sexta-feira, 29 de maio de 2020

Exercícios e imunidade: qual a relação?


Entenda como a atividade física pode ajudá-lo a ter um sistema imunológico mais forte, minimizando os riscos de doenças como Covid-19 e reduzindo suas consequências.

Quantas vezes, ao consultar um médico, você já não saiu com a prescrição de “faça exercícios”? Pois é: atividade física sempre foi um ótimo “remédio”. Não só para a prevenção e combate a doenças – problemas cardiovasculares, hipertensão, diabetes, câncer, depressão – como para o ganho de qualidade de vida de forma geral. E, se você segue a recomendação e adotou como estilo de vida, digamos que também tenha tomado uma espécie de “vacina”. Isso porque a atividade física fortalece o sistema imunológico – o que é uma ótima notícia em tempos de pandemia da Covid-19.

“Vários trabalhos se aprofundam na relação entre exercício e sistema imunológico. E cada vez mais se comprova que a prática regular, em intensidade moderada, reduz a frequência e a incidência de infecções”, diz o biólogo André Luis Lacerda Bachi, pesquisador e docente do programa de pós-graduação da Universidade Santo Amaro (Unisa) e professor visitante na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Estudos preliminares também sugerem que a pessoa que mantinha um nível razoável de atividade antes da pandemia, tende a ter menores complicações, mesmo que venha a contrair o vírus. “Não é que não vá pegar a doença. Mas as complicações tendem a ser menores. Isso porque o novo coronavírus ataca o sistema respiratório e, quem tem esse sistema funcionando bem, graças ao bom condicionamento físico desenvolvido ao longo do tempo, talvez não sofra tanto”, explica Rafa Lund, personal trainer do Rio de Janeiro, criador do Método Lund e treinador de atrizes como Deborah Secco e Flávia Alessandra.

“Em se tratando de Covid-19 há muito o que se aprender ainda. Porém, se sua capacidade pulmonar estiver perfeita, suas chances tendem a ser melhores do que quem não a tem”, reforça Suzete Motta, médica e triatleta, nutróloga especializada em nutrição esportiva e performance pela Associação Brasileira de Nutrologia (Abran).

Como a imunidade é fortalecida
Quando a gente começa a se exercitar, a circulação sanguínea logo sente o efeito, sendo que a primeira reação é potencializar a entrega de suprimentos (entre oxigênio e nutrientes) para todas as partes do corpo. “Acontece ainda o aumento dos linfócitos (responsáveis pela resposta imune e pela defesa do corpo) e também das células ‘natural killers’, que combatem células tumorais e vírus”, diz a médica. Ou seja, com a prática esportiva regular, as células de defesa caçam e destroem os inimigos com maior facilidade. Por fim, suar a camisa ajuda a melhorar a comunicação entre os diversos setores do sistema imunológico, tornando-o mais eficiente.
 “Em nossas pesquisas, comparando praticantes de atividades físicas com não praticantes, notamos significativa redução de problemas respiratórios no grupo mais ativo. E vemos que o exercício tem a capacidade de potencializar respostas imunológicas já na mucosa respiratória, porque produz anticorpos na primeira linha de defesa. Então, se eu melhoro a segurança na porta de entrada, dificulto que o inimigo avance e faça maiores estragos”, explica o biólogo Luis Bachi.
Outro fator importante é que o exercício – com sua liberação de endorfinas – diminui o estresse, o que ajuda muito nesta fase de incertezas que passamos. “Acredito que quanto mais fortes somos física e emocionalmente, maiores nossas chances de vencer a guerra”, aponta Suzete.

Quando começa a fazer efeito
Como tudo na vida, a boa imunidade não surge da noite para o dia. “Não é fazer exercício um dia que já melhorou tudo”, alerta Lund. O professor Bachi explica: “O exercício é um agente estressor, que leva o corpo a sair da zona de conforto, reagir e gerar uma adaptação ao estresse. Uma sessão faz bem para aquele momento, traz uma resposta imediata. Com a regularidade, o organismo vai criando uma adaptação que é mantida por mais tempo.”
Depois de dois ou três meses, quem saiu do zero já pode sentir melhora na imunidade. E mesmo quem nunca fez atividade física ou estava sedentário antes da pandemia, pode começar agora. Sempre é tempo.

Exercícios e imunidade: dose certa
A diferença entre o remédio e o veneno é justamente a dose. “A atividade física deve ser feita frequentemente e com intensidade moderada. Se for de alta intensidade, não deve ser prolongada e requer um tempo maior de descanso depois”, recomenta Bachi. A orientação da Organização Mundial da Saúde (OMS) é atividade física leve a moderada com duração de 30 minutos por dia ou 150 minutos por semana ou 75 minutos semanais de maior intensidade.
Vale lembrar que a intensidade do treino não está relacionada exclusivamente ao tempo, mas ao esforço que se faz – ao quanto você gasta de energia e exige do seu corpo. “Vai além de tempo e de uma atividade em si. Uma pessoa com sobrepeso, por exemplo, se fizer 20 agachamentos talvez tenha uma demanda muscular muito grande. Para um sedentário, um treino muito intenso pode significar 10 ou 15 minutos; para um atleta isso pode ser apenas o aquecimento”, alerta Lund.
É preciso cuidado porque passar do ponto pode justamente prejudicar a imunidade. “Trabalhos mostram que o exercício de maneira prolongada e extenuante pode ter efeito contrário, aumentando as chances de sintomas de infecções das vias aéreas superiores”, diz o biólogo.

Exercícios e imunidade: quais fazer
O personal Rafa Lund explica que não existe uma “planilha de exercícios bons”. “Eu diria que reforçar o sistema cardiorrespiratório parece ser uma boa estratégia”. Entre os exercícios que trabalham a capacidade cardiorrespiratória e pulmonar estão os aeróbios, como corrida, bike, hiit.
Vale apostar ainda no treino de força, como a musculação, para controle e prevenção de doenças inflamatórias – a Covid-19 é uma doença também caracterizada por muita inflamação. “Se você tem uma boa estrutura para reduzir a inflamação – e o treino de força faz isso – pode ser interessante”.
A real é que todo mundo deve se manter ativo, se possível combinando as duas formas de atividades. Quem está habituado pode seguir fazendo (muitas vezes com adaptações); quem está sedentário, pode aproveitar a oportunidade para começar. “Talvez a lição mais importante seja que devemos cuidar de nossa saúde e que a prevenção de infecções por meio de um sistema imunológico saudável é, não muito diferente das doenças crônicas e do comprometimento físico, fortemente associada a um estilo de vida saudável”, resume o treinador.

Outros fatores para imunidade
As grandes referências em saúde (Ministério da Saúde, Organização Mundial de Saúde, Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos – CDC, New England Journal of Medicine, Nature, The Lancet), em suas orientações para o controle do novo coronavírus, apontam que além do exercício, a imunidade depende de boa alimentação e sono de qualidade. “Mais do que nunca você deve manter uma alimentação saudável e bem colorida e verificar suas necessidades de vitaminas e minerais – D (muito ligada hoje a imunidade), C, A, zinco, entre outros”, diz a nutróloga Suzete Motta. E não esqueça de relaxar e descansar. Nós vamos passar por tudo isso – e podemos sair mais fortes!


quinta-feira, 28 de maio de 2020

14 coisas para fazer se alguém que mora com você tiver Covid-19


Você precisará ajudar a pessoa, mas também não quer ficar doente ou transmitir o vírus a outros.

Quando o pior acontece

As máscaras e o distanciamento social estão ajudando a evitar um maior espalhamento da covid-19.

Mas o que fazer se todas as medidas de prevenção não forem suficientes e você tiver que conviver com alguém que pode ter contraído o novo coronavírus?

Se você mora com alguém que começa a apresentar sintomas e você acha que é covid-19, precisará ajudar essa pessoa, mas você também não quer ficar doente ou transmitir o vírus a outras pessoas.

Assim, a primeira coisa a fazer, mesmo que você não tenha certeza do diagnóstico, é assumir que a pessoa está com o vírus. Afinal, a falta de kits de teste significa que você talvez nunca venha a saber ao certo se seu familiar, companheiro ou colega de quarto tem coronavírus ou algo diferente.

Mas se eles estiverem com febre, com tosse seca ou se sentindo super cansados sem motivo aparente, é bem possível que sim. Alguns sintomas menos comuns, porém possíveis, incluem diarreia e a perda do olfato ou do paladar.

"Quando você estiver morando com alguém que pensa que possui a covid-19, deve apoiá-lo física e emocionalmente, evitando, ao mesmo tempo, se aproximar, tocá-lo ou tocar em algo que tocou que ainda não foi limpo," orienta a Dra Tammy Chang, professora de Medicina da Família na Universidade de Michigan (EUA). "E não se esqueça de checá-los frequentemente, por telefone ou sem entrar no quarto totalmente, porque eles podem piorar rapidamente."

Primeiros passos

A providência inicial que você deve tomar é ligar para um médico ou para o posto de saúde para relatar os sintomas e perguntar se eles podem fazer o teste. Se puderem, você deve se dirigir ao local indicado com o paciente, ambos de máscara e mantendo a janela do carro aberta para deixar o ar circular.

Ao voltar para casa, siga estas regras básicas sem falhas:

Não fique a menos de um metro e meio da pessoa doente, a menos que ela ou você cubram a boca e o nariz com uma máscara ou pano. O ideal é manter a pessoa isolada em um cômodo, no quarto, por exemplo.
Certifique-se de que a pessoa doente tussa na máscara ou cobrindo a boca, para manter as partículas de vírus fora do ar. Descarte os tecidos após um uso.
Limpe as mãos com sabão ou álcool frequentemente.
Limpe as superfícies comuns com sabão ou desinfetantes.
Não toque no seu rosto, a menos que você tenha acabado de limpar as mãos.
A seguir, pense em si mesmo como uma combinação de enfermeira ou enfermeiro e serviço de quarto de hotel. Por mais de 100 anos, enfermeiros e outros profissionais de saúde seguiram etapas básicas para cuidar de pessoas com doenças contagiosas, enquanto se protegiam de infecções.

Aqui estão 14 maneiras de como eles fazem isso.

1 - Escolha um "quarto do doente": a pessoa doente deve ficar em um quarto com uma porta, se possível, e não sair, exceto para ir ao banheiro. Ninguém mais deve passar tempo naquele cômodo mais do que o absolutamente necessário. Crianças e animais de estimação devem ficar de fora. Mantenha uma janela aberta, se possível, para manter o ar circulando. Forneça lenços de papel.
Se você não tiver mais de um quarto, libere o quarto e poderá dormir no sofá ou em outro local temporário. Assim, você ainda poderá usar a sala, a cozinha e outros espaços.

2 - Escolha um "banheiro para o doente": se você tem dois banheiros, faça um deles o banheiro da pessoa doente e não permita que mais ninguém o use. Se você não tiver dois, precisará limpar todas as superfícies em que tocarem depois de irem ao banheiro, para que fique limpo quando você ou outras pessoas precisarem usá-lo.

3 -Ajude o paciente a monitorar os sintomas: peça para ele medir a temperatura várias vezes ao dia, sem se aproximar dele. Anote os dados e observe quando novos sintomas ocorrem.

4 - Ajude a pessoa a se hidratar: verifique se ela está bebendo muita água e outros líquidos não alcoólicos.

5 - Alivie seus sintomas: ajude a pessoa a entender com que frequência ela pode tomar remédios para reduzir a febre, como acetaminofeno e ibuprofeno. Verifique se a pessoa doente entende quanto deve tomar - leia o rótulo no frasco e siga as recomendações.
Não deixe que ela tome mais do que a dose recomendada de qualquer medicamento ou ingira álcool. Acompanhe o que a pessoa doente tomou e quando. Certifique-se de que ela continue tomando outros medicamentos que normalmente usaria, a menos que seu médico tenha dito para parar.

6
Mantenha a pessoa confortável e entretida: cobertores e travesseiros, livros, revistas e um computador ou TV para passar o tempo e um carregador para o telefone perto da cama, para não ter que entrar e sair do seu ambiente. Mantenha a casa ou o apartamento em silêncio para que ela possa dormir.

7 - Ajude-a com a comida, mas mantenha distância: encontre uma bandeja ou assadeira que você possa usar para trazer comida ou bebida quando necessário.

Se ela puder sair da cama, coloque a comida e a bebida na bandeja do lado de fora da porta fechada e afaste-se. Ela pode abrir a porta, pegar a bandeja, comer no quarto e colocar a bandeja no chão do lado de fora da porta e fechá-la.
Se ela não conseguir sair da cama, use uma máscara ou pano sobre a boca e o nariz quando for ao quarto e peça para que ela se cubra também. Traga a comida e a bebida para a mesa de cabeceira e volte depois de um tempo, usando uma máscara ou pano novamente. Lave bem a louça com água quente e sabão. Não toque no rosto depois de manusear a louça e lave bem as mãos depois de tocar em qualquer coisa que o paciente comeu ou bebeu.

8 - Mantenha a roupa separada: tire suas roupas do quarto dos doentes, se elas geralmente estiverem armazenadas lá.
Certifique-se de que o paciente tenha uma cesta no quarto para colocar roupas, toalhas, panos e roupas de cama. Os pacientes devem colocar a cesta para fora quando estiverem cheias, ou use uma máscara sobre a boca e o nariz quando for pegá-las. Lave suas roupas, toalhas e roupas de cama separadamente das outras pessoas.

9 - Limpe toda sua casa e use desinfetante para limpar tudo o que a pessoa doente possa ter tocado quando estava no estágio inicial da doença e até mesmo antes de desenvolver sintomas. Isso inclui mesas, cadeiras, poltronas, maçanetas, interruptores de luz, controles remotos, alças de armários e geladeiras, mesas, banheiros, pias, teclados e mouses de computador, tablets e muito mais. Lave o que ela usava nos dias anteriores à sua isolação.
Mas cuidado com os excessos: a pandemia fez disparar o número de casos de intoxicação com produtos de limpeza.

10 - Diga não aos visitantes: você não deve receber convidados de qualquer maneira em sua casa. Se você precisar ver alguém pessoalmente, faça isso fora da sua casa, de preferência ao ar livre, e fique a pelo menos um metro e meio de distância. Se eles estiverem trazendo algo para você, peça que o larguem e se afastem para que você possa pegá-lo.

11 - Use a tecnologia para se conectar: pode parecer bobagem fazer um bate-papo por vídeo ou uma chamada de voz com alguém na sala ao lado, mas pode dar à pessoa doente um contato humano com você, seus filhos, animais de estimação e outras pessoas em casa, sem espalhar o vírus. Certifique-se de que a pessoa também possa se conectar virtualmente com os outros. Isso pode aliviar a terrível sensação de estar doente e preso em um quarto.

12 - Fique em casa: agora que você e outras pessoas em sua casa tiveram contato com alguém que tem ou pode ter a covid-19, você pode levar o vírus com você para o trabalho ou para a loja, mesmo que não tenha sintomas.
Se você tem um quintal, jardim, pátio, varanda ou alpendre, passe algum tempo lá para relaxar, mas fique a um metro e meio de distância de quem não mora com você.

13 - Não tenha medo de pedir ajuda ou apoio moral: Não há problema em informar amigos, vizinhos e familiares que alguém com quem você mora está doente e aceitar sua ajuda sem deixá-la perto da pessoa doente. Você não precisa contar para toda a sua rede de mídia social, mas pelo menos para algumas pessoas em quem pode confiar. Eles podem trazer suprimentos do "mundo exterior" e deixá-los à sua porta ou enviá-los para você. Eles podem passear com o cachorro, embora você deva limpar o animal primeiro.
Não se esqueça de que você precisa de apoio emocional e conexão para te ajudar a passar seu tempo como cuidador da covid-19. Como a nação trabalha para combater a propagação do vírus e cuidar dos doentes, todos somos afetados de alguma forma. Mas se conectar de maneira segura pode nos ajudar a enfrentar esse desafio.

14 - Depois que o paciente melhorar: Alguém infectado pela covid-19, submetido ou não a testes, deve ficar em casa e longe dos outros até pelo menos sete dias desde o início dos sintomas, e até ficar sem febre e medicamentos por três dias. Também deve esperar a tosse ou falta de ar desapareceram. Todos os sintomas devem ter desaparecido antes que possa sair.
Depois, vocês devem fazer uma limpeza completa do "quarto do doente", incluindo todas as superfícies, lavar roupas de cama, incluindo cobertores e aspirar todo o cômodo.


quarta-feira, 27 de maio de 2020

Cinco coisas que você pode estar fazendo errado ao malhar em casa


Algumas pessoas não estão acostumadas a treinar por conta própria e sem supervisão

Muita gente aderiu à rotina de treinos em casa neste período de distanciamento social por causa do coronavírus. Isso é ótimo, pois uma regularidade de exercícios físicos ajuda a manter o equilíbrio emocional, melhorar o humor, regular o sono, além de aumentar as defesas imunológicas e a disposição.

Entretanto, algumas pessoas não estão acostumadas a malhar por conta própria e sem supervisão. Por isso, no artigo de hoje, compartilho algumas dúvidas mais comuns e os erros que você pode estar cometendo na hora de treinar sozinha – e como contorná-los:

Não respeitar seus próprios limites
Querer fazer exercícios muito intensos e que nunca foram executados antes pode ser sinônimo de lesão. Prefira praticar atividades mais leves (mesmo que você perca um pouco o rendimento que tinha antes) e que você já esteja familiarizada.

Esperar ter vontade
A regularidade é a chave para o sucesso de qualquer coisa na vida. Não é diferente para os treinos em casa. Mesmo que seja uma modalidade diferente da que você está acostumada, ou ainda uma intensidade diferente, mantenha o seu horário sagrado de prática. É o seu compromisso, o momento que você vai dedicar ao seu corpo e a sua mente. Dessa forma, você garante bons resultados, sejam eles quais forem (emagrecimento, força, flexibilidade, calma, equilíbrio, etc.).

Pular o aquecimento e a desaceleração
São momentos muitos importantes de todas as práticas. No aquecimento, preparamos o nosso corpo para os exercícios mais intensos, aquecemos os músculos para não corrermos riscos de distensões ou lesões mais sérias. E na volta à calma, recuperamos o fôlego, damos tempo para o nosso corpo desacelerar, fazemos alguns alongamentos para "reorganizar" os sistemas contráteis que foram utilizados nos exercícios.

Não prestar atenção ao seu corpo
Agora, mais do que nunca, você vai precisar cuidar da sua postura. Todos aqueles detalhes que os professores cuidam para você nas academias, aulas e sessões de treino, você vai ter que cuidar sozinha. Então, durante todo o tempo, lembre-se de checar seus alinhamentos.

Descuidar do ambiente de prática
Ter um espaço confortável e limpo para treinar, afastar móveis e decorações para não ter risco de bater e esbarrar. Se você puder ter equipamentos específicos para a prática, melhor ainda. Cuide com a qualidade dos equipamentos que for utilizar, não adapte "qualquer coisa" que tem em casa, sob o risco de quebras, rompimentos, deslizamentos, estouros, desequilíbrios, que podem machucar feio.


terça-feira, 26 de maio de 2020

7 chás diuréticos para desinchar a barriga de forma natural

De acordo com a nutricionista Aline Quissak (CRN 8 10607), chás diuréticos são bebidas que auxiliam na produção de urina, diminuem o inchaço do corpo, melhoram a textura da pele e diminuem a pressão arterial. Eles favorecem principalmente quem sofre com hipertensão, e não devem ser consumidos por pessoas com pressão baixa ou que tomam remédio controlado para pressão alta. Confira receitas:

1. Melhor chá para desinchar a barriga
Aline Quissak explica que pessoas saudáveis podem ter a barriga inchada por duas razões: acúmulo de gordura ou estufamento por gases e má digestão. No primeiro caso, é preciso traçar uma estratégia de alimentação e hábitos saudáveis com o acompanhamento de um nutricionista. Já na segunda situação, ela aconselha o uso de um chá feito com hortelã, limão, erva doce e cardamomo.
Como fazer
Coloque em uma xícara 4 folhas de hortelã;
Acrescente 1/2 limão espremido;
Adicione 1 colher (chá) de erva doce, canela e cardamomo;
Finalize despejando 200 ml de água quente e tampe o recipiente por 8 minutos.
Como consumir: a especialista indica tomar o chá acompanhado de uma fatia de mamão. “Tomar após as refeições, e dar preferência para refeições leves, sem muita gordura”, aconselha.

2. Chá de cavalinha
Outro bom exemplo de chá que estimula a produção de urina é o de cavalinha, aumentando a eliminação de líquidos que ficam retidos no organismo e causam inchaços abdominais. Por essa mesma razão, a bebida pode ser uma aliada de quem sofre com problemas urinários.
Como fazer
Coloque 1 colher (sobremesa) da erva cavalinha em uma xícara;
Acrescente 250 ml de água quente;
Abafe a xícara por até 10 minutos;
Depois, é só coar e beber.
Como consumir: segundo a nutricionista, três xícaras é a dose máxima desse chá por dia.

3. Chá diurético para grávida
Para as gestantes, Aline Quissak recomenda o chá de salsinha, que, além de ser um excelente diurético, também contribui melhorando a circulação. Aliada a essa ingrediente, a nutricionista aconselha adicionar erva doce, outra planta muito indicada para o período de gravidez.
Como fazer
Em uma xícara, coloque 1 colher (chá) de erva doce;
Em seguida, adicione 1 colher (chá) de salsinha;
Finalize despejando 250 ml de água quente e tampe.
Como consumir: beber duas xícaras por dia e ingerir bastante água.

4. Chás diuréticos e termogênicos
De acordo com Aline, os chás diuréticos podem contribuir para o emagrecimento através da melhora da inflamação do corpo, promoção da hidratação e do bem-estar e desativação dos genes da obesidade. Confira a receita indicada pela nutricionista com base nas considerações e funcionalidades acima:
Como fazer
Em uma xícara, coloque 1 colher (chá) de gengibre ralado;
Acrescente 1 colher (sobremesa) da erva do chá verde;
Depois, despeje na mistura 1/2 colher (chá) de canela em pó e 1/2 colher (chá) da cúrcuma em pó ou ralada;
Em seguida, adicione um sachê de chá de romã ou de frutas silvestres;
Finalize despejando 250 ml de água quente e abafe por 10 minutos.
Como consumir: “tomar ao acordar e outra dose durante a tarde”, ensina. Além disso, Aline Quissak alerta para não tomar o chá com 24h depois do seu preparo, pois a bebida perde suas propriedades com o passar do tempo.

5. Chá de hibisco
Na lista de chás diuréticos, o de hibisco não poderia ficar de fora. Além de diminuir o inchaço corporal, ele também consegue diminuir a pressão arterial e ainda contribui com a perda de peso.
Como fazer
Coloque 1 colher (sopa) de hibisco em um litro de água quente;
Tampe esse recipiente e deixe por 10 minutos em infusão;
Após o tempo, coe e beba.
Como consumir: o aconselhável é ingerir até duas xícaras por dia.
Atenção: “não indicado para mulheres que estão tentando engravidar, pois pode haver interações”, completa.

6. Chá verde
Outra boa opção é o chá verde, que, segundo Aline Quissak, é um potente diurético. Isso sem falar nos seus benefícios para o combate às infecções e no auxílio do emagrecimento.
Como fazer
Despeje 1 colher (chá) da erva em uma xícara;
Depois, acrescente 300 ml de água quente e tampe o recipiente por 5 minutos;
Após o tempo determinado, coe e beba o chá.
Como consumir: o mais recomendado é não ultrapassar três xícaras por dia.
Atenção: “deve ser evitado por quem tem gastrite e crises de ansiedade”, alerta a nutricionista.

7. Chá de limão
A última indicação da nutricionista é o chá de limão. Além de diurética, essa bebida também tem propriedade anti-inflamatória, protegendo o organismo contra as inflamações.
Como fazer
Ferva uma xícara de água e desligue o fogo;
Lave o limão, corte em quatro pedaços e coloque-os na água;
Com o recipiente fechado, aguarde 5 minutos;
Depois, é só coar e beber.
Como consumir: pode ser consumido diariamente, mas sem ultrapassar três xícaras por dia.
Para finalizar, a nutricionista lembra que, apesar de efetivos, os chás diuréticos não são milagrosos: devem ser tomados menos de 24h depois de preparados, sem açúcar ou adoçante e aliados a uma dieta com baixo teor de gordura, açúcar e proteínas. Confira também quais são os melhores exercícios para perder peso.

As informações contidas nesta página têm caráter meramente informativo. Elas não substituem o aconselhamento e acompanhamentos de médicos, nutricionistas, psicólogos, profissionais de educação física e outros especialistas.

Fonte: https://www.dicasdemulher.com.br/chas-diureticos/ - Escrito por Katharyne Bezerra

segunda-feira, 25 de maio de 2020

Seu guia para treinar em casa durante o isolamento social


Uma sequência de exercícios que duram meia hora pode ajudar a manter a forma física em tempos de coronavírus

O Colégio Americano de Medicina do Esporte disponibilizou uma sequência relativamente rápida e simples de exercícios que preservam a forma física e podem ser realizados em pequenos espaços. VEJA SAÚDE apresenta esse treino, faz ponderações sobre cada movimento e traz os princípios básicos para malhar com segurança dentro do seu lar.

Antes de começar
As regras a serem seguidas por todos que desejam suar a camisa em casa, independentemente da prática escolhida
Separe um espaço: pode ser a sala, o quarto, o quintal… O importante é tirar objetos que aumentam o risco de acidentes. Cuidado com pisos escorregadios e tapetes.
Se der, converse com um especialista: quem tem personal trainer ou ia à academia deve manter o contato para ajustar o exercício.
Estabeleça uma rotina: “Reserve dias e horários específicos para a atividade física”, diz Antonio Herbert Lancha Junior, profissional de educação física da Universidade de São Paulo.
Monitore seu treino: aplicativos são uma boa forma de verificar sua adesão a uma rotina ativa durante o isolamento social. Observar a evolução gera motivação.
Faça um aquecimento: simule, em ritmo lento, gestos básicos que serão executados antes de começar pra valer. Isso minimiza a probabilidade de lesões incômodas.
Fique atento a sintomas: se exibir mal-estar, falta de ar, febre ou outros desconfortos, pare e ligue para um médico.

Bem-vindo ao treino
Siga as instruções para cada um dos 12 exercícios que compõem essa atividade
A ordem e o esforço: veja a sequência toda antes de iniciar, porque o descanso entre uma atividade e outra é curto. Depois de dar uma nota de 0 a 10 sobre o esforço exigido, procure chegar a 7. Se estiver bem, acelere um pouco.
O tempo: todo exercício deve perdurar por 30 segundos. “Esse ritmo ajuda a manter a concentração e uma frequência cardíaca elevada”, afirma o personal trainer Toni Martins, de São Paulo.
O descanso: pare por dez segundos enquanto já se prepara para o item seguinte da sessão. Pessoas com hipertensão devem ampliar esse período de repouso para a pressão baixar um pouco.
A sessão: cada sequência completa vai durar oito minutos — ou um pouco mais, a depender da velocidade na hora de passar de uma atividade para outra. Aí pare até recuperar o fôlego e repita mais duas vezes.
O alongamento: quando terminar, estique os membros — mas sem exageros para não se machucar! Idealmente, cumpra o treino inteiro cinco vezes na semana. Ou intercale-o com outras práticas que mexem o corpo.

1. Polichinelo
Fique de pé, com a coluna reta. Abra as pernas e jogue os braços para o alto, encostando as mãos. Logo na sequência, feche as pernas, enquanto coloca os braços colados no corpo. Repita esses gestos rapidamente e sem parar por 30 segundos. Você precisa ficar ofegante, com o coração batendo mais rápido. Se estiver fácil, acelere e coloque caneleiras com peso. Evite fazer polichinelos de meias ou em uma superfície escorregadia para não tomar um tombo. “A prática ativa o corpo como um todo”, ressalta Martins.
O que trabalha principalmente: capacidade cardiorrespiratória e coordenação

2. Cadeirinha na parede
É simples. Apoie as costas em uma parede firme e, então, dobre os joelhos até eles atingirem um ângulo de mais ou menos 90 graus. Siga imóvel nessa posição, com as costas coladas na parede, por 30 segundos. Você sentirá a coxa “queimar” um tanto. “Se ficar difícil, dá para dobrar um pouco menos os joelhos”, indica Lancha Junior. Já se mal estiver suando, segure ou abrace alguma coisa — idealmente, uma daquelas bolas mais pesadas típicas de academia.
O que trabalha principalmente: membros inferiores (quadríceps e glúteos)

3. Flexão de braço
Deitado de bruços, deixe as pernas esticadas e os pés juntos. Posicione as mãos espalmadas no solo. Elas precisam permanecer no eixo horizontal dos ombros, porém um pouco distantes do tronco para ativarem o peitoral. Se ficarem muito próximas do corpo, só os tríceps farão força. Sem dobrar as pernas, erga-se com os braços e flexione-os na sequência. Repita até o tempo acabar. Se precisar facilitar, ponha um dos joelhos no piso enquanto sobe e desce.
O que trabalha principalmente: peitoral, tríceps e ombros

4. Abdominal supra no solo
Agora é hora de deitar de barriga para cima com os joelhos flexionados e os pés no chão. Contraia o abdômen enquanto ergue um pouco o tronco e a cabeça. Atenção: não entorte demais o pescoço. As mãos podem dar suporte à nuca ou ficar ao lado do corpo. Para elevar a dificuldade, suba bastante o tronco, quase colando o umbigo nas pernas. Ainda está moleza? Experimente segurar algum item pesado acima da cabeça enquanto executa os abdominais.
O que trabalha principalmente: músculos do abdômen

5. Subir e descer da cadeira
O nome já entrega: basta repetir esse gesto, revezando as pernas. Contudo, certifique-se de que o móvel aguenta o tranco e está firmado no chão. Quanto mais alto o banco, maior a dificuldade. “O exercício em si é ótimo. Mas há um risco de quedas, principalmente para quem tem labirintite”, pondera Martins. Se estiver inseguro ou não conseguir realizar o movimento, uma opção é usar a mesma cadeira para se sentar e levantar por 30 segundos, sem o auxílio dos braços.
O que trabalha principalmente: quadríceps, glúteos e estabilizadores da coluna

6. Agachamento tradicional
Comece com os pés na linha dos ombros. O passo seguinte é jogar as nádegas para trás, sem tirar o calcanhar do solo. Agache até o joelho formar um ângulo de 90 graus e deixe o corpo ereto de novo. Repita o movimento por 30 segundos. Para tornar o gesto mais natural, os braços podem ir para a frente toda vez que empurrar o bumbum para trás. A coluna deve ficar ereta. Se quiser aumentar o desafio, acelere (sem descuidar do movimento em si).
O que trabalha principalmente: quadríceps, glúteos e estabilizadores da coluna

7. Tríceps mergulho

Antes de tudo, encontre um apoio firme — um sofá com estofado mais duro, por exemplo. Aí, vire de costas para ele, como se fosse sentar. Segure a extremidade do móvel com as mãos e, mantendo as pernas retas, deixe o corpo descer devagar para erguê-lo na sequência com a força dos braços. E, como de costume, repita por 30 segundos. Complicou? Dobre os joelhos para que as pernas ajudem a musculatura do tríceps. Caso sinta dores nos ombros, converse com um profissional.
O que trabalha principalmente: tríceps

8. Prancha ventral clássica
Deitado, sustente o corpo com os antebraços e os pés, sem dobrar a coluna ou as pernas. Contraia glúteos e abdômen e segure a pose até passar meio minuto. Quem sofrer demais pode apoiar um joelho no chão ou até abreviar o tempo. Na contramão, deixe o cronômetro avançar para fortificar mais a musculatura do core. Há gente bem condicionada que mantém a prancha com um só antebraço no chão. Se estiver confiante, experimente — mas pare ao menor sinal de dores nas costas.
O que trabalha principalmente: core (musculatura da região central do corpo)

9. Corrida com joelhos altos
É uma corrida parada no mesmo lugar, só que jogando o joelho um pouco mais para o alto do que o de costume. A ideia é fazer os pulmões e o coração trabalharem de verdade! Colocar caneleiras fitness ou segurar halteres com as mãos gera um estímulo adicional aos músculos.
Porém, tome cuidado para que essa tática não entorte a postura em si. E agarre o peso com firmeza para que ele não saia voando pela sala e acerte o seu vaso predileto (ou até o seu rosto).
O que trabalha principalmente: capacidade cardiorrespiratória e coordenação

10. Agachamento afundo
Dê um passo para frente e abaixe bem o tronco, mantendo o joelho dobrado na linha do calcanhar. Volte à posição inicial e faça o mesmo com a outra perna. E de novo, e de novo, e ainda outra vez — até os 30 segundos se esgotarem. O tronco precisa permanecer reto. Quanto maior a amplitude da passada, maior a dificuldade. Um recado: não deixe bancos ou outros móveis ao seu lado. Do contrário, uma perda de equilíbrio pode terminar em machucados feios.
O que trabalha principalmente: quadríceps e glúteos

11. Flexão de braço com rotação
Este exige força e equilíbrio. Comece com uma flexão convencional e, ao terminá- -la, gire o tronco para um lado, erguendo o braço. Daí faça mais uma flexão e rotacione o corpo para o outro lado. Os pés não saem do lugar. Repita até cumprir os 30 segundos. É normal achar essa parte do treino complicada no princípio — para simplificá-la, apoie um dos joelhos durante a flexão. “Gosto deste exercício porque ele mexe com muitas partes do corpo e ainda estimula a coordenação”, explica Martins.
O que trabalha principalmente: core, peitoral, ombros e tríceps

12. Prancha lateral
O primeiro passo é deitar de lado. Com o corpo alinhado, use o antebraço para erguer o tronco e contraia o abdômen. Agora fique paradinho por meio minuto (ou mais, se estiver com a musculatura do core em dia). Quando repetir a série toda — são três vezes por treino, como dissemos antes —, realize o mesmo gesto, só que com o outro antebraço no solo. Um colchonete ameniza eventuais desconfortos deste e de outros exercícios listados aqui.
O que trabalha principalmente: core

Rotina ativa na pandemia
Dicas da Organização Mundial da Saúde para mexer mais o corpo ao longo do dia

Persiga o objetivo de 150 minutos de exercício físico moderado por semana. Cinco treinos desse cumprem a meta.
Quebre grandes períodos sentados.
Vá tomar café na cozinha, fale ao telefone andando pela sala, brinque com crianças ou com animais de estimação…
Dedique tempo a técnicas de relaxamento — vale até ver uma série. A ansiedade não raro leva ao sedentarismo completo.
Beba bastante água (e distribua o consumo durante o dia). A desidratação gera cansaço e abala o desempenho na malhação.
Dentro do possível, adote uma dieta balanceada. Um aporte adequado de nutrientes potencializa os efeitos da atividade física.
O aplicativo ideal
Verifique se ele foi criado por profissionais certificados em órgãos regulatórios de educação física. Isso garante sua segurança.
Valorize os programas que agregam componentes lúdicos (a chamada gamificação), capazes de turbinar a motivação e rastrear seus progressos.
As estimativas de calorias queimadas com o treino são sujeitas a erro. Ainda assim, servem de incentivo. Ponto para aplicativos que fazem esse cálculo.
A disponibilidade de treinos rápidos é bem-vinda pela facilidade de encaixar a atividade física em um cotidiano bagunçado pelo isolamento social.
Todo músculo importa. Desconfie de aplicativos que focam apenas em uma ou outra parte do corpo.

Fonte: https://saude.abril.com.br/fitness/seu-guia-para-treinar-em-casa-durante-o-isolamento-social/ - Por Theo Ruprecht - Ilustrações: Rodrigo Damati/SAÚDE é Vital

domingo, 24 de maio de 2020

Cloroquina: novo estudo em 100 mil pacientes acaba com as dúvidas sobre sua eficácia


Um novo estudo com quase cem mil pacientes de Covid-19 não mostrou qualquer benefício no tratamento com medicamentos antivirais cloroquina e hidroxicloroquina e, na realidade, aumentou a probabilidade de que morressem no hospital.

Hidroxicloroquina e cloroquina são comumente usados no tratamento da artrite e malária, mas figuras públicas em seus pronunciamentos, incluindo o presidente do Brasil – Jair Bolsonaro – anunciou a fabricação em massa do medicamento e sua aplicação pelo SUS.

A cloroquina pode produzir efeitos colaterais que podem ser graves como arritmia cardíaca.

Os autores de um novo estudo publicado sexta-feira na revista científica The Lancet disseram ter observado que tanto a cloroquina quanto a hidroxicloroquina não tiveram efeito positivo no tratamento de pacientes hospitalizados por coronavírus.

Ao analisarem os prontuários de 96 mil pacientes tratados em centenas de hospitais, eles confirmaram que a administração destas drogas realmente aumenta o risco de óbito.

Eles também chegaram a comparar quatro diferentes grupos: pacientes tratados exclusivamente com hidroxicloroquina, aqueles tratados com cloroquina e também dois grupos que receberam os mesmos medicamentos combinados com antibióticos.

A comparação foi feita também com um grupo controle: pacientes que não receberam nenhum destes tratamentos.

Cerca de 9% dos pacientes no grupo de controle foram a óbito. Dos que foram tratados apenas com hidroxicloroquina ou apenas com cloroquina, 18% e 16,4%, respectivamente, morreram.

O grupo que recebeu cada droga juntamente com antibióticos teve taxas de óbito ainda maiores: 22,8% (cloroquina) e 23,8% (hidroxicloroquina).

Os autores concluíram que a cloroquina e hidroxicloroquina aumentam o risco de morte dos pacientes de Covid-19 em 45% em comparação a problemas de saúde subjacentes.

“O tratamento com cloroquina ou hidroxicloroquina não beneficia pacientes com Covid-19”, afirmou Mandeep Mehra, o principal autor deste estudo e diretor do Brigham and Women’s Hospital Center for Advanced Heart Disease, em Boston, EUA.

“Em vez disso, nossas descobertas sugerem que pode estar associado a um risco maior de problemas cardíacos graves e aumento do risco de morte”.

O ministro da Saúde do Brasil recomendou na quarta-feira o uso de cloroquina e hidroxicloroquina para tratar até casos leves de Covid-19. Apesar do entusiasmo de Bolsonaro em usar a cloroquina para o tratamento com Covid-19, além do medicamento não ser benéfico ele piora significativamente as chances de sobrevivência dos pacientes.

A Grã-Bretanha encomendou 35 milhões de libras (R$ 237 milhões) em hidroxicloroquina, apesar de inúmeros estudos mostrarem sua ineficácia no tratamento do Covid-19.

“Vários países defenderam o uso de cloroquina e hidroxicloroquina, isoladamente ou em combinação, como tratamentos potenciais para o Covid-19”, disse Frank Ruschitzka, diretor do Centro do Coração do Hospital Universitário de Zurique que foi co-autor do estudo.

“Agora sabemos em nosso estudo que a chance de que esses medicamentos melhorem os resultados no Covid-19 é muito baixa”. [The Lancet, MedicalXpress]


sábado, 23 de maio de 2020

7 alimentos que combatem a ansiedade


Ricos em vitaminas e aminoácidos, eles melhoram a tranquilidade e a disposição

Está cada vez mais difícil manter a calma? Todo mundo vive dizendo que você é uma pessoa ansiosa? A ansiedade provoca uma bagunça nas emoções e de quebra ainda reflete na saúde. Quando em excesso, ela desencadeia a sensação de mal-estar e te impede de viver a vida com mais leveza, sem tanta angústia em relação ao que ainda está por vir. Os ataques de gula também são creditados a ela. Existem tratamentos e terapias para controlar a ansiedade, mas sabia que a alimentação também pode ajudar a domar este furacão interno? Alguns alimentos contêm aminoácidos e vitaminas essenciais, que atuam diretamente diminuindo o estresse, combatendo a ansiedade e aumentando os níveis de serotonina, responsável pelo bem-estar e pelo relaxamento. A seguir, conheça os sete alimentos campeões para aquietar a mente.

Frutas cítricas
Estudos comprovaram que a vitamina C, presente nas frutas cítricas, diminui a secreção de cortisol, hormônio liberado pela glândula adrenal em resposta ao estresse e à ansiedade e responsável por transmitir a notícia de estresse para todas as partes do corpo. Seu consumo promove o bom funcionamento do sistema nervoso e aumenta a sensação de bem-estar. "Vitaminas e minerais, como a vitamina C, por exemplo, são perdidas nos quadros de estresse e ansiedade, além de queda de açúcar no sangue (hipoglicemia). Por isso, existe a necessidade de suprir essas carências", ressalta a nutricionista Rosana Farah, membro da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade.

Leite, ovos e derivados magros
Eles são uma ótima fonte de um tipo de aminoácido, o triptofano, que alivia os sintomas de ansiedade. De acordo com a nutricionista Rosana Farah, uma vez no cérebro, o triptofano aumenta a produção de serotonina, o hormônio da felicidade, que é um neurotransmissor capaz de relaxar e dar sensação de bem-estar. A especialista recomenda o consumo de 2 a 3 porções por dia deste grupo de alimentos.

Carboidratos
Os carboidratos, provenientes dos cereais na sua forma simples e integrais, e das frutas mais adocicadas, também podem combater a indesejada ansiedade. "Eles elevam o nível de açúcar no sangue, dando energia, bem-estar e disposição", explica Rosana Farah. Pães, arroz, aveia, feijão, massas, batata, mel, jabuticaba, uvas, maçãs fazem parte deste grupo alimentar. A quantidade recomendada é de 6 a 9 porções diárias.

Banana
Um estudo feito por pesquisadores do Instituto de Pesquisas de Alimentos e Nutrição das Filipinas comprovou que esta fruta ajuda no combate da depressão e alivia os sintomas da ansiedade. Graças ao alto teor de triptofano que a fruta carrega, ajudando na produção de serotonina.

Chocolate
O chocolate é rico em flavonoides, um tipo de antioxidante que favorece a produção de serotonina, neurotransmissor responsável pela sensação de bem-estar e que melhora o humor, reduzindo a sensação de ansiedade. explica a especialista em nutrição clínica e gastronomia, Rosana Farah. O recomendado são 30 gramas de chocolate por dia. E de preferência ao chocolate amargo, bem menos calórico e mais rico em flavonoides.

Carnes e peixes
Eles são a melhor fonte natural de triptofano, aminoácido que em conjunto com a vitamina B3 e o magnésio produzem serotonina, um neurotransmissor importante no processo do sono, do humor e que regula os níveis de ansiedade. Além disso, as carnes e peixes contêm outro aminoácido chamado taurina. Esta substância aumenta a disponibilidade de um neurotransmissor chamado GABA, que o organismo usa para controlar fisiologicamente a ansiedade. "A recomendação diária em relação às carnes é de 1 a 2 porções, dê sempre preferência às carnes brancas e magras", recomenda a nutricionista Rosana Farah.

Espinafre
O espinafre contém folato (ácido fólico), que é uma potente vitamina antidepressiva natural. Segundo a nutricionista Rosana Farah, ele combate a ansiedade, pois quando está em baixas concentrações no organismo também diminui os níveis cerebrais de serotonina. Além disso, segundo um estudo da Universidade da Califórnia, o cérebro consome muita energia para funcionar e isso resulta na sobra de resíduos químicos oxidantes. É neste momento que alimentos, como o espinafre, começam a trabalhar para eliminar as substâncias em excesso, "desenferrujando" o cérebro.