quinta-feira, 27 de fevereiro de 2025

Ataque cardíaco ou ataque de pânico? Saiba diferenciar


Os sintomas são bastante semelhantes, o que dificulta a diferenciação entre um e outro. Na dúvida, busque atendimento médico imediatamente

 

Dor no peito, palpitações cardíacas, falta de ar, tontura e náusea: você está tendo um ataque cardíaco ou um ataque de pânico? No momento da tensão, é bastante difícil saber diferenciar, mas isso não importa. Isso porque o recomendado é procurar atendimento médico imediatamente, mesmo sem saber ainda do que se trata.

 

"Todos concordam que você não deve arriscar que não seja um ataque cardíaco. Isso porque os sintomas de um ataque cardíaco e de pânico são tão semelhantes que às vezes pode ser difícil dizer a diferença. Em caso de dúvida, é melhor errar por precaução e ser rapidamente avaliado em um pronto-socorro para ter certeza de que não foi um ataque cardíaco", explica a médica intensivista Dra. Caroline Reigada, especialista em Medicina Intensiva pela Associação de Medicina Intensiva Brasileira.

 

Ataque cardíaco ou ataque de pânico?

Um ataque cardíaco acontece quando o fluxo sanguíneo que leva oxigênio ao músculo cardíaco é severamente reduzido ou cortado, geralmente pelo bloqueio das artérias coronárias. Segundo a médica, o quadro pode surgir de repente e de maneira intensa, mas a maioria começa lentamente, com dor ou desconforto leve que piora gradualmente ao longo de alguns minutos. "Esses episódios podem ir e vir várias vezes antes que o ataque cardíaco ocorra.  Ligar para a emergência e obter tratamento imediato é fundamental", enfatiza a médica. 

 

"Mas se um exame médico mostrar que a saúde do seu coração está boa, você pode ter tido um ataque de pânico - especialmente se o medo intenso, o sintoma característico, acompanhou os sintomas físicos", acrescenta. O ataque de pânico, por outro lado, não é 'bobagem' nem 'coisa pouca'. Os ataques de pânico ocorrem rapidamente e geralmente atingem o pico de intensidade em cerca de 10 minutos. Além disso, os episódios podem indicar a presença de um distúrbio.

 

Pânico

O transtorno do pânico é um tipo de transtorno de ansiedade que pode causar ataques de pânico repetidos. Segundo estimativas, a síndrome do pânico atinge cerca de 6 milhões de brasileiros. "A ansiedade tornou-se muito mais comum após o início da pandemia. Eles podem ser desencadeados por um evento traumático ou grande estresse da vida, mas também podem ocorrer sem motivo aparente. Eles mexem com a sua cabeça e seu cérebro não consegue entender o que está acontecendo", explica a médica.

 

A médica intensivista lembra que, nesse caso, é fundamental buscar auxílio de um profissional de saúde mental, que pode indicar terapias para reduzir o medo de sensações ruins de pânico. Ela destaca que o transtorno do pânico é muito incompreendido, mas também muito tratável. 

 

Emergência médica, principalmente para as mulheres

"Enquanto um ataque de pânico pode fazer você se sentir como se estivesse tendo um ataque cardíaco, um ataque cardíaco real é uma emergência médica. A dor no peito é o sintoma mais comum, mas as mulheres são um pouco mais propensas a ter outros sintomas, como falta de ar, náusea e dor nas costas ou na mandíbula", informa a médica.

 

Uma declaração científica de 2016 da American Heart Association afirmou que as mulheres são subtratadas para ataques cardíacos, o que aumenta o risco. "Apesar de décadas de esforço para aumentar a conscientização, os pacientes e médicos não apreciam que as doenças cardíacas sejam a principal causa de morte das mulheres", diz.

 

Especialistas dizem que mulheres e homens devem discutir seu risco de ataque cardíaco com um profissional de saúde, que pode ajudar a identificar e tratar fatores de risco como tabagismo, diabetes, pressão alta e colesterol alto. Mas, enfatiza a médica, mesmo pessoas sem fatores de risco podem ter doenças cardíacas. "Então, em caso de dúvida, um médico deve verificar", finaliza.

 

https://www.terra.com.br/vida-e-estilo/saude/ataque-cardiaco-ou-ataque-de-panico-saiba-diferenciar,5e60c2e7da8a8f6dd1c2d76d0d6b29aee9h1mfps.html?utm_source=clipboard - Foto: Shutterstock

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2025

Conheça a relação entre gordura abdominal e hipertensão e saiba como evitá-la


Estudo reforça a ligação, confirmando o aumento do risco cardiovascular; confira estratégias que ajudam a prevenir o acúmulo de gordura na região da barriga

   

Entre os problemas associados estão diabetes, esteatose hepática (a popular “gordura no fígado”) e aumento dos níveis de colesterol e triglicérides

 

Muito além de questões estéticas, o acúmulo de gordura na região abdominal está por trás de alterações metabólicas relacionadas ao aumento do risco cardiovascular. E um novo estudo, publicado em dezembro no periódico científico Nutrition Journal, reforça essa relação.

 

Pesquisadores da China avaliaram dados de mais de 47 mil indivíduos de três grandes estudos: o China Health and Nutrition Survey (CHNS), o China Health and Retirement Longitudinal Study (CHARLS) e o National Health and Nutrition Examination Survey (NHANES). Esses trabalhos monitoram o estado nutricional e outros aspectos do estilo de vida das populações da China e dos Estados Unidos.

 

Foram selecionados 9.445 participantes, acompanhados durante quase quatro anos. Os cientistas avaliaram as medidas do abdômen e da pressão arterial, entre outros aspectos clínicos, e observaram que, quanto maior a circunferência da barriga, mais alta a incidência de hipertensão. “O artigo destaca a importância do tamanho da cintura como parâmetro para avaliar a propensão a doenças”, comenta a endocrinologista Cláudia Schimidt, do Hospital Israelita Albert Einstein.

 

Diferentemente do Índice de Massa Corporal (IMC), a medida da circunferência abdominal ajuda a apontar a distribuição de gordura. “Embora o IMC ainda colabore para a classificação da obesidade, cada vez mais a ciência mostra que são necessários outros critérios”, diz a médica.

 

No último dia 14 de janeiro, um artigo publicado no periódico The Lancet Diabetes & Endocrinology propõe que esse índice seja utilizado apenas como uma medida substituta do risco à saúde em nível populacional, para estudos epidemiológicos ou triagem, em vez de uma medida individual de saúde. “O excesso de adiposidade deveria ser confirmado por meio da medição direta da gordura corporal, quando disponível, ou por ao menos um critério antropométrico (como circunferência da cintura, relação cintura-quadril ou relação cintura-altura), além do IMC, utilizando métodos validados e pontos de corte apropriados para idade, sexo e etnia”, escrevem os autores.

 

O acúmulo excessivo de gordura na região abdominal – que fica entremeada nos órgãos – é considerado um tecido endócrino, ou seja, que produz diversas substâncias, inclusive algumas pró-inflamatórias. “Ao disparar pequenas e constantes inflamações, pode haver alterações na função endotelial”, explica Schimidt. A endocrinologista refere-se ao revestimento celular envolvido na dilatação e no relaxamento das artérias. Assim, a pressão tende a se elevar.

 

Diabetes, esteatose hepática (a popular “gordura no fígado”), aumento dos níveis de colesterol e triglicérides são alguns dos problemas associados — e ainda há indícios de maior risco de Alzheimer. “A gordura visceral é diferente da subcutânea, aquela que se concentra nos quadris e nos braços e que costuma trazer menos prejuízos à saúde”, comenta a especialista.


Confira, a seguir, algumas estratégias que ajudam a evitar a adiposidade abdominal:

 

🚴‍♀️ Manter-se ativo

Espantar o sedentarismo — caminhando, correndo, nadando ou se dedicando a outras atividades aeróbicas — promove alterações metabólicas positivas, facilitando a captação da glicose pelas fibras musculares, o que ajuda a equilibrar os níveis de insulina. Além disso, a prática de exercícios favorece a perda de peso e o aumento na produção de substâncias protetoras.

A recomendação é exercitar-se por 150 minutos na semana, mas para muita gente fica complicado alcançar essa meta. “Faça o que conseguir, de acordo com a rotina”, sugere Cláudia Schimidt.

Qualquer esforço é melhor do que nada — até mesmo trocar o elevador pela escada já entra na conta. Outra dica é escolher uma atividade de que você goste, o que vai garantir sua motivação para se manter ativo.

 

🍅 Priorizar o consumo de vegetais

Abrir espaço no cardápio para hortaliças, frutas, sementes e grãos integrais é a receita para garantir benefícios. Sempre dentro do equilíbrio e sem excessos. Além de vitaminas e sais minerais, que atuam em prol do bom funcionamento do organismo, esses alimentos oferecem fibras, que favorecem o aumento da saciedade, freando o apetite.

 

🥐 Consumir carboidrato com equilíbrio

O nutriente do arroz, da aveia, do trigo e seus derivados não pode ficar de fora do cardápio, afinal, é nossa principal fonte de energia. Exageros, entretanto, estão por trás do ganho de peso. A quantidade varia de acordo com a idade, o perfil e o nível de atividade física — por isso, antes de cortar fontes de carboidrato por conta própria, consulte um profissional de saúde especializado.

Além de evitar os excessos, a sugestão é priorizar as versões integrais no dia a dia, já que são mais nutritivas. Outra dica é combinar as fontes de carboidrato com alimentos ricos em proteínas, caso de leguminosas, queijos, iogurtes e ovos. Dessa maneira, a absorção torna-se mais lenta, o que evita grandes oscilações glicêmicas desfavoráveis ao metabolismo.

 

🌭 Evitar ultraprocessados

O termo refere-se aos alimentos industrializados que apresentam grandes quantidades de açúcar, gordura, sódio e aditivos. Lasanha pronta congelada e macarrão instantâneo são exemplos. Manter uma dieta com muitos produtos desse tipo favorece a obesidade e outros distúrbios.

 

Reduzir gordura saturada e evitar a gordura trans

Carnes vermelhas, queijos amarelos, manteiga e óleo de coco são alguns alimentos que contêm porções generosas de gorduras saturadas. Além de contribuir para o ganho de peso, o exagero na quantidade está por trás de males cardiovasculares.

A gordura trans, que pode estar presente na formulação de biscoitos recheados, sorvetes e salgadinhos, precisa ser evitada pelos mesmos motivos.

 

🩺 Perder peso quando há excesso

Além do acúmulo na barriga, os quilos em excesso estão relacionados com problemas cardiovasculares, diabetes, entre outros distúrbios. Quando o emagrecimento acontece de forma saudável, a perda de gordura abdominal tende a ser bem-sucedida, já que ela costuma ser metabolicamente muito ativa. Por isso, é fundamental buscar ajuda médica e de nutricionista para combater a obesidade.

 

😴 Zelar pelo sono

As noites maldormidas podem interferir com o equilíbrio de alguns hormônios envolvidos com o controle do apetite. É o caso da leptina, responsável por informar ao cérebro sobre saciedade, que tem sua atuação prejudicada.

Vale investir na chamada higiene do sono. A começar pelo quarto, que precisa estar arejado, de preferência com poucos móveis e sem bagunça. Colchão adequado e travesseiro na altura certa contam mais pontos a favor dos bons sonhos.

Para completar, o ideal é manter eletrônicos longe da cama. Desligue a TV e o computador bem antes de fechar os olhos — a luz desses aparelhos interfere na produção de melatonina, hormônio que avisa o cérebro que é hora de dormir.

 

😡 Gerenciar o estresse

Embora possa ser um desafio, sobretudo para quem precisa encarar trânsito, poluição sonora e outros fatores do cotidiano das grandes cidades, não custa reforçar a importância de domar as tensões. Isso porque o estresse crônico desencadeia uma série de desequilíbrios, inclusive hormonais, que contribuem para o aumento do apetite e o acúmulo de gordura na região abdominal.

Separar um tempo para se dedicar às atividades prazerosas pode ajudar. Inclusive, os exercícios físicos são grandes aliados, já que favorecem a liberação de endorfinas, um grupo de substâncias do bem-estar.

 

Fonte: https://www.correiodopovo.com.br/bellamais/saudefeminina/conhe%C3%A7a-a-rela%C3%A7%C3%A3o-entre-gordura-abdominal-e-hipertens%C3%A3o-e-saiba-como-evit%C3%A1-la-1.1582994 - Agência Einstein - Foto: Freepik

terça-feira, 25 de fevereiro de 2025

Pilates é bom para ganhar massa muscular? Veja os benefícios da atividade


Saiba como praticar pilates pode te ajudar a melhorar a postura, respiração, flexibilidade e ainda combater dores e aliviar o estresse

 

A prática do pilates garante muitas vantagens ao nosso corpo. Afinal, ela nos deixa mais produtivos, com menos chances de adoecer e melhora o bem-estar. Ou seja, são fatores cada vez mais importantes para uma boa qualidade de vida.

 

Dessa maneira, Patrícia Bueno, fisioterapeuta especializada em pilates contemporâneo, detalhou nove pontos benefícios da prática. Confira:

 

Benefícios do pilates

 

1. Diminuição do estresse e ansiedade

A sincronia entre respiração e movimento é a "alma" da prática de pilates. Por meio da respiração consciente a concentração aumenta e a ansiedade diminui.

Com a prática frequente, o aluno adquire maior controle sobre o seu corpo e suas ações (consciência corporal), melhorando, inclusive, a forma de lidar com problemas e pressões cotidianas.

 

2. Combate de dores

Por meio do pilates, é possível promover um realinhamento da coluna e fortalecimento do abdome, o que contribuem para solução de diversas patologias. Além disso, ao trabalhar os músculos como um todo pode-se prevenir lesões de forma geral.

 

3. Flexibilidade

Por meio do alongamento global do corpo é possível trabalhar a extensão dos músculos e articulações, que traz benefícios para o dia a dia em simples atividades como abaixar para pegar um objeto do chão, ou amarrar os sapatos.

 

4. Melhora a respiração

Com a prática do pilates, o indivíduo aprende a respirar de forma correta sem gerar o bloqueio do músculo do diafragma, trazendo bem-estar.

 

Prática pode melhorar o bem-estar geral

5. Melhora na postura

Por meio de exercícios com alongamento axial, ou seja, a coluna alinhada e alongada durante toda a prática dos exercícios, adquire-se maior força dos músculos que sustentam a lombar. Consequentemente, a postura no cotidiano é alterada, gerando benefícios.

 

6. Tonifica os músculos

O grande diferencial dessa atividade é o fortalecimento muscular integrado, ou seja, durante o pilates, ocorre a ativação simultânea de diversos grupos musculares.

 

7. Coordenação motora

Por meio dos exercícios é possível adquirir mais equilíbrio e melhora da percepção dos objetos, sendo transportado para o nosso dia a dia e influenciando em nossas atividades.

 

8. Desempenho na corrida

Para realizar a prática da corrida, o corpo precisa de um preparo a fim de evitar lesões, com o auxílio do pilates por meio da respiração, concentração, fortalecimento global, principalmente dos músculos estabilizadores será possível fazer com que o corpo alcance melhores resultados.

 

9. Previne fraturas osteoporóticas

O pilates auxilia no aumento de força muscular, que comprime e fortalece a estrutura óssea. Além disso, melhora a coordenação motora e auxilia o corpo a ter equilíbrio, sendo um grande aliado na prevenção de fraturas ocasionadas pela osteoporose.

 

https://www.terra.com.br/vida-e-estilo/saude/pilates-e-bom-para-ganhar-massa-muscular-veja-os-beneficios-da-atividade,b35f8dd4e8e4409cb13d834a06e9d8afn5bvkd3s.html?utm_source=clipboard - Foto: Shutterstock

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2025

Veja os benefícios do vinho para a saúde e como consumir

 


A ingestão moderada da bebida favorece o bem-estar físico e emocional

 

Motivar as pessoas a se reconectarem em torno de uma garrafa de vinho especial, criar boas memórias com amigos e familiares, sem precisar de nenhum outro motivo para comemorar, foi o que pensaram os dois colunistas do Wall Street Journal, em 2000, ao criarem a Open That Bottle Night (Noite de Abrir Aquela Garrafa, em português) que acontece sempre no último sábado de fevereiro.

 

"Além de todos os benefícios do vinho para o organismo, é importante que cada um reserve um tempo, na correria do dia a dia, para confraternizar e ampliar seu convívio social. Isso desempenha um papel crucial tanto no bem-estar físico como emocional. Além disso, a interação humana estimula o sentimento de pertencimento e propósito", explica o Prof. Dr. Durval Ribas Filho, nutrólogo, Fellow da The Obesity Society - TOS (USA), presidente da Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN) e docente da pós-graduação CNNUTRO.

 

A seguir, o Prof. Dr. Durval Ribas Filho explica sobre os benefícios do vinho para a saúde e como consumi-lo. Veja!

 

Confraternizar com vinho é benéfico

Confraternizar com vinho contribui para saúde emocional, mas o consumo da bebida deve ser sem exageros. Interações sociais positivas estimulam a produção de oxitocina, conhecida como o "hormônio do bem-estar", e auxiliam na redução dos níveis de cortisol, o hormônio do estresse. Pessoas que mantêm vínculos sociais tendem a ter um sistema imunológico mais forte, tornando-as mais resistentes a infecções e doenças.

 

A convivência social também cria uma rede de apoio, essencial diante de desafios como perdas, mudanças bruscas na vida e crises pessoais, além de reduzir os riscos de depressão, ansiedade e outros transtornos mentais.

 

O vinho também faz bem para saúde física

O consumo moderado, em particular do vinho tinto, está associado a vários benefícios para a saúde, como a redução do risco de doenças cardíacas e combate aos radicais livres, graças aos antioxidantes, como o resveratrol, que também pode ajudar a reduzir a produção de LDL (colesterol ruim) pelo fígado, contribuindo para prevenir a aterosclerose.

 

O resveratrol, potente antioxidante, está presente na casca da uva, que faz parte do processo de fermentação do vinho tinto. Aliado a outros polifenóis, ele contribui para a dilatação arterial, facilitando a circulação sanguínea, tem ação antiplaquetária, reduz a formação de trombo nos vasos sanguíneos e favorece a neuroproteção.

 

No sistema imunológico, aumenta a capacidade do organismo sintetizar moléculas anti-inflamatórias, estimulando a produção de células T e, consequentemente, há uma melhora da resposta autoimune. Estudos também mostram que o resveratrol melhora a sensibilidade à insulina, ajudando no controle da glicemia em casos de pré-diabetes e diabetes.

 

Benefícios do vinho branco

O vinho branco também tem flavonoides e ácidos fenólicos, que possuem propriedades antioxidantes, mas em quantidade menor em relação ao vinho tinto, o que resulta em uma baixa atividade antioxidante e anti-inflamatória.

 

Relação entre vinho e longevidade

Alguns estudos sugerem que o consumo moderado de vinho pode contribuir para uma vida mais longa e apontam, ainda, que pessoas - socialmente ativas - têm maiores chances de viver mais e com melhor qualidade de vida. Conversar e interagir regularmente com amigos e familiares é uma forma de manter o cérebro ativo e pode prevenir ou retardar o declínio cognitivo e doenças neurodegenerativas, como o Alzheimer.

 

Quantidade ideal de consumo

Uma taça de vinho, para as mulheres, e duas taças, para os homens, ao dia é o recomendado. Quantidades superiores dependem da sensibilidade de cada organismo, que pode ser mais ou menos susceptível aos efeitos positivos ou negativos do vinho, pois é uma bebida alcoólica.

 

Exagerar na dose de vinho pode levar a vários problemas, como a diminuição da capacidade de discernimento, aumento no risco de desenvolver câncer, acidente vascular cerebral (AVC), doenças hepáticas, sobrepeso, obesidade e outras doenças. 

 

Além disso, o consumo de vinho é contraindicado para pacientes psiquiátricos, adolescentes, grávidas e pessoas com predisposição a desenvolver algum tipo de dependência.

 

https://www.terra.com.br/vida-e-estilo/saude/veja-os-beneficios-do-vinho-para-a-saude-e-como-consumir,e7d7f05518123907c22a6e4865465eb50c9v8595.html?utm_source=clipboard - Por Edna Vairoletti - Foto: Caftor | Shutterstock / Portal EdiCase

domingo, 23 de fevereiro de 2025

Entenda como o consumo de ultraprocessados pode aumentar risco de câncer


Veja dicas para incluir snacks saudáveis e práticos na rotina alimentar e diminuir a ingestão de alimentos ultraprocessados

 

Produtos industrializados com aditivos artificiais costumam ter alto teor de açúcar, gorduras e sódio, além de baixo valor nutricional

 

Biscoitos, refrigerantes e salgadinhos são alguns dos exemplos de alimentos ultraprocessados no mercado e que, quando consumidos em excesso, podem levar a consequências mais graves à saúde. De acordo com estudo realizado pela Fiocruz, 10% dos óbitos ocorridos no Brasil em 2019 tiveram relação direta com o consumo exagerado de ultraprocessados, totalizando 57 mil mortes anuais, que equivalem a seis mortes por hora ou 156 por dia. A Organização Mundial da Saúde (OMS), inclusive, mantém uma lista em que atualiza frequentemente a classificação de alimentos ultraprocessados e o potencial cancerígeno.

 

A nutricionista Tayná Moura Santana, da rede de clínicas AmorSaúde, alerta que a presença de substância cancerígenas aliadas aos altos níveis de aditivos químicos, conservantes, corantes, estabilizantes e açúcar, gorduras e sódio, introduzidos industrialmente, aumentam os riscos de cânceres por estarem associados ao aumento de gordura e inflamação do organismo. O risco pode se agravar quando combinado com outras doenças, como a obesidade.

 

O que são alimentos ultraprocessados e por que são tão prejudiciais?

A nutricionista explica que os ultraprocessados são caracterizados como alimentos que têm múltiplos ingredientes industriais, incluindo substâncias artificiais como aromatizantes, corantes e emulsificantes. Além de possuírem alto teor de açúcar, gordura e sódio, com baixo valor nutricional, ainda são pobres em fibras, vitaminas e minerais essenciais. “Esses alimentos são formulados com ingredientes refinados e modificados, como xaropes, proteínas hidrolisadas e gorduras hidrogenadas”, complementa a nutricionista.

 

Exemplos comuns de ultraprocessados incluem:

• Refrigerantes e sucos artificiais;

• Salgadinhos de pacote;

• Bolachas recheadas e biscoitos industrializados;

• Embutidos (salsicha, presunto, mortadela, salame);

• Macarrão instantâneo;

• Cereais matinais açucarados;

• Pratos prontos congelados (lasanhas, nuggets, hambúrgueres industrializados).

 

Conheça as armadilhas

É comum ver nas gôndolas do mercado as inúmeras embalagens dos ultraprocessados que, segundo Tayná, em razão do marketing agressivo, “geralmente são promovidos como práticos, saborosos e acessíveis”. Contudo, é essencial que o consumidor esteja atento à composição descrita no rótulo, priorizando outros lanches, principalmente se o intuito é a praticidade do dia a dia.

 

“Ao escolher um snack saudável, é importante avaliar sua composição nutricional, evitando excessos de açúcar, sódio, gorduras ruins e aditivos artificiais. Leia a lista de ingredientes, verifique a quantidade de açúcar, sódio e o teor de gorduras”, recomenda a nutricionista.

 

Uma das armadilhas mais presentes nas embalagens de alimentos ultraprocessados está nas palavras “saudável”, “light”, “proteico”, “zero”. Esses termos podem induzir o consumidor a investir em um alimento que, em sua composição, muitas vezes, diz o contrário.

 

Dessa forma, a chave é a tabela nutricional e a lista de ingredientes. “Quanto menos ingredientes, melhor. Prefira aqueles com alimentos integrais (como castanhas, frutas secas, sementes e cereais integrais). Evite nomes difíceis: ingredientes como xarope de glicose, maltodextrina, glutamato monossódico, corantes artificiais e conservantes indicam alto nível de processamento”, elenca.

 

Como escolher opções mais saudáveis?

Apesar de parecer um desafio para a correria do dia a dia, é possível investir em escolhas mais saudáveis e práticas. “O consumo regular de snacks saudáveis pode ter um impacto significativo na saúde a longo prazo, ajudando a prevenir doenças crônicas e promovendo bem-estar geral. Esses lanches, quando equilibrados nutricionalmente, fornecem energia, nutrientes essenciais e contribuem para hábitos alimentares mais consistentes e saudáveis”, explica a profissional.

 

Na prática, é possível prevenir doenças cardiovasculares, diabetes tipo 2 e obesidade, além do próprio câncer, já que há um controle dos níveis de açúcar no sangue e a manutenção do peso corporal. A nutricionista recomenda que haja um tempo dedicado com antecedência para montar os snacks. Algumas opções podem ser:

 

🍎 Frutas frescas ou secas (sem açúcar adicionado);

🌰 Castanhas, amêndoas e nozes (sem sal ou temperos artificiais);

🥛 Iogurte natural (sem açúcar) com chia e granola caseira;

🍿 Pipoca feita em casa com pouco sal e azeite;

🥕 Palitinhos de cenoura, pepino ou tomate cereja com homus;

🥚 Ovos cozidos;

🍫 Chocolate amargo (mínimo 70% cacau, sem açúcar adicionado).

 

Na hora de comprar snacks prontos, alguns critérios podem ajudar a fazer escolhas mais saudáveis. O ideal é optar por opções com baixo teor de açúcar adicionado, preferencialmente com menos de 5g por porção, e evitar adoçantes artificiais. Além disso, a qualidade das gorduras presentes nos alimentos deve ser observada, priorizando aquelas naturais e evitando gorduras trans ou hidrogenadas.

 

O teor de sódio também merece atenção, sendo recomendável escolher produtos com menos de 200mg por porção. Já as fibras desempenham um papel essencial na saciedade e na saúde intestinal, e snacks com pelo menos 3g por porção são os mais indicados.

 

“Equilibrar praticidade com qualidade nutricional é totalmente possível, mesmo em uma rotina corrida. A chave é investir em planejamento, escolher alimentos minimamente processados e ter opções práticas sempre à mão”, finaliza a nutricionista.

 

Fonte: https://www.correiodopovo.com.br/bellamais/saudefeminina/entenda-como-o-consumo-de-ultraprocessados-pode-aumentar-risco-de-c%C3%A2ncer-1.1580332 - Foto: Freepik