar os picos de glicemia

diabetes é uma doença que está estritamente relacionada com os hábitos alimentares das pessoas. "É importante ter uma dieta equilibrada, rica em fibras e ficar sempre atento à quantidade de carboidratos dos alimentos para que não ultrapasse a recomendação diária", orienta a nutricionista Nicole Trevisan, do ADJ Diabetes Brasil. 

É claro que sozinho nenhum alimento faz milagre, mas em uma dieta balanceada alguns podem promover muitos benefícios para os portadores de 
diabetes. Conversamos com especialistas e listamos dez alimentos que são aliados dos diabéticos! 

Em comum todos esses alimentos possuem baixo índice glicêmico, que é a velocidade com que a glicose entra no organismo. Alimentos com índices glicêmicos altos não costumam ser orientados para quem tem diabetes porque elevam a glicose no sangue rapidamente e por sua vez levam a picos de insulina, justamente o hormônio que os diabéticos tem dificuldade em produzir. Sem conseguir absorver a glicose corretamente, ela fica na corrente sanguínea e pode levar a complicações como a oxidação dos vasos. 

Veja os benefícios do abacate, aveia, peixes de águas profundas, iogurte sem gorduras, amêndoas, leguminosas, linhaça, chia, batata yacon e farinhas funcionais.

Abacte
O abacate é um ótimo alimento para os portadores de diabetes. Isto porque ele é rico em gorduras monoinsaturadas e também possui poli-insaturadas, ambas gorduras boas para a saúde. "O abacate, assim como as outras gorduras monoinsaturadas como azeite, nozes, castanhas, auxiliam na resistência à insulina e na prevenção de doenças cardiovasculares, o contrário das gorduras saturadas", explica a nutricionista Nicole Trevisan, do ADJ Diabetes Brasil.
Uma pesquisa publicada no The American Journal of Clinical Nutrition concluiu após revisar diversos estudos que as gorduras monoinsaturadas são benéficas para a dieta de quem tem diabetes tipo 1 e 2.
O estudo constatou que este alimento ajuda a reduzir os níveis do colesterol ruim, LDL, e aumentar o bom, HDL, o que é ótimo para os diabéticos que tem maior tendência a desenvolver problemas cardiovasculares. A pesquisa também observou que quando consumidas em quantidades moderadas, as gorduras monoinsaturadas não favorecem o ganho de peso em pessoas com diabetes. Procure ingerir no máximo quatro colheres de sopa de abacate no dia, pois este alimento é muito calórico.
 
Aveia
A aveia é um alimento importante para quem tem diabetes tipo 2, isto porque ela é rica em fibras solúveis. "Este nutriente ajuda a diminuir a velocidade da absorção da glicose, o que irá evitar os picos de glicose. Além disso, ele também controla a absorção do colesterol", explica o nutrólogo Roberto Navarro.
Uma pesquisa publicada no Journal of The American Board of Family Medicine revisou quinze estudos e concluiu que o consumo de fibras por pessoas com diabetes tipo 2 ajuda a reduzir a velocidade da absorção de glicose e por isso, o consumo deste nutriente é benéfico e deve ser encorajado. Para quem não tem diabetes, as fibras também ajudam a prevenir o surgimento da doença e ainda proporcionam saciedade.
Procure não esquentar a aveia, pois ela pode perder alguns nutrientes. Ingira até cerca de quatro colheres de sopa de aveia ao dia.
  
Peixes de águas profundas e frias
Os peixes de águas frias e profundas, como o salmão, a sardinha, o atum, a cavalinha e outros, são benéficos para a saúde por serem ricos em ômega 3. Uma pesquisa realizada pela Universidade de Valência, na Espanha, analisou o consumo de carne e peixe em 945 pessoas entre 55 e 80 anos com alto risco cardiovascular e descobriu que o consumo de peixe, que é rico em ômega 3, está associado a menor incidência de diabetes tipo 2 e a diminuição da concentração de glicose, enquanto o consumo de carne vermelha está relacionado à obesidade.
Os estudiosos acreditam que isto ocorre porque o aumento do ácido graxo nas células dos músculos esqueléticos melhora a sensibilidade à insulina. Outro estudo publicado pela Universidade de Harvard notou que o 
ômega 3 previne o diabetes tipo 2. Este lipídeo aumenta os níveis de um hormônio chamado adiponectina que é benéfico em processos que afetam o metabolismo, como a regulação do açúcar no sangue e processos inflamatórios.
Esta gordura também ajuda a prevenir doenças cardiovasculares. "Diabéticos tem mais chances de desenvolver este tipo de doença porque o excesso de glicose circulando no nosso sangue, levam a uma oxidação excessiva de vários órgãos, principalmente os vasos sanguíneos", observa Navarro. 

Iogurte sem gorduras
Os iogurtes com baixo teor de gorduras são boas alternativas para quem tem diabetes. Isto porque ele terá redução de gorduras saturadas, que em excesso favorecem problemas cardiovasculares, que são especialmente preocupantes para os portadores de diabetes. "Este alimento também é rico em cálcio. Estudos apontam que uma dieta pobre neste nutriente aumenta o acumulo de gorduras. Quando pensamos que boa parte dos diabéticos tipo 2 adquirem a doença devido à obesidade, observamos que há uma correlação indireta entre cálcio e diabetes", conta Navarro.
Além disso, o cálcio também é essencial para a manutenção de ossos e dentes. Os iogurtes ainda são ricos em lactobacilos que contribuem para a melhora da imunidade

Amêndoas
A amêndoa é uma ótima opção para a saúde de quem tem diabetes. Isto porque ela é rica em gorduras boas, monoinsaturadas e poli-insaturadas. Além disso, esta oleaginosa possui boas quantidades de magnésio. "Caso o diabético tenha crises de glicose muito elevada, ela será excretado na urina e junto sairão alguns nutrientes como o magnésio. Por isso, é importante que diabéticos que não se cuidam reponham o magnésio", explica Navarro.

Uma pesquisa publicada na revista científica Diabetes Care e feita com mais de 500 mil pessoas concluiu que o consumo de magnésio ajuda a reduzir o risco de diabetes tipo 2.  A orientação é consumir até cerca de quatro unidades de amêndoas no dia.
 
Leguminosas
As leguminosas, como o feijão, a lentilha, o grão de bico e a ervilha são boas alternativas porque são ricas em fibras, que irão ajudar a diminuir a velocidade com que a glicose é absorvida. Além de serem fontes de proteínas. Procure ingerir até duas porções de leguminosas por dia.  

Farinhas funcionais
As farinhas funcionais como a de amora, berinjela, banana verde e coco, são benéficas para os diabéticos e para prevenir esta doença. Isto porque elas são ricas em fibras solúveis, que irão evitar os picos glicêmicos e consequentemente da produção de insulina. Quanto mais picos glicêmicos e de insulina os diabéticos tiverem, maior será a piora do quadro. "A farinha de banana verde ainda estimula o crescimento de bactérias benéficas na flora intestina", ressalta Navarro.

Linhaça e chia
chia e a linhaça possuem fibras solúveis que estão relacionadas com a prevenção e também são boas para quem tem diabetes. Isto porque como todos os alimentos ricos em fibras, elas vão evitar que ocorram os picos de glicose e da produção de insulina. "Além disso, elas possuem ômega 3, ácido graxo que é benéfico para quem tem diabetes", destaca Navarro. 

Batata yacon
Uma pesquisa realizada pela Universidade de Franca (UNIFRAN), em São Paulo, afirma que o consumo diário de batata yacon pode ajudar no controle da glicemia em portadores de diabetes tipo 2. Isto porque o alimento é rico em um carboidrato chamado frutooligossacárico que age de forma semelhante as fibras no nosso organismo.
Um carboidrato simples pode ser rapidamente ingerido pelo organismo, aumentando as taxas de glicose e insulina, enquanto no caso do carboidrato da batata yacon ocorre o contrário. O corpo não consegue quebras as moléculas desse carboidrato com tanta facilidade e por isso a absorção é mais lenta. 


sexta-feira, 25 de dezembro de 2015

Quais são os melhores exercícios para controlar pressão alta?

Estima-se que, no Brasil, 20% da população e metade das pessoas acima dos 65 anos sofrem de hipertensão arterial, ou seja, têm a chamada pressão alta. Apesar de comum, a doença precisa ser controlada e acompanhada por médicos e, além de bons hábitos alimentares, sabe-se que a prática de atividades físicas é essencial para evitar complicações. Saiba quais são os melhores exercícios para controlar a pressão alta:

Como a intensidade da atividade não influencia no processo, uma simples caminhada diária já é capaz de controlar a hipertensão.

Além da caminhada, correr pode ser uma boa opção que, além de controlar a pressão, ainda ajuda a emagrecer e definir músculos inferiores.

Exercício aeróbio poderoso, a bicicleta também é indicada para quem sofre com a condição.

Natação, além de trabalhar vários músculos do corpo, também faz o pulmão trabalhar melhor e turbina a capacidade cardíaca.

Ao contrário do que se imaginava antigamente, a musculação também pode ser adotada por hipertensos. Com a pressão sob controle, a pessoa pode realizar a atividade três vezes por semana.

Mesmo quem não encontra tempo ou dinheiro para frequentar academia deve praticar atividades físicas para controlar a pressão. Uma simples sessão de alongamento em casa já ajuda a driblar o problema.


quinta-feira, 24 de dezembro de 2015

Aos amigos leitores do Blog: Feliz Natal!


Cardápio para ganhar massa muscular

Além dos exercícios, os alimentos e os suplementos corretos são fundamentais. Confira dicas e um cardápio completo que vão te ajudar a desenvolver massa magra

Leguminosas como feijões e ervilhas, castanhas, ovos e batata doce, entre outros alimentos, não podem faltar do dia a dia de quem quer ganhar massa muscular. Dependendo do organismo, com quatro semanas de exercícios regulares e alimentação equilibrada, já é possível notar diferença.

Além dos alimentos corretos, os suplementos industrializados também cumprem bem esse papel, quando incluídos no dia a dia de forma correta. Confira dicas de como ter um corpo mais definido de forma saudável e um cardápio magro para manter com o treino!

Alimentos essenciais para ganhar massa muscular
Tapioca
É uma boa aliada no ganho de massa muscular, pois dá energia para o treino por ser um carboidrato de rápida absorção.
Ovo
Rico em proteínas de alto valor biológico, gorduras boas e vitaminas importantes.
Castanhas
Fonte de magnésio, zinco, gorduras boas e do aminoácido arginina.
Chia
Semente que fornece diversas vitaminas e minerais, além de gorduras ômega 3, substâncias que têm papel coadjuvante, mas não menos importante, na produção de massa muscular e performance nos treinos.
Leguminosas
São ricas em ferro, proteínas vegetais, magnésio e vitaminas do complexo B, além de carboidratos complexos e fibras. Esses alimentos fornecem nutrientes importantes para o ganho de massa magra.
Cacau
É um potente antioxidante, que ajuda no combate dos radicais livres gerados durante o treino. Em excesso, eles estão associados com o envelhecimento precoce do organismo e aumento de dores musculares.
Batata-doce, cará e inhame
Pode apostar nesses alimentos, pois são carboidratos do bem, que possuem índice glicêmico mais baixo.
Beterraba e melancia
São fontes de substâncias que aumentam a produção de óxido nítrico e é vasodilatador. É por isso que eles são grande aliados e melhoram a performance nos treinos.
Abacate
Além de ser uma fonte de gordura do bem, que ajuda no controle do colesterol, o abacate possui ação anti-inflamatória e ajuda a modular os níveis de cortisol (hormônio do estresse que favorece o acúmulo de gorduras). E ainda, a fruta é fonte de vitamina A, vitamina E e potássio, excelente para a recuperação pós-treino.

Quando usar suplementos?
Os suplementos são necessários sempre que não é possível adquirir todos os nutrientes por meio da alimentação, seja por baixo consumo alimentar de determinado nutriente (como a proteína) ou por demandas muito altas, em atletas de elite, por exemplo.
Além disso, eles também são indicados para substituir os alimentos por conta de sua praticidade, já que é mais fácil de ser levado e consumido durante ou logo após o treino. Mas atenção! Sozinhos, os suplementos não ajudam no ganho de massa magra. A função deles é apenas fornecer os nutrientes necessários para que o ganho muscular possa acontecer. É por isso que, se não houver estímulo das fibras musculares com exercícios adequados, os suplementos não irão se transformar em massa magra, podendo até mesmo, engordar.
Além disso, é preciso ter cuidado quanto ao seu uso. Existem alguns suplementos que não podem ser comercializados no Brasil, que podem provocar altos riscos para a saúde, já que possui uma série de substâncias que não são seguras para o consumo. Outro bom exemplo é a cafeína, que pode trazer diversos efeitos colaterais como desconfortos gastrintestinais e taquicardia, além de poder ser perigoso para pessoas com predisposição a doenças cardiovasculares.
Nenhum suplemento deve ser consumido em excesso e sem orientação, já que é preciso avaliar cada indivíduo, o seu histórico de doenças na família, além de avaliar a dieta e como o suplemento irá influenciar no equilíbrio da sua alimentação.  Vale lembrar que o uso de suplementos acima da dosagem recomendada, não irá trazer maiores benefícios, podendo ter efeitos contrários, como maior gasto (já que suplementos são caros) e até mesmo prejuízos para a saúde.

Principais tipos de suplementos
Carboidratos
São os suplementos energéticos, utilizados no pré, no pós e durante o próprio treino, sendo usado como géis de carboidrato. Os mais conhecidos são os suplementos maltodextrina, dextrose e waxymaize. Esses tipos são essenciais para dar energia para o treino ou repor os estoques de energia no pós-treino, poupando as proteínas para o crescimento muscular.
Proteínas
Podem ser encontrados no Whey protein, Caseína, Albumina, proteína isolada de soja e as proteínas veganas de arroz e de ervilha. Esse tipo de suplemento é ideal para o crescimento muscular, já que os músculos são constituídos de proteínas, além de favorecer a recuperação muscular pós-treino.
Pré-treinos
São suplementos que combinam diversos ingredientes em sua composição, como carboidratos, cafeína, creatina, vitaminas e minerais. Eles têm o objetivo de dar mais energia e aumentar a performance durante o treino. Aqui também entram os suplementos vasodilatadores que são compostos por nutrientes que aumentam a produção de óxido nítrico, um vasodilatador, facilitando assim, a chegada de sangue e, consequentemente, de nutrientes e oxigênio para os músculos.
Hipercalóricos
Combinam proteínas e carboidratos, além de vitaminas e minerais. Ideais para os ectomorfos, que tem possuem dificuldade para ganhar massa.
Aminoácidos
Eles são suplementos de aminoácidos isolados, que possuem ação anabólica no nosso organismo.
Creatina
É uma substância capaz de aumentar a força e capacidade de explosão dos músculos, por atuar na síntese de ATP (primeira fonte de energia do nosso corpo).

Exercícios para ganhar massa muscular
O caminho natural para ter um corpo sarado é a musculação, que também serve a outros propósitos, como ganhar força e massa muscular. Mas quem se dispõe a praticá-la, precisa de uma certa dedicação e muitos cuidados. O principal deles é preparar o corpo. É como estudar: até chegar à faculdade, você precisa primeiro aprender a ler e escrever, conhecer os fundamentos essenciais e só depois de adquirir um conhecimento geral é que poderá aprofundar-se em uma área mais específica.
Para iniciantes, é recomenda uma carga moderada de treinamentos.  Deve-se respeitar as individualidades. Mas em geral, treinos de 40 minutos a uma hora, duas a três vezes por semana, são suficientes para conseguir bons resultados.
Depois que o aluno dominar alguns exercícios, deve-se fazer o teste de carga, que indicará a quantidade de peso ideal para ele. No início é bom não forçar, apenas aprender as técnicas. E por que alguns conseguem ótimos resultados em pouco tempo, enquanto outros sofrem mais, mesmo praticando cargas idênticas de exercícios?  Muitos fatores podem influenciar: idade, alimentação, estilo de vida, nível de estresse (ainda que haja controvérsias a respeito) e, principalmente, o fator genético.
Antes de iniciar a prática de qualquer tipo de atividade física, é essencial que o aluno procure a orientação de um médico e de um educador físico.

Cardápio para ganhar massa muscular
Quem malha frequentemente pode apostar nesse cardápio saudável. Confira!

Café da manhã
• 1 copo (200ml) de leite desnatado com café e adoçante
• 2 fatias de pão integral com margarina
• 1 fruta de sua preferência

Lanche da manhã
• 4 unidades de biscoito integral salgado com patê
• 1 fruta de sua preferência
Pra variar: troque o biscoito com patê por uma barra de cereais

Almoço
• Salada crua de folhas verdes e/ou legumes temperada com 1 prato (sobremesa) de limão ou vinagre, sal e azeite de oliva extravirgem
• 4 colheres (sopa) de arroz branco ou integral
• 1 concha média de feijão
• 1 unidade de carne magra, como filé de frango grelhado ou peixe
• 4 colheres (sopa) de verdura refogada
• 1 fruta de sua preferência

Lanche da tarde
• 1 pote (180g) de iogurte natural
• 3 colheres (sopa) de granola
• 2 colheres (sopa) de mel puro

Jantar
• 1 prato (sobremesa) de salada de folhas verdes
• 2 unidades de carnes magras
• 1 fruta de sua preferência


quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

Por que pessoas inteligentes vivem mais

Felizmente, a expectativa de vida das pessoas tem aumentado. De acordo com a Organização Mundial de Saúde, os japoneses são os que vivem mais tempo, com uma média de 84 anos, enquanto brasileiros têm expectativa de vida de 73.

Apesar desses números, é um fato óbvio que algumas pessoas vivem muito mais do que outras. Os chamados centenários, por exemplo, vivem pelo menos até os 100.

O que explica essa desigualdade?

Estilo de vida
Muitas questões de estilo de vida importam. Um estudo de 2012 publicado na revista Preventive Medicine seguiu mais de 8.000 pessoas ao longo de um período de 5 anos, e descobriu que o risco de morte por qualquer causa era 56% menor em não fumantes, 47% menor nas pessoas que se exercitavam, e 26% menor nos que tinham uma dieta saudável.
Pesquisadores italianos também analisaram as dietas de habitantes da região de Monti Sicani na Sicília, onde há uma alta prevalência de pessoas com 100 anos. Além de serem fisicamente ativos e terem contato próximo com os parentes, todos os centenários entrevistados eram adeptos a uma dieta mediterrânica tradicional.
A descoberta mais surpreendente dos últimos tempos, no entanto, é que também existe uma forte ligação entre mortalidade e QI: maior inteligência leva, em média, a uma vida mais longa.

Vantagem clara
Esta relação tem sido amplamente documentada por Ian Deary e seus colegas da Universidade de Edimburgo, utilizando dados do Levantamento Mental Escocês. Em 1932, o governo escocês administrou um teste de QI em todas as crianças de 11 anos que frequentaram a escola em um determinado dia.
Mais de sessenta anos depois, com foco na cidade de Aberdeen, Deary e Lawrence Whalley decidiram identificar quem do estudo ainda estava vivo, aos 76 anos. Os resultados foram surpreendentes: uma vantagem de 15 pontos no QI se traduziu em uma chance 21% maior de sobrevivência.
Por exemplo, uma pessoa com um QI de 115 era 21% mais propensa de estar viva na idade de 76 do que uma pessoa com um QI de 100 (a média da população geral).

Epidemiologia cognitiva
A ligação entre QI e mortalidade já foi replicada por 20 estudos longitudinais em todo o mundo, dando origem ao campo da epidemiologia cognitiva, que se concentra em entender a relação entre o funcionamento cognitivo e a saúde.
Uma das principais conclusões deste novo campo é que os fatores socioeconômicos não explicam completamente a relação QI-mortalidade.
Em um estudo, com foco na região do Cinturão Central da Escócia, os pesquisadores relacionaram pontuações de QI de mais de 900 dos participantes do estudo de 1932 a respostas dos mesmos participantes em uma pesquisa nacional de saúde realizada no início de 1970. Os pesquisadores descobriram que, estatisticamente, classe econômica e condições de vida adversas (como desemprego) representaram apenas cerca de 30% da correlação.
Esta evidência sugere que são os genes que contribuem para a ligação entre QI e vida longa.

Nascer para viver muito
Os resultados de um novo estudo realizado por Rosalind Arden e colegas, publicado no International Journal of Epidemiology, fornecem um apoio a esta hipótese.
Os cientistas identificaram três estudos com gêmeos (nos EUA, Dinamarca e Suécia) sobre QI e mortalidade. Tais estudos separam os efeitos de fatores genéticos e ambientais sobre um resultado, como a inteligência ou vida útil, comparando gêmeos idênticos, que compartilham 100% de seus genes, a gêmeos fraternos, que compartilham em média apenas 50% dos seus genes.
As análises estatísticas foram claras e consistentes: os genes eram responsáveis pela maior parte da relação entre inteligência e vida longa.

Os inteligentes se comportam melhor
Exatamente o que pode explicar a ligação genética entre QI e mortalidade permanece obscuro, porém. Uma possibilidade é que um QI mais elevado contribui para mais comportamentos saudáveis, tais como se exercitar, usar cinto de segurança e não fumar.
Consistente com esta teoria, nos dados escoceses, não houve relação entre QI e comportamento de fumar nas décadas de 1930 e 1940, quando os riscos do fumo à saúde eram desconhecidos, mas depois disso, as pessoas com QIs mais altos eram mais propensas a parar de fumar.
Alternativamente, pode ser que alguns dos mesmos fatores genéticos contribuam tanto para a variação no QI quanto para a propensão de se envolver nestes tipos de comportamentos.

Cérebro saudável, vida saudável
Outra possibilidade é que o QI é um índice de integridade física, particularmente da eficiência do sistema nervoso. Para testar esta hipótese, em um estudo, os pesquisadores analisaram as relações entre QI, mortalidade e desempenho em um teste de tempo de reação projetado para medir a eficiência de processamento do cérebro.
As pessoas tinham que pressionar uma de quatro teclas de resposta dependendo de qual dos quatro dígitos aparecia numa tela. Os cientistas descobriram que, uma vez que a pontuação de uma pessoa no teste de tempo de reação foi levada em consideração, sumiu a correlação entre QI e mortalidade.
Em outras palavras, o tempo de reação explicou a relação entre QI e mortalidade.

Avaliações de QI
Estes e outros resultados de epidemiologia cognitiva têm implicações potencialmente profundas para a saúde pública. Junto com fatores como histórico familiar de doenças, o QI poderia ser usado de forma proativa para avaliar o risco das pessoas para o desenvolvimento de problemas de saúde e morte precoce.
Ao mesmo tempo, a potencial utilização de testes de inteligência levanta problemas éticos. Por exemplo, há evidências de que a crença de uma pessoa sobre sua capacidade de ir bem em um teste de inteligência pode estar ligada à sua etnia ou gênero, e pode impactar o quão bem essa pessoa realmente vai no teste. Por sua vez, ser rotulado como alguém com “baixo QI” ou “alto QI” pode impactar a autoestima de uma pessoa.
Uma abordagem para lidar com este problema é desenvolver testes de inteligência que minimizem o impacto desses fatores. Outra é educar o público e os políticos sobre o significado de uma pontuação de QI.
O QI pode predizer resultados, tais como o desempenho no trabalho, o desempenho acadêmico e até a mortalidade, mas é apenas um fator entre muitos que preveem estes resultados. Coisas como personalidade, interesses e motivação importam, também. [ScientificAmerican]