quarta-feira, 10 de fevereiro de 2021

Condicionamento físico: o que significa e como melhorar


Por que é importante manter o condicionamento em dia e quais são as formas de aprimorá-lo

 

O que significa ter condicionamento físico?

Condicionamento físico, por definição, significa simplesmente o estado de saúde física de uma pessoa e a capacidade de realizar atividades diárias e esportes. Trata-se de um estado do corpo em que a pessoa alcança melhorias do funcionamento músculo-esquelético e metabólico por meio do aprimoramento na força muscular, potência, resistência cardiovascular, resistência muscular e flexibilidade.

 

Como melhorar o condicionamento físico?

A melhor estratégia para melhorar o condicionamento físico é a combinação de treinamento cardiovascular e de força, segundo Vanessa Gebhardt, treinadora pessoal certificada, coach de mentalidade e competidora de corrida de obstáculos de elite.

 

De acordo com a também treinadora Fernanda Andrade, as seguintes estratégias podem ajudar quem deseja melhorar o condicionamento físico:

Atividade de fortalecimento muscular em dois ou mais dias na semana que trabalhem todos os grupos musculares principais

150 minutos semanais de exercícios físicos aeróbicos de intensidade moderada, como caminhada rápida (para pessoas com menos condicionamento físico) ou trote leve (para pessoas com mais condicionamento físico)

75 minutos semanais de exercícios físicos de intensidade vigorosa, mistura equivalente de exercícios físicos moderados ou vigorosos (aeróbios e musculares, exemplo: circuitos de exercícios, Kettlebell, treino funcional)

150 minutos semanais de exercícios físicos de intensidade vigorosa, como corrida, para pessoas mais avançadas.

Entre os exercícios aeróbicos que podem ajudar a melhorar o condicionamento físico, destacam-se:

caminhadas

trotes

 

treinos de mudanças de velocidades entre trotes e caminhada (HIT)

ciclismo

natação

corrida

patinação

 

Entre os exercícios de força que ajudam a melhorar o condicionamento físico, destacam-se:

musculação

exercícios funcionais

ginástica localizada

 

Existem, ainda, treinos que trabalham tanto a parte aeróbica quanto a força muscular:

Kettlebell

treinos de Crossfit

treinamento funcional

"Seja qual for o método que a pessoa decidir tentar, é importante lembrar que todo movimento é um bom movimento e ter consistência é a chave para se tornar uma versão mais adaptada e mais forte de si", aconselha Vanessa Gebhardt.

 

Quanto tempo leva para ter um bom condicionamento físico?

Depende do estado inicial. Há pessoas que adquirem um bom condicionamento físico em até 12 semanas. Outras podem levar mais tempo. A frequência dos dias de treinamento, a qualidade da dieta e os níveis de motivação têm um impacto significativo no progresso.

 

Qual é a importância do condicionamento físico?

Manter o condicionamento físico em dia é importante para melhorar a memória e a função cerebral, controlar o peso e o colesterol alto, reduzir o risco de ataque cardíaco e de câncer, construir músculos e força e diminuir o risco de lesões.

 

"Estar em sua melhor forma física tem um impacto não apenas em como a pessoa se sente, mas também em seu nível de felicidade e entusiasmo pela vida em geral. O pico de endorfina depois do treino mostra que o ditado 'você se sente melhor quando termina o treino' é verdade. Ter um dia ruim às vezes não está sob nosso controle, mas mover-se e sentir-se melhor depois está", diz Vanessa Gebhardt.

 

Condicionamento físico: não ter é prejudicial ao corpo

Não ter um condicionamento físico por conta do sedentarismo pode acarretar em dificuldades para realizar tarefas diárias - até mesmo as atividades mais fáceis podem se tornar difíceis. Isso porque os músculos e a força diminuem e doenças graves podem se tornar uma realidade, além de problemas de saúde mental que tendem a aparecer como efeito colateral.

 

Respirar bem x condicionamento físico: diferenças

É importante diferenciar o conceito de respirar bem e ter um bom condicionamento físico.

 

A respiração pulmonar é o ato de inspirar oxigênio e expirar gás carbônico. Quando o oxigênio entra no corpo, ele é carregado pelo sangue para que as células, por meio de processos químicos, realizem a síntese de energia.

 

Por outro lado, ter um bom condicionamento físico é garantir ao corpo uma maior capacidade de bombear o sangue do coração para todos os órgãos e músculos. Portanto, a boa respiração pulmonar faz parte do condicionamento físico. É possível, porém, garantir um bom condicionamento e continuar respirando mal.

 

"Respirar é o que fornece ao corpo e à mente o oxigênio de que precisam para funcionar - especialmente durante os exercícios. Todos precisam de mais ou menos oxigênio durante as atividades, dependendo do seu nível de condicionamento físico e do tipo de exercício que estão fazendo. Se o corpo está condicionado e acostumado a subir escadas todos os dias, por exemplo, é provável que não respire pesado", diz Vanessa Gebhardt.

 

Por isso, é importante entender que, embora os dois processos sejam interligados, há treinos específicos para a respiração e para o condicionamento físico. No caso da respiração pulmonar, as técnicas consistem em treinos de inspiração e expiração que aprimoram o fluxo de entrada e saída de ar no corpo.

 

Como recuperar o condicionamento físico?

Se uma pessoa tinha um condicionamento físico bom anteriormente e o perdeu, é possível recuperá-lo depois? "Não existe uma resposta única para essa pergunta e a velocidade com que alguém pode voltar ao treinamento depende de muitos fatores", afirma Vanessa Gebhardt.

 

Porém, de um modo geral, o que faz diferença para a recuperação do condicionamento físico é saber quanto tempo se passou desde que a pessoa parou o treinamento e sua condição física atual (se perdeu ou ganhou peso, teve uma lesão etc). "Se a pessoa estava em uma forma relativamente boa e só parou de treinar por alguns meses, sua memória muscular vai retornar e ela será capaz de se recuperar rapidamente", afirma a treinadora.

 

Teste de condicionamento físico

É possível saber como anda o seu condicionamento físico com exames específicos. Existem várias formas de mensurar o condicionamento, como em uma corrida de 1.000 metros, por exemplo, ou cronometrar quanto tempo leva para correr 200 metros ou fazer 10 burpees.

 

"Existem muitos testes de condicionamento diferentes por aí. Para quase todos os esportes baseados em resistência, existem testes de condicionamento físico. Isso ocorre porque é importante ter uma linha de base para ver como atletas estão em comparação a outros da equipe. Levar-se ao limite, ficar mais em forma e mais veloz nos testes é uma das melhores maneiras de verificar a si e manter a motivação", afirma Vanessa Gebhardt.

 

Referências

Vanessa Gebhardt, treinadora pessoal certificada, coach de mentalidade e competidora de corrida de obstáculos de elite

Fernanda Andrade, educadora física - CREF 51670/SP

 

Fonte: https://www.minhavida.com.br/fitness/tudo-sobre/37299-condicionamento-fisico - Escrito por Maria Beatriz Melero - Redação Minha Vida

terça-feira, 9 de fevereiro de 2021

Pacientes com ômega-3 elevado têm menos risco de morrer por covid-19


Já se sabia que os ácidos graxos ômega-3 inibem a capacidade do zika de destruir neurônios e que alimentos ricos em ômega-3 melhoram a recuperação após um infarto.

 

Ômega-3 contra covid

 

Níveis mais elevados de ômega-3 no sangue de fato reduzem o risco de morte por infecção por covid-19.

 

Já foram publicados vários artigos na literatura médica levantando a hipótese de que os ácidos graxos ômega-3 devem ter efeitos benéficos em pacientes com infecção por covid-19, mas até agora, nenhum estudo havia colhido evidências diretas desse efeito.

 

O Dr. Arash Asher e seus colegas estudaram 100 pacientes internados com covid-19 dos quais foram armazenadas amostras de sangue quando de sua internação. Quatorze desses pacientes morreram.

 

Os 100 pacientes foram agrupados em quatro quartis (1 quartil = 1/4 da amostra) de acordo com seu O3I (Índice Ômega-3).

 

Houve uma morte no quartil superior (ou seja, 1 morte entre 25 pacientes com O3I > 5,7%), contra 13 mortes nos pacientes restantes (ou seja, 13 mortes entre 75 pacientes com O3I < 5,7%).

 

Em análises de regressão ajustadas para idade e sexo, aqueles no quartil mais alto (O3I > 5,7%) apresentaram 75% menos probabilidade de morrer em comparação com aqueles nos três quartis inferiores.

 

Dito de outra forma, o risco relativo de morte foi cerca de quatro vezes maior naqueles com um IO3 mais baixo (< 5,7%).

 

"Embora não atenda aos limites de significância estatística padrão, este estudo-piloto - juntamente com várias linhas de evidência sobre os efeitos anti-inflamatórios dos EPA e DHA - sugere fortemente que esses ácidos graxos marinhos disponíveis nutricionalmente podem ajudar a reduzir o risco de resultados adversos em pacientes com covid-19. Estudos maiores são claramente necessários para confirmar essas descobertas preliminares," disse Asher.

 

Quanto às siglas, o pesquisador se refere a dois dos três tipos conhecidos de ácidos graxos ômega 3, a saber, ácido alfa-linolênico, ou alfa-linolênico (ALA), ácido docosahexaenóico (DHA) e ácido eicosapentaenóico (EPA).

 

Todos estão presentes em peixes e outros alimentos e são essenciais para a fisiologia humana.

 

Checagem com artigo científico:

 

Artigo: Blood omega-3 fatty acids and death from COVID-19: A Pilot Study

Autores: Arash Asher, Nathan L. Tintle, Michael Myers, Laura Lockshon, Heribert Bacareza, William S. Harris

Publicação: Prostaglandins, Leukotrienes and Essential Fatty Acids

DOI: 10.1016/j.plefa.2021.102250

 

Fonte: https://www.diariodasaude.com.br/news.php?article=pacientes-omega-3-elevado-tem-menos-risco-morrer-covid-19&id=14549&nl=nlds - Redação do Diário da Saúde- Imagem: Cattalin/Pixabay

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2021

Histórico de atleta não ajuda em casos graves de COVID-19


Estudo médico indica que atividade frequente pode não prevenir casos graves provocados pelo novo coronavírus

 

Algumas análises já indicaram que pessoas que praticam atividades físicas com regularidade podem ter maior resistência a quadros leves do Coronavírus. Um estudo recente publicado na plataforma MedRxiv, entretanto, sugere que o mesmo não vale para quadros graves da condição provocada pela COVID-19.

 

A pesquisa indica que pacientes de grupos ativos fisicamente não mostraram diferenças no tempo de internação, na necessidade de ventilação mecânica ou de tratamento intensivo. A avaliação foi realizada com 209 pacientes em caso grave da doença internados no Hospital das Clínicas (HC) da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FM-USP) e no Hospital de Campanha do Ibirapuera.

 

O questionário foi dividido em três sessões: trabalho, atividade física e tempo de lazer. Para cada pergunta, poderia ser dada uma resposta numa escala de 0 a 5. Os resultados finais mostraram que problemas de saúde prévios, como diabetes, hipertensão arterial, neoplasia e obesidade foram muito mais determinantes para esses casos do que atividade física regular.

 

Exercícios físicos e imunidade

Apesar de não combater casos graves de COVID-19, os exercícios físicos não devem ser dispensados como cuidados importantes durante a pandemia, visto que o impacto da inatividade na manutenção da imunidade já é algo bem estabelecido para a comunidade médica. Baixa respostas a vacinas e maiores riscos a infecções, assim como o risco de obesidade, podem surgir por conta da falta de uma rotina de exercícios.

 

O que o estudo mostra, portanto, é que, apesar de as atividades físicas serem uma frente importante na manutenção da saúde em larga escala, ela sozinha não é suficiente para evitar os piores casos de COVID-19.

 

Desse modo, os cuidados e medidas preventivas em combate ao coronavírus ainda são de extrema importância para frear a propagação da doença e proteger os grupos de risco. Isso inclui o uso de máscara, higiene frequente das mãos e o evitar aglomerações.

 

Fonte: https://www.minhavida.com.br/saude/noticias/37296-historico-de-atleta-nao-ajuda-em-casos-graves-de-covid-19 - Escrito por Redação Minha Vida

domingo, 7 de fevereiro de 2021

Máscara ajuda na prevenção da COVID-19: quais cuidados ter?


Entenda como o uso de máscaras é eficiente no combate ao novo coronavírus e qual é o jeito certo de usá-las

 

Por conta da evolução da pandemia do novo coronavírus, a determinação do uso obrigatório de máscara em ambientes públicos, estabelecimentos em geral e meios de transporte trouxe uma nova perspectiva para o que antes poderia ser visto como exagero por parte de alguns indivíduos.

 

A recomendação dos órgãos públicos de saúde passou a ser uma medida fundamental no combate à COVID-19, mobilizando toda a população a adotar o acessório como meio de proteção contra o vírus. Como incentivo, campanhas de níveis nacionais foram lançadas, a exemplo da "Todos Pela Saúde", promovendo hashtags como #usarmascarasalva.

 

Na verdade, as máscaras são indicadas apenas para certos grupos de pessoas e não fazem parte da lista de métodos protetivos divulgada pelo Ministério da Saúde e pela Organização Mundial da Saúde (OMS). No lugar disso, as recomendações são:

 

Embora tenham se tornado itens essenciais neste período, as máscaras ainda são alvo de dúvidas sobre sua efetividade na prevenção ao coronavírus. Os modelos caseiros, utilizados e indicados para a grande parte da população, não fornecem a mesma proteção que as máscaras cirúrgicas. Porém, ainda podem reduzir consideravelmente o risco de contaminação, o que acontece por uma série de fatores. Entenda:

 

Uso de máscara contra coronavírus

O consenso é que as máscaras cirúrgicas são efetivas na prevenção de uma série de infecções respiratórias, como a COVID-19. No entanto, como explica a infectologista Raquel Muarrek, órgãos internacionais de saúde afirmam que o uso do equipamento é prioritário aos trabalhadores que sofrem alta exposição ao vírus, como médicos e outros profissionais da área.

 

Essa indicação se estende também aos pacientes que apresentam quadros sintomáticos que possam ser de COVID-19, com a presença de tosse e febre, por exemplo. Com o tempo, o avanço da pandemia passou a pedir por maiores medidas de prevenção, mas o medo da escassez de equipamentos de proteção individual (EPIs) para quem estava mais exposto também precisou ser ponderado.

 

Foi, então, dada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) a recomendação emergencial do uso de máscaras caseiras de tecido. Apesar de não terem a mesma efetividade que os modelos industriais, essas versões conseguem reduzir o risco de contaminação se comparado à não utilização das mesmas, como mostrado em uma revisão sistemática das pesquisas médicas sobre o assunto.

 

Um segundo ponto é que, de acordo com um estudo publicado no Journal of General Medicine, ainda que parte do vírus atravesse o tecido, o uso de máscara pode reduzir o tamanho da carga viral que entra em contato com o organismo da pessoa. De acordo com a análise, isso pode ter efeito na gravidade da doença, fazendo com que ela se apresente de forma mais branda.

 

Além disso, ao usar máscaras, também há a diminuição da disseminação do coronavírus por aqueles indivíduos que não apresentam sintomas, os chamados assintomáticos. "A presença do vírus está em superfícies, como objetos, roupas e mãos", explica a infectologista Raquel Muarrek. Desse modo, ao utilizar o equipamento, a pessoa contaminada resguarda a saúde dos outros, bloqueando a transmissão ativa do patógeno.

 

Portanto, é importante seguir as instruções de higiene dadas pelo Ministério da Saúde, que ainda são melhor medida preventiva contra o novo coronavírus. Assim, todos estarão devidamente protegidos e pensando no benefício de quem mais precisa.

 

É importante que a utilização das máscaras deve ser sempre acompanhada dos demais cuidados de higiene e distanciamento social. Assim, todos estarão devidamente protegidos e cuidado também de quem está ao redor. As principais recomendações de prevenção à COVID-19 do Ministério da Saúde são:

 

Higienizar frequentemente as mãos com água e sabão ou álcool em gel

Evitar aglomerações

Manter os ambientes ventilados

Não compartilhar objetos de uso pessoal

 

Qual a forma certa de usar máscaras

Para que as máscaras não tenham o efeito oposto ao desejado e acabem aumentando riscos de contaminação, é preciso seguir algumas instruções para o uso correto do equipamento. O Hospital Albert Einstein, referência no atendimento aos pacientes com COVID-19 em São Paulo, compartilhou algumas dicas de uso:

 

Antes de colocar a máscara, higienize adequadamente as mãos

Coloque a máscara sobre o nariz e a boca, tomando cuidado para não deixar espaços entre a pele e a máscara

Mesmo com a máscara, cubra o rosto ao tossir ou espirrar

Mantenha as mãos higienizados e evite tocar na máscara

Troque a máscara quando ela estiver úmida

Nunca reutilize uma máscara descartável

Sempre remova a máscara pelas cordinhas e nunca toque na parte da frente

 

Fonte: https://www.minhavida.com.br/saude/materias/36075-mascara-ajuda-na-prevencao-da-covid-19-quais-cuidados-ter - Escrito por Clovis Filho

Minas bate Praia e fatura o bi da Copa Brasil de Vôlei


Equilíbrio marca a final entre líder e vice-líder da Superliga Feminina, e na melhor partida da temporada, Minas bate Praia após três horas de jogo

 

Minas e Praia mostraram na noite deste sábado por que são os dois melhores times da Superliga Feminina de Vôlei. Líder e vice-líder da competição nacional, as equipes decidiram o título da Copa Brasil em Saquarema. Em uma partida muito equilibrada e que durou mais de três horas, o Minas faturou o bicampeonato por 3 sets a 2, com parciais de 25/22, 27/29, 27/25, 24/26 e 15/13.

 

Comandada por Nicola Nigro, a equipe mineira bateu o Sesi-Bauru na semifinal e começou a partida decisiva com: Megan, Thaísa, Dani Cuttino, Macris, Carol Gattaz, Pri Daroit e Léia. Do lado do Praia, que eliminou o Osasco na briga pela vaga na final, Paulo Coco escalou Carol, Fê Garay, Brayelin Martinez, Claudinha, Anne, Jineiry Martinez e Suellen para a decisão.

 

O Minas começou o primeiro set com melhor volume de jogo , enquanto o Praia demonstrava ansiedade em fazer os pontos e cometia erros. Com 5 a 1 para o Minas, Paulo Coco pediu o primeiro tempo do jogo para não deixar o adversário desgarrar no placar. O Praia chegou a encostou no placar, mas com melhor variação de jogada de Macris, o time de Belo Horizonte voltou a abrir frente. Claudinha foi para o saque e levou o Praia à diferença de apenas um ponto. Com 12 a 11, Nigro pediu tempo.

 

O Praia melhorou a defesa, e empatou novamente o set em 15 pontos. A partida seguiu equilibrada, e com um erro de Carol Gattaz, o Praia passou à frente pela primeira vez no jogo: 19 a 18. O Minas conseguiu virar novamente o placar, e com 22 a 21, Paulo Coco pediu tempo para motivar o time, que vinha embalado. O final do set pegou fogo quando o Praia empatou em 23 pontos e Nigro pediu o desafio para saber se a bola havia batido dentro ou fora da quadra. A arbitragem confirmou o ponto para o Minas, que chegou ao set point e venceu por 25 a 22 após quase 35 minutos de duração do set.

 

Com uma bola de xeque de Carol, o Praia abriu o placar do segundo set. Com 2 a 0 para o Praia, Pri Daroit foi para o saque e levou o Minas à virada. O time abriu 7 a 2 e forçou Paulo Coco a pedir tempo. A equipe de Uberlândia conseguiu tirar dois pontos. O Minas voltou a abrir cinco pontos após belo bloqueio de Thaísa. Claudinha foi para o saque e a equipe de Uberlândia voltou a encostar: com 15 a 13, Nicola Nigro pediu tempo para esfriar o set. A equipe de Paulo Coco voltou a empatar em 15 pontos.

 

O Praia chegou novamente a ficar dois pontos atrás, mas depois de um belíssimo rali de 29 segundos, a equipe de Paulo Coco empatou em 20 pontos, e Brayelin Martinez ainda marcou mais um na sequência. Com 21 a 20 para o Praia, o técnico do Minas pediu tempo. A vantagem se inverteu novamente, e com 25 a 24 para o Minas, Paulo Coco pediu tempo mais uma vez. Fê Garay foi decisiva e fechou o set em 29 a 27 para empatar o jogo em quase 41 minutos.

 

O terceiro set foi muito similar aos dois primeiros, com o Minas abrindo vantagem e o Praia buscando o placar. Com destaque para Fernanda Garay, maior pontuadora do jogo, a equipe de Paulo Coco não deixou as adversárias desgarrarem. Quando Garay marcou seu 17º ponto, e o Praia virou em 12 a 11, o técnico do Minas pediu tempo. Deu certo: a equipe de Nicola Nigro virou em 15 a 12 e forçou Coco a pedir tempo. Quando o Praia virou em 20 a 18, foi a vez de Nigro novamente pedir tempo. O final do set foi bastante tumultuado, com várias paralisações e pedidos de desafio. Thaísa bloqueou Carol para levar o Minas à 2 sets a 1, com 27/25 em 45 minutos.

 

No quarto set, com as atletas mais desgastadas, a variação de jogadas de Macris acionando Cuttino, Gattaz e Kasiely fizeram a diferença juntamente a um bloqueio bem armado. Quando o Minas abriu 14 a 9, depois de um bloqueio de Thaísa em Garay, Paulo Coco pediu tempo. E deu certo, a equipe marcou quatro pontos consecutivos e fez Nigro pedir tempo. Megan, que até então não fazia uma partida brilhante, apareceu para o jogo e se destacou no Minas. Com 20 a 17 para as adversárias, o treinador do Praia pediu tempo novamente.

 

Quando parecia que o Minas levaria o set e o título com tranquilidade, o Praia encostou em 24 a 23 e fez Nicola Nigro pedir tempo mais uma vez. Thaísa ficou no bloqueio de Carol e a equipe de Uberlândia empatou em 24 pontos. Com um bloqueio em Megan e um ponto de saque de Garay, o Praia virou em 26 a 24 e levou o jogo para o tie-break.

 

O Praia abriu 3 a 1 no quinto e último set, mas com belo bloqueio de Carol Gattaz, o Minas empatou. Com ace de Cuttino, a equipe de Belo Horizonte passou à frente, mas com belo contra-ataque de Garay o time de Uberlândia empatou novamente. O Minas abriu dois pontos, mas, seguindo a tônica de toda a partida, o Praia empatou novamente. Com um ataque para fora de Michelle, o Minas chegou ao matchpoint e Carol Gattaz fechou o jogo em 15 a 13.

 

- A gente sabe que jogo contra o Praia é sempre muito difícil. Elas já sabem nosso jogo e nós o jogo delas. O time manteve a paciência de ir buscando ponto a ponto, e isso mostra a força do time. Tava quase morrendo aqui. Mas a gente tem muita coisa ainda pela frente, outros times fortes como Osasco, do Rio. É jogo a jogo - analisou a central.

 

- Vendemos caro essa derrota. Não ficou dúvidas de que as duas equipes queriam muito ganhar esse título - avaliou Fernanda Garay, a maior pontuadora do jogo.

 

Fonte: https://globoesporte.globo.com/volei/noticia/em-final-eletrizante-de-cinco-sets-minas-bate-praia-e-fatura-o-bi-da-copa-brasil-de-volei.ghtml - Foto: Divulgação/CBV - Por Redação Ge

sábado, 6 de fevereiro de 2021

Melhore radicalmente suas máscaras com esses 4 hacks e dicas


Com novas cepas mais contagiosas do coronavírus se espalhando, e os níveis de transmissão ainda muito altos em muitos lugares, alguns especialistas em saúde pública recomendam melhorar as nossas máscaras básicas de pano que muita gente tem usado durante a pandemia.


“Uma máscara de pano pode ser 50% eficaz no bloqueio de vírus e aerossóis”, diz Linsey Marr, pesquisadora da Virginia Tech que estuda a transmissão de vírus no ar. “Estamos no ponto agora … que precisamos de mais de 50%.”

 

Quando você está ao ar livre, onde o ar fresco pode dispersar rapidamente gotículas de vírus e partículas menores, uma máscara de pano é o suficiente, diz Marr. Mas partículas infecciosas podem se acumular em lugares fechados, e é aí que você precisa de uma máscara melhor. “Agora estou usando minha máscara melhor para ir ao supermercado. Eu não fazia isso antes”, diz Marr.

 

O ideal seria que todos nós estivéssemos usando máscaras N95 de uso médico — chamadas assim porque bloqueiam pelo menos 95% das partículas quando usadas corretamente. Mas elas devem ser reservadas para os profissionais de saúde.

 

Felizmente, há outras maneiras de aumentar fundamentalmente a proteção que sua máscara facial oferece de acordo com estas dicas da NPR.

 

4. Use duas máscaras

O conceito de duas máscaras tem recebido muita atenção ultimamente, especialmente depois que o Dr. Anthony Fauci, o maior especialista em doenças infecciosas dos EUA, promoveu o seu uso.

Primeiro coloque uma máscara cirúrgica mais próxima do seu rosto, diz Marr, e depois coloque outra de pano por cima. Use uma máscara cirúrgica feita de um material que não seja tecido mas de polipropileno, porque esse material contém uma carga eletrostática que faz que ele prenda as partículas. (Algumas máscaras cirúrgicas são feitas de papel.)

A desvantagem das máscaras cirúrgicas é que muitas delas não se ajustam bem e a capacidade de uma máscara de filtrar partículas depende também de como ela se ajusta ao seu rosto. Ao colocar uma máscara de pano por cima você pode obter um ajuste mais justo, ao mesmo tempo em que inclui uma camada extra de filtragem, diz Marr, que contribuiu em um artigo sobre recomendando mascaramento duplo.

Mas não continue empilhando máscaras, ela adverte; apenas uma máscara adicional é suficiente. Se suas máscaras aumentarem muito a resistência o ar vai vazar pelas laterais. “É como se você tivesse um buraco na máscara”, diz ela.

Mesmo se você usar duas máscaras que tem eficácia de apenas cerca 50% no bloqueio de partículas, quando você coloca uma sobre a outra você pode ter uma combinação com 75% de eficácia ou mais, diz Marr.

Veja como Marr explica essa matemática: “Se você tem 100 vírus que estão voando em direção à sua máscara que é 50% eficaz, então 50 deles serão filtrados e 50 passarão. Quando esses 50 chegarem à segunda máscara, 25 serão filtrados e 25 passarão. Assim, a eficiência global é de 75%.”

Monica Gandhi, médica infectologista da Universidade da Califórnia em São Francisco (EUA), diz que usar duas máscaras é especialmente importante para pessoas em circunstâncias específicas: adultos que trabalham em ambientes fechados com muitas pessoas e aqueles vulneráveis que entram em áreas fechadas ou locais com alto risco de transmissão.

 

3. Adicione um filtro

Se usar duas máscaras não é para você ainda é possível obter um aumento de eficácia semelhante na filtragem usando uma máscara de duas camadas com um bolso para filtro, diz Gandhi. As camadas externas devem ser feitas de um tecido que fique vem ajustado ao rosco, sem frestas.

Marr sugere usar uma máscara cirúrgica no bolso do filtro. Você pode cortar a máscara cirúrgica para caber no bolso, se necessário. Ela diz que os filtros HEPA cortados dos filtros usados em limpadores de ar portáteis funcionam muito bem (veja vídeo dela); um filtro de carbono PM2.5 também deve resolver, desde que seja flexível.

Outra opção de filtro: um material disponível em lojas de tecidos é o TNT (tecido não tecido). Ele é feito de polipropileno, então também possui o poder da eletricidade estática para capturar partículas.

Adicionar um filtro feito de duas camadas de polipropileno poderia aumentar a eficiência de filtragem de uma máscara de algodão em até 35%, disse Yi Cui, pesquisador da Universidade de Stanford.

E para uma opção caseira, a pesquisa de Cui descobriu que dois tecidos faciais, dobrados para formar um filtro de quatro camadas, também podem fazer um bom trabalho ao aumentar a proteção de uma máscara. Mas, por favor, não use um filtro de café: Tanto Marr quanto Christopher Zangmeister, pesquisador do Instituto Nacional de Padrões e Tecnologia (EUA), dizem que é difícil de respirar através de um, portanto você acaba respirando ao redor do filtro em vez de através dele.

 

2. Escolha uma máscara de tecido melhor

Se você ainda está usando uma única máscara certifique-se de que o que está usando realmente te protege. Como Gandhi escreveu recentemente no Twitter: “Ainda há uma função para máscaras básicas”.

Quando se trata de máscaras de tecido, procure um com uma tecelagem apertada. Vários estudos mostraram que algodão 100% é uma boa idéia (algodão de uma boa camiseta, por exemplo).

Como Zangmeister explicou à NPR no ano passado, as fibras naturais no algodão tendem a ter uma estrutura mais tridimensional do que as fibras sintéticas, que são mais lisas. E essa estrutura 3D pode criar mais bloqueios que impedem a entrada de partículas.

Procure também uma máscara de três camadas: estudos mostraram que uma máscara de três camadas feita de tecido com tecelagem apertada funciona bem.

 

1. Faça sua máscara se ajustar melhor


Para maximizar a eficácia da máscara, certifique-se de que ela se encaixa perfeitamente sobre sua boca e narinas, até a ponte do nariz e que não tenha nenhuma fresta. E, por favor, não deixe seu nariz para fora da máscara, isso tira o seu propósito!

A eficiência de filtragem de uma máscara varia dependendo do quão bem ela se ajusta ao seu rosto, como ilustra um estudo recente da JAMA Internal Medicine. Os pesquisadores descobriram que as máscaras cirúrgicas testadas bloqueavam apenas 38,5% das pequenas partículas, em média, quando usadas normalmente. Mas a eficiência de filtragem saltou quando eles tentaram vários hacks para fazer a máscara selar melhor.

Um truque que eles testaram foi marrar as tiras em um nó o mais próximo possível das bordas da máscara, em seguida, enfie as as pregas laterais para dentro para minimizar quaisquer frestas que possam aparecer nas bordas, como na foto da esquerda, acima. Isso aumentou a eficiência de filtragem da máscara cirúrgica para 60%.

Outro hack simples é usar um prendedor de cabelo, como na foto acima à direita para segurar as tiras firmemente na parte de trás da cabeça. Isso elevou a eficiência de filtragem da máscara para quase 65%.

E o último e mais eficaz hack? Envolve uma meia-calça. Quando os pesquisadores cobriram a máscara cirúrgica com uma seção de 25 cm de nylon, a eficiência de filtração aumentou para impressionantes 80%.

Se você quiser experimentar o truque da meia-calça, corte um anel de material, cerca 20 a 25 cm, da área da coxa de uma meia-calça. Em seguida, passe o anel pela cabeça e sobre a sua máscara para criar um ajuste firme no rosto.

 

Fonte: https://hypescience.com/4-hacks-e-dicas-para-tornar-sua-mascara-facial-radicalmente-melhor/?utm_source=feedburner&utm_medium=email&utm_campaign=Feed%3A+feedburner%2Fxgpv+%28HypeScience%29 - Por Marcelo Ribeiro

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2021

18 profissões que mais sofrem com quadros de depressão


Saiba quais são as carreiras que mais lidam com impactos na saúde mental relacionados à depressão

 

De acordo com a Organização Mundial da Saúde, uma a cada quatro pessoas no continente americano irão apresentar complicações envolvendo a saúde mental ao longo da vida. Entre as condições mais recorrentes, está a depressão - psicopatologia responsável por causar tristeza profunda, perda de interesse, ausência de ânimo e oscilações de humor.

 

Uma análise feita pela Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), do IBGE, revelou que 16,3 milhões de brasileiros com mais de 18 anos sofrem de depressão no país. Um dos muitos fatores que podem levar a esse diagnóstico é o estilo de vida e o ambiente em que a pessoa convive. Assim, a rotina de trabalho e a profissão escolhida podem causar um impacto direto no emocional de uma pessoa.

 

Carreira e saúde mental

Buscando entender melhor como uma profissão pode causar a instabilidade emocional, pesquisas coletaram dados que indicaram quais são os profissionais com maior probabilidade de apresentar um diagnóstico de depressão. Os estudos foram realizados de forma ampla, sendo importante destacar que a doença não surge apenas pela rotina de trabalho, podendo ter inúmeras causas diferentes.

 

Entre as profissões listadas em estudos feitos pela revista estadunidense Health e dados divulgados pelo Ministério da Previdência Social, estão:

Policiais

Controladores de vôo

Profissionais da área de segurança

Artistas e escritores

Professores

Telemarketing

Enfermeiras e cuidadoras de criança

Jornalistas

Consultor de vendas

Assistentes Sociais

Médicos

Profissionais da área administrativa

Consultores financeiros e contabilistas

Garçons

Profissionais da área de construção civil

 

O estresse constante vivido por profissionais dessas áreas é um dos fatores que pode desencadear o aparecimento de complicações mentais. Além disso, a sensação de incapacidade para cumprir a função, o alto nível de responsabilidade e jornadas de trabalho prolongadas também estão relacionadas com os impactos na saúde mental.

 

Sintomas de depressão

Os sinais que indicam um quadro depressivo podem se manifestar de forma física e emocional. Caso haja suspeita da doença, é de extrema importância que se procure o auxílio de profissionais com capacitação para que seja feito o diagnóstico preciso. Os principais sintomas da depressão no trabalho são:

Desânimo

Desmotivação

Falta de iniciativa

Falta de energia

Improdutividade

Isolamento social

Dificuldade de concentração

Alterações no sono

Alterações no apetite

Irritabilidade

Mau-humor

Mudanças no estilo de vida

 

Durante um encontro sobre saúde básica no Brasil e no mundo, promovido pelo Instituto SAB, em São Paulo, o psiquiatra Ronaldo Laranjeira ressaltou que para amenizar as taxas de transtornos mentais relacionados ao trabalho é preciso incentivar uma mudança no estilo de vida.

 

"Não é uma questão de ter mais psiquiatras disponíveis. Mudar a rotina pode diminuir as taxas de mortalidade e de doenças", disse o especialista.

 

Nesse sentido, algumas atitudes podem ajudar a prevenir ou mesmo amenizar a depressão decorrente do trabalho. São elas:

Organize sua agenda

Saiba lidar com imprevistos

Fracione as férias

Não aceite assédios

 

Além do uso de medicamentos antidepressivos para tratar a doença, a psicoterapia e a prática de exercícios podem ajudar a lidar com os sintomas causados pela depressão. Um estudo realizado pelo Centro Médico de Southwestern, na Universidade do Texas (EUA), descobriu que a prática de exercícios aeróbicos regulares pode reduzir os sintomas da doença pela metade.

 

Fonte: https://www.minhavida.com.br/bem-estar/materias/37292-18-profissoes-que-mais-sofrem-com-quadros-de-depressao - Escrito por Paula Santos

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2021

Homens podem ser menos férteis após a infecção por COVID-19, alertam os cientistas


Além do terrível número de mortes de COVID-19, existe uma litania de doenças que os pesquisadores estão apenas começando a descobrir. Uma preocupação potencial que exige um exame mais minucioso é o impacto do vírus na fertilidade masculina.

 

Os cientistas suspeitam há algum tempo que o novo vírus da SARS tem o potencial de causar estragos na contagem de espermatozoides. Uma revisão do estado da pesquisa, junto com novas evidências fortes, enfatiza a necessidade de monitorar os sistemas reprodutivos dos homens como rotas vulneráveis ​​para a infecção por coronavírus .

 

Pesquisadores da Universidade Huazhong de Ciência e Tecnologia em Wuhan, China, realizaram uma análise dos relatórios existentes sobre os possíveis mecanismos que o SARS-CoV-2 pode empregar para interferir na reprodução masculina.

 

Embora eles não pudessem afirmar com confiança que havia uma redução clara na fertilidade, eles alertaram que havia todos os motivos para prestar muita atenção a essa possibilidade.

 

“Propomos que haja uma necessidade urgente de rastrear pacientes do sexo masculino com COVID-19 durante sua recuperação”, argumentam o microbiologista Yu Tian e o biólogo reprodutivo Li-quan Zhou em seu relatório

 

Os pesquisadores médicos se familiarizaram intimamente com a maneira como o SARS-CoV-2 penetra em nossos corpos e promove uma onda de respostas imunológicas destrutivas.

 

No centro de sua estratégia de quebrar e entrar está um receptor celular comum denominado enzima conversora de angiotensina 2, ou ACE2. Onde quer que o corpo use essa enzima, é provável que a SARS-CoV-2 deixe sua marca, colocando vários órgãos em risco .

 

Isso significa que o vírus não afeta apenas nosso sistema olfatório e respiratório , mas pode impactar nosso sistema digestivo , deixar nosso sistema circulatório enfraquecido e até mesmo desencadear respostas inflamatórias em nosso cérebro .

 

O fato de o tecido dentro dos testículos ser apenas mais um alvo potencial não foi perdido pelos pesquisadores. Os primeiros estudos descobrindo a presença do vírus em amostras de sêmen aumentaram a necessidade crescente de investigação.

 

Mas as descobertas não foram exatamente consistentes . Pesquisas anteriores realizadas com o predecessor do SARS-CoV-2, o SARS-CoV-1, também tendem a rejeitar sérias preocupações de que os testículos são vulneráveis, com a maioria dos estudos falhando em encontrar qualquer traço do vírus dentro de seus tecidos.

 

Agora, entretanto, o peso da evidência parece estar se inclinando bem a favor dos argumentos de que o tecido testicular está sendo comumente danificado como resultado direto da COVID.

 

Uma investigação longitudinal publicada recentemente conduzida por pesquisadores da Justus-Liebig-University na Alemanha e da Allameh Tabataba’i University no Irã relata evidências experimentais diretas de tais danos.

 

Seu estudo analisou marcadores de inflamação em amostras de tecido de 84 homens com diagnóstico de COVID-19, junto com 105 controles. Eles também avaliaram a qualidade do esperma e procuraram sinais de estresse oxidativo nas amostras.

 

Ficou claro que ter COVID-19 fez pelo menos alguma diferença, com inflamação e estresse celular aparecendo duas vezes mais severos naqueles que foram diagnosticados como positivos para o vírus, em comparação com aqueles que não o fizeram.

 

Além do mais, os espermatozoides dos homens infectados eram cerca de três vezes mais lentos, e suas contagens de espermatozóides também eram muito mais baixas.

 

“Esses efeitos sobre as células do esperma estão associados à menor qualidade do esperma e ao potencial reduzido de fertilidade”, disse o pesquisador Behzad Hajizadeh Maleki, cientista esportivo da Justus-Liebig-University.

 

“Embora esses efeitos tendam a melhorar com o tempo, eles permaneceram significativa e anormalmente mais altos nos pacientes com COVID-19, e a magnitude dessas mudanças também foram relacionadas à gravidade da doença.”

 

O que isso significa para homens se recuperando de uma infecção por SARS-CoV-2 não está claro, especialmente a longo prazo. Os autores da revisão e do estudo experimental pedem mais pesquisas antes de fazer uma chamada sobre como – ou mesmo se – a fertilidade diminuída terá algum impacto real nos esforços para conceber.

 

No entanto, com muitas nações ao redor do globo já enfrentando uma crescente crise de fertilidade que promete conter o crescimento populacional no futuro, o COVID-19 pode ser outro obstáculo a ser superado.

 

As esperanças estão concentradas nas vacinas, pondo fim ao pior da pandemia no futuro próximo. Mas mesmo que nossos melhores esforços prevaleçam, as cicatrizes do coronavírus permanecerão em nosso corpo e em nossa população por muito tempo.

 

Esta pesquisa foi publicada na Reproduction

 

Fonte: https://www.revistasaberesaude.com/homens-podem-ser-menos-ferteis-apos-a-infeccao-por-covid-19-alertam-os-cientistas/ - Por Revista Saber é Saúde

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2021

Especialistas prescrevem estes 6 remédios de estilo de vida para uma vida longa e saudável


A maioria das pessoas está estressada , tem falta de sono e está acima do peso e sofre de doenças de estilo de vida que podem ser prevenidas, como doenças cardíacas, câncer, derrame e diabetes .

 

Estar acima do peso ou ser obeso contribui para 50% dos adultos que sofrem de hipertensão , 10% com diabetes e outros 35% com pré-diabetes .

 

E os custos são inacessíveis e crescentes, fazendo com que sobrecarregue o sistema de atendimento à saúde.

 

Mas existem novos “remédios” de estilo de vida que são gratuitos e que os médicos podem prescrever para todos os seus pacientes.

 

A medicina do estilo de vida é a aplicação clínica de comportamentos saudáveis ​​para prevenir, tratar e reverter doenças. Mais do que nunca, a pesquisa destaca que as “pílulas” que o médico de hoje deve prescrever para os pacientes são os seis domínios da medicina do estilo de vida: alimentação baseada em vegetais, atividade física regular, sono restaurador, controle do estresse, redução ou eliminação do vício e positivo psicologia e conexão social.

 

Somos médicos de medicina preventiva de atenção primária e imunologista computacional, ambos comprometidos em aplicar pesquisas de ponta para informar a prática clínica da medicina do estilo de vida . Nossas descobertas e recomendações acabaram de ser publicadas.

 

Destacamos os principais pontos para levar para casa para cada uma das áreas abaixo.

 

Alimentos integrais à base de vegetais

Dietas ricas em frutas, vegetais e grãos inteiros e pobres em produtos de origem animal e alimentos altamente processados ​​têm sido associadas à prevenção de muitas doenças.

Essas dietas também melhoraram a saúde e até reverteram as doenças cardiovasculares, metabólicas, cerebrais, hormonais, renais e autoimunes comuns , bem como 35% de todos os cânceres .

Acreditamos que pesquisas futuras devem incluir estudos maiores ou novos métodos de pesquisa com ênfase na qualidade da dieta . Isso incluiria mais dados sobre a composição de micronutrientes e fontes de proteína de alimentos vegetais em comparação com alimentos de origem animal – não apenas a proporção de gordura, carboidratos e proteínas.

Esses testes devem incluir crianças, visto que muitos distúrbios adultos são disseminados desde a infância ou no útero.

 

Atividade física regular

Durante décadas, as diretrizes dos cirurgiões gerais enfatizaram que a atividade física aeróbica diária moderada a vigorosa traz benefícios imediatos e de longo prazo à saúde.

Por exemplo, por que envelhecemos e a taxa com que envelhecemos – idade cronológica versus idade biológica – é determinado por vários processos moleculares que são diretamente influenciados pela atividade física.

E agora os cientistas estão compreendendo melhor as mudanças celulares e moleculares que o exercício induz para reduzir o risco de doenças.

As prioridades de pesquisa para cientistas e médicos incluem obter uma compreensão mais profunda do tipo, intensidade e frequência da atividade, e melhores insights sobre as alterações moleculares e celulares que ocorrem com o exercício .

 

Sono restaurador

O sono ajuda as células, órgãos e todo o corpo a funcionar melhor. Um sono regular ininterrupto de sete horas por noite para adultos, oito a 10 horas para adolescentes e 10 ou mais para crianças é necessário para uma boa saúde .

Embora pouco estudado, há evidências de que o sono de alta qualidade pode reduzir a inflamação, a disfunção imunológica, o estresse oxidativo e a modificação epigenética do DNA, todos associados ou causadores de doenças crônicas .

Portanto, a pesquisa sobre os mecanismos biológicos que sustentam as propriedades restauradoras do sono pode levar a abordagens ambientais ou populacionais e políticas para melhor alinhar nossos padrões naturais de sono com as demandas da vida diária.

 

Gerenciamento de estresse

Embora algum estresse seja benéfico, o estresse prolongado ou extremo pode sobrecarregar o cérebro e o corpo. O estresse crônico aumenta o risco de doenças cardiovasculares , doenças do intestino irritável , obesidade , depressão , asma, artrite, doenças autoimunes, doenças cardiovasculares, câncer , diabetes , distúrbios neurológicos e obesidade.

Um dos mecanismos mais poderosos para reduzir o estresse e aumentar a resiliência é desencadear uma resposta de relaxamento usando terapias mente-corpo e terapia cognitivo-comportamental.

Mais pesquisas são necessárias para obter uma melhor compreensão de como essas terapias funcionam.

 

Redução e eliminação do vício

Muitos fatores sociais, econômicos e ambientais têm alimentado o aumento nacional do abuso de substâncias em geral e, mais tragicamente, a epidemia de opióides .

Médicos e pesquisadores estão começando a entender a fisiologia e a psicologia subjacentes do vício.

No entanto, o estigma contínuo e o acesso desarticulado ou ausente aos serviços continua a ser um desafio. Os médicos e cientistas precisam explorar como prever quem é mais vulnerável ao vício e encontrar maneiras de evitá-lo.

Deve ser priorizado o tratamento que incorpore o cuidado integrado com foco em todas as necessidades do paciente.

 

Psicologia positiva e conexão social

Manter uma atitude positiva por meio da prática da gratidão e do perdão tem um impacto significativo no bem-estar psicológico e subjetivo, que, por sua vez, está associado a benefícios para a saúde física .

A conectividade social, ou seja, a quantidade e a qualidade de nossos relacionamentos, tem talvez os benefícios mais poderosos para a saúde .

Por outro lado, o isolamento social – como viver sozinho, ter uma pequena rede social , participar de poucas atividades sociais e se sentir sozinho – está associado a maior mortalidade , maior morbidade, menor função do sistema imunológico, depressão e declínio cognitivo.

Mais estudos são necessários para descobrir como a biologia e a química de um indivíduo mudam para melhor por meio de mais interações sociais.

 

O papel da inflamação nas doenças relacionadas ao estilo de vida

Comportamentos de estilo de vida pouco saudáveis ​​produzem um ciclo vicioso de inflamação.

Embora a inflamação seja uma forma saudável e natural de o corpo combater infecções, lesões e estresse, muita inflamação na verdade promove ou agrava as doenças descritas acima.

A resposta inflamatória é complexa. Temos usado aprendizado de máquina e modelagem por computador para entender, prever, tratar e reprogramar a inflamação – para reter os elementos de cura enquanto minimizamos os prejudiciais mais crônicos.

Os cientistas estão descobrindo novos mecanismos que explicam como o estresse crônico pode ativar e desativar genes.

 

Superando desafios e barreiras

Nós e outros que estudam a medicina do estilo de vida agora estamos discutindo como podemos aproveitar todas essas abordagens para melhorar os estudos clínicos sobre os impactos das intervenções no estilo de vida.

Ao mesmo tempo, nós e nossos colegas percebemos que existem desafios e barreiras ambientais que impedem muitas pessoas de adotar essas mudanças no estilo de vida.

Existem sobremesas onde alimentos mais saudáveis ​​não estão disponíveis ou são baratos. Bairros inseguros, produtos químicos e substâncias prejudiciais criam estresse constante. Educação precária, pobreza, crenças culturais e disparidades e discriminação raciais e étnicas devem ser enfrentadas para que todas as pessoas e pacientes apreciem e adotem as seis “pílulas”.

A aplicação de medicamentos de estilo de vida é particularmente importante agora porque estilos de vida pouco saudáveis ​​causaram uma pandemia de doenças crônicas evitáveis ​​que agora está exacerbando a pandemia de COVID-19 , que atinge desproporcionalmente aqueles com essas condições .

 

Peça ao seu médico para “prescrever” essas seis “pílulas” para uma vida mais longa e melhor. Afinal, eles são gratuitos, funcionam melhor do que ou tão bem quanto os medicamentos e não têm efeitos colaterais!A conversa

 

Yoram Vodovotz , Professor de Cirurgia, University of Pittsburgh e Michael Parkinson , Diretor Médico Sênior de Saúde e Produtividade, UPMC Health Plan & Workpartners, University of Pittsburgh .

 

Este artigo foi readaptado de The Conversation

 

Fonte: https://www.revistasaberesaude.com/especialistas-prescrevem-estes-6-remedios-de-estilo-de-vida-para-uma-vida-longa-e-saudavel/ - Por Revista Saber é Saúde