quinta-feira, 28 de março de 2019

Mudanças na alimentação podem evitar o aparecimento das varizes


Conheça quais alimentos podem ajudar a combater o surgimento das veias e vasinhos dilatados.

Elas nem sempre são aparentes. E também não necessariamente causam dor e desconforto em quem as têm. As varizes, vasinhos e veias dilatados que comumente afetam os membros inferiores, são causadas por problemas circulatórios e, apesar de consideradas crônicas (ou seja, sem solução definitiva), podem muito bem ser evitadas e combatidas com hábitos mais saudáveis e uma alimentação equilibrada.

Fatores genéticos são os principais desencadeadores das varizes, mas hormônios desregulados (não é à toa que mulheres grávidas sofrem com inchaços nas pernas), pouca hidratação, sedentarismo, tabagismo e obesidade também contribuem para a má circulação do organismo. “Quando há sobrepeso, por exemplo, o maior volume abdominal faz com que haja um aumento na pressão dos membros inferiores, dificultando o retorno venoso”, explica a cirurgiã vascular Cláudia Fiorini, de São Paulo.

Sim, a gente sabe que ainda não existe um método milagroso que acabará com o problema de uma vez por todas. Mas fazer exercícios regularmente, tomar muita água e manter a dieta em dia são práticas de sucesso para adotar na rotina já. Ainda mais se seu cardápio estiver repleto destes alimentos aqui:

Fibras
Se o intestino não trabalha bem, parece que o corpo todo sente, não é? E o bom funcionamento do sistema digestivo ajuda a manter a circulação sanguínea em dia. “Além disso, a prisão de ventre causa um aumento da pressão abdominal, o que consequentemente prejudica nossas coxas e pernas”, diz Cláudia.
O segredo para isso não ocorrer é apostar nas fibras. “Vá nas folhas verdes-escuras e em muita água”, explica a nutricionista Maria Clara Pinheiro, do Rio de Janeiro. Aliar o consumo do líquido com as fibras é imprescindível, caso contrário, o efeito pode ser bem indesejado: ficar dias sem ir ao banheiro!
Alguns exemplos são: couve, grãos e farelos no geral (aveia, arroz integral, linhaça) e os cereais.

Alimentos anti-inflamatórios
A gente já sabe que sal em excesso contribui muito para a formação dos edemas (retenção de líquido) e, consequentemente, para o inchaço dos membros. Substituí-lo por especiarias na hora de temperar a comida pode ser uma boa opção para você. “A cúrcuma, além de saborosa, possui ações anti-inflamatórias”, diz Maria Clara.
E preferir as comidas que trazem esse benefício também é ótimo para combater as varizes. Elas promovem uma limpeza dos vasos sanguíneos e diminuem os riscos de inflamações. Valem os peixes ricos em ômega 3 (atum, salmão, sardinha), linhaça e cebola.

Alimentos antioxidantes
E para veias e vasos não dilatarem, nada melhor do que fortalecê-los. Esse é o papel dos antioxidantes. “Eles ajudam a proteger as paredes venosas”, explica a nutricionista. Você pode encontrar a propriedade as frutas vermelhas (morango, ameixa, framboesa), frutas ricas em vitamina C (laranja, acerola, kiwi) e aquelas com licopeno (melancia e tomate).

Potássio
Ele disputa com o sal na concentração sanguínea: quanto mais potássio presente no sangue, menos sal, e vice-versa. Portanto, nada melhor do que apostar na banana, damasco, abacate, melão e na beterraba para dizer adeus à retenção!

Fonte: https://boaforma.abril.com.br/nutricao/mudancas-na-alimentacao-podem-evitar-o-aparecimento-das-varizes/ - Por Amanda Panteri - Vasyl Dolmatov/Thinkstock/Getty Images

quarta-feira, 27 de março de 2019

Praticar exercício deixa a dieta mais saudável, diz estudo


Começar a fazer atividade física regularmente influenciaria, de forma involuntária, os hábitos alimentares

Quer melhorar sua alimentação? Então comece a se exercitar! É isso o que mostra um recente estudo da Universidade do Texas, nos Estados Unidos. Segundo os pesquisadores, quem inicia uma rotina de atividades físicas tende a comer de forma saudável involuntariamente.

Os cientistas recrutaram 2 680 universitários de 18 a 35 anos. Nenhum deles tinha uma rotina regular de malhação nem adotava uma dieta específica.

Por 15 semanas, os voluntários passaram a realizar meia hora de exercício aeróbico, três vezes por semana – sempre com sessões de aquecimento e descanso final. Eles podiam escolher entre diversas modalidades, como bicicleta ergométrica, esteira ou aparelhos elípticos.

Além de monitorar os batimentos cardíacos, os cientistas coletaram informações sobre a alimentação dos participantes por meio de questionários, preenchidos antes e depois dos treinos.

Apesar de os universitários não terem sido instruídos a alterar seu cardápio, constatou-se que isso aconteceu naturalmente durante o experimento. A atividade física foi associada a uma queda na preferência por petiscos, itens ricos em gorduras, açúcar e produtos refinados ou processados.

Além disso, esforços físicos intensos promoveram um consumo extra de alimentos saudáveis, como frutas, vegetais e carnes magras.

 “Uma das razões pelas quais devemos promover o exercício é que ele pode criar hábitos saudáveis em outras áreas”, aponta, em comunicado à imprensa, a geneticista Molly Bray, do departamento de Ciências da Nutrição da Universidade do Texas, que participou da pesquisa.

Molly acredita que as mudanças nas preferências também têm a ver com a idade dos participantes. O final da adolescência e o começo da vida adulta são momentos críticos na consolidação de uma rotina equilibrada.

“Várias pessoas no estudo não sabiam que tinham esse ser ativo e saudável dentro de si. Muitos estão escolhendo pela primeira vez o que comer e quando se exercitar”, conclui a especialista.

Fonte: https://saude.abril.com.br/fitness/praticar-exercicio-deixa-a-dieta-mais-saudavel-diz-estudo/ - Por Maria Tereza Santos - Foto: Bruno Marçal/SAÚDE é Vital

terça-feira, 26 de março de 2019

O que são anabolizantes e quais seus efeitos na saúde?


Eles são vistos por aí como uma solução rápida para ficar forte e sarado. Mas fique atento: seu uso traz sérias consequências à saúde

Na busca por um corpo dentro do padrão vendido pela mídia, frequentadores de academia podem acabar investindo nos anabolizantes como uma forma rápida de aumentar os músculos. E sim: os músculos crescem mesmo depressa. Mas o uso sem indicação médica traz prejuízos para a saúde graves.

Antes de entender os riscos do consumo dessas drogas, veja como elas agem no organismo para que o corpo fique bombado:

Quais são os efeitos colaterais hormonais
Cabelos: o excesso de testosterona faz os fios caírem e a calvície dar as caras.

Pele: fica irritada, vermelha e cheia de espinhas, principalmente no rosto e nas costas.

Cordas vocais: as mulheres podem sofrer um engrossamento da voz, que fica masculinizada.

Pelos: surgem aos borbotões – um tormento especialmente para o público feminino.

Mama I: os homens têm aumento dos peitos, que muitas vezes carece de correção cirúrgica.

Mama II: nelas, o efeito é o oposto: os seios chegam a diminuir de tamanho.

Pênis: queda da libido e impotência sexual são outros desfechos bastante comuns.

Clitóris: Incha e cresce. Em casos extremos, se assemelha ao órgão sexual masculino.


E os outros efeitos adversos
Cérebro: agressividade exagerada se torna uma queixa recorrente.

Vírus: o compartilhamento de seringas eleva a probabilidade de pegar aids e hepatites.

Coração: com a expansão das fibras musculares, os batimentos entram em descompasso.

Vasos sanguíneos: a retenção de líquidos empaca a circulação e faz a pressão arterial subir um monte.

Fígado: não raro esse órgão entra em falência, o que abre alas para cirrose ou câncer.

Colesterol: sobe a concentração de gordura pelo sangue. Mais um perigo cardiovascular.

Esqueleto: tendões e articulações não aguentam o tranco e se rompem com maior facilidade.

Rins: também penam para filtrar o volume elevado de sangue e eliminar todas as impurezas.


Fonte: https://saude.abril.com.br/fitness/o-que-sao-anabolizantes-e-quais-seus-efeitos-na-saude/ - Por André Biernath - Foto: Christian Parente/SAÚDE é Vital

segunda-feira, 25 de março de 2019

Glaucoma, até em estágio inicial, aumentaria risco de acidentes de carro


Pessoas com essa doença têm maior dificuldade em distinguir objetos, mesmo em quadros iniciais – e principalmente quando o celular entra na história

O glaucoma é a principal causa de cegueira irreversível no mundo – ela acomete 1 milhão de pessoas só no Brasil. Apesar de relativamente comum, a doença é silenciosa: quando dá sinais claros, já está em estágio avançado. Antes disso, porém, o indivíduo já possui perdas imperceptíveis na visão periférica, que podem prejudicar a capacidade de dirigir.

Dois novos estudos trazem evidências de que o comprometimento visual dos estágios iniciais do glaucoma aumenta o risco de acidentes. O primeiro deles, conduzido por pesquisadores do Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO) e da Universidade de Duke, nos Estados Unidos, mostra que portadores da enfermidade teriam dificuldades adicionais em distinguir objetos muito próximos.

Os 26 participantes – metade com glaucoma e metade sem – tinham que diferenciar a posição de um objeto em um monitor quando apresentado com outros itens ao redor. Os cientistas então analisaram as respostas e outros parâmetros, como exames que medem a sensibilidade e a espessura do nervo óptico, que transmite as imagens ao cérebro.

Nos acometidos pelo glaucoma, o efeito chamado de crowding, quando as imagens se misturam, foi bem mais pronunciado.

 “E notamos isso até nos estágios iniciais da doença, o que pode comprometer a realização de tarefas do dia a dia, como dirigir”, explica a oftalmologista Nara Ogata, uma das autoras do trabalho. “Quando a pessoa com a condição pega no volante, os objetos podem aparecer mais embaralhados: a placa em cima da árvore, outros carros, e por aí vai”, comenta.

Tempo de resposta também é abalado
Outro estudo, conduzido pela mesma equipe e com publicação prevista para abril no periódico científico Jama Network, colocou os pacientes com glaucoma em um simulador de direção de alta fidelidade. O objetivo era verificar a performance deles no volante com a presença de um elemento distrativo e popular, o celular.

A tarefa consistia em seguir na faixa correta em uma estrada sinuosa, enquanto o tempo de reação a estímulos visuais periféricos era analisado sem e com o uso do telefone. No segundo caso, os participantes deveriam ouvir frases emitidas pelo aparelho e relembrar a última palavra de cada sentença.

No final, a reação dos voluntários com glaucoma a objetos que surgiam na pista virtual ou outras intercorrências na paisagem foi significativamente mais lenta do que no grupo sem a doença. Pior: quando estavam com o telefone, as vítimas desse problema de visão tiveram um desempenho ao volante duas vezes pior.

“Notamos que não só a perda de visão periférica é afetada, mas o tempo que leva para o indivíduo reagir e processar a imagem é maior”, aponta Nara. “Se algum objeto entrar na frente dele, ele pode demorar mais para frear”, exemplifica.

E o mais preocupante: 59% dos participantes declararam se sentir capazes de dirigir enquanto manuseavam o telefone.

O que fazer
Quem tem glaucoma não está proibido de dirigir, mas com certeza deve discutir o assunto com o médico. “É preciso fazer uma avaliação individual e verificar o estágio da doença antes de tomar qualquer decisão”, ensina Nara.

Caso a autorização para conduzir seja dada, fica o alerta de nunca utilizar o telefone ao volante. “Na presença do glaucoma, o campo de visão já está mais restrito. Ao dividirmos a atenção com o celular, dependemos ainda mais da visão periférica, que é justamente a prejudicada pela doença”, raciocina a oftalmologista.

O pior é que muita gente tem o problema e nem sabe. Estima-se que 80% dos portadores não apresentem sintomas.

Como os estudos mostraram, mesmo na etapa mais silenciosa, os danos ao nervo óptico podem atrapalhar a rotina. Mas como flagrar cedo esse transtorno oftalmológico? “O maior desafio é conscientizar a população sobre a importância dos exames de rotina. Quanto antes o glaucoma for detectado, mais fácil será o controle”, afirma Nara.

Mesmo que não tenha cura, a condição pode ser freada com medicamentos e outros tratamentos. Os testes que a diagnosticam são simples, feitos no próprio consultório do oftalmologista. Pessoas com pressão alta ou histórico de glaucoma na família precisam fazer esse rastreamento mais vezes.

Vale checar com o médico. A visão agradece.


domingo, 24 de março de 2019

As vacinas aprovadas contra a gripe para 2019; campanha começa em abril


Conheça as vacinas que podem ser aplicadas nesse ano tanto na rede pública como na privada. E quais os grupos prioritários que podem recebê-las de graça

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) divulgou nesta semana as vacinas aprovadas para prevenir a gripe em 2019. O governo refaz essa lista todo ano, porque as companhias precisam atualizar a composição dos imunizantes baseadas nas mutações constantes do vírus influenza e nos subtipos com maior probabilidade de circular pelo país nos próximos meses.

Os nomes das vacinas são:

– Fluarix Tetra, da GlaxoSmithKline Brasil Ltda
– Influvac, da Abbott Laboratórios do Brasil Ltda
– Influvac Tetra, da Abbott Laboratórios do Brasil Ltda
– Vacina Influenza trivalente (fragmentada e inativada), do Instituto Butantan
– Vacina Influenza Trivalente (subunitária, inativada), do Medstar Importação e Exportação Eireli
– Vaxigrip – Sanofi-Aventis Farmacêutica Ltda

Esse ano, a vacina trivalente ofertada pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para grupos específicos (veja mais abaixo) protegerá contra os vírus H1N1, o H3N2 e o influenza do tipo B Victoria.

Já as versões tetravalentes, disponíveis apenas na rede particular, resguardam contra os subtipos mencionados logo acima e também o tipo B Yamagata.

Quem analisa os dados epidemiológicos e faz essa seleção é a Organização Mundial de Saúde (OMS), com o auxílio de instituições de todo o mundo, inclusive do Brasil.

Tomar a injeção anualmente é importante, porque a gripe pode ter consequências sérias, como pneumonia e infarto. Pra ter ideia, ela mata mais de 650 mil pessoas todos os anos segundo a OMS. A Sociedade Brasileira de Imunizações (Sbim) recomenda a proteção para todas as pessoas a partir dos 6 meses de vida, principalmente as mais sujeitas a complicações graves.

Campanha de vacinação começa em abril
Ela vai ocorrer entre 10 de abril e 31 de maio. Só no Amazonas, que já registrou 28 mortes provocadas pelo vírus H1N1 em 2019, o mutirão foi antecipado e já ocorre desde o 20 de março.

O governo federal adquiriu 64 milhões de doses, com a meta de atender 59 milhões de pessoas.

A primeira fase nacional, que vai até 22 de abril, será focada em crianças, gestantes e puérperas (mulheres que tiveram filhos recentemente). A partir dessa data, todo o público-alvo pode se vacinar. A lista completa do grupo prioritário é essa:

● Gestantes e puérperas
● Crianças de 6 meses a 5 anos de idade
● Maiores de 60 anos
● Profissionais da saúde
● Pessoas de qualquer idade com doenças crônicas (diabetes, doenças cardíacas e respiratórias, distúrbios que comprometem a imunidade, como o câncer, e outras)
● População indígena
● Pessoas privadas de liberdade
● Professores da rede pública e privada
● Trabalhadores do sistema prisional

Indivíduos que não se encaixam nessa lista podem procurar a rede privada para se proteger. Os valores devem variar entre R$100 e 150 reais por dose.

Mas atenção: as novas versões da vacina chegarão nas clínicas no início de abril, segundo as previsões.