sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Fones de ouvido são tão perigosos quanto turbinas de avião

Segundo um novo estudo da Universidade de Leicester (Reino Unido), ouvir música com volume muito alto em fones de ouvido pode danificar o revestimento das células nervosas, levando à surdez temporária.

Os pesquisadores, liderados pelo Dr. Martine Hamann, afirmaram que os fones de ouvido pessoais podem chegar a níveis de ruído semelhantes aos dos motores a jato de aviões.

O estudo era sobre os efeitos de ruídos altos (acima de 110 decibéis) em uma parte do cérebro chamada núcleo coclear dorsal, que carrega sinais de células nervosas do ouvido para as partes do cérebro que decodificam e dão sentido aos sons.

Ruídos altos já são conhecidos por causar problemas de audição, como surdez temporária e zumbido nos ouvidos, mas o estudo também descobriu que eles causam dano celular subjacente.

As células nervosas que transportam sinais elétricos das orelhas para o cérebro tem um revestimento chamado de “bainha de mielina”, que ajuda os sinais elétricos a viajarem ao longo da célula.

A exposição a ruídos altos pode danificar ou destruir as células deste revestimento, interrompendo os sinais elétricos. Isto significa que os nervos não conseguem transmitir eficientemente informação das orelhas para o cérebro – você não escuta direito.

Porém, esse revestimento pode se regenerar, ou seja, as células podem voltar a funcionar. Isso significa que a perda de audição pode ser temporária.

“Nós agora entendemos por que a perda de audição pode ser reversível em alguns casos. Geralmente, efeito é reversível após três meses”, explica o Dr. Hamann.[ScienceDaily,NFR, MedicalNewsToday]

Fonte: http://hypescience.com/fones-de-ouvido-sao-tao-perigosos-quanto-turbinas-de-aviao/ - Natasha Romanzoti

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Ficar sem dormir para estudar não dá bons resultados

Estudar e dormir

Todos os estudantes conhecem oscript: encher-se de cafeína para afastar o sono e conseguir estudar o máximo na noite anterior à prova.

Mas estudos científicos provam que essa é uma má ideia.

O problema está no delicado equilíbrio entre estudo e sono.

Estudar, é claro, é um elemento chave para sair-se bem nas provas.

Mas o que os pesquisadores demonstraram em experimentos é que um sono adequado reflete-se igualmente nas notas.

Sono e aprendizado

Cari Gillen-O'Neel e seus colegas da Universidade da Califórnia em Los Angeles, afirmam que sacrificar o sono para estudar para uma prova, ou para fazer um trabalho escolar, é contraproducente.

Independentemente de quanto um aluno estuda por dia, se esse estudante sacrificar o tempo de sono a fim de estudar a mais do que o habitual, ele fica susceptível a ter mais problemas acadêmicos no dia seguinte, e não menos.

"Ninguém está sugerindo que os alunos não devam estudar," disse Andrew Fuligni, coautor do estudo. "Mas uma quantidade adequada de sono também é fundamental para o sucesso acadêmico.

Estes resultados são consistentes com pesquisas emergentes que sugerem que a privação de sono impede o aprendizado."

Receita para estudar e dormir

Outras pesquisas já mostraram que os estudantes dormem cada vez menos conforme avançam nos estudos.

Um adolescente dorme em média 7,6 horas quando está no primeiro ano do ensino médio, um tempo que cai para 7,3 horas no segundo ano e 7 horas no terceiro.

"Com isso, os jovens começam a faculdade dormindo menos do que precisam, e essa falta de sono se torna pior conforme avançam," diz o professor Fuligni.

Em seus experimentos, que envolveram estudantes de diversas origens, os pesquisadores descobriram que, quanto menor o tempo de sono, maior é a associação com dificuldades na escola.

"O sucesso acadêmico pode depender de encontrar estratégias para evitar ter que abrir mão do sono para estudar, como a manutenção de uma programação consistente de estudos ao longo dos dias, usar o tempo escolar de forma tão eficiente quanto possível e sacrificar o tempo gasto em outras atividades menos essenciais," concluiu Fuligni.

Fonte: http://www.diariodasaude.com.br/news.php?article=ficar-sem-dormir-estudar-nao-bons-resultados&id=8092&nl=nlds - Imagem: Wikimedia/Love Krittaya]

domingo, 26 de agosto de 2012

“Depressão da segunda-feira”: mito ou realidade?

Cuidado, pessoal. Ela vem chegando aí: a indesejada e odiada segunda-feira. Principalmente aos domingos, é muito comum ouvir reclamações sobre o dia que está por vir, e não é por menos, afinal, ele assinala o começo da semana de trabalho.

Por semana de trabalho, nós queremos dizer segunda a sexta, que são os dias em que a maioria das pessoas tem que levantar cedo para estudar ou trabalhar.

Por consequência, a sexta-feira é o dia mais feliz da semana, porque assinala o começo do exato oposto: o senhor fim de semana, no qual a maioria de nós não estuda ou trabalha.

Pelo senso comum, portanto, é bem fácil entender qual é o dia mais chato e o mais legal da semana. Cientificamente, no entanto, há um erro nessa ideia: a segunda-feira, dizem os pesquisadores, não é pior do que qualquer outro dia da semana de trabalho, exceto a sexta.

Ou seja, a “alegria de sexta” é real: nós, de fato, relatamos mais prazer e felicidade e menos estresse ou preocupação às sextas-feiras, assim como aos sábados e domingos, em comparação com o resto da semana.

Já o conceito de “depressão da segunda” não é correto, segundo os cientistas.

A conclusão foi tirada a partir de entrevistas por telefone com mais de 340.000 americanos. Os pesquisadores averiguaram os efeitos positivos e negativos do humor nos dias da semana.

Os resultados mostraram que nós nos sentimos igualmente estressados na segunda, na terça, na quarta e na quinta. É o mesmo mau humor, não há nada de pior com a coitada da segunda. E, sim, nós nos sentimos mais bem humorados a partir da sexta, em antecipação ao fim de semana.

“Apesar de nossas crenças globais sobre segundas-feiras, podemos concluir que esta crença deve ser abandonada. Mitos culturais podem superenfatizar vastamente o padrão de humor em dias de semana”, explica o professor Arthur Stone, da University Stony Brook (Nova York, EUA).

Então, se amanhã você acordar se sentindo particularmente irritado ou estressado, lembre-se: o sentimento vai continuar até quinta-feira, melhor não descontar tudo na segunda. Se não isso der certo, confira nossas dicas para quem odeia segundas-feiras.[io9, BBC]

Fonte: http://hypescience.com/depressao-da-segunda-feira-mito-ou-realidade/ - por Natasha Romanzoti

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Saiba o que pode causar estrias e como evitá-las

A adolescência e os meses de gravidez são os períodos da vida de uma mulher nos quais se acende a luz vermelha para a possibilidade de surgimento de estrias. Outro vilão que costuma ser responsável pelas cicatrizes que indicam que a pele passou por estiramento excessivo e se rompeu é o efeito sanfona, isto é, o sucessivo aumento e perda de peso.

O aparecimento em situações em que a mulher passa por grandes mudanças hormonais levanta a hipótese de que as estrias não estejam ligadas somente ao estiramento da pele de forma rápida e além de suas capacidades, mas também à atividade hormonal, afirma o médico dermatologista Mário Chaves, sócio da clínica Derma Gávea, no Rio de Janeiro, e auxiliar de pesquisa do serviço de dermatologia do hospital universitário da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ).

Fatores genéticos
Além disso, estar ou não mais propensa a ter estrias depende de fatores genéticos. Marcelle Cunha, fisioterapeuta dermatofuncional e esteticista da clínica Arthys, no Rio de Janeiro, comenta que a existência de muitas pessoas com estrias na mesma família pode indicar uma fraqueza hereditária nas fibras da pele.

Não há consenso quando o assunto é predisposição genética de acordo com a etnia a qual a pessoa pertence. Mário Chaves afirma que as pessoas ruivas seriam aquelas com menor propensão ao surgimento de estrias, enquanto na outra ponta, ou seja, mais suscetíveis a este tipo de lesão na pele, estariam as pessoas negras.

Já para o dermatologista Anderson Bertolini, da clínica Bertolini, em São Paulo, a pele negra não é mais suscetível a ter estrias do que a pele branca. "O que acontece é que existe um contraste da cor da pele com a coloração esbranquiçada das estrias, isso evidencia mais o aspecto delas. Não há trabalhos que digam que a pele negra é mais suscetível, apesar de sua trama de colágeno ser mais fechada, não existem dados para correlacionar isso com mais estrias", argumenta o médico.

As estrias geralmente aparecem nas coxas, nádegas, região lombar e abdômen, mas também podem ocorrer em outros locais quando há ganho repentino de massamuscular, por exemplo. Ao lado do crescimento do corpo na puberdade, o aumento brusco da massa muscular é o motivo mais comum para o aparecimento das estrias nos homens, observa o dermatologista Mário Chaves.

Ele menciona ainda que existem remédios cujo efeito colateral pode ser o aparecimento deste tipo de lesão na pele, como os corticoides, geralmente usados em medicamentos para combater alergias. Segundo o médico, após o uso desses medicamentos na pele por duas semanas o risco de surgimento de estrias aumenta consideravelmente.

Como evitar
Manter a pele hidratada é o primeiro passo para evitar as estrias e para isso, segundo Mário Chaves, vale recorrer desde ao velho óleo de amêndoas doce e ao óleo de semente de uvas até a hidratantes mais sofisticados, desenvolvidos pela indústria de cosméticos. O ideal é procurar um dermatologista para indicar qual o melhor tipo de hidratante de acordo com seu tipo de pele e com seu momento de vida. Para os adolescentes, por exemplo, os produtos umectantes a base de ureia são indicados e a principal preocupação é não elevar ainda mais a oleosidade da pele.

Mário Chaves não recomenda o uso de hidratantes com ureia para mulheres grávidas e menciona que duas medidas são eficazes contra o aparecimento de estrias durante a gestação: não ganhar peso além do necessário e fazer drenagem linfática para combater a retenção de líquidos. Marcelle Cunha recomenda que as grávidas façam a hidratação da pele ao menos três vezes por dia, sendo uma após o banho, quando a capacidade de absorção aumenta. Além disso, a fisioterapeuta alerta que na hora dormir a hidratação precisa ser feita de forma generosa.

Quem desconfia ter predisposição genética para estrias por causa do histórico familiar pode recorrer a terapias alternativas, como a medicina ortomolecular, indica Marcelle Cunha. A fisioterapeuta explica que neste caso a intenção é estabelecer uma alimentação que possa fornecer mais colágeno para o organismo. Saiba mais sobre a medicina ortomolecular.

Para essas pessoas, também vale não descuidar da hidratação, proteger a pele da exposição ao sol, evitar o aumento de peso e fugir do efeito sanfona.

Se você vai começar um programa de treinos, a dica para evitar as estrias é começar com os exercícios mais leves e mais destinados a definição do que a hipertrofia muscular. Você pode contar com uma abordagem multidisciplinar para combater as lesões por estiramento na pele e, além de conversar com o profissional de educação física sobre o melhor programa de treinamento, falar ainda com nutrólogos para chegar ao tipo de alimentação mais adequada para fornecer as substâncias fortalecedoras da pele ao seu organismo.

A celulite consiste naqueles furinhos indesejáveis que aparecem no corpo dasmulheres. "Também chamada de lipodistrofia genoide, a celulite é uma alteração do tecido conjuntivo gorduroso caracterizada por nódulos e ondulações na pele do bumbum, coxas, pernas, abdômen e braços", esclarece a dermatologista Marcela Vaccari.

"A celulite é uma distrofia celular não inflamatória associada à saturação hídrica do tecido conjuntivo. Isso quer dizer que ocorre um encharcamento no tecido, levando a um acúmulo de toxinas que prejudicam a circulação venosa e contribuem para um aumento de gordura. Todas as mulheres apresentam esta alteração, pois ela é disparada pelo hormônio estrogênio, que tem grande afinidade com a água , favorecendo o microedema celulítico", explica Paula Carvalho, coordenadora do Ceca, Centro de Estudos e Cosmetologia Aplicada,instituição que oferece ensino técnico na área de estética.

Outros fatores podem causar a celulite. "Quando falta circulação no local, a célula fica sem oxigenação e vai fibrosando, o que causa a celulite", comenta Marcelle Cunha, fisioterapeuta dermatofuncional da Clínica Arthys. "As causas da celulite são inúmeras. Pode ser genética, falta de atividade física, má alimentação ou pouca ingestão de água. Além disso, os furinhos aparecem com mais frequente em pacientes com problemas vasculares", avisa a dermatologista Marcela. "Aliás, não é correto falar celulite no plural, porque é o nome da infecção", ensina Paula.

Para diminuir ou pelo menos amenizar a celulite, há diversos tratamentos estéticos e também cremes que ajudam no combate aos furinhos. "Os tratamentos para celulite são inúmeros. A eficácia depende do grau da celulite e do tipo de tratamento proposto", explica a médica Marcela. "Os tratamentos estéticos não vão acabar com a celulite, mas podem amenizar os furinhos conforme o grau do problema. Entre os tratamentos mais eficazes estão a radiofrequência e o infravermelho", conta a fisioterapeuta Marcelle.

Um dos novos tratamentos anticelulite é feito com células-tronco. "O tratamento baseia-se em dois pontos. Para a melhora da pele aplicamos os fibroblastos, que são obtidos através de cultura realizada a partir de células da própria paciente, e preenchemos os afundamentos com gordura", explica a dermatologista Marcela.Outro tratamento que traz ótimos resultados é a drenagem linfática, massagem que tem por objetivo o deslocamento da linfa e a mobilização de fluído e toxinas, melhorando a filtragem e contribuindo para uma aceleração metabólica. A massagem deve ser lenta, suave e aplicada por profissionais capacitados. Para intensificar ainda mais os resultados, os cosméticos são aliados de peso", afirma Paula.

Hoje existem no mercado inúmeros cremes anticelulite. "Eles amenizam o problema, mas somente se a celulite estiver em uma fase muito inicial e se associada a outros tratamentos. Em geral, não são milagrosos", alerta a dermatologista Marcela. "Só passar o creme anticelulite não adianta. Precisa fazer uma massagem para estimular a região e absorver o produto. O resultado é demorado, com aparelhos é mais rápido. Os cremes são bons para se usar na manutenção após tratamentos e é bom lembrar que somente o cosmético não dá resultado", avisa Marcelle.

"Sempre devemos privilegiar os cosméticos drenantes, com extratos vegetais como cavalinha, erva mate, algas e hera, para deixar livres as vias de captação e assim privilegiar a permeação de outros ativos. Devemos utilizar também produtos lipolíticos que reduzem os adipócitos (células que armazenam os lipídios), auxiliam na descompressão das estruturas e facilitam a circulação. Por último, devemos privilegiar a organização das estruturas que foram abaladas pela celulite, para termos uma reorganização das fibras através de ativos, como o silício", recomenda Paula.

Além de tratamentos estéticos e cremes anticelulite, existem outras formas de evitar ou amenizar os incômodos furinhos. "Deve-se fazer atividade física, beber muita água, drenagem linfática e alimentação saudável", recomenda a dermatologista Marcela. "Além disso, evite álcool e cigarro", alerta a fisioterapeuta Marcelle.

"Alimentação desregrada, pouca ingestão de água e vida sedentária agravam a celulite. Na verdade, tudo que deixar o metabolismo mais lento e que dificultar a circulação colabora para que o grau da celulite aumente. Trabalhar muito tempo sentada e usar calças muito justas também são fatores que causam uma estagnação circulatória nos membros inferiores, piorando a celulite. São situações que devem ser observadas e na medida do possível evitadas", avisa Paula.

Beber muita água é um dos principais cuidados. "A ingestão de água não evita a celulite, mas consegue auxiliar nos tratamentos, pois a urina é uma via de eliminação e quanto mais toxinas eliminarmos, melhor será o trabalho metabólico", afirma Paula. "A água ajuda a diminuir o edema, pois favorece a troca de água nas células ressecadas e que causam a celulite", explica Marcelle.

Nem as mulheres magras estão imunes aos furinhos. "As magras também podem apresentar a celulite, pois nem sempre ela está relacionada ao aumento de gordura. Lembrando que o principal fator que leva à celulite é a retenção hídrica e diminuição da velocidade da circulação", menciona Paula. "Além disso, o fator genético, a má circulação e a alimentação irregular podem ser os culpados pela mulher magra ter celulite", esclarece Marcelle. As roupas apertadas também podem agravar a celulite. "Elas impedem a passagem do sangue, dificultando a circulação", ressalta a fisioterapeuta.

Fonte: http://bbel.uol.com.br/beleza-e-moda/post/saiba-o-que-pode-causar-estrias-e-como-evitalas.aspx - Por Samanta Dias

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Nadar logo depois de comer faz mal: mito ou realidade?

Quem nunca ouviu dos pais frases como “não entre na piscina logo depois de comer, porque você vai ter cãibras”? Preocupados com o bem-estar de seus filhos, eles davam o alerta baseados em uma ideia verdadeira, mas exagerada.

Quando comemos, nosso corpo aumenta o fluxo de sangue nos músculos do sistema digestivo e, quanto maior a refeição, mais sangue (e oxigênio) é necessário para digeri-la. Assim, há menos sangue disponível para nossos braços e pernas. Dessa forma, imaginavam nossos pais, exercícios físicos (como nadar e correr) seriam uma prática arriscada durante a digestão.

Esse processo do fluxo sanguíneo é real, mas a preocupação é exagerada: o corpo tem mais sangue do que o necessário para dividir entre seu sistema digestivo e seus braços e pernas. Dessa forma, o risco de ter cãibras depois das refeições é muito baixo.

Porém, se você resolve fazer exercícios dignos de um triatlo logo depois de uma refeição pesada (como aquele churrasco de domingo), pode realmente ter cãibras e até mesmo passar mal – o que, convenhamos, não é algo que esperamos de uma criança.[Life's Little Mysteries]

Fonte: http://hypescience.com/nadar-logo-depois-de-comer-faz-mal-mito-ou-realidade/ - por Guilherme de Souza