terça-feira, 23 de outubro de 2018

Sete marcas de azeite são reprovadas pela Proteste

A Associação de Consumidores divulgou nova análise com mais de 60 versões do óleo de oliva - e há boas e más notícias

A Proteste, Associação de Consumidores, divulgou os resultados de uma nova avaliação feita com azeites de oliva ditos extravirgens. No total, 69 marcas foram submetidas ao pente-fino. O diferencial desse teste, segundo a entidade, é que ele contou com mais amostras. Além disso, incluiu azeites brasileiros, já que a produção nacional está em ascensão.

Das 69 marcas avaliadas, sete foram consideradas fraudadas. É que, embora a embalagem dissesse que se tratava do tipo extravirgem, a Proteste identificou, em laboratório, vestígios da adição de outros óleos vegetais na embalagem – o que não poderia acontecer. As marcas são: Barcelona, Porto Valência, Casalberto, Olivenza, Faisão, Borgel e Do Chefe. As duas últimas já tinham sido reprovadas em testes anteriores pela mesma razão.

De acordo com a Proteste, o azeite das marcas Do Chefe, Barcelona e Olivenza não são envasados no local de produção. Quando o óleo vai para a garrafa logo após sua extração, há menor risco de ele oxidar e também de ser misturado a outras substâncias.

Na avaliação sensorial, mais problemas. A maioria das marcas desclassificadas foi considerada lampante. Isso significa que o produto veio de azeitonas deterioradas ou fermentadas – por esse motivo, nem deveria chegar ao mercado. Para ser comercializado, o certo seria refiná-lo para retirar as impurezas e misturá-lo com azeite. A exceção ficou por conta da marca Barcelona, definida como virgem pelo teste.

A Proteste ainda considerou certas marcas como “fora do tipo”. La Pastina, Vilaflor, Prezunic, Great Value, Obra Prima, Estoril, Paesano, Camponês e Bom dia deveriam ganhar a classificação de virgem, enquanto o azeite Casa Medeiros merecia ser reconhecido como lampante.

Também dá para comemorar
Além do “Melhor do Teste” (o azeite Prosperato Premium), há outros três produtos brasileiros entre os dezprimeiros colocados da avaliação. Isso confirma a qualidade dos azeites nacionais. Veja a lista clicando aqui.

As marcas analisadas
A lista completa é essa: Allegro, Andaluzia, Andorinha, Báltico (Broto Legal), Barcelona, Batalha, Bom dia, Borgel, Borges, Borges Sybaris, Borriello, Camponês, Carbonell, Cardeal, Carrefour, Casa Medeiros, Casalberto, Cocineiro, Deleyda, Delfos, Do Chefe, Don Giovanni, EA, Estoril, Faisão Real, Filippo Berio, Gallo, Gallo Grande Escolha, Great Value, Herdade do Esporão, La Española, La Pastina, La Violetera, Maria, Menoyo, Monde, Mondegão, Mytholio, Nova Oliva, Obra Prima, Olitália, Olivas do Sul, O-live, Oliveira Ramos, Oliveiras do Seival, Olivenza, Ouro de Santana, Paesano, Paganini, Parus, Porto Valência, Portucale, Prezunic, Prosperato, Qualitá, Raniere, Renata, Rey, Santa Maria, Santiago, Serrata, Star, TAEQ, Terrano, Toureiro, Tradição Brasileira, Verde Louro, Vila Flor e ZOH.

No que ficar de olho para identificar um produto de qualidade
Data de produção: dê preferência aos mais novos. É que, com o tempo, os polifenóis do azeite vão se perdendo.

Local de envase: o desejável é que tenha sido embalado no país de origem. Isso reduz o risco de fraudes, como inclusão de outros óleos.

Ingredientes: na lista, deve constar apenas “azeite de oliva extravirgem”. Afinal, o produto nada mais é do que o sumo da azeitona.

Preço: evite marcas baratas: é indicativo de misturas. E ninguém merece pagar 10 reais em óleo comum.

Tipo de recipiente: escolha garrafas escuras e do fundo da prateleira. Sinal de que os polifenóis estão mais blindados.

Letras miúdas: ao ler “tempero português” ou “tempero espanhol”, significa que é mistura, e não azeite puro.

Fonte: https://saude.abril.com.br/alimentacao/sete-marcas-de-azeite-sao-reprovadas-pela-proteste/ - Por Da Redação - Foto: Bruno Marçal/SAÚDE é Vital

segunda-feira, 22 de outubro de 2018

Torneios esportivos do 5º ano do Colégio Dom Bosco 2018


O Colégio Dom Bosco realizará no período de 23 de outubro a 09 de novembro de 2018, torneios esportivos envolvendo os alunos do 5º Ano, com o objetivo de incentivá-los à prática esportiva.

     Os torneios serão realizados nas modalidades de basquete, futsal, handebol, queimado e voleibol. Os jogos serão realizados pela manhã, com a participação de 63 alunos, divididos em 11 equipes.

     A criança pode começar a iniciação esportiva desde cedo, caso ela não se transforme em um atleta de alto nível, com certeza vai se tornar um bom cidadão, pela aquisição de valores que são aprendidos com o esporte.

Professores José Costa

O que é o descolamento de retina e como tratar


Problema de visão frequente nos mais velhos, o descolamento de retina precisa ser tratado para não causar cegueira. Saiba mais sobre ele e seus sintomas

A terceira idade pede por mais atenção à saúde, especialmente a ocular. O descolamento da retina, por exemplo, é uma situação comum nessa fase da vida. É um problema grave que, se não for tratado, pode levar à cegueira total e irreversível. Mas o que ele é?

A maior parte do globo ocular é formada pelo humor vítreo, uma substância de consistência gelatinosa. Atrás dele – bem no fundo do olho –, fica a retina, uma fina camada responsável por captar as informações externas e transmiti-las para o nervo óptico. Dali, elas são levadas até o cérebro para que sejam decifradas e se transformem em imagens.

Pois bem: o humor vítreo e a retina ficam encostados. Porém, com o avanço da idade, a composição química dessa “gelatina” muda, tornando-se mais líquida por dentro. E isso pode fazê-la se despregar.

“Por ser muito frágil, o vítreo rasga e começa a vazar para o fundo do olho, causando o descolamento da própria retina”, explica o oftalmologista Rony Preti, fundador do Preti Eye Institute, em São Paulo. A movimentação do fluído pressiona a membrana, provocando seu rompimento e, como consequência, ela desgruda do fundo do olho.

Quando isso ocorre, a retina deixa de receber oxigênio adequadamente devido à falta de circulação. Isso que gera a perda progressiva da capacidade de enxergar.

Mas a velhice não é a única causa. Levar uma bolada no olho ou não protegê-los durante um salto de paraquedas são outros fatores de risco, por exemplo. Miopia e predisposição genética também aumentam a probabilidade de desenvolver essa encrenca.

“Além disso, a quimioterapia realizada por pacientes de qualquer tipo de câncer pode alterar a composição do humor vítreo e, com isso, acelerar o surgimento do problema”, complementa Preti, que também é professor da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP).

De acordo com ele, quando a região central da retina é atingida, o paciente começa a ver “moscas volantes” no campo de visão. Oi? “É como se a pessoa enxergasse moscas pretas ou teias de aranha o tempo todo. Essas manchas também podem ter a aparência de uma marca d’água ou uma cortina preta”, aponta.

Por outro lado, se o dano acometer a periferia da retina, a doença se torna assintomática. Aí que mora o perigo: como a chateação não causa dor, essa estrutura vai ficando desnutrida. É o início um processo de degeneração celular, que leva a uma perda visual irreversível.

“Essa é a área onde há o maior risco de ocorrer o descolamento”, alerta o especialista. Por isso é tão importante consultar o oftalmologista, principalmente com o avançar dos anos.

Como é o diagnóstico e o tratamento
O exame principal para identificar a condição é o mapeamento da retina. “Pingamos uma gota de colírio para dilatar a pupila do paciente e, com uma luz e uma lente de aumento, avaliamos o fundo do olho”, informa Preti.

Enquanto a retina não tiver se desgrudado propriamente, dá para reverter a situação com tratamento à laser. Ao atingir a parte fragilizada, a mini-queimadura provocada pela técnica promove uma cicatrização que fecha o rasgo. “Dessa maneira, prevenimos que o descolamento ocorra”, afirma o médico.

Mas se já tiver acontecido, a única saída é a cirurgia, que tem como objetivo pregar a retina novamente no fundo do olho. “Uma vez colada, os receptores responsáveis pela visão voltam a receber nutrientes. Quanto mais rápido fizermos o procedimento, maiores serão as chances de restaurar a vista”, conclui o oftalmologista.

Lentes de contato causam descolamento de retina?
Essa é uma crença popular que não passa de coincidência. O que aumenta o risco não é a lente, mas o motivo pelo qual a utilizamos.

“A maioria das pessoas que põem lentes de contato são pacientes com miopia elevada. O olho deles é maior. Essa característica faz com que a retina fique esticada, o que a torna mais frágil e propensa a ter rasgaduras”, esclarece o professor.

Fonte: https://saude.abril.com.br/medicina/o-que-e-o-descolamento-de-retina-e-como-tratar/ - Por Maria Tereza Santos -  Ilustração: Mariana Coan/Foto: Alex Silva/SAÚDE é Vital

domingo, 21 de outubro de 2018

Como a alimentação pode ajudar a enxergar melhor


Uma revisão de estudos revelou que a qualidade da dieta interfere na progressão de uma doença capaz de levar à cegueira

Após vasculharem 18 estudos, pesquisadores da Universidade de Auckland, na Nova Zelândia, concluíram: a alimentação tem papel crucial no desenrolar da degeneração macular relacionada à idade, doença cujo desfecho pode ser a cegueira.

Segundo o trabalho, dietas no estilo oriental e mediterrâneo, com abundância de peixes e vegetais, tendem a reduzir o risco de progressão do quadro. Enquanto isso, um padrão ocidental, cheio de junk food, estaria mais associado ao desenvolvimento da doença.

De acordo com Gabriel Andrade, oftalmologista do Instituto da Visão, em São Paulo, já existe um suplemento de vitaminas e minerais direcionado a pacientes com o problema. “Agora, a revisão mostra que também vale orientar a alimentação nesse contexto”, avalia o médico.

Onde investir e no que maneirar

O estudo indica que vegetais ricos em carotenoides (responsáveis pelos tons avermelhados e alaranjados dos alimentos), a exemplo de cenoura e tomate, são parceiros da visão. Outro benfeitor seria o ômega-3, gordura encontrada em peixes como sardinha, salmão e atum.

Já fontes de açúcar e ômega-6 (como alguns óleos vegetais), além de carne vermelha, embutidos e álcool, pedem moderação.

Fonte: https://saude.abril.com.br/alimentacao/como-a-alimentacao-pode-ajudar-a-enxergar-melhor/ - Por Thaís Manarini - Foto: Bruno Marçal/SAÚDE é Vital

sábado, 20 de outubro de 2018

Quanto mais transar, mais tempo irá viver, aponta estudo


O sexo pode potencializar a imunidade e produzir telômeros maiores no corpo das mulheres

Transar traz diversos benefícios para a saúde. Pesquisas anteriores relacionam o sexo ao bom humor e uma maior qualidade de vida. E agora, um novo estudo aponta que quanto mais transarmos, mais tempo teremos de vida.

Como o estudo foi feito
O estudo foi dividido em duas fases: Na primeira, 918 homens com 45 a 59 anos de idade foram entrevistados sobre seus hábitos sexuais. Uma década depois, estes mesmos homens responderam a uma série de perguntas sobre a frequência em que transavam.

Os pesquisadores concluíram que os homens que transavam ao menos duas vezes por semana reduziram suas taxas de mortalidade pela metade.

A segundo fase do estudo contou com a participação de 129 mulheres com idades entre 20 e 50 anos. Elas responderam perguntas sobre suas vidas amorosas e o quanto elas estavam satisfeitas.

Após análise biológica, os cientistas descobriram que as mulheres que transavam mais e tinham uma vida amorosa satisfatória, apresentavam maiores telômeros, uma espécie de "capa" que protege os cromossomos, fazendo com que tenhamos um aumento em nossa expectativa de vida.

Conclusões
Os cientistas também afirmam que o sexo potencializa o sistema imunitário ao incentivar a produção de células que combatem doenças.


sexta-feira, 19 de outubro de 2018

Você conhece os alimentos de calorias negativas?


Você já deve ter ouvido falar que alguns alimentos têm tão pouca caloria que o corpo gasta mais energia para digeri-las do que tira delas. Mas será que isso é verdade?

Maçãs, brócolis, melancia, espinafre, salsão, e – pasme! – até batata são alguns dos alimentos famosos por ter calorias negativas.

Por enquanto não há evidência científica que esses alimentos causem uma perda calórica ao invés de trazer calorias para o corpo. Um simples talo de salsão, por exemplo, contém míseras seis calorias, mas exige do corpo apenas meia caloria para ser digerida.

As dietas ricas nesse tipo de alimentos costuma trazer bons resultados na perda de peso, mas por outro motivo: esses itens não são densos em calorias e ocupam bastante espaço no sistema digestivo, trazendo saciedade.

Um estudo de 2005 publicado na revista The American Journal of Medicine com o título “Os efeitos de uma intervenção com baixa gordura e baseada em plantas no peso do corpo, metabolismo e sensibilidade a insulina” mostrou que uma dieta em plantas de baixa caloria trouxe perda de 6kg em média para os participantes, em 14 semanas de acompanhamento.

Dieta anti-inflamatória pode te ajudar a viver mais tempo, diz estudo
Mesmo sem as evidências de que eles gastam mais calorias do que fornecem, vale a pena apostar nesses alimentos na dieta rotineira. Veja mais detalhes sobre eles:

Maçã
Elas contêm bastante fibra e apenas 50 calorias por 100 gramas, mas você deve comer a casca junto com a fruta. É rica em pectina, que ajuda na perda do peso e na digestão.

Brócolis
É uma ótima fonte de fibras e é considerado um superalimento por conter antioxidantes.

Melancia
Essa fruta contém licopeno, que é bom para o coração, e nutrientes que ajudam no fluxo sanguíneo e também na imunidade.

Batata
Claro que a batata não deve ser frita, mas se for consumida cozida, contém apenas 58 calorias e é uma ótima fonte e potássio e vitaminas B6 e C.

Espinafre
Ele é rico em vitamina K e A, assim como outras vitaminas e minerais.

Tomate
100 gramas dele contêm apenas 19 calorias, e fornecem fibras, potássio, vitamina C e licopeno.

Pepino
16 calorias por 100 gramas! Eles são cheios de minerais, vitaminas e eletrolíticos que ajudam na hidratação. [The American Journal of Medicine, NDTV Food, Independent]


quinta-feira, 18 de outubro de 2018

Fisiculturista de Itabaiana vence mais uma competição e irá representar o Brasil

No domingo, dia 30, na cidade de Salvador (BA), o itabaianense Anderson Marinho subiu mais uma vez ao pódio. O atleta participou da Copa Overall Champion – IFBB Pro League Regional, campeonato de fisiculturismo classificatório para o Arnold Classic Brasil 2019.

No campeonato chancelado, “Monstro Marinho” foi campeão da categoria Novice acima de 80kg e vice-campeão na categoria Class D acima de 90kg, garantindo uma vaga no maior evento da América Latina, onde irá competir no ano que vem em São Paulo. “A preparação que fiz foram de mais de quatro meses de dieta restrita para chegar na melhor condição da minha vida. Fico honrado em está representando não só minha cidade como também meu estado e a partir do próximo ano o meu país”, comenta o fisiculturista Anderson Marinho.

E tem mais competição ainda este ano. “Dentro de mais três semanas, estarei participando do Markus Classic, que vai ocorrer na cidade de Camaçari, finalizando assim minha participação nos eventos desse ano e desde já iniciando os trabalhos para 2019”, conta.

Seu treino de musculação é realizado na Academia Power Gym, localizada na Praça Fausto Cardoso em Itabaiana (SE).

Fonte: http://www.93noticias.com.br/fisiculturista-de-itabaiana-vence-mais-uma-competicao-e-ira-representar-o-brasil/

Conheça os 10 mandamentos para não desistir da malhação


Chegou a hora de colocar em prática a velha promessa de ficar em forma. Agora, nada de desistir novamente no meio do caminho, hein!

De olho no verão que está logo aí, chegou a hora de colocar a velha promessa de ficar em forma em prática. Agora, nada de desistir novamente no meio do caminho, hein! Para isso, Carla Di Pierro, psicóloga esportiva (SP), dá algumas dicas:

10 mandamentos para manter uma atividade

1. Escolha um exercício que já tenha tido experiências positivas no passado, com o qual tenha afinidade e sinta prazer.

2. Inicie pela aula mais básica e vá aumentando a dificuldade apenas quando perceber que o nível no qual já está é fácil para você.

3. Determine dias e horários fixos para se exercitar. A

4. Estabeleça a presença nas aulas ou nos treinos como uma meta semanal, e procure se recompensar por estar cumprindo-a.

5. Registre a sua evolução. A cada dia verifique e registre a sua nota para a percepção de esforço e construa um quadro das suas mudanças.

6. Estabeleça metas em médio e longo prazo. Descreva o que você precisa fazer para alcançá-las e qual será a recompensa depois.

7. Inclua diversão na atividade física, convidando as amigas para treinar com você e ouvindo as músicas que você mais gosta.

8. Escolha um ambiente em que se sinta confortável para se exercitar. Se não gosta das pessoas da sua academia, procure outra.

9. O profissional de educação física tem um valor muito importante, não apenas por sua formação, mas porque pode turbinar a sua motivação.

10. Compartilhe suas metas com pessoas que você sabe que estarão torcendo por você. Elas serão o seu apoio nas horas de desmotivação.


quarta-feira, 17 de outubro de 2018

A manteiga é uma gordura saudável?


Recentemente, depois de muito tempo ocupando o lado dos vilões da saúde por ser fonte de gorduras saturadas, a manteiga tem ganhado mais atenção como uma aliada da boa alimentação. Mas isso é realmente verdade?

Em seu podcast, publicado na revista “Scientific American”, a nutricionista Monica Reinagel, esclarece essa dúvida. Como de costume com alimentos tido como vilões, a resposta não é tão “8 ou 80” e o segredo é cuidar com os excessos.

“É verdade que a manteiga contém gordura saturada. Também é verdade que a reputação da gordura saturada como uma entupidora de artérias tem se recuperado um pouco nos últimos anos”, pondera a cientista. “Dietas que são ricas em gordura saturada podem aumentar seus níveis de colesterol. Mas as ligações entre gordura saturada, colesterol e doenças cardíacas são muito mais complexas do que pensávamos. Na verdade, ter um pouco de gordura saturada na sua dieta pode ser bom para o coração e outros órgãos”.

Nem tudo é gordura saturada
O principal ponto a ser destacado é que a manteiga é mais do que simplesmente gordura saturada. Reinagel explica que, surpreendentemente, um terço da gordura presente na manteiga é monoinsaturada – tipo de gordura saudável para o coração que podemos encontrar, por exemplo, no azeite de oliva e no abacate.

O mesmo, ou algo parecido com isso, vale para a maioria dos alimentos de origem animal, ainda que tenhamos a tendência de pensar em carne, ovos e lacticínios como coisas que contêm apenas ou têm majoritariamente gorduras insaturadas. “Mas não é esse o caso. Até metade da gordura na carne bovina é monoinsaturada. Dois terços da gordura no ovo é insaturada. Ironicamente, as únicas comidas que consigo lembrar que contêm basicamente só gorduras saturadas são derivadas de plantas: óleo de coco e óleo de dendê”, conta a nutricionista.

A manteiga também é uma fonte de nutrientes, como as vitaminas A, D e E (ainda que as duas últimas estejam mais presentes no azeite de oliva). Além disso, ela também tem alguns elementos que não são muito bem espalhados pela cadeia alimentar: ácido linoléico conjugado (CLA), triglicerídeos de cadeia média (MCTs), vitamina K2, colina e butirato.

O CLA é um ácido graxo que é encontrado principalmente na carne vermelha e na matéria gorda do leite. Os MCTs são encontrados em laticínios integrais e nos óleos de coco e de dendê. “Embora você veja muito sobre os benefícios para a saúde do CLA e MCTs on-line, a pesquisa [científica] para apoiar essas afirmações tem sido bastante decepcionante, até agora”, alerta Reinagel.

A vitamina K2 é importante para fortalecer os ossos fortes, mas existem fontes melhores do que a manteiga para quem precisa desse nutriente, como queijos macios e duros e, principalmente, o nattō, um alimento tradicional japonês feito de soja fermentada.

A colina é um nutriente essencial que tem muitas funções importantes no corpo, incluindo a síntese de neurotransmissores e a proteção dos neurônios. A especialista aponta que a nossa ingestão média deste nutriente é de aproximadamente metade do que é considerado adequado. Como a manteiga contém apenas quantidades pequenas de colina, ovos inteiros, carne, peixe e vegetais crucíferos são fontes muito melhores.

Por fim, o butirato é um ácido graxo de cadeia curta que tem efeitos anti-inflamatórios e anti-câncer, especialmente no intestino. Mas o butirato é produzido no nosso intestino, pelas bactérias intestinais. Por isso, uma maneira de obter mais butirato é comendo mais fibras, que promovem a saúde dessas bactérias.

Mas, afinal, ela é saudável?
A questão é mais complexa do que sim ou não. “Nenhum alimento pode realmente ser designado como saudável ou insalubre num vácuo. Depende de quanto você está comendo, do que está comendo e do que estaria comendo, se não estivesse comendo esse alimento”, pondera Reinagel. Ou seja, não precisa derreter manteiga dentro do seu café ou justificar um pedaço maior de torta só porque a massa é feita com manteiga, mas não há mal naquela porção pequena espalhada sobre uma espiga de milho ou em uma batata doce assada.
As diretrizes dietéticas do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos sugerem devemos consumir cerca de três vezes mais gordura insaturada do que a saturada. Como esse é um conceito meio difícil de visualizar em termos práticos para quem é leigo, Monica Reinagel descreve um cardápio diário e com o consumo ideal de gorduras.

“Eu começo o dia com um pouco de aveia ‘de um dia para o outro’ feita com iogurte de leite integral e frutas. A maior parte da gordura do iogurte é saturada”, exemplifica, citando um método de preparar a aveia em camadas, revezando com iogurte, frutas e outros itens. “Para o almoço, eu como uma salada grande com um ovo cozido e metade de um abacate, temperada com azeite e aceto balsâmico. Tem um pouco mais de gordura saturada no ovo, mas há principalmente gordura monoinsaturada no abacate e no molho. Durante a tarde, consumo um punhado de amêndoas para fazer um lanche – elas contêm um pouco de gordura saturada, mas são principalmente insaturadas”.

“Para o jantar, eu grelho um pedaço de salmão, refogo um pouco de espinafre em azeite e alho e acrescento abóbora assada. A maior parte da gordura no salmão e no azeite é insaturada, mas ambos contêm pequenas quantidades de gordura saturada. Mais tarde, faço uma pipoca sem óleo no microondas e rego com manteiga”, continua. “No total, são cerca de 60 gramas de gordura insaturada, 20 gramas de gordura saturada e um monte de nutrição deliciosa”.

Basicamente qualquer alimento pode ser consumido de uma maneira que não é saudável, e a manteiga não é exceção. Mas vale lembrar que equilíbrio, e não fórmulas milagrosas e pragmáticas, é a chave para uma dieta saudável. [Scientific American]


terça-feira, 16 de outubro de 2018

Dieta anti-inflamatória pode te ajudar a viver mais tempo, diz estudo


Segundo um estudo publicado no periódico “Journal of Internal Medicine”, aderir a uma dieta anti-inflamatória pode reduzir o risco de uma morte prematura, assim como câncer e doenças cardíacas. A pesquisa acompanhou 68 mil suíços, homens e mulheres entre 45 e 83 anos, por 16 anos.

Os participantes que seguiram com atenção uma dieta anti-inflamatória tiveram um risco 18% menor de mortalidade por todas as causas, um risco 20% menor de mortalidade cardiovascular e um risco 13% menor de mortalidade por câncer, quando comparado com aqueles que seguiram a dieta em menor grau. A dieta beneficiou especialmente a fumantes. Aqueles que seguiram a dieta com mais cuidado tinham 31% menos probabilidade de morrer (de qualquer causa), 36% menos probabilidade de morrer de doenças cardiovasculares e 22% menos riscos de morrer de câncer, em comparação aos fumantes que seguiram a dieta com menos atenção.

A dieta
O potencial anti-inflamatório da dieta foi estimado a partir do índice validado de dieta anti-inflamatória (AIDI), que inclui 11 potenciais alimentos anti-inflamatórios e cinco potenciais alimentos pró-inflamatórios.
A boa notícia é que não é tão difícil assim seguir uma dieta desse tipo. A lista de anti-inflamatórios consiste em frutas e legumes, chá, café, pão integral, cereais matinais, queijo com baixo teor de gordura, azeite e óleo de canola, nozes, chocolate e até mesmo quantidades moderadas de vinho tinto e cerveja.

Como a ciência evita que sua comida apodreça
Os alimentos pró-inflamatórios incluem carnes vermelhas não processadas e processadas, carnes de órgãos (como fígado e coração), batatas fritas (daquelas vendidas prontas para o consumo, do tipo salgadinho) e refrigerantes.
“Nossa análise dose-resposta mostrou que mesmo a adesão parcial à dieta anti-inflamatória pode trazer benefícios à saúde”, disse Kaluza ao portal Eurekalert.

Por que ela funciona?
A inflamação é a forma que o corpo tem de responder quando detecta algum invasor, como um micróbio ou alguma substância química estranha. “Sabe-se que frutas, vegetais, chá, café, vinho tinto, cerveja e chocolate são ricos em antioxidantes”, explicou a principal autora do estudo, Joanna Kaluza, professora da Universidade de Ciências da Vida de Varsóvia, na Polônia, ao jornal Metro.
“Pão integral, cereais matinais, vegetais e frutas frescas e secas são ricas em fibra dietética, e os óleos de oliva e canola são ricos em ácidos graxos monoinsaturados e poli-insaturados, que são potencialmente benéficos para a saúde devido às suas propriedades anti-inflamatórias”, acrescentou. [Eurekalert, Evening Standard]