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sábado, 3 de outubro de 2020

Se sentir esse cheiro em qualquer lugar fuja, pois há risco de coronavírus


Usar o sentido do olfato para farejar problemas pode ser muito útil, especialmente quando se trata de verificar alimentos na geladeira e cheiro de gás vazando em casa. Mas especialistas afirmam que seu nariz pode proteger você contra o Covid-19 também. Se você entrar em um recinto e sentir cheiro de mofo, isso pode ser um bom termômetro para alto risco de contrair coronavírus.

 

Por causa da pandemia “locais que parecem mofados, rançosos, abafados ou com qualquer outro sinal de que o ar não esteja se movendo” devem ser evitados, disse Bruce Y. Lee, professor de Política e Gestão de Saúde da City University of New York School of Public Health, em entrevista a Forbes. “Isso se aplica a bares, restaurantes, lojas e outros estabelecimentos comerciais também.”

 

Porque evitar ambientes com estes cheiros

O cheiro de mofo indicar uma ventilação precária. “A ventilação insuficiente pode ser um ataque aos sentidos, incluindo o olfato. Em uma casa ou sala onde a umidade não pode escapar, pode haver um cheiro de mofo”, de acordo com os especialistas da empresa de aquecimento, resfriamento e ventilação HRV.

 

Portanto preste atenção e caso sinta com facilidade o cheiro de mofo, bolor, podridão ou umidade é possível que esteja em um local com ventilação deficiente. Já que o coronavírus pode se transmitir através de gotículas da respiração suspensas no ar, uma boa ventilação é importante para a remoção dos patógenos do ar.

 

“A ventilação desempenha um papel crítico na remoção do ar exalado com vírus, reduzindo assim a concentração geral e, portanto, qualquer dose subsequente inalada pelos ocupantes”, afirmaram pesquisadores do Centro Global para Pesquisa de Ar Limpo da Universidade de Surrey em uma pesquisa recente sobre o contágio do coronavírus.

 

 Surtos de Covid-19 e locais fechados

Epidemiologistas da Universidade de Hong Kong, em outro estudo, também descobriram que áreas mal ventiladas são criadouros de vírus e estão fortemente correlacionadas a muitos casos de Covid-19 incluindo call centers, igrejas, templos e restaurantes. Em muitos casos, os relatos de surtos de coronavírus estão ligados a locais mais sufocantes e com menos ventilação.

 

Da próxima vez que entrar em um novo recinto tire um segundo para farejar o ar. Se não puder sair abra as janelas. E sempre use máscara.

 

Evitar aglomerados de pessoas é sempre uma ótima idéia. Mas se tiver mesmo que ficar perto de muita gente certifique-se que haja boa ventilação.

 

No artigo acima você vai descobrir que lugares fechados e com muitas pessoas são de maior risco de contrair Covid-19, que pode deixá-lo com problemas cardíacos possivelmente para o resto da vida, mesmo que você fique assintomático.

 

Fonte: https://hypescience.com/cheiro-coronavirus/-  Por Marcelo Ribeiro


sexta-feira, 2 de outubro de 2020

Falta de vitamina D pode aumentar o risco de COVID-19, diz novo estudo


Apesar dos resultados, são necessários mais estudos experimentais para saber se a vitamina pode reduzir o risco de COVID-19

 

Desde o início da pandemia, se tem falado bastante sobre o papel da vitamina D e sua influência no combate ao novo coronavírus. Isso porque a vitamina é conhecida justamente pelo seu papel na função imunitária do corpo. Mas até então, não havia nada cientificamente comprovado.

 

Uma nova pesquisa, publicada no início de setembro, concluiu que a deficiência nos níveis de vitamina D pode aumentar o risco de contrair a COVID-19. O estudo foi feito por pesquisadores da Universidade de Medicina de Chicago e publicado pelo periódico científico JAMA Network Open.

 

Na pesquisa, 489 pacientes tiveram seus níveis de vitamina D analisados juntamente ao teste RT-PCR (exame que identifica o vírus e confirma a COVID-19). Os resultados mostraram que aqueles com baixos níveis da vitamina tinham um risco 1,77 vezes maior de testar positivo para a COVID-19 em comparação com pacientes que tinham níveis suficientes da vitamina.

 

Contudo, embora os resultados deste estudo sugiram um papel da vitamina D no risco de infecção por COVID-19, a descoberta precisa ser avaliada com cuidado.

 

Para comprovar seus achados, David Meltzer, chefe de Medicina Hospitalar da Universidade de Chicago e autor principal do estudo, e a equipe afirmaram no artigo que é necessário realizar estudos experimentais para indicar se a suplementação de vitamina D pode reduzir o risco e a gravidade da COVID-19.

 

Vitamina D e transmissão de COVID-19

No artigo do estudo, os pesquisadores levantam a hipótese de que, se a vitamina D tem potencial para reduzir a incidência do novo coronavírus, talvez ela possa também ajudar a reduzir a transmissão de COVID-19.

 

"A vitamina D fortalece a imunidade inata, portanto, pode-se esperar que diminua a infecção e a transmissão de COVID-19. A vitamina D também afeta o metabolismo do zinco, o que diminui a replicação dos coronavírus. No entanto, é necessário cautela devido à importância potencial de pessoas assintomáticas na disseminação do COVID-19", diz a pesquisa.

 

Além disso, o artigo ainda explica que a vitamina D modula a função imunológica por meio de efeitos nas células dendríticas e nas células T, que podem promover a eliminação do vírus e atenuar as respostas inflamatórias que produzem os sintomas.

 

"Na medida em que previne a infecção e diminui a replicação viral ou acelera a eliminação do vírus, o tratamento com vitamina D pode reduzir a transmissão (da doença).", esclarece o artigo.

 

Limitações do estudo

Por outro lado, os pesquisadores completam: "se a vitamina D reduz a inflamação, ela pode aumentar a transmissão assintomática e diminuir as manifestações clínicas, incluindo a tosse, tornando difícil prever seu efeito na disseminação do vírus", esclarece o artigo.

 

Apesar do grande avanço frente às pesquisas, os pesquisadores ressaltam outras limitações do estudo.

 

"Primeiro, a deficiência de vitamina D pode ser uma consequência associada a uma série de condições crônicas de saúde ou fatores comportamentais que plausivelmente aumentam o risco de COVID-19", completa.

 

Como foi feito o estudo

Na pesquisa, dos 4314 pacientes testados para COVID-19 durante o período do estudo, 499 tiveram um nível de vitamina D medido no ano anterior ao teste, e 489 foram incluídos na amostra analítica. A pesquisa também considerou fatores como idade, gênero, raça e etnia.

 

Desse total, 172 pacientes (35%) tinham deficiência de vitamina D, enquanto 317 não tinham.

 

Dos 71 participantes que testaram positivo para COVID-19, 32 estavam entre os que tinham deficiência de vitamina D e 39 entre os que não tinham.

 

Isso significa que, entre o grupo com deficiência da vitamina D, 18,6% tinham COVID-19, contra 12,3% do grupo sem deficiência.

 

Fonte: https://www.minhavida.com.br/alimentacao/noticias/36761-falta-de-vitamina-d-pode-aumentar-o-risco-de-covid-19-diz-novo-estudo - Escrito por Redação Minha Vida

segunda-feira, 21 de setembro de 2020

É por isso que alguns covidiotas não querem usar máscaras


As máscaras não reduzem os níveis de oxigênio da sua respiração, mas podem alterar os padrões de respiração normal, deixando você com tonturas ou sem fôlego.

 

Respirar usando uma máscara é um método simples e comprovado de reduzir seu risco de contrair Covid-19 confirmado pela Organização Mundial de Saúde. Mesmo que você pegue a doença tem risco muito menor de ficar severamente doente caso use máscara. Ela capta as gotículas exaladas pela respiração que podem carregar o vírus SARS-CoV-2.

 

Mas muitos covidiotas não estão convencidos, pois resistem fortemente a este simples procedimento que tem um enorme potencial para salvar muitas vidas. Uma pesquisa nos EUA com 60 mil pessoas descobriu que “desconforto” é a razão principal por aqueles que não usam máscaras em público. É comum o relato de falta de ar, aumento dos batimentos cardíacos, suor e náusea por causa do uso da máscara. Os médicos insistem usar máscaras não reduzem seus níveis de oxigênio.

 

Qual a origem dos efeitos colaterais do uso das máscaras e o que fazer sobre isso?

 

Respirar usando máscara pode afetar a sua respiração, mas não como você pensa

Sabemos que a máscara hospitalar comum ou de algodão não afeta as taxas de oxigênio (O2) no sangue do usuário ou sequer prende qualquer quantia de dióxido de carbono significativa, disse o pneumologista canadense Christopher Ewing para o Discover Magazine.

 

Apesar da nossa respiração ser inconsciente na maior parte do tempo ela pode ser severamente afetada pela mente. A máscara pode provocar desconforto, ansiedade e os padrões respiratórios mudam.

 

Inalação e exalação

Alterar o padrão da respiração inconsciente tende a levar a uma respiração anormal: podemos hiperventilar (respiração rápida ou curta) ou hipoventilar (muito lenta ou de maneira superficial). Quaisquer destes fatores pode levar a uma sensação de falta de ar ou tontura.

 

Apesar de pensarmos normalmente o contrário hoje a ciência sabe que o sistema nervoso reage a sinais corporais. Portanto se o desconforto leva a hiperventilação a mente pode interpretar como uma ameaça e despertar a ansiedade.

 

“Quando alguém hiperventila, começa a respirar muito profundamente e com muita frequência, provavelmente porque usar uma máscara os deixa ansiosos ou nervosos”, afirma Ewing.

 

Hiperventilar profundamente reduz as taxas de dióxido de carbono (CO2) no sangue: eliminamos o gás mais rápido do que o corpo pode produzi-lo. Isso pode causar náusea, tontura e, talvez, desmaios.

 

A hipoventilação, com pouca troca gasosa, pode causar o contrário: como o pulmão é não é esvaziado totalmente uma quantidade de CO2 deixou de ser expelida e se acumula com respirações curtas repetidas levando a uma possível intoxicação do CO2, comum em mergulhadores SCUBA novatos. Isso pode levar a um grande mal-estar, dor de cabeça e ansiedade.

 

Seja consciente, respire melhor com a máscara

É fácil acabar com essa sensação, de acordo com o pneumologista. Basta usar simples técnicas de respiração como a “respiração quadrada”, por exemplo. É um método encontrado na Yoga e também usado por forças militares especiais dos EUA para conter a ansiedade em situações de perigo. O método também é usado para conter crise de ansiedade.

 

Como fazer a respiração quadrada:

Basta começar inspirando pelo nariz durante 4 segundos, segurando a respiração por 4 segundos, exalando pelo nariz durante 4 segundos e segurando novamente durante 4 segundos. Repita quantas vezes for necessário. Basta fazer a contagem dos 4 segundos mentalmente em cada etapa.

 

Método da respiração quadrada

“Este método nos ajuda a regular nossa respiração de uma forma mais consciente e também reduz o estresse e a ansiedade, ativando o sistema nervoso parassimpático”, afirma Ewing.

 

Respiração abdominal também é um método simples para resetar a respiração. “Às vezes, com esses padrões respiratórios desregulados, estamos apenas usando os músculos do peito e do pescoço para respirar, o que é ineficiente e desconfortável”, afirma o médico.

 

Como realizar a respiração abdominal

Você também pode prestar atenção no uso do diafragma para inspirar e expirar, observando o movimento da barriga. Em poucas palavras, para fazer a respiração abdominal você pode repousar a mão sobre a barriga na porção acima do umbigo e observá-la subir e descer junto com os movimentos do diafragma. Esse método promove a melhor troca gasosa de O2 para CO2, diminui a pressão sanguínea e os batimentos cardíacos.

 

Respirar é natural para todos, mas com uma máscara no rosto pode ser necessário praticar por um tempo.

 

Fonte: https://hypescience.com/respirar-mascara/?utm_source=feedburner&utm_medium=email&utm_campaign=Feed%3A+feedburner%2Fxgpv+%28HypeScience%29 - Por Marcelo Ribeiro

sábado, 19 de setembro de 2020

Quais atividades tem maior risco (ou menor) de transmitir Covid-19?


Quando falamos em pegar Covid-19 cada atividade traz um risco diferente. É o que nos mostra esse admirável infográfico (que traduzimos a seguir) recentemente compartilhando pelo Twitter do Information is Beautiful (Informação é linda, em tradução livre).

 

Que atividades são relativamente seguras e você tem pouco risco de contrair Covid-19? Quais atividades trazem chances altíssimas de contrair a doença?

 

Infelizmente quem gosta de frequentar casas noturnas vai se decepcionar com o mapa de risco, pois são os lugares com maior risco de contrair o coronavírus. Bares fechados, igrejas, estádios e shows vem logo a seguir.

 

E se você gosta de comer naquele buffet variado, pare de fazer isso agora mesmo, o risco também é alto.

 

Não abrace, aperte mão ou beije ninguém, nem sequer parentes próximos que não vivem com você. Os riscos de contrair Covid-19 para essas atividades são comprovadamente altos.

 

O gráfico foi criado pelo escritor e designer David McCandless, da Inglaterra, com informações de 500 epidemiologistas e especialistas mencionados na mídia.

 

Riscos de contrair Covid-19 para cada atividade:

A seguir listamos os ítens como aparecem no gráfico de McCandless. Mesmo dentro dos ítens de risco baixo o perigo aumenta para cada atividade citada na sequência.

 

Atividades de risco BAIXO de pegar Covid-19

Comida delivery

Exercício em área externa

Tênis

Posto de combustível

Golfe

Um amigo usa o seu banheiro (considere limpar em seguida)

Crianças mais velhas brincando juntas

Acampamento

Praia (mas não se você não conseguir manter distanciamento)

Jantar fora em ambiente externo

Bate e volta de férias (de carro)

Andar no centro da cidade (mas evite aglomerações)

Supermercado/mercado

Biblioteca/museu

Ir ao médico (se cuide na sala de espera)

Férias em uma casa com outra família (se as duas famílias estiverem se cuidando)

 

Atividades de MÉDIO risco de contrair Covid-19

Ficar em um hotel (limite o tempo em áreas comuns como a recepção)

Pequeno churrasco no quintal

Pequeno piquenique ao ar livre

Usar um banheiro público

Visitar o shopping center

Jantar com poucos amigos (em área interna)

Piscina pública

Sair para cortar o cabelo

Trabalhar em um escritório compartilhado

Crianças pequenas brincando juntas

Enviar as crianças para a escola, acampamento ou creche

Cassino

Cinema

Parquinho

Visitar um idoso na casa dele

Boliche

Se exercitar na academia

Andar de ônibus/metrô

Comer em um restaurante em área interna (cuide com condimentos compartilhados)

Avião

Jogando basquete

 

Atividades de ALTO risco de pegar Covid-19

Ir a um casamento ou funeral (o tamanho e proximidade física são grandes fatores)

Abraçar ou apertar mãos

Parar rotineiramente de usar máscara

Sair com alguém que você não conhece bem

Parque de diversões

Ver um show ou peça de teatro

Festa em local fechado

Estádio de esportes

Igreja (cantar traz risco altíssimo, pois aumenta as partículas de vírus no ar)

Bar fechado

Casa noturna

Algumas atividades de baixo e médio risco trazem alertas como a praia, em que você deve conseguir manter o distanciamento para poder considerar a atividade como de baixo risco.

 

A posição destes fatores no mapa é bem fixo, no entanto vale lembrar que as pessoas devem tocar ao mínimo em coisas ou pessoas, sempre evitar aglomerações, não importa onde esteja.

 

Apesar de ser uma visão generalizada baseada nos números que McCandless pode obter é importante lembrar que um voo menos lotado pode trazer um risco menor do que um voo lotado, por exemplo.

 

O PhD Quentin Leclerc criou modelos matemáticos que mostram os fatores que causam doenças infecciosas de se transmitirem com mais facilidade, de acordo com o HuffPost:

Pessoas próximas

Pouca ventilação

Ambientes relativamente frios

 

É por isso que uma causa noturna é uma placa de Petri para o coronavírus, pois todos estes fatores estão presentes: ambientes abarrotados de gente com ventilação precária e ar condicionado ao máximo.

 

Uma lição de quando era permitido fumar em bares

Mulher fumando: alto risco de contrair covid em bares fechados e casas noturna

Se você viveu na época em que era permitido fumar no bar vai se lembrar que a fumaça virava uma névoa em todo o ambiente. Muitas pessoas precisavam de colírio para lidar com a situação e as roupas sempre saíam infestadas com o cheiro da fumaça. Parecia ser possível cortar a fumaça com uma faca. Fumaça de cigarro é nada menos do que exalação dos pulmões com partículas de tabaco queimado e muito possivelmente se comporta exatamente como a respiração, caso pudéssemos enxergá-la. Portanto em um lugar fechado com muita gente e pouca ventilação todos possivelmente respiram o ar que todos exalam.

 

Vale lembrar as dicas populares vindas do Japão:

Evitar lugares fechados

Evitar locais com muitas pessoas

Evitar contato próximo, como conversas

 

Um trabalho da Escola de Higiene e Medicina Tropical de Londres observou que o próprio lar, bar, igreja o local de trabalho estão ligados a um número maior de infecções. Também foram observados muitos casos advindos de casamentos, eventos de esporte e conferências, informa o HuffPost.

 

E vale lembrar: sempre use máscara ao sair de casa

 

Fonte: https://hypescience.com/risco-pegar-covid-19-coronavirus/?utm_source=feedburner&utm_medium=email&utm_campaign=Feed%3A+feedburner%2Fxgpv+%28HypeScience%29 - Por Marcelo Ribeiro - Mapa em inglês do risco de contrair Covid-19. Crédito: David McCandless/Information is Beautiful

segunda-feira, 3 de agosto de 2020

Consumir uma a três xícaras de café por dia pode reduzir o risco de hipertensão


Estudo com 8.780 participantes concluiu que ingestão moderada da bebida pode reduzir em 20% risco de hipertensão

A associação entre o consumo de café e o risco de hipertensão é investigada em pesquisa da Faculdade de Saúde Pública (FSP) da USP. Com base na análise dos hábitos de consumo da bebida, dados sociodemográficos, de estilo de vida, exames de sangue e medição de pressão arterial de um grupo de 8.780 funcionários públicos, o estudo concluiu que a ingestão moderada de café (uma a três xícaras por dia) pode reduzir em 20% o risco de hipertensão. Os resultados do estudo são detalhados em artigo da publicação científica Clinical Nutrition, no último dia 7 de junho.

A pesquisa usou dados do Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto (ELSA Brasil), feito com 15.105 funcionários de seis instituições públicas brasileiras de ensino superior e pesquisa. “Através de um questionário padronizado foram obtidos dados sociodemográficos, como idade, sexo, cor da pele, renda familiar per capita, nível educacional”, relata Andreia Miranda, pós-doutoranda da FSP que realizou o presente estudo. “Além disso, também foram obtidos dados de estilo de vida, entre os quais prática de atividade física, hábito de fumar, ingestão de bebida alcoólica, bem como o histórico médico-familiar, uso de medicação, além de medição do peso e altura e avaliação do consumo alimentar por meio de um questionário específico.”

Durante a pesquisa foi realizada a coleta de sangue para análises bioquímicas e também foi aferida a pressão arterial dos participantes por um enfermeiro previamente treinado. “Para o presente estudo, foram excluídos da amostra os indivíduos com diagnóstico de hipertensão no início da pesquisa, aqueles que apresentavam histórico prévio de doença cardiovascular (infarto do miocárdio, acidente vascular cerebral e cirurgia cardíaca), além dos que não tinham informação sobre o consumo de café”, explica a pesquisadora. “Dessa forma, foram analisados 8.780 participantes, com seguimento médio de quatro anos.”

O consumo de café foi obtido por meio de um questionário de frequência alimentar, sendo agrupado em quatro categorias: quem nunca ou quase nunca tomava café, quem bebia menos de uma xícara por dia, de uma a três xícaras por dia e mais de três xícaras por dia. “Foi definido que o tamanho das doses de café é de 50 mililitros (50 ml), o que corresponde a uma xícara pequena”, relata Andreia. “A presença de hipertensão foi definida com o valor de pressão acima de 140 por 90 milímetros de mercúrio (mmHg), o uso de medicação anti-hipertensiva ou ambos.”

Consumo de café
Para analisar a relação entre o consumo de café e o risco de hipertensão foi utilizado um método estatístico, conhecido como regressão de Poisson, que permitiu calcular o risco relativo e o respectivo intervalo de confiança. “O modelo final foi ajustado de acordo com outras variáveis descritas na literatura que poderiam influenciar no resultado, tais como idade, sexo, cor da pele, nível educacional, renda, tabagismo, consumo de álcool, prática de atividade física, índice de massa corporal (IMC), consumo de frutas e vegetais, ingestão de sódio, potássio e gordura saturada, açúcar de adição, uso de suplementos, e níveis séricos de glicose, colesterol total e triglicerídeos”, aponta a pesquisadora. “Em estudos prévios, já é bem documentado que o tabagismo é um fator de risco, fortemente associado com a ingestão de café e que pode exercer influência no desenvolvimento de doença cardiovascular, em especial na hipertensão. Por esse motivo, na pesquisa foi avaliado o efeito da interação do café com o tabagismo.”

A pesquisa apurou que o consumo médio de café é de 150 ml por dia, o equivalente a três xícaras. “A maioria dos participantes relatou consumir a bebida com cafeína, filtrada/coada e com adição de açúcar, o que corresponde ao hábito tradicional de consumo de café pelos brasileiros. Durante os quatro anos de acompanhamento, um total de 1.285 participantes desenvolveu hipertensão”, destaca Andreia. “Dessa forma, foi possível observar uma associação significativa inversa entre o consumo moderado de café e a incidência de hipertensão. Ou seja, comparativamente às pessoas que nunca ou quase nunca tomavam café, o risco de hipertensão foi aproximadamente 20% menor naqueles que ingeriam de uma a três xícaras por dia”. “Estudos recentes mostram que o efeito benéfico do consumo moderado de café é atribuído aos polifenóis, compostos bioativos que são encontrados em abundância nessa bebida.”

Como foi verificada uma interação significativa entre o hábito de fumar e a ingestão de café, novas análises estatísticas foram realizadas. “Verificou-se então uma diminuição do risco de hipertensão somente em pessoas que nunca fumaram e tomavam de uma a três xícaras por dia”, afirma a pesquisadora.

Entre os fumantes e não fumantes, bem como na maior categoria do consumo de café, ou seja, quem tomava mais de três xícaras por dia, não se verificou associação significativa no risco de desenvolver hipertensão. “Esses achados não permitem afirmar que haja um risco nessa população ou se trata de uma dose prejudicial para a saúde”, diz Andreia. “Em resumo, os resultados mostram o efeito benéfico da ingestão de uma a três xícaras de café por dia e a importância de moderar o consumo dessa bebida para a prevenção da hipertensão.”

A pesquisa teve o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e contou com a colaboração dos professores Alessandra Goulart, Isabela Benseñor e Paulo Lotufo, do Centro de Pesquisa Clínica e Epidemiológica do Hospital Universitário (HU) da USP e da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP) e da professora Dirce Marchioni, da FSP. Os resultados da pesquisa são apresentados no artigo Coffee consumption and risk of hypertension: A prospective analysis in the cohort study, publicado no Clinical Nutrition Journal.


terça-feira, 7 de julho de 2020

Fique atento para as principais causas de imunidade baixa


Fatores genéticos e até TPM podem deixar organismo em risco

Existem microrganismos com potencial para transmitir doenças em todo lugar, mas nem todas as pessoas irão ficar doentes, ainda que entrem em contato com o patógeno. Quem determina essa vulnerabilidade é o sistema imunológico, que pode estar forte ou mais enfraquecido a depender de diversos fatores. Conheça as causas mais frequentes para a imunidade baixa e em quais situações esse quadro é reversível.

Medicamentos que suprimem a imunidade
Geralmente usados em pacientes com doenças autoimunes, rejeição a transplantes, alergias, doenças inflamatórias ou pacientes com neoplasias, os medicamentos corticoides e imunossupressores são os mais conhecidos por enfraquecer a imunidade.

De acordo com a farmacêutica bioquímica Juliana Fleck, do Setor de Imunologia do Hospital Universitário de Santa Maria, essas doenças são causadas por uma reação exagerada do sistema imunológico - e a função desses medicamentos é justamente inibir os mecanismos de defesa do corpo, causando o alívio dos sintomas.

A consequência, no entanto, é a queda da imunidade de maneira geral, deixando o corpo mais suscetível a infecções oportunistas.

"Os corticoides e imunossupressores são medicamentos comuns e úteis para diversos tratamentos, mas muita gente os utiliza de maneira rotineira, sem levar em consideração o risco de queda da imunidade", explica o médico clínico de estratégia de saúde da família Hugo Luiz Fernandez, na UBS Silmarya Rejane Marcolino de Souza.

Alguns anti-inflamatórios e analgésicos, como Dipirona, diminuem o número de leucócitos (células de defesa) na corrente sanguínea e podem causar esse mesmo efeito.

"Citostáticos utilizados no tratamento de câncer e os anticorpos monoclonais para doenças reumáticas também diminuem as defesas do organismo", completa o especialista.

TPM (Tensão Pré-Menstrual)
Variações hormonais características típicas dos ciclos menstruais e da TPM (Tensão Pré-Menstrual) podem afetar a função de diversas células do organismo, incluindo as do sistema imunológico.

"Alguns estudos já demonstraram que respostas imunológicas podem variar conforme o período do ciclo, entretanto, tais variações não são claramente observáveis em todas as mulheres", explica a imunologista Patricia.

A bioquímica Juliana explica que os níveis de progesterona aumentam na segunda fase do ciclo menstrual. "Este hormônio prepara o corpo da mulher para a gestação e possui um efeito imunossupressor, cuja função é impedir uma possível rejeição do feto no útero", diz.

Esse aumento da progesterona irá, portanto, inibir o sistema imune feminino, e algumas mulheres podem sofrer mais esses efeitos do que outras, ficando mais vulneráveis a infecções.

Má alimentação
Desde a antiguidade se observa que pessoas com hábitos alimentares saudáveis têm maior resistência contra doenças infecciosas e outras.

Segundo a imunologista Patricia, a falta de nutrientes afeta o funcionamento das células. "E como as células do sistema imunológico são 'notadamente' sensíveis, um comprometimento de suas funções pode resultar em aumento de infecções", diz.

Um exemplo, afirma o especialista Hugo Luiz, são as proteínas, que atuam diretamente trazendo os aminoácidos necessários para fabricar os anticorpos. "A falta destes nutrientes na alimentação afeta seriamente a imunidade", diz.

A farmacêutica bioquímica Juliana lembra outros nutrientes importantes para o sistema imunológico, como ferro, cálcio, zinco, selênio, vitamina A, vitamina C, vitamina D, vitamina E, complexo B, ácido fólico e antioxidantes como flavonoides, quercetina e glutationa.

"Todos são necessários para efetivação da resposta imune no organismo, e só são obtidos por meio de uma dieta balanceada à base de frutas, legumes, verduras e fibras, além das proteínas", afirma.

A ingestão de água alimentos probióticos também é importante para suprir as necessidades nutricionais de manutenção do sistema imunológico.

Consumo de álcool
Para entender como a ingestão de bebidas alcoólicas consegue causar tantos danos, é preciso explicar o processo de metabolização do álcool - ou seja, como o corpo absorve, metaboliza e excreta essa substância.

O órgão responsável por metabolizar o álcool é o fígado, no entanto, ele só metaboliza em média uma dose de bebida por hora - entenda uma dose como uma lata de cerveja (360ml), uma taça de vinho (100ml) ou de destilado (40ml).

Se um indivíduo bebe seis latas de cerveja, por exemplo, o fígado irá levar as mesmas seis horas para eliminar todo o álcool presente no corpo. Enquanto o fígado está metabolizando a primeira latinha, o resto do álcool entra na corrente sanguínea, causando alterações e danos em diferentes órgãos.

O comprometimento prolongado dos nossos sistemas pode afetar diretamente a imunidade.

Na tentativa de retomar o funcionamento adequado, nosso organismo trabalha em dobro - e os mecanismos de defesa podem não suportar essa carga. Como resultados temos a queda da imunidade.

Excesso de exercício físico
A prática de exercícios físicos regulares pode ser benéfica para a função das células do sistema imunológico. "Entretanto, exercícios intensos podem levar a um aumento de processos inflamatórios e também a uma variação transitória de alguns tipos celulares importantes para a resposta imunológica", afirma a imunologista Patricia.

Atividades físicas extenuantes e de longa duração causam a liberação de hormônios do estresse, como cortisol e adrenalina, além de outras substâncias tóxicas que lesionam as células do sistema imunitário.

Somente especialistas, como educadores físicos, podem avaliar se a intensidade e quantidade de exercício estão adequadas - qualquer dúvida, fale com um profissional.

Distúrbios do sono

Pessoas que não tem um sono adequado, com cerca de 6 a 7 horas por noite, podem ter seu sistema imunológico afetado.


"A privação do sono diminui a quantidade e a função das células responsáveis pela imunidade", conta a farmacêutica bioquímica Juliana.

As consequências disso são maiores chances de contrair doenças infecciosas e a diminuição do efeito de vacinas. Doenças crônicas podem piorar ou aparecer com mais facilidade em indivíduos que dormem pouco, por exemplo.

Estresse prolongado
"Situações de estresse são geradoras de radicais livres em excesso", explica Hugo Luiz. Entretanto, nosso corpo prevê essas alterações e consegue se recuperar nas situações que são passageiras, normais da rotina. Quando a tensão é crônica, o organismo não consegue mais administrar essas agressões.

O equilíbrio do corpo é prejudicado com a ação dos hormônios do estresse. Como resultado, nossos órgãos passam a agir de forma errada e comprometem a regulação de doenças crônicas ou autoimunes, piorando as condições de saúde.

"Esse poderia ser um dos processos responsáveis pela relativa baixa imunidade durante episódios de luto, ansiedade, guerras e catástrofes, em que os mecanismos de adaptação não respondem adequadamente", completa o especialista.

Doenças específicas
Algumas doenças afetam especificamente as células do sistema imunológico, que fica comprometido. "Um exemplo é a AIDS, ocasionada pela infecção pelo vírus HIV em linfócitos, que são células importantes para o funcionamento da imunidade", lembra Patricia, da Sociedade Brasileira de Imunologia.

Demais doenças que afetam o funcionamento do sistema imunológico são diabetes, câncer e alguns tipos de anemia. "Infecções bacterianas, virais, fúngicas e parasitárias também podem levar a uma imunodeficiência transitória", afirma Juliana Fleck.

Outros exemplos de doenças que afetam o sistema imune incluem obesidade, desnutrição e deficiências nutricionais.

O tratamento adequado destes problemas mantém as células de defesa funcionamento plenamente, corrigindo a vulnerabilidade do sistema imunológico. Contudo, negligenciar os cuidados poderá piorar o quadro, levando à piora da imunidade.

Quimioterapia
Diferente da terapia com radiação, que atua de maneira localizada, a quimioterapia é um tratamento sistêmico - ou seja, age indiscriminadamente nas células do corpo, sejam normais ou cancerosas.

"Os quimioterápicos agem sobre as células de multiplicação rápida, incluindo os organismos de defesa - por isso compromete a imunidade", afirma Maria do Carmo. Alguns quimioterápicos entram na categoria dos imunossupressores, ou seja, comprometem diretamente na função dos linfócitos.

Contudo, ao cessar os tratamentos quimioterápicos, a pessoa tende a recuperar a imunidade quase na sua totalidade, uma vez que o número de células do sistema imunológico é restaurado.

"Nos casos extremos, em que o uso foi prolongado ou a lesão foi severa, a imunidade fica pode ficar comprometida durante mais tempo", explica o médico clínico Hugo.

Exposição à radiação
"Os efeitos das radiações sobre o sistema imunológico são bem conhecidos hoje e temidos também, até por quem trabalha com produtos radioativos ou raio-x", afirma Hugo Luiz.

Isso porque os tratamentos e exames com radiação podem atingir não apenas as células alvo, como também outras presentes no organismo.

"Os linfócitos (anticorpos) são bastante sensíveis a radiação, por isso há uma diminuição do número dessas células no período seguinte ao tratamento", explica a imunologista Patricia Savio de Araújo Souza, consultora Sociedade Brasileira de Imunologia.

Entretanto, outras células importantes do sistema imunológico são mais resistentes à morte por radiação, o que costuma ser suficiente para que tais pacientes não estejam em risco de infecção tão aumentado.

"Pode haver uma queda temporária na produção de células sanguíneas (anemia, baixa de glóbulos brancos e de plaquetas) quando o local da irradiação é uma área muito próxima à medula óssea", explica a farmacêutica bioquímica Maria do Carmo Araújo, do Setor de Hemato-oncologia do Hospital Universitário de Santa Maria-UFSM.

Genética
Todas as funções orgânicas, incluindo o funcionamento do sistema imunológico, estão determinadas geneticamente. Portanto, indivíduos com uma tendência natural à baixa imunidade podem ter herdado essa condição dos pais, bem como transferi-la para os filhos.

"Algumas características geneticamente determinadas podem comprometer a função de células especificas, levando, por exemplo, a um aumento de vulnerabilidade a infecções por determinados organismos, como as bactérias", explica a imunologista Patricia.

As funções do sistema imune também podem ser afetas por fatores ambientais, não ficando a cargo apenas da genética, portanto. Existem exames capazes de detectar essa predisposição genética à imunodeficiência, mas não são testes de rotina.

"Há casos específicos em que os exames fazem parte do aconselhamento reprodutivo, por exemplo quando o casal tem grande risco de gerar um filho com depressão imunológica", afirma o médico clínico Hugo.

Segundo a farmacêutica bioquímica Maria do Carmo, pessoas com história familiar de imunodeficiência devem prestar atenção a essas infecções de repetição e procurar a ajuda médica.


quinta-feira, 11 de junho de 2020

Máscaras caseiras: 11 erros comuns que favorecem o coronavírus


Descansar a máscara no queixo, ajeitá-la sem lavar as mãos e outros deslizes chegam a aumentar o risco de contrair o coronavírus

As máscaras faciais podem ajudam a evitar a disseminação do novo coronavírus (Sars-CoV-2), como reconhece o Ministério da Saúde. Só que elas precisam ser bem utilizadas para que a proteção realmente aconteça.

Em carta recentemente publicada pelo periódico British Medical Journal (BMJ), epidemiologistas do University College London, no Reino Unido, alertam para possíveis efeitos colaterais do uso inadequado do acessório.

Entre as principais “reações adversas” está a sensação de falsa segurança. É aquele sujeito que, ao vestir o item, acha que está completamente protegido e se descuida de outras medidas importantes de prevenção, como a lavagem constante das mãos.

Toques frequentes no rosto e nas máscaras e a proximidade com outras pessoas para escutar melhor uma conversa também foram ciladas destacadas pelos autores.

Esses problemas, como o texto explica, podem comprometer uma das principais estratégias empregadas na contenção da pandemia de Covid-19.

1) Tocar ou coçar o rosto enquanto está com a máscara
Está aí um dos deslizes mais comuns. “Naturalmente, já temos o impulso de tocar no rosto muitas vezes ao dia”, explica Raquel Muarrek, infectologista do Hospital São Luiz, em São Paulo.
O uso da máscara deveria ajudar a mudar esse hábito, mas não é tão simples assim. Quem nunca se pegou encostando na testa ou na sobrancelha enquanto estava de máscara? O problema é que o vírus pode estar na mão e ganhar, com a cutucadinha inocente, uma carona até o rosto.
Além disso, toques na máscara em si podem contaminar as mãos. Assunto para o próximo item.

2) Ajeitar a posição da máscara tocando no tecido sem lavar as mãos antes
Convenhamos que usar esse apetrecho não é coisa mais confortável do mundo. O ideal é evitar qualquer contato, porém, se precisar ajeitá-lo, não esqueça de lavar as mãos antes com água e sabão ou álcool em gel 70%. E busque encostar sempre na parte interna, porque o risco de contaminação ali é menor.
Se a higiene for impossível no momento, procure acertar o posicionamento da máscara tocando apenas nos elásticos. O mesmo vale para tirá-la.

3) Colocar a máscara no queixo
 “Parece que há um efeito psicológico nas pessoas, que acham que estão protegidas quando usam a máscara nessa posição. Mas isso está errado”, alerta Raquel. Ora, o pescoço ou as roupas podem estar contaminados. Se ela depois for voltar para o rosto, já viu…
Caso precise tirá-la por poucos instantes para tomar água, por exemplo, é mais seguro deixá-la pendurada em uma das orelhas, na lateral do rosto.
Atenção: e não é para remover a máscara na hora de conversar! Quando conversamos, expelimos gotículas de saliva que podem estar infectadas. Se estiver difícil de se fazer entender, fale mais alto — sem se aproximar muito do interlocutor.

4) Deixar os óculos embaçados
É um sinal clássico de que ela não está bem acomodada ou tem um tamanho inadequado. Se os óculos estão embaçando, é porque muito ar está escapando pela parte de cima da máscara — o que favoreceria contaminações.
Outro ponto a respeito do escape de ar, mencionado no artigo do BMJ, é que ele gera um impulso de tocar nos olhos. Fique atento.
Algumas máscaras caseiras possuem uma espécie de arame ou estrutura que facilita o encaixe no nariz.

5) Adquirir máscaras grandes ou pequenas demais

Para que seja eficaz, ela precisa ficar bem presa ao rosto, sem escapes nas laterais. O Ministério da Saúde recomenda um tamanho padrão de 21x34cm para os adultos.
E para crianças, que tendem a mexer mais na máscara? “É necessário medir o rosto na altura do nariz e no queixo”, orienta Raquel.

6) Ficar muito tempo com a mesma máscara
Elas devem ser trocadas a cada duas horas ou sempre que estiverem úmidas. Pessoas com nariz entupido ou que falaram bastante tendem a deixar o equipamento molhado rapidamente.
O texto publicado pelos britânicos destaca que, no ambiente umedecido, o Sars-CoV-2 poderia permanecer ativo por mais tempo. Logo, se a pessoa estiver carregando o novo coronavírus no organismo, entra em um ciclo de expelir e inalar o vírus, o que levaria a um aumento de sua carga viral — fator que influenciaria na progressão da doença.
Mais importante do que isso, um tecido umedecido perde parte de sua capacidade de bloquear agentes infecciosos. Para se livrar de riscos desnecessários, faça as contas de quantas máscaras precisa levar ao sair de casa.

7) Guardar a máscara suja na bolsa ou no bolso
Ora, caso o Sars-CoV-2 esteja de fato ali, irá se espalhar para outras superfícies e objetos. “O certo é sair de casa com dois saquinhos, um para as limpas e outro para as sujas”, recomenda Raquel.



8) Fazer um X com os elásticos
É comum encontrar máscaras presas com os elásticos cruzados, formando um X na cabeça. Nessa posição, o tecido dobra, o que gera uma abertura na lateral do rosto por onde o coronavírus pode escapar.
Se o elástico estiver largo, melhor dar um nozinho. Ou buscar uma nova máscara.

9) Usar bandanas ou cachecol como máscara
Não há comprovação de que os acessórios ofereçam alguma proteção contra o novo coronavírus. O cachecol tende a ficar largo, abrindo espaço para a entrada de ar, assim como a bandana, com as pontas penduradas embaixo do queixo.


10) Deixar o nariz fora da máscara
Se o nariz é uma das principais portas de entrada do Sars-CoV-2 no organismo, para quê deixá-lo de fora? O tecido deve estar bem ajustado no início da cavidade nasal, mais próximo dos olhos — na pontinha do nariz, a proteção também fica prejudicada.


11) Compartilhar máscaras
O Ministério da Saúde reforça que elas são de uso individual. Mesmo sem sintomas, alguém pode estar com o coronavírus no corpo. Se ele dividir uma máscara com você, o risco de infecção cresce enormemente.

Fonte: https://saude.abril.com.br/medicina/mascaras-caseiras-11-erros-comuns-que-favorecem-o-coronavirus/- Por Chloé Pinheiro - Ilustração: Laura Luduvig/SAÚDE é Vital