quarta-feira, 30 de abril de 2025

Veja como combater o colesterol alto e seus riscos à saúde


Em níveis elevados, o colesterol “ruim” aumenta significativamente o risco de doenças cardiovasculares, como o AVC. Veja quais alimentos evitar

 

E, ao contrário do que muitos podem acreditar, ele é na verdade necessário para que o organismo exerça adequadamente algumas funções. O perigo, no entanto, está no excesso. Por isso, é preciso ingeri-lo de maneira equilibrada para manter as taxas regulares.

 

Além disso, vale destacar que há dois tipos de colesterol: o HDL, considerado “colesterol bom”, e o LDL, denominado de “colesterol ruim”. Quando esse último está alto, ele pode se acumular nas paredes das artérias, formando placas ateroscleróticas que podem restringir o fluxo sanguíneo e levar aos problemas cardiovasculares.

 

Segundo o Ministério da Saúde, quando em desequilíbrio no organismo, o colesterol torna-se fator de risco vascular, e aumenta a incidência de AVC, de morte súbita e doença coronariana. Nesse sentido, vale destacar que as doenças cardiovasculares representam a principal causa de morte no Brasil.

 

Conforme a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), cerca de 40% da população brasileira têm colesterol elevado, o que representa 4 em cada 10 pessoas. Estudos científicos mostram ainda que a obesidade pode levar ao aumento dos níveis de colesterol total e LDL no sangue, enquanto reduz os níveis de HDL.

 

Colesterol e o risco de AVC

O colesterol alto está diretamente relacionado ao risco de AVC, alerta o neurocirurgião Dr. Victor Hugo Espíndola. Isso porque, ao acumular placas de gordura nas artérias, leva a um fluxo sanguíneo restrito e aumenta a probabilidade de um coágulo se formar, bloqueando o fluxo de sangue para o cérebro e causando um acidente vascular cerebral.

 

“O colesterol alto pode afetar os vasos sanguíneos de várias maneiras. O acúmulo de placas pode levar à aterosclerose, uma condição em que as artérias endurecem e estreitam. Isso torna os vasos sanguíneos mais propensos a danos e coágulos, aumentando o risco de AVC”, afirma o médico.

 

Além disso, fatores de risco associados ao colesterol alto, como hipertensão, diabetes e tabagismo, podem aumentar ainda mais a probabilidade de um AVC ocorrer. “Essas condições podem danificar os vasos sanguíneos, tornando-os mais suscetíveis a bloqueios e rupturas”, alerta o especialista.

 

Segundo Victor Hugo, o colesterol LDL está mais intimamente ligado ao AVC, pois seu acúmulo nas artérias é o principal responsável pela formação de placas. Por outro lado, o colesterol HDL, conhecido como “colesterol bom”, ajuda a remover o excesso de colesterol das artérias, reduzindo potencialmente o risco de um derrame.

 

Conforme o profissional, algumas medidas de estilo de vida podem ajudar a reduzir o risco de colesterol alto e, por consequência, diminuir as chances de AVC. Entre elas, Victor Hugo destaca:

 

Adoção de uma dieta saudável, rica em fibras e pobre em gorduras saturadas e trans;

Exercícios regulares;

Manutenção de um peso saudável;

Evitar fumar.

 

No entanto, vale destacar que, além do colesterol alto, existem outros fatores de risco para o AVC. É o caso, por exemplo, do histórico familiar, idade avançada, gênero masculino, arritmias cardíacas, uso de anticoncepcionais hormonais e história prévia de AVC ou ataque cardíaco.

 

Alimentação é preponderante no controle do colesterol

“Uma alimentação equilibrada tem papel fundamental no controle do colesterol. A dieta rica em frutas, verduras, legumes, cereais integrais, castanhas e carnes magras, como peixes e frango ajudam a manter os níveis adequados”, diz a médica nutróloga Dra. Andrea Pereira, cofundadora da ONG Obesidade Brasil.

 

Da mesma forma, alguns alimentos precisam ser evitados para que ele não aumente, destaca a especialista. Andrea cita principalmente os embutidos, ultraprocessados, sucos em pó, refrigerantes, bebidas alcoólicas, biscoitos doces e salgados.

 

Por fim, a coordenadora do curso de Nutrição da Faculdade Anhanguera, Camila Junqueira, dá algumas dicas de alimentos que devem ser evitados para afastar o risco de colesterol alto. Confira:

 

Alimentos para evitar

Alimentos ricos em gorduras saturadas: eles aumentam o LDL. Por isso, evite ou limite o consumo de carnes gordurosas, pele de frango, laticínios integrais, manteiga, banha de porco, óleo de coco e alimentos fritos em imersão;

 

Alimentos ricos em gorduras trans: elas não só aumentam o LDL, mas também diminuem o HDL. Evite produtos que contenham “gordura vegetal hidrogenada” ou “gordura parcialmente hidrogenada” no rótulo;

 

Carnes processadas: bacon, salsichas, linguiças e outros produtos de carne processada, conhecidos como “embutidos”, são ricos em gorduras saturadas e sódio, por isso também causam o acúmulo de gordura nas artérias favorecendo as doenças cardíacas;

 

Panificação e doces: bolos, biscoitos, bolachas e outros produtos assados muitas vezes contêm gorduras trans e/ou saturadas, além de açúcares, o que pode afetar negativamente os níveis de colesterol, triglicérides e a saúde do coração;

 

Alimentos ricos em açúcares adicionados: excesso de açúcares pode levar ao ganho de peso e desequilíbrios metabólicos, que por sua vez podem afetar os níveis de colesterol;

 

Fast food e comida processada: eles são ricos em gorduras trans, gorduras saturadas e sódio. Além disso, muitos alimentos processados contêm ingredientes que podem afetar negativamente os níveis de colesterol;

 

Bebidas açucaradas: refrigerantes e outras bebidas açucaradas podem contribuir para o ganho de peso e aumentar o risco de problemas cardiovasculares;

 

Óleos vegetais refinados: óleos vegetais refinados, como o óleo de milho, óleo de soja e óleo de canola, podem ser ricos em gorduras ômega-6, que em excesso podem promover inflamação;

 

Álcool em excesso: o consumo excessivo de álcool pode levar ao aumento dos níveis de triglicerídeos e contribuir para o ganho de peso, o que pode afetar o perfil lipídico.

 

Colesterol alto na infância e adolescência

Para a Dra. Nathalie Scherer, médica pediatra e neonatologista, atualmente vivemos em uma epidemia de sedentarismo e obesidade entre as crianças e adolescentes. A dislipidemia (aumento do colesterol e triglicerídeos no sangue) era antes uma doença e uma preocupação maior no adulto e no idoso, o que mudou nos últimos anos. Esse cenário gera uma preocupação crescente para a saúde pública.

 

“O porquê disso pode ser explicado por vários motivos: aumento do consumo de alimentos industrializados e ultraprocessados, ingestão abusiva dos “fast-food” e comida rica em frituras, diminuição do consumo de  alimentos “in natura” como vegetais  e legumes, o sedentarismo e esse estilo de vida caracterizado por pouca ou nenhuma atividade física durante o dia e, consequentemente,o uso abusivo de telas”, enumera a médica.

 

Segundo ela, outro fato que ajudou a agravar esse quadro foi a pandemia de Covid-19, já que tivemos que manter o distanciamento social, afastamento das crianças das atividades escolares e atividades esportivas.

 

Além disso, o tédio e a ansiedade por estarem em casa muita das vezes aumentaram o consumo de alimentos ultraprocessados com baixo valor nutricional, extremamente industrializados. “Mas, por serem mais palatáveis e darem uma sensação de bem estar por pouco tempo, foram muito consumidos. Com isso, esse hábito se manteve mesmo com o fim da pandemia”, aponta a especialista.

 

“Como consequência de todos esses fatores citados, nossas crianças e adolescentes, estão correndo risco maior de terem problemas cardiovasculares, como infarto agudo do miocárdio, acidente vascular cerebral (AVC), hipertensão arterial, entre outras doenças graves”, alerta a pediatra.

 

Como prevenir a dislipidemia entre crianças e adolescentes

Nathalie aponta que apenas mudança no estilo de vida é capaz de prevenir o colesterol alto – isso em qualquer geração. Para as crianças e adolescentes, especialmente, a profissional destaca que é necessário comer melhor, consumindo alimentos mais nutritivos, menos processados e reduzindo o consumo de frituras e fast foods. Além disso, ela indica fazer exercícios diariamente.

 

“Lembrando que os cuidadores dessas crianças são os exemplos que elas têm em casa. Então nada adianta você proibir a criança de comer ou mandá-la fazer exercício se você não faz. Precisamos ser exemplos e viver mais e melhor”, destaca.

 

Para saber se seu filho tem dislipidemia, é importante consultar um médico, que irá avaliá-lo globalmente. “Será necessário exame laboratorial para saber se o colesterol está elevado ou não. Lembrando também que as crianças que estão no peso ideal ou abaixo do peso também podem ter a doença”, informa a especialista.

 

Fonte: https://www.saudeemdia.com.br/noticias/colesterol-veja-como-combater-o-colesterol-alto-e-seus-riscos-a-saude.phtml - Foto: Shutterstock

terça-feira, 29 de abril de 2025

Como aumentar a testosterona naturalmente: nutricionista revela 3 dicas


Descubra o que é necessário fazer para estimular a produção natural desse hormônio

 

Saber como aumentar a testosterona de maneira natural é fundamental para o bem-estar. Afinal, o hormônio masculino - que também está presente nas mulheres - é responsável por uma série de benefícios. Como, por exemplo, melhora da libido, desempenho sexual e ganho de massa muscular. Dessa maneira, com a ajuda do nutricionista clínico e esportivo Dereck Oak separamos algumas dicas para estimular a produção do hormônio no corpo. Confira:

 

3 dicas para aumentar a testosterona

1. Proteína

"De forma natural, suplementação, alimentação e por incrível que pareça é o quê? A proteína! Por quê? A proteína vai recuperar a massa muscular depois do treinamento e depois dessas microlesões. Então, o aumento da massa muscular e a recuperação estimulam a testosterona", garante Dereck em entrevista exclusiva para o Sport Life.

 

2. Exercício físico

Mais um motivo para importância de uma vida física ativa, isto é, basta manter-se movimento para sentir-se completo tanto na saúde quanto na parte mental. Escolha o que lhe dá prazer. "O treino por si só exercita a massa muscular, e, também, estimula a testosterona", completa Oak.

 

3. Suplementos

Esse nutricionista argumenta que além desses suplementos, o que há de uma ação positiva na questão de testosterona são os micronutrientes, vitaminas e minerais exemplos: zinco, magnésio e vitamina D.

"Porque para o nosso organismo sintetizar os hormônios e ter todas as funções biológicas, que envolvem isso, esses micronutrientes são necessários. Então, esses suplementos que realmente vão ter um efeito na melhora da testosterona", afirma o profissional.

 

Existe um suplemento que aumenta a testosterona?

"Há um mal entendimento aí quando falamos de suplementos que aumentam a testosterona. Associamos muitas vezes suplementos utilizados para melhorar a libido, a disposição, por exemplo: o uso dos tribulus terrestris, da maca peruana, que o uso foi bem disseminado, acho que várias marcas de suplementos começaram a vender, tendo essa ideia de testo booster, mas não existe nenhuma comprovação científica de que aumente a testosterona. Visto que esses suplementos já eram utilizados antigamente para tratamentos de disfunção erétil, de pessoas que tinham algum problema relacionado a isso. Não existe nenhum milagre", encerra o nutricionista Dereck Oak.

 

https://www.terra.com.br/vida-e-estilo/saude/como-aumentar-a-testosterona-naturalmente-nutricionista-revela-3-dicas,4e85be7ca7d7fe2ce0aed75918129b5akjzx6xpu.html?utm_source=clipboard - Foto: Shutterstock / Sport Life

segunda-feira, 28 de abril de 2025

5 alimentos para ajudar a controlar a hipertensão arterial


O cuidado com a alimentação é essencial para evitar complicações da doença

 

Conhecida popularmente como pressão alta, a hipertensão arterial é uma condição que está entre os principais fatores de risco para doenças cardiovasculares, como infarto e acidente vascular cerebral (AVC). Conforme o Ministério da Saúde, cerca de 25% da população adulta convive com a doença, muitas vezes sem apresentar sintomas, tornando o diagnóstico precoce fundamental.

 

No Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial, celebrado em 26 de abril, é importante reforçar que uma das principais formas de prevenção e controle da pressão alta se trata da adoção de uma alimentação mais saudável.

 

O nutrólogo e presidente da Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN), Prof. Dr. Durval Ribas Filho, explica que a alimentação tem impacto direto na saúde cardiovascular. "O consumo excessivo de sal e de ultraprocessados e a baixa ingestão de potássio são fatores que contribuem para o aumento da pressão arterial. E a obesidade e a resistência à insulina, muitas vezes associadas a uma dieta inadequada, elevam ainda mais os riscos", explica.

 

Conforme o médico, que é especialista Fellow da The Obesity Society (USA) e docente da pós-graduação CNNUTRO, o cuidado com a alimentação é fundamental. "Para auxiliar no controle da hipertensão, uma alimentação equilibrada deve ser baseada em alimentos naturais e ricos em nutrientes benéficos para o coração", afirma.

 

Por isso, abaixo, confira alimentos que ajudam o organismo a funcionar melhor e a manter a pressão sob controle!

 

1. Verduras, legumes e frutas

São fontes de potássio e magnésio, minerais importantes para equilibrar a pressão arterial. Entre as melhores opções, destacam-se: banana, abacate, laranja, espinafre e beterraba.

 

2. Grãos integrais

Arroz integral, quinoa e aveia ajudam no controle do peso e melhoram a resistência à insulina, fatores essenciais no manejo da hipertensão.

 

3. Oleaginosas e sementes

Castanhas, nozes, amêndoas, chia e linhaça são fontes de gorduras boas, que auxiliam na saúde dos vasos sanguíneos.

 

4. Laticínios com baixo teor de gordura

Iogurte e leite desnatados fornecem cálcio, mineral associado à regulação da pressão arterial.

 

5. Temperos naturais

Alho, cúrcuma, orégano e manjericão possuem propriedades anti-inflamatórias e servem como substitutos do sal, cujo consumo excessivo está diretamente ligado à hipertensão.

 

Mantenha hábitos saudáveis

O Prof. Dr. Durval Ribas Filho ressalta que, além da alimentação equilibrada, é essencial adotar um estilo de vida mais saudável, com a prática regular de atividades físicas, uma boa qualidade do sono e o controle do peso. "Pequenas mudanças no prato e na rotina podem fazer uma grande diferença na saúde do coração, na qualidade de vida e longevidade", conclui.

 

https://www.terra.com.br/vida-e-estilo/saude/5-alimentos-para-ajudar-a-controlar-a-hipertensao-arterial,9d68eae507adabbaa0872ab38eb5cdd6vp2r3zpg.html?utm_source=clipboard - Por Andréa Simões - Foto: Oleksandra Naumenko | Shutterstock / Portal EdiCase

domingo, 27 de abril de 2025

Conheça os benefícios do pilates contra dores no joelho


Movimentos simples e de baixo impacto da atividade favorecem o fortalecimento da articulação

 

Para quem convive com dores no joelho, a prática de atividade física costuma ser recomendada por especialistas, pois pode ajudar a fortalecer a musculatura ao redor da articulação e aliviar o desconforto. No entanto, mesmo com essa indicação, muitas pessoas têm receio de se exercitar, com medo de agravar ainda mais a dor nos joelhos. Por isso, acabam optando por atividades de menor impacto, como o pilates.

 

Este método de treinamento é conhecido por melhorar a coordenação motora, aumentar a flexibilidade e a mobilidade das articulações, além de contribuir para o equilíbrio, a postura e a capacidade cardiorrespiratória, sendo uma alternativa segura e eficaz para quem busca qualidade de vida sem sobrecarregar os joelhos.

 

"A artrose de joelho é frequentemente a causa de dor no joelho, especialmente para mulheres e adultos mais velhos. Mas joelhos doloridos também podem resultar de uma lesão, músculos fracos ou tensos, obesidade, uso excessivo ou desequilíbrios musculares", explica o Dr. Fernando Jorge, ortopedista especialista em cirurgias do Joelho e cirurgias do Quadril (HSL-RP) e Membro da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT).

 

Por isso, conforme o médico, é importante consultar um especialista para identificar a causa. "Estabelecer um diagnóstico correto é superimportante, até para alinhar as formas de tratamento e os exercícios físicos que devem ou não fazer parte do processo terapêutico", explica. Segundo ele, geralmente o pilates é uma excelente opção para pacientes que convivem com dor no joelho.

 

Importância do fortalecimento para o joelho

Conforme o Dr. Fernando Jorge, quando a dor no joelho é causada por biomecânica deficiente, atividades como o pilates podem ajudar no tratamento. "As pessoas, nesse caso, têm um desalinhamento, e então ocorrem irritações ou tensões. Ao longo de muitos anos, isso pode se agravar em uma lesão maior, como uma ruptura muscular, ou pode se tornar algo que afeta a cartilagem e se transforma em osteoartrite", diz.

 

Assim, a prática de atividade física pode ser uma aliada. "Se você sentir dor repentina no joelho, provavelmente é melhor inicialmente descansar o joelho. Mas se a dor persiste, descansar não é um bom negócio, já que, a longo prazo, isso resulta em fraqueza e atrofia muscular. Trabalhar no fortalecimento das estruturas de suporte do joelho, particularmente os músculos ao redor, pode frequentemente ajudar a aliviar o estresse na área lesionada e ajudar com a flexibilidade e a dor", acrescenta o médico.

 

Como o pilates beneficia o joelho

Para o Dr. Fernando Jorge, exercícios de pilates podem ser benéficos para afastar a dor não só do joelho. A atividade foi considerada significativamente eficaz na redução da dor associada à artrose do joelho e osteoporose, dor nas costas e dor no pescoço em uma revisão sistemática publicada na edição de março de 2022 do periódico Musculoskeletal Care, chamada "A systematic review of the effectiveness of Pilates on pain, disability, physical function, and quality of life in older adults with chronic musculoskeletal conditions".

 

"Mesmo aqueles sem dor no joelho podem se beneficiar do fortalecimento das estruturas que dão suporte aos joelhos, o que ajuda a prevenir problemas futuros na região, já que essas articulações são as maiores do corpo e bastante complexas. Elas também são extraordinariamente poderosas, absorvendo muita força das atividades diárias, um processo conhecido como carga do joelho", diz o ortopedista.

 

Os joelhos absorvem cerca de 1,5 vezes o peso do seu corpo ao caminhar em solo plano; isso salta para 316% do seu peso corporal ao subir escadas e 346% ao descer escadas, de acordo com um estudo publicado no Journal of Biomechanics, chamado "Loading of the knee joint during activities of daily living measured in vivo in five subjects".

 

Fortalecer para prevenir

Segundo o Dr. Fernando Jorge, para evitar a dor no joelho é necessário apostar em exercícios que fortaleçam quadríceps, isquiotibiais, glúteos e panturrilhas fortes. Também é útil ter músculos fortes na articulação do quadril.

 

"Tudo está conectado. Se você tem fraqueza em qualquer área do seu corpo, isso pode causar alinhamento ruim e força excessiva em áreas onde você não quer. E é aí que o pilates tem uma atuação interessante, já que, com os movimentos simples e de baixo impacto, é possível melhorar a mobilidade, a marcha e a estabilidade postural dos pacientes", comenta o profissional.

 

Mas atenção: o primeiro passo é sempre receber um diagnóstico de um médico especialista. "O ortopedista analisará pontualmente cada caso e recomendará a atividade ideal para a condição. A fisioterapia pode fazer parte do plano de tratamento, por exemplo. Outra opção é a hidroginástica ou até mesmo a musculação, sempre acompanhada de um profissional", finaliza o Dr. Fernando Jorge.

 

https://www.terra.com.br/vida-e-estilo/saude/conheca-os-beneficios-do-pilates-contra-dores-no-joelho,6d3f51b8284c58e7fb87371dc590b7aeky8di5ph.html?utm_source=clipboard - Por Guilherme Zanette - Foto: PH888 | Shutterstock / Portal EdiCase

sábado, 26 de abril de 2025

Corpo do Papa Francisco é sepultado na basílica de Santa Maria Maggiore


Durante cerimônia, caixão permaneceu alguns minutos em frente a ícone de Maria onde o pontífice costumava orar, e crianças levaram flores brancas ao altar.

 

O adeus ao Papa Francisco foi marcado por pedidos de paz, a presença de líderes mundiais e uma multidão de fiéis com cerca de 400 mil pessoas neste sábado (26).

 

O corpo do pontífice foi sepultado na basílica de Santa Maria Maggiore, em Roma. Ele é o primeiro papa a ser sepultado fora dos muros do Vaticano desde Leão XIII, em 1903.

 

De acordo com o Vaticano, o rito de sepultamento teve início às 13h no horário local (9h em Brasília) e foi concluído cerca de 30 minutos depois. A cerimônia foi presidida pelo cardeal camerlengo, Kevin Farrell.

 

Não houve transmissão do sepultamento, e apenas sacerdotes e familiares de Francisco estiveram presentes.

 

O cardeal italiano Giovanni Battista Re, durante a homilia da missa de funeral, exaltou o legado de Francisco e destacou a sua posição contra guerras. Veja a íntegra.

 

"Perante o eclodir de tantas guerras nos últimos anos, com horrores desumanos e inúmeras mortes e destruições, o Papa Francisco levantou incessantemente a sua voz implorando a paz e convidando à sensatez", disse durante a missa. 'Porque a guerra – dizia ele – é apenas morte de pessoas e destruição de casas, hospitais e escolas'."

 

Ao todo, 250 mil pessoas se reuniram na Praça de São Pedro, enquanto outras 150 mil acompanharam a cerimônia nas ruas próximas. Muitos fiéis chegaram ainda durante a madrugada, e alguns chegaram a dormir nos arredores.

 

O caixão com os restos mortais do pontífice foi levado em cortejo pelas ruas de Roma após a celebração da missa funeral, ou Missa das Exéquias, conduzida na basílica de São Pedro pelo cardeal italiano Giovanni Battista Re, decano do Colégio dos Cardeais.

 

No papamóvel, o caixão passou por pontos simbólicos da capital italiana, como o Coliseu, o Fórum romano e a Igreja Il Gesù, sede da ordem dos jesuítas, da qual Francisco fazia parte.

 

Ao entrar na Santa Maria Maggiore, os carregadores do caixão fizeram uma pausa de alguns minutos em frente ao ícone de Maria onde o pontífice costumava orar. Crianças também levaram flores brancas ao altar.

 

Francisco morreu na segunda-feira (21), aos 88 anos, em decorrência de um acidente vascular cerebral (AVC) e de um quadro de insuficiência cardíaca.

 

A celebração marca o primeiro dia do Novendiali (novenário), os nove dias de luto e orações em honra ao Pontífice falecido.

 

Dezenas de chefes de Estado acompanharam a cerimônia, entre eles o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, e o ex-presidente norte-americano Joe Biden.

 

O presidente da Argentina, Javier Milei, e a primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, também estiveram presentes.

 

Caixão do Papa Francisco segue em cortejo no Vaticano

 

A Basílica papal de Santa Maria Maggiore é uma imponente igreja do século V localizada no centro de Roma, onde sete pontífices já foram sepultados. Francisco declarou no final de 2023 que queria ser enterrado neste local, e não na cripta da Basílica de São Pedro, como acontece há mais de três séculos.

 

Francisco tinha uma relação forte com o lugar onde escolheu ser sepultado. Ele passava para orar no local antes e depois de cada viagem, bem como após cada uma de suas internações.

 

Sete papas já foram enterrados nesta basílica, o último deles Clemente IX, em 1669, além de outras personalidades, como o arquiteto e escultor Bernini, autor da colunata da Praça de São Pedro.

 

A cerimônia conta com um forte esquema de segurança, com drones de vigilância, atiradores de elite, especialistas em desarmamento de bombas e outros especialistas. O espaço aéreo de Roma também deve ser temporariamente fechado.

 

Ainda no sábado, às 16h (21h, em Roma), será rezado o Rosário em frente à Basílica de Santa Maria Maggiore. O túmulo será aberto à visitação pública no domingo (27).

 

Fonte: https://g1.globo.com/mundo/noticia/2025/04/26/papa-francisco-sepultamento.ghtml

10 dicas para prevenir e controlar a pressão alta


Manter hábitos saudáveis é essencial para evitar a hipertensão

 

A hipertensão arterial sistêmica (HAS), popularmente conhecida como pressão alta, é uma das principais causas de doenças cardiovasculares no Brasil e no mundo. Segundo o Ministério da Saúde, estima-se que um em cada quatro brasileiros seja hipertenso, muitas vezes sem saber. Silenciosa, a condição pode levar a infarto do miocárdio, AVC (acidente vascular cerebral), insuficiência renal e até morte súbita cardíaca.

 

"Controlar a pressão é um gesto de autocuidado com impacto direto na longevidade. É prevenir hoje para não correr contra o tempo amanhã", alerta a cardiologista Dra. Fernanda Andrade, especialista em saúde cardiovascular e promoção de hábitos de vida saudáveis.

 

Neste Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial, confira 10 dicas para prevenir e controlar a pressão alta!

 

1. Monitore sua pressão regularmente

Mesmo sem sintomas, a pressão pode estar elevada. Aferições periódicas ajudam a identificar alterações precocemente. "A hipertensão é uma doença silenciosa, e o diagnóstico precoce salva vidas", reforça Dra. Fernanda Andrade.

 

2. Reduza o consumo de sal

O excesso de sódio é um dos principais vilões da pressão alta. Prefira temperos naturais e evite alimentos ultraprocessados. A recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) é limitar o consumo a, no máximo, 5g de sal por dia.

 

3. Mantenha um peso saudável

O excesso de peso sobrecarrega o coração e contribui para a elevação da pressão arterial. Pequenas perdas de peso já geram grandes benefícios à saúde. Em geral, para cada 1 kg de peso perdido, a pressão arterial sistólica pode diminuir de 1 a 2 mmHg — especialmente em indivíduos com sobrepeso ou obesidade.

 

4. Pratique atividades físicas com regularidade

Exercícios aeróbicos, como caminhada, natação ou ciclismo, ajudam a regular a pressão, melhoram a circulação e fortalecem o coração.

 

5. Diga não ao cigarro

O tabagismo danifica os vasos sanguíneos e aumenta significativamente os riscos de infarto e AVC. Parar de fumar é uma das medidas mais impactantes para a saúde de quem tem hipertensão.

 

6. Modere o consumo de álcool

O excesso de bebidas alcoólicas pode elevar a pressão e prejudicar o fígado e o coração. "Equilíbrio é fundamental. Uma taça de vinho ocasionalmente não é problema, mas o abuso é perigoso", destaca a cardiologista.

 

7. Gerencie o estresse

Situações de estresse constante aumentam a liberação de hormônios que elevam a pressão arterial. Práticas como meditação, respiração consciente e momentos de lazer ajudam a proteger o coração.

 

8. Durma bem

A má qualidade do sono está diretamente associada à hipertensão. Procure manter uma rotina regular, com ambiente escuro, silencioso e sem interrupções.

 

9. Use medicamentos com orientação médica

Jamais se automedique. "Há dezenas de opções de tratamento, e só o médico pode indicar a mais adequada. Tomar remédios por conta própria pode ser perigoso", alerta a Dra. Fernanda Andrade.

 

10. Invista em uma alimentação equilibrada

Prefira alimentos ricos em potássio, magnésio e fibras, como frutas, verduras, leguminosas e cereais integrais. Reduza o consumo de gorduras saturadas e açúcar refinado.

 

https://www.terra.com.br/vida-e-estilo/saude/10-dicas-para-prevenir-e-controlar-a-pressao-alta,71b7bf49c63894d3056540af2f908f1aivjw6j2j.html?utm_source=clipboard - Por Sarah Monteiro - Foto: Rido | Shutterstock / Portal EdiCase

sexta-feira, 25 de abril de 2025

5 dicas para manter o cérebro sempre jovem


Garantir a saúde deste órgão é importante para envelhecer bem

 

Manter o cérebro saudável é fundamental para envelhecer com qualidade e autonomia. À medida que os anos passam, a preservação das funções cognitivas se torna essencial para manter a independência, tomar decisões com clareza e desfrutar da vida de forma plena.

 

"Cuidar da saúde do cérebro vai muito além de evitar doenças, é preciso garantir autonomia, memória e clareza mental em todas as fases da vida", explica a Dra. Elodia Ávila, especialista em neurociências e cirurgiã plástica. Segundo a médica, a ciência tem avançado na compreensão dos mecanismos de envelhecimento cerebral, permitindo estratégias mais eficientes para preservar a função neurológica com o passar do tempo.

 

Com o envelhecimento, o cérebro passa por alterações naturais, entre elas, a redução do volume cerebral, especialmente no hipocampo, região responsável pela memória e pelo aprendizado. Há também uma diminuição na velocidade de processamento de informações, bem como mudanças no córtex pré-frontal, que afeta o planejamento, a atenção e a tomada de decisões.

 

Essas transformações não significam, necessariamente, perda de capacidade, mas podem ser intensificadas por fatores como estresse crônico, sedentarismo, alimentação inadequada, isolamento social e distúrbios do sono. "Existe uma ligação direta entre o estilo de vida e o envelhecimento cerebral, aquilo que fazemos no dia a dia pode contribuir para acelerar ou desacelerar esse processo", destaca a Dra. Elodia Ávila.

 

Abaixo, a Dra. Elodia Ávila lista 5 dicas simpres e práticas para manter o cérebro sempre jovem. Confira! 

 

1. Mantenha o cérebro ativo

O estímulo cognitivo frequente favorece a neuroplasticidade, ou seja, a capacidade do cérebro de formar novas conexões. "Aprender um novo idioma, tocar um instrumento ou fazer palavras-cruzadas são boas opções", explica a médica.

 

2. Pratique atividades físicas regularmente

O exercício físico melhora a irrigação cerebral e estimula a liberação de neurotransmissores, como a dopamina e a serotonina, que estão ligados à sensação de bem-estar e à saúde das funções executivas. 

 

3. Cuide da alimentação

Uma dieta rica em ômega 3, antioxidantes e vitaminas do complexo B é uma grande aliada do cérebro. "Alimentos como peixes, vegetais escuros, frutas vermelhas e oleaginosas ajudam a proteger as células cerebrais contra o estresse oxidativo", diz a Dra. Elodia Ávila.

 

4. Durma bem

O sono é um momento fundamental para o cérebro organizar memórias, processar informações e eliminar toxinas acumuladas ao longo do dia. Dormir pouco ou mal compromete áreas como o hipocampo e o córtex pré-frontal.

 

5. Cultive conexões sociais

Relações saudáveis também favorecem o cérebro. "O convívio social estimula múltiplas regiões cerebrais, como a amígdala e o córtex cingulado anterior, que estão ligadas à empatia, à emoção e ao controle comportamental. Relacionamentos saudáveis são uma forma poderosa de proteção cognitiva", ressalta a médica. 

 

Um olhar integrado sobre o envelhecimento

A neurociência tem demonstrado cada vez mais que envelhecer com saúde é possível, desde que exista um compromisso contínuo com o bem-estar físico, emocional e mental. Segundo a Dra. Elodia Ávila, não se trata somente de evitar doenças neurológicas como Alzheimer ou Parkinson, mas de manter a funcionalidade e a qualidade de vida por meio de hábitos saudáveis.

 

"A prevenção é um investimento de longo prazo. As nossas pequenas ações no cotidiano fazem uma enorme diferença nos anos futuros e na forma como estaremos", afirma.

 

https://www.terra.com.br/vida-e-estilo/saude/5-dicas-para-manter-o-cerebro-sempre-jovem,9788181ce7dbae87f54ac34a2ccbd3a01azvocaz.html?utm_source=clipboard - Por Tayanne Silva - Foto: Stock-Asso | Shutterstock / Portal EdiCase

quinta-feira, 24 de abril de 2025

Treino para emagrecer em casa: só 10 minutos por dia


Treinador revela sequência de exercícios rápida, fácil de fazer e que pode te ajudar a queimar mais calorias

 

Fazer um bom treino para emagrecer costuma ser o objetivo da maioria das pessoas que iniciam algum tipo de atividade física e identificam aquelas gordurinhas a mais. Mas, ao contrário do que muitos imaginam, não é necessário realizar exercícios mirabolantes e agressivos para o corpo. Apostar em dietas extremamente restritas também tende a ser um erro.

 

Antes de mais nada, é necessário lembrar que, para perder gordura corporal, é necessário permanecer em déficit calórico. Ou seja, consumir menos energia do que se gasta. Para isso, duas estratégias são fundamentais: comer alimentos que possuem poucas calorias e realizar exercícios regularmente, para intensificar o gasto de energia. E é aí que o treino para emagrecer entra.

 

E a grande verdade é que, não existe, especificamente, um treino para emagrecer. Qualquer atividade física, dependendo do seu consumo calórico diário, vai te ajudar a perder peso. Por isso, com a ajuda do treinador Carlos Botelho, coordenador da Bodytech Lago Sul, em Brasília-DF, separamos um circuito de exercícios com duração de 10 minutos, que pode ser feito em casa e já vai contribuir para o seu processo de emagrecimento. Confira:

 

Treino para emagrecer

1 - Polichinelo - Exercício utilizado para aquecer antes de iniciar o treino para valer. Essa atividade movimenta membros superiores e inferiores, contribuindo para a queima calórica. Segundo o treinador, também traz benefícios para a saúde, pois trabalha a resistência muscular e cardiovascular.

2 séries 20s de repetição e descanso de 30s

 

2 - Skipping sem deslocamento - Também conhecido como corrida estacionária, ou parada. Como o próprio nome já diz, esse exercício consiste em uma simulação dos movimentos de corrida sem sair do lugar, fazendo apenas a elevação dos joelhos. Além de proporcionar a queima calórica, também treina a coordenação motora, a postura e a força dos membros inferiores.

2 séries 20s de repetição e descanso de 30s

 

3 - Abdominal na prancha - Ou apenas prancha. Esse abdominal garante a resistência muscular e o fortalecimento do abdômen. Além disso, segundo Carlos, resulta em outros benefícios como a melhora da postura e o alívio de possíveis dores na coluna, permitindo maior estabilidade e flexibilidade corporal.

2 séries 20s de repetição e descanso de 30s

 

4 - Flexão de braços no solo - Exercício muito comum e eficaz quando o objetivo é fortalecer os músculos do tronco, braços e até mesmo da região abdominal. Para quem não consegue realizar o exercício da forma tradicional, em posição de prancha com as pernas esticadas, tente apoiar os joelhos no chão e deixar o corpo inclinado em 45 graus. Dessa forma, o movimento se torna mais fácil e continua eficaz.

2 séries de 15 a 20 repetições e descanso de 30s

 

Não desista!

5 - Agachamento livre - Para o treinador, esse é um dos exercícios mais completos que existem, capaz de acionar diferentes músculos e estimular a hipertrofia e o emagrecimento, ao mesmo tempo. A atividade simula o movimento de sentar. Por isso, a recomendação é deixar os joelhos um pouco afastados um do outro e alinhados. Flexione o quadril para trás e desça, de forma em que, com o movimento, o joelho não ultrapasse as pontas dos pés.

2 séries de 15 a 20 repetições e descanso de 30s

 

6 - Afundo dinâmico - Para finalizar o circuito funcional, Carlos recomenda o afundo dinâmico. Excelente exercício para definir coxas e glúteo. Este movimento é realizado "parado" e de maneira alternada. Para executar corretamente, é importante dar um passo nem muito curto, nem muito longo. Ao dar esse passo à frente, projete o peso do corpo na perna que avançou, deixando o tronco e as costas sempre eretos durante o exercício.

2 séries de 15 a 20 repetições e descanso de 30s

 

"Não é necessário ter aparelhos e acessórios para realizar um treino funcional de qualidade, é possível utilizar o peso do próprio corpo para queimar calorias com eficiência. A quantidade de calorias perdidas depois do treino concluído depende muito da intensidade, condicionamento, faixa etária etc.", finaliza Carlos.

 

Fonte: https://www.terra.com.br/vida-e-estilo/saude/treino-para-emagrecer-em-casa-so-10-minutos-por-dia,1668e5a9f5708ed8330a9ee58476b559tg1pduab.html - Sport Life - Foto: Shutterstock

quarta-feira, 23 de abril de 2025

Veja 8 maneiras de reduzir o risco de AVC, em qualquer idade


Independentemente dos fatores de riscos biológicos ou sociais, há coisas que você pode fazer para diminuir a probabilidade de enfrentar um derrame

 

Como enfermeira que trabalha em um centro de tratamento neurológico intensivo, testemunhei os efeitos repentinos e devastadores do derrame - ou acidente vascular cerebral (AVC) - tanto para os sobreviventes quanto para seus cuidadores.

 

Após meu trabalho na enfermagem, tornei-me pesquisadora especializada nessa doença. O conhecimento do público em geral sobre fatores de risco de AVC é muito restrito, portanto, a prevenção é uma prioridade para a saúde pública.

 

O derrame é uma das principais causas de morte e incapacidade na Inglaterra - apesar de ser amplamente evitável. Geralmente, é considerado uma doença de pessoas idosas, mas, embora o risco aumente com a idade, pode acontecer em qualquer momento da vida. Na verdade, a incidência está aumentando entre adultos com menos de 55 anos.

 

Os fatores de risco que tendem a ser mais comuns entre pessoas mais velhas - como pressão alta (hipertensão), colesterol alto, obesidade, diabetes, tabagismo, inatividade física e dieta inadequada - são cada vez mais encontrados em pessoas mais jovens. Outros riscos relacionados a estilo de vida incluem consumo excessivo de álcool e drogas recreativas, como anfetaminas, cocaína e heroína.

 

Alguns fatores de riscos não são modificáveis, como idade, sexo, etnia, histórico familiar de derrame, genética e certas condições hereditárias. Mulheres, por exemplo, são particularmente mais suscetíveis - não importa a idade, elas têm mais probabilidade do que os homens de morrer devido a um derrame.

 

Os riscos de acidente vascular cerebral exclusivos para mulheres incluem gravidez e algumas pílulas anticoncepcionais (especialmente para fumantes), bem como endometriose, insuficiência ovariana prematura (antes dos 40 anos de idade), menopausa precoce (antes dos 45 anos de idade) e estrogênio para mulheres transgênero.

 

Além disso, anormalidades vasculares hereditárias, como aneurismas cerebrais - uma fraqueza na parede arterial - podem aumentar o risco de acidente vascular cerebral hemorrágico.

 

Entretanto, alguns fatores de risco são sociais e não biológicos. Estudos descobriram que pessoas com renda e nível educacional menor são mais vulneráveis a sofrer um derrame. Isso se deve a uma combinação de fatores: hábitos de vida não saudáveis como tabagismo, consumo excessivo de álcool e pouca prática de atividade física. Todos são mais comuns em pessoas com rendas mais baixas.

 

O que as pesquisas mostram é que pessoas com menor status socioeconômico têm menos probabilidade de receber cuidados de saúde de boa qualidade do que outras com rendas mais altas.

 

Independentemente dos fatores de risco biológicos ou sociais, há coisas que você pode fazer - agora mesmo - para reduzir o seu risco de ter um derrame.

 

Oito atitudes essenciais:

 

1. Pare de fumar

Fumantes têm mais que o dobro de probabilidade de sofrer um AVC do que os não fumantes. O fumo causa danos às paredes dos vasos sanguíneos, aumenta a pressão arterial e a frequência cardíaca, mas reduz os níveis de oxigênio. Fumar também faz com que o sangue fique pegajoso, elevando ainda mais o risco de coágulos que podem bloquear os vasos sanguíneos e causar um derrame.

 

2. Mantenha a pressão arterial sob controle

A pressão alta danifica as paredes dos vasos sanguíneos, tornando-os mais fracos e propensos a rupturas ou bloqueios. Também pode acarretar a formação de coágulos que podem deslocar-se para o cérebro e bloquear o fluxo do sangue, levando a um acidente vascular cerebral.

 

Se você tiver mais de 18 anos, deve verificar a pressão arterial regularmente para que, caso apresente sinais de desenvolvimento de pressão alta, possa cortar o mal pela raiz e fazer as mudanças apropriadas em estilo de vida para ajudar a reduzir seu risco de derrame.

 

3. Fique de olho no seu colesterol

De acordo com a UK Stroke Association, a possibilidade de ter um derrame é quase três vezes e meia maior se a pessoa tiver colesterol alto e pressão alta. Para diminuir o colesterol, deve-se evitar a gordura saturada - encontrada em carnes gordurosas, manteiga, queijo e laticínios integrais - abaixo de 7% das calorias diárias, além de manter-se ativo e com um peso saudável.

 

4. Fique atento ao nível de açúcar no sangue

Altos índices de açúcar no sangue estão associados a um risco aumentado de derrame porque danificam os vasos e podem facilitar a viagem de coágulos sanguíneos até o cérebro.

Para reduzir a possibilidade, tente fazer exercícios regularmente, tenha uma dieta balanceada rica em fibras, beba bastante água, mantenha um peso saudável e tente controlar o estresse.

 

5. Mantenha um peso saudável

O sobrepeso é um dos principais fatores de risco para AVC. Ele aumenta o risco de derrame em 22% e, um em cada cinco acidentes cerebrais são relacionados ao peso corporal elevado. Já a obesidade aumenta esse risco em 64%. E o excesso de peso eleva as chances de pressão alta, doenças cardíacas, colesterol alto e diabetes tipo 2 - tudo o que contribui para levar a um derrame.

 

6. Siga uma dieta mediterrânea

Uma maneira de ter uma dieta balanceada rica em fibras e manter um peso saudável é seguir uma dieta mediterrânea. Foi demonstrado que isso reduz o risco de AVC, especialmente quando suplementado com nozes e azeite de oliva.

 

7. Durma bem

Tente dormir de sete a nove horas por dia. Dormir pouco pode levar à pressão alta, um dos fatores de risco modificáveis mais importantes para o derrame. Dormir demais, no entanto, também está associado ao aumento de chances, então, oriente-se no sentido de ser o mais ativo possível para que você possa dormir o melhor possível.

 

8. Mantenha-se ativo

O Sistema Nacional de Saúde (NHS,em inglês, recomenda que as pessoas evitem comportamento sedentário prolongado e busquem pelo menos 150 minutos de atividade de intensidade moderada ou 75 minutos de atividade de intensidade vigorosa semanalmente. O exercício deve ser distribuído uniformemente em quatro ou cinco dias por semana, ou todos os dias. Faça atividades de fortalecimento, geralmente mais de dois dias por semana.

 

A boa notícia é que, embora os efeitos do AVC possam ser devastadores e transformadores, ele pode ser evitado em grande parte. A adoção dessas oito mudanças simples no estilo de vida pode ajudar a reduzir o risco de AVC e otimizar a saúde do coração e do cérebro.

 

Siobhan Mclernon é professora de enfermagem e membro do Centro de Pesquisa em Saúde e Bem-Estar da London South Bank University.

 

Este conteúdo foi publicado originalmente em The Conversation.

 

https://www.terra.com.br/vida-e-estilo/saude/veja-8-maneiras-de-reduzir-o-risco-de-avc-em-qualquer-idade,0bfa257a09794d8960d0e836fcb4a809lcq91ehm.html?utm_source=clipboard - Siobhan Mclernon