quinta-feira, 7 de novembro de 2019

Higiene bucal pode afetar diretamente a saúde do seu coração


Não são só os dentes: a falta de cuidados com nossa boca está relacionada com o surgimento de várias doenças em nosso corpo, especialmente as cardiovasculares

Quando pensamos em problemas causados pela falta de higiene bucal, as cáries, a gengivite, o mau hálito e o tártaro logo vêm à mente. Mas saiba que a saúde da boca é vital para nosso corpo e compromete a nossa saúde física como um todo.

A boca, na verdade, é uma porta de entrada para bactérias causadoras de várias doenças. Sem a higiene necessária, esses microrganismos podem causar infecções e agravar lesões.

Além disso, eles também podem chegar à corrente sanguínea e, assim, atingir diferentes órgãos do corpo, inclusive o coração, desencadeando graves doenças cardiovasculares.

Uma série de pesquisas evidenciam essa ligação entre a má higiene bucal e enfermidades cardíacas. Um desses estudos, realizado pelo Instituto do Coração (Incor), constatou que mais de 35% das mortes por problemas cardíacos e 45% das doenças cardíacas são de origem dental.


Segundo outro estudo, realizado na Escócia, as pessoas que escovam os dentes menos de duas vezes ao dia têm 70% mais chance de sofrer um infarto do miocárdio. Esses dados se tornam ainda mais relevantes porque, no Brasil, as doenças cardiovasculares são responsáveis por cerca de 30% das mortes ao ano.

Problemas da falta de higiene bucal
Para se ter uma ideia da importância da correta higienização bucal, nossa boca contém cerca de 50 bilhões de bactérias de, pelo menos, 700 tipos.

Quando misturadas aos restos de alimentos, elas formam uma placa bacteriana sobre os dentes, que precisa ser removida diariamente. Caso isso não seja feito de forma correta, por meio da escovação e do uso de fio dental, a placa calcifica e cria o tártaro.

Esse problema, por sua vez, pode provocar o surgimento de cárie, gengivite (inflamação da gengiva) e periodontite (inflamação dos ligamentos e ossos que dão suporte aos dentes). E é nesse ponto que o nosso coração começa a correr perigo.

Saúde da boca X coração
De acordo com o American Heart Association (Associação Cardíaca dos Estados Unidos), uma má higiene bucal pode ser responsável por vários problemas cardiovasculares, entre eles a aterosclerose (entupimento das artérias), o infarto e até um Acidente Vascular Cerebral (AVC).

Por meio das feridas causadas por uma gengivite ou periodontite, por exemplo, as bactérias da boca caem na corrente sanguínea - o que é chamado de bacteriemia. Uma vez que chegam ali, aderem a qualquer área lesionada e geram uma inflamação.

Dessa forma, quando elas alcançam o coração, podem atingir válvulas lesionadas e provocar doenças como a endocardite, ou seja, uma infecção interna no coração, que atinge, prioritariamente, as válvulas cardíacas.

Estima-se que 1 a 8 casos de endocardite infecciosa surgem devido a tratamentos odontológicos de pacientes cardiopatas. O fato de já terem uma disfunção no órgão favorece a ocorrência da doença.

Outra possibilidade é a inflamação da gengiva produzir proteínas que ativam a destruição do tecido e estimulam a formação de placas de gordura na coronária.

A inflamação pode ainda reduzir o calibre dos vasos e, por consequência, também do fluxo sanguíneo. Todos esses fatores podem causar doenças coronarianas e levar até a um infarto.

Por fim, ao migrar para a corrente sanguínea, as bactérias podem ainda aumentar o nível de proteína C-reativa, substância produzida no fígado que está igualmente associada a enfermidades que afetam o coração, aumentando também o risco de um AVC.

Sinais de advertência na saúde bucal
Antes de chegar a um quadro grave de problemas cardiovasculares, é importante estar atento aos sinais que nossa boca nos dá. Busque a avaliação de um profissional de sua confiança caso apresente os seguintes sintomas:

Gengiva vermelha, inchada ou dolorida ao toque
Sangramento na gengiva sempre que você come, escova os dentes ou usa o fio dental
Gengiva que parece estar se afastando dos dentes
Dente com alguma mobilidade (solto)
Ocorrência de mau hálito frequente
Gosto ruim na boca frequente.

Já a endocardite tem sintomas semelhantes aos de outras doenças cardíacas:

Febre
Arritmia
Inchaço nos pés, pernas e abdômen
Fadiga
Sensação de esgotamento e queda do estado geral
Dor no peito, nos músculos e nas articulações.
Se notar algum desses sinais, a recomendação é procurar um especialista para realização de exames e descoberta de um possível diagnóstico.

Cuidados com a higiene bucal
Assim, não há dúvidas de que nossa saúde cardíaca está atrelada aos cuidados com os dentes e a boca de modo geral. Por isso, para garantir que seu coração esteja sempre saudável, é fundamental:

Escovar os dentes, pelo menos, três vezes ao dia e após as refeições
Utilizar o fio dental diariamente
Fazer um check-up odontológico de acordo com a recomendação do seu dentista.


quarta-feira, 6 de novembro de 2019

Como o ciclo menstrual afeta a prática de atividade física?


Especialista revela em quais momentos do ciclo menstrual é melhor treinar mais forte, repousar ou pegar leve nos exercícios

Diversos fatores podem influenciar a prática de exercícios físicos, como a alimentação e a própria genética. Mas, para as mulheres, há algo a mais que pode fazer toda a diferença na malhação: o ciclo menstrual.

De acordo com a Dra. Carla Tamanini Ferrari, endocrinologista da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), em cada fase do ciclo, acontece algum tipo de influência no corpo feminino que merece atenção.

Assim, entendendo como o próprio organismo funciona, a mulher consegue aproveitar cada período do seu ciclo menstrual para treinar melhor e usar os benefícios dos exercícios a seu favor.

Exercícios em cada fase do ciclo menstrual
O ciclo menstrual normal costuma durar entre 25 e 35 dias, com uma média global de 28 dias. Ele é dividido em duas fases principais: a fase folicular (até o dia da ovulação) e a fase lútea (depois da ovulação).

Em cada uma delas, o corpo responde de um jeito em relação aos hormônios, e isso pode afetar diretamente a prática de exercícios físicos.

No início do ciclo menstrual, por exemplo, a mulher tem mais motivação e melhor desempenho nas atividades físicas. Confira a seguir as dúvidas mais frequentes sobre a relação entre o ciclo menstrual e as atividades físicas:

Durante a menstruação
Cada paciente apresenta uma duração e fluxo menstrual (1º ao 5º dia do ciclo). No entanto, como nessa fase a produção de estrogênio e progesterona ainda é baixa e a mulher está sofrendo com a menstruação e as cólicas, o ânimo para treinar geralmente é menor.

"Por isso, aproveite este período para os treinos regenerativos, quando você pode pegar mais leve sem perder o ritmo. Neste caso, os exercícios leves são recomendados até mesmo para reduzir o desconforto abdominal", aconselha Carla.

Pós menstruação
Em geral, nos seis dias que sucedem a menstruação (do 6º ao 12º dia), há um aumento progressivo dos níveis de estrógeno e uma maior liberação de noradrenalina no corpo da mulher, que aumentam a motivação e melhoram o desempenho nas atividades físicas.

Esta é a hora de investir pesado nos treinos, seja de resistência (musculação, pilates) ou mesmo aeróbicos (corrida, spinning).

Fase ovulatória ou período fértil
Na fase ovulatória ou período fértil (do 12º ao 22º dia), ocorre o rompimento do folículo e a liberação do óvulo para as tubas uterinas. Segundo a especialista, o início dessa fase é marcada por uma leve queda na capacidade de força e coordenação.

Entretanto, não é necessário diminuir os treinos. Neste período, a recomendação é para apenas pegar um pouco mais leve do que na fase anterior.

Depois da ovulação
Pouco tempo depois (16º a 24º dia), os níveis de estrogênio aumentam novamente e, com eles, cresce também o número de neurotransmissores relacionados ao bem-estar.

Consequentemente, surge uma maior disposição e força para os treinos mais intensos, tanto resistivos como aeróbicos.

Na TPM (tensão pré-menstrual)
A TPM ocorre quando os hormônios femininos começam a reduzir gradativamente sua concentração no organismo (o que pode acontecer já do 14º ao 28º dia). "Nesta fase, temos a queda da progesterona junto com os estrógenos - isso sempre acontece em 14 dias", explica Carla.

Além da queda de energia, é comum que neste período ocorram dores nos seios, irritabilidade, dores de cabeça, retenção de líquidos e prisão de ventre. Portanto, a depender da intensidade dos sintomas, é necessário realizar treinos mais leves (alongamento, yoga).

Pode treinar menstruada?
Sim, é a resposta! De acordo com a médica, não há contraindicação em relação à prática de atividades físicas durante o período menstrual. Muito pelo contrário.

"Além de não perder o ritmo, a prática de exercícios aumenta o nível de alguns neurotransmissores, como a noradrenalina, a serotonina e a dopamina, que produzem uma sensação de relaxamento e bem-estar. Ou seja, é um remédio natural para o desconforto que ocorre no período menstrual", aponta Carla.

Repouso: quando é necessário?
As cólicas que ocorrem entre a TPM e a menstruação e o nível de dor pode variar em cada mulher. Nesse período, também há queda dos hormônios (estrogênio e progesterona), então, em alguns casos, ficar sem treinar ou fazer treinos mais leves pode ser importante.

"Enquanto algumas mulheres convivem facilmente com o desconforto, outras se sentem muito indispostas e com necessidade inclusive do uso de medicamentos, como os anti-inflamatórios", revela a endocrinologista. Por isso, neste caso, o repouso pode ser uma opção.

Além disso, algumas mulheres podem se sentir mais cansadas, dependendo da idade, da quantidade do fluxo de sangue e do período que ela permanece menstruada.

Algumas pacientes, que possuem um fluxo muito intenso, podem sofrer até com anemia, o que, consequentemente, irá levar a um cansaço maior e outros sintomas. Assim, nessa situação, treinar pode não ser uma boa opção.

Exercícios aliviam sintomas da TPM
Ainda assim, é importante lembrar que atividades físicas podem ajudar a diminuir os incômodos da tensão pré-menstrual."Isso porque a atividade física libera endorfina, um neurotransmissor produzido pelo próprio corpo que tem poder analgésico", explica Carla.

Menstruação atrapalha o rendimento?
Segundo a médica, os estudos existentes sobre o tema, que avaliaram a atividade física resistiva (musculação) durante as fases do ciclo menstrual, mostraram que não há influência no desempenho da força muscular.

Mas, o que pode ocorrer é uma piora no desempenho, já que as pacientes podem apresentar maior desconforto físico, devido à presença de cólicas menstruais. Então, a dor é a vilã que pode atrapalhar seu rendimento.

Fonte: https://www.minhavida.com.br/fitness/materias/35397-como-o-ciclo-menstrual-afeta-a-pratica-de-atividade-fisica - Escrito por Patricia Beloni - Créditos: Tefi/Maridav/Shutterstock

terça-feira, 5 de novembro de 2019

Correr aumenta o desejo sexual, diz estudo


Estudos mostram que praticar exercícios moderados diariamente por 15 ou 20 minutos pode aumentar significativamente a produção de testosterona no corpo

Estudo descobriu que aquelas pessoas que fazem exercício físico em uma média de 40 minutos por dia têm o dobro de atividade sexual que aqueles que gastam 20 minutos por dia.

São Paulo – Problemas com o desejo sexual, tanto em homens como em mulheres estão se tornando mais frequentes. Mas não há melhor remédio do que o “Viagra” natural: a corrida regular.

Das diferentes formas de disfunção sexual nas mulheres, o problema mais comum é chamado de ‘desejo sexual hipoativo’. Ainda temos de levar em conta que a fisiologia sexual feminina é, certamente, mais complexa do que a dos homens. Por isso é difícil saber exatamente o que afeta a libido do sexo feminino. Muitas vezes o problema é composto por um conjunto de causas.

Entre os homens sabemos que a testosterona desempenha um papel crucial e em um grande número de pacientes o sintoma de ‘baixa libido’ pode ser detectado quando os níveis deste hormônio não está adequado. Porém, nem sempre o problema é apenas de baixa hormonal.

Além da opção de vários diagnósticos diferentes, exames complementares e diversos tratamentos disponíveis em ambas as situações, não podemos esquecer do efeito benéfico de ‘coisas simples’ da vida como as mudanças no estilo de vida, que não nos custam muito.

Nesse sentido, vários estudos mostram que praticar exercícios moderados diariamente por 15 ou 20 minutos pode aumentar significativamente a produção de testosterona no corpo, enquanto a atividade física prolongada como uma maratona pode reduzi-la. Claramente, as alterações geradas pelo exercício podem afetar o interesse nas relações sexuais.

Um estudo entre 250 homens e mulheres feito pela Universidade da Califórnia descobriu que aquelas pessoas que fazem exercício físico em uma média de 40 minutos por dia têm o dobro de atividade sexual e cerca de duas vezes mais desejo sexual que aqueles que gastam 20 minutos por dia com os exercícios como a caminhada ou corrida. Imagine então se compararmos esse número com as pessoas sedentárias.

Não podemos deixar de falar no estresse que nos obriga a trabalhar mais e mais no nosso dia a dia. Esse elemento desempenha um papel central e claramente afeta o desejo sexual de homens e mulheres. O estresse que afeta a libido tem origem na depressão, ansiedade, um sentimento de culpa ou nas preocupações da pessoa com sua própria imagem, tanto intelectual como com o físico.

Estresse grave ou prolongado reduz a produção de testosterona. Isto pode explicar porque muitas pessoas experimentam uma diminuição no desejo sexual quando eles estão sob seus efeitos e, por outro lado, um aumento do mesmo com exercício físico regular para conseguir excluí-lo.

Portanto, propomos um bom remédio natural para combater tais problemas: fazer exercício físico regularmente. Além disso, como sabemos, é bom para perder os quilos extras para o verão e diminuir o colesterol que está sempre acima da linha

Fonte: https://exame.abril.com.br/estilo-de-vida/correr-aumenta-o-desejo-sexual-diz-estudo/ - Por Da Redação - Getty Images/John Gichigi/

segunda-feira, 4 de novembro de 2019

Futsal (ou futebol de salão): benefícios, história e regras


Prática do futsal ajuda a emagrecer, ganhar massa muscular e até aliviar sintomas de estresse e ansiedade

O futsal, também chamado antigamente de futebol de salão e futebol de quadra, é uma das modalidades esportivas mais praticadas no Brasil. Considerado genuinamente brasileiro, ele nasceu depois do futebol de campo, como uma forma adaptada do basquete e do handebol.

Além do entretenimento, a prática do esporte pode trazer inúmeros benefícios ao corpo, desde emagrecer e prevenir problemas cardíacos até ganhar massa muscular e aliviar sintomas do estresse e da ansiedade.

O que é
O futsal é uma modalidade esportiva coletiva praticada em quadras de espaço menor, com o uso de uma bola pesada e regras diferentes das do futebol de campo.

"É um jogo dinâmico e sua mecânica é simples: duas equipes disputam a bola com o objetivo de marcar o gol. Esta disputa acontece num lugar específico, com regras", explica a professora Ana Paula Paschoalato, da Cia Athletica Kansas e ex-atleta de Futsal.


Além disso, o futsal é muito mais do que uma atividade física: envolve criatividade, raciocínio rápido, habilidade e competitividade. É um "jogo de disputas técnicas e articulações táticas, que estimulam a inteligência do jogador e despertam a paixão de quem assiste", diz o site da Confederação Nacional de Futebol de Salão (CNFS).

Objetivo
O futsal é considerado um esporte de "invasão", ou seja, os times possuem campo de defesa e ataque e circulam livremente por eles.

"Seu objetivo é pontuar, fazendo a bola passar por dentro de uma meta ou gol e impedir que o adversário faça o mesmo", explica Thiago André Rigon, profissional de Educação Física, treinador, mestre em Ciências da Atividade Física e Doutorando pela Universidade de São Paulo (USP).

Regras

Jogadores

Participam do jogo 5 jogadores em cada equipe, sendo:

1 goleiro, que pode pegar a bola na mão
E 4 jogadores de linha, que movimentam a bola somente com os pés e partes do corpo que não as mãos

Função dos jogadores

Goleiro: defende a trave para que o adversário não marque o gol e também pode atacar

Fixo: defensor, semelhante ao zagueiro, marca os adversários que vem para o ataque

Alas (esquerda e direita): jogam pelas laterais da quadra

Pivô: movimenta-se no ataque e arma jogadas

Quadra

O tamanho da quadra pode variar, mas trata-se de um formato retangular, em geral com 40 metros de comprimento e 20 metros de largura. Em eventos internacionais, pode chegar em até 42 metros de profundidade e 22 metros de largura.
Em cada lado da quadra, ficam as traves, onde a bola deve entrar para marcar o gol. Elas devem medir dois metros de altura por três metros de largura.

Bola

A bola deve ser feita de couro macio ou outro material devidamente aprovado e, segundo o Educador Físico e Diretor da Federação Paulista de Futsal (FPSF), Daniel Mutti, ela é diferenciada de acordo com a faixa etária.
A circunferência da bola tem o mínimo de 62 centímetros e máximo de 64 centímetros nas categorias adulto, Sub-20, Sub-17 e Sub-15. O peso deve estar entre 400 gramas, no mínimo, e 440 gramas, no máximo.

Penalidades

Durante a partida, para que seja considerada uma falta, o ato deve ter sido cometido por um jogador de quadra ou reserva que não tenha cumprido corretamente o procedimento de substituição, no espaço delimitado onde está acontecendo a partida e com a bola em jogo. É considerada falta quando:

Dar ou tentar dar pontapé
"Calçar" o adversário
Pular ou atirar-se sobre
Trancar o adversário por trás ou de maneira violenta e perigosa
Bater, tentar bater ou lançar uma cusparada
Segurar com as mãos ou impedir o adversário de ação com qualquer parte do braço
Empurrar
"Trancar" o adversário com o ombro
O jogador que deliberadamente segurar ou desviar a bola, carregá-la, batê-la ou impulsioná-la com a mão ou braço, excetuando-se o goleiro dentro de sua área penal
Dar uma entrada, deliberada, de maneira deslizante e com o uso dos pés
Tentar tirar a bola que esteja sendo jogada ou de posse do adversário, levando perigo para o mesmo
Praticar qualquer jogada, sem visar o adversário, mas involuntariamente atingi-lo
No caso do goleiro: com a bola em jogo, ao arremessar a mesma com as mãos, ultrapassar o limite da área penal, com a bola ainda em seu poder.
As faltas e incorreções serão penalizadas com tiro livre direto ou tiro livre indireto. Todas as demais regras podem ser conferidas no documento da Confederação Brasileira de Futsal (CBFS), aprovado pela FIFA, neste link.

Fundamentos básicos
Os fundamentos básicos do futsal referem-se aos movimentos dos jogadores que necessariamente ocorrem em ambiente de alta imprevisibilidade. "Ou seja, requerem uma boa e afinada tomada de decisão", aponta Thiago.

Considerando que o jogo é coletivo e as equipes podem estar ou não em posse da bola, é importante dizer que os fundamentos acompanham essa lógica e dizem respeito aos jogadores também, com e sem a posse da bola. Alguns deles são:

Desmarcação
Passe
Marcação
Drible, entre outros
Vale dizer também que futsal é um esporte que exige habilidade e rapidez. Isso porque o espaço da quadra é curto e a bola é mais pesada (em comparação ao futebol de campo).

História do futsal

Criado por volta das décadas de 1930 e 1940, o futsal tem algumas versões e divergências sobre o ano e local de sua origem.

Alguns dizem que ele começou a ser jogado por jovens da Associação Cristã de Moços (ACM), em São Paulo; outros defendem que foi na ACM de Montevidéu, no Uruguai, porque havia dificuldade de se encontrar campos de futebol livres. Por isso, os jogos de futsal aconteciam em quadras de basquete e hóquei.

A teoria mais aceita diz que o futsal foi criado pelo uruguaio Juan Carlos Ceriani, como uma espécie de futebol para ser praticada dentro de ginásios esportivos - daí o nome "Futebol de Salão".

No Brasil, o futsal teria começado na década de 30, trazido por João Lotufo, depois que se formou em Educação Física pela ACM Uruguai.

Em seguida, o esporte teria sido implantado em São Paulo, na ACM do centro da cidade, como um complemento das aulas de ginástica - onde também recebeu suas primeiras regras.

Somente em 1949 foi organizado o primeiro torneio aberto de futebol de salão, destinado a meninos entre 10 e 15 anos.

Assim, um ano depois, nascia a Liga de Futebol da ACM, que reuniu outros clubes, como o Tênis Clube Paulista, Associação Atlhética São Paulo, Palmeiras, São Paulo Futebol Clube, Clube Atlético Ipiranga, Banco do Brasil, S.C. Corinthians, dentre outros.

Em 1955, a Federação Paulista de Futebol de Salão foi fundada e teve como seu primeiro presidente o Sr. Habib Mahfuz. Mas só em 1956 foi realizado o primeiro campeonato oficial de futsal, na cidade do Rio de Janeiro, com 42 times.

No ano seguinte, houve a tentativa de criar a Confederação Brasileira de Futebol de Salão, que não foi adiante.

Já em 1965, criou-se a Confederação Sulamericana de Futebol de Salão (CSFS) e, em 1971, foi fundada a Federação Internacional de Futebol de Salão (FIFUSA), com filiação de vários países.

Apenas em 1979, a Confederação recebeu autorização para nascer, tendo como seu primeiro presidente Aécio de Borba Vasconcelos.

Futsal feminino
Ganhando cada vez mais força no mundo todo, o futsal também desenvolveu uma categoria feminina que funciona da mesma forma que a masculina, com campeonatos semelhantes, como a Liga de Futsal Feminina, que é realizada todos os anos desde 2005; e o Torneio Mundial, desde 2010.
O futsal feminino foi oficializado em 1983, pelo Conselho Nacional de Desportos (CND), com o objetivo de aumentar o número de participantes e incluir a modalidade nas Olimpíadas.
O primeiro campeonato feminino oficial aconteceu em 1992, a I Taça Brasil de Clubes, organizado pela CBFS, e contou com a participação da 10 equipes. Hoje, há um departamento de futsal feminino na instituição.
Além disso, vale ressaltar que a Seleção Brasileira de Futsal Feminino já é destaque internacional: foi bicampeã sul-americana (2005 e 2007) e hexacampeã mundial.

Benefícios do futsal

Além de entretenimento, o futsal pode trazer muitos benefícios à saúde enquanto atividade física. Confira:

1- Ajuda a prevenir problemas cardíacos
De acordo com a professora Paula, por ser uma atividade aeróbica, que envolve muita corrida e outras capacidades físicas, o futsal exige um maior trabalho da respiração, oxigenando o sangue e estimulando a circulação.
Portanto, caso praticado regularmente e com uma carga que possibilite a melhora do sistema cardiorrespiratório, o esporte pode prevenir alguns problemas relacionados ao sedentarismo e, consequentemente, problemas cardíacos.

2- Melhora a coordenação motora
Por se tratar de uma modalidade esportiva que envolve diferentes deslocamentos, com e sem a posse da bola, o futsal pode promover a melhora da coordenação motora específica ao jogo.
Além disso, "capacidades físicas como flexibilidade, equilíbrio e agilidade são necessárias para a prática do futsal. Elas ajudam a executar melhor os dribles, dar passes certeiros, e melhorar a destreza com a bola nos pés", explica Ana Paula.

3- Acelera o metabolismo
Em condições apropriadas, o futsal pode ajudar a acelerar o metabolismo, porque há um gasto energético envolvido e um trabalho muscular/celular importante.

4- Ajuda a emagrecer
A prática do futsal exige uma demanda energética que possibilita, sim, a perda de peso. Isso porque eleva o gasto calórico, reduzindo a gordura corporal, principalmente se associado a uma alimentação saudável e equilibrada.
O número de calorias vai depender do volume/intensidade, e do condicionamento e do esforço de cada indivíduo na prática. Mas, segundo Paula, pode chegar a cerca de 700 calorias em uma partida. Pelo mesmo motivo, jogar futsal também pode ajudar a manter o peso.

5- Fortalece ossos e articulações
O estímulo desta modalidade faz com que o corpo diminua a perda do cálcio presente nos ossos. E, de acordo com a professora Ana Paula, a quantidade de cálcio nos ossos de quem pratica esportes, dentre eles o futsal, já é maior em comparação aos que não praticam atividades físicas.
Por ser tratar de uma modalidade de impacto, há o estímulo necessário para o fortalecimento ósseo de membros inferiores, ajudando as articulações e evitando problemas como osteoporose e lesões osteoarticulares.

6- Ajuda a ganhar massa muscular
"O futsal trabalha diversos grupos musculares, principalmente membros inferiores. Esse estímulo faz com que ocorra um crescimento e aumento de suas fibras musculares, o que ajuda a ganhar mais força e massa muscular", explica Paula.

7- Diminui ansiedade e estresse
De acordo com o educador Daniel Mutti, o futsal "é uma modalidade prazerosa e o praticante libera suas energias retidas, que o faz se sentir mais leve e menos ansioso".
A liberação hormonal por conta da prática pode ajudar na diminuição do estresse e da ansiedade. A endorfina e a serotonina são alguns desses hormônios, podendo até melhorar a qualidade do sono.

8- Melhora o humor
Esses mesmo hormônios podem ajudar a melhorar o humor e, "por se tratar de um jogo coletivo, a interação com outras pessoas pode trazer benefícios também nesse sentido", explica Thiago.

9- Desenvolve o raciocínio
O futsal pode ajudar a desenvolver o raciocínio para questões específicas do jogo, já que trabalha estratégicas, como as relacionadas à ocupação do espaço.
Isso porque a modalidade é muito rápida e acontece em um espaço relativamente pequeno, deixando o adversário sempre muito próximo.

10- Desenvolve a criatividade
O futsal também pode ajudar a desenvolver a criatividade, "porque o ambiente é imprevisível e apresenta a necessidade constante de tomada de decisão", aponta o treinador Thiago. Então, ações novas e criativas precisam ser colocadas em prática no jogo.

11- Ajuda a socializar
Por ser um esporte em grupo, a modalidade traz benefícios na parte da socialização, da diversão, além do conceito lúdico que a modalidade proporciona.

12- Ensina respeito e disciplina
"Também tem a parte da competição que faz com que os praticantes do futsal tenham disciplina e respeito por seus adversários", diz Ana Paula.

Lesões mais comuns
Como é um esporte que tem muito contato físico e exige muito do corpo, o futsal pode favorecer lesões físicas, principalmente nos membros inferiores. Dentre os impactos mais comuns associados ao futsal, estão:

Entorses e luxações de tornozelo e joelho
Tendinite
Contusões musculares (especialmente estiramentos de músculos da perna)
Lesões por pancadas (de grau menor)
Como prevenir lesões no futsal
De acordo com a professora de Educação Física Ana Paula, para prevenir, o ideal é fazer um trabalho de fortalecimento nos membros mais utilizados na prática, além de sempre se aquecer antes de iniciar uma partida, e se alongar ao final.

Curiosidades sobre futsal

Futsal combate insônia?

O gasto energético e a liberação hormonal durante a prática podem ajudar nesse quesito. Mas ainda não há uma relação direta entre jogar futsal e conseguir dormir melhor.

Jogadores no futsal (quantidade)

No começo, eram 5, 6 ou 7 jogadores em cada time até que a regra do futebol de cinco pessoas fosse definida.

Bola de futsal (material)

Antigamente, as bolas eram feitas de serragem, crina vegetal ou cortiça granulada, e saltavam muito. Foi por isso que elas foram diminuindo ao longo do tempo e ficando mais pesadas - fato que também deu ao futsal o nome de "Esporte da Bola Pesada'.

Diferença do futsal para o futebol de campo

O futebol de campo, além de apresentar um terreno maior, possui 11 jogadores em cada time para a disputa e possui impedimento - diferente do futsal, devido ao tamanho da quadra.

Também possui "diversas regras que diferem, como penalidades, cobranças de lateral, etc", aponta Ana Paula. Mas, com exceção de alguma regras específicas, as duas modalidades são muito parecidas.

O futsal tem "uma dinâmica com características um pouco diferentes (por conta justamente dessas nuances). Entretanto, o jogo apresenta o mesmo funcionamento do futebol de campo", completa Thiago.

Fonte: https://www.minhavida.com.br/fitness/tudo-sobre/35362-futsal - Escrito por Patricia Beloni - Créditos:  DarioZg/Shutterstock

Exercício é fundamental para prevenir e superar vários tipos de câncer


Nova diretriz traz mais evidências sobre o assunto e recomenda treinos personalizados para melhorar a vida depois do câncer

Fazer exercícios físicos regulares pode melhorar a expectativa de vida de quem teve um câncer e até evitar que ele apareça. É o que afirma uma nova diretriz assinada por 17 instituições do mundo, entre elas o Colégio Americano de Medicina do Esporte e a Sociedade Americana de Câncer.

Durante dois dias, cerca de 40 especialistas se reuniram nos Estados Unidos para revisar e discutir a literatura científica sobre câncer e atividade física. O esforço foi condensado em três artigos.

O primeiro deles é focado em prevenção, e mostra indícios sólidos de que malhar ajuda a evitar sete tumores comuns: cólon, mama, endométrio, rins, bexiga, esôfago e estômago. Para ter ideia, o risco de ser diagnosticado com certos tipos de câncer é 69% menor entre os fisicamente ativos.

“E ainda existem evidências limitadas para câncer de pulmão, cabeça e pescoço, pâncreas, ovário e mieloma múltiplo”, aponta Daniel Galvão, diretor do Instituto de Pesquisa em Medicina do Exercício da Universidade Edith Cowan, na Austrália, que participou da mesa redonda e assina um dos trabalhos resultantes da reunião.

Exercícios após o câncer
O segundo trabalho da série de recomendações é focado no que acontece depois do diagnóstico. Ele mostra um avanço considerável e bem-vindo nessa área, uma vez que a população de sobreviventes do câncer não para de crescer – hoje, ela está estimada em 43 milhões de pessoas no planeta.

A primeira diretriz publicada pelo mesmo grupo, em 2010, dizia em linhas gerais que se exercitar era aparentemente seguro para essa turma. A nova publicação confirma a suspeita, além de destacar um aumento de 261% nos estudos disponíveis sobre o impacto do exercício físico regular e controlado em diversos aspectos da vida pós-câncer.

“Cada tipo da doença tem um comportamento e, muitas vezes, o paciente conviverá por anos com a neoplasia em si ou as suas consequências”, comenta a patologista Ana Luisa Gomes Mendes, do Núcleo de Estudos em Oncologia da Universidade Federal de Lavras (Ufla). Entre elas estão fadiga, depressão, perda de massa muscular, sequelas cirúrgicas, dores crônicas e perda de massa óssea.

“Assim, é impossível fazer uma prescrição para todos. O ideal é olhar para essas condições específicas e criar um treino individualizado”, aponta Galvão. A diretriz mundial elenca algumas dessas condições e as melhores condutas para cada uma delas. O grupo de Galvão assina ainda outro trabalho, publicado recentemente no Journal of Science and Medicine in Sport, que detalha treinos para 30 consequências do câncer.

Além de atuar contra essas marcas, suar a camisa diminui a probabilidade de tumores de cólon, mama e próstata voltarem, e aumenta a sobrevida de indivíduos com esses tipos de câncer.

Tipos de atividade, frequência e intensidade
Apesar da necessidade de individualização, um esquema é muito citado no documento: três sessões de exercícios na semana em intensidade moderada, de preferência combinando atividades aeróbicas (como correr e pedalar) ao treinamento de força. Os benefícios começam a aparecer geralmente depois de 12 semanas de prática constante.

Treinos supervisionados parecem ser mais eficazes. “Na fase de combate, a supervisão ajuda a garantir segurança e aproveitar ao máximo o exercício. Depois do tratamento, o ideal é obter ao menos uma orientação inicial com um especialista”, informa Christina May Moran de Brito, Coordenadora Médica do Serviço de Reabilitação do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp), em São Paulo.

Por que faz bem?
Há muitos motivos para justificar a importância do exercício no combate ao câncer. “Ele melhora a imunidade, reduz a inflamação sistêmica, equilibra o hábito intestinal, o que é importante no caso dos tumores de cólon, além de promover uma composição corpórea adequada”, resume Christina.

Vale destacar o último item, já que a obesidade, uma das consequências da inatividade, está associada a nada menos do que 13 tipos de câncer. Quando o tumor já se instalou, o movimento constante parece inibir sua progressão e favorecer a resposta do corpo ao tratamento – inclusive em situações mais sérias, como a presença de metástase em outros locais.

Linfedema não piora com exercício
Até pouco tempo atrás, se pensava que malhar poderia piorar o linfedema, uma retenção de líquidos que causa inchaço em um membro do corpo – essa é uma consequência comum em mulheres que passam por cirurgia para tratar o câncer de mama. A nova diretriz mostra que isso não ocorre. A novidade é importante, porque o exercício é vital para elas.

E a mulher deve se movimentar mesmo quando já tem o linfedema. “O treino de força progressivo, com cuidado, é seguro, e o tônus muscular colabora com a drenagem linfática na região”, explica Christina. “Nesse caso, o linfedema deve ser tratado e estar estabilizado há três meses, e os exercícios não podem ser realizados sob sol forte ou muito calor”, acrescenta.

Implicações práticas
Por fim, o terceiro artigo produzido pelo grupo, e publicado no periódico CA: A Cancer Journal for Clinicians, fala diretamente com o oncologista. “Nele, mostramos que o exercício deve ser prescrito junto com o tratamento medicamentoso”, comenta Galvão. A ideia é que, já nas primeiras consultas, o assunto seja trabalhado em três etapas: conhecer a capacidade física do indivíduo, aconselhar e, por fim, encaminhar para um especialista na área.

Espera-se que um compêndio tão robusto de evidências eleve a importância do tópico entre as autoridades. Trata-se, afinal, de uma estratégia barata e eficaz contra uma doença desafiadora e onerosa. Segundo os especialistas, a conclusão é de que o exercício é parte do tratamento, mas não existe uma estrutura mundial para que isso se concretize de maneira uniforme.

Por ora, manter-se ativo antes e depois do câncer depende muito da iniciativa própria, que sofre com os estigmas associados à doença. “Observamos que grande parte das pessoas recebe o diagnóstico e interrompe as atividades físicas, sendo que a maioria das contraindicações é pontual e temporária”, diz Christina. Uma pena. “O exercício seria muito benéfico para elas”, conclui.


domingo, 3 de novembro de 2019

Estudos mostram que cachorros podem aumentar sua expectativa de vida


Que os animais de estimação podem trazer alegrias, seus donos já sabem. Mas para quem ainda tem alguma dúvida dos benefícios que os cachorros podem trazer à vida de seus tutores, a ciência mostra algumas vantagens nas suas presenças: os animais de estimação podem contribuir para que seus tutores vivam mais tempo.

De acordo com uma revisão realizados sobre o assunto, divulgado na publicação da American Heart Association (Associação Americana do Coração), ter um cachorro tem sido associado com a diminuição de risco cardiovascular. A revisão bibliográfica abrange quase 70 anos de pesquisas, envolvendo aproximadamente 4 milhões de pessoas nos Estados Unidos, Canadá, Escandinávia, Nova Zelândia, Austrália e Reino Unido.

O que foi descoberto

Certo, se a questão vem sendo pesquisada há tanto tempo, o que essa análise traz de novo?

A publicação associa a presença desses animais na vida dos tutores com a redução de 24% no risco de todas as causas de mortalidade, quando comparado com pessoas que não tem cachorro. Seis estudos demonstram significante redução no risco de morte.

Em especial, pessoas que já tiveram problemas coronários e vivem em casa com cachorro, tiveram uma redução ainda maior na mortalidade. Quando foram analisados apenas os estudos que avaliam a mortalidade devido a problemas cardiovasculares, a redução no risco foi de 31%.

Todas essas questões podem estar associadas com o fato de que, de acordo com a sugestão de uma série de estudos, ter um cachorro está associado com níveis mais baixos de pressão arterial, um perfil lipídico melhor e menor reação ao estresse.

A pesquisa destaca a presença de resultados conflitantes entre os estudos relacionando a presença do cachorro e a redução da mortalidade. Embora essa questão seja explorada desde a década de 1980, alguns estudos associam a convivência com o cachorro a maior longevidade, enquanto outros consideram que o efeito seja neutro.

A pesquisa apresentada relaciona ter um cachorro com menor risco de morte à longo prazo o que, de acordo com os autores, pode estar ligado à redução na possibilidade de morte por problemas cardiovasculares. Esses resultados indicam a necessidade de realizar mais estudos sobre a influência do estilo de vida das pessoas pesquisadas.

Os cachorros e a recuperação de doenças
Outro estudo realizado com mais de 336 mil suecos, divulgado na mesma publicação, associa os cachorros a melhores respostas na recuperação de problemas cardiovasculares. Esses resultados ganham relevância quando pensamos que, de acordo com a Organização Mundial da Saúde, infartos e derrames são as principais causas de morte no mundo.

Nesses casos, a pesquisa destaca o fato de que ser tutor de um cachorro está associado a aumento da atividade física e do apoio social. Esses dois fatores podem ajudar na recuperação de pessoas que passaram por graves problemas cardiovasculares. Além disso, a presença de um cachorro pode ser especialmente importante para pessoas que moram sozinhas, pois além de oferecer companhia, serão uma motivação para a realização de atividades físicas.

Embora o estudo leve em consideração diversos fatores, além da presença do cão, há elementos não considerados, como o habito de fumar. Portanto, não é possível apresentar conclusões sobre possíveis efeitos causais.

A afetividade tem dois lados
Outros estudos mostram que os cachorros conferem companhia e afeto, que podem reduzir a ansiedade e depressão. Esses são elementos importantes para pessoas que passaram por doenças graves. Ainda há estudos que mostram que os cachorros podem reduzir o estresse e ajudar as pessoas no momento de relaxar. Assim, eles auxiliam em todas as etapas da vida, desde a infância, porque podem influenciar o desenvolvimento social, emocional e cognitivo.

Diante de todos os benefícios que os cachorros podem conferir à vida dos humanos, é importante destacar que ter um cachorro inclui responsabilidades. Assim como eles são afetivos com seus tutores, também precisam de atenção. Um cachorro vem com responsabilidades e gastos dos quais as pessoas precisam estar cientes no momento em que optam por ter um em casa.

As duas pesquisas apresentadas foram observacionais. Portanto, os pesquisadores não podem provar que a presença do cão seja a causa direta do aumento na expectativa de vida, ou da melhor recuperação de problemas de saúde. Apenas um ensaio clínico randomizado poderia responder a essas questões. [CNN, AHA Journal, AHA Journal, OMS]


sábado, 2 de novembro de 2019

Exercício antes do café queima mais gordura, diz estudo

Especialistas afirmam praticar atividades antes da quebra do jejum pode queimar 2 vezes mais gordura; entenda

O café da manhã de fato é muito importante ao organismo. Mas, será que ele precisa necessariamente ser a primeira coisa a se fazer no dia? Pesquisadores britânicos realizaram um estudo e perceberam que este hábito pode prejudicar os resultados de atividades físicas.

De acordo com o estudo publicado no Journal of Clinical Endocrinology and Metabolism, a relação entre comer e se exercitar é maior do que pensávamos. E a ordem em que estes são feitos pode influenciar em como o organismo trabalha, podendo aumentar ou diminuir o controle do nível de açúcar no sangue

1º grupo: Os que faziam exercícios antes de quebrar o jejum matutino
2º grupo: Os que faziam exercícios depois do café da manhã
3º grupo: Não realizaram nenhuma mudança no seu estilo de vida

Treinar em jejum

No entanto, os resultados da análise apontaram que o grupo destinado a praticar atividades antes do café da manhã teve a queima de gordura duas vezes maior que o grupo 2. Segundo os pesquisadores, isso acontece devido a atividade da insulina, hormônio responsável por regular a quantidade de glicose no sangue.

Quando acordamos o nível de insulina está baixo devido ao tempo que passamos sem ingerir qualquer tipo de alimento durante a noite. Dessa forma, os especialistas apontam que ao praticarmos atividades com o nível de insulina ainda baixo, o corpo precisa utilizar o estoque de gordura do corpo como fonte de energia.

Porém, os estudiosos alertam que isso não significa maior perda de peso. Entretanto, de acordo com Javier Gonzalez um dos autores da pesquisa, os benefícios foram mais profundos e positivos para a saúde. As próximas tarefas dos autores serão avaliar os efeitos a longo prazo e se os resultados também serão válidos para mulheres.


sexta-feira, 1 de novembro de 2019

10 melhores esportes para emagrecer


Confira ranking com dez atividades que mais queimam calorias

Nos dias de calor, a ordem é torrar sem dó nem piedade toda a energia extra acumulada pelo organismo. E mais: fazer isso num piscar de olhos e, se possível, com muita diversão. Sim, a gente entendeu o pedido e, com uma mãozinha dos médicos Marcelo Ortiz e Carlos Polazzo, do Instituto BR Esportes, ele foi atendido. Confira os 10 melhores exercícios para emagrecer.

Montamos um ranking com as dez atividades que mais queimam calorias. Para a ficha ficar completa, ainda investigamos os prós e os contras de cada exercício. Afinal, não adianta nada ficar com uma barriguinha linda se você for obrigado a ficar de molho em casa, com dores pelo corpo todo.

1. Corrida
Com uma hora de corrida, você gasta 900 calorias. Além de ajudar no emagrecimento, melhora a capacidade respiratória e traz benefícios cardiovasculares.
A favor: melhora o condicionamento cardíaco.
Contra: cuidado com o impacto do joelho e na coluna ao correr. Escolha um tênis com bons amortecedores (acerte na escolha do tênis).

2. Andar de bicicleta
Sair pedalando pelas ruas é sinônimo de 840 calorias a menos no corpo. Além disso, trabalha os membros inferiores e melhora a frequência cardíaca.
A favor: melhora o condicionamento cardíaco.
Contra: Cuidado com o desgaste da coluna e com o joelho. Antes de começar a pedalar, não deixe de ajustar o banco de modo que você nunca estique completamente a perna.

3. Tênis
Trata-se de um esporte completo: você precisa de força para arremessar a bolinha e muito fôlego para percorrer a quadra. Mas tanto esforço é bem recompensado com a despedida de 800 calorias numa partida de uma hora.
A favor: melhora a coordenação motora, fortalece os músculos (principalmente dos braços) e aumenta a agilidade
Contra: lesões nos ombros e nos punhos, caso você se esforce demais. Se nunca praticou, procure um professor pelo menos no mês inicial.

4. Futebol
Uma hora de uma boa pelada consome 780 calorias!
A favor: fortalece as pernas e melhora o condicionamento
Contra: tome cuidado com os esbarrões e com as divididas, que podem exigir um pouco de força e jogo de cintura

5. Boxe
Treinando boxe, você queima até 660 calorias e ainda define os braços.
A favor: pique de campeã e músculos dos braços muito bem torneados.
Contra: exige bastante preparo. Quanto aos socos, eles são feitos em sacos

6. Musculação
Pode ser em casa, com pesinhos, ou na academia. Para cada hora de treino, você pode perder, em média, 500 calorias.
A favor: melhora a resistência articular e muscular, fortalece os ossos e ainda acelera a queima de calorias.
Contra: pode danificar músculos e tendões se não for feita com orientação adequada (saiba como evitar lesões).

7. Remar
Uma hora de remo eliminam 600 calorias do corpo.
A favor: melhora o condicionamento cardíaco e muscular, define todo o peitoral e os braços rapidinho. É o segundo exercício mais completo que existe (depois da natação).
Contra: o esporte pode causar tendinite nos braços. Para evitar, tome cuidado com a postura e a força aplicada.

8. Natação
Uma hora de natação queima 540 calorias.
A favor: trabalha todos os músculos e melhora o condicionamento.
Contra: cuidado com os choques térmicos, caso treine numa piscina aquecida. Não se esqueça de alongar, evitando cãibras.

9. Basquete
Dar uma corridinha para um e outro lado da quadra e tentar jogar a bola na cesta pode te fazer perder 480 calorias.
A favor: trabalha braços e pernas, praticamente na mesma proporção, além de desenvolver o condicionamento físico
Contra: cuidado com impactos bruscos no joelho e na coluna e com as trombadas na quadra.

10. Vôlei
Uma hora praticando vôlei elimina 420 calorias.
A favor: braços e abdômen definidos
Contra: cuidado com as lesões nos dedos das mãos. Elas costumam ser frequentes.