quarta-feira, 27 de setembro de 2017

5 benefícios que o sol tem a oferecer à nossa saúde

O sol em excesso envelhece e pode causar câncer de pele, mas a exposição moderada tem muitas vantagens para o nosso organismo

Um dos principais conselhos para manter a pele saudável é evitar a exposição ao sol, certo? Realmente, a radiação solar é um dos principais fatores responsáveis pelo envelhecimento e pelo desenvolvimento do câncer de pele.

Quando tomamos sol nos horários de maior incidência de luz sem utilizar o filtro solar, nossa pele fica mais sujeita aos danos causados pela radiação. Isso acelera o surgimento de manchas, linhas de expressão e até mesmo os melanomas.

Isso tudo é verdade, porém o sol não deve ser encarado como um vilão irrecuperável. Apesar dos malefícios do excesso de exposição, a luz solar em doses moderadas pode trazer algumas vantagens para a nossa saúde.

É claro que não queremos que você se jogue no sol do meio-dia sem usar filtro solar – e pior ainda: usando um “bronzeador caseiro” que pode causar queimaduras terríveis! Nosso objetivo com esta lista é mostrar que dar uma voltinha no parque pela manhã ou no fim da tarde pode ser muito bom para o corpo e para a mente.

Atenção: se você tem alguma lesão na pele ou fez uma cirurgia recentemente, sempre consulte seu médico antes de se expor ao sol. A luz solar pode causar manchas irreversíveis nesses casos.

1. Melhora do humor e alívio da depressão
A luz do sol aumenta nossos níveis cerebrais de serotonina, um neurotransmissor responsável pela regulação do humor. Dessa forma, tomar sol ajuda as pessoas a se sentirem mais felizes, tranquilas e focadas.
Em períodos com prolongada falta de sol, como acontece em algumas regiões nos meses de inverno, as pessoas podem sofrer com distúrbios como a depressão sazonal, uma variação da depressão que acontece com a mudança de estação.

2. Reforço para a saúde dos ossos
A vitamina D é essencial para a saúde dos nossos ossos. Como é difícil obter a quantidade ideal desse micronutriente somente pela alimentação, é necessário tomar sol para que a pele possa produzi-lo.
A boa notícia é que você não precisa se expor ao sol por longos períodos, o que faria você correr o risco de sofrer queimaduras. Para produzir a vitamina D, basta tomar sol pela metade do tempo necessário para sua pele começar a ficar vermelha.
É difícil precisar o tempo ideal, pois ele varia conforme a cor da pele, a idade, a localização da pessoa e o horário do dia. Em média, é necessário pegar sol durante cerca de 15 minutos por dia para garantir a produção de vitamina D.

3. Redução da pressão arterial
Este é um benefício muito interessante para quem sofre de hipertensão. Segundo um estudo realizado na Inglaterra, a exposição ao sol promove uma vasodilatação que contribui para a redução da pressão arterial e dos riscos de doenças cardiovasculares.
Isso acontece porque, ao incidir em nossa pele, a radiação UVA aumenta a atividade de moléculas de ácido nítrico que estão armazenadas no nosso tecido epitelial. Essa substância passa então para a circulação sanguínea, promovendo a dilatação dos vasos.
A consequência disso é uma pressão menor exercida pelo sangue nos vasos e também uma redução na formação de coágulos que poderiam causar um infarto ou um AVC.

4. Alívio dos problemas de pele
A luz solar é um importante aliado no tratamento de doenças de pele como a psoríase e outros problemas como acne, eczema, infecções causadas por fungos e icterícia (inclusive em recém-nascidos, segundo este estudo).
É claro que, dependendo do problema de pele e da presença de lesões, a exposição ao sol pode não ser indicada, pois ela pode resultar em manchas permanentes. Por isso, sempre pergunte ao médico qual é o melhor procedimento.

5. Prevenção de alguns tipos de câncer
O sol é conhecido por ser um fator de risco para o surgimento do câncer de pele, por isso devemos evitar a exposição desprotegida usando filtro solar. Porém, quando o tempo de exposição é mantido dentro de uma faixa saudável, a luz solar é capaz de prevenir alguns tipos de câncer.
Em algumas regiões do planeta onde a luz solar é muito reduzida em determinadas épocas do ano, há um aumento no risco de morte causada por doenças como linfoma de Hodgkin e câncer de mama, ovário, cólon, pâncreas e próstata. Alguns estudos apontam que, de alguma forma, essas doenças podem estar relacionadas à deficiência de vitamina D.
Isso, porém, obviamente não significa que devemos abandonar o protetor solar e tomar sol indiscriminadamente.
Como quase tudo relacionado à saúde, o segredo está no equilíbrio: expor-se ao sol do meio-dia sem proteção pode levar a uma queimadura, mas tomar um solzinho pela manhã ou no fim da tarde, durante alguns minutos, provavelmente vai fazer muito bem.


Fonte: https://www.dicasdemulher.com.br/beneficios-do-sol-para-saude/ - Raquel Praconi Pinzon - Foto: iStock

terça-feira, 26 de setembro de 2017

5 odores corporais que podem indicar problemas de saúde

O assunto pode ser um pouco constrangedor, mas um cheiro desagradável pode servir de alerta de que algo não vai bem na sua saúde

Por mais que você goste de estar sempre cheirosinha, é normal exalar alguns odores não muito agradáveis depois de um treino pesado ou depois de comer um prato cheio de alho.

Normalmente, esses odores desagradáveis desaparecem depois de tomar banho ou escovar os dentes. O problema é quando eles persistem mesmo quando você já tomou todas as medidas necessárias.

Os odores corporais são um tabu na nossa sociedade por estarem associados a hábitos de higiene precários. Porém, essa nem sempre é a causa desses cheiros estranhos.

Quando os odores do nosso corpo apresentam alguma alteração, eles podem ser sinal de que alguma coisa não vai bem.

Conheça agora cinco odores corporais que não devem ser ignorados, pois eles podem ser sinal de algumas doenças:

1. Hálito frutado pode ser sinal de diabetes
Se você reparar ou se alguém te avisar que você está com um odor meio frutado no seu hálito, isso pode ser um sinal de diabetes. Esse sintoma surge em função da cetoacidose diabética, uma complicação dessa doença.
A cetoacidose diabética acontece quando o organismo tem uma queda de insulina ou um pico de açúcar no sangue. Como o corpo não consegue obter energia da forma apropriada, ele começa a quebrar os ácidos graxos como compensação.
Um dos produtos resultantes dessa quebra é a acetona (a mesma dos produtos removedores de esmalte), que pode deixar um odor frutado no hálito do paciente.
A cetoacidose diabética pode causar vômitos e vontade de urinar frequentes, levando à perda de fluidos e até mesmo à morte. Por isso, ao notar esse odor em seu hálito, associado a outros sintomas de diabetes, como fadiga, visão embaçada e perda de peso sem motivo, sempre procure um médico.

2. Chulé pode indicar pé de atleta
O mau odor nos pés é muito constrangedor, pois costuma ser associado à falta de higiene. Isso, porém, não é totalmente verdade: a causa para esse cheiro ruim pode ser o pé de atleta, também conhecido como frieira.
O pé de atleta é uma infecção causada por fungos – uma micose – que pode ser facilmente transmitida para outras partes do corpo ou para outras pessoas por meio do toque ou do compartilhamento de calçados, toalhas e roupas de cama. Justamente por isso, é sempre mais seguro utilizar chinelos ao tomar banho ou se trocar em locais como academias.
Portanto, se você observar que, além do chulé, seus pés apresentam pele seca ao redor dos dedos, vermelhidão e bolhas, é recomendável procurar um dermatologista para diagnosticar e tratar a infecção.

3. Fezes muito malcheirosas podem ser sinal de intolerância à lactose
Ok, não existem fezes perfumadas, mas, se elas estiverem com um odor mais desagradável que o normal, isso pode indicar uma intolerância à lactose.
Outros sintomas desse problema que costumam aparecer concomitantemente são inchaço abdominal, gases malcheirosos e diminuição na consistência das fezes.
A intolerância à lactose acontece quando o intestino delgado não consegue produzir a quantidade suficiente da enzima lactase, sendo, portanto, incapaz de digerir a lactose. Dessa forma, a lactose não passa para a corrente sanguínea, mas sim para o cólon, onde é fermentada pelas bactérias intestinais.
O resultado desse processo é justamente o odor mais desagradável nas fezes e os demais sintomas da intolerância à lactose.

4. Urina com odor muito forte pode significar infecção do trato urinário
As infecções do trato urinário podem levar à produção de urina com um odor pungente, quase lembrando alguma substância química. Isso acontece quando bactérias como a Escherichia coli entram na uretra e se multiplicam na bexiga, causando uma infecção.
As infecções urinárias são mais comuns nas mulheres do que nos homens porque nossa uretra é mais curta, facilitando a entrada das bactérias. Assim, se você notar um odor diferente na sua urina, não deixe de procurar um médico.

5. Mau hálito pode ser sinal de apneia do sono
Você tem bons hábitos de higiene bucal e sempre escova os dentes antes de dormir, mas mesmo assim seu hálito matinal é muito desagradável? Isso pode ser um sinal de apneia do sono, um distúrbio que faz com que as pessoas parem de respirar esporadicamente enquanto dormem.
A apneia do sono pode levar a roncos excessivos, fazendo com que você respire pela boca durante a noite. Isso acaba causando um ressecamento da mucosa bucal, o que favorece a multiplicação das bactérias e a produção de um gás sulforoso, que tem odor de ovos podres.
Se o mau hálito matinal estiver acompanhado por sonolência diurna e roncos excessivos, vale a pena consultar um médico. Além de apresentar esses sintomas desagradáveis, a apneia do sono tem sido relacionada a doenças cardíacas, hipertensão e diabetes, reforçando a necessidade de tratamento.


segunda-feira, 25 de setembro de 2017

8 dicas para evitar ou amenizar os efeitos da ressaca

Tome cuidados bem simples antes de beber e acorde ótima no dia seguinte. O estrago já está feito? Saiba como ficar melhor!

Se nenhum preparo for feito, é praticamente impossível esquecer, pela manhã, que a noite anterior foi regada a bastante álcool. Dor de cabeça, boca seca, náuseas e aquele mal estar em todo o corpo são os mais clássicos sintomas da ressaca. Não tem como achar legal e como não pensar “mas por queee isso está acontecendo comigo?”.

“Os sinais da ressaca só aparecem depois que o álcool já saiu do organismo. A hidratação e o sistema nervoso são afetados por alterações sanguíneas causadas pelas bebidas”, explica o gastroenterologista Ricardo Barbuti, médico-assistente do Hospital das Clínicas de São Paulo.

A dor de cabeça e as náuseas ocorrem porque todas as bebidas alcoólicas, sejam elas fermentadas (cerveja e vinho, por exemplo) ou destiladas (vodca, conhaque etc.) são vasodilatadoras, e o cérebro reage aos vasos sanguíneos dilatados. Já a boca seca ocorre porque o álcool diminui o hormônio antidiurético vasopressina – é isso, inclusive, que faz com que a gente vá ao banheiro muitas vezes para fazer xixi enquanto bebe – e resseca o organismo.

Estes efeitos retardam os reflexos e a concentração, então Ricardo recomenda que se evite dirigir não apenas quando há álcool no sangue, mas também quando se está de ressaca.
Ok, uma vez compreendida a ressaca, vamos ao que interessa: como evitá-la ou, pelo menos, amenizar seus efeitos. O gastroenterologista e a nutricionista Alana Mendez dão dicas preciosas que podem salvar seu fim de semana.

Dicas para EVITAR a ressaca

Faça um lanchinho antes de sair de casa
Alana sugere que a barriga nunca fique vazia, na verdade. “É bom fazer um lanche leve antes de beber e ir comendo algo enquanto estiver bebendo. Pode ser até aquele amendoim clássico de bar ou um mix de castanhas, nozes e outras oleaginosas. De preferência algo que não seja fritura, porque o óleo frito sobrecarrega o fígado, que já terá trabalho com a bebida”, diz.
O álcool será processado pelo organismo junto com a comida, evitando que a bebida “bata” no estômago vazio e cause um estrago.  

Tome uma colher de azeite de oliva antes de beber
Muita gente acha que é lenda, mas é real. “O azeite cru diminui o ritmo de absorção do álcool”, esclarece a nutricionista.

Intercale uma dose de bebida com um copo d’água
Esses copos de bebida livre de álcool combatem a desidratação e evitam a boca seca do dia seguinte. Se preferir, pode substituir a água por uma bebida isotônica rica em minerais.

Prefira as bebidas destiladas
O gastroenterologista conta que as bebidas fermentadas (cerveja, vinho, saquê) têm elementos  metabólicos que agravam todos os sintomas da ressaca. Por isso, opte pelas destiladas (vodca, uísque, tequila e conhaque, por exemplo) se quiser evitar ressaca.

Dicas para AMENIZAR a ressaca

Capriche na ingestão de líquidos
Você precisa hidratar o corpo para reverter a boca seca e repor os sais minerais, vitaminas, potássio, magnésio e cálcio que se foram com todo aquele xixi da noite anterior. Pode ser água pura, água de coco ou sucos. Se você estiver na vibe de sucos, tente tomar suco de tomate, que é especialmente benéfico para a ressaca por ser rico em vitaminas e potássio. E, se puder, coloque gengibre e hortelã no suco: eles aliviam as náuseas.

Coma mel
É importante recuperar a energia do corpo, para passar o mal-estar do corpo. “A melhor coisa para repor energia é o açúcar natural do mel, a frutose. Não tem efeitos colaterais e o organismo absorve rapidinho”, afirma Alana.

Coma banana
Ela é fonte de potássio e de vitamina B6 e atua na serotonina, um dos neurotransmissores responsáveis pelo bom humor. Isso significa que a fruta dará um up no seu astral e ajudará a desmanchar o azedume causado pelos sintomas da ressaca.

Coma atum
Isso mesmo, atum. “Ele tem enzimas que ajudam a fazer passar a dor de cabeça”, garante Alana. Pode ser em filés ou o de latinha, sem problemas.


Fonte: https://mdemulher.abril.com.br/saude/dicas-evitar-amenizar-efeitos-ressaca/ - Por Raquel Drehmer - Tomwang112/Thinkstock

domingo, 24 de setembro de 2017

9 dicas para limpar seu óculos de grau sem danificar a lente

Saiba quais cuidados você deve tomar para preservar suas lentes e sua armação e manter seu acessório sempre novo

Já faz muito tempo que os óculos de grau deixaram de ser algo indesejável e passaram a ser considerados acessórios que podem até ajudar a valorizar nosso rosto e a realçar nosso estilo.

Hoje, com uma variedade imensa de materiais, modelos, cores e marcas, os óculos de grau viraram ícones fashion e nos ajudam a compor looks para diversas ocasiões – tanto que é comum encontrar pessoas que têm mais de um par de óculos, justamente para poder escolher qual modelo combina mais com a roupa do dia.

Além disso, geralmente os óculos são peças com um custo elevado, ainda mais se suas lentes forem especiais ou se você quiser uma armação assinada por uma marca famosa. Em consequência, surge uma preocupação sobre a forma correta de limpar e conservar nossos acessórios, de forma que eles durem muitos e muitos anos.

Pensando nisso, separamos uma lista com dicas essenciais para você cuidar dos seus óculos e deixá-los novinhos pelo maior tempo possível:

1. Lave as lentes com água e sabão líquido neutro
Caso ninguém tenha te explicado, sim, você pode e deve lavar seus óculos com água e sabão ou detergente neutro. Para isso, você deve colocar os óculos em água corrente e esfregar uma gotinha de sabão líquido em cada lente.
Depois, deixe secar ao ar livre de preferência. Se for necessário, você pode usar um lencinho para secar os óculos e dar o polimento final com o pano que vem junto com o seu acessório.

2. Limpe a armação depois de usar maquiagem
Quando usamos base, corretivo e pó, ou mesmo hidratantes e filtro solar, esses produtos acabam ficando grudados na armação e nas plaquetas (aqueles pininhos transparentes que ajudam a segurar os óculos no nariz).
Por isso, o ideal é que você limpe a armação e as plaquetas com um lenço de papel ou um cotonete sempre que, ao final do dia, você notar que elas ficaram sujas com resíduos desses produtos. Se for necessário, lave com água e sabão – ou seu acessório poderá ficar manchado com o tempo.

3. Guarde seu acessório sempre no estojinho
Se você não vai usar seus óculos em algum momento, guarde-os sempre no estojinho, com as lentes viradas para cima. Essa é a melhor forma de conservar seu acessório quando ele não está em uso, evitando riscos e o acúmulo de pó.
Carregar o estojo com você evita que você tenha que simplesmente largar os óculos dentro da bolsa ou deixar em cima da mesa, correndo o risco de esquecê-los ao ir embora.

4. Procure tirar e colocar os óculos com as duas mãos
Você pode até pensar que não precisa se preocupar em tirar e colocar os óculos usando as duas mãos porque nunca vai derrubá-los, mas existe outro motivo para isso.
Quando usamos apenas uma das mãos para manusear os óculos, principalmente para tirá-los, estamos sempre forçando o acessório para o mesmo lado, e isso acaba entortando a armação, como você pode ver na imagem acima.

5. Nunca limpe as lentes na camiseta
Pode parecer um hábito inocente, mas limpar seus óculos na camiseta ou em qualquer outro tecido que não seja o paninho que vem junto com o acessório pode danificar as lentes.
Isso acontece porque a trama da maior parte dos tecidos, mesmo do algodão, é bastante irregular, com uma infinidade de fios soltos. Nós não vemos esses fios a olho nu, mas com uma lente de aumento é possível verificar a sua presença.
Ao serem esfregados contra as lentes, esses fios soltos causam riscos microscópicos que você até pode não enxergar em um primeiro momento, mas que vão deteriorando os seus óculos com o passar do tempo.
Dessa forma, a melhor forma de polir suas lentes é somente com o paninho de microfibra que vem junto com os óculos.

6. Não se deve passar o paninho nos óculos sem lavá-los antes
Você pode até abolir o mau hábito de limpar a lente com a camiseta, mas saiba que passar o paninho que vem junto com os óculos ou mesmo um lencinho de papel nas lentes antes de lavá-las pode danificar o seu acessório.
Isso acontece porque, ao esfregar qualquer material contra as lentes, estamos arrastando partículas de pó e sujeira contra elas, de forma que podemos acabar provocando o surgimento de riscos.
Assim, a forma mais segura de limpar seus óculos é fazer uma primeira lavagem com água e sabão, para tirar todos os grãozinhos que podem estar depositados nas lentes, e só depois polir com o paninho.

7. Colocar os óculos na cabeça pode danificá-los
Pode não parecer à primeira vista, mas nossa cabeça é mais larga que nosso rosto. Assim, ao colocar os óculos em cima da cabeça, ele vai acabar se deformando e ficando mais largo. Se você precisar guardar os óculos, sempre os coloque dentro do estojo protetor.

8. Conserve seus óculos fora do calor extremo
Deixar os óculos em locais onde faça muito calor, como o porta-luvas do carro, pode acabar causando deformações na armação com o passar do tempo, entortando as hastes ou estragando as películas de proteção das lentes.

9. Nunca force a armação para tentar ajustá-la
Se você reparar que seus óculos estão meio tortos, nada de tentar forçar a armação você mesma. Na tentativa de consertar, é mais provável que você acabe quebrando a armação. O melhor a se fazer é levá-los à ótica mais próxima.


Fonte: https://www.dicasdemulher.com.br/como-limpar-oculos-de-grau/ - Raquel Praconi Pinzon  - Foto: Unsplash

sábado, 23 de setembro de 2017

12 mitos populares sobre o funcionamento do cérebro

O livro "Caçadores de Neuromitos" explica, tim-tim por tim-tim, por que muitas coisas que ouvimos sobre a massa cinzenta são falsas

A maneira como nosso cérebro trabalha ainda é cercada de mistérios. E isso faz com que muitas lendas e notícias falsas circulem por aí. Selecionamos algumas das mais comuns, devidamente desbancadas em um livro publicado por cientistas brasileiros.

1. “Usamos só 10% da capacidade mental”
Eis uma das frases mais famosas – e erradas! – que ouvimos sobre a central do pensamento. Não à toa, ela é uma das primeiras apresentadas em Caçadores de Neuromitos, obra organizada pelos psicólogos Larissa Zeggio, Roberta Ekuni e Orlando Francisco Bueno, que se conheceram na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). A origem da história dos 10%, como boa parte das outras mentiras, vem da interpretação equivocada de evidências científicas. “Não faz sentido do ponto de vista evolutivo ter um cérebro que demanda tanta energia para utilizar só um pedacinho”, desvenda a neurocientista Karina Possa Abrahao, do Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos. Concorda que seria um desperdício danado? Hoje se sabe que todos os neurônios estão ativos em algum momento do dia – inclusive quando dormimos.

2. “O neurônio é a única célula que importa no sistema nervoso”
Neurônios são muito importantes, mas não moram sozinhos no crânio. Eles dividem espaço com as células da glia, um grupo variado e cheio de habilidades. Durante muito tempo, essas unidades foram consideradas apenas uma cola que mantinha a massa cinzenta intacta. “Descobrimos recentemente que elas têm um papel primordial e estão relacionadas até com a formação das memórias“, revela o biólogo Michael Rocha, fundador do Glia News, um site de difusão de novidades sobre essas ilustres desconhecidas. O mau funcionamento dessas células estaria ligado a doenças como depressão, esquizofrenia, Parkinson e Alzheimer.

OS TIPOS DE CÉLULAS GLIA
Astrócitos
Fazem o meio de campo entre os neurônios, conectando-os. Interagem com diversos neurotransmissores.
Oligo-dendrócitos
Responsáveis pela estrutura da bainha de mielina, capa que protege a cauda dos neurônios e facilita a troca de impulsos.
Microglias
Integram o sistema imunológico. Impedem a invasão de agentes infecciosos e matam as células defeituosas.

3. “Há coisas que aprendemos até os 3 anos de idade. Depois não tem mais jeito”
Por muitos anos, acreditou-se que esse seria um período crítico para a aquisição de conhecimentos básicos, como a linguagem. A ideia surgiu da observação de que, após o terceiro ano de vida, ocorre uma queda no número de sinapses, as conexões entre os neurônios. “Porém, nada impede um indivíduo de aprender algo ao fim da primeira infância”, afirma a psicóloga argentina Julia Hermida, da Unidade de Neurobiologia Aplicada, em Buenos Aires. Tanto é que, com esforço, adquirimos novas capacidades em todas as faixas etárias. O corte nas ligações neurais é um processo para otimizar o uso de energia pelo cérebro.

O ESTÍMULO PARA SEU FILHO
Como ajudar a criança pequena a ter um bom desenvolvimento cerebral? Para Julia Hermida, não há tanto segredo. “É preciso acompanhá-la nas brincadeiras, oferecendo desafios que não sejam nem muito fáceis nem muito difíceis para a idade”, diz.

4. “O teste de QI é a única maneira de medir a inteligência de alguém”
Ele reina há um século como símbolo máximo de status intelectual. No imaginário popular, estar acima dos 100 pontos é sinal de mente iluminada. Ficar abaixo dos 70 torna-se uma sentença de fracasso. Mas a ciência vem mudando seus conceitos sobre o teste. “Ele é válido apenas se aplicado junto a outras avaliações e no contexto certo, como na detecção da dislexia”, ilustra a psicóloga Carolina Nikaedo, pós-doutoranda da Universidade de Luxemburgo. Hoje se valorizam muito mais outros aspectos, como a inteligência emocional — e não só o raciocínio lógico.

5. “É possível obter novas habilidades durante o sono”
As estratégias para “aproveitar melhor” a noite começaram em 1900 — na época, achava-se uma perda de tempo passar tantas horas deitado. Experts criaram máquinas para ensinar matemática ou geografia na madrugada. “O problema é que nenhuma delas funcionou pra valer nos estudos”, relata o biólogo Francisco Dubiela, da Universidade do Estado de Santa Catarina. Aqui não carecemos de tecnologia: o bom e velho sono ajuda a consolidar tudo que aprendemos quando estamos acordados.

6. “O transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) não existe de verdade”
Marcado por agitação, falta de foco e prejuízos na escola, o TDAH ainda gera acalorados debates. Há quem acuse a indústria farmacêutica de ter inventado o distúrbio para incrementar a venda de remédios. Pura balela. “Os primeiros relatos sobre a condição foram publicados em 1902, antes de os laboratórios possuírem um tratamento adequado”, desmitifica o psiquiatra Luis Augusto Rohde, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Para evitar diagnósticos errados, é importante recorrer a uma equipe multiprofissional, formada por pediatra, psicólogo, neurologista e psiquiatra.

TEM CONTROLE?
Os médicos lançam mão de remédios e terapia cognitivo-comportamental contra o TDAH. “Nós estabelecemos medidas para que o paciente lide com as dificuldades do dia a dia e até conseguimos diminuir a dose dos fármacos com o tempo”, esclarece a neuropsicóloga Mônica Miranda, da Unifesp.

7. “Todo esquecimento já é sinal de demência”
Mais de 36 milhões de pessoas têm Alzheimer no mundo, taxa que vai dobrar em 20 anos. É compreensível que as falhas de memória deixem qualquer um desconfiado. Mas tenha calma. “O envelhecimento envolve um processo de atrofia do cérebro. Portanto, um grau de esquecimento é normal”, explica a neurocientista Liane de Vargas, da Universidade Federal do Pampa (RS). Para aliviar isso, é necessário estimular os neurônios. Vale ler livro, fazer palavra cruzada, viajar… Caso as falhas se tornem frequentes, consultar o médico é a atitude número um. O neurocientista argentino Ricardo Allegri, do Instituto de Investigações Neurológicas de Buenos Aires, deu uma aula sobre o tópico no Congresso Mundial de Cérebro, Comportamento e Emoções (Brain 2017), recém-ocorrido em Porto Alegre. Veja abaixo como ele diferencia os “brancos” inofensivos de uma demência.


COMO DISTINGUIR
Normal
Demora em aprender fatos novos e se recordar dos detalhes de uma situação antiga. A queixa vem da própria pessoa.
Doença
Passa aperto para se localizar, seguir direções, se lembrar de datas e eventos recentes. Família e amigos notam antes.

8. “Os lados direito e esquerdo do cérebro têm poderes distintos”
Existem, sim, variações de processamento entre as duas porções do cérebro. “Na maioria da população, a linguagem se concentra no hemisfério esquerdo”, exemplifica o neurologista Newton Canteras, do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo. Mas não dá pra dizer que alguns usam mais a parte esquerda ou a direita e isso estaria por trás de dotes matemáticos ou artísticos exacerbados, como vira e mexe aparece nas redes sociais. A massa cinzenta está completamente interconectada e muitas de suas funções dependem de estruturas nos dois lados.

9. “Ser assassino é apenas um desvio de caráter”
Nem sempre. Infringir a lei pode ter a ver com falhas na cabeça. Quem garante é o psicólogo britânico Adrian Raine, da Universidade da Pensilvânia (EUA). Em seus trabalhos, ele descobriu que psicopatas costumam ter um córtex pré-frontal menor. Essa região do cérebro responde por regulação de impulsos e empatia. “Somado a fatores ambientais, como morar num bairro ruim, esse defeito leva a ações violentas”, ensina Raine, que também esteve no Brain 2017. O especialista acredita ser possível impedir futuros casos de assassinato com políticas para reduzir a pobreza e melhorar a saúde de todos os estratos sociais.


10. “Maconha mata neurônios”
“Essa acusação se iniciou com um estudo malfeito, encomendado para justificar a guerra às drogas nos anos 1960 e 1970”, contextualiza o psicofarmacologista Fabrício Pamplona, diretor científico do laboratório Entourage, de São Paulo. Na experiência, macacos foram expostos a quantidades absurdas de Cannabis sativa — algo em torno de 60 cigarros por dia. Isso transformou a planta em tema tabu até hoje. A neurociência indica que a maconha não mata neurônios, mas o uso crônico pode incitar, se houver propensão, alguns transtornos psiquiátricos. Na contramão, compostos da planta são estudados pelo potencial de tratar esclerose múltipla, epilepsia, Parkinson…

11. “Videogame faz mal à cabeça”

Ele foi encarado por muitos anos como vilão — ainda mais depois daqueles massacres americanos, em que jovens entravam em escolas atirando nos alunos e nos professores. Sempre saíam reportagens dizendo que o infrator era influenciado por um jogo qualquer. “Mas é muito simplista apontar o dedo para o videogame diante de problemas de violência. Eles envolvem inúmeros fatores”, defende o psiquiatra Felipe Picon, do Hospital de Clínicas de Porto Alegre. As pesquisas atuais mostram, aliás, o inverso: os jogos eletrônicos fazem bem ao cérebro e dão uma força no combate e na recuperação de condições como depressão, autismo, TDAH e estresse pós-traumático.

ATÉ QUE PONTO?
Aposte no bom senso. Não é legal passar várias horas seguidas na frente de uma tela. O limite varia de acordo com o caso. Crianças e adolescentes precisam ser supervisionados pelos pais. Por lei, todos os games têm uma classificação etária. Não dá pra permitir que um pequeno de 5 anos brinque com um produto destinado a maiores de 18.

12. “Ginástica cerebral é 100% eficaz”
Da mesma forma que vamos à academia para fortalecer os músculos, deveríamos fazer exercícios mentais para deixar a cabeça afiada. Há inclusive empresas que vendem esse tipo de serviço, baseado nos achados científicos de treinamentos que aumentam as sinapses. “As redes de neurônios ficam mais fortes à medida que as utilizamos”, reflete o neurocientista Fernando Louzada, da Universidade Federal do Paraná. O dilema é que não está comprovado que a tal ginástica traria benefícios reais para o dia a dia ou se tornaria o praticante bom em uma tarefa específica. “Ela não vai servir para curar doenças sérias, como o Alzheimer”, frisa Louzada. O recado é manter o cérebro ativo e cheio de estímulos durante a vida toda.

HÁBITOS BONS PARA A CUCA
Coma…
Peixes, grãos integrais, folhas verde-escuras e frutas vermelhas são uma boa pedida.
Mexa-se…
Investir em um esporte incrementa a chegada de oxigênio e nutrientes à cabeça.
Estude…
O aprendizado é enriquecedor em vários sentidos e cria novas conexões entre os neurônios.


Fonte: https://saude.abril.com.br/mente-saudavel/12-mitos-populares-sobre-o-funcionamento-do-cerebro/- Por André Biernath - Ilustração: Fido Nesti/SAÚDE é Vital