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quinta-feira, 13 de maio de 2021

Vacina de COVID-19: quais são os cuidados após a imunização?


Entenda as principais reações, se são necessários testes após a vacinação e as precauções contra o coronavírus.

 

Com a vacinação contra COVID-19 em vigência pelo mundo, inclusive no Brasil, algumas dúvidas sobre os imunizantes podem surgir.

 

Afinal, quais são as reações que a vacina pode trazer ao corpo? É preciso seguir fazendo testes de anticorpos? Posso beber? A seguir, esclarecemos essas e outras dúvidas sobre a vacina de COVID-19:

 

Vacina de COVID-19: principais dúvidas

 

Reações da vacina

Qualquer vacina, quando aplicada no corpo, pode trazer algum tipo de reação. A vacina da COVID-19 não é diferente.

 

Entre as reações da vacina de COVID-19, destacam-se:

dor no local da injeção

vermelhidão

febre

inchaço

fadiga

perda de apetite

 

De acordo com a Sociedade Brasileira de Imunologia (SBIM), as possíveis reações são sinais da resposta imune se formando e desaparecerão dentro de alguns dias.

"Porém, isso não significa que você foi infectado pelo coronavírus ou está desenvolvendo COVID-19. Além disso, o fato de várias pessoas não apresentarem reações também não significa que a vacina não tenha tido efeito, pois cada pessoa pode responder de forma diferente à vacinação", informa a SBIM.

Uma polêmica que girou em torno das reações possíveis das vacinas de COVID-19 foram os casos de trombose associados ao imunizante de Aztrazeneca.

De acordo com a Agência Europeia de Medicamentos (EMA), o risco para trombose é possível, mas muito raro. Ainda de acordo com a agência europeia (equivalente à Anvisa), "o risco-benefício permanece positivo".

 

Testes de anticorpos

Conforme a vacinação ocorre, um movimento tem ocorrido em paralelo: a realização dos testes de anticorpos IgG para verificar se o corpo permanece protegido contra o coronavírus.

O IgG é um anticorpo ativado pelo organismo contra um determinado antígeno - substância estranha ao organismo, que pode ser um vírus, bactéria ou toxina. Diferente do IgM, um outro tipo de anticorpo que surge na fase mais aguda de uma infecção, o IgG tende a ser produzido um pouco mais à frente, posteriormente ao contato do corpo com o antígeno.

De acordo com Martín Bonamino, pesquisador do Instituto Nacional de Câncer (INCA) e da Fiocruz, em artigo publicado na SBIM, não existe qualquer motivo para testar os níveis de IgG após a vacinação.

"Já ouvi relatos de pessoas que se frustram com os seus títulos de anticorpos que não aumentam após a vacinação, julgam não estarem imunes e até planejam se vacinar novamente com a outra vacina disponível, pois a primeira 'não funcionou'. Toda esta ansiedade está fundamentada em um grande desconhecimento do efeito da vacina e dos testes para detectar os anticorpos gerados por elas", escreve Bonamino.

Segundo o pesquisador, em vacinas baseadas na proteína S (a proteína spike), como é o caso da AstraZeneca/Oxford/Fiocruz, pode ocorrer que a quantidade de anticorpos voltados para a proteção contra o antígeno não aumente nos testes comerciais feitos para identificar a proteína N (um outro tipo de glicoproteína encontrada no SARS-CoV-2).

Ainda de acordo com o especialista, no caso da Coronavac, a maioria das pessoas não produz quantidades relevantes de anticorpos contra a proteína N.

"Percebam, portanto, que para as duas vacinas em uso no Brasil [até o momento da publicação do artigo], testar a presença de anticorpos contra a proteína N nos laboratórios de análises clínicas não faz sentido. A proteção será fornecida pelos anticorpos contra a proteína S e pela resposta celular - e nenhum destes aspectos é testado nesses exames", diz Bonamino.

Conforme explica o pesquisador, existem testes destinados a detectar anticorpos contra a proteína S, mas mesmo esses ensaios não nos dizem muito sobre a proteção efetiva. "As vacinas, portanto, funcionam, mas esses testes não são adequados para avaliar seu funcionamento."

 

Bebida alcoólica e vacina

O consumo de álcool após a aplicação da vacina é algo a ser evitado. Não é necessariamente obrigatório, mas sim uma recomendação.

De acordo com Arthur Guerra, psiquiatra e presidente do CISA (Centro de Informações sobre Saúde e Álcool), a ingestão de álcool pelo corpo altera o número e a abundância relativa de micróbios no microbioma intestinal, uma extensa comunidade de micro-organismos no intestino que auxiliam no seu funcionamento normal.

Vale lembrar que são esses organismos que afetam a maturação e a função do sistema imunológico. Consequentemente, o álcool interrompe a comunicação entre esses organismos e o sistema imunológico intestinal, além de danificar as células epiteliais, células T e neutrófilos no sistema GI.

"Como o consumo pesado pode enfraquecer o sistema imunológico e limitar os benefícios da vacina, pessoas que bebem em excesso devem buscar ajuda para parar ou reduzir o uso de álcool enquanto o processo de imunização está ocorrendo", explica Guerra.

É importante destacar, porém, que essa é uma recomendação e que, durante os testes das vacinas de COVID-19 atualmente usadas no Brasil e no mundo, não houve qualquer orientação aos voluntários para que interrompessem o consumo de álcool.

Dessa forma, não existem dados suficientes que comprovem se o álcool exerce ou não efeito negativo durante a imunização contra o coronavírus.

 

COVID-19 após a vacinação: é possível?

A vacina não significa, atualmente, o fim definitivo da pandemia de coronavírus, mas um mecanismo de controle dos casos de COVID-19.

"O que a maioria dos cientistas acredita é que a primeira geração de vacinas não vai conferir imunidade esterilizante; isto é, não vai proteger da infecção. Mas vai proteger de formas graves, como acontece com a vacina da gripe, por exemplo", explicou Francisco Ivanildo de Oliveira Jr, gerente de Qualidade Assistencial e Serviço de Controle de Infecção Hospitalar do Sabará Hospital Infantil, em entrevista ao Minha Vida, quando as vacinas ainda estavam em desenvolvimento.

Desse modo, é importante seguir com os protocolos de segurança e de contenção da transmissão do coronavírus, como uso de máscaras, distanciamento social e higienização.

 

Fonte: https://www.minhavida.com.br/saude/materias/37560-vacina-de-covid-19-quais-sao-os-cuidados-apos-a-imunizacao - Escrito por Maria Beatriz Melero

Vacinas da gripe e Covid-19 precisam de intervalo mínimo de 14 dias; entenda


Vice-presidente da SBIm, Isabella Ballalai explicou que monitorar efeitos colaterais da vacina da Covid-19 pode ficar mais difícil sem esse espaçamento

 

O início da campanha de vacinação da gripe traz muitas dúvidas para os grupos que também estão recebendo a imunização contra a Covid-19. A vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), Isabella Ballalai, explicou à CNN que é essencial ter um intervalo mínimo de 14 dias entre uma vacina e outra. "Isso é uma precaução, não é uma contraindicação", ela esclarece.

 

"Estamos em um momento em que a vigilância de eventos adversos é muito importante para dar segurança pra todo mundo. Assim, pode-se dizer se a vacina da Covid-19 causou esse ou aquele efeito colateral. Se tomo duas vacinas [diferentes] próximas e tenho evento adverso, vem a pergunta: foi por causa da vacina da Covid-19 ou da outra? Por isso, é muito importante respeitar esses 14 dias", detalhou Isabella.

 

A especialista ainda destacou que em casos de acidente que necessitem de vacinação antirrábica ou antitetânica, por exemplo, essa regra é descartada. "Essas são vacinações de emergência, então não precisam respeitar esse intervalo."

 

Isabella ainda reforçou que a vaicinação da gripe neste ano será importante para evitar a ida aos hospitais e pronto-socorros durante o período mais frio do ano. "A influenza é a causa da mesma doença que a Covid-19: a síndrome respiratória aguda grave, que pode levar à internação na UTI e ao uso de ventilação mecânica. Hoje, com o cenário que temos da Covid-19, não se pode ter nenhuma concorrência para nossa estrutura."

 

Fonte: https://www.minhavida.com.br/saude/materias/37533-10-possiveis-sequelas-da-covid-19 - Da CNN, em São Paulo

quinta-feira, 29 de abril de 2021

Pessoas vacinadas ainda podem transmitir o coronavírus?


Um roteiro didático para quem se vacinou ou vai se vacinar – e que já antecipa: a imunidade de rebanho, ou seja, a volta àquela vida normal de antes, ainda vai demorar algum tempo

 

A vacina não previne totalmente a infecção, mas reduz a praticamente zero as chances de o vacinado ficar gravemente doente.

 

Nota do editor: então você recebeu sua vacina contra o coronavírus, esperou duas semanas paratado de São Paulo/Wikimedia Commons que seu sistema imunológico respondesse à injeção e agora está totalmente vacinado. Isso significa que você pode percorrer o mundo como antigamente sem medo de espalhar o vírus? Deborah Fuller é microbiologista da Escola de Medicina da Universidade de Washington que trabalha com vacinas contra o coronavírus. Ela explica o que a ciência mostra sobre a transmissão pós-vacinação – e se novas variantes poderiam mudar essa equação.

 

1) A vacinação previne completamente a infecção?

A resposta curta é não. Você ainda pode se infectar depois de ser vacinado. Mas suas chances de ficar gravemente doente são quase zero.

Muitas pessoas pensam que as vacinas funcionam como um escudo, impedindo um vírus de infectar as células por completo. Mas, na maioria dos casos, uma pessoa que é vacinada está protegida contra doenças, não necessariamente contra infecções.

O sistema imunológico de cada pessoa é um pouco diferente. Então, quando uma vacina é 95% eficaz, isso significa que 95% das pessoas que recebem a vacina – mas que teriam ficado doentes se expostas ao vírus antes – não ficarão doentes. Essas pessoas podem estar completamente protegidas da infecção ou podem estar sendo infectadas, mas permanecem assintomáticas porque seu sistema imunológico elimina o vírus muito rapidamente. Os 5% restantes das pessoas vacinadas – se expostas ao vírus – podem ser infectadas e adoecer. Mas é extremamente improvável que elas sejam hospitalizadas.

A vacinação não evita 100% que você seja infectado. Mas, em todos os casos, dá ao seu sistema imunológico uma grande vantagem sobre o coronavírus. Seja qual for o seu resultado – seja proteção completa contra infecção ou algum nível de doença –, você ficará melhor depois de encontrar o vírus do que se não tivesse sido vacinado.

 

2) Infecção sempre significa transmissão?

A transmissão ocorre quando partículas virais suficientes de uma pessoa infectada entram no corpo de uma pessoa não infectada. Em teoria, qualquer pessoa infectada com o coronavírus poderia transmiti-lo potencialmente. Mas uma vacina reduzirá a chance de isso acontecer.

Em geral, se a vacinação não prevenir completamente a infecção, reduzirá significativamente a quantidade de vírus que sai do nariz e da boca – um processo chamado eliminação – e encurtará o tempo de eliminação do vírus. Esse é um grande negócio. Uma pessoa que espalha menos vírus tem menos probabilidade de transmiti-lo a outra pessoa.

Esse parece ser o caso das vacinas contra o coronavírus. Em um estudo recente em pré-impressão, que ainda não foi revisado por pares, pesquisadores israelenses testaram 2.897 pessoas vacinadas quanto a sinais de infecção por coronavírus. A maioria não tinha vírus detectável. Mas as pessoas infectadas tinham um quarto da quantidade de vírus em seus corpos em relação às pessoas não vacinadas testadas em momentos semelhantes após a infecção.

Menos coronavírus significa menos chance de propagá-lo. Se a quantidade de vírus em seu corpo for baixa o suficiente, a probabilidade de transmiti-lo pode chegar a quase zero. No entanto, os pesquisadores ainda não sabem onde está esse limite para o coronavírus e, uma vez que as vacinas não fornecem 100% de proteção contra infecções, os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, dos EUA) recomendam que as pessoas continuem a usar máscaras e a manter distanciamento social mesmo depois de ser vacinadas.

 

3) E quanto às novas variantes do coronavírus?

Novas variantes do coronavírus surgiram nos últimos meses. Estudos recentes mostram que as vacinas são menos eficazes contra alguns, como a variante B1351 identificada pela primeira vez na África do Sul.

Cada vez que o SARS-CoV-2 se replica, ele obtém novas mutações. Nos últimos meses, os pesquisadores descobriram novas variantes que são mais infecciosas – o que significa que uma pessoa precisa respirar menos vírus para se infectar – e outras variantes que são mais transmissíveis – o que significa que aumentam a quantidade de vírus que uma pessoa espalha. E os pesquisadores também descobriram pelo menos uma nova variante que parece ser melhor para escapar do sistema imunológico, de acordo com os primeiros dados.

 

Então, como isso se relaciona com vacinas e transmissão?


Para a variante da África do Sul, as vacinas ainda fornecem mais de 85% de proteção contra doenças graves com covid-19. Mas quando você conta os casos leves e moderados, eles fornecem, na melhor das hipóteses, apenas cerca de 50%-60% de proteção. Isso significa que pelo menos 40% das pessoas vacinadas ainda terão uma infecção forte o suficiente – e vírus suficiente em seu corpo – para causar pelo menos uma doença moderada.

 

Se as pessoas vacinadas têm mais vírus em seus corpos e levam menos desse vírus para infectar outra pessoa, haverá maior probabilidade de uma pessoa vacinada transmitir essas novas cepas do coronavírus.

 

Se tudo correr bem, as vacinas muito em breve reduzirão a taxa de doenças graves e morte em todo o mundo. Na verdade, qualquer vacina que reduza a gravidade da doença também está, no nível da população, reduzindo a quantidade de vírus a ser eliminada em geral. Mas, devido ao surgimento de novas variantes, as pessoas vacinadas ainda têm o potencial de eliminar e espalhar o coronavírus para outras pessoas, vacinadas ou não. Isso significa que provavelmente levará muito mais tempo para que as vacinas reduzam a transmissão e as populações atinjam a imunidade de rebanho do que se essas novas variantes nunca tivessem surgido. Exatamente quanto tempo isso levará é um equilíbrio entre a eficácia das vacinas contra as cepas emergentes e o quão transmissíveis e infecciosas essas novas cepas são.

 

Fonte: https://www.revistaplaneta.com.br/pessoas-vacinadas-ainda-podem-transmitir-o-coronavirus/ - Texto: Deborah Fuller  - é professora de Microbiologia na Escola de Medicina da Universidade de Washington (EUA) - Crédito: cromaconceptovisual/Pixabay

quarta-feira, 14 de abril de 2021

Vacinados contra a covid-19 podem transmitir o vírus, adoecer e morrer; entenda


Mesmo as pessoas imunizadas podem contrair a doença, ter uma infecção mais leve ou sem sintomas, transmitir o vírus e, até, chegar a morte.

 

Vacinados contra a covid-19 podem transmitir o vírus, adoecer e morrer; entenda. Uma das explicações é de que nenhuma vacina tem total eficácia

 

Ainda há pesquisas sendo realizadas, mas organizações e especialistas têm algumas respostas para os casos.

 

Uma das explicações é de que nenhuma vacina tem 100% de eficácia, segundo divulgado pela Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm). “Diante de um universo de dezenas de milhares de novos casos diários e do aumento gradual, ainda que lento, do percentual de indivíduos vacinados, é esperado que ocorra, cada vez mais casos de infecção em vacinados”, ressalta a SBIm, em nota divulgada.

 

Pessoas mais velhas

 

Para Sonia Raboni, infectologista do Complexo Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná (UFPR/Ebserh), em entrevista concedida à Folha de S.Paulo, o grupo de pessoas mais velhas, que têm um sistema imune mais debilitado, pode ter respostas mais fracas à vacina.

 

Infecção no intervalo entre as vacinas

 

A SBIm diz que um dos problemas entre os vacinados que contraem a doença pode ocorrer no intervalo logo após a aplicação da vacina, insuficiente para a esperada resposta de anticorpos desencadeada pela vacinação. Ou seja, não houve tempo para impedir a infecção.

 

A Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) afirma que cada vacina tem orientações específicas, mas geralmente a resposta imunológica protetora ocorre após 10 a 20 dias depois da segunda dose.

 

Precauções para os vacinados

 

A Opas recomenda que as precauções contra a transmissão da Covid-19, como distanciamento social e uso de máscaras, sejam mantidas mesmo por quem já estiver vacinado, até que as pesquisas sejam conclusivas.

 

 

Vale ressaltar que as vacinas não causam a doença. O vírus utilizado nas vacinas é inativado  ou seja, não está vivo. Dessa forma, não é possível que uma pessoa se infecte com a Covid-19 por causa da vacina.

 

Informações: (Isto É - Dinheiro)

 

Fonte: https://revistanovafamilia.com.br/vacinados-contra-a-covid-19-podem-transmitir-o-virus-adoecer-e-morrer-entenda - Redação

sábado, 10 de abril de 2021

Quem pegou COVID-19 deve se vacinar? Entenda


Há diferenças entre a imunização causada pela infecção do novo coronavírus e a que ocorre com a vacinação

 

Os efeitos que a contaminação pelo novo coronavírus podem causar no corpo humano seguem sendo estudados todos os dias. As diferentes respostas que cada organismo apresenta após a confirmação do diagnóstico, como a presença ou não de sintomas, confirmam que não há uma regra universal sobre como o patogênico vai interferir na saúde de cada indivíduo.

 

Assim como ocorre com algumas outras doenças, como é o caso da catapora, alguns pacientes recuperados da COVID-19 acreditam que já estão imunizados e, consequentemente, não precisam se vacinar. Mas qual é a diferença entre a imunização que ocorre com a infecção e a que vem com a vacina?

 

Segundo Matheus Todt, médico infectologista da S.O.S. Vida, a imunidade adquirida pela infecção existe, mas é temporária. "Acredita-se que possa durar alguns meses. A vacinação permite uma proteção mais duradoura. Por isso, a vacina também deve ser tomada pelas pessoas que já tiveram COVID-19", explica.

 

Ainda de acordo com o especialista, o número de doses da vacina não se difere entre quem já foi contaminado e quem nunca recebeu o diagnóstico positivo de coronavírus. "Todos os protocolos vacinais que dispomos hoje preveem as mesmas quantidades de doses (geralmente duas doses com intervalos de algumas semanas) para todos", explica Matheus.

 

Anticorpos e COVID-19

Entre os exames que podem diagnosticar um caso de coronavírus está o teste de sorologia. Feito através da análise do sangue, essa testagem determina se houve a produção dos anticorpos IgG e IgM pelo organismo.

 

IgG e IgM são classes de anticorpos (moléculas de defesa), produzidos pelo corpo especificamente contra um determinado antígeno - substância estranha ao organismo, que pode ser um vírus, bactéria ou toxina.

 

Já foram relatados alguns casos de pacientes que tiveram o diagnóstico positivo da doença e, ao realizarem o exame de sorologia, foi apontado que a produção de anticorpos contra as proteínas da SARS-CoV-2 foi considerada baixa ou até mesmo inexistente.

 

Além disso, uma pesquisa recente feita pela Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, revelou que a imunidade causada pela infecção do coronavírus pode ser pouco duradoura, desaparecendo após a quarta semana de tratamento contra a doença.

 

Portanto, os especialistas afirmam que a vacinação deve ocorrer mesmo após a confirmação de que houve a produção de anticorpos no teste de sorologia.

 

Fonte: https://www.minhavida.com.br/saude/materias/37474-quem-pegou-covid-19-deve-se-vacinar-entenda - Escrito por Paula Santos

domingo, 14 de fevereiro de 2021

Mesmo com início da vacinação, máscara continua sendo fundamental


Estamos, há praticamente um ano, enfrentando a pandemia do novo coronavírus, com o uso obrigatório da máscara facial desde 1º de maio de 2020. Mesmo assim, ainda há quem se descuide desse importante acessório. Mas, longe de ser a hora de baixar a guarda, o uso da máscara precisa de cuidados especiais. Um deles é procurar substituir as máscaras de tecido - as mais usadas no Brasil – a cada período de duas horas.

 

O alerta é da médica infectologista Cláudia Sffeir de Oliveira Meuer, da Seção de Vigilância Epidemiológica de Santos. “Toda vez que se notar a máscara suja ou com umidade, ela tem de ser trocada”.

 

Já para os profissionais que atuam diretamente no enfrentamento do vírus (médicos, enfermeiros etc.), a recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS) é de que façam o uso da máscara cirúrgica, não a de tecido. E quem está na linha de frente tem de usar outras específicas, que são dos tipos N95, PFF-2 e PFF-3.

 

A regra geral é simples: saiu de casa, use a máscara. “Como estamos em um país onde há a transmissão comunitária do coronavírus, na qual não se identifica o paciente que faz a transmissão do vírus, a recomendação é para que todos que não estejam no ambiente familiar usem máscara”.

 

Mesmo em casa, o uso de máscaras faciais é recomendado em alguns casos, explica Cláudia. “As mesmas orientações valem quando, em um lar, tiver a possibilidade de conviver com uma pessoa suspeita de estar infectada, ou que seja do grupo de risco, como idosos ou indivíduos com comorbidades”. Também não se deve esquecer, nesses casos, o distanciamento de 1,5 metro.

 

CUIDADOS AO RETIRAR

Quando se está de máscara e há necessidade de retirar para se alimentar ou se hidratar, outro cuidado deve ser tomado. “O modo correto é retirar pelo elástico, sem tocar na parte da frente”. Antes de retirar ou recolocar, tem de se fazer a higienização das mãos, lavando com água e sabão ou usando álcool em gel. O ideal, explica a médica infectologista, é trocar a máscara toda vez que for necessário interromper o uso na rua. Quando isso não for possível, recomenda-se guardar o acessório em uma embalagem limpa.

 

Mesmo em locais abertos como praias, é obrigatório o uso de máscara e manter o distanciamento social (1,5 metro). “É óbvio que, em um ambiente fechado, sem circulação de ar, há uma chance maior de contaminação. Mas o fato de uma pessoa estar em um ambiente aberto não a dispensa das medidas de proteção”.

 

HIGIENIZAÇÃO

Ao voltar para o lar, outra preocupação. Como deve ser feita a higienização do acessório? A recomendação do Ministério da Saúde para higienização é colocá-lo em um recipiente com água e água sanitária (1 parte de água sanitária para 50 partes de água) por 30 minutos. Exemplo: diluir 10ml de água sanitária para 500ml de água. Depois, basta enxaguar com água corrente e lavar com água e sabão. Após secagem, passar em ferro e acondicionar em saco plástico. Estas máscaras limpas têm de ser guardadas em sacos plásticos.

 

Fonte: https://revistanovafamilia.com.br/mesmo-com-inicio-da-vacinacao-mascara-continua-sendo-fundamental - Redação

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2021

Vacinados contra covid-19 devem manter cuidados e podem contaminar outros, diz OMS


"Não sabemos o quanto as vacinas protegem da infecção contra a covid-19", apontou a representante da OMS

 

A Organização Mundial de Saúde (OMS) alertou nesta quarta-feira que, no atual contexto de grande circulação da covid-19 em muitos países, mesmo os vacinados contra o vírus devem manter os cuidados recomendados, como uso de máscaras e distanciamento social. Diretora do Departamento de Imunização, Vacinas e Biológicos da OMS, Kate O'Brien, lembrou que nenhuma das vacinas disponíveis é 100% eficaz.

 

Além disso, ela comentou durante entrevista coletiva virtual que os vacinados podem desenvolver apenas casos leves da doença, mas ainda assim contaminar outras pessoas. "Não sabemos o quanto as vacinas protegem da infecção contra a covid-19", apontou.

 

O'Brien advertiu que, quanto mais o vírus circular, maior o risco de surgirem cepas resistentes a alguma vacina. Já a cientista-chefe da OMS, Soumya Swaminathan recomendou que os profissionais de saúde sejam vacinados "na primeira oportunidade", sem ficar esperando opções mais eficazes adiante.

 

A cientista-chefe também destacou que, embora muitos países já tenham começado a vacinar pelo mundo, há um desequilíbrio importante entre nações nesse quesito, a depender de sua riqueza. O'Brien comentou em outro momento que, até agora, a grande maioria das vacinas seguia para apenas dez países, não citados por ela.

 

Fonte: https://www.noticiasaominuto.com.br/ultima-hora/1776254/vacinados-contra-covid-devem-manter-cuidados-e-podem-contaminar-outros-diz-oms?utm_medium=social&utm_source=twitter.com&utm_campaign=buffer - © Getty Images

segunda-feira, 18 de janeiro de 2021

Fim do isolamento? O que vai mudar com a vacinação contra a covid-19


Especialistas afirmam que vacina tem papel de reduzir internações e mortes em cenário pandêmico e não de eliminar a doença

 

Com o início da vacinação no Brasil, a pandemia vai acabar? Especialistas afirmam que ainda não. "Vacina não significa o começo do fim da pandemia. Essa é uma expectativa, mas não se trata disso. A vacina é sim fantástica. Temos que comemorar porque vamos evitar casos graves e moderados e, assim, haverá a diminuição de mortes. Mas não vai acabar com a covid", afirmou a pediatra Isabella Ballalai, vice-presidente da SBIm (Sociedade Brasileira de Imunizações), em entrevista .

 

O diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, declarou durante um debate promovido pelo Lide (Grupo de Líderes Empresariais) Ceará, que a "a vacina é uma grande esperança, mas, por mais eficaz que seja, não vai interferir no curso da pandemia no curto prazo. Isso só deve acontecer a partir do segundo semestre de 2021".

 

Diante de uma pandemia, como a que se vive hoje, a vacina adquire a função de diminuir a quantidade de casos graves de uma doença. "Em situações normais, o objetivo da vacina é impedir que o vírus retorne. Mas, na pandemia, temos que ter uma vacina que seja capaz de reduzir a gravidade e, consequentemente, a mortalidade da doença", afirmou.

 

As medidas de segurança, como uso de máscara, lavagem constante das mãos ou uso de álcool em gel e distanciamento social, devem ser mantidas, por enquanto, porque ainda não se sabe se as pessoas vacinadas, além de protegidas da doença, vão deixar de transmitir o vírus

 

"O que se sabe é que ela não vai adoecer. Depois de licenciadas [as vacinas], será preciso acompanhar os voluntários para ver quanto tempo a imunidade dura e se ela impede a infecção", explica.

 

Além disso, o número limitado de doses de vacinas disponíveis no mundo também impede o relaxamento da prevenção. "Em um primeiro momento, não vai ter vacina nem para 20% da população", afirma Ballalai. "Nós teremos grupos alvos sendo vacinados, mas a vacinação em massa não vai acontecer da noite para o dia", diz a vice-presidente da SBIm.

 

Ana Karolina Barreto Marinho, especialista em alergia e imunopatologia e coordenadora do Departamento Científico de Imunização da Asbai (Associação Brasileira de Alergia e Imunologia), ressaltou, em entrevista , que uma vacina contra a covid-19 poderá levar à superação do cenário pandêmico, mas não à eliminação da doença, que deve se tornar sazonal, como a gripe, típica de uma época do ano. "Por isso a importância de termos uma vacina e também tratamentos e remédios eficazes para aqueles que venham a adoecer", observa.

 

Com Informações - R7

 

Fonte: https://revistanovafamilia.com.br/fim-do-isolamento-o-que-vai-mudar-com-a-vacinacao-contra-a-covid-19 - Redação

segunda-feira, 9 de novembro de 2020

A vacina contra gripe pode protegê-lo de COVID grave


O coronavírus e a gripe são dois vírus totalmente diferentes. Mas um novo estudo sugere que aqueles que tomam a vacina contra a gripe enfrentam um risco consideravelmente menor de serem hospitalizados se e quando contraírem COVID-19.

 

E a vacina contra a gripe também parece reduzir significativamente o risco de um paciente com COVID-19 acabar em uma unidade de terapia intensiva (UTI), dizem os pesquisadores.

 

Os resultados são baseados em uma análise de registros eletrônicos de saúde de 2.000 pacientes com COVID-19. Todos tinham testado positivo para o vírus em algum momento entre março e agosto passado. E pouco mais de 10% dos pacientes já haviam sido vacinados contra a gripe.

 

“A gripe e o COVID-19 são, de fato, diferentes processos de doença causados ​​por diferentes vírus”, enfatizou o autor do estudo, Dr. Ming-Jim Yang. “Embora alguns dos sintomas possam se sobrepor entre as duas doenças, eles podem ter consequências diferentes a curto e longo prazo.”

 

Também é verdade que “a COVID-19 ainda tem uma taxa de mortalidade muito maior do que a gripe”, observou Yang. E os problemas pulmonares, cardíacos e cerebrais de longo prazo vistos entre os pacientes sobreviventes do COVID-19 “não parecem acontecer com a gripe”, acrescentou.

 

No entanto, “nossa equipe analisou pacientes com teste positivo para COVID-19 e viu que os pacientes que receberam a vacina contra influenza no último ano eram menos propensos a serem hospitalizados e admitidos na UTI”, disse Yang.

 

Quanto menos?

“Os pacientes COVID que não receberam a vacina contra a gripe no último ano tinham 2,4 vezes mais chance de serem hospitalizados e 3,3 vezes maior de serem transferidos para a UTI”, disse Yang, residente do terceiro ano em medicina familiar no departamento de saúde comunitária e medicina familiar na Universidade da Flórida em Gainesville.

 

Sobre como uma vacina para um vírus totalmente diferente pode oferecer tal proteção, Yang disse que o júri ainda não decidiu. Além disso, o estudo não provou que uma vacina contra a gripe realmente causou a queda do risco de COVID-19 grave, apenas que houve uma associação.

 

“Infelizmente, não sabemos por que a vacina contra a gripe teria esse efeito colateral benéfico”, disse ele. “Nosso estudo não olhou para isso especificamente. [Mas] se olharmos para os estudos científicos disponíveis, podemos adivinhar que a vacina contra a gripe pode aumentar a atividade das células assassinas naturais, um tipo de célula imunológica que tem mostrado ter como alvo o câncer e as células infectado por vírus. ”

 

A vacina contra a gripe também pode estimular o sistema imunológico de um paciente a intensificar e combater o COVID-19 mais rápida e rigorosamente do que antes, acrescentou Yang.

 

Esse ponto foi repetido pelo Dr. Michael Niederman, chefe de divisão associado e diretor clínico de cuidados pulmonares e intensivos do NewYork-Presbyterian / Weill Cornell Medical Center, na cidade de Nova York.

 

“As vacinas contra a gripe podem estimular a imunidade antiviral específica [para a gripe]”, observou ele, “bem como a ‘imunidade inata’ não específica. É este último efeito que pode acabar conferindo proteção adicional contra os resultados mais graves entre os pacientes com COVID “, disse Niederman.

 

“Uma coisa que sabemos é que as vacinas contra a gripe são eficazes na prevenção da gripe”, disse Chi. “E quando uma pessoa está infectada com a gripe, seu sistema imunológico fica enfraquecido. Nessas condições, a pessoa fica mais vulnerável à infecção com COVID-19 e, se infectada, [os resultados] tendem a ser mais graves”.

 

Chi também observou que, “em média, aqueles que tomam vacinas contra a gripe tendem a ser mais cautelosos e se preocupam com sua própria saúde. Essas são as mesmas pessoas que têm maior probabilidade de [adotar] um nível mais alto de práticas de segurança e higiene durante a pandemia “, o que poderia significar que sua futura exposição ao COVID-19 seria a uma” densidade de vírus mais baixa “.

 

Niederman concordou amplamente, sugerindo que aqueles que são vacinados contra a gripe já estão provavelmente em menor risco de adquirir COVID-19.

 

Pessoas que tomam a vacina contra a gripe “também são as mesmas pessoas que provavelmente seguem outros conselhos de cuidados preventivos , como usar máscaras e distanciamento social . É o último que previne o COVID, não a própria vacina contra a gripe”, disse Niederman.

 

Seja qual for a explicação, a última descoberta parece oferecer mais um incentivo para tomar a vacina contra a gripe.

 

Yang disse: “O fato é que o benefício parece existir. Mais estudos serão necessários para verificar qual é o mecanismo por trás do benefício.”

 

Ele e seus colegas relataram suas descobertas online em 29 de outubro no Journal of the American Board of Family Medicine

 

Fonte: WebMD0

 

Fonte: https://www.revistasaberesaude.com/a-vacina-contra-gripe-pode-protege-lo-de-covid-grave/ - Créditos da imagem de capa: @jcomp

quarta-feira, 26 de agosto de 2020

Por estas 9 razões logo teremos uma vacina de Covid-19 disponível

À medida que a primavera se aproxima rapidamente, muitos se perguntam se a corrida por uma vacina [para Covid-19] dará frutos já em janeiro de 2021.

Eu sou um médico-cientista e especialista em doenças infecciosas na Universidade da Virgínia (EUA), onde cuido de pacientes e conduzo pesquisas sobre o COVID-19. Ocasionalmente, sou questionado sobre como posso ter certeza de que os pesquisadores desenvolverão uma vacina bem-sucedida para prevenir o COVID-19. Afinal, ainda não temos uma para o HIV, o vírus que causa a AIDS.

É isto que as pesquisas atuais demonstram, onde acho que estaremos em cinco meses e por que você pode ficar otimista sobre ter uma vacina COVID-19.

1. Sistema imunológico humano cura COVID-19
Em até 99% de todos os casos de COVID-19 , o paciente se recupera da infecção e o vírus é eliminado do corpo.
Alguns dos que tiveram COVID-19 podem apresentar níveis baixos de vírus no corpo por até três meses após a infecção. Mas, na maioria dos casos, esses indivíduos não podem mais transmitir o vírus a outras pessoas 10 dias após ficarem doentes.
Portanto, deveria ser muito mais fácil fazer uma vacina para o novo coronavírus do que para infecções como o HIV, em que o sistema imunológico não consegue curá-lo naturalmente. O SARS-CoV-2 não sofre mutação como o HIV, tornando-o um alvo muito mais fácil para o sistema imunológico subjugar ou para uma vacina controlar.

2. Anticorpos direcionados à proteína espinho evitam a infecção
Uma vacina protegerá, em parte, induzindo a produção de anticorpos contra a proteína espinho na superfície do SARS-CoV-2, o vírus que causa o COVID-19.
Estrutura do coronavírus sars-cov-2
O vírus precisa da proteína espinho para se ligar e entrar nas células humanas para se reproduzir. Pesquisadores demonstraram que anticorpos, como os produzidos pelo sistema imunológico humano, se ligam à proteína espinho, a neutralizam e evitam que o coronavírus infecte células em cultura de laboratório.
Vacinas em testes clínicos demonstraram aumentar os anticorpos anti-espinho que bloqueiam a infecção pelo vírus em células no laboratório.
Pelo menos sete empresas desenvolveram anticorpos monoclonais, anticorpos fabricados em laboratório que reconhecem a proteína espinho. Esses anticorpos estão entrando em ensaios clínicos para testar sua capacidade de prevenir a infecção em pessoas expostas, por exemplo, por meio de um contato domiciliar.
Os anticorpos monoclonais também podem ser eficazes para o tratamento. Durante uma infecção, uma dose desses anticorpos monoclonais pode neutralizar o vírus, dando ao sistema imunológico a chance de recuperar e fabricar seus próprios anticorpos para combater o patógeno.

3. A glicoproteína espinho contém vários alvos
A proteína espinho tem muitos locais onde os anticorpos podem se ligar e neutralizar o vírus. Isso é uma boa notícia porque com tantos pontos vulneráveis, será difícil para o vírus sofrer mutação para evitar uma vacina.
Várias partes do espinho precisariam sofrer mutação para evitar anticorpos neutralizantes anti-espinho. Muitas mutações na proteína espinho mudariam sua estrutura e a tornariam incapaz de se ligar a ACE2, que é a chave para infectar células humanas.

4. Nós sabemos como fazer uma vacina segura
A segurança de uma nova vacina COVID-19 é melhorada pela compreensão dos pesquisadores sobre os potenciais efeitos colaterais da vacina e como evitá-los.
Um efeito colateral visto no passado foi o aumento da infecção dependente de anticorpos. Isso ocorre quando os anticorpos não neutralizam o vírus, mas permitem que ele entre nas células por meio de um receptor destinado aos anticorpos. Os pesquisadores descobriram que, ao imunizar com a proteína espinho, altos níveis de anticorpos neutralizantes podem ser produzidos. Isso diminui o risco de aumento da infecção.
Um segundo problema potencial apresentado por algumas vacinas é uma reação alérgica que causa inflamação no pulmão, como foi visto em indivíduos que receberam uma vacina contra o vírus sincicial respiratório na década de 1960. Isso é perigoso porque a inflamação nas regiões aéreas do pulmão (alvéolos) pode dificultar a respiração. No entanto, os pesquisadores aprenderam agora como criar vacinas para evitar essa resposta alérgica.

5. Várias vacinas para Covid-19 diferentes em desenvolvimento
O governo dos EUA está apoiando o desenvolvimento de várias vacinas diferentes por meio da Operação Warp Speed .
O objetivo da Operação Warp Speed ​​é entregar 300 milhões de doses de uma vacina segura e eficaz até janeiro de 2021.
O governo dos EUA está fazendo um grande investimento, destinando US$ 8 bilhões (44,6 bi de Reais na cotação de hoje) para sete vacinas COVID-19 diferentes.
Ao apoiar várias vacinas COVID-19, o governo [dos EUA] está protegendo suas apostas. Apenas uma dessas vacinas precisa se provar segura e eficaz em ensaios clínicos para que uma vacina COVID-19 seja disponibilizada aos estadunidenses em 2021.

6. Vacinas passando por ensaios de fase I e II
Os ensaios de fase I e fase II testam se uma vacina é segura e induz uma resposta imunológica. Os resultados até agora de três ensaios de vacinas diferentes são promissores, desencadeando a produção de níveis de anticorpos neutralizantes anti-espinho que são duas a quatro vezes maiores do que os observados em pessoas que se recuperaram de COVID-19.
A Moderna , Oxford e a empresa chinesa CanSino demonstraram a segurança de suas vacinas em testes de fase I e fase II.

7. Os ensaios clínicos de Fase III estão em andamento
Durante um ensaio de fase III, a etapa final no processo de desenvolvimento da vacina, a vacina é testada em dezenas de milhares de indivíduos para determinar se ela funciona para prevenir a infecção pelo SARS-CoV-2 e se é segura.
A vacina produzida pela Moderna e NIH e a vacina da Oxford-AstraZeneca começaram os testes de fase III em julho. Outras vacinas COVID-19 começarão a fase III dentro de algumas semanas.

8. Acelerar a produção e implantação de vacinas
A Operação Warp Speed ​​está pagando pela produção de milhões de doses de vacinas e apoiando a fabricação de vacinas em escala industrial, mesmo antes de os pesquisadores terem demonstrado a eficácia e segurança da vacina.
A vantagem dessa estratégia é que, uma vez que uma vacina seja comprovada como segura nos ensaios de fase III, um estoque dela já existirá e poderá ser distribuída imediatamente sem comprometer a avaliação completa de segurança e eficácia.
Esta é uma abordagem mais prudente do que a da Rússia, que está vacinando o público com uma vacina antes que ela se mostre segura e eficaz na fase III.

9. Distribuidores de vacinas estão sendo contratados agora
A McKesson Corp., maior distribuidora de vacinas dos Estados Unidos, já foi contratada pelo CDC para distribuir uma vacina COVID-19 em locais — incluindo clínicas e hospitais — onde a vacina será administrada.
Acredito que seja realista sabermos em algum momento no final de 2020 se algumas vacinas COVID-19 são seguras, exatamente o quão eficazes são e quais devem ser usadas para vacinar a população dos EUA em 2021.
Esse artigo foi publicado originalmente por William Petri, professor de medicina na University of Virginia (EUA) no The Conversation e reproduzido aqui com permissões Creative Commons. Leia o artigo original (em inglês).


quarta-feira, 25 de março de 2020

Gripe: por que os idosos devem tomar a vacina


Embora o coronavírus seja o centro da preocupação, nossa colunista reforça o papel da vacinação na prevenção da gripe entre as pessoas mais velhas

Embora a bola da vez seja o coronavírus, causador da Covid-19, outro vírus preocupa nós, médicos que trabalhamos com os idosos. É o influenza, que está por trás da gripe.

A campanha de vacinação contra a doença em 2020 começa mais cedo, no dia 23 de março, um mês antes do que no ano anterior. Além da apreensão com o coronavírus, há indícios de que o influenza circula mais cedo este ano.

E, assim como estão no grupo de risco para a Covid-19, os idosos sofrem mais as consequências da gripe. A diferença crucial nessa história é que tem vacina contra a gripe.

E por que é indicado tomá-la todos os anos? Se você já se fez essa pergunta, saiba que não está sozinho. Só no Google podemos encontrar mais de 5,4 milhões de resultados relacionados ao questionamento.

Vou dar cinco razões médicas e científicas para os idosos, que estão na primeira chamada da campanha de imunização do Ministério da Saúde, receberem sua dose.

1. O primeiro ponto é que, após estudos e experiências na vida real, a Organização Mundial da Saúde (OMS) considera essa a estratégia mais eficaz para proteger os idosos contra o influenza.

2. Todos os anos, a OMS emite um novo indicativo das cepas de gripe circulantes (em linhas gerais, dos tipos de vírus). A vacina deve ser ajustada periodicamente, porque os vírus da gripe estão constantemente sofrendo mutações. Essa tática permite resguardar a população contra três ou quatro das cepas mais prováveis.

3. Estudos apontam que a vacinação é essencial para prevenir infecções graves, complicações, hospitalizações e mortes decorrentes da gripe. Isso é especialmente importante entre os grupos de alto risco, como os idosos.

4. Há, de forma natural, um declínio imunológico quando envelhecemos. Em decorrência disso, os idosos são mais vulneráveis à gripe e ao desenvolvimento de complicações como pneumonia bacteriana, além dos agravos em condições crônicas como diabetes, insuficiência cardíaca e renal, doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC)… A infecção por influenza pode resultar também no declínio funcional de idosos frágeis.

5. Não é preciso ter medo da imunização. As vacinas contra o influenza contêm vírus mortos, ou seja, eles não podem causar a doença. Geralmente são bem toleradas e seguras em idosos. Eventos adversos graves e clinicamente importantes são raros. As reações comuns à vacina incluem vermelhidão, dor ou inchaço onde foi dada a picada, e elas podem levar de um a dois dias para passar.

O momento ideal para a vacinação é antes que a temperatura baixe, período em que aumenta a circulação do vírus. A gripe é uma doença evitável por meio da vacina. Em tempos de coronavírus, manter o calendário de vacinação em dia é crucial para deixar o corpo protegido.

Fonte: https://saude.abril.com.br/blog/chegue-bem/gripe-por-que-os-idosos-devem-tomar-a-vacina-2/ - Por Dra. Maisa Kairalla - Foto: Getty Images/SAÚDE é Vital

segunda-feira, 23 de abril de 2018

Vacina da gripe 2018: campanha protegerá 9 grupos contra 3 tipos da doença

A campanha de vacinação contra a gripe 2018 começou e protegerá contra três tipos da doença. Oferecida pelo Ministério da Saúde, a imunização é gratuita e visa vacinar 54,4 milhões de pessoas até 1° de junho.


Vacina contra gripe 2018
Até o meio de abril, o Brasil confirmou 392 casos de influenza, sendo que 62 resultaram em morte. Entre eles, 190 casos e 33 mortes foram pelo vírus H1N1 e 93 casos e 15 mortes do H3N2.

A fim de evitar o aumento dos casos, o Ministério da Saúde iniciou nesta segunda-feira (23), a Campanha de Vacinação contra Gripe, que contará com, pelo menos, 25 milhões de doses disponíveis.

A fórmula deste ano protege contra três tipos do vírus: H1N1 e H3N2 e influenza B.

Quem deve tomar a vacina contra gripe?
A campanha tem o objetivo de imunizar prioritariamente nove grupos de pessoas que são consideradas mais vulneráveis a complicações da doença.

Pessoas com mais de 60 anos
Crianças de seis meses a cinco anos
Gestantes e puérperas (até 45 dias após o parto)
Indígenas
Profissionais da área da saúde
Professores da rede pública ou privada
Trabalhadores do sistema prisional
Indivíduos privados de liberdade (como jovens em cumprimento de medidas socioeducativas)
Portadores de doenças que aumentam o risco de complicações pela gripe

Quem está fora do perfil estipulado, mas também quer se vacinar, pode recorrer a clínicas particulares, em que o preço médio varia de R$ 90 a R$ 160.

Etapas
Segundo o Ministério da Saúde, a imunização ocorrerá em etapas, as quais compreendem:

A partir de 23 de abril: vacinação voltada a trabalhadores de saúde, idosos e indígenas;
A partir de 2 de maio: doses liberadas para crianças, gestantes e puérperas;
A partir de 9 de maio: para portadores de doenças crônicas, professores e demais indivíduos pertencentes ao público-alvo.

Quem não pode tomar?
A dose não deve ser aplicada em quem tem histórico de reação a qualquer componente, como alergia severa a ovo e seus derivados.

Quais são as reações da vacina da gripe?
Segundo o Ministério da Saúde, após a aplicação da vacina da gripe 2018 pode surgir dor, vermelhidão e endurecimento no local, consideradas reações raras e que costumam passar em 48 horas.

Quem tomou ano passado deve tomar de novo?
Quem aplicou a vacina da gripe em 2017 deve repetir a dose, já que a imunização dura, em média, um ano e a composição atual foi modificada a fim de evitar com mais eficiência as cepas do vírus.

Dia D da vacina contra gripe 2018
Assim como as edições passadas, a campanha da vacina da gripe 2018 inclui um dia nacional em que diversas unidades fixas e móveis se mobilizam para distribuir as doses.
A data deste ano será 12 de maio e envolverá 65 mil postos de vacinação do País, além de 27 mil veículos terrestres, marítimos e fluviais.