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domingo, 17 de fevereiro de 2019

Suor demais? Saiba identificar a hiperidrose – e como lidar com ela


Doença que atinge 1% da população traz desconfortos funcionais e sociais

Suar quando se pratica atividade física é normal – especialmente em dias tão quentes como os que têm feito em todo o país neste verão. Mas e quando a pessoa sua demais e rotineiramente, a ponto de pingar, mesmo em situações banais em que a maioria não sua? Isso tem nome: hiperidrose.

“Ela se manifesta em 1% da população. É uma prevalência alta”, explica Caio Lamunier, dermatologista da Sociedade Brasileira de Dermatologia e do Hospital das Clínicas de São Paulo. “Mas muitos não sabem disso porque aqueles que têm a doença geralmente se escondem, ou seja, evitam as situações gatilho”.

Segundo o médico, é preciso cuidado para não confundir a hiperidrose com o simples suor excessivo. “Há um limite bem tênue entre um suador mais exacerbado e a doença que precisa ser tratada. Esse limite costuma ser o dano funcional e emocional que traz à pessoa”, diz Lamunier. 

Ou seja, se o fato de suar muito e rotineiramente te leva a mudanças de hábitos, ao afastamento de atividades e ao isolamento, por exemplo, pode ser sinal de que é preciso tratar o problema. De acordo com o dermatologista, a hiperidrose não é psicológica, causada pelo nervosismo ou ansiedade, como a maioria acredita. “É uma doença genética em que há uma resposta inadequada das glândulas sudoríparas diante de situações gatilho rotineiras, como calor excessivo, estresse e até mesmo atividades físicas de baixa intensidade”, diz.

No geral, a hiperidrose começa a se manifestar na adolescência e, se não for tratada, permanece com a pessoa. Lamunier explica que o suor exacerbado que começa na vida adulta ou aquele que acontece durante o sono (suor noturno) não caracterizam a hiperidrose. “Existem outras doenças que simulam essa situação. Se isso acontece, desconfiamos de outras doenças, como alguns tipos de câncer”, esclarece.

Diferentes partes do corpo que têm glândulas sudoríparas podem sofrer com a hiperidrose: axilas, palma das mãos, planta dos pés, costas e até couro cabeludo. E é possível que aconteça de maneira localizada ou generalizada – varia caso a caso.

“Quando é nas mãos, por exemplo, a pessoa tem dificuldade para manusear papéis e pode chegar a molhá-los. Nos pés, causa micose recorrente e faz com que os calçados escorreguem. O fato é que sempre traz algum desconforto funcional e social”, resume amunier.

Tratamento
Felizmente, quem sofre com a hiperidrose já pode contar com uma variedade de tratamentos para minimizar o desconforto e melhorar a qualidade de vida. A melhor escolha depende das particularidades de cada caso e deve ser discutida com seu médico.

A seguir, confira as opções disponíveis elencadas por Fernanda Junqueira, dermatologista membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia, Sociedade Americana de Medicina Estética e especialista pela Associação Médica Brasileira:

Uso de substâncias tópicas: na forma de creme, é o tratamento mais acessível financeiramente, mas pode não funcionar para todos os casos. O médico prescreve fórmulas que podem ser manipuladas de acordo com as necessidades de cada paciente. Os ativos criam uma barreira que evita a saída de suor pelos poros. No geral, uma fórmula simples custa a partir de R$ 200.

Toxina botulínica: tem sido a opção de 80% dos médicos e pacientes atualmente quando se trata de custo-benefício. O médico aplica a substância com agulha na região afetada e, para minimizar a dor, o paciente recebe anestesia antes do procedimento. Tem alta eficácia e dura de 10 meses a um ano. Custa entre R$ 2,6 mil e R$ 4 mil, dependendo do profissional.

Ondas de choque: também conhecida como radiofrequência. É um procedimento para axilas, feito com aparelho no consultório do dermatologista. Estudos mostram eficácia de até 40%. Requer de oito a dez sessões e custa de R$ 400 a R$ 800 por sessão, dependendo da região do país.

Procedimento cirúrgico: tratamento mais invasivo, que visa cortar nervos para que eles não façam mais a transmissão nervosa para as glândulas sudoríparas. A recuperação costuma ser rápida mas não é possível garantir a eficácia, já que o corpo pode encontrar vias alternativas para suar em outros locais do corpo. Custa a partir de R$ 8 mil.


terça-feira, 15 de janeiro de 2019

Fatores que envelhecem o cérebro


O estado desse órgão não é necessariamente compatível com sua idade oficial. Alguns problemas podem torná-lo anos mais velho

O psiquiatra americano David Amen se debruçou sobre 31 227 exames de imagens cerebrais de pessoas entre 9 meses e 105 anos de idade para inspecionar o fluxo sanguíneo dentro da cabeça de cada um. Assim, conseguiu definir não só a idade real do cérebro de todos como identificar fatores capazes de acelerar o envelhecimento do órgão.

Entre eles despontaram excesso de álcool e uso de maconha. “As pessoas devem maneirar no consumo se quiserem manter o cérebro saudável”, alerta o médico, que publicou os dados recentemente.

Esquizofrenia, bipolaridade e TDAH também fizeram a idade do cérebro subir. Para não sofrer falhas e danos cognitivos mais cedo, Amen aconselha tratar essas condições quanto antes. Veja abaixo quantos anos alguns problemas podem envelhecer a sua massa cinzenta:

Os grandes culpados pelo avançar da idade cerebral;

Esquizofrenia: envelhecimento de 4 anos

TDAH: 1,4 ano

Maconha: 2,8 anos

Abuso de álcool: 0,6 ano

Transtorno bipolar: 1,6 ano

Ansiedade: 0,5 ano

Fonte: https://saude.abril.com.br/mente-saudavel/fatores-que-envelhecem-o-cerebro/ - Por Thaís Manarini - Ilustração: Kfilonov/iStock

sábado, 19 de agosto de 2017

Muito além da cárie: 9 doenças que se manifestam pela boca

Ficar atento a alterações na língua, na gengiva e nos dentes pode ser o primeiro passo para diagnosticar algo que acomete o corpo inteiro

Consultar o dentista a cada semestre ou a cada ano é essencial para identificar problemas bucais como a cárie, a periodontite e o acúmulo de biofilme. Além de detectar e reverter as condições, esse profissional de saúde tem um papel fundamental para flagrar outras doenças que ultrapassam as fronteiras da boca. O Conselho Regional de Odontologia de São Paulo listou nove enfermidades que dão sinais por ali:

1. Sífilis
Um dos primeiros sintomas dessa infecção bacteriana é uma ferida na gengiva que demora a cicatrizar. Ela também pode causar placas vermelhas e úlceras nessa região. O Brasil, aliás, vive um surto da doença: só no estado de São Paulo houve um crescimento de 603% no número de casos em seis anos. O problema é ainda maior para gestantes e bebês: a elevação foi de 1001% nesse grupo. E pensar que um simples antibiótico é capaz de tratar o quadro e evitar muitas de suas complicações…

2. Leucemia
Esse tipo de câncer que se inicia na medula óssea e afeta as células do sangue é marcado por um inchaço da gengiva e uma maior propensão a sangramentos espontâneos sem nenhuma razão aparente. O aparecimento dessas características exige muita atenção.

3. Anemia
A ausência de glóbulos vermelhos saudáveis causa fadiga, palidez, falta de ar e tonturas. Outra manifestação é uma língua mais lisa — parece que ela fica “careca”, como um pneu velho que rodou muito por avenidas e estradas. O ideal é que esse músculo esteja sempre áspero e brilhante.

4. Bulimia
Esse transtorno psiquiátrico é marcado por abusos de laxantes e pela indução de vômito. O paciente ainda alterna episódios de compulsão seguidos por momentos compensação. O hábito de regurgitar com frequência faz com que muitos ácidos do estômago cheguem à boca. Isso destrói as camadas superficiais dos dentes e machuca toda a mucosa.

5. Câncer bucal
O vírus HPV, transmitido durante o sexo, está por trás da maioria dos casos de câncer do colo do útero. Ele também é um dos principais vilões dos tumores de cabeça e pescoço. Na boca, ele forma verrugas que podem evoluir para uma encrenca mais séria. Se você perceber alguma afta ou lesão que não desaparece após duas semanas, é bom verificar logo com o dentista o que está acontecendo.

6. Doenças Autoimunes
Enfermidades como o lúpus eritematoso sistêmico e o pênfigo vulgar, em que o próprio sistema imune ataca estruturas do corpo, podem dar sinais como úlceras nas mucosas da boca. Essas feridas doem bastante e não costumam se fechar facilmente.

7. Diabetes
O descontrole nas taxas de açúcar pode vir junto com um hálito ruim. Há quem diga que o cheiro se assemelhe ao de frutas envelhecidas. Esses pacientes usualmente apresentam gengivite, a inflamação das gengivas.

8. Cirrose hepática
Lesões no fígado têm inúmeras causas, como o álcool, a gordura e alguns tipos de vírus. Se não tratadas a tempo, elas podem se tornar crônicas e comprometer de vez a saúde. Nesses indivíduos, as partes moles da boca mudam de cor e chegam a ficar até amarelas ou esverdeadas.

9. AIDS
A doença provocada pelo vírus HIV pode aparecer aqui por meio de gengiva inflamada, placas esbranquiçadas, linhas verticais brancas na região lateral da língua e aftas de grande extensão. O sistema imune enfraquecido pela infecção possibilita que outros micro-organismos tomem conta do espaço e levem a todas essas chateações.


sábado, 25 de março de 2017

Veja como identificar se a carne que você consome está estragada

Aspectos como cor, textura, cheiro e até mesmo preço devem ser levados em consideração

Ficou difícil sentir segurança para comprar carne depois da nova operação da Polícia Federal. Denominada "Carne Fraca", a ação trouxe à tona a venda e distribuição de carnes estragadas por parte de grandes frigoríficos e companhias.

Segundo as investigações as carnes podres recebiam substâncias capazes de disfarçar a cor e a aparência do produto vencido, que depois era reembalado. Também estavam entre as irregularidades produtos contaminados por bactérias e até misturados com papelão. Alguns produtos também apresentavam excesso de água para aumentar o peso - e consequentemente o preço.

De acordo com a nutricionista Andréa Marim, o momento pede atenção. "O cenário é preocupante e é necessário ficar em alerta, pois as carnes contaminadas podem causar infecções gastrointestinais sérias, como a salmonela, que em pessoas com um sistema imunológico mais delicado, como crianças, idosos e gestantes pode trazer sérios danos à saúde e até risco de morte", conta.

Fatores como embalagem, data de validade, aparência, cheiro, textura e até mesmo preço devem ser levados em consideração. "Se o valor do produto estiver muito barato, é sinal de que a carne pode não estar em boas condições", afirma a nutricionista.

Veja a seguir como identificar que a carne está estragada:

Carne de boi e porco

No caso das carnes de boi e de porco, quando estão estragadas apresentam coloração cinza e manchas esverdeadas. Elas também podem exalar odores fortes e apresentar textura viscosa e rançosa.

Carne de frango

Já no caso da carne de frango, o diferencial é o odor azedo que remete ao amoníaco. No aspecto visual, apresenta-se descolorado e com textura viscosa. Em relação à cor, pode apresentar nuances amarelas e esverdeadas. "Muitas vezes a carne de frango está com uma aparência bonita e um gosto bom", explica Andrea. Esse "disfarce" torna mais difícil a identificação da carne estragada, por isso é sempre importante se atentar ao cheiro e sempre consumir a carne bem passada.

Carne de peixe

O mesmo acontece com a carne do peixe, que quando estragada, remete ao cheiro de amônia. Além disso, ele normalmente apresenta alguma descoloração - amarronzado, amarelado ou acinzentado - ou mesmo cor opaca. Em relação ao aspecto, se o peixe não estiver duro e começar a descamar também é um sinal de que está estragado.

Poder do cheiro

Mesmo com a tentativa de algumas empresas de maquiar o aspecto da carne com conservantes, Andrea explica que essas substâncias não são capazes de disfarçar o cheiro. "Independente do conservante que tenha sido usado, o cheiro sempre denuncia, por isso é tão importante prestar atenção nesse aspecto".

Armazenamento

As carnes de modo geral são altamente perecíveis, pois ficam suscetíveis à contaminação microbiológica. Portanto, no momento de escolher a carne certifique-se de que ela está armazenada em freezers e geladeiras em temperatura de 0º C a 2°C.

Caso você compre uma carne congelada e deseje mantê-la nessa temperatura, o ideal é colocá-la diretamente no freezer. De acordo com Andréa a carne pode ficar no freezer até seis meses, dependendo do tipo de carne. Bifes, independentemente de serem de carne ou frango, podem ficar congelados por até seis meses. Já a carne moída tem prazo de validade de até três meses

Se a pessoa descongelou a carne, cozinhou e guardou o resto na geladeira, ela pode ser consumida por até três ou quatro dias.

Caso a carne tenha sido comprada fresca e o intuito é congelar, o ideal é temperar o alimento e depois guardar no freezer por até seis meses.

No entanto, no momento de preparo é sempre importante observar o estado da carne e jogar o produto fora se houver qualquer suspeita em relação à procedência. "Isso porque alguns fabricantes podem alterar a data de validade do produto e o consumidor só percebe que adquiriu uma carne com data de validade menor do que esperado no momento do preparo", ressalta.

O que vem pela frente

Em declaração à imprensa, o secretário-executivo do Ministério da Agricultura, Pesca e Agropecuária, Eumar Novacki disse que os casos de irregularidades apontados na operação Carne Fraca são específicos e não apresentam risco à saúde pública. No entanto, é importante atenção na hora de comprar a carne e, especialmente no momento de consumir.

Até o momento, a Polícia Federal identificou que 40 empresas do setor de alimentos cometeram irregularidades. Segundo o Ministério da Agricultura, três unidades foram fechadas: duas do frigorífico Peccin, em Jaraguá do Sul (SC) e em Curitiba (PR), e uma da BRF, em Goiás. Outras 21 estão sob investigação.

Essas unidades terão os códigos de barras dos seus produtos rastreados a partir da próxima segunda-feira (20). Até o momento o Ministério da Agricultura não informou se haverá um esquema de recall das carnes.


segunda-feira, 13 de março de 2017

10 Sintomas de Alzheimer

Esquecer um aniversário ou ter dificuldade para trabalhar com uma planilha de dados é normal, mas quando situações como essas se tornam frequentes demais, talvez seja hora de procurar um médico, pois podem ser sintomas de Alzheimer.

Para ajudar a identificar possíveis sinais da doença de Alzheimer, a equipe do alz.org listou 10 possíveis sintomas da condição, que não devem ser confundidos com dificuldades “normais”.

1. Perda de memória frequente
Esse é um dos sintomas mais comuns de Alzheimer da fase inicial da doença: a pessoa passa a se esquecer constantemente de datas importantes e de novas informações, além de criar uma dependência muito grande de lembretes. O que não é sintoma: esquecer-se ocasionalmente de algo, mas se lembrar depois. Vale notar que perda de memória não é tão comum na velhice como se pensa; problemas de memória em pessoas mais velhas, ao contrário do que se pensou por muito tempo, não são uma parte “normal” do envelhecimento.

2. Dificuldade excessiva em solucionar problemas
Algumas pessoas têm dificuldade natural em fazer planos ou lidar com números, mas quem tem doença de Alzheimer sofre ainda mais com isso. O que não é sintoma de Alzheimer: atrapalhar-se de vez em quando na hora de fazer cálculos.

3. Dificuldade em executar tarefas cotidianas
Fazer o mesmo caminho de sempre até o trabalho, lembrar o que deve ser escrito em um relatório semanal ou recordar as regras do seu jogo favorito pode se tornar difícil quando a pessoa começa a desenvolver mal de Alzheimer. O que não é sintoma: precisar, ocasionalmente, de ajuda para mexer com um eletrônico.

4. Confusão de tempo e local
Perder-se constantemente em datas e horários e se esquecer o caminho que percorreu até determinado local são sinais preocupantes. O que não é sintoma: confundir vez ou outra o dia da semana, mas se lembrar rapidamente.

5. Problemas em entender imagens e dimensionar espaço
Uma pessoa com mal de Alzheimer pode ter sérias dificuldades em perceber distâncias e em compreender figuras. Às vezes, podem não reconhecer o próprio reflexo, passar diante de um espelho e achar que viram outra pessoa. O que não é sintoma: desenvolver problemas de visão por causa da idade.

6. Problemas sérios de comunicação
Palavras “fogem” e a pessoa interrompe as próprias falas sem conseguir dar continuidade depois. O que não é sintoma: não encontrar, às vezes, a palavra mais apropriada para expressar uma ideia.

7. Guardar coisas em lugar errado
Confusa, a pessoa pode guardar no banheiro as chaves do carro ou largar o celular no banco do jardim e ter dificuldade para refazer a trajetória até o objeto perdido. O que não é sintoma: perder objetos de vez em quando.

8. Imprudência ou falta de equilíbrio em decisões
Ao lidar com dinheiro, a pessoa pode acabar gastando quantias que normalmente não gastaria, por exemplo. O que não é sintoma: tomar ocasionalmente uma decisão ruim.

9. Evitar interações sociais
Alterações causadas pela doença podem fazer com que a pessoa desista de hobbies, projetos, esportes ou compromissos familiares. O que não é sintoma: não se sentir disposto de vez em quando a sair de casa.

10. Mudança de personalidade
O mal de Alzheimer pode fazer com que uma pessoa normalmente calma se torne impaciente, ou que passe de alegre a triste. Fugir da zona de conforto se torna muito mais difícil do que o normal. O que não é sintoma: criar rotinas e se incomodar ao ter que quebrá-las. [Alz.org]


Fonte: http://hypescience.com/sintomas-alzheimer/ - Por: Guilherme de Souza

domingo, 29 de janeiro de 2017

9 formas de reconhecer os sintomas do AVC

Quando alguém começa a passar mal e você não tem ideia do diagnóstico, bate um desespero? Para reconhecer os sintomas do AVC – Acidente Vascular Cerebral, listamos 9 dicas que podem te ajudar a identificar o derrame cerebral. Confira!

Veja 9 formas de reconhecer os sintomas do AVC

1. Perda visual
Costuma ser um dos primeiros sintomas, e pode iniciar pela visão dupla ou perda visual num olho (amaurose fugaz), e tem a possibilidade de reversão total e reaparecer dentro de um dia ou uma semana.

2. Perda de força
Quando a perda da visão reaparece pode haver perda de força do braço, da perna, ou dos dois membros.

3. Perda da sensibilidade dos movimentos
Estes são outros sinais típicos. O desvio da boca em direção contrária ao lado paralisado é o sinal mais comum e perceptível e pode ser notável ou discreto. Uma dica é fazer sorrir ou assobiar. Se há paralisia, esses movimentos indicarão que há algo errado.

4. Falta de coordenação
Esta alteração dificulta o caminhar e causa desequilíbrio, diminuição da força em uma das pernas ou alterações na coordenação motora.

5. Tontura
Há casos em que há tonturas, fazendo com que o paciente não consiga andar por estar tonto.

6. Dificuldade para falar
A fala pode ficar arrastada ou o paciente pode ter dificuldade de articulação ou de expressão. É um problema de origem motora. A pessoa compreende tudo e tem consciência do que quer dizer.

7. Forte dor de cabeça
A dor de cabeça, vômitos ou perda de consciência são sintomas mais comuns nos quadros de AVC hemorrágico do que no isquêmico.

8. Crise convulsiva
Esses abalos motores generalizados associados à perda da consciência podem acontecer. E serão um sintoma ou uma sequela: alguns pacientes tornam-se epiléticos após passarem por um AVC.

9. Coma
A redução do nível de consciência pode chegar ao extremo de levar o paciente ao estado de coma. Esse costuma ser um sintoma do AVC hemorrágico.


quinta-feira, 15 de setembro de 2016

6 sintomas do AVC para você identificar e procurar ajuda médica o quanto antes

Fraqueza ou paralisia de um lado do corpo, dificuldade para falar e confusão mental são alguns sinais do acidente vascular cerebral

O AVC (Acidente Vascular Cerebral) é um problema que preocupa muita gente, e, sobretudo, que gera muitas dúvidas. As principais delas relacionadas aos sintomas exatos do acidente e à possibilidade de evitar que ele aconteça.

Lázaro Fernandes de Miranda, coordenador de Cardiologia do Hospital Santa Lúcia, de Brasília, e conselheiro da Sociedade Brasileira de Cardiologia, explica que AVC ou Derrame Cerebral é uma afecção neurológica aguda, caracterizada por perda de função neurológica cognitiva e/ou motora, decorrente de entupimento ou rompimento de vasos sanguíneos em alguma parte do cérebro.

Ricardo Campos, neurologista do Hospital Anchieta, destaca que o AVC nada mais é do que a supressão abrupta e completa da nutrição sanguínea de uma área cerebral íntegra até a ocorrência desse evento.

Miranda explica que pode ocorrer AVC por isquemia (90% dos casos) e por hemorragia (10% dos casos). “Quanto mais idoso o indivíduo, maior o risco de AVC, predominando discretamente entre as mulheres, especialmente aquelas hipertensas, obesas e diabéticas. As cardiopatias, principalmente as valvulopatias reumáticas, miocardiopatia chagásica e arritmias cardíacas como fibrilação e/ou flutter atrial, são os principais grupos de risco”, diz.

Campos destaca que, em um contexto pedagógico geral, pode-se dizer que o AVC se divide em isquêmico e hemorrágico. “O AVC isquêmico pode decorrer de dezenas de possibilidades causais, o que perfaz a caracterização de subtipos. Assim também o AVC hemorrágico pode decorrer de fatores etiológicos diversos, o que promove uma classificação numerosa de manifestações”, diz.

“Classificar os AVCs em subtipos também leva em conta a topografia ou a área cerebral envolvida. Para uma abordagem mais clínica, subdividimos os tipos de AVC por etiologia, topografia e expressão sintomática”, explica o neurologista.

De forma resumida, pode-se dizer que o AVC isquêmico acontece quando um coágulo bloqueia a artéria que leva o sangue para o cérebro; já o hemorrágico, quando há ruptura de uma artéria intracraniana.

É inegável que um AVC costuma ser uma experiência muito ruim, tanto para o paciente como para a família ou pessoas que convivem com ele. Assim, é muito importante estar atento aos sinais que o corpo dá, exatamente para evitar que o acidente vascular cerebral tenha consequências mais graves.

Os principais sintomas do AVC

Os sintomas de um AVC são, basicamente, dificuldades para andar, falar ou confusão mental, bem como fraqueza ou paralisia unilateral do rosto, do braço ou perna.
É importante estar atenta a esses sintomas do AVC, até mesmo para conseguir manter mais a calma, caso o acidente, infelizmente, atinja alguém próximo; e, também, para saber exatamente a partir de momento é essencial procurar ajuda médica.

1. Dor de cabeça

Miranda explica que pode surgir cefaleia (dor de cabeça) súbita, com apagamento de campos visuais, às vezes com tontura e vômitos.
Vale lembrar que existem diversos tipos de dor de cabeça, como, por exemplo, a enxaqueca. A cefaleia relacionada ao AVC, neste sentido, se diferencia por ser súbita e sem causa aparente, e por estar geralmente associada a outros sintomas, como, por exemplo, a dificuldade para andar ou enxergar, confusão mental súbita, tontura, vômitos ou dificuldade para falar.

2. Alterações na fala

Miranda explica que pode ocorrer dificuldade na fala ou língua trôpega.

É comum ocorrer a afasia, que é a incapacidade do paciente em nomear objetos e coisas. Em alguns casos, a pessoa não consegue nem repetir uma palavra dita por um familiar. O discurso pode, inclusive, ficar confuso, pois o paciente só consegue dizer algumas palavras, sendo incapaz de dizer outras.
Pode ainda ocorrer a disartria, que se caracteriza pela dificuldade em articular as palavras. O paciente entende tudo, mas não consegue mover os músculos da fala de modo a articular corretamente as palavras. Ou até consegue nomear coisas, mas o faz de “modo enrolado”, muitas vezes incompreensível para quem está ouvindo.

3. Desvio da comissura labial para um lado da face

O desvio da boca em direção contrária ao lado paralisado é um sinal comum e perceptível no AVC. Por exemplo, o paciente apresenta uma paralisia facial do lado esquerdo; então, a boca desvia-se para o lado direito e a comissura labial fica mais proeminente à direita.
Mas, vale destacar que, em alguns casos, a paralisia facial é bem discreta e pode passar despercebida pelos familiares. Pode-se, nesses casos, pedir para o paciente sorrir ou assobiar; pois, assim, se houver paralisia, ela será facilmente notada.

4. Fraqueza ou paralisia

Miranda explica que pode ocorrer fraqueza de um lado do corpo (braço e perna), às vezes impedindo a pessoa de andar. Assim, esta fraqueza pode variar desde uma perda de força muito suave até uma paralisia total.
Não é comum no AVC, porém, que ambas as pernas ou os braços sejam acometidos ao mesmo tempo, com a mesma intensidade.
A fraqueza pode vir acompanhada ainda de dormência, formigamento ou uma sensação de leves “picadas de agulhas”.
A paralisia pode facilmente ser identificada pelo paciente e seus familiares, mas, quando a perda de força é discreta, fica mais complicado. Mas, um “teste” pode ser feito: os braços do paciente devem ser levantados e mantidos alinhados aos ombros (“posição de múmia”) por alguns minutos. Se um dos braços começar a cair, há forte indício de fraqueza motora. O mesmo “teste” vale para as pernas.
O paciente pode ainda ser acometido por falta de equilíbrio ou vertigem.

5. Confusão mental

Pode ocorrer desorientação, podendo evoluir para o coma e até morte, conforme destaca Miranda.
O paciente pode, por exemplo, perder a noção do tempo (dia, mês, ano), não reconhecer o local em que está, além de ter um discurso confuso devido à desorientação mental.

6. Convulsão

Em alguns casos pode ocorrer uma crise convulsiva, que é provocada pelo excesso de atividade elétrica no cérebro gerando contrações involuntárias musculares com movimentos desordenados, alterações do estado mental ou outros sintomas.
Vale destacar, porém, que nem sempre a crise convulsiva é sintoma de um AVC.
Em resumo, Ricardo Campos destaca que a supressão repentina do fluxo arterial cerebral determina a perda de função tão rápida quanto o início do evento sintomático. “Ou seja, a depender da área cerebral envolvida, pode haver perda repentina de consciência. É possível a ocorrência de crise convulsiva inédita”, diz.
“Mas, a expressão mais comum é o comprometimento de um ou vários dos que se seguem, geralmente envolvendo um lado do corpo: força muscular, sensibilidade, equilíbrio, coordenação, destreza de movimentos, capacidades mentais, percepção de ambiente (visão, audição, olfação, gustação e tato)”, explica Campos.
O neurologista destaca ainda que a busca por ajuda médica deve ser imediata. “Em caso de isquemias, é possível o uso de medicamentos e procedimentos neurológicos intervencionistas que podem reverter o processo cérebro-vascular, isso apenas por algumas horas após o início dos sintomas. Em caso de hemorragia, a depender do tipo de hemorragia, minutos podem fazer a diferença entre vida e morte, autonomia de vida e invalidez permanente”, diz.
Lázaro de Miranda ressalta que o paciente deve ser levado imediatamente ao pronto socorro de um hospital com protocolo para o adequado atendimento de AVC, “para ser submetido à realização de ressonância magnética ou tomografia de crânio, para selecionar os casos que se beneficiarão com a terapêutica trombolítica, a qual tem que ser iniciada em até 4 horas do início dos sintomas. Tem que ser rápido, pois tempo é cérebro salvo ou perdido”, diz.

Fatores de risco e prevenção

Miranda destaca que o principal fator de risco é a idade avançada, seguido da hipertensão arterial, colesterol elevado, diabetes mellitus, tabagismo, alcoolismo, valvulopatias, miocardiopatias e fibrilação atrial (arritmia cardíaca).

Campos ressalta ainda como fatores de risco:

Sedentarismo;
Obesidade;
Apneia do sono;
Ácido úrico descontrolado;
Drogadição;
Período do climatério;
Uso de anticoncepcionais orais.

Neste sentido, para evitar um AVC, algumas orientações importantes são:

Ter uma vida saudável desde a infância e adolescência, incluindo boa alimentação e prática de atividade física;
Miranda orienta a controlar todos os fatores de risco à medida em que surjam a hipertensão arterial, o mau colesterol elevado, o diabetes, as arritmias cardíacas;
O cardiologista destaca ainda que é preciso evitar o uso de drogas ilícitas;
Nos casos indicados, é necessário fazer o uso e controle regular de anticoagulantes e antiarrítmicos, conforme ressalta Miranda;
Campos destaca a importância de hábitos saudáveis também no que diz respeito a práticas profissionais, relações pessoais e margens para estresse;
Consultar um neurologista regularmente pode identificar fatores de risco além dos mais “conhecidos”, conforme destaca Campos. “Nesse âmbito, isto pode trazer proteção mediante correções do verificado em exames periódicos da especialidade”, conclui.
Miranda lembra ainda que “quem já teve um AVC e foi salvo, tem 4 a 6 vezes mais risco de ter outro AVC”. Por isso, reforça-se a importância de estar sempre atento à saúde como um todo!

É fato que ninguém espera sofrer um AVC ou ver alguém próximo sofrendo, mas é essencial estar atento a esta possibilidade e à saúde como um todo, exatamente para ajudar a evitar que este acidente tenha consequências mais graves. Dessa forma, a qualquer sinal de um AVC, não hesite em procurar ajuda médica o quanto antes. Isso provavelmente fará a diferença!


Fonte: http://www.dicasdemulher.com.br/sintomas-de-avc - por Tais Romanelli - Foto: Getty Images

quarta-feira, 29 de junho de 2016

7 sintomas que você nunca deve ignorar

Fique de olho nos sinais que o seu corpo dá, eles podem dizer muito sobre a sua saúde

No dicionário, sintoma é definido como fenômeno indicador da existência de uma doença. O significado não poderia ser mais específico, mas na maior parte das vezes, acabamos ignorando um mal-estar acreditando não ser nada grave.

Na verdade, todos os sinais que o corpo envia podem ser indicativos de doenças mais sérias, para as quais devemos estar sempre alertas. Conheça agora 7 sintomas que nunca devem ser ignorados e se identificar algum deles, procure um médico imediatamente.

1 – Dores constantes
Uma boa dose de descanso e um relaxante muscular podem ajudar a aliviar a dor causada pelos primeiros dias de exercícios na academia ou por uma noite mal dormida. Mas se as dores no corpo se estendem por semanas e sem explicação, melhor procurar o médico.
Dor nas articulações e rigidez muscular podem ser sinal de lúpus, uma doença autoimune que atinge em sua maioria mulheres entre 30 e 40 anos. O especialista pode sugerir mudanças de estilo de vida e orientar sobre os repousos juntamente com a prática de exercícios para ajudar a reduzir os desconfortos.

2 – Sede excessiva
A sensação de sede que não passa mesmo depois de beber bastante água, principalmente se estiver aliada ao aumento de idas ao banheiro para urinar e à perda de peso sem motivo aparente, é um sinal gritante de que é preciso ficar alerta. Esses sintomas são característicos do diabetes do tipo 2, que se não for controlado, pode levar a acidente vascular cerebral, cegueira e dobrar o risco de doenças cardíacas.

3 – Fadiga
A exaustão pode ser mais do que um sinal de que a rotina está muito puxada, de que você anda dormindo mal ou chegou ao limite do cansaço.
Quando sair da cama parece uma missão pra lá de complicada e não há aparentemente nenhuma mudança no estilo de vida que possa ser apontada como culpada, a causa pode ser simples, como uma anemia, ou indicar algo mais complicado, como um câncer. A fadiga é uma maneira do seu copo e lhe dizer que algo está errado, portanto, ouça.

4 – Visão embaçada
Você tem dificuldade para decifrar letras miúdas? Pois então é hora de marcar uma consulta com o oftalmologista. Embora mudanças na visão, principalmente de perto, sejam normais à medida que envelhecemos, visão turva constantemente ou alterações súbitas podem ser um sinal precoce decatarata, problemas na retina, diabetes ou pressão alta.

5 – Sexo doloroso
Se as relações sexuais tem sido dolorosas, informe seu ginecologista. A secura vaginal pode ser um problema simples, facilmente corrigido com o uso de lubrificantes que tornam a penetração menos desconfortável.
Entretanto, também pode indicar infecção vaginal, mioma no útero ou talvez algo mais grave. Um exemplo é a endometriose, problema que afeta principalmente mulheres entre 30 e 40 anos e surge quando o revestimento do útero cresce fora da região pélvica e vai parar em diferentes partes do corpo, causando períodos muito dolorosos. Além de permitir apreciar o sexo sem dores novamente, o tratamento para endometriose é fundamental porque a doença pode causar infertilidade.

6 – Azia
Fazer uso de um antiácido após uma refeição pesada é comum, mas se você precisa dele pelo menos uma vez por semana, procure um especialista. O médico pode receitar uma solução temporária para inibir a queimação causada pelos ácidos estomacais, mas é preciso fazer exames e descobrir as causas do problema para encontrar soluções duradouras, como uma dieta balanceada ou perda de peso.

7 – Dificuldade para lidar com decepções
O fim de um relacionamento te deixa deprimida por meses? A demora para ser atendida em uma loja é um motivo capaz de fazer com que você perca a cabeça? Fique de olho. A falta de resistência a situações estressantes ou reações exageradas que as pessoas costumam descrever como estresse podem ser sinais de depressão.
Muitas pessoas deprimidas nem desconfiam do problema e se descrevem apenas como “dramáticas por natureza”. Quanto mais cedo a pessoa procurar um médico ou terapeuta, maiores as chances de recuperação rápida.


domingo, 22 de maio de 2016

4 verdades sobre o infarto

Na hora de cuidar da saúde, é importante dedicar atenção redobrada às doenças cardiovasculares e, para te ajudar a ficar por dentro consultamos um especialista para falar sobre 4 verdades sobre o infarto. Confira!

Ficar atento aos casos de infarto, que ocorrem devido à obstrução da artéria que leva o sangue ao coração, é imprescindível, segundo Elcio Pires Júnior é coordenador da Cardiologia e Cirurgia Cardiovascular e coordenador das Unidades de Terapia Intensiva do Hospital e Maternidade Sino Brasileiro, as doenças cardiovasculares. “Os pacientes que compõe o grupo de risco, que podem sofrer um ataque cardíaco estão: os obesos, diabéticos, com aumento de colesterol e triglicérides, quem tem históricos familiares de problemas cardíacos e fumantes”, alerta.

Para te ajudar a identificar os sinais que o corpo dá, confira já 4 verdades sobre o infarto:

- Dor no peito é considerado o principal sintoma de infarto, embora por vezes seja confundido com outras doenças como dores musculares, úlceras e tromboembolismo pulmonar. Por essa razão, a avaliação de um especialista é essencial para a realização do diagnóstico.

- Os homens são mais suscetíveis dobro aos infartos do que as mulheres, inclusive após décadas e mudanças com o aumento significativo na ocorrência de infartos devido à menopausa, ao uso de pílulas anticoncepcionais e cigarro, que aumentam em três vezes mais as chances de sofrerem do problema cardiovascular.

- O fumante possui maior adesão das placas de gordura nas paredes dos vasos sanguíneos. O tabagista tem até três vezes mais chance de infarto que o não fumante.

- Após o infarto, as visitas ao cardiologista devem ser periódicas, para que o especialista avalie se a medicação está surtindo efeito, referente à estabilização do músculo cardíaco, na tentativa de evitar a progressão das lesões. Durante o encontro com o profissional, serão tratados os fatores de risco e possíveis complicações, como hipertensão, arritmias e insuficiência cardíaca. Júnior conclui ao dizer: “Ao sentir dor no peito com um aperto de forte intensidade, que irradia para o ombro superior esquerdo até à região mandibular, associado ao mal estar geral, suor frio, náuseas e vômitos, procure imediatamente atendimento médico”.

“Em caso de dor no peito com um aperto de forte intensidade, com irradiação para o membro superior esquerdo e até para a região mandibular, associado a mal estar geral, suor frio, náuseas e vômitos, o paciente deve procurar imediatamente atendimento médico”, finaliza o especialista.


Fonte: http://revistavivasaude.uol.com.br/clinica-geral/4-verdades-sobre-o-infarto/6225/ - *Por Kelly Miyazzato | Foto Ed. Coleção VivaSaúde Especial 

domingo, 31 de janeiro de 2016

Teste SAMU ajuda a identificar se familiar está tendo AVC em 4 passos simples

Um Acidente Vascular Cerebral (AVC) é sempre uma emergência médica e muitas vezes é a família que nota os primeiros sinais de que algo diferente está acontecendo. Os médicos neurologistas e o Ministério da Saúde recomendam um passo a passo simples que pode ajudar a tirar a dúvida e, se for o caso, procurar um serviço médico o mais rápido possível. Conheça o teste SAMU a seguir.

Como reconhecer AVC: teste SAMU ensina 

Composto de 4 passos simples e de fácil memorização, o teste SAMU deve ser conhecido para que seja aplicado quando houver a suspeita de um AVC.

Ele identifica alguns dos sintomas iniciais do AVC, que são a paralisia ou fraqueza de um dos lados do corpo e a consequente dificuldade na fala.

A rapidez no atendimento a quem teve um AVC é um dos principais determinantes de como evoluirá o quadro. Quanto mais rápido, melhor o prognóstico do paciente.

Peça para a pessoa sorrir e repare se a boca fica torta.

Peça um abraço e verifique se a pessoa consegue levantar os dois braços.


Solicite que a pessoa cante uma música e atente para a voz “embolada" ou arrastada.


Se você identificar um ou mais desses sinais, ligue para 192 e solicite um atendimento médico de urgência.

Outros sintomas de AVC
Além dos sintomas avaliados no teste SAMU, vale ficar atento ao aparecimento de formigamentos em apenas um lado do corpo, alteração de visão de um olho, dor de cabeça súbita, vertigem, desequilíbrio súbito e confusão mental. 


sexta-feira, 1 de novembro de 2013

AVC: saiba quais os primeiros socorros durante um derrame

Identifique os sinais precoces e como proceder em uma emergência

A cada ano, cerca de seis milhões de pessoas morrem de acidente vascular cerebral (AVC), sendo essa a primeira causa de morte e incapacidade no Brasil, de acordo com a Sociedade Brasileira de Doenças Cerebrovasculares (SBDCV) e Academia Brasileira de Neurologia (ABN). "O AVC, que atualmente é chamado de AVE (acidente vascular encefálico), ocorre quando existe a interrupção da oferta de oxigênio e nutrientes em um território do cérebro, cerebelo ou tronco cerebral", explica o cardiologista Rafael Munerato, do laboratório Pasteur. Essa interrupção pode ocorrer devido a um entupimento, que é o AVC isquêmico, ou rompimento de um vaso, caso do AVC hemorrágico. Os fatores de risco são semelhantes aos do infarto do miocárdio: tabagismo, obesidade, sedentarismo, diabetes, hipertensão e colesterol elevado. Dessa forma, a adoção de hábitos saudáveis e controle de doenças metabólicas e cardiovasculares é essencial para prevenir esse mal. "E quando falamos de cuidado, é preciso reconhecer os principais sintomas do AVC para que o atendimento seja feito o mais rápido possível, uma vez que isso é decisivo para a boa recuperação do paciente", alerta o neurologista André Felício, de São Paulo. Se você ainda tem dúvidas sobre o que fazer quando se tem um derrame cerebral, confira:

Nem toda a pessoa vai "cair dura"

É muito comum acharmos que, em caso de derrame cerebral, a pessoa irá passar mal e desmaiar, devendo ser encaminhada para o hospital. Entretanto, os sintomas são muito mais sutis. "Dormência e fraqueza em uma metade do corpo, alteração da fala e desequilíbrio são alguns dos sintomas de AVC", explica a neurologista e neurofisiologista Adriana Ferreira Barros Areal, do Hospital Santa Luzia, em Brasília. É importante entender que o AVC se manifesta como uma perda neurológica súbita, ou seja, mudanças em seus movimentos, fala, visão ou qualquer outra coisa que funcionava de uma determinada maneira e parou de repente ou então você começou a fazer de outra maneira. É extremamente importante saber reconhecer o AVC o mais rápido possível, pois o tratamento precoce fará toda a diferente no futuro desse paciente. Confira alguns dos principais sintomas de AVC:

- Diminuição ou perda súbita da força na face, braço ou perna de um lado do corpo;
- Sensação de formigamento na face, braço ou perna de um lado do corpo;
- Perda súbita de visão em um olho ou nos dois olhos; - Alteração aguda da fala, incluindo dificuldade para articular, expressar ou para compreender a linguagem;
- Dor de cabeça súbita e intensa sem causa aparente;
- Instabilidade, vertigem súbita intensa e desequilíbrio associado a náuseas ou vômitos. 

Não espere o pior passar
Outra mania muito perigosa - principalmente quando o assunto é derrame cerebral - é esperar a dor passar para, então procurar um médico. No geral, pensamos que é melhor deixar a pessoa se estabilizar, para evitar qualquer sofrimento em uma viagem ao hospital ou socorro. Entretanto, na suspeita de um AVC, o ideal é encaminhar essa pessoa para o hospital o mais rápido possível. "É preciso entender que uma característica fundamental do AVC é a sua instalação súbita, e cada minuto perdido poderá fazer diferença lá na frente, na hora da recuperação, uma vez que quanto maior é o dano cerebral, maiores são as sequelas", lembra o neurologista André Felício, de São Paulo. Os danos de um AVC são consideravelmente maiores quando o atendimento demora mais de três horas para ser iniciado. Inclusive, no caso de AVC isquêmico, o médico pode dar ao paciente um medicamento antitrombótico chamado alteplase, que deve ser aplicado em até quatro horas e meia após o início dos sintomas. Esse medicamento diminui em 30% o risco de sequelas do AVC isquêmico e em 18% a mortalidade. 

Não dê AAS
Muito se fala também sobre ministrar uma pílula de AAS (ácido acetilsalicílico) quando uma pessoa está sofrendo um AVC, já que ela afinaria o sangue e impediria um novo êmbolo. Apesar de ser um raciocínio correto, ele só traria algum benefício para pessoas que sofreram um AVC isquêmico - e ainda sim não é nada muito expressivo. "Nos casos de AVC hemorrágico, o ácido acetilsalicílico pode piorar ainda mais o sangramento, agravando o quadro", explica a neurologista Adriana. E como não é possível saber qual tipo de derrame cerebral a pessoa está tendo sem avaliação médica, o conselho é não dar qualquer medicamento e encaminhá-la para o hospital.  

Não dê remédio para pressão
Aqui a lógica é a mesma do ácido acetilsalicílico: nenhum medicamento deve ser ministrado sem avaliação médica, ainda que o paciente seja hipertenso. Novamente, é impossível saber que tipo de AVC a pessoa está sofrendo e se o medicamento irá beneficiar ou não aquele quadro. "Nos casos em que o paciente tem hipertensão, a atenção com o rápido atendimento deve ser redobrada, e o controle do nível de pressão vai depender do tipo de AVC, do tratamento proposto e da história prévia da pessoa", explica a neurologista Adriana.

Se a pessoa tiver diabetes, verifique a glicemia
 Em pacientes do diabetes, explica a neurologista Adriana, a glicose muito alta ou muito baixa pode imitar os sintomas de AVC. "Portanto, a verificação da glicemia ajuda a distinguir um problema de outro", diz. Dessa forma, é importante fazer medição e, caso não seja o caso de uma alteração na glicemia, correr para receber o atendimento adequado.

Chamar a emergência ou correr para o hospital?
Se você estiver perto de um hospital ou pronto socorro de confiança e tem condições de ir ou levar o paciente para lá com rapidez, não há porque esperar a ambulância. "Entretanto, se você está longe de um pronto atendimento, não tem carro, a viagem até lá seria muito difícil ou você não está em condições de ir sozinho, não hesite em chamar a emergência, pois o tratamento pode iniciar já na ambulância", aconselha a neurologista Adriana. Além disso, o neurologista André Felício lembra que o ideal é dar preferência a hospitais que sabidamente tem um serviço dedicado ao tratamento agudo do AVC, que são aqueles capazes de realizar procedimentos neurológicos, como exames e cirurgias. 

É necessário procedimento cirúrgico?
Existem dois tipos de cirurgia que podem ser indicadas para o tratamento do AVC. Se o paciente tiver obstrução significativa das artérias carótidas no pescoço (caso de AVC isquêmico), pode precisar de uma endarterectomia de carótida. Durante esta operação, o cirurgião remove a formação de placas nas artérias carótidas para reduzir o risco de ataque isquêmico transitório (TIA) ou AVC. Os benefícios e os riscos desta cirurgia devem ser cuidadosamente avaliados, pois a cirurgia em si pode causar um AVC. Já para o AVC hemorrágico, o tratamento cirúrgico visa a retirar o sangue de dentro do cérebro. Em alguns casos, coloca-se um cateter para avaliar a pressão dentro do crânio, que aumenta por conta do inchaço do cérebro após o sangramento. O tratamento cirúrgico para o caso de AVC hemorrágico pode não ser realizado logo na entrada do paciente no hospital, principalmente porque alguns têm um novo sangramento poucas horas depois do primeiro. "Mas nem todo o paciente precisará desses procedimentos cirúrgicos para se recuperar de um derrame cerebral", diz a neurologista Adriana. "A indicação cirúrgica também depende da gravidade do quadro e da condição clinica do paciente, sendo avaliado caso a caso."  

Toda recuperação é igual?
Não, o andamento do paciente após um AVC pode variar muito. Tudo depende de fatores como extensão do AVC, local do cérebro onde ele aconteceu, demora no tratamento, idade, tipo de derrame, doenças relacionadas... Não há regra. "Cada caso evolui de um jeito", afirma Adriana Ferreira. "Todavia, quanto mais precoce e mais especializado o atendimento em geral os resultados são melhores." 

domingo, 16 de junho de 2013

Aprenda a identificar 13 sintomas do câncer

Certas mudanças no organismo podem ser um alerta para o desenvolvimento de tumores. Veja como identificar os principais sintomas para barrar a evolução do câncer na saúde da mulher

1-Sangue na urina
O sintoma é mais frequente em mulheres com infecção urinária, que tenham sofrido trauma na região abdominal, e em esportistas. Entretanto, também pode aparecer em cânceres ginecológicos ou do trato urinário em estado avançado. “Nos tumores ginecológicos, pode acontecer do tumor crescer, comprimir e lesionar os tecidos próximos ao útero. Já nos tumores urinários, como bexiga e rins, o tumor pode crescer  lesionar tanto tecidos próximos quanto à própria uretra, o que provoca sangramento”, pontua Fuser Jr. Nesse caso, o ideal é não postergar e procurar um ginecologista ou urologista imediatamente.

2- Cansaço
A fadiga é um sintoma inespecífico e pode estar relacionado a muitas doenças, de gravidades variadas. Na mulher, o cansaço pode ocorrer em situações de traumas emocionais a estresse no trabalho. “No caso do câncer, o cansaço costuma aparecer quando a doença está em estado avançado. Ele ocorre porque o organismo  está debilitado,”, sintetiza o oncologista. A fadiga também pode ocorrer em estágios iniciais de leucemia, câncer de cólon ou estômago. Sendo assim, é indicado procurar um clínico geral para um check-up e ficar atenta a sintomas paralelos.

3-Mudança nas mamas
É um sintoma de alerta para o câncer de mama, mas outras doenças podem se manifestar desta maneira, como mastite, abscessos, fibromas e cistos. “A avaliação clínica de um médico é fundamental, pois também pode haver mudança da densidade mamária pelo ciclo menstrual e gestação”, esclarece Tiago Kenji Takahashi, oncologista do Hospital Santa Paula (SP). Em caso de câncer, a característica principal é ser um nódulo de crescimento progressivo, e endurecido. Pode ainda ocorrer vermelhidão e ulceração de pele. “Além dos sintomas locais, o câncer pode ter manifestação sistêmica, como inchaço em gânglios axilares, no pescoço, dor óssea e emagrecimento. Sendo assim, o ideal é procurar um mastologista, ginecologista ou oncologista clínico”, completa o especialista.

4- Tosse com sangue
É um sintoma típico de tuberculose, mas também pode significar câncer numa área específica do pulmão. “O tumor na luz do brônquio provoca atrito e machuca, levando ao sangue”, justifica o oncologista Takahashi. Nesse caso, procure um médico imediatamente. Ele provavelmente solicitará radiografia e uma broncoscopia (espécie de endoscopia do brônquio) para tirar a dúvida.

5- Dificuldade de engolir
É um sintoma relacionado a várias causas “benignas”, como faringite, aftas ou infecção de vias aéreas. Mas quando se torna persistente, o ideal é correr para um otorrinolaringologista, que pode solicitar endoscopia ou raio-x. “O problema pode ser indício de câncer de esôfago, órgão muscular que fica entre a boca e o estômago. Inicialmente, a doença se manifesta por dificuldades em engolir alimentos sólidos. Depois são os pastosos até evoluir para líquidos”, descreve Leandro Ramos, oncologista da Oncomed BH (MG). O câncer de faringe é comum em tabagistas, que precisam fazer endoscopias periódicas para conseguir diagnosticar o problema precocemente.

6- Placas na boca
“Aftas” que não saram ou placas esbranquiçadas ao longo da boca devem ser investigadas. Elas são indícios de câncer de boca ou de leucoplaquia, que pode caminhar para a doença. “As placas são pré- -malignas e tratáveis. Podem ser identificadas por um dentista ou pelo otorrinolaringologista”, sugere Ramos. O câncer de boca pode ainda vir acompanhado de outro sintoma: ínguas no pescoço. Fique atenta!

7- Tosse persistente
Gripe, resfriado, alergia e até sintomas colaterais de certos fármacos podem provocar tosse. Mas se ela durar mais de três semanas, é hora de procurar um pneumologista. Isso porque pode estar ocorrendo uma inflamação pulmonar de origem benigna ou um câncer no órgão. “O câncer de pulmão é assintomático. Quando ocorre a tosse, é porque ele está em estágio avançado”, ressalta Leandro Ramos. “Para completar, corre-se o risco de o câncer não ser primário, mas sim uma metástase da doença de outra região, como cólon.”

8- Gases
Problemas digestivos, Síndrome do Intestino Irritável e Doença de Chron estão relacionados ao estufamento após as refeições. Entretanto, o aumento na produção de gases também é sintoma de câncer no estômago ou fígado, vesícula e pâncreas. “Se o sintoma é diferente do que ocorre habitualmente, se há dor, perda de apetite e emagrecimento, pode ser um caso de câncer”, diferencia Gadia. O médico responsável pelo diagnóstico será o gastroenterologista.

9- Dor
A dor é um sinal de que algo não vai bem com o organismo. Mas assim como a febre, ela é sintoma de inúmeras doenças benignas. Como sintoma oncológico, pode aparecer generalizada ou local. “E nem sempre a dor corresponde a um tumor no local em que aparece. O tumor pode crescer próximo a um determinado nervo, por exemplo, provocando reflexo. Há ainda casos de câncer no abdome que comprime a coluna e causa dor nas costas”, diferencia o oncologista. Procurar um clínico geral é o primeiro passo para descobrir o que está ocorrendo no organismo. Caso a dor seja localizada, procure um médico específico. Por exemplo, dor no joelho merece a visita a um ortopedista, no abdome, um gastroenterologista, e assim por diante.

10 -Alterações na pele
Inflamações, infecções, alergias e reações a medicamentos podem provocar alterações na pele. Mas se a mudança durar algumas semanas após ser notada, vale a pena procurar um dermatologista para investigar a causa. “Além dos tumores de pele, praticamente todos os tumores sólidos podem progredir e apresentar uma manifestação na pele, mas não é comum. Tumor de mama, colón, pulmão, hematológicos, linfomas e leucemias são alguns deles”, lista Ana Paula Garcia Cardoso, oncologista do Hospital Israelita Albert Einstein (SP). Há ainda lesões que acompanham o câncer, mas não são propriamente a doença. São as chamadas síndromes paraneoplásicas. “Essas manifestações são diversas. Desde uma vermelhidão na pele, um processo inflamatório, até uma ulceração ou edemas que não passam despercebidos”, alerta a médica.

11- Alargamento dos linfonodos
Os linfonodos — ou gânglios linfáticos — são pequenos órgãos que existem em toda a rede linfática, como pescoço, axilas e na região acima das clavículas. Seu alargamento pode indicar infecções ou neoplastias. “Eles também podem ser dolorosos, endurecidos, aderidos a planos profundos e crescer rapidamente. Essa manifestação é frequente em tumores de mama, de cabeça e pescoço, de intestino ou estômago, colo de útero, em leucemias e linfomas, mas podem aparecer em todos os tumores”, explica Ana Paula. Se a doença persistir procure um hematologista, que possivelmente indicará uma biópsia.

12- Febre
É um sintoma de inúmeras doenças, raramente malignas. Contudo, também está presente no diagnóstico de leucemias, linfomas e tumores sólidos com metástases no fígado. “A febre é persistente e pode aparecer apenas uma vez ao dia. Acompanha sudorese profusa e perda de peso”, orienta a oncologista. “Se a febre persistir, marque uma consulta com um clínico geral ou infectologista para uma investigação mais detalhada”, indica.

13- Sangue nas fezes
Fissuras anais e hemorroidas causam o problema, que também é sintoma de câncer de estômago, cólon ou reto. “O próprio  crescimento do tumor provoca o sangramento. Fica uma espécie de  ferida que pode ter contato com as fezes, ocasionando um quadro infeccioso”, explica Rodolfo Gadia, oncologista do Centr Oncológico do Triângulo (MG). O ideal é procurar um gastroenterologista ou mesmo um proctologista imediatamente, que poderá solicitar uma colonoscopia para investigar a região.