sexta-feira, 1 de fevereiro de 2019

Como prevenir e remediar lesões no joelho


Vira e mexe a articulação é colocada à prova com a prática de exercícios físicos. Saiba como prevenir lesões e o que fazer quando um problema aparece

Difícil encontrar algum aficionado de esportes ou academia que não tenha passado qualquer perrengue com os joelhos pelo menos uma vez na vida. Mas se as articulações dessa região costumam estar na berlinda com certa frequência, isso não significa que a atividade física deva ser deixada de lado. Mexer o corpo e ter joelhos saudáveis são duas coisas conciliáveis, sim. E a confirmação vem de descobertas científicas recentes.

Um desses trabalhos foi conduzido por várias instituições americanas e acompanhou 2 637 pessoas durante dez anos – uma parte era amante de corrida e a outra nunca tinha experimentado a atividade. Resultado: aqueles que calçavam o tênis e davam uns piques por aí não demonstraram maior risco de desenvolver osteoartrite no joelho, uma doença dolorosa na qual a cartilagem das juntas se desgasta e piora ao longo do tempo.

Outro estudo que inocenta os exercícios físicos da acusação de detonar os joelhos vem da Universidade de Brigham Young, também nos Estados Unidos. Os pesquisadores analisaram sinais inflamatórios nessa articulação de homens e mulheres entre 18 e 35 anos, antes e depois da corrida. E adivinha? Os índices de inflamação na região caíram após 30 minutos de atividade.

Ficou animado para trotar no parque ou bater aquela pelada com os amigos? Para os joelhos colherem os benefícios dos exercícios sem passar por sufoco, algumas medidas são imprescindíveis. “Entre os principais fatores que provocam lesão na área estão baixo condicionamento físico e flexibilidade limitada”, contextualiza o ortopedista Marco Demange, chefe do Grupo de Joelho do Instituto de Ortopedia e Traumatologia do Hospital das Clínicas de São Paulo.


A melhor maneira de resolver tais questões é investir no aquecimento e no alongamento antes do suadouro. “A passagem do repouso para o ritmo de treino deve ser progressiva”, orienta o especialista em medicina esportiva Ricardo Munir Nahas, diretor da Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte. “E o alongamento precisa ser realizado com o corpo já aquecido”, pontua.

Fortalecimento muscular, postura e execução correta dos movimentos entram no combo em defesa dos joelhos. Até a escolha do calçado faz diferença. Mas a medida básica – e talvez mais importante – é não forçar a barra, como se fosse um atleta olímpico. Agora, para quem realiza esportes que envolvem contato com outros jogadores, como futebol e basquete, tem ainda a preciosa dica de escapar de encontrões perigosos. “Movimentos de rotação do joelho e, principalmente, mudanças bruscas de direção podem causar o rompimento do ligamento cruzado anterior”, informa Demange. “E, na maioria dos casos, esse tipo de lesão requer tratamento com cirurgia”, acrescenta.

Até aqui você aprendeu o que fazer para prevenir uma lesão. Mas como agir quando não consegue escapar dela? Primeiramente, não dá para abrir mão do acompanhamento profissional. “O tratamento de um joelho machucado depende da sua gravidade. Cabe a um médico avaliar o grau da lesão e indicar os procedimentos adequados para a sua recuperação”, esclarece o ortopedista Mário Lenza, do Hospital Israelita Albert Einstein, na capital paulista.

O assunto rende tanto pano para manga que, em 2015, cientistas de várias partes do mundo se reuniram no IV Congresso Internacional de Pesquisa de Dor Patelofemoral, em Manchester, na Inglaterra, para discutir as condutas mais corretas quando os joelhos sofrem. Ao fim do encontro surgiu uma espécie de guia com diversas recomendações.

A primeira delas é não negligenciar incômodos na região. “Dores na articulação do joelho são frequentes em quem pratica atividades físicas. Porém, apesar de sua alta incidência, elas não devem ser consideradas normais”, concorda o ortopedista e cirurgião de joelho Pedro Baches Jorge, do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo.

Por isso, nada de achar que a fisgada foi motivada por um treino supereficiente. Dor de início súbito e persistente, além de dificuldade de movimento ou inchaços nas articulações, é alerta de que algo não vai bem. De novo: tem que buscar um especialista para um panorama preciso da situação. Outra orientação levantada naquela reunião de experts é não se afundar no sofá após uma contusão.

O certo é apostar em uma reabilitação que inclua atividade física. “Enquanto sessões de fisioterapia auxiliam na cicatrização da lesão, os exercícios podem ser direcionados para o fortalecimento das áreas afetadas”, explica Lenza.

Aliás, fortalecimento é palavra de ordem nesse período. Tanto é que deve envolver outras regiões fora o joelho contundido. “Hoje sabemos que não basta olhar só para a musculatura ali ao redor. O equilíbrio se inicia nos quadris”, ensina Baches. “Essa estrutura é fundamental na absorção de impacto. Portanto, ele ajuda a não sobrecarregar a articulação dos joelhos”, explica o fisioterapeuta Thiago Fukuda, diretor clínico do Instituto Trata, em São Paulo. Definitivamente não dá para deixar essa parte do corpo de fora do treinamento.

E depois do bisturi?
Lembra do ligamento cruzado anterior, aquele que, se rompido, costuma exigir reconstrução cirúrgica? Pois uma equipe médica do Hospital Universitário de Oslo, na Noruega, acompanhou a recuperação de 106 pessoas submetidas a esse tipo de procedimento.

Entre outras coisas, os especialistas observaram que o tempo de reabilitação, o cuidado no retorno à prática de esportes (sobretudo os de alta intensidade), além de um trabalho de fortalecimento e equilíbrio muscular, podem contribuir para minimizar o risco de uma segunda chateação lá pras bandas dos joelhos. Veja: ainda que a lesão exija uma passagem pela mesa de cirurgia, é possível dar a volta por cima e continuar se exercitando. Mas, claro, o ideal mesmo é nunca se machucar. Para isso, vale ter bom senso. Até porque cair no sedentarismo está longe de ser a solução – aí, amigo, o corpo inteiro padece.

Sexo forte, joelho frágil?
A ala feminina tem uma particularidade que torna essa parte do corpo mais sensível: a anatomia. É que os quadris delas costumam ser mais largos, o que propicia os chamados joelhos do tipo valgo, isto é, ligeiramente voltados para dentro. E essa característica aumenta mesmo o risco de lesões, como a condromalacia. O nome estranho significa um desgaste na cartilagem da própria articulação. Mas, ainda bem, o fortalecimento da musculatura ajuda a espantar encrencas como essa.

As estruturas do joelho mais suscetíveis a lesões
Ossos
O que são – O joelho é o ponto de encontro de três ossos: o fêmur, a tíbia e a patela.
Principal lesão – Fratura por estresse.
Como evitar – Não cometer excessos e controlar a intensidade dos movimentos, evoluindo aos poucos.

Tendão patelar
O que é – Estrutura fibrosa responsável pela extensão do joelho.
Principal lesão – Tendinite.
Como evitar – Escolher calçados que não atrapalhem a pisada e, novamente, maneirar na força dos gestos realizados.

Ligamento cruzado anterior
O que é – Assim como outros ligamentos, dá estabilidade à articulação.
Principal lesão – Rompimentos.
Como evitar – Aprimorar a musculatura e controlar o peso, que sobrecarrega os joelhos.

Menisco
O que é – Fica localizado no meio dos joelhos e tem a tarefa de absorver os impactos do dia a dia.
Principal lesão – Traumas durante a prática esportiva.
Como evitar – Investindo no fortalecimento muscular.

Manual de recuperação
Onde há fumaça
Dor, dificuldade de movimento e estalos são sinais de problema. Não ignore. Uma lesão simples pode evoluir para um baita estrago.

Dê tempo ao tempo
A recuperação depende da lesão e do tratamento adotado. O retorno ao esporte deve ocorrer gradualmente. Não pule etapas.

Mexa-se
Fale com um especialista sobre exercícios específicos para preservar a mobilidade e evitar o enfraquecimento da articulação enquanto está de molho.

De olho na vizinhança
Trabalhar os quadris – e não só o sofrido joelho – é crucial para manter o equilíbrio muscular e a saúde das articulações.

Fonte: https://saude.abril.com.br/fitness/como-prevenir-e-remediar-lesoes-no-joelho/ - Por Fernando Barros - Crédito: Ileine dos Santos/SAÚDE é Vital

quinta-feira, 31 de janeiro de 2019

Ciência da Felicidade dá 14 dicas de como ser feliz


Ciência da Felicidade

A ciência já pode ajudar a encontrar a felicidade, garante o professor Tim Bono, um psicólogo que ministra cursos sobre felicidade na Universidade de Washington em St. Louis (EUA).

Baseado em suas próprias pesquisas e nos estudos de outros cientistas, Bono coletou 14 dicas para se tornar feliz e, uma vez feliz, manter-se com essa felicidade.

Como o método típico das ciências é a experimentação, está em suas mãos validar ou não essa "Ciência da Felicidade".

14 dicas de como ser feliz

Saia e dê um passeio: Pesquisas confirmam que alguns minutos de exercícios na natureza podem melhorar os níveis de humor e energia. O exercício é também uma chave para a nossa saúde psicológica porque libera produtos químicos no cérebro ligados ao sentir-se bem.

Extraia mais felicidade do seu dinheiro: Os estudos mostram pouca conexão entre riqueza e felicidade, mas há duas maneiras de obter mais felicidade usando o dinheiro: comprar experiências em vez de coisas e gastar seu dinheiro com os outros. O gozo que você obtém de uma experiência como férias ou assistir a um show supera de longe a felicidade de adquirir mais um bem material. Fazer coisas boas para outras pessoas fortalece nossas conexões sociais, que são fundamentais para o nosso bem-estar.

Arranje tempo para ser feliz e então gaste-o nisso: As pessoas sonham em obter 30 minutos extras para fazer algo de bom, mas usar esse tempo para ajudar alguém é mais recompensador e realmente nos deixa capacitados para enfrentar o próximo desafio, ajudando-nos a ter mais controle sobre nossas vidas e até mesmo menos pressionados pelo tempo. Isso se traduz em níveis mais altos de felicidade e satisfação.

Faça o positivo durar mais; despache o negativo: A antecipação em si é prazerosa, e ansiar por uma experiência agradável pode tornar tudo muito mais doce. Espere alguns dias antes de ver um novo filme que acabou de estrear, planeje suas férias com mais antecedência e tente saborear cada pedaço da sobremesa. Por outro lado, livre-se das tarefas negativas o mais rápido possível - a exemplo do que acontece com a dor, a antecipação só fará com que pareçam piores.

Curta o "durante": As pessoas que se concentram mais no processo do que no resultado tendem a permanecer motivadas diante de contratempos. Elas são melhores em lidar com grandes dificuldades e preferem desafios do que o caminho mais fácil. Essa "mentalidade de crescimento" ajuda as pessoas a ficarem energizadas porque celebra as recompensas que vêm do próprio trabalho. Concentrar-se apenas no resultado pode levar a um esgotamento prematuro se as coisas não correrem bem.

Encare as falhas: A maneira como pensamos sobre o fracasso determina se isso nos deixa felizes ou tristes. As pessoas que superam a adversidade saem-se melhor na vida porque aprendem a lidar com os desafios. O fracasso é um ótimo professor, ajudando-nos a perceber o que não funciona, para que possamos fazer mudanças para melhor. Como o presidente da IBM, Thomas Watson, disse certa vez: "Se você quiser aumentar sua taxa de sucesso, duplique sua taxa de falhas".

Tenha uma boa noite de sono regularmente: Nossos cérebros estão fazendo muito trabalho importante enquanto dormimos, incluindo o fortalecimento dos circuitos neurais que melhoram a acuidade mental e nos ajudam a regular nosso humor quando estamos acordados. A privação do sono pode levar a um comprometimento cognitivo semelhante ao da intoxicação, e muitas vezes é o prelúdio de um dia mal-humorado.

Fortaleça seus músculos da força de vontade: Assim como exercitar os músculos dos braços fortalece nossa capacidade de erguer coisas pesadas, exercitar os "músculos" da força de vontade em pequenos comportamentos cotidianos fortalece nossa capacidade de manter o foco no trabalho. Resista à tentação de checar seu telefone enquanto caminha, ou resista à tentação de pegar a barra de chocolate quando estiver na fila do supermercado. Isso permitirá que os "músculos" da força de vontade fiquem mais fortes e, por sua vez, resistentes a tentações que poderiam desviá-lo em outros aspectos de sua vida.

Introduza variedade em suas atividades do dia-a-dia: Os seres humanos são atraídos pela novidade, e podemos ficar entediados se tivermos que fazer a mesma coisa repetidamente. Mudar as coisas de vez em quando assumindo novos projetos, ou fazendo a mesma tarefa mas com música em segundo plano, ou interagindo com pessoas diferentes, pode ser uma maneira de introduzir variedade e permanecer motivado para concluir uma tarefa.

Pare de se comparar aos outros: É difícil evitar ver o que os outros estão fazendo, quem acabou de receber um aumento ou promoção, ou quem está se mudando para uma nova casa ou saindo de férias. Mas a comparação social é uma das maiores barreiras à nossa felicidade e motivação. Redirecionar a atenção para os nossos próprios padrões internos de sucesso e progredir com base no que é realista para nós - em vez de ficarmos presos a comparações com os outros - pode ser o caminho para a nossa saúde psicológica e uma maior produtividade.

Estenda a mão e conecte-se com alguém: Nada é mais importante para nossa saúde psicológica do que amizades de qualidade. Encontre uma atividade que permita que você se junte aos amigos regularmente. Uma happy hour semanal, uma noite de jogos ou mesmo uma sessão de filmes garante consistência e reforça suas interações sociais. Pessoas com relacionamentos de qualidade não apenas são mais felizes, como também mais saudáveis. Elas se recuperam de doenças mais rapidamente, vivem mais e desfrutam de vidas mais ricas.

Limite o tempo nas mídias sociais: Facebook, Instagram e assemelhados tipicamente mostram um lado idealizado dos outros, fazendo com que as pessoas sintam-se diminuídas frente àquelas fotos de sorrisos e felicidade aparentemente eternos. Um estudo após o outro tem mostrado que muito tempo nas redes sociais está associado a níveis mais baixos de autoestima, otimismo e motivação, além de deixar as pessoas sentindo-se - ironicamente - menos socialmente conectadas com os outros.

Use seu telefone da maneira antiga: Na próxima vez que você for tentado a usar seu telefone para rolar pelas postagens das redes sociais, role pela sua lista de contatos. Encontre alguém para quem ligar e conversar. A felicidade que você obtém de uma conexão autêntica com outra pessoa será muito maior do que qualquer comentário ou curtição que você tenha nas redes sociais.

Pratique gratidão: É fácil ficar atolado com os aborrecimentos inevitáveis da vida, então faça um esforço para direcionar a atenção para as coisas que estão indo bem. No caminho do trabalho para casa pense nas coisas que correram bem, em vez de ficar ruminando sobre o que deu errado. Um estudo após o outro indica que a gratidão é uma das maneiras mais simples, porém robustas, de aumentar o bem-estar psicológico.


quarta-feira, 30 de janeiro de 2019

5 hábitos alimentares de outros países que podem beneficiar sua saúde


Que tal comer mais devagar, como os franceses, ou incluir mais frutas vermelhas nas refeições, como os escandinavos?

A tradição alimentar brasileira é bem representada pelo PF, o famoso prato feito dos restaurantes de todo o país: arroz, feijão, uma carne, ovo, batata frita ou cozida e uma salada (normalmente alface e tomate). Se der para colocar uma farofinha para acompanhar, então, fica perfeito!

Claro que no dia a dia outros alimentos são bem populares, como a massa, algumas frutas fáceis de levar para o trabalho (banana e maçã) e sanduíches. E está ótimo: de acordo com o endocrinologista Mario Kehdi Carra, membro da Abeso – Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica, o PF é uma das refeições mais equilibradas de que se tem notícia e só traz benefícios para a saúde.

Mas acrescentar alguns hábitos de outros países às nossas refeições pode beneficiar ainda mais a saúde. Buscamos em estudos os cinco mais fáceis de aplicar no Brasil.

Comer devagar e em porções pequenas, como os franceses
A pessoa francesa comum investe 2 horas e 22 minutos de seu dia comendo, de acordo com uma pesquisa conduzida pelo Instituto Crédoc de Estudos sobre o Consumidor. Considerando que na França o normal é fazer três refeições por dia, concluímos que são, em média, 47 minutos para cada café da manhã, almoço ou jantar. Já por aqui, segundo a Pesquisa Alelo Hábitos Alimentares do Trabalhador Brasileiro, são no máximo 30 minutos para cada refeição.
É importante comer devagar e em porções pequenas para respeitar o ritmo da sensação de saciedade. O cérebro leva cerca de 20 minutos para entender que o corpo está sendo alimentado; se a pessoa come com pressa, colocando grandes porções de comida na boca por vez, vai ingerir mais do que o necessário, o que prejudica a digestão e pode aumentar a gordura corporal de forma perigosa.

Incluir frutas vermelhas nas refeições, como os escandinavos
Seja de forma avulsa no café da manhã ou no meio de receitas do almoço e do jantas, noruegueses e suecos têm o hábito de incluir frutas vermelhas em suas refeições. Mirtilos, framboesas e amoras sempre marcam presença nos pratos.
A vantagem destas frutas é a riqueza em polifenóis, o que as torna poderosas antioxidantes que evitam o envelhecimento precoce da pele e a ação de radicais livres no organismo – desta forma, diminuem o risco de desenvolvimento de doenças cardiovasculares e de alguns tipos de câncer.

Mastigar bem os alimentos, como os japoneses
Nada de colocar a comida na boca, dar uma ou duas mastigadinhas e logo engolir. O melhor é fazer como os japoneses, que mastigam bastante e lentamente cada porção de alimento que levam à boca. Quanto mais tempo durar esse processo, melhor é a liberação e a absorção de nutrientes pelo organismo.

Usar temperos em vez de sal, como os indianos
A Índia é historicamente conhecida por ser origem de muitos dos temperos que o mundo usa até hoje. Não à toa, por lá se usa muito mais curry, açafrão e pimenta para incrementar as receitas do que o sal puro, como costumamos fazer por aqui.
Os indianos estão certinhos: a OMS (Organização Mundial da Saúde) recomenda a ingestão de no máximo 5 gramas de sal por dia – incluindo o que vem em produtos industrializados –, a fim de diminuir o risco de desenvolvimento de hipertensão, AVC e doenças nos rins.  Não precisa nem fazer muitas contas para perceber que, por hábito, comemos bem mais que o indicado, né? Sejamos mais como eles, pelo bem de nossa saúde.

Descansar após o almoço, como os espanhóis
A famosa “siesta” dos espanhóis faz um bem imenso à saúde. Para quem não sabe do que se trata: é um descanso de aproximadamente meia hora depois do almoço, todos os dias; por lá, os estabelecimentos comerciais são fechados na hora do almoço para respeitar esse intervalo.
Embora isso seja um hábito em boa parte do Rio Grande do Sul, no restante do Brasil não há nem sombra desse tipo de costume, seria uma boa adotá-lo: o repouso permite que o organismo concentre a circulação sanguínea na digestão, evitando gases e refluxos.

Fontes consultadas: Mario Kehdi Carra (endocrinologista) e Susana Kochmann (nutricionista clínica)


terça-feira, 29 de janeiro de 2019

Saiba o que fazer para dormir melhor nesse calorão


Especialistas dão dicas para não sofrer no verão e ter uma boa noite de sono.

Segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia, estamos vivendo um verão mais quente do que o costume. E com esse calor, ter uma boa noite de sono é quase impossível, não é mesmo?

Por isso, conversamos com alguns especialistas para saber o que fazer para acabar com os desconfortos do calorão e dormir tranquila.

1. Escolha o lençol correto
Em primeiro lugar, dê uma olhada no enxoval: uma cama com tecidos quentes pode ser seu pior pesadelo! O otorrinolaringologista Saint’Clair Borges recomenda os tecidos finos, leves e permeáveis, como os de algodão, que deixam a pele respirar.
Fique atenta à quantidade de fios do lençol: quanto maior o número, mais fechada é a trama, dificultando a passagem do ar. A ideia é que o tecido não tenha mais de 300 fios.
O mesmo critério deve ser levado em conta na escolha do pijama: quanto mais leve, curto e fresquinho, melhor!

2. Melhor posição para dormir
O ideal é deitar-se de lado, pois essa posição facilita a respiração durante a noite.
Além disso, dessa forma também há menos contato da pele com o colchão e maior área de contato com o ar, favorecendo a perda de calor corporal.

3. Evite comidas gordurosas e álcool
Antes de dormir, fuja desses vilões. “O álcool atrapalha a qualidade do sono devido à desidratação que ele causa no organismo”, afirma a nutricionista Thamires Pereira. Já as comidas gordurosas, são prejudiciais pois exigem mais do organismo no momento em que ele deveria estar em repouso máximo.
Portanto, vá de água e comidinhas leves no jantar.

 4. Beba água
Manter o corpo hidratado é fundamental, principalmente nessa época do ano. Por isso, a dica é deixar sempre um copo d’água do lado da cama.
E como em tudo na vida, não exagere: “Deve existir um equilíbrio entre a ingestão de água e a sensibilidade de cada um, isso vai manter o corpo hidratado e com seu funcionamento perfeito”, diz o otorrinolaringologista Jamal Azzam.

5. Resfrie seu corpo antes de dormir
Tomar um banho é uma ótima ideia antes de se jogar no colchão. Mas a dica é não apelar para a ducha gelada: “Banhos frios são estimulantes e devem ser evitados imediatamente antes de dormir”, alerta Azzam. Uma água mais morna é ótima para relaxar.
Evite também atividades físicas antes de deitar para que o corpo não tenha a temperatura elevada.

6. Mantenha o quarto ventilado
“A temperatura do ambiente é muito importante para ter uma noite de sono com qualidade, pois ela influencia na regulação da temperatura corporal. Mantenha o quarto em uma temperatura agradável, na qual você esteja confortável”, recomenda a Dra. Paula Araujo, membro da diretoria da Associação Brasileira do Sono.
Se tiver a oportunidade de usar o ar-condicionado, selecione uma temperatura agradável – nada de transformar o quarto em um iglu! O melhor mesmo para a saúde é apostar na ventilação natural.
Se optar por ventiladores, o modelo de teto é uma boa escolha.“Ele expulsa o ar quente que, por ser mais leve, sobe e fica próximo ao teto. Com isso, o ar que está embaixo sobe e o ar mais frio de outros ambientes é puxado para o quarto, no nível em que a cama está”, explica o Dr. Borges.
Em relação aos ventiladores de mesa ou de coluna, “jamais os direcione para o corpo, pois a friagem pode gerar gripes, resfriados, dores de garganta, tosse”, aconselha Azzam.
E o famoso truque da bacia com gelo na frente da saída de ar do ventilador pode ajudar a refrescar um pouquinho mais – mas é bem pouquinho, viu?


segunda-feira, 28 de janeiro de 2019

Particularidades e vantagens dos exercícios físicos para mulheres


Exercícios são bem-vindos a homens e mulheres, mas existem peculiaridades para que a ala feminina tire melhor proveito deles

Na Grécia Antiga, berço dos Jogos Olímpicos, as mulheres não podiam sequer assistir às competições. Participar, então, nem em sonho. Havia uma crença de que o corpo feminino, sensível demais, padeceria sob esforço.

Hoje, apesar de ainda sobreviverem alguns preconceitos machistas, o mundo esportivo está muito mais aberto. E há um reflexo disso inclusive no dia a dia: aquele que já foi chamado de sexo frágil marca cada vez mais presença nos parques e nas academias para desfrutar das vantagens da atividade física.

Segundo um posicionamento oficial da Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte, as respostas do organismo feminino aos estímulos de treinamento são semelhantes às masculinas. “Não existe nenhuma contraindicação. A mulher pode fazer tudo o que o homem faz sem problema algum”, afirma o educador físico Renato Rocha, coordenador do Programa de Atividade Física e Saúde da Universidade de Taubaté, no interior de São Paulo.

À medida que a prática de exercícios cresce entre elas, também começam a aumentar gradativamente os dados científicos sobre o seu impacto na saúde – e agora as pesquisas deixaram de focar apenas a turma que já passou da menopausa. Um dos últimos estudos de peso a chamar atenção nesse cenário foi conduzido pela Universidade de Indiana, nos Estados Unidos, que avaliou, em mais de 90 mil mulheres com idade média de 36 anos, os efeitos de mexer o esqueleto na prevenção da doença cardiovascular.

De acordo com a análise, uma hora de exercício aeróbico por semana (e aqui falamos de trote a natação) chega a reduzir em 26% o risco de entupimentos nas artérias. Quem pratica duas horas e meia de caminhada em passos rápidos com essa frequência encararia uma probabilidade 35% menor de sofrer do coração. Os estudiosos notaram, ainda, que esportes mais intensos, como tênis e corrida, apresentam maior impacto na proteção contra ataques cardíacos.

Mas, ainda que não sejam um empecilho em si, existem algumas particularidades que merecem ser consideradas quando a ala feminina vai escolher e praticar alguma modalidade. “Por uma questão hormonal, as mulheres tendem a ter massa muscular menor, o que se traduz em menos força”, exemplifica Rocha. A composição corporal também influencia: como possuem naturalmente as pernas em formato mais arqueado, correm maior risco de enfrentar problemas nos joelhos.

“Ao fazer atividades de alto impacto, pode haver uma sobrecarga no menisco e na cartilagem nessa região. E isso acaba provocando desgaste precoce sobretudo entre as mulheres”, conta o ortopedista Moisés Cohen, diretor do Instituto Cohen de Ortopedia, Reabilitação e Medicina do Esporte, em São Paulo. E é bom ficar de olho, já que alguns exercícios, como as aulas de spinning, não parecem impor pressão sobre essa área, mas são capazes de causar estragos se a articulação já estiver propensa a avarias.

Outro fator que diferencia as moças dos rapazes é o ciclo menstrual. Não existem tantas provas científicas sobre a repercussão disso na prática, mas quem é mulher sabe que esse período pode atrapalhar. Na Olimpíada do Rio, por exemplo, a nadadora chinesa Fu Yuanhui virou notícia ao admitir que não nadou tão bem porque estava menstruada. “Tem mulheres que ficam deprimidas e se sentem mais cansadas. Aí preferem não se exercitar”, observa o ginecologista Rodrigo de Aquino, diretor-secretário da Associação de Obstetrícia e Ginecologia do Estado de São Paulo.

“Por outro lado, a atividade física pode ajudar a amenizar cólicas menstruais e sintomas de tensão pré-menstrual, a TPM, principalmente por causa da liberação de endorfina, um analgésico natural”, destaca Aquino. Conhecendo seu corpo e individualizando as recomendações (não por gênero, que fique claro), é mais fácil criar e aproveitar uma rotina saudável de exercícios.

Além do treino
Estilo de vida balanceado não se restringe apenas a suar a camisa

Bom prato
Mulheres em idade fértil devem estar bem abastecidas de ferro, cálcio e proteínas para garantir massa muscular.

Xô, estresse
Elas sofrem mais com os efeitos da tensão do que eles. Controlá-la ajuda a evitar depressão e chabus no coração.

Sem fumaça
Um cigarro por dia dobra o risco de morte – até porque aumenta demais a probabilidade de infartos e derrames.


domingo, 27 de janeiro de 2019

12 alimentos para combater a depressão e melhorar o humor


Ricos em nutrientes, eles garantem bem-estar e ajudam no tratamento da doença

A depressão é um transtorno mental bastante comum atualmente. Segundo o Ministério da saúde, estima-se que, na América Latina, 24 milhões de pessoas sofram com a doença. Num episódio depressivo a pessoa pode se sentir sem energia, com o humor afetado, sem interesse e sem vontade de fazer tarefas comuns da sua rotina, além dos sintomas físicos como dor de cabeça e dor de estômago.

Segundo o nutrólogo Roberto Navarro, nosso cérebro produz substâncias chamadas de neurotransmissores que controlam inúmeras funções cerebrais. Um destes neurotransmissores, a serotonina, é capaz de dar ao cérebro sensação de bem-estar, regulando nosso humor e também dando sensação de "saciedade".

Alimentação e a produção de serotonina
A alimentação pode ajudar a produzir mais serotonina, aumentando o bom humor e ajudando no combate da depressão, entretanto, vale lembrar que ela não substitui o tratamento da doença, com a intervenção medicamentosa e terapia. "Para a produção cerebral da serotonina há necessidade de "matérias primas" (chamadas de cofatores) fundamentais para sua síntese, como exemplos: triptofano (aminoácido), magnésio, cálcio (minerais), vitamina B6, ácido fólico (vitaminas)", ressalta Navarro.

A seguir, conheça alguns alimentos que melhorar o seu humor e são excelentes coadjuvantes para dar uma "forcinha" no combate da doença.

1. Frutas
Melancia, abacate, mamão, banana, tangerina e limão são conhecidos como agentes do bom humor. "Todas estas frutas são ricas em triptofano, aminoácido que ajuda na produção de serotonina", explica a nutricionista Abykeyla Tosatti. É recomendado o consumo de três a cinco porções de frutas todos os dias.

2. Leite e iogurte desnatado
Eles são ótimas fontes de cálcio, mineral que elimina a tensão e depressão. "O cálcio ajuda a reduzir e controlar o nervosismo e a irritabilidade. Ele participa também das contrações musculares, dos batimentos cardíacos e da transmissão de impulsos nervosos e regulariza a pressão arterial", explica a nutricionista Abykeyla Tosatti. É recomendado o consumo de 2 a 3 porções por dia.

3. Laranja e maçã
Elas ganham destaque porque fornecem ácido fólico, cujo consumo está associado a menor prevalência de sintomas depressivos. Além disso, por ser rica em vitamina C, a laranja promove o melhor funcionamento do sistema nervoso, garante energia, ajuda a combater o estresse e previne a fadiga.

4. Castanha-do-pará, nozes e amêndoas
Elas são ricas em selênio, um poderoso agente antioxidante. Segundo a nutricionista Abykeyla Tosatti, elas colaboram para a melhoria dos sintomas de depressão, auxiliando na redução do estresse. As quantidades diárias recomendadas são duas a três unidades de castanha-do-pará ou cinco unidades de nozes ou 10 a 12 unidades de amêndoas. Mas também dá para fazer um mix saboroso dessas oleaginosas.

5. Banana e abacate
A banana é rica em carboidrato (hidratos de carbono), potássio e magnésio. Também é fonte de vitamina B6, que produz energia. "A fruta diminui a ansiedade e ajuda a ter um sono tranquilo", explica Abykeyla. Tão bom quanto, o abacate é outra ótima opção, e antes de dormir. Consuma duas colheres de chá da fruta pura (sem açúcar ou adoçante) todos os dias antes de se deitar.

6. Ovos
"Eles são uma boa fonte de tiamina e a niacina (vitaminas do complexo B), que colaboram com o bom humor", aponta Abykeyla Tosatti. O recomendado é uma unidade por dia, no máximo. Quem tem colesterol alto deve se preocupar com o consumo em excesso, e evitar, principalmente a versão frita.

7. Mel
Esse alimento estimula a produção de serotonina, neurotransmissor responsável pela sensação de prazer e bem-estar. Para usufruir dos benefícios, duas colheres de sobremesa, ao dia, são suficientes.

8. Carnes magras e peixes
"O triptofano, presentes nestas fontes de proteína, ajuda no combate da depressão e melhora o humor, pois aumenta a produção de serotonina, que exerce grande influência no estado de humor, pois é capaz de reduzir a sensação de dor, diminuir o apetite, relaxar, criar a sensação de prazer e bem-estar e até induzir e melhorar o sono", enfatiza a nutricionista Abykeyla Tosatti. Ela recomenda entre uma e duas porções por dia, principalmente de peixes como atum e salmão.

9. Carboidratos complexos
Eles ajudam o organismo a absorver triptofano e estimulam a produção do neurotransmissor serotonina, que ajuda a reduzir as sensações de depressão. "Uma alimentação pobre em carboidratos, por vários dias, pode levar a alterações de humor e depressão. Alimentos fontes de carboidratos: pães, cereais integrais (trigo, arroz)", explica a especialista Abykeyla Tosatti. A recomendação é de 6 a 9 porções diárias.

10. Aveia e centeio
Os dois são ricos em vitaminas do complexo B e vitamina E. "Estes nutrientes possuem grande importância, pois, melhoram o funcionamento do intestino, combatem a ansiedade e a depressão", diz a nutricionista Abykeyla Tosatti. A recomendação é de, pelo menos, três colheres de sopa cheia por dia.

11. Folhas verdes
Estudos mostram que uma alimentação com consumo elevado de folato (importante vitamina do complexo B) está associada a menor prevalência de sintomas depressivos. Um dos alimentos ricos em folato são as hortaliças folhosas verde-escuras (espinafre, brócolis, alface). "Algumas pesquisas mostram que indivíduos deprimidos podem apresentar baixos níveis de vitamina B12, levando a diminuição do folato e o desequilíbrio do metabolismo dos neurotransmissores do cérebro associados ao controle do humor", adverte a especialista Abykeyla Tosatti. O recomendado é a ingestão diária de três a cinco porções por dia.

12. Soja
Ela é rica em magnésio que é o segundo mineral mais abundante no nosso organismo e desempenha um papel fundamental na energia das células. Sua deficiência pode resultar em falta de energia. "O magnésio ajuda a reduzir a fadiga e aumentar os níveis de energia. Esse mineral combate o estresse porque tem propriedades tranquilizantes naturais, principalmente quando combinadas com cálcio", explica a nutricionista Abykeyla Tosatti.


sábado, 26 de janeiro de 2019

O que põe o coração das mulheres brasileiras em risco


Nova pesquisa revela quais os percalços no dia a dia que mais patrocinam fatores de risco por trás de problemas cardiovasculares entre o sexo feminino

Excesso de trabalho, conflitos familiares, ansiedade, violência e mobilidade urbana estão deixando as brasileiras à beira de um ataque… Cardíaco. O alerta vem de um estudo realizado pela Sociedade Brasileira de Clínica Médica (SBCM), que submeteu 692 voluntárias a um questionário a fim de encontrar uma explicação para o alto índice de panes no peito da ala feminina.

O primeiro dado que chama a atenção é o fato de 55% das entrevistadas trabalharem mais de oito horas por dia. Não à toa, quase 70% acusam o serviço como o grande motivo pelo estresse, uma baita ameaça ao peito. Essas preocupações com o emprego, aliás, lideram o ranking de instigadores da tensão.

Em segundo lugar para a causa do estresse vem a ansiedade, lembrada por mais de 50% da ala feminina. Família (39%), violência (36%) e o trânsito (29%) surgem na sequência.

Só não pense que o nervosismo do dia a dia é o único vilão do coração da mulher: aproximadamente 70% das entrevistadas têm histórico de hipertensão e doenças cardíacas na família, 42% consomem bebidas alcoólicas e 45% dormem menos de seis horas por noite – o ideal seria de sete a nove.


“Para mudar esse cenário, estamos trabalhando na Campanha Mulher Coração, cujo objetivo é promover a importância de adotar um estilo de vida saudável e passar por um checkup regularmente”, informa Antonio Carlos Lopes, presidente da SBCM, em São Paulo.

Por ano, cerca de 17,5 milhões de pessoas morrem em decorrência de algum problema cardiovascular. Dessas, quase metade pertence ao sexo feminino — número tão expressivo quanto o estrago causado pelos tumores de mama e útero juntos. Só no Brasil, as cardiopatias chegam a ser responsáveis por três a cada dez mortes em mulheres com mais de 40 anos. É o maior índice registrado na América Latina.

O lado B(om) da pesquisa
85% das entrevistadas não são fumantes
77% investem em atividades de lazer para relaxar
71% das participantes que passaram dos 45 anos já foram a um clínico geral ou cardiologista para fazer os exames necessários
61% praticam exercício físico pelo menos uma ou duas vezes por semana


sexta-feira, 25 de janeiro de 2019

Corrida Saber +


Em um final de semana de muito esporte e muita interação, sábado dia 30/03/2019 às 19h, no Chiara Lubich, durante a programação do Desafio dos Frangos, Itabaiana estará repleta de atletas, ciclistas e corredores estarão reunidos para celebrar o esporte. Venha Fazer parte desta festa.

Vagas Limitadas.

Percurso de 5 km

Kit do atleta:
Troféu para os três primeiros da categoria

Medalha de participação

Número de peito com chip

Primeiro lote até o dia 28/02/2019: R$ 25,00

Segundo lote de 01/03/2019 à 22/03/2019: R$ 35,00

Inscrições em: www.frangosdaserra.com.br

Relação entre cintura e estatura indica risco cardiovascular


O óleo de canola ajuda a murchar o "pneuzinho" da cintura. E não se esqueça que uma cintura larga aumenta risco de morte prematura.

Relação cintura-estatura

O acúmulo excessivo de gordura na região abdominal já é um conhecido indicador de risco para doenças cardiovasculares - de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a medida não deve ultrapassar 94 centímetros (cm) nos homens e 90 cm nas mulheres.

Pesquisadores da Universidade Estadual Paulista (Unesp), no entanto, descobriram que não é apenas a circunferência da cintura que importa: É preciso olhar também a relação entre a cintura e a altura da pessoa.

Pessoas fisicamente ativas e sem sobrepeso, mas com valores de relação cintura-estatura (RCE) - a divisão da circunferência da cintura pela estatura - próximos ao limite do risco, também têm maior probabilidade de desenvolver distúrbios no coração.

"O resultado que encontramos chama a atenção daquelas pessoas que acham que estão fora dos grupos de risco por não ter barriga, mas não fazem atividade física [e nem] mantêm hábito alimentar saudável. Mesmo sem barriga, pode ser um risco," explicou Vitor Engrácia Valenti, professor da Unesp de Marília e coordenador da pesquisa.

Recuperação após exercício

Os voluntários foram divididos em três grupos: o primeiro, composto por homens com menor percentual de gordura corporal e com RCE entre 0,40 e 0,449; o segundo, formado por homens com RCE entre 0,45 e 0,50, próximo ao limiar de risco; e o terceiro, por homens com RCE acima do limite de risco, entre 0,50 e 0,56.

No primeiro exercício, eles tiveram que permanecer 15 minutos sentados e em repouso e, em seguida, fizeram uma corrida com esforço máximo em uma esteira ergométrica. O objetivo era constatar que todos eram fisicamente ativos. Embora não fossem atletas, mantinham atividades regulares. Em seguida, teriam que ficar em repouso por 60 minutos.

No segundo dia, foram submetidos a um exercício físico moderado: uma caminhada de 30 minutos em uma esteira. A intensidade seria de aproximadamente 60% do esforço máximo. A intenção era observar, durante o repouso e a primeira hora após os exercícios, a velocidade de recuperação cardíaca autonômica.

"Quanto mais tempo o organismo demora para se recuperar após o exercício, isso é indicativo de que essa pessoa tem probabilidade maior de desenvolver doença cardiovascular, como hipertensão, infarto, AVC", disse o pesquisador.

Os resultados mostraram que os grupos com RCE próximo e acima do limite de risco para o desenvolvimento de doenças cardíacas apresentaram recuperação cardíaca autonômica mais lenta, tanto no esforço máximo quanto no moderado.

"Mesmo aqueles saudáveis e fisicamente ativos, que não tinham sobrepeso e nem obesidade, mas que tinham valores de normalidade mais próximos dos valores de risco, tinham risco maior do que aquele grupo que era composto por indivíduos com menor tamanho de cintura e estatura", destacou Valenti.

Fonte: https://www.diariodasaude.com.br/news.php?article=relacao-entre-cintura-estatura-indica-risco-cardiovascular&id=13214&nl=nlds - Com informações das agências Brasil e Fapesp - Imagem: Wikimedia/Veganbaking

quinta-feira, 24 de janeiro de 2019

Exercícios anaeróbios e aeróbios: saiba qual a diferença entre eles


Saiba as peculiaridades e quais exercícios físicos trabalham cada uma delas

Existem muitas questões que despertam dúvidas em quem treina. Uma delas são os exercícios anaeróbios e aeróbios. Afinal, qual a diferença entre os dois? Vamos explicar. O termo anaeróbio se refere ao tipo de sistema metabólico utilizado para a prática de alguma atividade física. Uma atividade anaeróbia é aquela que exige um esforço e explosão muscular mais rápida, com alta intensidade e curta duração. A musculação, por exemplo, é uma atividade anaeróbia, pois na maior parte do tempo o corpo utiliza e produz energia sem usar oxigênio.

Já o termo aeróbio se refere ao outro tipo de sistema metabólico, aquele que utiliza oxigênio com a finalidade de produzir energia para o músculo. Por esse motivo, são atividades com menos intensidade, porém mais prolongadas, como por exemplo uma corrida. Correr exige, além da força muscular, todo o sistema cardíaco-respiratório.

“Cada tipo de atividade física exige, na maioria do tempo, um tipo de sistema metabólico para a sua execução. Mas no geral, toda prática pode utilizar os dois tipos de sistemas metabólicos dos exercícios anaeróbios e aeróbios. Por exemplo, em uma partida de futebol, enquanto o jogador fica trotando pelo campo, ele está utilizando o sistema aeróbio, porém ao efetuar um chute na bola, ele recruta e utiliza o sistema metabólico anaeróbio. E em quase todas as atividades físicas funciona assim”, conta a educadora física Damaris Soares Dias, professora da academia Smart Fit.

Conheça alguns tipos de exercícios anaeróbios e aeróbios:

Atividades anaeróbias

Musculação
Tiro de 100 metros
Arremesso de peso
Salto em distância

Atividades aeróbias

Corrida
Natação
Dança
Futebol

Fonte: https://sportlife.com.br/exercicios-anaerobios-aerobios-diferenca/ - Brenda Prestes - Foto: Freepik - educadora física, Damaris Soares Dias