segunda-feira, 27 de abril de 2020

Todas as maneiras de matar o coronavírus (até agora)


Cientistas de 74 países estão estudando os pontos fracos do Sars-Cov-2 para descobrir o quanto antes um tratamento eficiente ou desenvolver uma vacina contra a doença. Confira a ficha completa do atual Inimigo Número 1 da humanidade:

Eles têm “espinhos” que podem ser inutilizados
Cada Sars-Cov-2 tem a superfície repleta de “espinhos” ou “spikes”, que na realidade são proteínas que se conectam à parede celular do hospedeiro para introduzir o material genético viral e “sequestrar” as funções celulares para que mais vírus sejam produzidos.
Os vírus se unem à células chamadas humanas ACE2, que são prevalentes nos pulmões e no intestino delgado.
Uma forma de impedir essa conexão entre vírus e célula humana é atrapalhar o funcionamento dessas proteínas com a ação dos anticorpos.

Esses espinhos podem ser usados em vacinas
A solução mais garantida para a humanidade contra esse vírus é o desenvolvimento de uma vacina, para que as populações tenham contato com ele de maneira segura e controlada e possam produzir anticorpos.
Existem dois tipos de vacina: com vírus vivos atenuados e com vírus mortos ou com pedaços dele. O primeiro é contraindicado para pessoas com baixa imunidade, pois há maior risco de causar efeitos adversos. Já a segunda é segura para todos, porém normalmente é necessário fazer várias aplicações para se obter uma resposta duradoura.

Eles são atacados por anticorpos de doadores
Pessoas com idade entre 18 e 69 anos, que pesam mais de 50kg e que tiveram coronavírus e já se recuperaram há pelo menos 14 dias podem doar plasma para pacientes com formas graves da Covid-19. Os anticorpos do doador atacam os vírus no corpo de quem recebe a transfusão.

Eles podem ser enganados
Pesquisas também estão tentando criar moléculas sintéticas que parecem com o ACE2, para enganar o vírus e fazer com que ele grude nessas “iscas” ao invés de se conectar com as células humanas.

Eles são frágeis
Todos os vírus têm uma camada de proteína para proteger sua preciosa carga genética. O coronavírus tem também uma camada extra de moléculas de lipídios. Como o sabonete quebra gordura, esse envelope viral é quebrado e o organismo é destruído. O álcool 70% também tem este feito, mas se a sua mão estiver visualmente suja você deve lavá-la com água e sabão.

Eles podem ser sensíveis a mudança de PH
Você já ouviu falar muito na cloroquina, mas você conhece o mecanismo de ação do medicamento? Ele altera o pH das células humanas, deixando-as mais básicas e menos hospitaleiras para alguns tipos de vírus. Ele também pode reduzir a inflamação de pulmão que mata pacientes com casos mais graves de Covid-19.
O grande problema da cloroquina é que há efeitos colaterais importantes na visão, coração e no fígado, por isso ainda não se sabe com certeza se ele ajuda pacientes da Covid-19 ou se atrapalha. É importante lembrar que você nunca deve se automedicar, especialmente com cloroquina, já que uma dose pequena do medicamento pode ser fatal. [Hemocentro RP, American Chemical Society, OMS, Fundação Oswaldo Cruz,  Wired]


5 motivos para ficar em casa na quarentena:



1 - Não tem Vacina

2 - Não tem remédio seguro para curar o Coronavírus

3 - Não tem vaga em UTI 

4 - Não tem respirador para todos

5 - Não tem teste suficiente de Covid-19


Essa é a realidade do meu, do seu país!

domingo, 26 de abril de 2020

Não é só tosse: 8 sintomas menos conhecidos de coronavírus


Veja quais são as reações menos comuns causadas pelo novo coronavírus

A pandemia provocada pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2) exige atenção das pessoas especialmente para quadros gripais, como explica a infectologista Anelise Pezzi Alves. As manifestações mais comuns da doença são as respiratórias, como tosse e falta de ar, acompanhados de febre e bastante cansaço.

Segundo o infectologista Júlio Henrique Onita, uma pequena parcela dos pacientes (em torno de 5%) responde pela forma mais severa do quadro, em que há a necessidade de um suporte de UTI com intubação e auxílio de ventiladores. A maior parte dos infectados tem a forma leve ou moderada, não havendo a necessidade de irem para a unidade de terapia intensiva.

De fato, esses sintomas podem ter intensidade maior ou menor - o que leva a pessoa a uma condição mais ou menos grave. No entanto, existem outros indicativos que podem apontar para uma infecção de COVID-19. Conheça os sintomas menos conhecidos do novo coronavírus que já foram identificados por especialistas:

Sintomas menos conhecidos de coronavírus

Dores musculares (mialgia)
A mialgia (nome técnico para as dores musculares) também pode ser um sinal que aponta para a COVID-19, principalmente quando acompanhada de outros sintomas gripais, de acordo com Júlio Henrique Onita. Segundo um estudo publicado na revista Science Direct, 77 pacientes de um grupo de 278 foram identificados com mialgia.

Dores de cabeça
Um artigo publicado na revista científica The Lancet analisou 38 pacientes diagnosticados com COVID-19. Entre eles, 3 pessoas apresentaram dores de cabeça como sintoma clínico da doença. Outro estudo de casos na China também mostrou que 20 de 278 pacientes sofreram de dores de cabeça junto com tosse e febre.

Diarréia, náusea e vômito
Diarréia, vômito e náusea também aparentam ser indicativos do novo coronavírus. Um artigo publicado na revista JAMA Network apontou que 13 entre 138 pacientes analisados apresentaram os três sintomas entre um ou dois dias antes do aparecimento de sinais como falta de ar (dispneia) e febre, que são os principais sintomas da COVID-19.
De acordo com uma análise publicada na Wiley Online Library, o receptor viral do coronavírus foi encontrado nas células epiteliais do sistema gastrointestinal dos pacientes. Isso sugere que o SARS-CoV-2 possa efetivamente infectar e se replicar no trato gastrointestinal do indivíduo.

Conjuntivite e secreção ocular
De acordo com um alerta da Academia Americana de Oftalmologia, conjuntivite é potencialmente um sintoma de coronavírus, apesar de raro. Um dos pacientes analisados estava com a condição e apresentou resultado positivo para SARS-CoV-2 na secreção ocular, sugerindo que o vírus seja capaz de infectar os olhos.
Outro estudo, publicado no periódico científico Journal of Virology, analisou outros 30 pacientes. Todos eles apresentavam algum sintoma ocular, incluindo secreção nos olhos, enquanto a conjuntivite foi observada em apenas um caso.

Perda de olfato e paladar
Segundo o Ministério de Saúde da França, a perda de olfato e paladar pode ser mais um indício de coronavírus. Isso por conta de uma irritação provocada no nervo olfatório, que leva os cheiros até o cérebro, causando o quadro conhecido como anosmia.
De acordo com o diretor geral do órgão, todos os casos de anosmáticos isolados e sem causa local ou inflamação tiveram resultado positivo para o novo coronavírus, embora nem todos os pacientes de COVID-19 apresentem esse sintoma.


sábado, 25 de abril de 2020

Quanto exercício é necessário para queimar as calorias de cada alimento


Pesquisa propõe incluir no rótulo de diferentes produtos o tempo necessário de atividade física para compensar as calorias dos produtos

Omundo não para de engordar. Para estimular as pessoas a realizarem melhores escolhas alimentares, a professora de medicina comportamental Amanda Daley, da Universidade Loughborough, na Inglaterra, sugere informar no rótulo o tempo de caminhada e o de corrida exigidos para torrar as calorias que cada comida ou bebida oferece.

É que, ao rever diversos estudos, ela descobriu que a estratégia pode frear abusos. Além disso, outra investigação conduzida por ela já havia apontado que o método previne o ganho de peso.

Afinal, ao saber quantos minutos de exercícios equivalem a determinado produto, muitas vezes a pessoa conclui que se entregar à tentação não compensa. “Acho que é algo que devemos considerar para tentar mudar os comportamentos alimentares”, sugere Amanda.


 (Ilustração: Eduardo Pignata/SAÚDE é Vital)


sexta-feira, 24 de abril de 2020

36 modalidades esportivas que mais queimam calorias em uma hora


Exercícios que mais consomem calorias - na maioria das vezes - são os mais eficazes para que os números na balança comecem a declinar

Colocar o corpo para se movimentar e seguir à risca uma dieta equilibrada são estratégias quase infalíveis para a perda de peso.

É verdade também que exercícios que mais consomem calorias – na maioria das vezes – são os mais eficazes para que os números na balança comecem a declinar rapidamente.

Com base em um estudo publicado pelo National Institutes of Health, a Mayo Clinic, organização americana de serviços e pesquisas médico-hospitalares, listou as modalidades esportivas que mais queimam calorias em apenas uma hora.

As calorias estão divididas por três faixas de peso e o ritmo que é praticado a atividade física também foi levado em consideração . Confira a seguir:

Modalidades esportivas
Peso da pessoa e calorias queimadas em 1 hora          Até 73 quilos            Até 91 quilos  Até 109 quilos
Atividade aeróbica (alto impacto)     861      1.074   1.286
Atividade aeróbica (baixo impacto)  861      1.074   1.286
Atividade aeróbica na água   752      937      1.123
Trilha   715      892      1.068
Basquete         657      819      981
Bicicleta (ritmo lento)            606      755      905
Boliche           584      728      872
Canoagem       584      728      872
Dança de salão           584      728      872
Aparelho elíptico (esforço moderado)           548      683      818
Futebol           533      664      796
Golfe   511      637      763
Mochilão         511      637      763
Patinação no gelo       511      637      763
Raquetebol     496      619      741
Levantamento de peso           438      546      654
Patinação        438      546      654
Pular corda     438      546      654
Remo (aparelho)         423      528      632
Corrida (ritmo moderado)      402      501      600
Corrida (ritmo rápido)            365      455      545
Esqui   365      455      545
Esqui em decida         365      455      545
Esqui na água 365      455      545
Softbol ou basebol     314      391      469
Subir escadas  314      391      469
Natação (ritmo lento) 314      391      469
Natação (ritmo rápido)           292      364      436
Taekwondo     292      364      436
Tai Chi            292      364      436
Tênis   256      319      382
Vôlei   219      273      327
Caminhando (ritmo lento)      219      273      327
Caminhada (ritmo rápido)      219      273      327
Ioga     204      255      305
Power Ioga     183      228      273


quinta-feira, 23 de abril de 2020

Os benefícios da pimenta para o coração


Além de colorir, perfumar e encher os pratos de sabor, a especiaria mais ardida e popular do planeta nos protege de doenças cardiovasculares

No tabuleiro da baiana tem. Na cozinha mexicana também. E até em centro de pesquisa italiano ela dá o ar de sua picância. Estrela na culinária internacional, a pimenta protagonizou um dos mais badalados estudos recém-publicados no universo da nutrição. Ele foi tocado no Instituto Neurológico Mediterrâneo Neuromed, em Pozzilli, e traz mais motivos para esquentar o cardápio do dia a dia. Depois de esmiuçar dados de mais de 22 mil pessoas por cerca de oito anos, os cientistas notaram uma associação entre a especiaria e a proteção contra males como o infarto.

Segundo a líder do trabalho, Marialaura Bonaccio, o consumo frequente pode reduzir o risco de morte por problema cardiovascular em 34%. Embora dois grandes estudos anteriores — um com a população chinesa e outro realizado com americanos — já tenham apontado a relação protetora, ainda se debate o que o alimento teria de tão especial para o coração.

Grande fã de macarrão apimentado com vegetais, Marialaura argumenta que “mais pesquisas são necessárias para explicar o que está por trás dos benefícios”.

Outra apreciadora, a nutricionista Marina Sallum, expert em vegetarianismo da RG Nutri, na capital paulista, conta que a literatura científica dá pistas vindas de experimentos em células e cobaias. “Há indícios de que a pimenta favorece o equilíbrio dos níveis de colesterol no sangue, a vasodilatação e o controle da pressão arterial”, diz.

A lista de benesses ao peito não ficaria por aí. “O alimento tem ação anti-inflamatória”, destaca a nutricionista Renata Alves, do Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia, em São Paulo. Daí que, entre outras coisas, resguarda o tapete celular que recobre o interior das artérias. Com isso, elas ficam mais blindadas contra lesões e placas de gordura.

Um mix de antioxidantes torna a especiaria tão poderosa. “Compostos bioativos, como carotenoides e polifenóis, especialmente flavonoides, atuam em sinergia”, conta a nutricionista Gabriela Barbosa, da Universidade Federal de Minas Gerais.

Capsaicina, o segredo ardido da pimenta
Grande parte de seus talentos, entretanto, recai sobre um ingrediente exclusivo desses vegetais: a capsaicina. A substância é, inclusive, a responsável pelo ardor. Não à toa o nome de batismo, Capsicium, serve para o gênero que contempla malagueta, dedo-de-moça, jalapeño, além das pimentas-de-cheiro e dos pimentões.
Na natureza, o composto já exerce seu papel defensivo. A ardência afasta predadores dos frutos, caso de alguns mamíferos. As aves, por sua vez, são imunes.
“O colorido das pimentas Capsicum silvestres atrai pássaros que, ao comerem os frutos inteiros, contribuem para a dispersão das sementes e a preservação do vegetal”, explica a engenheira-agrônoma Cláudia Ribeiro, da Embrapa Hortaliças, em Brasília. Assim como a passarinhada, o bicho-homem se apaixonou e carregou o alimento para todos os cantos do planeta.
A verdade é que a capsaicina estimula efeitos irritantes e prazerosos quase ao mesmo tempo. Quando entra em contato com as mucosas da boca, do nariz e da garganta, ela desencadeia um sinal de dor. Então, de célula em célula, a mensagem chega ao cérebro, que reage produzindo endorfinas — substâncias relacionadas ao alívio e ao bem-estar.
A quantidade de moléculas capsaicinoides encontradas nos frutos é bem variada. Fatores como a constituição genética da pimenteira e até mesmo as condições de cultivo, a temperatura e a umidade durante o crescimento dessas plantas interferem na concentração, nas sensações provocadas e, inclusive, nos apregoados benefícios à saúde.
Portanto, se a capsaicina é o maior tesouro da pimenta, vale parafrasear o filme estrelado por Marilyn Monroe e Tony Curtis: quanto mais quente, melhor.

Família picante
Relatos apontam a região que inclui a bacia do Lago Titicaca, entre Peru e Bolívia, como centro de origem das pimentas. Os frutos do gênero Capsicum (são cerca de 30 espécies) só foram encontrados por Cristóvão Colombo em sua segunda viagem à América, no século 15, e, a partir daí, conquistaram o mundo.
O grupo exibe vários formatos, tamanhos, cores e graus de picância. Entre as fortes, estão malagueta, fidalga e habanero. Já a biquinho, a murupi e a dedo-de-moça figuram como mais suaves.
Pimentas-do-reino vêm de outra família. Inclusive, não contêm a aclamada capsaicina. Nossa pimenta-rosa também faz parte de um clã diferente.
O antropólogo e historiador Luís da Câmara Cascudo (1898-1986) se desdobra em elogios ao mais pungente dos vegetais: “… a pimentinha, companheira sem rival, transformando o peixe cozido em obra-prima, ressaltando os valores sápidos de todas as iguarias…”.
Nada mais justo. Afinal, malagueta e companhia oferecem uma mistura ímpar de compostos e realçam as preparações como ninguém. Enfeitam qualquer prato. Sem contar que a pimenteira, reza a sabedoria popular, espanta até mau-olhado.
A chef de cozinha baiana Tereza Paim, do restaurante Casa de Tereza, em Salvador, usa desde menina. Ela apanhava os frutos frescos plantados no quintal e amassava na hora das refeições.
Em sua cozinha, as espécies doces e aromáticas têm grande espaço, mas há tipos ardidos também. Fica a gosto do freguês. “Alguns têm maior resistência, outros não. Por isso, os molhos são servidos em potes separados”, relata.

As situações que pedem moderação
Quando o assunto é pimenta, há a turma de paladar menos sensível que pede mais e mais. Por outro lado, muitos fogem — e tem gente que deve mesmo passar longe.
“Não é indicada para indivíduos com alterações gastrointestinais, caso de gastrite, além de pessoas com doenças inflamatórias no intestino e hemorroidas”, avisa a nutricionista Andréa Esquivel, do Cedig — Centro de Medicina Avançada, em São Paulo. Não que a especiaria provoque todos esses males: ela só desencadeia sintomas em indivíduos que já apresentam tais distúrbios.
Para atenuar um pouco a picância, Andréa, que também é professora de culinária, recomenda retirar as sementes e a chamada placenta, aquela parte mais esbranquiçada. Ali se concentra a capsaicina. “O uso de luvas durante o manuseio é fundamental para evitar irritação”, ressalta.
Outro aviso importante para quem quer apimentar a rotina é não abusar. Excesso nunca é bem-vindo — até porque a vermelhinha vai roubar a cena e ofuscar outros ingredientes do cardápio.

Fonte: https://saude.abril.com.br/alimentacao/beneficios-pimenta-coracao/ - Por Regina Célia Pereira - Foto: Cappels/Getty Images

Higiene, mudanças na alimentação e mais: os novos hábitos que você precisa adotar com seu pet


Atividades rotineiras, como a caminhada higiênica, agora precisam ser mais curtas

Ficar uma semana na companhia do seu animal de estimação dentro de casa é uma delícia, mas depois de um mês vendo a cara do Totó de manhã à noite, a rotina pode ficar mais complicada. Por conta das recomendações de distanciamento social e orientações para prevenir o contágio pelo coronavírus, novos hábitos também precisam ser inseridos no dia a dia de quem tem pet em casa. Veja as principais recomendações:

Estabeleça uma nova rotina
Criar uma nova rotina com o mascote não precisa ser complicado. Isso fica por conta do retorno às atividades normais, momento em que seu pet vai ficar ressentido de perder o convívio estreito com a família. Mas naquela de resolver  “uma coisa de cada vez”, fazer do tempo algo agradável costuma ser tranquilo, uma vez que tutores e mascotes que se gostam costumam se dar muito bem quando juntos.

De repente, nós
Em tempos de distanciamento social, gatos costumam se dar melhor porque pouca coisa muda da rotina deles. Se querem ficar com seus tutores, ficam; se não querem, procuram seu próprio isolamento, e de preferência nas alturas. De certa forma, cães também podem assumir um comportamento semelhante, de se refugiar debaixo do sofá para dormir, por exemplo - ainda mais se, da noite para o dia, três crianças misteriosamente passam a ficar o dia inteiro em casa sem receber visitas.
Mas a grande diferença entre cães e gatos costuma ser o “banheiro”. Enquanto gatos seguem com suas “caixinhas”, alguns cães podem ter tido suas caminhadas higiênicas interrompidas, o que pode causar sério desconforto.    

Faça caminhadas curtas
Cachorros acostumados com o passeio higiênico, aquele para fazer xixi e cocô, podem ficar ressentidos - e até com a síndrome da bexiga presa - se pararem repentinamente de sair no horário habitual.
Podendo manter o costume, vá firme. Essas saídas fazem bem para vocês dois, mas não esqueça dos novos cuidados acerca da aglomeração. Assim que seu pet fizer o que precisa, recolhas as fezes do animal e volte para casa. Às vezes, um cachorro não se acostuma rápido em fazer suas necessidades no jornal e retém a urina. Não negligencie esse fato, pois isso pode causar cistite.

Cuidado com os pelos das patas
Por enquanto, a recomendação aos tutores cujos pets precisam sair é lavar bem as patinhas antes de ele entrar em casa. Por conta disso, diminuir a quantidade de pelos ao redor das patas (incluindo os pelinhos que ficam entre os dedos e a almofadinha plantar) facilita sua vida e contribui para uma secagem rápida do local.

Lenços umedecidos com sabão podem fazer o serviço, mas eu prefiro uma bacia pequena com uma lâmina fina de água com sabão, local em que mergulho as patinhas para depois secar com papel toalha, inclusive entre os dedos. Depois, uso um pano seco específico para esta finalidade e o lavo separadamente.  É importante deixar bem seco porque patas úmidas podem trazer desequilíbrios na pele do seu pet.

Álcool para higienizar o pet?
Alguns tutores apelam para o álcool na hora da limpeza, mas o melhor ainda é lavar as patinhas com água e sabão. Em último caso, você pode recorrer ao álcool 70%, mas esse produto costuma ressecar as patinhas do seu pet se for de uso contínuo.

Xô, parasitas
Já acabou com as pulgas e os carrapatos? Aproveite e peça online mesmo produtos de uso oral ou tópicos para acabar de vez com o parasita.

Hora da escovação
Para quem não era muito adepto de escovar o pet, vale lembrar: agora, é questão de saúde  escovar o pelo do seu mascote. A atividade é importante pois remove pelos soltos e evita a formação dos nós - problema que pode resultar em fungos, no pior dos casos, ou verdadeiros tufos que só sairão mediante tosa bem baixinha.
A escovação diária, mesmo para os animais de pelo curto, é o suficiente para tirar o sebo em excesso ou sujeiras presas no pelo. Para animais mais peludos, como o Golden e o Collie, o talco, aliado à escovação, ajuda a manter o pet limpo.

Olho no prato
Se você já percebeu alguns centímetros a mais na sua cintura durante a quarentena, talvez seu mascote também tenha aumento de peso. De repente, cães que tinham uma rotina de exercícios tiveram a caminhada reduzida, e o horário certinho para comer acabou sendo estendido. Talvez seja hora de rever a quantidade de comida que você põe no prato do seu mascote - e isso vale também para gatos. Vale lembrar: petiscos podem estar sendo os responsáveis pelo peso extra.

Pet com ansiedade? Sim!
Se o seu animal de estimação anda meio triste pelos cantos ou se mostra ansioso demais, o foco desse comportamento pode estar sendo você.  Cães e gatos são verdadeiras esponjas e absorvem tudo o que vem da cabeça dos tutores: as sutis mudanças que o mau humor causa numa pessoa não passam desapercebidas pelos animais.
O distanciamento social está afetando sua ansiedade? Ficar em um apartamento pequeno não está sendo fácil? E você sente falta da rotina? Não tenha dúvida de que o pet sofre com sua tristeza. Converse com alguém sobre seus sentimentos. Da mesma forma,  procure acariciar seu cachorro e usar uma voz calma e tranquila quando estiver ao lado dele, isso pode ajudar.

Brincadeiras a mil
Para finalizar, a limonada que se pode fazer desse limão que é o período em casa é brincar com seu pet. Faças as coisas de que ele gosta. Coce a orelha dele, faça carinho no seu lombo, use o afeto que o cão tem para com seus tutores a seu favor. Afinal, não é por acaso que procuramos a alegre companhia dos animais em tempos de cólera, ou de coronavírus, seja lá o que esteja nos incomodando.
Aceite o sutil convite de seu mascote para descer do pedestal do Homo sapiens, e se permita momentos de alegria, higiene mental e descontração. Doses diárias de carinho podem fazer muita diferença para enfrentar esse período. 


quarta-feira, 22 de abril de 2020

Por que homens são mais afetados pelo coronavírus?


Especialista discute por que homens acima de 60 anos são hoje o principal grupo de risco para complicações graves da Covid-19

A pandemia do novo coronavírus vem gerando grande impacto na qualidade e na expectativa de vida da população, sobretudo entre homens a partir dos 60 anos. Existem indícios de que eles correm maior risco de enfrentar sintomas graves e morte em relação às mulheres.

No Brasil, o Ministério da Saúde divulgou dados sobre óbitos pela Covid-19 no final de março e mostrou que 68% das vítimas eram do sexo masculino e 32% do feminino. Na Itália, relatório retrospectivo sobre as pessoas afetadas pela doença demonstrou que os pacientes na UTI eram, em sua maioria, homens (82%) com idade mediana de 63 anos. Boa parte também tinha problemas cardiovasculares ou respiratórios prévios.

Uma pesquisa realizada pela Universidade Estadual Paulista (Unesp), em Botucatu, e financiada pela Fapesp, descobriu que, em homens com mais de 60 anos, a expressão de um gene chamado TRIB3 está diminuída em certas células do pulmão, alvos preferenciais do vírus Sars-CoV-2.

Os cientistas notaram que a expressão desse gene reduz progressivamente com o envelhecimento. Homens sexagenários em diante são os mais propensos a desenvolver pneumonia e insuficiência respiratória quando infectados pelo novo coronavírus, possivelmente devido à diminuição na expressão de genes que regulam a função de um fluido que naturalmente protege os pulmões.

O estudo sugere, assim, que medicamentos capazes de estimular a expressão do gene TRIB3 devem ser avaliados como uma possível terapia contra a doença.

Iniciativas de alto nível como essa precisam ser consideradas prioritárias, pois falamos de um problema potencialmente grave e bastante impactante no sistema de saúde. Esse é o momento de se buscar investimento público e privado e colaboração de todos os atores envolvidos em busca de uma solução rápida e efetiva.

Sabemos que adoecer é um sinal de fragilidade e que muitos homens ainda se julgam seres invulneráveis, o que contribui para que eles se cuidem menos e se coloquem mais em situações de risco.

Embora estejamos atravessando a pandemia, é importante ressaltar, ainda, que não podemos nos esquecer de outros problemas de saúde e, no âmbito da urologia, destaco as doenças da próstata — especialmente o câncer, o mais comum na população masculina brasileira. Eis uma questão delicada a ser encarada neste momento.

Se o paciente não necessita de cuidados emergenciais, a cirurgia não está indicada agora, pois o indivíduo pode estar em período de incubação do vírus no momento da abordagem cirúrgica, o que aumenta o risco de desfechos negativos. Pesquisadores chineses demonstraram, após analisar 2 007 pacientes hospitalizados por Covid-19, que aqueles com histórico de câncer apresentavam maior incidência de eventos graves, como morte ou admissão na UTI.

Em outro estudo, os cientistas revisaram dados de 1 524 pacientes com câncer em Wuhan (China) e, comparando com a população em geral, constataram que as pessoas com a doença tinham um risco duas vezes maior de sofrer com a Covid-19. Dessa forma, a presença do câncer e a internação hospitalar contribuíram para o maior risco de ter a infecção e piores resultados.

A ciência e a prudência recomendam que os homens acima de 60 anos, a principal faixa de risco para o câncer de próstata, não negligenciem a saúde e o perigo do coronavírus.

Fonte: https://saude.abril.com.br/blog/com-a-palavra/homens-afetados-pelo-coronavirus/ - Por Dr. Fernando Nestor Facio Junior, urologista - Foto: Omar Paixão/SAÚDE é Vital

terça-feira, 21 de abril de 2020

O que fazer durante a quarentena para não perder o ânimo


Em tempos de isolamento social, é importante cuidar dos hábitos diários para afastar o tédio e preservar sua saúde mental

Cinemas e teatros interditados, bares e restaurantes fechados, ruas desertas e muita gente trabalhando longe do escritório, em home office. Quando uma quarentena é declarada, a forma como interagimos com o mundo muda efetivamente.

Não é de se espantar que as pessoas percam um pouco do ritmo habitual de suas vidas. Com isso em mente, reunimos dicas de uma psicóloga sobre o que fazer durante o isolamento social para se manter ativo e longe do tédio ao longo desse período. Confira:

1 - Desenvolva uma rotina
A falta de hábitos estabelecidos pode fazer com que você se perca um pouco. A psicóloga Isabelle Tortorella indica que é importante criar e seguir uma rotina para o desenvolvimento de um equilíbrio emocional e mais vigor nas atividades diárias. "Isso envolve ter um horário para dormir, acordar e fazer as refeições", explica.

2 - Mantenha os mesmos horários
Outro conselho é tentar manter uma agenda e horários próximos aos que se seguia habitualmente. Caso a pessoa não faça isso, é provável que acabe tendo uma rotina "desprendida" do que costumava levar. Ainda que seja um contexto atípico, é indispensável tratar a quarentena como uma mudança no modo de vida, e não um intervalo nela.

3 - Pratique atividades físicas (prazerosas a você!)
Manter a mente ativa e exercitada nem sempre é uma tarefa fácil em casa. Uma forma de conseguir permanecer animado durante a quarentena é praticando exercícios físicos, já que eles estimulam a liberação de endorfinas, os chamados "hormônios do bem-estar".
Optando por fazer alguma atividade prazerosa, adaptada à sua própria realidade, é possível não só evitar dores que desanimam, como também ter uma dose extra de alegria e disposição. "Existem profissionais conceituados oferecendo aulas gratuitas de yoga, meditação e dança, por exemplo", indica Isabelle.

4 - Evite o excesso de informação
Quando as pessoas passam mais tempo em casa, é normal que o fluxo de informações seja excessivo. Os indivíduos gastam mais tempo online, o que faz com que sejam bombardeados de conteúdos e fatos novos.
Numa quarentena, principalmente, isso pode ser agravado, já que as notícias relacionadas à situação que alterou o cotidiano costumam aparecer a todo momento. Por isso, a psicóloga Isabelle recomenda evitar o excesso de informação, seja por televisão ou celular. De acordo com a especialista, isso pode trazer mais preocupação e desencadear condições como estresse e ansiedade em algumas pessoas.

5 - Evite assistir o que te causa ansiedade e estresse
É comum que as pessoas recorram a filmes e séries como forma de se distraírem, só que nem tudo o que está à disposição pode fazer bem. "Evite assistir a filmes que causem ansiedade ou estresse", destaca, uma vez que podem dificultar não só a concentração, como também a calma.
Um exemplo disso seria os filmes possivelmente relacionados àquilo que provocou um modelo atípico de vivência, como longa-metragens cuja trama esteja relacionada a epidemias ou ao isolamento social de alguma maneira, causando pânico.

6 - Mantenha contato com quem você ama
A proximidade com aqueles que você ama é vital para a manutenção da estabilidade emocional. Embora a presença física não seja possível durante a quarentena e isolamento social, ainda podemos nos fazer presentes de alguma forma. Recorra aos aplicativos e chamadas de vídeo. Isso tem grandes impactos na sua saúde mental e disposição.

7 - Faça cursos ou retome projetos pessoais
Quem está passando mais tempo em casa, pode aproveitar o momento para dar início àquele projeto que estava para começar ou retomar algo que foi deixado de lado. Talvez até mesmo se ocupar com algum curso que quisesse fazer há algum tempo. É uma boa forma de ocupar a mente durante a quarentena, de acordo com a psicóloga.

8 - ... ou faça o contrário disso
Isabelle explica que aproveitar esse período também para dar fim a projetos que já não fazem mais sentido para você também pode ser benéfico. Tome seu tempo, relaxe e tente evitar aquilo que já não te faz mais bem.


segunda-feira, 20 de abril de 2020

Quer dormir melhor? Veja como mudanças na alimentação podem ajudar


Falta de rotina para se alimentar e refeições pesadas contribuem para um sono mais agitado

Evite eletrônicos (vídeo game, celular, computador, televisão) pelo menos uma hora antes de dormir

Muita gente já está completando um mês de distanciamento social em casa. O novo estilo de vida trouxe, para muitos, uma série de dificuldades de organização no dia a dia: dormir mais tarde, comer sem horários definidos, falta de planejamento da alimentação, ficar assistindo à televisão até mais tarde, não conseguir praticar exercício físico como antes... Como consequência quase direta desta falta de rotina está o aumento de problemas com o sono.

Insônia, acordar várias vezes durante a noite, muita sonolência de dia e a necessidade de vários cochilos são algumas das queixas que pacientes vêm trazendo ao consultório (virtual!) nesta época. Sim: você sabia que a alimentação pode influenciar na qualidade do seu sono?

Se você se identificou com algumas das questões, veja  dicas para se alimentar respeitando os ritmos naturais do  corpo - e, claro, para melhorar sua qualidade de vida.

Não pule o café da manhã
Comer de manhã “avisa” seu corpo que o dia começou e garante a regulação adequada de hormônios - entre eles, o cortisol, o hormônio do estresse. Quando você não se alimenta bem pela manhã, aumenta o tempo que o cortisol atua no corpo e atrasa a liberação de melatonina à noite, o hormônio que ajuda a induzir o sono na hora de dormir.

Aposte em um jantar leve
Para a última refeição do dia, reserve um prato leve, com muitos legumes, alguma fonte proteica (vegetal ou animal) e, talvez, uma fruta, se você quiser. À noite, nosso corpo não está mais em condições adequadas para fazer a digestão de refeições “pesadas” com gorduras e proteínas em excesso.
Além de pratos mais leves, atenção também à quantidade: coma mais no início do dia e vá diminuindo o volume das suas refeições até a noite.

Jante cedo - e evite comer depois
Jante pelo menos duas horas antes de dormir e garanta que você vai estar pronta para dormir pelas 22h. Então, o mais adequado seria jantar pelas 20h e não comer mais nada até ir para a cama.
Caso você sinta fome, tente entender se não é ansiedade ou tédio. Beba água ou uma infusão de ervas tranquilizantes, como camomila, erva-cidreira ou hortelã. Se você tiver fome todos os dias depois do jantar, provavelmente suas refeições anteriores não estão adequadas em nutrientes.

Evite cafeína oito horas antes de dormir
Caso se programe para dormir às 22h, o ideal é parar de consumir fontes de cafeína (café preto, chás, chimarrão) pelas 14h.

Dê preferência aos alimentos que estimulam o sono
Na hora de escolher os alimentos do seu jantar, priorize os que ajudam a estimular o sono: banana, amêndoas, aveia, semente de girassol, lentilha e pistache.

Faça um lanche com proteína e gordura
Na hora do lanche da tarde, priorize uma refeição que contenha fontes de proteína (vegetal ou animal) e gordura. Isso garante que você não vai chegar na hora do jantar com muita fome..

Beba água
Mantenha-se bem hidratada ao longo do dia.
Além da alimentação, outros hábitos são importantes, como respeitar os horários de dormir e acordar diariamente (mesmo aos finais de semana), evitar fazer cochilos ao longo do dia, manter uma rotina de atividades físicas, evitar eletrônicos (videogame, celular, computador, televisão) pelo menos uma hora antes de dormir e não colocar a opção soneca no despertador do celular.
Sei que muitos hábitos podem ser difíceis de você colocar na sua rotina. Mas reflita sobre o quanto as noites mal dormidas estão atrapalhando a sua vida. Talvez seja uma boa hora para adotar hábitos mais saudáveis.