sábado, 2 de maio de 2020

5 cuidados simples que melhoram a saúde e você pode começar hoje


As mudanças de hábitos devem acontecer de forma gradual e sem pressão

O início de um novo ano ou mês é o período perfeito para planejar uma mudança de hábito ou a inclusão de novos na rotina. Mas se essa fase passa e você não inicia a leitura daquele livro que está na prateleira ou ainda não reservou 30 minutos para fazer uma caminhada, a tendência é estender ou até mesmo abandonar as metas.

Antes de tudo, lembre-se que está tudo bem trocar os planos ao longo dos dias e, além disso, pesquisas indicam que o cérebro precisa de aproximadamente 21 dias para se adaptar à mudanças. Outro ponto importante é: sentir-se pressionado pode fazer com a atividade planejada se torne mais difícil ou menos prazerosa, então relaxe.

Mas se você ainda deseja ter hábitos mais saudáveis e não sabe por onde iniciar, separamos abaixo uma lista de cuidados simples que melhoram a saúde para começar a praticar hoje mesmo. Confira!

1 - Pratique mindfulness
Traduzido para o português como "atenção plena", o mindfulness é uma técnica criada nos anos 70, nos Estados Unidos e consiste em focar o pensamento no momento presente para enxergar a realidade de maneira mais clara, sem permitir que uma situação "te engula".
Diferente da meditação tradicional e da yoga, outras atividades que também proporcionam bem-estar e o alívio do estresse, o mindfulness é mais prático pois pode ser feito a qualquer hora e em qualquer lugar. Se o seu trabalho estiver te deixando nervoso, por exemplo, tente manter a atenção plena por alguns minutos mesmo que seja em sua mesa.
Lembre-se que o princípio básico do mindfulness é focar em pensamentos reais, do momento presente, permitir-se sentir o corpo e manter a respiração intensa, aquela que enche os pulmões e passa pelo diafragma.

2 - Consuma mais carnes magras
A carne vermelha é muito saborosa e nutritiva, é verdade, mas ela também é conhecida por ser fonte de gorduras saturadas. Por esse motivo, para começar a ter uma alimentação mais saudável, você pode aumentar o consumo de carnes magras, como peixe e frango sem pele, sem deixar, porém, a carne vermelha de lado.
Vale ressaltar que a carne de frango tem menos gordura quando comparada com a vermelha, é rica em aminoácidos essenciais para os músculos, bem como em ferro e vitaminas do complexo B. Mas, antes de investir totalmente na carne de frango é importante saber que elas não são todas iguais.
O modo de criação e alimentação das aves fazem toda a diferença na qualidade final, por isso a linha de frangos Sabia Bio conta com a parceria de quatro famílias granjeiras que possuem certificado internacional de Bem Estar Animal e investem em ração 100% vegetal, sem uso de antibióticos e melhoradores de desempenho.
Além disso, para transmitir mais confiabilidade, todos os produtos da linha Sadia Bio contam com um código de rastreio em suas embalagens que, ao acessar o site, informam exatamente de qual família veio o seu frango.
Se você deseja fazer alterações restritivas em sua dieta ou um cronograma alimentar de longo prazo, nutricionistas e nutrólogos são os profissionais mais indicado para o fim.

3 - Diminua o sal e o açúcar da comida
O sal branco e o açúcar refinado são itens praticamente indispensáveis para algumas pessoas, mas, no Brasil, a utilização de ambos é exagerada. Esse excesso, porém, pode trazer malefícios para a saúde, como aumento da pressão arterial, risco de diabetes, sobrecarga dos rins e candidíase recorrente.
Que tal investir em trocas mais saudáveis? No lugar do sal, experimente temperar a comida com especiarias e ervas moídas, tais como orégano, alecrim, sálvia, tomilho, salsa, pimenta, curry, noz-moscada ou outras de sua preferência. Se no primeiro momento você sentir muita falta do sal, tenta misturar as ervas ao sal rosa.
Já para adoçar sucos, chás e cafés, experimente o açúcar mascavo, que é proveniente da cana de açúcar e mais saudável, ou outras opções. Uma outra dica é ficar de atento aos produtos industrializados, eles também costumam ter uma quantidade de açúcar e sal acima das recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS), desse modo, é importante priorizar alimentos in natura.

4 - Não deixe o sono de lado
É durante o sono que o corpo descansa, repara uma série de funções, faz a síntese de hormônios e, claro, se prepara para o dia seguinte. Por isso a privação do sono é maléfica para o coração, cérebro e organismo como um todo. Um adulto precisa de de sete a oito horas de sono por noite, então tente se programar para ir para a cama todos os dias no mesmo horário, criando assim uma rotina.

5 - Beba água - de verdade
Seja sincero consigo mesmo: como está seu consumo de água? Caso você esteja se perguntando porque a água é tão importante, lembre-se que 70% do corpo humano é composto por este líquido, sendo assim, ele ajuda a manter o corpo hidratado, filtra as impurezas, ajuda a controlar a pressão sanguínea, regula o intestino, entre outros benefícios.
É comum ouvir que o ser humano precisa beber dois litros de água por dia e o cálculo para saber se essa quantidade é mesmo ideal é baseada na seguinte conta: seu peso multiplicado por 0,03. Porém, melhor que saber um número exato, é criar o hábito de beber água regularmente.
A sede, por exemplo, pode ser entendida como um sinal de que o seu corpo está desidratando, portanto, para melhorar esse aspecto, deixe uma garrafinha de água na sua mesa do trabalho, no quarto e carregue uma na bolsa ao sair de casa.
Aos poucos, é possível cultivar pequenos hábitos e cuidados que transformam a sua saúde.


sexta-feira, 1 de maio de 2020

Quais exercícios devo fazer para manter minha mente em forma?


Pesquisadores listaram as principais recomendações cientificamente comprovadas de atividades físicas que podem melhorar a mente e o cérebro.

Exercícios para a mente

As últimas pesquisas científicas mostraram que, num sentido, uma mente saudável gera um corpo saudável, e, no outro, a atividade esportiva melhora o desempenho cognitivo.

No entanto, existem vários tipos diferentes de esportes e uma ampla variedade de exercícios e treinamentos. Que tipo e quanto exercício manterá sua mente em boa forma?

Esta é a pergunta que pesquisadores da Universidade da Basileia (Suíça) e da Universidade de Tsukuba (Japão) se propuseram a responder por meio de uma análise em larga escala da literatura científica.

Eles usaram então essa análise para listar as principais recomendações cientificamente comprovadas de atividades físicas que melhoram o cérebro e a mente.

Esportes coordenados são particularmente eficazes

Depois de analisar 80 estudos científicos publicados sobre o assunto, a equipe identificou algumas características-chave: O treinamento de resistência, o treinamento de força ou uma mistura desses dois componentes mostraram-se boas opções para reforçar o desempenho cognitivo.

No entanto, esportes coordenados e desafiadores que exigem padrões de movimento complexos e interação com colegas jogadores são significativamente mais eficazes. "A coordenação durante um esporte parece ser ainda mais importante do que o volume total de atividades esportivas," explicou o professor Sebastian Ludyga.

Fazer atividades físicas por mais tempo não leva necessariamente a um nível de eficácia correspondentemente mais alto para a aptidão mental. A duração mais longa por unidade de exercício gerou uma melhoria maior do desempenho cognitivo apenas quando a prática se estende por um longo período de tempo.

Todas as faixas etárias se beneficiam

Assim como nossa condição física, o desempenho cognitivo muda ao longo de nossas vidas. Há um grande potencial de melhoria durante a infância (fase de desenvolvimento cognitivo) e durante a velhice (fase de degradação cognitiva). No entanto, o grupo de pesquisa não conseguiu encontrar um indicador de diferentes níveis de efetividade das atividades esportivas dentro das faixas etárias.

Além disso, as atividades esportivas, desde a escola primária até a idade mais avançada, não precisam ser fundamentalmente diferentes para melhorar o desempenho cognitivo.

Assim, diferentes faixas etárias podem ser combinadas para um objetivo comum durante os esportes. "Isso já está sendo implementado seletivamente com programas conjuntos de exercícios para crianças e avós," ilustrou o professor Uwe Pühse, acrescentando que isso é razão suficiente para que tais programas sejam expandidos.

Sessões esportivas intensas para meninos e homens

Já se sabia que o mesmo volume de atividade esportiva tem um efeito diferente na aptidão física para homens e mulheres. Os pesquisadores conseguiram agora verificar o mesmo quanto à aptidão mental: os estudos confirmam que os homens se beneficiam mais com a atividade esportiva também no aspecto cognitivo.

As diferenças entre os sexos são particularmente evidentes na intensidade do movimento, mas não no tipo de esporte. Um treino pesado parece ser particularmente interessante para meninos e homens. Em conjunto com um aumento gradual na intensidade, isso leva a uma melhoria significativamente maior no desempenho cognitivo por um período mais longo.

Por outro lado, o efeito positivo sobre as mulheres e meninas desaparece se a intensidade aumentar muito rapidamente. Os resultados sugerem que elas escolham atividades esportivas de baixa a média intensidade se quiserem aumentar sua aptidão cognitiva.


Além do vírus, aposentados e pensionistas de SE vivem drama: a previdência!


Em meio à pandemia do novo coronavírus (Covid-19), com regramentos impondo isolamento social e uso obrigatório de máscaras, com o fechamento de comércios e queda na arrecadação do Estado e dos municípios, além do temor pela contaminação com o vírus, os aposentados e pensionistas sergipanos estão iniciando um novo “drama” nos próximos 10 dias, aproximadamente: vão passar a contribuir para a previdência estadual e terão salários já descontados já na folha de abril que será concluída em meados de maio.

E quando este colunista fala em “drama”, aqui não se trata de qualquer exagero ou intuito de “forçar a barra” contra o Executivo, mas de enxergar um cenário de profunda indefinição por conta dessa pandemia, onde o próprio governador já reconheceu publicamente que o Estado não tem “caixa suficiente” para suportar tanto tempo com o setor produtivo semiparalisado, com quedas consecutivas de arrecadação de impostos e vendo os aposentados e pensionistas serem ainda mais “sacrificados” neste momento de instabilidade, financeira e emocional.

É evidente que o governador não é o responsável por todos os problemas e nem vai ter soluções “mágicas” para tudo, mas quando aceitou concorrer o posto mais importante do Estado, ele tinha consciência dos ônus e bônus; ele sabia o tamanho do “abacaxi” que tinha nas mãos e aceitou o desafio de continuar lutando. Neste sentido, por mais que o governo tente “empurrar para o passado” os problemas da Previdência, por justiça este mesmo agrupamento político está no comando do Estado desde 2007, ou seja, há 13 anos, tempo suficiente para, pelo menos, já ter minimizado esse sofrimento...

A partir dos rendimentos de abril, que serão pagos nesta quinta-feira (30) – para quem ganha até R$ 3 mil – e o restante no dia 8 de maio, tanto aposentados quanto pensionistas terão descontados de seus salários a alíquota de 14%. Quando da aprovação dessa proposta, em dezembro, o governo justificou alegando existir um “rombo” da previdência estadual com um déficit mensal superior a R$ 100 milhões. Para “salvar o futuro do funcionalismo” era preciso promover a reforma previdenciária estadual. Agora a “conta” chegou para os trabalhadores...

Não custa lembrar que aposentados e pensionistas estão inseridos no que chamamos de “grupo de risco” por conta do novo coronavírus e que, naturalmente, é a faixa etária que mais tem despesas com medicamentos. Justamente em um momento de pandemia, onde a saúde das pessoas é colocada em primeiro plano em qualquer discurso político, é razoável descontar 14% dos rendimentos de quem já está emocionalmente abalado e constrangido, com seu direito de ir e vir cerceado? Descontar sem reajustar há quase oito anos e sem pagar em dia?

Alguns membros do Ministério Público Estadual ficam um pouco “chateados” com as críticas que são feitas por este colunista; não se trata de nada pessoal, mas sim para chamar a atenção do órgão fiscalizador, responsável pelo controle externo! É para chamar o feito à ordem! O MPE, o TCE, a OAB e outras instituições precisam sair em defesa dos aposentados e pensionistas, pelo menos neste momento de pandemia! Uma previdência que já vive “esfacelada” por muitos e muitos anos, suportaria mais uns três ou quatro meses ou não? Um pouco de sensibilidade não faz mal a ninguém...


quinta-feira, 30 de abril de 2020

O papel de vitaminas e minerais na imunidade diante do coronavírus


Professora explica como a inclusão de alguns nutrientes em uma dieta equilibrada reforça as defesas do corpo contra infecções como a Covid-19

O sistema imunológico é um conjunto de células que tem a função de proteger nosso corpo de qualquer substância ou micro-organismo que não for por ele reconhecido. Nesse sentido, o papel da alimentação é também manter esse sistema atuante, fornecendo a ele os nutrientes capazes de ajudar a modular suas respostas.

Os minerais e as vitaminas fazem parte desse grupo de nutrientes. E, embora ainda não sejam considerados nutrientes em si, os compostos bioativos encontrados nos alimentos, assim como os pré e os probióticos que influenciam a microbiota intestinal, também são elementos que participam da proteção do organismo.

Entre os micronutrientes mais estudados por seu papel no sistema imunológico estão o zinco, o selênio e as vitaminas A, C e D.

Atingir os níveis preconizados dessas substâncias com a dieta é ainda mais desafiador na população idosa, que é justamente o grupo de maior risco para a Covid-19.

Alguns fatores contribuem com isso: consumo de dietas desbalanceadas devido a dificuldades de renda, isolamento e aquisição e preparo da comida; sensação de sede diminuída e menor ingestão de líquidos; próteses dentais mal ajustadas, que dificultam a mastigação; redução na capacidade de digerir os alimentos; diminuição da absorção de minerais e vitaminas pelo organismo…

Todos esses fatores aumentam o risco de esse público em particular sofrer com déficits nutricionais capazes de impactar na imunidade — o que exige um maior olhar da família ou dos cuidadores para a dieta dos idosos.

Os nutrientes aliados da imunidade
Mas não é só quem tem mais de 60 anos que deve dar atenção à escolha dos alimentos e buscar adequar com eles os níveis de micronutrientes. Por isso aponto, a seguir, as vitaminas e os minerais mais estudados por exercerem um papel nas defesas do nosso corpo.

Zinco
É o mineral que possui maior importância para o sistema imune. Em geral, idosos possuem deficiência de zinco, que tantas vezes é observada pela sensação de diminuição do paladar. Ele é encontrado em carnes, frutos do mar como ostras e mariscos, fígado e vísceras, peixes, ovos e cereais integrais. Pessoas que seguem dietas vegetarianas estritas também podem ter carência da substância.

Vitamina A
Entre suas propriedades, ajuda a modular a imunidade. É encontrada na natureza em sua forma ativa pré-formada (o retinol) em alimentos de origem animal, bem como nos seus precursores, os carotenoides, que aparecem em vegetais — o corpo tende a aproveitar melhor a versão de origem animal. As principais fontes de vitamina A são o fígado e os óleos de fígado de peixe. Já os carotenoides se encontram em vegetais de cor alaranjada ou verde escura.

Vitamina D
Famosa por sua ação nos ossos, também tem um papel relevante no sistema imune. A principal forma de obtê-la é pela exposição aos raios solares, que tornam possível sua síntese pela pele. Mas pescados, óleos naturais de fígado de peixes, alimentos fortificados e suplementos podem contribuir para alcançar e manter os níveis ideais. Na Europa, a deficiência da vitamina foi observada em pessoas infectadas pelo novo coronavírus, mas isso já podia ser esperado, uma vez que os pacientes contraíram a doença em pleno inverno, quando há uma diminuição à exposição solar. No entanto, embora o Brasil seja um país tropical e mais quente, sabemos que grande parcela da população não está com concentrações adequadas da vitamina, muito provavelmente devido ao uso do protetor solar.

Selênio
É um mineral de alto poder antioxidante, mas que também tem função imunológica. Participa, portanto, do controle de radicais livres, moléculas que se formam naturalmente, inclusive com a resposta do sistema imune a infecções, mas cujo excesso causa danos em células e nos órgãos. O alimento mais rico em selênio do mundo é a castanha-do-brasil (ou do Pará) — e basta uma unidade (5 gramas) para alcançar a recomendação diária. O teor do mineral na castanha depende da quantidade do elemento no solo de cultivo.

Vitamina C
Importante nutriente antioxidante, é estudada há muito tempo pelo seu possível papel preventivo e terapêutico em doenças como as do sistema respiratório. Entretanto, apesar de muito consumida, ainda não temos dados científicos robustos a respeito desse efeito. Em relação a resfriados comuns e gripes, já foi observado que pode auxiliar reduzindo o tempo de duração dos episódios. Ainda assim, o corpo tira bom proveito da ingestão regular de fontes de vitamina C, caso de acerola, goiaba e frutos cítricos.

Uma palavra sobre a suplementação
Os dados expostos reforçam que uma alimentação balanceada e saudável contribui para a melhor resistência do corpo a infecções, entre elas a Covid-19. Mas isso, claro, não ocorrerá de um dia para o outro. Falamos de um cuidado que deve acontecer na rotina e, se necessário, contar com orientação profissional.

Da mesma forma, diante de uma avaliação por nutricionista ou médico, podemos recomendar a suplementação de minerais e vitaminas, especialmente para os idosos, que têm maior dificuldade de obtê-los via dieta.

Fonte: https://saude.abril.com.br/blog/com-a-palavra/o-papel-de-vitaminas-e-minerais-na-imunidade-diante-do-coronavirus/ - Por Dra. Silvia Cozzolino, nutricionista - Foto: Fábio Castelo/SAÚDE é Vital

quarta-feira, 29 de abril de 2020

10 dicas que combatem a insônia e ajudam a dormir melhor


Evitar álcool, escolher um bom colchão e associar a cama ao sono são alguns dos segredos

Dormir é relaxante e ainda faz bem para a saúde. Tem coisa melhor? Tem sim, saber que ele ainda ajuda a viver mais. Um estudo realizado pela American Academy of Sleep Medicine provou que dormir bem é um dos segredos para a longevidade.

Porém, para algumas pessoas, uma boa noite de sono não é conquistada tão facilmente. A insônia pode ser decorrente de problemas de saúde. "O problema pode ser decorrente de transtorno ansioso, quadro depressivo, problemas neurológicos como a síndrome das pernas inquietas, apneia do sono ou mesmo um transtorno chamado de movimentos periódicos do sono, entre outros", enumera Stella Tavares, neurofisiologista do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo.

Mas, antes de pensar que o problema é de saúde, vale cogitar: será que você está tendo hábitos saudáveis antes de dormir? "Alguns costumes como uso excessivo de computadores, alimentação pesada antes de dormir e situações de tensão podem sim prejudicar o sono", lista Daniel Inoue, médico especialista em Medicina do Sono do Hospital Santa Cruz de São Paulo.

Para resolver o problema nesses casos, listamos alguns cuidados que podem ajudar a melhorar a qualidade do seu sono. Mas se nada disso funcionar, vale então procurar um médico.

1 - Escolha o melhor travesseiro
Ao pensar em um bom travesseiro, é importante sempre levar em conta a posição em que você dorme. "Ao deitar-se de lado, é importante que ele seja mais alto, para que o pescoço fique alinhado com resto da coluna. Agora, se você deita de barriga para cima, o ideal é usar um travesseiro mais baixo, para que a cabeça não fique muito acima", considera o ortopedista Cássio Trevizani, do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP).
Agora, se sua posição favorita é de bruços, o ideal é não usar travesseiro nenhum. Porém, essas regras se invalidam caso você tenha algum problema específico de saúde. "No caso de doenças associadas como o refluxo gastroesofágico e também algumas cardiopatias, a recomendação por travesseiros mais altos é feita", recomenda Daniel Inoue, médico especialista em Medicina do Sono do Hospital Santa Cruz de São Paulo.
Quanto ao material, vale escolher o que você preferir. Alguns conservam suas características por mais tempo, como o de viscoelástico, por exemplo. Mesmo assim, sempre que você perceber que o travesseiro está ficando mais baixo, o ideal é comprar outro. "A troca deve ser feita quando apresentarem deformidades ou algum tipo de incômodo para a pessoa dormir", alerta Inoue.

2 - Colchão também é importante
Tão essencial quanto o apoio para a cabeça é a base em que ficará o resto do corpo. Por isso mesmo o colchão é um item fundamental para um sono de qualidade. "É sempre importante pensar que a sua coluna deve estar alinhada ao se deitar", pondera o ortopedista Trevizani.
"Do ponto de vista prático, existem os modelos ortopédicos, com maior resistência e densidade, que normalmente são feitos com molas e com espuma de viscosidade mais alta", finaliza.
A regra principal, no entanto, é que ele seja confortável e que ao acordar você não sinta dores no corpo. E se com o tempo você começar a acordar com desconfortos, talvez já seja hora de trocar.

3 - Bebidas que ajudam
O conselho da vovó de beber um chá pode muito bem estar certo. "Chás calmantes como a camomila, erva doce e cidreira contribuem para dormir melhor, pois ajudam no relaxamento", considera o médico do sono Daniel Inoue.
O leite morno pode ser uma pedida também, por conter triptofano, um aminoácido precursor da serotonina, mesmo que em quantidades pequenas. Uma boa dica para potencializar essas bebidas é incluir o mel.
Alguns tipos desse doce, como o silvestre, o de flor de laranjeira e o assa-peixe tem propriedades calmantes e ajudam corpo e mente a relaxarem, de acordo com a nutricionista Thais Souza, da Rede Mundo Verde.

4 - Reduza a ansiedade
Quando a insônia bater por ansiedade, você pode usar algumas técnicas para reduzi-las. Experimente algo que você sabe que costuma relaxar vocês. Por exemplo, para pessoas mais tranquilas e que já tenham feito ioga, por exemplo, experimentar uma mentalização pode ser uma boa pedida.
"Mas se você não está acostumado, isso pode piorar sua ansiedade em querer dormir logo", considera a neurofisiologista Stella. Melhorar a respiração, fazendo exercícios de inspirar e expirar lentamente, também pode ser uma boa pedida, mas treine fazer isso acordado.

5 - Cuidado com o álcool
A qualidade do seu sono ao beber uma cerveja, vinho ou destilado não será das melhores. "Como ele relaxa a musculatura toda, inclusive do pescoço, ele deixa a via aérea aberta, o que favorece a apneia do sono, fazendo com que a pessoa durma de forma irregular ao longo da noite", explica Stella Tavares. Por isso podemos roncar mais quando bebemos.

6 - Associe a cama ao sono
"A cama deve ser restrita ao sono e as atividades sexuais", ressalta o médico do sono Inoue. Isso porque, quando seu cérebro entende que a cama é um local de dormir, fica mais fácil fazer com que o sono venha. Agora, se você costuma comer, usar o computador ou mesmo ler um livro na cama, a sonolência pode ser tornar mais difícil.

7 - Atente-se as cortinas
Ter uma cortina de boa qualidade pode não parecer, mas é tão importante quanto o colchão e o travesseiro. Isso porque a iluminação está diretamente relacionada com o sono, já que tudo isso é regido pelo ciclo circadiano, que leva em conta, entre outros fatores, o dia e a noite.
"Um dos hormônios ligado ao sono é a melatonina, e ela é melhor produzida quando estamos no escuro. A luminosidade alta interfere em sua liberação", ensina enumera Stella Tavares, neurofisiologista do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo.
De acordo com a especialista, você pode até ter uma pequena luminosidade no quarto, até porque algumas pessoas não conseguem dormir sem ela. Mas quando a luz fica muito forte, o corpo sente como se não fosse o momento certo de adormecer. Além disso, a luz que entra de manhã pela janela favorece o despertar. Portanto, vale a pena ficar com as cortinas fechadas se você quer dormir um pouco mais.

8 - Cuidado com eletrônicos no quarto
Isso vale para o uso de objetos eletrônicos no quarto, que são muito estimulantes. "Assistir filmes, navegar pela internet, utilizar redes sociais ou mesmo jogos online, podem aumentar o grau de excitação e isso pode ser prejudicial ao sono", considera Inoue.
O ideal é que uma hora antes de dormir você se desconecte um pouco e relaxe. Para esse momento, vale diminuir a intensidade da luz, colocar uma música relaxante ou fazer uma leitura tranquila, nada que desperte muito a sua mente.

9 - Evite brigas no quarto
Não adianta limpar o ambiente apenas dos estímulos tecnológicos. Evitar brigas, estresse e discussões de problemas no quarto também é muito importante. "Em situações de tensão, encontramos aumento das catecolaminas, que são substâncias responsáveis pela excitação e responsáveis pelo aumento do nível de atenção", explica o médico do sono Inoue. Portanto, isso só vai dificultar que seu cérebro relaxe até o estado de subconsciência.

10 - Exercícios na hora certa
Além da luz, a temperatura corporal também ajuda a regular o sono: quando ela cai, ficamos mais sonolentos. Porém, quando fazemos atividades físicas, a tendência é que fiquemos mais quentes. "O ideal é não fazer exercícios à noite, pois isso acaba atrapalhando o sono", estatiza Stella. Mas, caso seja o único horário que você tem, o melhor é deixar para deitar-se até três horas depois.