O chocolate pode até ser visto como um
grande vilão das dietas, mas ele oferece muitos benefícios para
o corpo.
“O chocolate ajuda na liberação de serotonina,
hormônio que dá a sensação de bem estar”, explica Leandro Teles, neurologista
membro da Sociedade Brasileira de Neurologia. E os benefícios não param por ai!
Segundo estudos de Ligia Lopes, coordenadora do curso de Nutrição da
Universidade Cruzeiro do Sul, o cacau é rico em inúmeros minerais
essenciais para a saúde, como magnésio, cobre, potássio, manganês e vitaminas.
O doce também possui substâncias antioxidantes e diminui o risco de
doenças cardiovasculares, de câncer, de estresse e depressão.
“A boa notícia é que o chocolate pode ser consumido
diariamente, um pedaço pequeno por dia já é benéfico à saúde”, contou Leandro.
A recomendação é que se consuma apenas 30 g diárias. Uma dica é consumir
chocolate 70% cacau a tarde, quando os níveis de estresse estão mais elevados.
Devorar uma caixa de bombons pode ter o efeito
contrário! Além de fazer mal para a sua saúde, ainda aumenta o peso e o
estresse. Hoje já se encontram no mercado opções de chocolates sem açúcar, sem
glúten, sem cacau, sem lactose, ricos em fibras, com colágeno,
entre outros. Para escolher o seu, a nutricionista Paula Castilho recomenda
optar pelas versões com maior teor de cacau e menos açúcar. As opções com menor
quantidade de gordura saturada e trans também devem ser priorizadas.
“A alfarroba pode ser uma ótima
alternativa ao chocolate. Os produtos feitos com ela são nutritivos, com sabor
de chocolate, mas isentos de lactose, glúten e açúcar, podendo ser consumidos
por quem tem alergia ao leite”, explica a especialista.
“Existem opções de 'chocolate fit', que apresentam
algumas vantagens quando comparadas ao chocolate tradicional. Ele é formulado
sem lactose, além de não sofrer adição de sacarose (açúcar de mesa). Sendo
assim, possui menos calorias que os chocolates tradicionais, causando menor
ganho de peso. Os benefícios atribuídos ao chocolate devem-se principalmente à
presença do cacau em sua composição”, revela a nutricionista Camila Falcão.
BENEFÍCIOS DE CADA TIPO DE CHOCOLATE:
Chocolate ao leite – Possui menos gordura
hidrogenada na composição, porém é mais doce que os outros. Inclui cacau
sólido, manteiga de cacau, mais de 12% de leite e açúcar. Não deve ser
consumido em grandes quantidades, pois é mais calórico e pode causar um aumento
do peso.
Chocolate branco – Produzido a partir de
manteiga de cacau, apresenta poucos benefícios à saúde. Seus componentes
principais são: leite, manteiga de cacau e açúcar. Se gostar desse tipo de
chocolate, procure as versões sem açúcar, sem lactose e sem glúten. A versão
clássica é muito calórica e rica em gorduras.
Chocolate amargo – Para não sabotar a
dieta, o chocolate mais indicado para o consumo é o amargo. Os que possuem 70%
de cacau são os mais saudáveis, além de serem bem menos calóricos e ricos em
flavonoides, que melhoram a circulação. “Fabricado com grãos torrados de
cacau, ele contêm pouco açúcar e não tem acréscimo de leite na composição”,
explica Renata. Há também a versão com 90% cacau, que contém pouco ou nenhum
açúcar. Beneficia o coração, equilibra o colesterol e diminui o estresse.
Possui antioxidantes e previne o envelhecimento precoce. “Já as opções com
percentual menor de cacau, em geral, contêm grandes quantidades de açúcar e
gordura, o que diminui sua qualidade e traz inclusive efeitos contrários aos do
cacau. Portanto, consuma todas as modalidades com moderação”, finaliza a
especialista.
Chocolate meio amargo – “Sua composição é bem
diversificada, conforme a marca do chocolate, mas é comum conter bastante
açúcar, a exemplo do chocolate ao leite, e gordura. No entanto, é uma opção
muito boa para aqueles que não apreciam o sabor forte do extra-amargo e do
amargo”, indica a nutricionista.
Chocolate diet – Não possuem açúcares na
composição, mas podem conter maior teor de gorduras. Dependendo da marca, pode
ser mais calórico do que a versão ao leite. “Outro fator a ser considerado, se
você não é diabético, é que cada vez que sua boca sente o sabor doce, o corpo
inteiro se prepara para receber o açúcar, só que neste caso o açúcar não vai
chegar, então a vontade de comer o chocolate pode só aumentar. É isto o que
acontece com os chocolates que contêm adoçantes. Porém, se ele não tiver
adoçante e nem mesmo açúcar, e ainda for amargo, pode ser considerado”, alerta
a nutricionista.
Chocolate light – Contém menor quantidade de
algum nutriente. No entanto, é preciso ficar atento ao rótulo e comparar com
outras versões.
Chocolate sem glúten – O chocolate puro não contém
glúten naturalmente. Porém, alguns chocolates podem receber o composto ao longo
do processo de fabricação. Ideal para quem tem uma alimentação livre dessa
substância, essa versão do chocolate apresenta garantias de sua ausência.
Chocolate sem lactose – Feitos para pessoas
alérgicas ou intolerantes, essa versão, em geral, tem o leite substituído por
soja ou algum componente isento de lactose.
Chocolate de soja – Fabricados com leite de
soja, normalmente não possuem lactose. Porém, é preciso ter cuidado, já que
algumas pessoas podem apresentar alergia à soja.
Chocolate protéico – A versão com Whey
Protein sacia o apetite, em comparação aos tradicionais, e incrementa o
aporte protéico do dia. Ajuda a tonificar a musculatura. “Mas, cuidado! Muitas
vezes eles têm uma quantidade grande de gorduras, o que acaba anulando seus
efeitos positivos. Por isto, fique atento sempre ao rótulo dos chocolates”,
explica Renata.
Alfaborra – “Não é chocolate, apesar de seu
gosto e aparência serem iguais! É utilizado como substituto do cacau. Os
produtos feitos com alfarroba normalmente não possuem glúten, lactose e
cafeína, e são ricos em vitaminas e minerais”, afirma a especialista.
*Especialistas consultados: Paula Castilho,
nutricionista; Leandro Teles, neurologista menbro da Sociedade Brasileira de
Neurologia; Ligia Lopes, coordenadora do curso de Nutrição da Universidade
Cruzeiro do Sul; Elaine Moreira, nutricionista consultora Linea Sucralose;
Camila Falcão, nutricionista da MS confeitaria Fit.