quinta-feira, 15 de agosto de 2013

20 melhores exercícios para perder peso

Natação, corrida, ciclismo e caminhada são algumas das opções

Perder peso é o desejo de quase todas as mulheres que estão (ou consideram estar) com uns quilinhos a mais. Porém, a tarefa nem sempre é fácil. Emagrecer exige disciplina e persistência. Uma boa alimentação é a base de tudo, mas não é segredo para ninguém que as atividades físicas podem dar uma forcinha nesta batalha contra a balança!

De acordo com Leandro Galende, bacharel em Esporte pela Universidade Estadual de Londrina (UEL), o procedimento mais indicado para provocar impacto positivo no controle de peso corporal é praticar os chamados exercícios aeróbicos, com esforços de média a longa duração, de caráter dinâmico, em ritmo constante e de intensidade moderada. “Neste sentido, a caminhada, a corrida, o ciclismo e a natação são grandes aliados para as mulheres que desejam reduzir a quantidade de gordura corporal”, destaca.

Abaixo você confere uma lista com essas e outras atividades excelentes para perder peso:

1. Corrida
A corrida é uma modalidade de exercício físico muito conveniente aos programas de controle de peso corporal, conforme explica Leandro Galende. “Uma das vantagens é a maior demanda energética para a prática da corrida, diminuindo, assim, o tempo para se alcançar os resultados desejados, se comparada a outras formas de exercício físico”, diz. Com a corrida, dependendo da intensidade, é possível gastar cerca de 500 calorias por hora.

2. Natação
A natação é, sem dúvida, um exercício ótimo para perder peso, especialmente no verão, quando as pessoas se sentem mais motivadas a ir às aulas que, além de tudo, refrescam. “A natação traz como fator positivo a flutuabilidade que, no meio aquático, reduz a sobrecarga articular. Como a água oferece mais resistência do que o ar, a natação ainda provoca um bom ganho na massa muscular”, destaca Leandro Galende. É possível gastar até 800 calorias em uma hora de aula.

3. Ciclismo
O ciclismo pode ser praticado de forma tradicional ou em bicicletas indoor, destaca Leandro. “Nesse tipo de atividade, a sobrecarga imposta nas articulações de sustentação do peso corporal é mínima, minimizando o risco de lesão”, diz o profissional. Andar de bicicleta ao ar livre é, além de tudo, uma ótima opção de lazer. E a boa notícia é que, dependendo da intensidade em que se pedala, é possível queimar de 500 a 1000 calorias por hora.

4. Spinning
Ainda dentro da proposta de pedalar, as aulas de Spinning, realizadas hoje na maioria das academias de todo o Brasil, são ótimas para quem quer perder peso. “Um lado positivo das aulas de bike indoor é o fato do aluno poder ter o controle de carga e intensidade ajustado às suas necessidades”, destaca Leandro Galende.

5. Caminhada
Embora algumas pessoas duvidem, a caminhada é, sim, uma grande aliada para pessoas que querem perder peso. “A caminhada é recomendada para as mulheres que procuram sair do sedentarismo ou para aquelas com excessiva quantidade de peso corporal e que não toleram esforços físicos mais intensos. Por gerar menor impacto articular, diminui o risco de lesões”, diz o profissional Leandro.
Se for feita de forma moderada (não muito devagar), pode proporcionar um gasto de, aproximadamente, 350 calorias por hora.

6. Step
O step é uma atividade aeróbica que se utiliza de uma plataforma (chamada step; em português, degrau), na qual a praticante pode fazer diversos movimentos, de modo geral, subindo e descendo dela. O exercício tonifica especialmente as pernas, quadris e bumbum. Pode queimar até 800 calorias em uma hora, dependendo do ritmo da atividade.

7. Tênis
É um esporte que, além de queimar calorias, ajuda a tonificar coxas e pernas. Exige movimentos rápidos, bastante atenção e ainda proporciona socialização entre os jogadores. Pode queimar até 800 calorias por hora.

8. Elíptico
O Elíptico pode ser definido como um simulador de caminhadas sem impacto, mas, além de proporcionar movimentação das pernas, o aparelho possui braços que podem proporcionar um trabalho de membros superiores simultaneamente aos inferiores. Com o Elíptico, fica a seu critério a intensidade do exercício, assim, é possível alcançar um treino com grande ganho de resistência e alto índice de queima calórica (até 600 calorias por hora).

9. Remo
O remo é uma excelente maneira de tonificar os braços e, também, uma atividade muito prazerosa. Queima até 600 calorias por hora, melhora a postura, alivia o estresse e aumenta massa muscular. Pode ser feito em locais abertos ou simplesmente com a máquina de remo na academia.

10. Dança
Talvez essa seja uma das maneiras mais divertidas de se perder peso. A dança trabalha com todo o corpo e ajuda a aliviar e/ou evitar o estresse. Mas atenção, a atividade deve ser feita por pelo menos uma hora, em ritmo intenso (nada de enrolação!). Assim é possível queimar entre 600 e 800 calorias.

11. DVD de exercício
Assistindo e seguindo corretamente as instruções de um DVD de exercícios físicos é possível queimar cerca de 300 calorias em uma hora. O lado positivo da atividade é que pode ser feita no conforto do lar.

12. Andar a cavalo
Não é todo mundo que tem um cavalo à disposição. Mas andar a cavalo uma vez por semana é uma boa maneira de se manter em forma e também de fazer um passeio agradável, observando a natureza. A atividade pode proporcionar o gasto de mais de 200 calorias por hora, além de ajudar na tonificação do bumbum, abdômen e coxas.

13. Jump
As aulas de Jump (em que a praticante pula/dança sobre uma cama elástica) têm feito muito sucesso nas academias, inclusive pelo alto gasto calórico que proporcionam. Em uma hora de atividade é possível queimar de 300 a 600 calorias, dependendo do ritmo das coreografias.

14. Zumba
Esta é uma atividade recente que têm feito muito sucesso entre as mulheres que querem perder peso ou, simplesmente, gostam de se exercitar. A aula de Zumba mistura diversos movimentos e ritmos, tornando-se uma atividade prazerosa e que pode queimar cerca de 500 calorias por hora.

15. Lutas
As lutas, como Boxe, Muay thai e Jiu jtisu, já se tornaram febre na maioria das academias. Além de promoveram algo gasto calórico (cerca de 600 calorias por hora), ajudam a definir o corpo e a aliviar o estresse.

16. Ioga
O alongamento é bom para o corpo e para a alma. O que pouca gente sabe é que praticar Ioga também pode ajudar as pessoas que querem perder peso! Além de melhorar a flexibilidade, diminuir dores musculares, é possível queimar cerca de 180 calorias por hora nessas aulas.

17. Futebol
Jogar futebol, ainda que informalmente, é uma maneira maravilhosa de queimar calorias (cerca de 400 por hora) e, logo, perder peso.

18. Musculação
As atividades de força feitas na academia, associadas a exercícios aeróbicos, são essenciais para perder peso, além de aumentarem a massa magra e modelarem todo o corpo da mulher.

19. Jardinagem
Pouca gente sabe, mas cuidar do jardim pode queimar cerca de 200 calorias por hora. Mas é preciso se proteger do sol e se manter hidratada, tomando muita água!

20. Limpar a casa
Que tal unir o útil ao agradável? Limpando a casa você pode gastar cerca de 200 calorias por hora. Para dar um ânimo a mais à atividade, faça uma seleção de músicas agradáveis e dance enquanto varre, tira o pó etc. A tarefa tende a se tornar mais divertida.

Fonte: http://www.dicasdemulher.com.br/20-melhores-exercicios-para-perder-peso/ - Por Tais Romanelli - Foto: Thinkstock

quarta-feira, 14 de agosto de 2013

O que a falta de ar pode esconder

Uma série de problemas — alguns deles graves e nem sempre ligados ao aparelho respiratório — é capaz de sabotar o fôlego nosso de cada dia. Saiba em que situações é preciso ficar esperto

Oxigênio é uma daquelas coisas às quais a gente só dá valor quando sente falta. E, embora isso possa ocorrer ao subirmos alguns lances de escada ou praticarmos esporte, convém ter em mente, sobretudo com a chegada do inverno, que uma porção de doenças atinge direta ou indiretamente a capacidade de respirar. É propício fazer esse aviso quando a temperatura cai por diversas razões, que afetam tanto pessoas saudáveis como quem já tem um distúrbio no sistema respiratório, caso de asma, rinite ou bronquite. "No frio, costumamos ficar mais em ambientes fechados, que favorecem a contaminação por micróbios, e o ar gelado e seco agride as vias aéreas, facilitando a ação de bactérias e vírus", explica o médico Jairo Araújo, presidente da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT).

Não é à toa que, antes de a estação dos termômetros baixos começar, são realizadas campanhas de vacinação contra gripe e pneumonia, bem como alertas para o controle da asma. No Brasil, a infecção pelo vírus influenza H1N1, por exemplo, esteve por trás de 2 614 internações no ano passado, sendo que 351 casos terminaram em morte. O cenário para os asmáticos, então, é de perder o fôlego. Com base em levantamentos dos últimos anos, a SBPT estima que a asma mate seis pessoas por dia no país. "Isso reflete o fato de que mais de 90% dos indivíduos com o problema não seguem rigorosamente as orientações do médico", justifica Araújo. Como as crises são mais frequentes em período de frio e ar seco, esse é o momento para não hesitar em adotar o tratamento a fim de prevenir falta de ar e outras complicações.

Apesar de entrarmos na temporada mais perigosa para o aparelho respiratório, é nosso dever informar que o sufoco para obter oxigênio pode estar relacionado a falhas em outros cantos. "Diagnosticar a origem da falta de ar deve ser uma preocupação constante nos hospitais, até porque alguns casos refletem doenças graves. Embora as causas mais comuns sejam problemas pulmonares, ela pode ser sintoma de males cardíacos e refluxo", diz o cardiologista João Fernando Ferreira, da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo, a Socesp. É claro que, se você é sedentário e quer apostar uma corrida, vai sofrer as consequências ao peito. Mas, se o fôlego for desaparecendo sem motivo, é preciso correr, só que para o médico. Rastreamos, a seguir, 12 problemas que, em comum, acarretam boicotes ao entra e sai de ar.

Infecções respiratórias
Quando a gripe nos pega, a falta de ar pode aparecer junto a outros sintomas nada agradáveis: febre, tosse, secreção nasal, cansaço, dor de cabeça... O vírus influenza invade o corpo e se instala nas vias aéreas, provocando uma reação inflamatória. O aumento de muco na região e a diminuição do calibre de brônquios e bronquíolos — tubos que levam o ar para as profundezas dos pulmões — respondem pela baixa no fôlego. "Por isso, ao primeiro sinal da gripe, procure atendimento médico", aconselha o pneumologista André Albuquerque, do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo. Para preveni-la, recomenda-se tomar a vacina e lavar as mãos constantemente. Se a gripe é mal tratada, assim como outras infecções respiratórias, podem se abrir as portas à pneumonia, geralmente deflagrada por bactérias que chegam aos pulmões. Ela é uma das principais causas de internação no país e, muitas vezes, difícil de ser controlada. Diante de falta de ar e incômodos no peito, o pronto-socorro é bem-vindo.

Bronquite crônica
A inflamação dos brônquios costuma ser causada por reações alérgicas a poeira, ácaros ou fungos. Ao entrarem em contato com eles, as estruturas pulmonares ficam mais contraídas e emperram o trânsito de oxigênio. Além disso, há um aumento na secreção de muco, que pode entupir a passagem de ar pelos brônquios. Bronquites tendem a acompanhar o indivíduo ao longo da vida e as crises são mais frequentes na infância e na adolescência. Além da falta de ar, geram tosse, expectoração, dor e chiado no peito. "Em tempos de frio e baixa umidade, é importante hidratar as vias respiratórias com inalação e soro fisiológico", sugere Albuquerque. Para os períodos críticos, os especialistas receitam anti-inflamatórios, broncodilatadores e, caso bactérias se aproveitem da confusão nos pulmões, antibióticos.

Asma
Segundo cálculos da SBPT, cerca de 20 milhões de brasileiros teriam o problema, também marcado por inflamação nos brônquios e presença de muco ali. O chiado no peito, um de seus sinais, significa que o ar está percorrendo um tubo estreito demais. Se esse caminho se fecha, vem a falta de ar. "Temperaturas baixas,  clima seco, infecções e contato com ácaro e pelos de animais são os gatilhos das crises", alerta a pneumologista Marcia Pizzichini, coordenadora da Comissão de Asma da SBPT. O segredo para o fôlego não deixar o asmático na mão nem impor hospitalizações — foram 174 500 no Brasil em 2011 — é seguir à risca o tratamento, que prevê anti-inflamatórios inaláveis diariamente. "São remédios seguros e que permitem ao indivíduo ter uma vida normal", garante Marcia.

DPOC
A doença pulmonar obstrutiva crônica reúne duas encrencas derivadas da inalação de fumaça: a já citada bronquite e o enfisema pulmonar, que é a morte dos alvéolos, encarregados das trocas gasosas. "Noventa por cento dos casos estão associados ao tabagismo, sendo que, em média, demoram 20 anos para o problema aparecer", diz o pneumologista Oliver Nascimento, vice-presidente da Sociedade Paulista de Pneumologia e Tisiologia. A grande questão que cerca a DPOC é o fato de o fumante pensar que tosse, pigarro e falta de ar são aspectos inerentes ao vício. Quanto mais tarde é feito o diagnóstico, menor a chance de minimizar a situação — já que não dá para reverter totalmente os estragos. "O principal tratamento é parar de fumar, seguido de condutas como vacinação e atividades físicas. Também entramos com medicamentos que dilatam os brônquios", explica Nascimento. Prevenir a DPOC não tem mistério: fuja do cigarro, inclusive se for só nos finais de semana, e dos fumantes.

Câncer de pulmão
Eis outro mal estreitamente ligado ao tabaco — oito em cada dez pessoas com a doença fumaram ou tinham contato assíduo com a fumaceira. "Ele é o terceiro tipo mais comum de câncer e um dos mais agressivos, daí sua alta mortalidade", diz o oncologista Jefferson Luiz Gross, diretor do Núcleo de Pulmão e Tórax do A.C. Camargo Cancer Center, em São Paulo. Ainda se suspeita que outros agentes, como poluentes, elevem seu risco. Não é fácil diagnosticá-lo precocemente porque seus indícios, caso da tosse e da falta de ar, são encarados como manifestações comuns ao ato de fumar. Assim, o indivíduo só procura ajuda quando vive sem fôlego ou expele sangue nas tossidas. "De uns anos pra cá, estudos sugerem a realização anual de tomografias do tórax a toda pessoa acima de 50 anos que fuma ou já fumou", conta Gross. É um jeito de identificar cedo o tumor para derrotá-lo.

Hipertensão pulmonar
Essa é uma doença rara, que compromete muito a qualidade e a expectativa de vida. Ela nada tem a ver com a pressão alta sistêmica. Aqui, o aperto acontece só nos vasos pulmonares. Problemas cardíacos, respiratórios e infecções podem estar por trás dele, e uma de suas principais versões, a hipertensão arterial pulmonar (HAP), não costuma ter causa definida. "O aumento da pressão nas artérias dos pulmões sobrecarrega o coração. Com o tempo, o órgão se cansa e o paciente pode desenvolver insuficiência cardíaca", explica o pneumologista Daniel Waetge, da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Por isso que o ecocardiograma é uma das formas de rastrear a doença. A HAP rende falta de ar, cansaço, palpitações, inchaços nos pés ou na barriga e até lábios roxos. Bem limitante, se o tratamento demora, pode cobrar uma vida curta ligada a um aparelho de oxigênio. "A terapia dispõe de algumas classes de remédios, mas ainda não temos todas elas no Brasil", diz Waetge.

Rinite
Se você nunca passou por isso, acredite: uma das piores sensações do mundo é não conseguir respirar e dormir por causa de um nariz entupido. A famigerada rinite é bem mais popular entre indivíduos alérgicos, mas pode pintar também em função de gripes e resfriados. Além de tampar as narinas, costuma desatar coriza e coceira na região — daí a imagem do nariz todo vermelho. "Ocorre uma inflamação no tecido que reveste lá dentro, acompanhada de um aumento no volume de sangue, o que dificulta ou corta a passagem do ar", explica o otorrinolaringologista Reginaldo Fujita, da Universidade Federal de São Paulo. Para escapar dela, lave o nariz com soro fisiológico diariamente e tome cuidado com mudanças bruscas de temperatura. "E nunca use sem orientação médica soluções nasais com vasoconstritores, porque elas podem provocar aumento da pressão e arritmia", avisa Fujita.

Transtornos psiquiátricos
Desordens como síndrome do pânico, ansiedade e claustrofobia costumam travar a entrada e a saída de ar do organismo. "Isso está relacionado a uma reação de defesa natural. Uma descarga de neurotransmissores faz o coração bombear mais sangue, preparando o corpo para as duas decisões cabíveis num momento de perigo: fugir ou lutar", diz o psiquiatra Sérgio Tamai, da Associação Brasileira de Psiquiatria. A consciência de uma situação ameaçadora estimula algumas regiões do cérebro, como a amígdala, que faz as escolhas, e o sistema nervoso autônomo, responsável por ações automáticas, como a respiração. Por isso, além de propiciar falta de ar, é comum que haja o aumento da pressão arterial, taquicardia e excesso de transpiração, assim como vontade de urinar ou evacuar. "Em alguns quadros psiquiátricos, a amígdala está descalibrada e pequenos estímulos já são capazes de gerar reações mais intensas", conta Tamai. Para controlar tais distúrbios, que costumam impactar no comportamento, os médicos prescrevem antidepressivos e ansiolíticos, além de sugerir psicoterapia e até mesmo meditação.

Panes no coração
A insuficiência cardíaca é a segunda causa mais comum de falta de ar — só fica atrás dos problemas respiratórios em si. Ela se caracteriza pela incapacidade de o órgão bombear sangue para o resto do corpo. Com o tempo, o músculo cardíaco fica flácido e uma parte do líquido vermelho acaba represada lá nos pulmões. "Os brônquios e bronquíolos ficam úmidos e isso dificulta a troca de gases, o que leva a uma dificuldade de difundir oxigênio no sangue e retirar gás carbônico", explica o cardiologista João Fernando Ferreira, da Socesp. Como os problemas no coração são os maiores causadores de mortes no mundo todo, o conselho é fazer o checkup anual e ficar atento a manifestações que podem aparecer junto com a falta de ar, como pressão alta, palpitação e dor no peito. "A primeira coisa a fazer é detectar e tratar a disfunção que está causando os sintomas. O problema pode estar nas válvulas, nos vasos ou no próprio músculo cardíaco", orienta Ferreira.

Excesso de peso
Para quem ainda resiste em tachar a obesidade de doença, leia esta: pesquisas mostram que ela acaba com o fôlego por motivos bem fisiológicos. "A barriga espreme os pulmões, limitando sua capacidade de trabalho", diz Marcia Pizzichini, professora da Universidade Federal de Santa Catarina. Pior: há indícios de que o tecido gorduroso que fica no ventre fabrica substâncias inflamatórias capazes de agravar problemas respiratórios, como a asma. Sem falar que quilos a mais baixam a imunidade, colaborando, sem querer, para infecções. A mensagem é curta: busque emagrecer ou se manter no peso ideal.

Refluxo gastroesofágico
Ele é motivado pela volta constante de comida do estômago para o esôfago e seus
principais sintomas são regurgitação, queimação e uma forte dor no peito — muitas vezes, esse incômodo é confundido até com infarto, dada a sua intensidade. A falta de ar, bem como pigarro, rouquidão e tosse, são algumas das manifestações mais atípicas do refluxo. "O retorno da massa alimentar irrita as paredes do esôfago. Um dos reflexos disso são espasmos involuntários nos pulmões, capazes de tirar o fôlego", conta o gastroenterologista Ary Nasi, do Fleury Medicina e Saúde. Em crianças e idosos, o conteúdo regurgitado pode até vazar para a dupla de órgãos que capitaneiam o sistema respiratório. "E isso, por sua vez, atrapalha o trabalho dos brônquios", complementa Nasi, que também é membro da Federação Brasileira de Gastroenterologia. O tratamento do refluxo atua em três frentes: diagnóstico adequado, por meio de endoscopias, mudanças alimentares, como o menor consumo de comidas gordurosas, e medicamentos. Se todas as etapas forem cumpridas, é bem provável que o refluxo — e a falta de ar — desapareça.

Problemas no diafragma
Um dos principais responsáveis pela respiração, o músculo que faz a divisão do peito e do abdômen também pode ficar com defeitos, embora isso seja bem raro. Na chamada eventração, o diafragma invade o tórax e deixa de realizar sua função, cortando o fôlego. Tumores, hérnias, lesões nos nervos e rupturas do tecido muscular também repercutem no diafragma, pressionando os pulmões. Por serem situações não tão frequentes, quando alguém chega ao hospital com falta de ar, os médicos investigam primeiro as causas mais habituais, como doenças respiratórias e cardíacas. "Descartados os principais suspeitos, começamos a investigar esses outros motivos", esclarece Nasi.

Fonte: http://saude.abril.com.br/edicoes/0365/medicina/problemas-falta-ar-747873.shtml?origem=home - por André Biernath e Diogo Sponchiato | fotos Deborah Maxx

Alimentação correta ajuda a preservar a memória e o aprendizado

O consumo de certos nutrientes, associado à prática de atividade física, ajuda o cérebro a funcionar melhor

Por mais que a ciência evolua, não tem jeito, o processo de envelhecimento dos seres humanos continua sendo, até agora, irreversível. Enquanto tratamentos estéticos e produtos de beleza têm conseguido ao menos retardar os efeitos do tempo externamente, como fazer para conseguir evitar a deterioração do cérebro e da memória, por exemplo? Uma das estratégias é ter uma alimentação saudável.

"Recentemente, um grande estudo publicado em uma revista de neurologia mostrou que indivíduos que tinham como hábito fazer a dieta do mediterrâneo, que basicamente consiste em consumir peixes de águas frias, frutas frescas e azeite de oliva in natura, tiveram um declínio das funções cognitivas significativamente menor quando comparados com pessoas que consumiam outras dietas", conta o neurologista André Felício, com pós-doutorado na University of British Columbia, no Canadá.

Segundo a pesquisa, a dieta mediterrânea pode reduzir os riscos de os indivíduos virem a sofrer de problemas de memória com o passar do tempo. A pesquisa foi descrita como "o mais amplo estudo do tipo feito até agora" e se baseou na informação dietética de 17.478 afro-americanos e caucasianos com média de idade de 64 anos. Os adeptos da dieta mediterrânea foram 19% menos propensos a desenvolver problemas em suas habilidades de memória e raciocínio do que pessoas que não comem estes alimentos.

A nutricionista Ariane Machado Pereira, da Naturalis, também defende o consumo de peixes, pela presença do ômega 3 em sua composição. Trata-se de um ácido graxo poli-insaturado adquirido por meio da alimentação que é precursor do ácido docosa-hexaenóico (DHA).

"O DHA é um ácido graxo ômega 3 com participação ativa na formação e manutenção do sistema nervoso e na constituição dos neurônios (células responsáveis pela transmissão de informações no cérebro). Além disso, com o envelhecimento do indivíduo, há um aumento do estresse oxidativo, que atua reduzindo os níveis do DHA no cérebro. Esse processo resulta em uma diminuição desses ácidos graxos, assim como ocorre em maior intensidade nas doenças como alzheimer, parkinson e na esclerose lateral amiotrófica. Por isso, o peixe é ótimo para ser inserido na alimentação", afirma a nutricionista.

Ela acrescenta que a suplementação com óleo de peixe, que contém alta concentração de DHA, pode ajudar na memória porque o ácido é um dos maiores constituintes do tecido nervoso.

"O aumento do seu consumo é importante para a formação e na função do sistema nervoso, particularmente do cérebro. Ele participa da comunicação entre os neurônios por meio da geração de impulsos nervosos. Já os fosfolipídios (principais componentes das membranas celulares) também estão relacionados com uma melhora na memória, pois desempenham inúmeras funções benéficas no organismo e mantêm a integridade das células."

Funções cognitivas

Um outro alimento destacado por Pereira é a lecitina de soja,  por ser fonte de fosfolipídios, dentre eles a fosfatidilcolina, a fosfatidiletanolamina, o fosfatidilinositol e a fosfatidilserina. "Esta última é encontrada em grande quantidade nas células do cérebro, onde está relacionada à função das células cerebrais. Diversos estudos mostram que essa substância melhora as funções cognitivas, como o aprendizado, a memória, a atenção e o raciocínio", afirma.

A fosfatidilcolina, frisa a nutricionista, fornece a colina, uma vitamina essencial do complexo B que participa da formação da acetilcolina, um neurotransmissor (mensageiro do cérebro).

O neurologista é mais comedido: "Além de suplementos 'naturais', como o óleo de peixe, óleo de coco e lecitina de soja, existem diversos outros compostos que associam vitaminas, ômega 3, outros antioxidantes, aminoácidos, etc., e que teriam o potencial de melhorar as conexões nervosas em indivíduos com problemas como a doença de Alzheimer. Embora do ponto de vista teórico esses suplementos façam bastante sentido, do ponto de vista prático, além da barreira econômica (são caros) faltam ainda estudos que comprovem sua real eficácia ao longo do tempo, doses e segurança", diz.

Num item ambos concordam: as vitaminas ajudam muito. "De um modo geral, elas são essenciais para o organismo, em particular para o adequado funcionamento do cérebro. Participam de diversos processos intracelulares, são antioxidantes e cofatores de reações químicas", fala Felício. Pereira acrescenta: "A vitamina D, por exemplo, auxilia na regeneração dos neurônios e regula a fixação do cálcio em receptores importantes para a formação da memória. Alimentos que são fontes: óleo de fígado de bacalhau, peixes e leite fortificado".

O que evitar

Gorduras saturadas, açúcar e carne vermelha em excesso e o consumo de álcool são grandes vilões quando se trata do cérebro e, em particular, da memória. Felício afirma que, além do efeito deletério para a saúde de um modo geral, levando a dislipidemia (aumento do colesterol e triglicérides), obesidade, diabetes e um significativo aumento do risco de acidentes vasculares encefálicos, esses itens aceleram o envelhecimento, uma vez que criam um microambiente tóxico para o tecido nervoso.

A nutricionista afirma que a gordura saturada proveniente do consumo excessivo de alimentos industrializados pode acelerar a perda de memória por processo inflamatório, afetando o funcionamento das células nervosas. Já o consumo exagerado de açúcar, através de alimentos ricos em carboidratos simples (de fácil absorção), eleva rapidamente a produção de insulina, desencadeando reações químicas que agridem as células cerebrais.

Ela lembra que a carne vermelha ajuda a memória, mas seu consumo excessivo pode estimular a produção de substâncias tóxicas para os neurônios. É o caso da homocisteína, um composto que aumenta significativamente a oxidação por radicais livres, podendo ser um fator de risco a longo prazo para o desenvolvimento de doenças como o alzheimer. Já o consumo excessivo do álcool pode causar um deficit temporário de memória, atenção e aprendizado, levando à morte de neurônios e prejudicando a formação de novas células cerebrais.

"Uma alimentação equilibrada, composta por nutrientes que atuam no bom funcionamento cerebral, associada à prática de atividade física, com certeza ajudará positivamente na memória, na concentração e na prevenção de doenças degenerativas progressivas do cérebro, levando em consideração os aspectos genéticos de cada individuo", finaliza a nutricionista.
Idosos

As principais causas da perda de memória são as doenças neurodegenerativas (em que ocorre a destruição progressiva e irreversível de neurônios, as células responsáveis pelas funções do sistema nervoso).  "As doenças ocorrem normalmente em indivíduos idosos, acima de 65 anos. Mas existem outras causas potencialmente tratáveis, como hipotireoidismo descompensado, hematoma subdural crônico, deficiência multivitamínica, entre outras", afirma Felício.

É bom lembrar que problemas de memória não afetam apenas pessoas mais velhas. E Felício comenta que, em idosos, nem sempre a perda de memória pode significar sinais do mal de Azheimer, por exemplo. Embora a doença seja a principal causa de perda de memória em indivíduos desta faixa etária, é preciso uma cuidadosa avaliação médica desses casos a fim de se buscar diagnósticos diferenciais. Já em pessoas jovens, devem ser pesquisados transtorno do deficit de atenção e hiperatividade, transtorno de ansiedade e depressão.

O neurologista alerta que, quando a perda de memória interfere nas atividades cotidianas da pessoa e é percebida como um problema por seus familiares e amigos próximos ou pelo próprio paciente, é fundamental procurar ajuda médica. "Obviamente, muitos procuram auxílio antes disto e neste momento o médico tem uma função especial de esclarecer e orientar", encerra.

terça-feira, 13 de agosto de 2013

7 dicas para evitar o desperdício de alimentos

A nutricionista Dagmarcia Neuza David Tumeo dá algumas dicas para aproveitar ao máximo o consumo dos alimentos.

Água do cozimento de vegetais: concentra vitaminas hidrossolúveis. Aproveite-a para agregar valor nutricional ao arroz e ao macarrão.

Casca de laranja: tem 40 vezes mais cálcio do que a polpa. Pode ser adicionada a chás ou caramelizada, para ser servida com café.

Casca de tangerina e maracujá: contém fibras, que ajudam no bom funcionamento do intestino. Pode dar origem a deliciosas geleias.

Folha de cenoura: rica em vitamina A, importante para saúde dos olhos, pele e cabelos. Pode ser usada para fazer bolinhos ou para substituir a salsinha.

Sementes de abóbora: ricas em vitamina E, ferro, magnésio, potássio e zinco, além de serem excelentes fontes de ácidos graxos e ômega-3. Use-as para incrementar a salada, passando-as em uma frigideira quente e seca por 5 minutos.

Talo de agrião: contém muita vitamina C, importante para aumentar a imunidade do organismo. Pode ser usado em sucos ou para fazer molho pesto.

Talos de couve, beterraba, brócolis e salsa: ricos em vitamina C, podem ser aproveitados em recheios de tortas, patês, saladas ou escondidinhos.

segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Gripe: causa, tratamento e como evitar

Conheças as causas, tratamentos e como evitar este mal

Sintomas - Febre alta, tosse, secreção nasal, dor de garganta, dor de cabeça e pelo corpo, cansaço físico.

O que é - É um problema respiratório causado pelo vírus influenza. Ao contrário do que muita gente pensa, não tem nada a ver com o resfriado, cujos sintomas são mais leves. O influenza consegue se apoderar de células das vias aéreas e, para conter essa invasão, o sistema imune recruta anticorpos e dispara uma baita reação inflamatória. No final das contas, não é apenas o aparelho respiratório que sente o ataque — o corpo inteiro padece de dores e daquela sensação de moleza. O impacto da agressão varia de acordo com as condições do hospedeiro — não por menos, a gripe costuma ser mais nefasta para os bebês e para quem já passou dos 70 anos.

Tratamento - São adotados remédios que atenuam os sintomas, como os antitérmicos, os analgésicos e os descongestionantes nasais. Depois de avaliar o caso, o médico pode receitar apenas repouso ou recorrer também a antivirais, cuja função é justamente exterminar o influenza. Casos mais graves exigem internação para evitar complicações como pneumonias.

Prevenção - Lavar sempre muito bem as mão, evitar o contato com pessoas com sintomas da gripe e, se possível, não frequentar locais apinhados de gente, como creches, estações de trem e aeroportos - todas essas ações contribuem para frear o contágio. Uma medida excelente, recomendada sobretudo a crianças pequenas e idosos, é tomar a vacina. Ela ensina o sistema imune a criar um pelotão atento, capaz de desmobilizar o ataque do influenza.

domingo, 11 de agosto de 2013

Por que não se deve usar maquiagem todos os dias?

A dermatologista Helena Zantut esclarece as principais dúvidas a respeito do tema e dá dicas para não prejudicar a saúde da pele

Corretivo de alta cobertura, base em creme, pó compacto, rímel com efeito de volume triplicado, blush com coloração natural, quarteto de sombras, batom – todos esses itens se encaixam perfeitamente na descrição do arsenal ideal para esconder aqueles defeitinhos da aparência do rosto que tanto incomodam.

A maquiagem vem sendo usada ao longo dos séculos para tornar o rosto humano cada vez mais perfeito e, por isso, grande parte da população feminina mundial não consegue viver sem ela. Maquiar-se diariamente seria a solução ideal para uma aparência sempre impecável, não fosse um detalhe: dizem por aí que usar maquiagem com muita frequência pode ser prejudicial à saúde da pele, provocando acne, aumentando a oleosidade ou ressecando o rosto.

A dermatologista Helena Zantut esclarece as principais dúvidas a respeito do tema e dá dicas para evitar o problema.

A maquiagem é, de fato, prejudicial à saúde da pele?

Helena explica que, dependendo da qualidade dos produtos utilizados, a pele poderá sofrer mais ou menos danos. Entretanto, de acordo com a dermatologista, mesmo as marcas mais conceituadas prejudicam a saúde da pele e dos poros.

”Maquiagem tem que ser de boa qualidade. Hoje temos muitas, como a MAC, a Vichy, a La Roche Posay, por exemplo, mas infelizmente [essas marcas] são importadas e, às vezes, não são vendidas aqui no Brasil”, afirma a especialista.

Perguntada sobre que tipo de problemas de pele podem ser causados pelo uso contínuo de maquiagem, Helena diz que “o principal é dermatite de contato (alergias), e manchas na pele”.

Produtos de maquiagem desenvolvidos para tratar acne e outros problemas de pele realmente funcionam ou também são prejudiciais?

Diversos fabricantes anunciam, nas embalagens e mesmo na publicidade, que os produtos de maquiagem desenvolvidos por eles teriam também uma função de medicamento contra a acne, as manchas e outros problemas de pele. Helena defende a tese de que todo tipo de produto que prometa resultados miraculosos deve ser utilizado com a orientação de um dermatologista.

”Hoje em dia os laboratórios de dermocosméticos fazem estudos para juntar o tratamento [buscado pelo paciente] com a parte cosmética e estética”, explica ela, “tanto que já fazem protetores com base, despigmentantes, vitamina C, entre outros”. Esse fator, no entanto, não significa que o produto tratará o problema como prometido.

O ideal seria confrontar as informações fornecidas pelo fabricante com as orientações e a opinião de um especialista de sua confiança. O dermatologista saberá indicar os melhores produtos para cada tipo de pele, o que pode evitar problemas como alergias e irritações.

”Os [produtos desse tipo] mais modernos, hoje em dia, são os BB cream e os CC cream – já existem [alguns] da L’Oréal. Existem também tratamentos de acne junto com primer e base, entre outros”, diz.

Como evitar que o uso de maquiagem faça mal à pele?

Os cuidados para prevenir problemas de pele causados pelo excesso de maquiagem são bastante conhecidos do público feminino, mas não custa lembrar: “sempre retirar toda a maquiagem antes de dormir e sempre usar um protetor solar antes de passar a maquiagem”, finaliza Helena.

Ser pai é ser...

Ser pai é ser criança, aprendendo e vivendo sempre coisas novas e boas. Pois só assim é que se cresce. 

Ser pai é ser filho, seguindo e trilhando os rumos traçados pelos pais. Pois eles só querem o nosso bem. 

Ser pai é ser irmão, sendo um pai dos filhos mais novos e mais velhos. Pois desta maneira se treina para paternidade.

Ser pai é ser amigo, compreendendo e ajudando os amigos que precisam de um pai. Pois eles retribuirão com gratidão. 

Ser pai é ser avô, observando e encaminhado os filhos a serem bons pais. Pois eles conseguirão a maturidade. 

Ser pai é ser mestre, espalhando a sabedoria e seus conhecimentos. Pois é assim que se constrói um mundo melhor. 

Ser pai é ser pai, orientando e encaminhado os filhos a seguirem o bom caminho. Pois só assim se obtém a felicidade.

Autor desconhecido

sábado, 10 de agosto de 2013

Exercícios para combater o envelhecimento da pele

Para se livrar das rugas e de marcas de expressão, aprenda a fazer a ginástica facial que combate o envelhecimento e rejuvenesce a pele

Lave e hidrate o rosto

É muito importante estar com a pele lubrificada para não correr o risco de marcá-la devido à repetição dos movimentos. Entretanto, o rosto não precisa estar repleto de hidratante. Basta aplicá-lo, sem excessos, como se estivesse prestes a sair de casa.


Esprema bem os olhos e segure-os, contando até 10. Em seguida, volte devagar enquanto conta até 6. Repita o exercício cinco vezes.

Levante bem as sobrancelhas com os olhos fechados e conte até 10. Em seguida, volte devagar enquanto conta até 6. Repita o movimento cinco vezes.




Faça uma “boca de peixe” aberta e conte até 12. Em seguida, volte devagar enquanto conta até 6. Faça o exercício cinco vezes.

Sorria forte para os lados e segure o sorriso com o pescoço, colocando a língua no céu da boca, bem atrás. Em seguida, volte devagar enquanto conta até 6. Faça o exercício cinco vezes.




Fonte: http://revistavivasaude.uol.com.br/bem-estar/exercicios-para-combater-o-envelhecimento-da-pele/1141/ - Texto: Redação/ Ilustração: Vanessa Reyes/ Adaptação: Letícia Maciel

Por que comer menos calorias faz viver mais?

Uma dieta com baixa ingestão calórica aumenta a expectativa de vida em muitas espécies, inclusive dos humanos. Mas exatamente como a dieta prolonga a vida tem sido um mistério para a ciência.

Agora, pesquisadores do Instituto Max Planck (Alemanha) descobriram que um receptor hormonal faz uma das ligações entre a nutrição de baixas calorias e a expectativa de vida.

Proteína receptora

A proteína NHR-62 aumenta o tempo de vida dos animais de laboratório em 20% quando a sua ingestão de calorias é reduzida.

Além disso, outro estudo mostrou que o receptor hormonal NHR-8 afeta o desenvolvimento na idade adulta e leva os vermes estudados à sua longevidade máxima.
Como os seres humanos temos receptores similares, os cientistas afirmam que pode ser possível que eles também sejam responsáveis por regular nossa expectativa de vida.

O receptor NHR-62 deve estar ativo para que a dieta de baixas calorias prolongue ao máximo a vida dos vermes. Se o NHR-62 estiver ativo, osCaenorhabditis elegans vão viver 25% a mais sob restrição dietética do que se este receptor estiver inativo.

"Parece que há um hormônio ainda desconhecido que regula a expectativa de vida usando o NHR-62. Se pudermos identificar esse hormônio e administrá-lo para o verme, poderemos prolongar sua vida sem ter que mudar a sua ingestão de calorias", explica Adam Antebi, responsável pelos experimentos.

Você é um homem ou um verme?

Mas por que estudar a longevidade usando vermes?
A pequena lombriga Caenorhabditis elegans vive apenas cerca de 20 dias. Isto a torna um objeto de pesquisa ideal, já que o ciclo de vida do verme pode ser estudado em pouco tempo.

Além disso, o verme é composto por menos de mil células, e sua composição genética e bem conhecida.

Mais ainda, o C. elegans contém muitos genes semelhantes aos dos seres humanos - por exemplo, os humanos têm receptores semelhantes ao NHR-62, chamados HNF-4α.

Assim, os cientistas suspeitam que os receptores hormonais podem não só controlar o tempo de vida máximo dos vermes, mas também dos seres humanos.

Benefícios da restrição calórica

Os efeitos da dieta de restrição calórica estão bem comprovados, afetando a expressão de genes de forma dramática: dos aproximados 20 mil genes do verme, 3.000 mudam a sua atividade, e 600 mostram uma dependência do NHR-62.

Por outro lado, a alimentação afeta o tempo de vida de muitos outros modos, sendo o receptor agora descoberto apenas um dos fatores envolvidos.

Assim, em vez de esperar que os cientistas descubram um hormônio que permita viver mais sem ter que comer menos calorias, talvez seja mais sábio começar a obter os ganhos agora, simplesmente mudando os hábitos alimentares.

sexta-feira, 9 de agosto de 2013

O que existia antes do Big Bang?

Será que algum dia saberemos o que aconteceu antes do Big Bang? Esta não é uma questão apenas filosófica: há alguns aspectos que podem vir a ser cientificamente testados.

Por muito tempo o homem achou que o Universo – por definição, tudo que tem existência física – era de idade infinita, ou com uma idade que poderia ser medida em gerações humanas, como contado por muitas mitologias. Porém, graças aos estudos da taxa de expansão do Universo, sabemos que há cerca de 13,8 bilhões de anos tudo que podemos observar veio de uma expansão a partir de um ponto menor que um átomo, o Big Bang.

O modelo do Big Bang é a melhor explicação que temos para a aparência do cosmos atual, mas ele tem suas limitações – como o fato de que não responde a algumas perguntas fundamentais, como “o que veio antes do Big Bang?” (se é que veio alguma coisa). Mas antes de tentar entender as possíveis respostas, é preciso primeiro entender a pergunta.

Inflação

O Universo pode ser definido como tudo o que existe em um sentido físico, mas nós podemos observar apenas uma parte dele. Olhando ao redor vemos galáxias por todos os lados, e elas todas se parecem umas com as outras, não há uma direção especial no espaço… Isso significa que o Universo não tem “bordas” (ou um centro).

Se fossemos movidos instantaneamente para uma galáxia distante, veríamos um cosmos semelhante ao que vemos da Terra, com um raio efetivo de 46 bilhões de anos-luz. Não podemos ver além desse raio, não importa onde estejamos posicionados.

Por vários motivos os cosmologista acreditam que o Universo sofreu um processo de inflação em seus primórdios – uma expansão rápida logo após o Big Bang. Com a expansão, veio o resfriamento, e, passados cerca de 380.000 anos do Big Bang, o Universo ficou transparente, e a luz daquela época pode ser percebida hoje como a radiação cósmica de fundo (CMB, na sigla em inglês de Cosmic Microwave Background).

Essa radiação foi examinada por meio de telescópios espaciais como o COBE, WMAP e, mais recentemente, o Planck, e cientistas perceberam que ela é bastante suave, mas não totalmente uniforme: contém irregularidades que eram minúsculas e ficaram imensas com a inflação, e se tornaram as sementes para os objetos em larga escala, como galáxias e grupos de galáxias vistos hoje.

Existem várias versões possíveis para a inflação, mas o ponto essencial é que as flutuações aleatórias de temperatura e densidade produzidas pelo Big Bang foram suavizadas pela expansão rápida, como um balão murcho e enrugado se torna um objeto liso quando inflado. Mas a inflação teria acontecido tão rápido que o Universo passou a ter regiões desconectadas – universos paralelos – que podem até mesmo ter leis físicas diferentes.

A inflação produziria muitas ondas gravitacionais – flutuações na estrutura do espaço e tempo – que por sua vez deixariam as marcas na radiação cósmica de fundo. As ondas gravitais no início do Universo teriam agitado o espaço-tempo, criando um ambiente que distorceu a emissão de luz.

Universos de bolso

Entretanto, nada disso nos informa o que veio antes do Big Bang. Em muitos modelos inflacionários, bem como em teorias do Big Bang mais antigas, este é o único Universo que existe, ou, pelo menos, o único que podemos observar.

Uma exceção é o modelo conhecido como inflação eterna. Nele, o Universo Observável é parte de um “Universo de bolso”, uma bolha em uma enorme espuma de inflação. Na nossa bolha particular, a inflação começou e parou, mas em outros universos desconectados do nosso a inflação pode ter propriedades diferentes. A inflação eterna esvaziou as regiões fora das bolhas, eliminando toda a matéria ali – não há estrelas, galáxias ou qualquer coisa reconhecível.

Se a inflação eterna está correta, o Big Bang é a origem do nosso universo-bolha, mas não de todo o Universo, que pode ter uma origem muito anterior. Se algum dia tivermos evidências dos multiversos, elas serão indiretas, mesmo com a confirmação da inflação feita pelo telescópio Planck e outros. Em outras palavras, a inflação eterna pode responder sobre o que precedeu o Big Bang, mas ainda vai deixar a questão da origem última fora de alcance.

Ciclos de trilhões de anos

Muitos cosmologistas consideram o modelo inflacionário como o pior modelo que temos. As propriedades gerais da inflação são interessantes, graças à sua utilidade para resolver problemas difíceis em cosmologia, mas certos detalhes são complicados. O que causou a inflação? Como ela começou e quando terminou? Se a inflação eterna está correta, quantos universos-bolha podem existir com propriedades semelhantes às do nosso? Houve um “Big Bang Maior” que originou o multiverso? E, finalmente (o que diferencia a ciência da filosofia), podemos testar estas hipóteses?

Existe uma alternativa ao modelo inflacionário, que evita estas questões, e responde o que havia antes do Big Bang. Se o modelo de universo cíclico de Paul Steinhardt e Neil Turok estiver certo, o Universo reside dentro de um vazio em uma dimensão maior. Junto do nosso universo há um universo paralelo que não podemos observar diretamente, mas que está conectado com o nosso pela gravidade.

O Big Bang não seria o início, mas um momento em que duas “branas” (termo que deriva de “membranas”) colidiram. O Universo no modelo cíclico está entre períodos em que as branas estão se afastando, com expansão acelerada, e novos Big Bangs estariam em períodos em as branas colidem novamente. Como cada ciclo levaria trilhões de anos para se completar, o universo seria infinitamente velho, evitando os problemas filosóficos dos modelos inflacionários.

Embora o universo cíclico não seja popular entre os cosmologistas, ele pelo menos poderia ser descartado pela observação: se a “assinatura gravitacional” da inflação for encontrada, o modelo cíclico já era… mas o modelo cíclico, por sua vez, não está completo – ele não explica quanta energia escura há no universo, por exemplo. E atualmente não há evidência física que o diferencie dos modelos inflacionários.

Se você acha que todas estas opções são espantosas, pode ter certeza de que os cientistas pensam o mesmo. Como o universo observável está em expansão acelerada, sem sinal de que vá entrar em colapso mesmo no futuro mais distante, por que haveria um cosmos com um início mas sem um fim semelhante? Se a inflação ou o Big Bang apaga as informações sobre o que veio antes (se é que algo veio), será que não estamos discutindo quantos anjos poderiam dançar Gangnam Style na cabeça de um alfinete? Mesmo se a inflação eterna ou o modelo cíclico forem corretos, eles colocam a questão da origem de tudo no campo do que não pode ser testado.

Em dez ou cem anos, as questões e métodos que usamos para responder estas questões provavelmente terão evoluído. Por enquanto, ainda não está claro como podemos saber o que precedeu o Big Bang. [BBC]