sexta-feira, 9 de dezembro de 2016

5 dicas rápidas para aumentar a energia neste final de ano

Todo fim do ano é igual: confraternizações profissionais, reencontros com amigos, reuniões familiares. Para ajudar a aguentar o período de festas, há 5 dicas rápidas e fáceis.
   
1- Água
O corpo humano é formado por 70% de água! A desidratação está associada ao cansaço crônico, a problemas capilares e de pele, a insônia e até ao envelhecimento precoce. Sem falar que prejudica o bom funcionamento de diversos órgãos, como rins e intestino.

2- Sono
Durante o sono, nosso organismo fortalece o sistema imunológico, produz hormônios e faz a consolidação da memória. A privação do sono, além de levar ao desenvolvimento de doenças cardiovasculares, como a hipertensão arterial, também eleva o nível de estresse e cansaço do indivíduo.



3- Atividade física
Além de controlar e prevenir o surgimento de diversas doenças como hipertensão arterial, diabetes e obesidade, os exercícios também diminuem o estresse e aumentam a disposição e a sensação de bem-estar, por liberarem hormônios como a endorfina e a serotonina.



4- Alimentação saudável
Os alimentos são fonte de força e energia e, por isso, uma alimentação balanceada de proteínas, gorduras e carboidratos é fundamental. As proteínas aumentam nosso sistema imunológico. Os carboidratos são excelentes fontes de energia, assim como as gorduras (na medida certa), que também ajudam no transporte de vitaminas na corrente sanguínea.

5- Evite o estresse
O estresse eleva a produção de hormônios como adrenalina e cortisol, que favorecem o surgimento de doenças cardiovasculares. Além disso, enfraquece o sistema imunológico, tornando o indivíduo mais suscetível a infecções.




quinta-feira, 8 de dezembro de 2016

Qual é a melhor escola para seu filho?

A educação é a base para a formação de todos os seres humanos e ela deve ser ancorada na família e na escola.

     Final de ano, e uma das tarefas que os pais terão que enfrentar é a escolha da escola a qual o filho vai estudar em 2017. Escolher a escola que o filho vai estudar é uma decisão difícil para os pais, pois, dependendo da situação financeira, terão que decidir matriculá-lo na escola pública ou particular, porque podem existir diferenças não apenas na cobrança de mensalidades, mas também na estrutura física e no projeto pedagógico.

     A escola particular, principalmente, bombardeia os pais com propagandas na televisão, rádio, internet, mídias sociais, jornais, carro de som e outdoors tentando convencê-los de que é a melhor opção com relação a aprovação dos alunos no ENEM para adentrar a universidade, além da infraestrutura e projeto pedagógico. Os pais, então, ficam com dúvidas de qual é a melhor escola para seu filho.

     Os pais devem estar atentos para escolher a melhor escola a matricular seu filho. Deve-se procurar informações, visitar a mesma para conhecê-la, conversar com os diretores e coordenadores para tirar as dúvidas e observar criteriosamente se ela tem:

- História e tradição na cidade; propostas pedagógicas voltadas para a formação integral dos alunos, preparando-os para a faculdade da vida; boa aprovação nos vestibulares; mensalidade compatível com o que oferece, se ela for particular.
- Boa localização com acesso facilitado; salas de aula amplas; bom espaço físico para os alunos passarem o recreio e com parque para as crianças da educação infantil; cantina que ofereça alimentos saudáveis; quadra ou ginásio de esporte para a realização das aulas de educação física; piscina; biblioteca com acervo atualizado de livros, revistas e jornais; acesso a internet;  equipamentos de segurança; acessibilidade ao espaço escolar para pessoas com deficiência física;  laboratórios de informática e ciências; auditório amplo para o desenvolvimento de atividades culturais, eventos sociais e reuniões.
- Atividades culturais que desenvolvam as diversas linguagens do ser humano; passeios e atividades fora da escola; aulas de educação física regulares; jogos internos e se participa de eventos esportivos.
- Professores e coordenadores qualificados e bem remunerados, envolvidos com o processo educativo e que desenvolvam o trabalho com satisfação.

     Os pais devem ser bastante criteriosos e exigentes em relação à escola que seu filho vai estudar, seja ela pública ou particular, porque ambas devem ter o compromisso com a educação e oferecer o que for de melhor para o aluno.

     Escolhida a escola, faça a matrícula e no decorrer do ano letivo converse com seu filho para saber o grau de satisfação dele com o ensino, quanto maior for ela estará correspondendo.

     Visite sempre a escola, participe das reuniões de pais e mestres e dos eventos realizados pela mesma. Avalie até o final do ano se ela está proporcionando tudo o que prometeu fazer em prol da educação do seu filho, e você terá a resposta se esta é a melhor escola.

     Seja qual for a escola que os pais escolham, é imprescindível o acompanhamento, presença, participação, envolvimento e comprometimento deles na educação do filho em parceria com a mesma. A educação deve começar em casa através de exemplos, cobranças e atitudes pautadas na responsabilidade em querer o melhor para o filho, ressaltando que “seu destino como ser humano está ancorado nas maiores ou menores possibilidades que a família lhe abre”.

José Costa
Professor de Educação Física                                               

CREF 000245-G/SE

quarta-feira, 7 de dezembro de 2016

Nenhum jovem quer virar professor no Brasil, mostra exame da OCDE

O que você quer ser quando tiver 30 anos?

A pergunta foi feita pela OCDE aos jovens de 15 anos avaliados, no ano passado, no Pisa, exame aplicado a cada três anos que busca medir a qualidade da educação nos países.

Uma parcela expressiva dos adolescentes brasileiros demonstrou interesse em trabalhar na área científica: 38,8% contra 24,5% do total na média das nações desenvolvidas.

Em 2006, o percentual de adolescentes brasileiros que queria seguir carreira em ciências era de 33,5%.

O interesse elevado e crescente de nossos jovens por ciências, no entanto, não teve nenhum efeito sobre seu desempenho na área.

O conhecimento dos nossos alunos em ciências está simplesmente estagnado há uma década. O mesmo ocorre com sua aprendizagem em leitura: parada desde 2000.

Em matemática, depois de uma evolução significativa entre 2003 e 2012, voltamos a estacionar.

Se a explicação para nosso fracasso educacional não está no interesse de nossos alunos por temas relevantes para o mundo atual como ciências, onde se encontrará?

Na trajetória de nossos gastos, talvez? Esse indicador é, afinal, muitas vezes citado como solução para todos os males educacionais.

A resposta, no entanto, tampouco parece estar aí.

O investimento brasileiro por aluno de 6 a 15 anos equivalia a 32% da média dos países ricos da OCDE em 2012. Em três anos, essa fatia saltou para 42%. O Chile com gastos quase iguais ao nossos tem desempenho acadêmico muito melhor.

Podemos procurar uma pista para a estagnação brasileira na diferença de desempenho entre nossos alunos pobres e ricos. Mas a busca também não nos leva longe.

Essa desigualdade existe, obviamente, e é enorme. Sua capacidade de explicar a trajetória das notas dos nossos alunos, porém, tem decrescido.

O nível socioeconômico dos alunos brasileiros respondia por 17% de seu desempenho em ciências em 2006. Em 2015, passou a ser responsável por 12,5% do resultado.

São outras questões relacionadas à qualidade do ensino, portanto, que elucidam a falta de progresso educacional dos adolescentes brasileiros.

A formação dos nossos professores pode ser uma delas. O percentual de docentes de ciências com graduação na área era de apenas 33% no Brasil contra 73,8% na média dos países ricos, em 2015.

Isso ajuda a entender porque 17% dos brasileiros de 15 anos dizem que seus professores nunca explicam ideias científicas nas aulas dessa disciplina. Nos países desenvolvidos, essa parcela cai para 11%. E, na Finlândia, uma superpotência educacional, é de apenas 5,7%.

Indicadores como esses contribuem para a compreensão de um dos dados mais chocantes das inúmeras tabelas divulgados pela OCDE nesta terça-feira (dia 6). No Brasil, muitos jovens querem trabalhar como engenheiros, médicos e arquitetos.

A parcela dos alunos brasileiros de 15 anos que declara interesse pelo magistério, porém, é zero, como mostra a tabela abaixo.


ofissional de esportes
20
Engenheiro
7,5
Arquiteto/designer
24,8
Médico
7
Profissional de saúde
0
Professor (secundário)
0
Professor (primário)
1,6
Desenvolvedor de softwares
17,90
Profissional do Direito
7
Profissional social ou religioso
1,20
Escritor/jornalista/linguista
4
Artista
8,8
Profissional de esportes
Essa informação oferece a dimensão do nosso enorme desafio educacional. Como melhorar a qualidade da educação se absolutamente ninguém quer ensinar?

Como mostrou a coluna de quatro semanas atrás, países que conseguiram saltos educacionais expressivos como a Finlândia começaram adotando medidas para melhorar a formação de seus docentes e aumentar a atratividade da carreira.

Sem passos significativos nessa direção, perigamos continuar estagnados por mais três anos.


10 alimentos que não podem faltar no prato das crianças

Variedade é muito importante, mas com esses itens a chance de errar nas refeições é bem menor

A alimentação é importantíssima para o crescimento das crianças e quanto mais nutrientes, melhor! "Entre os nutrientes mais importantes nessa fase estão os carboidratos, proteínas, vitaminas A e C, ferro, zinco e cálcio", explica a nutricionista Helen Lopes, especializada em nutrição na infância e adolescência pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

No entanto, por mais que a variedade seja a chave, alguns alimentos sozinhos podem garantir esses nutrientes e são indispensáveis no cardápio dos pequenos. Conversamos com especialistas para entender quais são eles. Confira a lista abaixo:

Ovo
O ovo é uma ótima fonte de gorduras e proteínas. Na clara estão proteínas como a albumina, muito usada por atletas para o crescimento muscular. Já a gema tem diversas vitaminas lipossolúveis, como a A e um pouco de vitamina D e K.
Essa parte do ovo também é rica em colina, "um nutriente muito relacionado ao desenvolvimento das estruturas do cérebro, por participar da formação do neurotransmissor acetilcolina, que ajuda na transmissão de impulsos nervosos", explica Clarissa Fujiwara, coordenadora de Nutrição da Liga de Obesidade Infantil do Hospital das Clínicas (HC-FMUSP).

Arroz e feijão
Esse combo é importante para a saúde em qualquer idade, principalmente na infância. "Há um equilíbrio nessa mistura, uma vez que o arroz é deficiente no aminoácido lisina e possui metionina, e o feijão é justamente o contrário", explica a nutricionista Paula Crook, membro da PB Consultoria em Nutrição e especialista em nutrição infantil.
Além disso, separadamente cada um deles traz características complementares: enquanto o arroz é uma ótima fonte de energia, o feijão traz proteínas e fibras. Tanto que mesmo quando você consome o arroz branco com a leguminosa, a absorção dos carboidratos na refeição se torna mais lenta, portanto, mais saudável.

Banana
A banana é uma das frutas mais bem aceitas entre as crianças e traz diversas características positivas para a saúde. Como enumera a nutricionista Alessandra Coelho, especialista em Nutrição Enteral e Parenteral (SBNPE), ela é rica em magnésio, potássio, vitaminas do complexo B e triptofano, que ajudam na saúde dos ossos, músculos, sistema nervoso e cardiovascular e na manutenção do bom humor.
Além disso, a fruta pode ajudar na escola! "Estudos recentes revelam que as crianças que comem banana de manhã mantêm um bom nível de atenção durante o dia", considera Helen Lopes. Portanto, vale a pena investir na fruta.

Abacate
O abacate costuma ser mal visto por causa da alta quantidade de gorduras. No entanto, é aí que está seu maior trunfo nutricional.
"A fruta contém gorduras monoinsaturadas, essenciais para o bom desenvolvimento do sistema nervoso central do bebê e para controlar o nível do colesterol", reforça Helen. O abacate não é a única fonte desse tipo de gordura, que também está presente no azeite e nas oleaginosas.
Para uma melhor aceitação, o abacate pode ser misturado com outras frutas em vitaminas, como a manga ou a banana.

Laranja
A laranja é uma das fontes mais conhecidas de vitamina C. "Essa vitamina é importante para a cicatrização, na formação dos ossos e do colágeno e ajuda na absorção do ferro", explica Clarissa Fujiwara.
Mas não é só desse nutriente que ela é composta: o bagaço da fruta é rico em fibras, que ajudam na saciedade e também alimentam as bactérias do intestino.
Outras frutas ricas nessa combinação são mexerica, mamão, acerola, limão, morango e outras frutas vermelhas, kiwi, abacaxi e maracujá.

Cenoura
A cor alaranjada da cenoura sinaliza que ela é um alimento rico em carotenoides. "Esses nutrientes são precursores da vitamina A, uma potente antioxidante que ajuda na saúde dos olhos e da pele", afirma a nutricionista Dyandra Loureiro, pós-graduada em nutrição pediátrica, escolar e na adolescência pela Universidade Gama Filho.
A cenoura também é rica em fibras e em potássio, sendo interessante para crianças em fase de crescimento. Além disso, ela é mais fácil de ser consumida por causa do gosto adocicado.

Brócolis
Nem sempre o brócolis é bem aceito pelas crianças. No entanto, ele possui diversos nutrientes importantes e vale a pena insistir que o pequeno prove o alimento.
"A verdura é uma boa fonte de vitamina C, carotenos e folato. Também apresenta boas quantidades de proteína, cálcio, ferro e alto teor de fibras", explica Paula Crook.
O ideal é apresenta-lo às crianças de formas diferentes, aproveitando seu formato em flor para montar pratos mais lúdicos. "Dá para inseri-lo em preparações que a criança goste, como tortas, preparado com o arroz ou até cozido com a carne", enumera Clarissa.

Oleaginosas
Aqui estamos falando de um grupo, mas que normalmente é oferecido em conjunto às crianças através de um mix com castanhas, nozes, amêndoas e outras. A vantagem desses alimentos é que são ricos em ácidos graxos insaturados.
"Eles têm alta concentração de ômega 3, 6 e 9, gorduras boas para o desenvolvimento cerebral e para dar mais energia aos pequenos", explica Helen.
Além disso, é muito fácil oferecê-los em lanches para crianças. Sua consistência crocante ajuda a torná-los mais aceitáveis. Só cuidado para não oferecer versões prontas e ricas em sódio!

Carne
Esse alimento é mais polêmico, mas traz uma série de benefícios para as crianças. As carnes, sejam de boi, porco, frango ou peixe, são ricas em proteínas, ferro, zinco e vitaminas do complexo B.
"A vitamina B12 é importante para o desenvolvimento cognitivo e neurológico. Já o ferro da carne é mais bem absorvido pelo corpo", explica Clarissa.

Disfarçar alimentos faz bem para a criança?
Para famílias que não consomem carne, existem opções para repor esses nutrientes em outros alimentos. Enquanto os ovo-lacto-vegetarianos podem consumir proteínas provenientes de leite, ovos e queijos, outros grupos de vegetarianos podem ter mais dificuldade por não ingerir esses alimentos.
Mas é possível contornar a situação: "As leguminosas são ricas em proteínas vegetais: não só a soja, como o feijão, a lentilha, o grão de bico, entre outras", considera a especialista, indicando as possíveis substituições.


terça-feira, 6 de dezembro de 2016

Comida para dormir melhor

Acredite: a diferença entre um sono restaurador ou desastroso pode estar dentro do seu prato

Nas últimas décadas, estudos vêm mostrando que um sono ruim está implicado em quatro das sete maiores causas de morte no mundo. Quem dorme mal corre maior risco de encarar doenças cardíacas, diabete, obesidade, derrame e acidentes em geral. É um problemão atrás do outro. Logo, os profissionais de saúde têm se esforçado para identificar o que, afinal, deixa as pessoas e o colchão em pé de guerra.

E eles já desvendaram que um dos motivos desse embate não tem nada a ver com o quarto. Fica, na verdade, na cozinha. “A alimentação é um potente sincronizador do relógio biológico”, afirma a neurocientista Adriana Ximenes, da Universidade Federal de Alagoas. A professora se refere à complexa engrenagem que regula o funcionamento do organismo e orienta nossas horas de atividade e descanso.

Uma das pesquisas mais quentes sobre esse tema foi realizada por profissionais das universidades Harvard e do Estado da Pensilvânia, ambas nos Estados Unidos. Ao cruzarem os dados a respeito da dieta e dos hábitos noturnos de mais de 15 mil homens entre 58 e 93 anos, os estudiosos perceberam que aqueles que afirmavam penar para pegar no sono, dormiam pouco (menos de cinco horas) ou se sentiam preguiçosos no dia seguinte – sinal de que não descansavam direito – apresentavam uma alimentação mais calórica e menos variada.

Para piorar, eles não só abusavam de gorduras trans e sódio como quase não comiam verduras, legumes e frutas. Um combo nada bacana para a saúde em geral – e, aparentemente, fatal para o sono.

Outro trabalho, este da Universidade de Adelaide, na Austrália, alimenta essa relação. A análise, publicada na revista científica Nutrients, avaliou o padrão alimentar de 1 800 homens de 35 a 80 anos por 12 meses. Os cientistas descobriram que quem consumia alimentos ricos em gordura era mais propenso a sofrer para apagar na cama, a ficar sonolento ao longo do dia e a desenvolver apneia do sono, distúrbio marcado por roncos, engasgos e interrupções temporárias na passagem de ar enquanto se dorme. O convívio com a apneia é, aliás, um caso digno de nota.

“Quem tem o problema nunca chega à fase REM do sono”, conta a biomédica Lenise Kim, da Universidade Federal de São Paulo. É nesse estágio – a sigla REM vem do inglês e significa “movimento rápido dos olhos” – que ocorrem os sonhos, e o corpo se encarrega de reparar funções como memória e metabolismo. Resumindo: quem não chega lá não descansa direito e fica refém, com o tempo, de encrencas da pesada. “Em longo prazo, o indivíduo passa a ter problemas cognitivos, dificuldades de atenção no dia seguinte, ganho de peso e resistência à insulina”, exemplifica Lenise.

E não pense que é coincidência a gordura surgir como inimiga das noites tranquilas em todos esses estudos. Parece que ela destrambelha o sono pra valer. “A ingestão excessiva durante a noite dificulta o esvaziamento gástrico, e a digestão fica mais lenta”, esclarece a nutricionista Patrícia Nehme, da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (USP). Nessa situação, quem disse que dá para repousar a cabeça no travesseiro numa boa?

Como se não bastasse, o ingrediente ainda interfere diretamente no ritmo circadiano – o tal do relógio biológico -, afetando a produção de hormônios e a liberação de neurotransmissores, mensageiros químicos essenciais às células nervosas. Toda essa rede trabalha seguindo uma rigorosa escala ao longo das 24 horas.

“Só que as gorduras geram mais calor durante o seu processamento pelo corpo, o que eleva a nossa temperatura”, informa Patrícia. Nesse contexto, o hipotálamo, região do cérebro que responde pela regulação térmica, concentra-se em apagar o incêndio. Em meio a essa balbúrdia, ele acaba se descuidando de outra função, que é reger alguns hormônios que influenciam o sono. Aí é o repouso noturno, coitado, que paga o pato.

Uma das substâncias que ficam em níveis desajustados por causa da enxurrada de gordura da comida é o cortisol, o hormônio do estresse. Quando deveria estar mais contido para o corpo relaxar, ele passa a circular livre e desimpedido – bye-bye, sono! Outros hormônios também se metem na história.

A leptina, que dá o sinal de saciedade, e a grelina, que ativa o apetite, dão uma descompensada. O pico de produção da primeira é durante a noite e nas primeiras horas da manhã. Se o indivíduo não dorme, porém, tem menos leptina disponível – e uma fome totalmente fora de hora. A grelina, por outro lado, deveria ser liberada no decorrer do dia, mas continua agindo mesmo depois de o sol se pôr. “Quando isso acontece, a pessoa não só come mais como dá preferência a alimentos hipercalóricos”, revela Lenise. Ou seja, além de parecer um zumbi, o indivíduo fica guloso.

Aí é fácil entender por que a dieta dessa turma tende a ser composta por refeições rápidas e industrializadas, doces e salgadinhos. Esses itens são devorados com a finalidade de inconscientemente aliviar o estresse e as alterações de humor típicas dos insones ou de quem não dorme o suficiente. “Estudos mostram que, após uma noite em claro, a atividade em certas regiões do cérebro aumenta quando vemos fotos de comida, o que pode nos predispor a comer demais”, relata o médico Michael Grandner, diretor do Programa em Pesquisa sobre Saúde e Sono da Universidade do Arizona, nos Estados Unidos.

Agora, não é porque gordura de monte dificulta o pregar dos olhos que você deve sair por aí enxugando o prato drasticamente. Segundo Grandner, quem faz regime para emagrecer também acaba rodopiando sob os lençóis. “Quando a dieta muda radicalmente, o corpo pode ter dificuldade de se adaptar, o que contribui para a ocorrência de distúrbios do sono”, afirma. Ele lembra ainda que cardápios restritivos causam estresse, outro rival do sossego noturno.

Grandner é um dos responsáveis por um estudo recente que reforça o seguinte: se a má alimentação atrapalha, ter bons hábitos à mesa (sem cortes bruscos) faz toda a diferença. Na pesquisa, feita com mais de 5 mil pessoas, ele inclusive descobriu uma ligação entre a qualidade do descanso e a predileção por certos nutrientes. Para ter ideia, o selênio, mineral abundante nas castanhas, não costuma frequentar o prato de quem fica a madrugada acordado. Assim como o licopeno do tomate e a vitamina C da laranja, dois antioxidantes poderosos. O trio, não por acaso, tem papel direto em certos mecanismos envolvidos no sono. Na contramão, o que nunca faltava no menu dos insones era o ácido hexadecanoico, uma gordura saturada presente nos óleos vegetais, na manteiga e nos queijos amarelos.

Apesar de tantas evidências, os cientistas avisam que essa é uma área nova e cheia de mistérios – portanto, mais pesquisas precisam ser feitas antes de chegarmos à dieta anti-insônia completa. Ainda não é possível cravar que os resultados de estudos com homens valem para as mulheres, por exemplo. Outra questão nebulosa tem a ver com os carboidratos. Há suspeita de que os complexos, que demoram mais para serem absorvidos pelo organismo, não prejudicam o sono como os simples, digeridos rapidinho. Se a informação for confirmada, é mais um belo motivo para trocar o arroz branco pelo integral no jantar.

Mas se tem algo que pode ser dito com segurança é que, a despeito do alimento escolhido, empanturrar-se antes de pular na cama é um erro. “Comer duas horas antes seria o ideal considerando o tempo de digestão”, ensina a nutricionista Milana Dan, da Associação Brasileira do Sono. Outra dica: o melhor mesmo é caprichar nas primeiras refeições do dia. “Pesquisas sugerem que quem ingere mais calorias pela manhã come menos à noite”, diz Patrícia, da USP. Para começar a selar a paz com o travesseiro, é você quem precisa tomar a iniciativa à mesa.

Corpo pesado, sono leve

Novas pesquisas confirmam que os quilos extras abalam a qualidade do sono. Mais grave ainda: sabe-se que a obesidade é um fator de risco para a apneia. Tudo leva a crer que os depósitos de gordura na barriga e no pescoço prejudicam o entra e sai de ar na madrugada. “Ao dormir mal, a pessoa acima do peso fica tentada a consumir mais alimentos calóricos depois, gerando um círculo vicioso”, alerta a biomédica Lenise Kim, da Universidade Federal de São Paulo.

Promotores do descanso

Conheça os nutrientes que fazem o sono chegar

Vitamina C
Ajuda a controlar os níveis do cortisol, hormônio do estresse. Está em frutas como laranja, acerola, caju e limão.

Licopeno
No corpo, ele vira retinol, um ativador da melatonina, hormônio indutor do sono. Goiaba, mamão e tomate são boas fontes.

Selênio
Sem ele, a tireoide, também envolvida com o sono, não trabalha bem. Uma castanha-do-pará oferta a dose ideal.

Triptofano
Abundante na clara do ovo, participa da produção de serotonina, substância indispensável ao pregar dos olhos.

Regras da refeição noturna

    Evite certos alimentos pouco antes de dormir.
    Além dos gordurosos, convém ficar longe dos ricos em sódio, que dão sede, e dos que contêm cafeína, muito estimulantes.
    Por outro lado, priorize alguns itens.
    É o caso daqueles que têm triptofano, como a aveia e o leite. Que tal um copo quente antes de deitar?
    Há horário-limite para jantar.
    Os especialistas dizem que o correto é realizar a última refeição duas horas antes de dormir.
    Tenha cuidado com as bebidas alcoólicas.
    Para algumas pessoas, uma lata de cerveja ou taça de vinho todo dia pode prejudicar o sono após algumas semanas.
    Não abuse dos líquidos durante a noite.
    O motivo é simples: a bexiga não dorme. Aí, quando está cheia, vai despertá-lo para fazer xixi.


segunda-feira, 5 de dezembro de 2016

Aposte nestas 7 dicas para proteger o cabelo no verão

Você não quer se despedir do verão com o cabelo maltratado, né? Então, para encarar a estação com os fios cheios de saúde, aposte nestas dicas!

É sempre assim: curtimos o verão como se não houvesse amanhã – praia, mar, piscina, sol... O problema é que, passada essa estação, o brilho e a saúde do nosso cabelo não fica nem para contar história. Então, melhor do que correr atrás do prejuízo para devolver a vida aos fios após a temporada de calor, é poupá-los das agressões desta época e mantê-los sempre lindos!

Abaixo, a hairstylist Gisele Quintino, especialista em colorimetria e técnica master da marca de cosméticos profissionais TRUSS, listou 7 dicas indispensáveis para você proteger o cabelo no verão. Anota aí!

1. Aplicar sempre um bom shampoo com proteção UV.

2. Ter em casa uma linha de manutenção, com protetor, shampoo, condicionador e máscara.

3. Fazer uma hidratação semanal com ampolas, para garantir a disciplina do cabelo.

4. Aparar as pontas quando necessário.

5. Lavar o cabelo depois que sair do mar ou piscina.

6. Passar sempre um ‘leave in’ para nutrição, intercalando com produtos para os dias de sol.

7. Usar chapéu ou lenço para proteger os fios e fazer um penteado legal e disfarçar os fios rebeldes.


domingo, 4 de dezembro de 2016

Suplementos alimentares: Você precisa deles?

Se você adotar uma dieta saudável, não irá precisar suplementá-la com produtos industrializados ou farmacêuticos.

Moda dos suplementos

O mercado de suplementos alimentares vem crescendo até 25% ao ano no Brasil, com a demanda aumentando principalmente entre as pessoas que praticam exercícios físicos e que desejam resultados rápidos na perda de peso ou ganho de massa muscular.

Mas, mesmo que se ouça falar muito a respeito desses produtos, nem sempre o uso desses suplementos é necessário e, se consumidos inadequadamente, podem acabar não tendo efeito nenhum, ou fazendo mal para a saúde.

A principal função dos suplementos está em seu nome: suplementar, ou seja, complementar algum nutriente que esteja faltando na nossa dieta. Existem no mercado diversos tipos de suplementos, como aqueles que fornecem carboidratos e proteínas, vitaminas e minerais.

Entretanto, estes mesmos nutrientes estão presentes em alimentos naturais, que podem facilmente suprir a necessidade do corpo. Assim, o uso de suplementos alimentares só é cabível quando a alimentação estiver insuficiente para algum nutriente, o que pode ser diagnosticado através de um exame de sangue, ou mesmo por sinais e sintomas externos.

Tomar suplementos alimentares pode ser faca de dois gumes

Dinheiro e saúde jogados fora

Os suplementos ingeridos sem que o corpo esteja precisando deles vão acabar eliminados do organismo - dinheiro jogado fora, literalmente.

Mas o uso irregular ou exagerado pode acarretar sobrecargas hepática (fígado) e renal (rim), uma vez que esses órgãos precisam fazer um trabalho adicional para processar o que foi ingerido.

Sobretudo os chamados termogênicos, normalmente à base de cafeína, precisam de uma atenção especial   de um cuidado maior, já que podem causar taquicardia, mal-estar e até mesmo disfunções na tireoide.

O problema é ainda mais sério quando uma pessoa sedentária começa a praticar atividades físicas sem um ajuste da dieta. Ela pode estar com uma alimentação calórica, acima das necessidades físicas - ao começar a ingerir suplementos, ela pode até mesmo engordar.

Em todos os casos, uma consulta prévia a um médico ou nutricionista pode garantir resultados melhores, mais rápidos e, principalmente, com mais segurança para a saúde.


Fonte: http://www.diariodasaude.com.br/news.php?article=suplementos-alimentares-voce-precisa-deles&id=11734&nl=nlds - Com informações do Ministério da Saúde - Imagem: Peggy Greb/USDA ARS/Wikimedia

sábado, 3 de dezembro de 2016

Conheça os alimentos que vão bombar no verão

Existem alguns alimentos que são imprescindíveis ao corpo durante o verão, por causa da incidência solar na pele e porque é preciso fortalecer o processo proteico. Saiba quais são eles!

A mudança de estação faz com que nosso corpo peça diferentes tipos de nutrientes. E é claro que isso também acontece no verão. As altas temperaturas desta temporada exigem muito mais do organismo.

O cardápio para esta época deve incluir ingredientes ricos em proteínas, que sejam benéficos para a pele e que ajudem na hidratação do corpo, por causa da incidência solar na pele e porque é preciso fortalecer o processo proteico.

A seguir, a nutricionista comportamental Patrícia Cruz listou quais alimentos vão bombar no verão:

Cenoura
Fonte de vitamina A, betacaroteno é um aliado a saúde da pele, que fica tão exposta nesse período. A nutricionista, Patrícia Cruz, afirma: “a cenoura é bem vinda crua, cozida ou na forma de salada, sopa fria”.

Peixes
São fontes de proteínas de fácil digestão e exigem preparo que leva pouca gordura que é outra dica importante para essa época do ano. Segundo a especialista, “os peixes grelhados ou assados devem ser acompanhados com saladas e arroz integral no almoço e jantar”.

Frutas ricas em água
Como, por exemplo, abacaxi, melancia e maracujá, além de refrescantes, são pouco calóricos, ricas em vitaminas e minerais. Ideal para quem deseja manter a forma. “Consuma as frutas de preferência em pedaços mastigando sempre, dessa forma terá maior benefícios das fibras e saciedade”, ressalta a nutricionista.

Chá verde
Rico em catequinas auxilia na hidratação e evita o inchaço. A Patrícia Cruz aconselha: “consuma o chá verde quente ou gelado ao longo do dia”.

Chia
Fonte de ômega 3, auxilia no combate da celulite e também no bom funcionamento intestinal, por ser fonte de fibras, deixa a barriga sequinha. Patrícia explica que “a chia é bem versátil na sua utilização e pode ser usada em saladas de folhas, frutas e em pães”.


sexta-feira, 2 de dezembro de 2016

Praticar exercícios intensos te mantém saciada por mais tempo. Entenda!

Se você pensou que praticar exercícios intensos abria o apetite, você está enganada! Entenda como é possível que a atividade física de mantenha saciada por mais tempo!

Entenda como a atividade física pode te manter saciada por mais tempo

De cara, parece óbvio que praticar exercícios intensos abre o apetite, certo? No entanto, uma pesquisa realizada pela Loughborough University, na Inglaterra, contraria essa ideia. No trabalho, mulheres que correram 90 minutos a 70% do seu limite aeróbico ficaram saciadas mais rapidamente com uma refeição servida pelos pesquisadores do que o grupo de voluntárias que não se movimentou.

Os testes comprovaram níveis menores de grelina (hormônio relacionado à fome) e maiores de peptídeo YY (ligado à saciedade) nas corredoras. “Não há evidências de que o mesmo se aplica a exercício em intensidade mais leve”, diz Fellipe Savioli, médico do esporte, de São Paulo.

Vale lembrar que colocar o corpo em movimento também é uma ótima maneira de combater a ansiedade e o estresse e de diminuir as chances de desequilíbrios hormonais, gatilhos para a fome física e emocional.


Fonte: http://corpoacorpo.uol.com.br/dieta/nutricao/praticar-exercicios-intensos-te-mantem-saciada-por-mais-tempo-entenda/10874 - Texto Vand Vieira | Adaptação Ana Paula Ferreira - Foto Shutterstock

8 razões para dormir pelada todos os dias

Faz bem para a saúde e para a autoestima.

Dormir bem é essencial para a saúde física e mental. E para a noite de sono perfeita, alguns preparativos são necessários: os alimentos certos, o ambiente completamente escuro e, bem, ir para a cama sem roupas!

Sim, é científico e traz váaarios benefícios.

1. Você vai dormir melhor.
Nosso corpo é uma coisa muito louca e tem suas peculiaridades. Uma delas é que a temperatura dele precisa cair cerca de meio grau para você, de fato, cair no sono e dormir com qualidade. Portanto, quando você resolve usar aquele pijama lindo e quentinho pode estar atrapalhando esse processo biológico. E não somente isso, quando o corpo está muito quente, você ainda pode prejudicar a liberação de dois dos principais hormônios anti-idade, a melatonina e o do crescimento. Conforto é tudo!

2. Além de ser ótimo para sua saúde.
Vamos lá: o seu corpo passou o dia inteiro coberto e, em muitos casos, com roupas muito justas. Ao dormir pelada você dá oportunidade para ele respirar. E o que significa um corpo arejado? Menos umidade e chances de proliferação de bactérias e fungos. Sua vagina agradece!

3. Se essa é sua intenção, pode ajudar você a emagrecer.
O nosso corpo é um trabalhador incansável e metódico que DETESTA ser interrompido. Quando a temperatura do corpo baixa durante o sono, isso faz com que aumentem os níveis de hormônio do crescimento, essencial para fortalecimento da musculatura e reparo tecidual, ao mesmo tempo que facilita a queda do cortisol, um dos vilões do aumento de peso.
Quando você dorme mal (exemplo: usa roupas desconfortáveis) ou não tem horas de sono suficientes, você, provavelmente, vai acordar com níveis anormais de cortisol, fazendo o seu apetite aumentar e diminuindo a imunidade, além de elevar a pressão sanguínea e o colesterol.

4. E é muito mais fácil dormir pelada.
Já pensou em nunca mais precisar comprar pijamas, por exemplo? Além disso, seriam menos roupas para ter que se preocupar em lavar. É uma situação que você só ganha: mais conforto e muito menos trabalho.

5. E confortável.
Mais liberdade = menos chances de ter o sono interrompido.

6. Pode acelarar sua vida sexual.
Em primeiro lugar, vamos lá, você está pelada do lado de uma pessoa que você gosta, logo as chances do sexo aconteceram serão bem mais altas do que se você estiver, por exemplo, usando um pijama. Em segundo, é científico: o contato pele com pele facilita a liberação pelo cérebro de oxitocina, o chamado hormônio do amor. Sozinho, ele faz com que diminuam os níveis de cortisona, além de aumentar as sensações de prazer e bem-estar físico e emocional.

7. E fazer você se arrumar mais rápido para o trabalho, por exemplo.
Quem precisa sair de casa cedo todas as manhãs bem sabe: todo tempo do mundo é valioso. Quer coisa melhor, então, do que pular uma das etapas matinais?

8. E você vai se sentir muito mais sexy.
Porque dormir pelada “força” você a encarar o seu corpo – do jeitinho que ele é – e a cada vez mais aceitá-lo.