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quinta-feira, 17 de outubro de 2019

O novo guia de recomendações para prevenir doenças do coração


Entre as novidades, a Sociedade Brasileira de Cardiologia destaca a importância da espiritualidade e do meio ambiente na prevenção de doenças cardíacas

Acaba de ser lançada a versão atualizada da Diretriz de Prevenção Cardiovascular da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC). O documento traz orientações voltadas especialmente aos profissionais para evitar doenças cardiovasculares. Segundo a entidade, elas serão a principal causa de morte no país em 20199.

A principal mensagem do documento é a de que manter um estilo de vida saudável é decisivo para conter a epidemia de panes cardíacas. Nas páginas, os autores ensinam aos médicos estratégias para abordar de maneira efetiva com seus pacientes tópicos como dieta, atividade física, tabagismo e obesidade.

Um dos novos aspectos abordados pela SBC é a espiritualidade como fator protetor do músculo cardíaco. “Segundo os estudos, pessoas com algum tipo de fé são mais resilientes e vivem melhor”, aponta Dalton Précoma, diretor científico da Sociedade Brasileira de Cardiologia e um dos autores do documento.

“Esse grupo também costuma aderir ao tratamento e seguir as orientações médicas, o que ajuda a controlar doenças cardiovasculares”, completa Précoma.

Fatores ambientais
Outro destaque do documento é o papel da poluição ambiental e da falta de planejamento urbano na saúde do coração. Altos níveis de ruído, violência, falta de saneamento básico e poluição atmosférica favoreceriam o aparecimento de doenças crônicas e infecciosas, ligadas às panes cardíacas.

A SBC, aliás, demonstrou uma preocupação especial com a sujeira do ar. Os poluentes aumentam o estresse oxidativo nas células e as inflamações pelo corpo — o que contribui para o entupimento das artérias.

Vacinação
No mais, a diretriz reforça o consenso de que as vacinas, em especial a da gripe, ajudam a reduzir o risco de infarto em idosos e cardiopatas. Outro imunizante citado é o contra a bactéria pneumococo — que provoca pneumonia, entre outras coisas — para os portadores de doenças cardíacas.

Já a da febre amarela deve ser usada com cuidado entre os idosos com algum problema no coração. “Ela é feita com o vírus vivo atenuado. Por isso, pode oferecer riscos a pessoas com idade avançada”, destaca Précoma.

Sua aplicação só é recomendada quando o indivíduo estiver firme e forte. E se o número de casos na região estiver subindo.

Fonte: https://saude.abril.com.br/medicina/o-novo-guia-de-recomendacoes-para-prevenir-doencas-do-coracao/ - Por Chloé Pinheiro - Ilustração: Studio Nebulosa/SAÚDE é Vital

sexta-feira, 19 de abril de 2019

Atividade física: para cada fase, um tipo diferente

Guia atualiza as orientações de atividade física por diferentes faixas etárias e inclui conselhos específicos a certos grupos

Do netinho ao avô, passando por aquele tio hipertenso e pela prima que engravidou uns meses atrás, qualquer membro da família sai ganhando ao incorporar a movimentação na rotina. Mas a nova edição das Diretrizes de Atividade Física para Americanos, atualizadas após dez anos pelo governo dos Estados Unidos, não veio só alongar a lista dos benefícios de suar a camisa a diversos estratos da população.

“O documento oferece conselhos baseados na ciência para auxiliar pessoas acima de 3 anos a ganhar saúde por meio da prática regular de atividade física“, afirmam os autores do compêndio logo nas primeiras páginas. Ou seja, além do “porquê”, ele oferece o “quanto” e o “como”. Devidamente divididos para o neto, o avô, o tio com pressão alta, a prima gestante…

Ainda que venha da terra de Donald Trump, o manual pode ser aproveitado em boa parte por aqui. “Os trechos que discutem benefícios e metas ideais valem para o mundo todo, de maneira geral”, reforça o médico do esporte Marcelo Leitão, presidente da Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte. São essas questões que vamos esmiuçar ao longo da reportagem.

Porém, tanto Leitão quanto Inácio Crochemore, profissional de educação física e vice-presidente da Sociedade Brasileira de Atividade Física e Saúde, lamentam que o nosso país não possua um guia próprio, que reflita particularidades locais e acentue a necessidade de promovermos a vida ativa nas mais diversas instâncias, inclusive no Sistema Único de Saúde (SUS). Ambos pretendem tratar disso em breve com as autoridades públicas.

Por meio de sua assessoria, o Ministério da Saúde afirma que segue as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) de 2010. Para adultos, a entidade global sugere ao menos 150 minutos de práticas aeróbicas moderadas ou 75 em ritmo intenso por semana, com mais duas sessões de fortalecimento muscular.

Embora a quantidade esteja de acordo com a nova diretriz dos Estados Unidos, existem divergências consideráveis. Um exemplo: a primeira edição americana e a versão da OMS defendem que, para trazer vantagens, uma dose de esforço físico precisa se prolongar por ao menos dez minutos.

“Antes não havia evidência para tanto, mas concluímos agora que sessões de qualquer duração [desde que com intensidade moderada ou vigorosa] beneficiam a saúde e devem ser contabilizadas nas metas. Até um episódio rápido de subida de escadas conta”, contrapõe a publicação recente.

Aliás, a maior queda nas taxas de mortalidade ocorre quando um indivíduo completamente parado passa a dedicar um tempinho aos exercícios, mesmo que não o suficiente para bater as metas oficiais. Aos poucos, ele pode progredir nos treinos para maximizar os resultados.

“Tenho a impressão de que o novo documento pretende remover barreiras que dificultam a realização de atividades físicas”, opina o profissional de educação física Tony Meireles, professor da Universidade Federal de Pernambuco. “Há até um foco maior no prazer, que é determinante para alguém se manter longe do sedentarismo”, arremata. Em especial nas recomendações para crianças e adolescentes, o componente lúdico é destacado como forma de criar uma relação positiva com esportes e afins.

Para não ficar só nos elogios, o gerontologista Fernando Bignardi, da Universidade Federal de São Paulo, reconhece os valores desse manual, entretanto acredita que ele e outros parecidos não contemplam complexidades do ser humano. “Quem é inativo muitas vezes tem crenças arraigadas e negativas sobre os exercícios. Não é um calhamaço de regras que vai mudar sua vida”, avalia. Apenas um olhar individualizado quebraria esses estigmas.

Por outro lado, um guia pode oferecer rotas para que você mesmo trace seu caminho rumo a hábitos mais saudáveis. Vamos lá?

Crianças entre 3 e 5 anos
Nessa fase, não adianta martelar que é melhor desligar o celular e a TV e sair correndo por aí. Para tirar a criançada do marasmo, foque na diversão. A diretriz americana sugere andar de bicicleta ou triciclo, participar de brincadeiras ativas, e por aí vai – nada que um bom parquinho não ofereça. Só porque será gostoso não significa que não será vantajoso.
“Começar a se exercitar nessa idade é um estímulo para a coordenação”, aponta o educador físico Gustavo Aires de Arruda, de Londrina, no Paraná, que trabalha com o público infantojuvenil.
A molecada que não fica parada também se estressa menos e aperfeiçoa habilidades cognitivas, o que se reflete num bom desempenho escolar. Sem falar na socialização com os outros.

Recomendações:
Os pequenos devem passar o dia se movimentando. Busque 180 minutos diários de práticas, mas sem neura.
Promova diferentes tipos de brincadeira. Quanto maior a diversidade de estímulos, melhor.

Crianças acima de 5 anos e adolescentes
O foco no lazer segue preponderante. Veja: a saúde até fala mais alto para alguns adultos, mas esse tipo de argumento chega a afastar os jovens. No entanto, a quantidade de agito preconizada é um pouco mais específica, segundo o manual. Até porque esse é o momento perfeito de prevenir, tanto no presente como lá na frente, obesidade, colesterol alto, diabetes tipo 2, pressão alta…
Exercícios mais intensos e com um componente de impacto, a exemplo de pular corda ou jogar vôlei, também protegem contra uma futura osteoporose. “Essas modalidades estimulam o fortalecimento dos ossos. É como se criassem uma poupança de massa óssea, que vai evitar problemas décadas adiante”, explica Arruda.

Recomendações:
Indica-se uma hora de exercício moderado ou vigoroso por dia.
Incentive atividades variadas.
Os momentos ativos devem trabalhar o fôlego (nadar, dançar…), a força muscular (escalar…) e o esqueleto (pular corda…). Certas práticas, como basquete, cumprem mais de um desses requisitos. Cada um, aliás, merece ser contemplado três vezes por semana.
Com supervisão, jovens deficientes podem e precisam ser encorajados a largar o sedentarismo.

Adultos em geral
Além de efeitos clássicos dos exercícios – controle do peso, proteção ao coração… —, a segunda edição do guia americano ressalta seu potencial em reprimir doenças neurológicas, a exemplo do Alzheimer, e turbinar o raciocínio, a memória e o bem-estar mental. Nesse último ponto, os resultados são percebidos após poucas sessões.
Do ponto de vista das metas, o limiar de 150 minutos de exercício moderado por semana segue valendo. Só que extrapolá-lo, desde que aos poucos e respeitando o próprio corpo, em geral faz bem. “Uma pessoa que acumula 300 minutos apresenta um risco ainda menor de sofrer com problemas cardíacos e diabetes”, assegura a diretriz.
Só tome cuidado com as lesões, que acabam fomentando o sedentarismo — mais adiante, abordaremos os princípios básicos de segurança. Na contramão, mesmo quantidades abaixo de uma hora e meia são (muito) melhores do que nada.

Recomendações:
Fazer de 150 a 300 minutos de atividade aeróbica moderada por semana ou de 75 a 150 minutos em intensidade vigorosa.
Atingiu essas marcas? Pois superá-las pode agregar mais benefícios. Discuta seus limites com um profissional.
Duas ou mais sessões de musculação ou outro exercício resistido, trabalhando todos os grupos musculares, também são indicadas.
Incluir, quando possível, práticas que aprimoram a flexibilidade, como pilates e o bom e velho alongamento.
Ficar sentado o dia todo é péssimo. Levante-se mais durante o dia.

Idosos
“A ideia de que os mais velhos precisam repousar o dia inteiro é ultrapassada. Eles conseguem se exercitar e, com isso, manter a autonomia”, defende Bignardi. Momentos de agito preservam funções do corpo vitais para tomar banho sozinho, levantar da cama, preparar refeições, vestir a roupa… Isso sem considerar a prevenção e mesmo o controle de inúmeras enfermidades, do câncer à artrose.
“Esse grupo, quando ativo, tem menor propensão a quedas. E, se cair, está menos sujeito a lesões graves”, aponta o guia. Não faça pouco caso desse quesito. Um ano depois de uma fratura no quadril (situação mais comum na presença da osteoporose), até um terço dos pacientes morre.
Agora, um recado para a turma que tem qualquer doença: converse com o médico para entender limitações.

Recomendações:
Se tudo estiver em ordem, o idoso pode seguir as diretrizes dos adultos em geral.
Incluir práticas de equilíbrio na rotina ajuda a escapar de quedas e ossos quebrados.
É importante delinear a intensidade e a quantidade de acordo com o condicionamento físico de cada um.
A presença de enfermidades crônicas exige avaliação médica para individualizar ajustes.

Gestantes e mulheres no pós-parto
Na maioria das vezes, a gravidez não é desculpa para viver deitada. A malhação ajuda a frear a subida no ponteiro da balança, escanteia hipertensão e diabetes gestacional, afasta a depressão, facilita o parto e minimiza o risco de o bebê nascer acima do peso.
Quer mais?! A gestante que troca o sofá pelo parque ou pela academia ganha disposição para cuidar do filho.
Antes de dar os primeiros passos, só converse com os profissionais. “Há estratégias e ajustes de intensidade e frequência que merecem acompanhamento. Normalmente, as mulheres pegam gosto e levam a prática para a vida toda”, relata o educador físico Renato Rocha, da Universidade de Taubaté (SP).

Recomendações:
Fazer 150 minutos de exercícios moderados na semana, mesmo após o parto, priorizando os aeróbicos. Dá para variar, por exemplo, entre pilates, caminhada e hidroginástica.
A supervisão médica deve ser constante nos nove meses.
Treinar deitada de costas ou com o lado direito do corpo por muito tempo é contraindicado. O útero comprime os vasos sanguíneos, o que ocasiona complicações cardiovasculares na mãe.
Abstenha-se de esportes de contato, como futebol e handebol.
Adultos com doenças crônicas
Boa notícia para os diabéticos, hipertensos e portadores de males duradouros: com a liberação do doutor e o quadro estabilizado, a diretriz dos Estados Unidos prevê metas similares às dos outros adultos. O essencial mesmo é checar o estado físico e refletir sobre uma ou outra particularidade de cada doença.
“Com acompanhamento, a atividade física integra o tratamento. Dependendo do caso, ela ameniza sintomas ou até controla o avanço do problema”, justifica Crochemore.

Recomendações:
Se possível, seguir aquelas destinadas aos adultos em geral.
Mesmo se não conseguir cumprir as metas por algum motivo, essa turma precisa fugir da inatividade e suar a camisa conforme suas limitações – qualquer esforço já ajuda.
Caso possua uma deficiência, procure esportes adaptados ou alternativas para mexer o corpo. Fisioterapeutas são ótimos aliados nessa hora.
As doenças crônicas cobram uma consulta com o especialista sobre limitações, intensidade, duração, frequência…

As vantagens dos exercícios e os cuidados exigidos para cada doença
Artrose: O impacto às vezes é uma ameaça. Mas a academia diminui dores e imobilidade.

Hipertensão: A pressão baixa quando o exercício entra em cena. Cuidado com treinos pesados na musculação.

Câncer: Há precauções com cada tumor, mas a atividade física aplaca efeitos do tratamento e reduziria o risco de morte.

Diabetes: Um bom jeito de baixar o açúcar no sangue é se mexer. Só não dá para fazer isso sem monitorar a glicemia antes, durante e depois.

Para se exercitar com segurança
Se você tem medo de entrar numa academia, saiba que o perigo de problemas graves é mínimo – e certamente menor do que o de adotar o sedentarismo como estilo de vida. “Basta respeitar cuidados básicos”, salienta o educador físico Marcelo Ferreira Miranda, membro do Conselho Federal de Educação Física.

Separamos a seguir pontos-chave prescritos pelo expert e pela diretriz americana:

Prática consciente: Toda modalidade tem seus riscos. O importante é conhecê-los e se preparar de antemão.

Do seu jeito: A atividade deve ser apropriada para o seu nível de condicionamento e adequada segundo suas metas.

Aos poucos: Não tente se tornar um atleta da noite pro dia. Aumente a frequência e a intensidade gradualmente.

Equipamentos: Capacete, joelheira, luvas… Se a prática escolhida exige aparatos de proteção, use-os sempre!

O ambiente: Examine as condições do local. Leve em conta trânsito, criminalidade, exposição ao sol etc.

Estado de saúde: Se tiver qualquer restrição, não deixe de bater um papo com o especialista e fazer possíveis adaptações.

Acompanhamento: Para ter segurança e resultado, o ideal sempre é ser orientado por um bom profissional de educação física.

Fonte: https://saude.abril.com.br/fitness/atividade-fisica-para-cada-fase-um-tipo-diferente/ - Por Maria Tereza Santos, Theo Ruprecht - Ilustração: Leonardo Yorka/SAÚDE é Vital

domingo, 16 de setembro de 2018

Novas orientações mudam diagnóstico do ataque cardíaco


De acordo com a nova Definição Universal de Infarto do Miocárdio, lesão no miocárdio não é mais sinônimo de ataque cardíaco.

Diagnóstico de infarto

O que pode ser pior do que chegar a um pronto-socorro com um ataque cardíaco? Chegar lá e os médicos tratarem você de um infarto, quando você não teve um.

"A menos que haja clareza na sala de emergência sobre o que define um ataque cardíaco, os pacientes com dor no peito podem ser erroneamente rotulados com ataque cardíaco e não receber o tratamento correto," alertou o professor Kristian Thygesen, do Hospital Universitário de Aarhus (Dinamarca).

"Muitos médicos não entenderam que níveis elevados de troponina no sangue não são suficientes para diagnosticar um ataque cardíaco, e isso tem criado problemas reais," continuou o professor Thygesen.

Devido a esses problemas, o European Heart Journal acaba de publicar uma nova orientação para os médicos - é a Quarta Definição Universal de Infarto do Miocárdio.

Definição Universal de Infarto

O documento, elaborado graças a um consenso internacional entre os cardiologistas, indica que um ataque cardíaco (infarto do miocárdio) ocorreu quando o músculo cardíaco (miocárdio) está lesionado e tem oxigênio insuficiente.

A troponina é uma proteína normalmente usada pelo músculo cardíaco para contração, mas ela é liberada no sangue quando o músculo é lesionado. Ocorre que existem inúmeras situações que podem causar lesão miocárdica e, portanto, um aumento na troponina. Essas situações incluem infecção, sepse, doença renal, cirurgia cardíaca e exercícios extenuantes.

Por isso, a lesão miocárdica por si só agora passou a ser considerada uma condição à parte, e o primeiro passo do tratamento consiste em lidar com o distúrbio subjacente, e não considerar a lesão como um infarto.

A falta de oxigênio (isquemia) no músculo cardíaco, por sua vez, é detectada por eletrocardiograma (ECG) e apresenta sintomas como dor no peito, braços ou mandíbula, falta de ar e cansaço.

Tipos de infarto

Quanto ao infarto do miocárdio, existem pelo menos dois tipos que requerem tratamento específico.

O tipo 1 é a situação que a maioria das pessoas associa a um ataque cardíaco, quando um depósito de gordura em uma artéria, chamado placa, se solta e bloqueia o fluxo sanguíneo para o coração, que o priva de oxigênio. O tratamento pode incluir medicação antiagregante plaquetária para impedir que as plaquetas se agrupem e formem um coágulo, inserção de um stent por meio de um cateter para abrir a artéria, ou cirurgia para contornar a artéria.

No tipo 2 de infarto do miocárdio, a privação de oxigênio é causada não pela ruptura de uma placa em uma artéria, mas por outros motivos, como insuficiência respiratória ou hipertensão grave. "Alguns médicos têm incorretamente chamado este infarto de tipo 1 e dado o tratamento errado, o que pode ser prejudicial. O tratamento deve ser direcionado para a condição subjacente, por exemplo, medicamentos para baixar a pressão arterial para pacientes com hipertensão," disse o professor Joseph Alpert.

"No documento de consenso, expandimos a seção sobre infarto do miocárdio tipo 2 e incluímos três indicadores para ajudar os médicos a fazer o diagnóstico correto. A incorporação do tipo 2 nos códigos CID é mais um passo rumo ao reconhecimento preciso, seguido de tratamento apropriado. Um código para lesão miocárdica será acrescentada à CID no próximo ano," disse o professor Harvey White, membro do painel que revisou as recomendações.


sábado, 22 de julho de 2017

Como limpar a tela da TV sem danificar o aparelho

O uso de produtos químicos inapropriados pode prejudicar a exibição das imagens da sua TV. Aprenda a fazer a limpeza de forma segura

Finalmente chegou o fim de semana e você está pronta para fazer uma maratona de séries sentada no sofá, enrolada na coberta e comendo pipoca! Afinal, às vezes, tudo o que queremos é descansar um pouco.

O cenário pode parecer muito acolhedor – até você perceber que a tela da TV está cheia de poeira e marcas de dedos e se ver obrigada a limpar o aparelho.

Por mais populares que os televisores sejam, poucas pessoas realmente sabem como fazer a limpeza da tela de forma segura, sem correr o risco de danificar o funcionamento do aparelho. É só vasculhar o Google: você vai encontrar uma infinidade de dicas de limpeza de TV, mas nem sempre elas são confiáveis.

Só tem um jeito de garantir que a forma de limpeza escolhida não vai estragar seu aparelho, e esse jeito é consultar as recomendações dos fabricantes. Afinal, seria muito chato perder a garantia da sua TV novinha em folha porque você acabou estragando a tela ao aplicar um produto de limpeza inapropriado, certo?

Confira agora as orientações encontradas nos manuais dos aparelhos de TV dos principais fabricantes presentes no Brasil.

Limpeza segura

Os fabricantes de TV LCD e LED são unânimes em relação ao método de limpeza dos aparelhos: a melhor forma de remover poeira e sujeira leve da sua televisão sem causar danos é utilizar somente um pano seco e macio, que deve ser esfregado delicadamente sobre a tela. Algumas marcas fornecem um pano adequado para a limpeza junto com o aparelho. Para os cantinhos, você pode usar um cotonete.

Se você se deparar com algum tipo de sujeira que esteja custando a sair da tela, nada de esfregar o pano com mais força, pois isso poderá danificar a superfície e prejudicar a exibição das imagens. Nesse caso, você poderá borrifar o pano com água limpa e esfregá-lo na tela com movimentos suaves, seguindo sempre a mesma direção (da direita para a esquerda, por exemplo).

Entre os principais fabricantes de TV (Samsung, Phillips, Philco, Sony e LG), a maioria recomenda que não seja utilizado qualquer tipo de produto de limpeza sobre a tela do aparelho, principalmente os abrasivos. Isso significa que você não deve nem mesmo passar o popular vinagre branco ou o limpa-vidros.

A exceção à regra é a fabricante LG: de acordo com o manual de um de seus modelos, você pode aplicar um pouco de detergente neutro no pano para limpar a tela. ATENÇÃO: se você possui uma TV da LG, sempre verifique o manual do seu aparelho antes de usar detergente para limpar o vidro, pois as instruções podem variam conforme o modelo.

Outros cuidados na hora de limpar a tela da TV

Uma dica importante é que você nunca deve aplicar água ou detergente diretamente sobre a tela, pois eles poderão vazar para dentro do aparelho e danificar seus componentes internos ou até mesmo causar um incêndio. Da mesma forma, jamais use um pano encharcado, pois o líquido poderá escorrer pelas beiradas da tela.

Além disso, lembre-se de que não devemos forçar uma sujeira persistente com o pano, com as unhas ou com outro objeto, pois isso poderá amassar ou arranhar a tela, resultando em distorções na imagem. Tenha paciência e siga apenas com o pano umedecido em água.

Não custa reforçar que, antes de efetuar a limpeza, seu aparelho deverá ser desconectado da tomada para evitar o risco de choques elétricos.


Fonte: https://www.dicasdemulher.com.br/como-limpar-tela-da-tv/ - Raquel Praconi Pinzon - Foto: iStock

domingo, 21 de maio de 2017

9 maneiras de sobreviver a uma emergência (esqueça a baboseira que você aprendeu)

Você sabe o que fazer se estiver socorrendo alguém que foi picado por uma cobra ou que sofreu um acidente de carro? Confira se suas ideias estão atualizadas em relação às últimas orientações de especialistas na lista abaixo:

9. Se cair na água gelada com colete, mexa-se bastante para gerar calor no corpo
Errado.
Caso você acabe na terrível situação de cair de um barco ou sofrer um acidente náutico e ficar esperando resgate na água gelada, o melhor é cruzar as penas e braços e aguardar. Isso se você estiver de colete salva-vidas, claro. Essa posição segura um pouco do calor do corpo, e pode te proteger da hipotermia por um certo tempo. Não tente nadar.

8. Se estiver perdido na floresta no inverno, encha as roupas com folhas mortas
Correto.
Se você estiver perdido em uma floresta sem a roupa adequada e a temperatura estiver caindo, você pode encher suas roupas com folhas secas para criar um isolamento térmico e segurar o calor perto de você. Se algo semelhante acontecer com você em um ambiente urbano, é possível fazer a mesma coisa com jornais ou papelão secos. Você não vai parecer um modelo da New York Fashion Week e é possível que insetos fiquem fazendo cócegas nas suas costelas, mas pelo menos você não vai morrer de frio tão rápido.

7.Se alguém está com hipotermia, coloque a pessoa em um banho quente
Errado.
Aquecer alguém com hipotermia rapidamente faz com que o sangue corra muito rápido nas pequenas veias recém-expandidas. Isso leva o sangue quente para as extremidades ao invés de concentrá-lo nos órgãos vitais, como cérebro e órgãos abdominais.
O que fazer: mantenha a pessoa seca e a enrole em cobertores ou toalhas. Bebidas quentes e alimentos hipercalóricos também ajudam, se a pessoa estiver em condições de engolir. Chame ajuda médica imediatamente.

6. Nunca tente sugar o veneno de cobra de uma picada
Correto.
Todo mundo já viu essa cena em filmes: a mocinha é picada por uma cobra e seu salvador suga o veneno de sua pele, salvando-a. Isso é uma péssima ideia. Uma vez que o veneno está no corpo, ele se espalha rapidamente, não fica concentrado no local da picada. Tentar sugá-lo não faz diferença e ainda vai machucar a pele.
O que fazer: primeiro, mantenha a vítima calma e não deixe que ela fique se movimentando muito. Batimentos cardíacos acelerados ajudam o veneno a circular mais rápido pelo corpo. Remova anéis ou outros acessórios que podem ficar presos por causa do inchaço. A Mayo Clinic orienta que o ferimento seja limpo mas sem usar água abundante. Cubra-o com um curativo limpo. O membro que recebeu a picada deve ser imobilizado e mantido no nível do coração ou abaixo dele. Chame ajuda médica imediata.
O que não fazer: não faça um torniquete ou aplique gelo. Não corte o local da picada. Não tente capturar a cobra. Tente memorizar sua aparência para descrevê-la para a equipe médica.

5. Você pode beber orvalho se estiver perdido na selva
Correto.
Se você estiver perdido em uma selva, você pode beber orvalho. Basta passar um tecido absorvente como uma toalha ou camiseta nas folhas das plantas ou capim logo no começo da manhã. Depois é só torcer o tecido em um recipiente. Se possível, ferva esta água antes de beber. Lembre-se de não beber o orvalho de plantas venenosas.
Outra solução para o problema da falta de água é colocar um saco plástico ao redor das folhas de uma planta não-venenosa. Em algumas horas, a transpiração das folhas vai condensar no plástico e escorrer para o fundo.

4. Use o encosto de cabeça do carro para quebrar a janela
Correto.
Se o seu carro estiver afundando na água, você tem poucos segundos para sair dali. Se a janela estiver emperrada, você pode usar a parte metálica do encosto de cabeça do assento para quebrar o vidro. O problema aqui é que nem todos os modelos de encostos são fáceis de remover. Alguns não se soltam facilmente, usando apenas as mãos. Por isso, verifique o tipo de encosto que existe no seu carro.
Os homens do vídeo abaixo mostram como quebrar o vidro apenas batendo a parte metálica na janela:
Mas há um jeito mais fácil para quem tem pouca força, como a menina do vídeo abaixo demonstra no vídeo (usando a parte metálica como alavanca no canto do vidro):
De qualquer maneira, o mais garantido é ter um martelo no carro. Existem alguns modelos projetados especificamente para isso, com uma parte cortante para o cinto de segurança, como este que é demonstrado no vídeo abaixo:

3. Se o freio do seu carro não funcionar, puxe o freio de mão
Errado.
Puxar o freio de mão em alta velocidade pode causar um terrível acidente. Por isso, é necessário diminuir a velocidade de outras formas antes de tentar usá-lo. O indicado é pisar rápida e repetidamente no pedal do freio. Isso pode causar pressão hidráulica suficiente para diminuir a velocidade. Se isso não funcionar, você deve ir diminuindo a marcha até a primeira. Apenas então o freio de mão deve ser puxado.
Veja o que acontece se o freio for puxado em alta velocidade no vídeo abaixo. Ele foi gravado em 2016 no México, e mostra um motorista apostando corrida com várias motos em uma estrada. O passageiro do carro se assustou com a alta velocidade e puxou o freio de mão. Por incrível que pareça, os dois sobreviveram ao acidente.

2. Em um acidente, grite: “alguém chame o SAMU!”
Errado.
Se você estiver socorrendo vítimas de um acidente qualquer e for um dos primeiros a chegar, nunca diga “alguém chame o SAMU”, porque é provável ninguém faça isso, pensando que outra pessoa vai fazer.
O que fazer: aponte para uma pessoa específica e diga para ela ligar para o número de emergência. “Você de vermelho, ligue para o 192!”. Aqui vai um lembrete dos números de emergência do Brasil:
100 – Secretaria dos Direitos Humanos
180 – Delegacia da Mulher
181 – Disque-Denúncia
190 – Polícia Militar
191 – Polícia Rodoviária Federal
192 – SAMU
193 – Corpo de Bombeiros
194 – Polícia Federal
197 – Polícia Civil
198 – Polícia Rodoviária Estadual
199 – Defesa Civil

1. Se alguém estiver envenenado, não o faça vomitar
Correto.
Forçar a pessoa a vomitar nem sempre é vantajoso. O melhor é ligar para o SAMU (192) nos casos de emergência ou para o Centro de Controle de Envenenamento, se a pessoa estiver estável.
O número nacional do Disque-Intoxicação da Anvisa é 0800-722-6001. O usuário que liga de qualquer local do Brasil é direcionado para um dos 36 Centros de Controle de Envenenamento nos diferentes estados.

Como saber se a pessoa está envenenada? Preste atenção a estes sintomas:
Queimaduras ou região avermelhada ao redor da boca;
Hálito que tem cheiro de produtos químicos, como gasolina ou thinner;
A pessoa está vomitando;
Dificuldade em respirar;
Sonolência;
Confusão ou estado mental alterado.
Quanto ligar para o SAMU:

A pessoa está sonolenta ou inconsciente;
Está com dificuldade em respirar ou parou de respirar;
Está agitada;
Está tendo convulsões;
Já tomou grandes quantidades de um remédio ou outras substâncias de propósito.

Quando ligar para o Centro de Controle de Envenenamento:
A pessoa está estável e sem sintomas;
A pessoa está prestes a ser transportada para um local de atendimento de emergência.
Nos dois casos, se possível, tenha as informações sobre o paciente reunidas:
sintomas, idade, peso, medicação que ela toma ou qualquer informação sobre o veneno. Veja se há alguma embalagem de produto ou de remédio perto da pessoa. [Cracked, Mayo Clinic, Anvisa]


quinta-feira, 15 de setembro de 2016

6 sintomas do AVC para você identificar e procurar ajuda médica o quanto antes

Fraqueza ou paralisia de um lado do corpo, dificuldade para falar e confusão mental são alguns sinais do acidente vascular cerebral

O AVC (Acidente Vascular Cerebral) é um problema que preocupa muita gente, e, sobretudo, que gera muitas dúvidas. As principais delas relacionadas aos sintomas exatos do acidente e à possibilidade de evitar que ele aconteça.

Lázaro Fernandes de Miranda, coordenador de Cardiologia do Hospital Santa Lúcia, de Brasília, e conselheiro da Sociedade Brasileira de Cardiologia, explica que AVC ou Derrame Cerebral é uma afecção neurológica aguda, caracterizada por perda de função neurológica cognitiva e/ou motora, decorrente de entupimento ou rompimento de vasos sanguíneos em alguma parte do cérebro.

Ricardo Campos, neurologista do Hospital Anchieta, destaca que o AVC nada mais é do que a supressão abrupta e completa da nutrição sanguínea de uma área cerebral íntegra até a ocorrência desse evento.

Miranda explica que pode ocorrer AVC por isquemia (90% dos casos) e por hemorragia (10% dos casos). “Quanto mais idoso o indivíduo, maior o risco de AVC, predominando discretamente entre as mulheres, especialmente aquelas hipertensas, obesas e diabéticas. As cardiopatias, principalmente as valvulopatias reumáticas, miocardiopatia chagásica e arritmias cardíacas como fibrilação e/ou flutter atrial, são os principais grupos de risco”, diz.

Campos destaca que, em um contexto pedagógico geral, pode-se dizer que o AVC se divide em isquêmico e hemorrágico. “O AVC isquêmico pode decorrer de dezenas de possibilidades causais, o que perfaz a caracterização de subtipos. Assim também o AVC hemorrágico pode decorrer de fatores etiológicos diversos, o que promove uma classificação numerosa de manifestações”, diz.

“Classificar os AVCs em subtipos também leva em conta a topografia ou a área cerebral envolvida. Para uma abordagem mais clínica, subdividimos os tipos de AVC por etiologia, topografia e expressão sintomática”, explica o neurologista.

De forma resumida, pode-se dizer que o AVC isquêmico acontece quando um coágulo bloqueia a artéria que leva o sangue para o cérebro; já o hemorrágico, quando há ruptura de uma artéria intracraniana.

É inegável que um AVC costuma ser uma experiência muito ruim, tanto para o paciente como para a família ou pessoas que convivem com ele. Assim, é muito importante estar atento aos sinais que o corpo dá, exatamente para evitar que o acidente vascular cerebral tenha consequências mais graves.

Os principais sintomas do AVC

Os sintomas de um AVC são, basicamente, dificuldades para andar, falar ou confusão mental, bem como fraqueza ou paralisia unilateral do rosto, do braço ou perna.
É importante estar atenta a esses sintomas do AVC, até mesmo para conseguir manter mais a calma, caso o acidente, infelizmente, atinja alguém próximo; e, também, para saber exatamente a partir de momento é essencial procurar ajuda médica.

1. Dor de cabeça

Miranda explica que pode surgir cefaleia (dor de cabeça) súbita, com apagamento de campos visuais, às vezes com tontura e vômitos.
Vale lembrar que existem diversos tipos de dor de cabeça, como, por exemplo, a enxaqueca. A cefaleia relacionada ao AVC, neste sentido, se diferencia por ser súbita e sem causa aparente, e por estar geralmente associada a outros sintomas, como, por exemplo, a dificuldade para andar ou enxergar, confusão mental súbita, tontura, vômitos ou dificuldade para falar.

2. Alterações na fala

Miranda explica que pode ocorrer dificuldade na fala ou língua trôpega.

É comum ocorrer a afasia, que é a incapacidade do paciente em nomear objetos e coisas. Em alguns casos, a pessoa não consegue nem repetir uma palavra dita por um familiar. O discurso pode, inclusive, ficar confuso, pois o paciente só consegue dizer algumas palavras, sendo incapaz de dizer outras.
Pode ainda ocorrer a disartria, que se caracteriza pela dificuldade em articular as palavras. O paciente entende tudo, mas não consegue mover os músculos da fala de modo a articular corretamente as palavras. Ou até consegue nomear coisas, mas o faz de “modo enrolado”, muitas vezes incompreensível para quem está ouvindo.

3. Desvio da comissura labial para um lado da face

O desvio da boca em direção contrária ao lado paralisado é um sinal comum e perceptível no AVC. Por exemplo, o paciente apresenta uma paralisia facial do lado esquerdo; então, a boca desvia-se para o lado direito e a comissura labial fica mais proeminente à direita.
Mas, vale destacar que, em alguns casos, a paralisia facial é bem discreta e pode passar despercebida pelos familiares. Pode-se, nesses casos, pedir para o paciente sorrir ou assobiar; pois, assim, se houver paralisia, ela será facilmente notada.

4. Fraqueza ou paralisia

Miranda explica que pode ocorrer fraqueza de um lado do corpo (braço e perna), às vezes impedindo a pessoa de andar. Assim, esta fraqueza pode variar desde uma perda de força muito suave até uma paralisia total.
Não é comum no AVC, porém, que ambas as pernas ou os braços sejam acometidos ao mesmo tempo, com a mesma intensidade.
A fraqueza pode vir acompanhada ainda de dormência, formigamento ou uma sensação de leves “picadas de agulhas”.
A paralisia pode facilmente ser identificada pelo paciente e seus familiares, mas, quando a perda de força é discreta, fica mais complicado. Mas, um “teste” pode ser feito: os braços do paciente devem ser levantados e mantidos alinhados aos ombros (“posição de múmia”) por alguns minutos. Se um dos braços começar a cair, há forte indício de fraqueza motora. O mesmo “teste” vale para as pernas.
O paciente pode ainda ser acometido por falta de equilíbrio ou vertigem.

5. Confusão mental

Pode ocorrer desorientação, podendo evoluir para o coma e até morte, conforme destaca Miranda.
O paciente pode, por exemplo, perder a noção do tempo (dia, mês, ano), não reconhecer o local em que está, além de ter um discurso confuso devido à desorientação mental.

6. Convulsão

Em alguns casos pode ocorrer uma crise convulsiva, que é provocada pelo excesso de atividade elétrica no cérebro gerando contrações involuntárias musculares com movimentos desordenados, alterações do estado mental ou outros sintomas.
Vale destacar, porém, que nem sempre a crise convulsiva é sintoma de um AVC.
Em resumo, Ricardo Campos destaca que a supressão repentina do fluxo arterial cerebral determina a perda de função tão rápida quanto o início do evento sintomático. “Ou seja, a depender da área cerebral envolvida, pode haver perda repentina de consciência. É possível a ocorrência de crise convulsiva inédita”, diz.
“Mas, a expressão mais comum é o comprometimento de um ou vários dos que se seguem, geralmente envolvendo um lado do corpo: força muscular, sensibilidade, equilíbrio, coordenação, destreza de movimentos, capacidades mentais, percepção de ambiente (visão, audição, olfação, gustação e tato)”, explica Campos.
O neurologista destaca ainda que a busca por ajuda médica deve ser imediata. “Em caso de isquemias, é possível o uso de medicamentos e procedimentos neurológicos intervencionistas que podem reverter o processo cérebro-vascular, isso apenas por algumas horas após o início dos sintomas. Em caso de hemorragia, a depender do tipo de hemorragia, minutos podem fazer a diferença entre vida e morte, autonomia de vida e invalidez permanente”, diz.
Lázaro de Miranda ressalta que o paciente deve ser levado imediatamente ao pronto socorro de um hospital com protocolo para o adequado atendimento de AVC, “para ser submetido à realização de ressonância magnética ou tomografia de crânio, para selecionar os casos que se beneficiarão com a terapêutica trombolítica, a qual tem que ser iniciada em até 4 horas do início dos sintomas. Tem que ser rápido, pois tempo é cérebro salvo ou perdido”, diz.

Fatores de risco e prevenção

Miranda destaca que o principal fator de risco é a idade avançada, seguido da hipertensão arterial, colesterol elevado, diabetes mellitus, tabagismo, alcoolismo, valvulopatias, miocardiopatias e fibrilação atrial (arritmia cardíaca).

Campos ressalta ainda como fatores de risco:

Sedentarismo;
Obesidade;
Apneia do sono;
Ácido úrico descontrolado;
Drogadição;
Período do climatério;
Uso de anticoncepcionais orais.

Neste sentido, para evitar um AVC, algumas orientações importantes são:

Ter uma vida saudável desde a infância e adolescência, incluindo boa alimentação e prática de atividade física;
Miranda orienta a controlar todos os fatores de risco à medida em que surjam a hipertensão arterial, o mau colesterol elevado, o diabetes, as arritmias cardíacas;
O cardiologista destaca ainda que é preciso evitar o uso de drogas ilícitas;
Nos casos indicados, é necessário fazer o uso e controle regular de anticoagulantes e antiarrítmicos, conforme ressalta Miranda;
Campos destaca a importância de hábitos saudáveis também no que diz respeito a práticas profissionais, relações pessoais e margens para estresse;
Consultar um neurologista regularmente pode identificar fatores de risco além dos mais “conhecidos”, conforme destaca Campos. “Nesse âmbito, isto pode trazer proteção mediante correções do verificado em exames periódicos da especialidade”, conclui.
Miranda lembra ainda que “quem já teve um AVC e foi salvo, tem 4 a 6 vezes mais risco de ter outro AVC”. Por isso, reforça-se a importância de estar sempre atento à saúde como um todo!

É fato que ninguém espera sofrer um AVC ou ver alguém próximo sofrendo, mas é essencial estar atento a esta possibilidade e à saúde como um todo, exatamente para ajudar a evitar que este acidente tenha consequências mais graves. Dessa forma, a qualquer sinal de um AVC, não hesite em procurar ajuda médica o quanto antes. Isso provavelmente fará a diferença!


Fonte: http://www.dicasdemulher.com.br/sintomas-de-avc - por Tais Romanelli - Foto: Getty Images

sábado, 6 de agosto de 2016

Como emagrecer com saúde: 12 dicas e orientações importantes

Além de associar uma alimentação equilibrada à prática de atividades físicas, comer de 3 em 3 horas é um ponto importante

Perder peso não é a tarefa mais difícil do mundo, mas, quem já passou por um processo de emagrecimento sabe: exige dedicação, paciência e perseverança. Porém, com certeza vale a pena!

A pessoa que decide que quer emagrecer, seja por uma questão estética, seja por uma preocupação com a saúde, deve, em primeiro lugar, procurar a ajuda de um(a) nutricionista que possa orientá-la nesse processo. Deve, também, ter em mente que “dietas malucas” e/ou radicais, que prometem resultados quase que instantâneos, são prejudicais e dificilmente oferecerão uma perda de peso eficaz e definitiva.

Como a maioria das pessoas já sabe, emagrecer não tem segredo: é fruto de uma boa alimentação aliada à prática regular de atividades físicas. Porém, algumas orientações são importantes e podem ajudar nesse processo! Confira as dicas a seguir:

1. Siga uma dieta saudável
A primeira orientação não poderia ser outra. Ninguém emagrecerá de forma saudável e definitiva se não seguir uma alimentação equilibrada.
Carina Amorim de Sá, nutricionista da Academia Contours, explica que alimentos ricos em fibras solúveis e insolúveis – presentes em pães 100% integrais, arroz integral, quinua, linhaça, chia em grãos, aveia, vegetais como alface, couve, escarola etc. – não podem faltar no cardápio de quem está buscando emagrecer. “Pois, além de serem mais nutritivos, vão facilitar o funcionamento do intestino e aumentar a saciedade, levando à redução do consumo calórico”, diz.
De maneira alguma podem faltar frutas, verduras e legumes variados na dieta, pois, ressalta a nutricionista, essas são as melhores fontes de vitaminas, minerais e antioxidantes, importantes para manter o metabolismo ativo, aumentar a produção de energia e facilitar a perda de peso.
“Boas fontes proteicas, como frango, ovos e peixes, são importantes para a manutenção da massa muscular e para propiciar maior saciedade, evitando o alto consumo calórico”, acrescenta Carina.

2. Coma de três em três horas
Carina de Sá destaca que comer de três em três horas mantém o metabolismo ativo. “Ou seja, o corpo evita ‘poupar’ calorias para exercer suas atividades diárias, pois entende que sempre vai chegar alimentos para produção de energia”, diz.
A nutricionista explica que isso é interessante pois, até mesmo quando a pessoa “extrapola” nas calorias, nos dias “livres” da dieta, o corpo, por estar com o metabolismo ativo, vai ter mais facilidade em gastar as calorias extras consumidas.
Além disso, acrescenta Carina, se ficar em jejum por mais de três horas, o corpo libera um hormônio chamado cortisol, que causa aumento da gordura abdominal e quebra da massa muscular. “Isso é muito ruim, pois deixa o metabolismo mais lento e dificulta a perda de peso”, destaca.

3. Nunca se esqueça de se alimentar
Algumas pessoas têm dificuldades em seguir a orientação de comer de três em três horas, seja porque acabam esquecendo, por falta de tempo ou até porque não sentem fome nesse período relativamente curto.
Porém, não há escapatórias! Quem ainda não tem o costume de comer de três em três horas e quer emagrecer de forma saudável, deverá criar este hábito.
“Deve-se pensar no alimento como remédio, ‘comer para emagrecer’, é essa a ideia. Então, coloque avisos no celular ou na agenda para não se esquecer de se alimentar”, orienta Carina de Sá.
“Mesmo que a pessoa comece comendo bem pouco, o corpo vai se adaptando e começa a sentir fome nos horários estabelecidos. E assim, o metabolismo vai acelerando e, daí para frente, vai ser difícil ficar sem comer a cada três horas”, acrescenta a nutricionista.

4. Beba bastante água
Carina de Sá destaca que a água é essencial para produção de energia: ela ajuda a transformar o alimento em energia, ajuda a transportar esses nutrientes e o oxigênio até as células. “É desintoxicante, além de evitar o inchaço, retenção de líquidos, enxaqueca e fadiga”, explica.
A nutricionista orienta a pessoa a começar e terminar o dia já bebendo um copo de água. “Ao longo do dia, se preciso, também coloque lembretes no celular a cada uma hora com o aviso para tomar água. Deixe uma garrafa de 500ml ou de 1,5l de água o mais perto possível do local de trabalho e, sempre que passar por um bebedouro, encha e beba um copo de água”, sugere.
“Atenção! Não espere a sede chegar para beber água. Ela já é um sinal da desidratação, ou seja, seu corpo já está sofrendo com a falta de água”, acrescenta a profissional.

5. Evite alimentos com alto índice glicêmico e pobres em nutrientes
Seguir uma alimentação saudável sugere, também, “fugir” de alguns alimentos. “É preciso evitar aqueles que possuem alto índice glicêmico e são pobres em nutrientes, como os alimentos refinados: arroz branco, pão branco, doces e açúcares em geral”, diz Carina de Sá.

6. Evite alimentos industrializados, frituras e embutidos
A nutricionista Carina destaca que é importante evitar ainda alimentos industrializados, como sorvetes, miojos, biscoitos recheados, bolos, margarina e chocolate ao leite. “Eles são ricos em gorduras saturadas e praticamente não possuem nutrientes”, diz.
A pessoa que quer emagrecer também precisa ficar longe de frituras, queijos amarelos, embutidos (como presunto) e do sal em excesso.

7. Evite tomar sucos industrializados e refrigerantes
Em relação às bebidas, destaca Carina de Sá, é preciso evitar ao máximo os sucos de caixinha industrializados – pois estes são riquíssimos em açúcar –, além de fugir dos refrigerantes.

8. Evite ou diminua o consumo de bebidas alcoólicas
Muitas pessoas têm o hábito de beber cerveja (ou outra bebida alcoólica) no final de semana, o que, certamente, pode atrapalhar o bom andamento da dieta.
“Nesse caso, estipule uma quantidade fixa da sua bebida favorita, por final de semana, e comprometa-se a não ultrapassar sua meta. Claro, ela deve ser menor do que a quantidade de costume. Assim, a cada final de semana, reduza um pouco até se adaptar a beber menos”, orienta Carina de Sá.
A nutricionista destaca que é importante evitar a restrição completa e radical da bebida em questão. “Outra orientação importante é, a cada copo de bebida alcoólica, consumir um copo de água. Assim você bebe menos e ainda evita a desidratação”, acrescenta.

9. Escolha atividades físicas adequadas
Não tem como fugir: quem quer emagrecer precisa, também, se exercitar! “Parece até uma equação simples de se resolver: se pensarmos em ingerir menos alimentos calóricos (gorduras e processados) e dar preferência a refeições menos calóricas (fibras e carne magras), e aumentarmos o gasto calórico, com atividades prazerosas, a perda de peso é certa. Mas, a chave para um emagrecimento saudável está em uma boa alimentação aliada a uma atividade física monitorada e, principalmente, voltada para o corpo feminino”, destacam Fabíola Dias e Flávia Freitas, professoras da Academia Contours.
Ainda de acordo com as profissionais, as aulas circuitadas em academias especializadas para mulheres, juntamente com aulas que mesclam movimentos de luta (boxe, Karatê e outras), têm um alto gasto calórico. “Por exemplo, o circuito bem elaborado chega a ter um gasto energético de 665 calorias por hora, se feito três vezes por semana. E, nas aulas de luta, como o Body Combat, a perda é de 495 a 700 calorias por hora”, explicam Fabíola e Flávia.
“Para se ter uma ideia de comparação, na corrida, se houver variação de terreno e instabilidade de percurso, a perda calórica é de, no máximo, 600 calorias por hora, se for mantida uma velocidade média de 9 km/h”, acrescenta as professoras.

10. Reserve pelo menos 30 minutos para praticar atividades físicas
Atualmente, com a correria do dia a dia, muitas pessoas reclamam que têm pouco tempo para se exercitarem. Porém, para emagrecer de maneira saudável, é fundamental que se mantenha a regularidade na atividade física.
“Se a pessoa conseguir manter a atividade por 30 minutos, 3 vezes na semana, por exemplo, os resultados serão surpreendentes”, destacam as professoras Fabíola e Flávia.

11. Se preferir, caminhe
Algumas pessoas, simplesmente, não gostam de ir a academias. Porém, ainda assim não há desculpas para elas deixarem de se exercitar.
“A caminhada é uma excelente atividade aeróbica”, destacam Flávia e Fabíola. “Nesse caso, é necessário manter a regularidade de caminhar 3 vezes na semana, por 30 minutos”, acrescentam as professoras.

12. Não se esqueça da alimentação pré e pós-treino
Carina de Sá explica que a alimentação rica em nutrientes no pré-treino potencializa a execução do exercício, sem deixar a pessoa fadigada durante o treino, além de evitar o catabolismo muscular. “Assim você não perde sua massa magra, que é a mais ativa em relação ao gasto energético”, destaca.
No pós-treino, explica a nutricionista Carina, a alimentação é importante para garantir uma boa recuperação muscular, ou seja, a reposição de glicogênio para os músculos, e evitar novamente sua degradação. “Além dos nutrientes como vitaminas, minerais e antioxidantes, importantes também para manter uma boa produção de energia pelo organismo e amenizar os processos inflamatórios gerados pela atividade física”, diz.

13. Mantenha o foco nos benefícios da perda de peso
Como já foi citado, uma dieta de emagrecimento exige dedicação e foco. Se, durante o processo, por um motivo ou outro, você tiver vontade de desistir, afaste todo o pensamento negativo!
Foque em todos os benefícios que a perda de peso proporcionará: além de melhorar sua autoestima, o emagrecimento trará mais saúde e bem-estar, já que deixará sua pressão sob controle e diminuirá significativamente os riscos de diabete, derrame e doença cardiovascular.
Enfim, não faltam bons motivos para você aderir a uma dieta saudável! E agora você já tem ótimas dicas para isso. Mas, não se esqueça de começar procurando por profissionais que possam ajudá-la nesse processo!