sábado, 19 de abril de 2025

Entenda como a atividade física pode ajudar no combate ao estresse


Prática de exercícios colabora para o bem-estar e o relaxamento do corpo, aliviando os sintomas de cansaço mental

 

O estresse é um mal comum na vida moderna, e uma das formas mais eficazes de combatê-lo é através dos exercícios físicos.

 

Segundo Cacá Ferreira, gerente técnico da rede de academias Companhia Athletica, a prática de atividades físicas regula os níveis de cortisol, conhecido como “hormônio do estresse”, e promove a liberação de hormônios como endorfina, serotonina e dopamina, responsáveis pela sensação de bem-estar.

 

“Além disso, os exercícios ajudam a diminuir a tensão muscular e melhoram a oxigenação do corpo, proporcionando relaxamento e alívio do estresse”, explica.

 

Entre as opções de exercícios, a caminhada é uma das mais simples e acessíveis. A atividade pode ser realizada tanto ao ar livre quanto em uma esteira, se adequando para qualquer nível de condicionamento físico. Pode ser uma boa escolha também para quem busca momentos de tranquilidade, pois permite que o praticante se desconecte das pressões do dia a dia.

 

O alongamento é outra modalidade que pode ser feita em qualquer momento do dia sem restrições físicas. “Ele alivia a tensão acumulada nos músculos e melhora a flexibilidade, sendo ideal para quem passa muito tempo sentado. Realizado depois de outros exercícios, o alongamento acelera a recuperação muscular, reduzindo a rigidez”, diz Ferreira.

 

Combinando posturas físicas, controle da respiração e meditação, a yoga é uma excelente opção para aliviar o estresse de forma holística. A prática regular promove tanto o relaxamento físico quanto emocional, além de melhorar a flexibilidade, o equilíbrio e a concentração.

 

Toda movimentação do corpo é válida na busca por acalmar a mente. Assim como as atividades mencionadas anteriormente, o pilates, que melhora a postura, flexibilidade e equilíbrio; e a musculação, que fortalece os músculos e eleva a autoestima, também são eficazes no alívio do estresse.

 

 “Ambas as práticas exigem concentração e foco, o que desvia a atenção das preocupações cotidianas e proporciona uma sensação de alívio e bem-estar”, finaliza Cacá Ferreira.

 

Fonte: https://www.correiodopovo.com.br/bellamais/saudefeminina/entenda-como-a-atividade-f%C3%ADsica-pode-ajudar-no-combate-ao-estresse-1.1595619 - Foto: Jeremy Stewart / Unsplash

sexta-feira, 18 de abril de 2025

6 sintomas vocais que podem indicar doenças graves


Campanha alerta para sinais de alerta de distúrbios vocais e conscientiza a importância do diagnóstico precoce

 

O Dia Mundial da Voz foi celebrado nesta quarta-feira (16) como parte da campanha Semana da Voz, promovida pela Academia Brasileira de Laringologia e Voz (ABLV) e pela Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial (ABORL-CCF). A iniciativa pretende conscientizar sobre os cuidados necessários com a saúde vocal para prevenir doenças graves, como câncer de laringe e de cabeça e pescoço.

 

“Ações como essas são importantes porque o Brasil tem uma moralidade alta de câncer de laringe. Isso acontece porque, muitas vezes, o paciente chega para o diagnóstico em fases mais tardias. No Brasil, a mortalidade chega em torno de 67%, enquanto nos Estados Unidos, por exemplo, essa taxa é de 31%”, afirma Adriana Hachiya, membro da ABORL-CCF e presidente da ABVL, à CNN.

 

Entretanto, quando diagnosticados precocemente, os tumores glóticos têm uma chance de cura maior que 90%, segundo a especialista.

 

Sinais de alerta na voz que podem indicar problemas de saúde

Muitos sintomas relacionados à voz, como rouquidão e pigarro, podem estar associados a problemas menos graves de saúde, como resfriado e gripe, ou, até mesmo, o uso excessivo das cordas vocais. No entanto, quando esses sintomas persistem por mais de 15 dias, é necessário buscar consulta médica para investigar a causa, de acordo com Hachiya.

 

“Falhas na voz e mudança na qualidade vocal significam, na maioria das vezes, algum problema comum, como um quadro de resfriado”, explica a otorrinolaringologista. “Nesse tipo de inflamação, a rouquidão passa na maioria das vezes. É o que chamamos de quadro autolimitado. Se o quadro passa de um período de 15 dias, ou seja, se ele está acontecendo de forma persistente, o ideal é que a laringe seja examinada para descartar doenças mais graves”, completa.

 

Segundo a especialista, os sinais de alerta incluem:

 

Rouquidão;

Pigarro persistente;

Nódulo na garganta;

Dor de garganta constante;

Alteração na qualidade vocal (como voz mais abafada);

Dificuldade para engolir.

 

De acordo com Hachiya, esses sinais, quando persistentes, podem estar relacionados a tumores na região da laringe, faringe, garganta, língua, amígdalas, cabeça e pescoço.

 

“Todos esses sinais são sinais de alerta. Às vezes, o paciente não vem com uma queixa de rouquidão persistente, mas, às vezes, ele tem dor de garganta que pode irradiar para o ouvido, por exemplo. Isso é um sinal de câncer de laringe ou câncer de garganta, e o diagnóstico precoce envolve um tratamento menos mutilante, com menos morbidade e uma chance maior de cura”, afirma.

 

Veja principais cuidados com a saúde vocal

Os cuidados diários, como a hidratação adequada, a alimentação balanceada e o uso consciente da voz, são fundamentais para evitar lesões nas pregas vocais. São eles:

 

Hidratação constante: beber água ao longo do dia ajuda a manter as pregas vocais lubrificadas;

Evitar abuso vocal: gritar, falar alto por muito tempo ou forçar a voz podem causar lesões;

Não fumar e moderar o álcool: ambos são fatores de risco para doenças da laringe;

Cuidar da alimentação: evitar alimentos que aumentam o refluxo gástrico, que pode afetar a laringe. É o caso da cafeína e de alimentos gordurosos.

 

Fonte: https://www.cnnbrasil.com.br/saude/dia-mundial-da-voz-6-sintomas-vocais-que-podem-indicar-doencas-graves/ - Gabriela Maraccinida CNN - Rattankun Thongbun/GettyImages


quinta-feira, 17 de abril de 2025

Para emagrecer, dieta ou exercício?


Perder peso não é a mesma coisa que perder gordura. O pessoal do exercício perde gordura e preserva massa muscular

 

Eu sempre falo — contrariando a maior parte das pessoas — que a proporção num programa de emagrecimento que diz que a dieta é 80% e o exercício 20%, está errada e pode ser o contrário. Na verdade, esse percentual vai variar de pessoa para pessoa, mas o que eu garanto é que o processo de emagrecimento com atividade física é mais eficiente e muito mais sustentável no longo prazo. E estudos mostram isso.

 

Recentemente, um estudo feito pela Universidade de Copenhagen, que acompanhou 82 participantes com diabetes tipo 2 por 16 semanas, comprovou aquilo que sempre acreditei. O grupo foi dividido da seguinte forma: grupo 1 fez apenas dieta, grupo 2 fez dieta e exercício 3 vezes por semana, grupo 3 fez dieta e exercícios 6 vezes na semana. O que se achou no final? Claro, você já sabe... quem fez mais exercício, emagreceu mais. Bastante óbvio, já que todos estavam fazendo dieta também.

 

Então o resultado ficou assim: grupo 1 perdeu 3,5 kg de massa gorda, grupo 2 perdeu 6,3 kg de massa gorda, grupo 3 perdeu 8 kg de massa gorda. Uma diferença bastante considerável de perda de gordura. Mas os grupos também perderam massa muscular: grupo 1 perdeu 2,7% de músculo, grupo 2 perdeu 1,9%, e o grupo 3 preservou praticamente toda a massa muscular.

 

Então, o que o estudo nos mostra, realmente? Que apenas dieta faz com que se perca muita massa magra. Em 10 kg, cerca de 20 a 30% de massa magra. E dessa massa magra perdida, 50% são músculos. O que daria em 10 kg, perda de 1,5 kg de músculos.

 

Mas, o outro grande ponto em questão é o quanto é difícil ganhar massa muscular, desenvolver musculatura. Uma pessoa que começa a fazer exercício de força leva entre 2 a 4 meses de musculação diária pra ganhar 1 quilo de músculos. E isso fazendo tudo certinho: consumindo proteína, malhando diariamente, dormindo bem. Se falarmos de pessoas já condicionadas, esse tempo se estica bem mais...

 

E por que é tão ruim perder massa muscular? Porque perdemos força, capacidade física de realizar tarefas do dia a dia, como subir uma escada, carregar sacolas. Nosso metabolismo passa a trabalhar no modo econômico porque ele gasta menos energia para se manter vivo, ou seja, qualquer brigadeiro a mais, esse metabolismo econômico sente mais do que um metabolismo mais ativo, num corpo com mais músculos. As articulações também sofrem, sem poder contar com a proteção que a musculatura oferece.

 

Enfim, não é nada bom.

 

Um outro grupo foi dividido em 2 partes: um fazia dieta, a outra fazia exercício. Apenas. Mas, ambos tinham que alcançar um deficit calórico de 500 calorias por dia. Isso significa, gastar 500 calorias a mais do que se consome. O que é bastante! Então, a pessoa podia comer o que quisesse, desde que comesse 500 calorias a menos do que gastasse. O segundo grupo, podia comer o que quisesse e se exercitar como quisesse, desde que, ao final do dia, tivesse gastado 500 calorias a mais. Perceba a diferença: um deixa de comer, o outro gasta mais. O resultado foi que a perda de peso foi igual. Claro, e sempre será, porque é uma questão matemática. Mas, e muito atenção a esse mas, perder peso não é a mesma coisa que perder gordura. Portanto, o pessoal da dieta, perdeu gordura e massa muscular, na mesma proporção. O pessoal do exercício, perdeu mais gordura e preservou massa muscular.

 

Proporcionalmente, duas pessoas de 60 kg, em que ambas perdem 5 quilos de peso na balança, sendo que a primeira perde 3 quilos de gordura e 2 kg de massa magra, e a segunda perde 6 kg de gordura, mas ganha 1 kg de músculo, quem será que ficou melhor na fita?

 

No final das contas combinar os dois é sempre melhor. Mas, se você se tiver que optar por um dos dois...

 

Fonte: https://oglobo.globo.com/blogs/espiritualidade-e-bem-estar/post/2025/04/para-emagrecer-dieta-ou-exercicio.ghtml - Por Marcio Atalla - Foto: Freepik

quarta-feira, 16 de abril de 2025

Outono e a temporada de gripes: como se proteger além da vacina?


Com a queda das temperaturas e a baixa umidade do ar, os vírus respiratórios se espalham com mais facilidade; especialista explica como reforçar a imunidade e evitar infecções sazonais

 

Com a chegada do outono, as temperaturas mais amenas e a redução da umidade do ar criam um ambiente propício para a disseminação de vírus respiratórios, como os da gripe e do resfriado. Nessa época do ano, é comum o aumento da circulação do Influenza, responsável por quadros gripais que podem variar de leves a graves, principalmente em grupos de risco, como idosos, crianças e pessoas com comorbidades. inclusive, em 2024, os casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) aumentaram 45,8% no outono em comparação ao mesmo período do ano anterior, segundo o DRS de Campinas.

 

Diante desse cenário, a vacinação segue sendo a principal forma de prevenção, mas outros hábitos também desempenham um papel fundamental na proteção contra infecções respiratórias.

 

Segundo o Dr. Carlos Alberto Reyes Medina, Diretor Médico da Carnot Laboratórios, além da imunização, manter uma boa higiene das mãos, evitar locais fechados e pouco ventilados, além de reforçar a hidratação e a alimentação balanceada, são medidas essenciais para fortalecer o sistema imunológico. "Lavar as mãos com frequência, usar álcool em gel e evitar levar as mãos ao rosto reduzem significativamente o risco de contato com o vírus. Além disso, manter os ambientes bem ventilados e evitar aglomerações sempre que possível também contribuem para a redução da transmissão", explica o especialista.

 

Outro fator relevante é o fortalecimento da imunidade por meio de uma alimentação rica em vitaminas e minerais. Nutrientes como vitamina C, zinco e vitamina D desempenham um papel crucial na resposta do organismo contra infecções. "Ter uma dieta equilibrada, com frutas, verduras e proteínas de qualidade, além de manter-se hidratado, ajuda a fortalecer as defesas naturais do corpo, tornando-o mais resistente a infecções sazonais", ressalta Dr. Carlos Alberto.

 

Embora o outono seja tradicionalmente conhecido como o período de maior incidência de gripes e resfriados, adotar hábitos saudáveis e medidas preventivas pode fazer toda a diferença para evitar complicações. A atenção à saúde respiratória deve ser constante, e pequenas ações no dia a dia podem ser decisivas para atravessar a estação com mais bem-estar e segurança.

 

Fonte: https://www.noticiasaominuto.com.br/lifestyle/2276265/outono-e-a-temporada-de-gripes-como-se-proteger-alem-da-vacina - Rafael Damas - © Shutterstock

terça-feira, 15 de abril de 2025

6 benefícios dos exercícios físicos para a saúde


Adotar uma rotina ativa é um dos passos mais importantes para cuidar do corpo e da mente

 

Para manter a saúde, prevenir doenças e garantir mais qualidade de vida, a prática regular de exercícios físicos é fundamental. A atividade física contribui para o bom funcionamento do organismo, melhora a disposição, fortalece os músculos, ajuda a controlar o peso e reduz o risco de diversas enfermidades, como hipertensão, diabetes e doenças cardiovasculares.

 

A Organização Mundial da Saúde (OMS), por exemplo, recomenda pelo menos 150 minutos semanais de atividade moderada ou 75 minutos de exercício intenso para manter a saúde em dia. Adotar uma rotina ativa é um dos passos mais importantes para cuidar do corpo e da mente.

 

1. Ajuda no controle do diabetes tipo 2

O controle do diabetes tipo 2, além do tratamento e acompanhamento médico, exige mudanças na alimentação e nos hábitos diários. A prática de exercícios físicos, por exemplo, se destaca como uma estratégia simples e eficaz para ajudar na regulação da glicemia — o nível de açúcar no sangue.

 

O estudo "Efeito Benéfico do Exercício Físico no Controle Metabólico do Diabetes Mellitus Tipo 2 à Curto Prazo", realizado pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e publicado nos Arquivos Brasileiros de Endocrinologia e Metabologia, analisou os efeitos de um programa de 10 semanas de exercícios físicos em 33 pessoas com diabetes tipo 2. O resultado foi uma redução da glicemia capilar média de 179 mg/dL para 148 mg/dL e da glicemia em jejum de 164,8 mg/dL para 156,4 mg/dL.

 

Dessa maneira, conforme a pesquisa, um programa de exercício físico regular, de intensidade moderada, auxilia no controle glicêmico de pacientes com diabetes tipo 2, tratado ou não com insulina.

 

2. Benefícios para a saúde da gestante

De acordo com Felipe Kutianski, especialista em fisiologia do exercício e fundador da plataforma de treinos Onbody, é possível praticar exercícios físicos durante a gravidez. "Desde que sejam tomados os devidos cuidados e seguidas as orientações adequadas, a atividade física pode ser o melhor remédio para uma gestação saudável", afirma.

 

Segundo ele, a prática de atividade física durante a gestação pode beneficiar a saúde da mulher de diversas maneiras. "Mulheres que mantêm uma rotina ativa têm menos chances de desenvolver diabetes gestacional, hipertensão e depressão pós-parto. Além disso, os exercícios ajudam a aliviar dores nas costas, melhoram a qualidade do sono e aumentam a disposição", destaca.

 

3. Favorece a força óssea

Com o passar dos anos, os ossos naturalmente perdem densidade e resistência, aumentando o risco de fraturas. No entanto, há evidências de que o exercício físico na juventude pode deixar benefícios estruturais duradouros nos ossos.

O estudo "Physical activity when young provides lifelong benefits to cortical bone size and strength in men", publicado na Proceedings of the National Academy of Sciences of the United States of America, analisou jogadores profissionais de beisebol, comparando o braço de arremesso (mais utilizado) com o braço não dominante.

Mesmo após décadas sem atividade intensa, cerca de 33% da força óssea adquirida ainda estava presente. Aqueles que continuaram ativos mantiveram até 50% da força óssea, com ossos mais espessos e resistentes, especialmente na região cortical.

 

4. Ajuda na saúde mental

A atividade física se destaca como uma forma acessível de promover bem-estar emocional e prevenir transtornos psicológicos. O estudo "Physical activity levels are associated with depressive symptoms: A cross-sectional study of 58,445 adults", publicado no Journal of Affective Disorders, analisou dados de mais de 58 mil adultos brasileiros. Mesmo ao considerar fatores como idade, obesidade, estresse e doenças crônicas, a pesquisa identificou que qualquer nível de exercício físico, mesmo leve, esteve associado a menores chances de d

"Ferramenta poderosa para promover o equilíbrio psicológico e emocional, a atividade física nem sempre encontra espaço na agenda lotada de um adulto, mas é, sem dúvida, uma aliada, não apenas para fortalecer o corpo, mas também na promoção da melhoria da saúde mental", reforça o médico e coordenador do curso de medicina da Faculdade de Medicina Uniderp de Ponta Porã, José Ricardo Scalise

 

5. Aumenta a longevidade

No Brasil, a expectativa de vida subiu para 76,8 anos, segundo pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2020, um crescimento de 3,3 anos no período de 10 anos. Para envelhecer com saúde e qualidade de vida, os exercícios físicos devem fazer parte da rotina.

O educador físico e ex-jogador do Corinthians, Ewerthon, orienta que o ideal é optar por atividades que geram prazer ao praticar. "Escolha atividades prazerosas que possam ser mantidas a longo prazo. Exercícios como musculação e treinamento funcional ajudam a prevenir quedas e a manter a independência, principalmente na terceira idade", afirma.

 

6. Reforça a imunidade

Ter um sistema imunológico forte é fundamental para prevenir infecções e lidar melhor com doenças. A boa notícia é que a atividade física pode ajudar. "Quando realizamos exercícios físicos e aumentamos a frequência cardíaca, estimulamos uma reação química chamada catecolaminas. Esta reação faz aumentar o número de leucócitos - glóbulos brancos do sangue, responsáveis pela defesa natural do nosso organismo", explica o personal trainer Emerson Vilela.

 

https://www.terra.com.br/vida-e-estilo/saude/6-beneficios-dos-exercicios-fisicos-para-a-saude,85d0b7f25105813cf4d844ad028b76631mz09jal.html?utm_source=clipboard - Foto: Drazen Zigic | Shutterstock / Portal EdiCase

segunda-feira, 14 de abril de 2025

Cinco alimentos sobre os quais a medicina tradicional mentiu para você


Durante décadas, ovos, café, camarão, carne de porco e até o inocente abacate carregaram a injusta fama de inimigos do coração. Mas, segundo o cardiologista Dr. Evan Levine, do Hospital Mount Sinai, em Nova York, entrevistado pelo Daily Mail, o mundo da cardiologia pode ter cometido um grande equívoco.

 

Ovos: Mocinhos ou vilões?

Se você cresceu ouvindo que a gema do ovo era a grande culpada pelo colesterol alto, pode respirar aliviado. O Dr. Levine, esclarece que o colesterol presente nos ovos não é tão influente na elevação dos níveis sanguíneos como se imaginava. O verdadeiro problema, segundo estudos recentes, está nas gorduras saturadas e trans que circulam em nosso prato diariamente, como carnes processadas e alimentos industrializados.

 

Aliás, um ovo frito em óleo de oliva ou de abacate, além de saboroso, pode aumentar o colesterol bom (HDL), trazendo benefícios adicionais ao coração. Ao invés de culpar o ovo, é hora de repensar a manteiga e o sal excessivos que costumam acompanhá-lo na frigideira.

 

Camarão e porco: Alternativas injustiçadas

O camarão já foi rotulado como proibido devido ao alto teor de colesterol, mas a realidade é mais suave. De acordo com pesquisas recentes, frutos do mar como camarão, caranguejo e lagosta têm impacto insignificante sobre o colesterol sanguíneo em comparação às carnes vermelhas ou processadas. Portanto, degustar um camarãozinho de vez em quando não vai condenar seu coração.

 

E se você pensa que a carne de porco é a villã que a medicina pintou, prepare-se para rever seus conceitos. Cortes magros como lombo e filé suíno possuem baixo teor de gordura saturada e podem, sim, integrar uma dieta equilibrada para manter o coração saudável. Evidentemente, bacon, salsichas e linguiças não entram nesse time, pois são processados e ricos em sodio.

 

Café e coração: Uma relação controversa

Durante décadas, o café sofreu injustas acusações de elevar perigosamente a pressão arterial. Hoje, no entanto, estudos científicos mais sólidos, como uma meta-análise coreana de 2022 que avaliou quase 315 mil pessoas, desmentem essa crença. A cafeína, apesar de elevar momentaneamente a pressão e os batimentos cardíacos, não está associada ao aumento persistente do risco de hipertensão arterial.

 

 

Dr. Levine reforça ainda que até mesmo a American Heart Association classifica o café puro como saudável. Claro, se você despeja açúcar e creme, as vantagens podem sumir rapidamente. Então, aproveite sem culpa aquele cafezinho preto, um verdadeiro néctar que movimenta boa parte do mundo (e do brasil, com certeza).

 

Abacate: o caluniado mais amado das dietas

O abacate, durante anos, foi visto com desconfiança devido ao seu alto teor de gordura. No entanto, essa fruta esconde um segredo: é rica em gordura monoinsaturada, especialmente benéfica para baixar o colesterol ruim (LDL). Pesquisadores do Journal of the American Heart Association revelaram, após acompanhar mais de 110 mil indivíduos por três décadas, que quem consumia ao menos um abacate inteiro por semana teve redução de 16% no risco de doenças cardíacas em comparação aos que nunca tocavam na fruta.

 

Surpreendentemente, o consumo regular de abacate também baixou em 21% o risco de doença arterial coronariana, causada pelo acúmulo de placas nas artérias. Trocar manteiga, queijo ou bacon pelo cremoso abacate parece um ótimo negócio, segundo o próprio Dr. Levine.

 

Ciência, mitos e humor na nutrição cardíaca

É curioso observar como a ciência nutricional avança, colocando em xeque antigos dogmas e trazendo revelações capazes de deixar nutricionistas e médicos repensando discursos repetidos por décadas. Afinal, quem diria que o temido ovo poderia se transformar num aliado?

 

Ao mesmo tempo, tais descobertas revelam algo muito importante: comer não precisa ser uma guerra constante contra o prazer. Ao escolher alimentos certos, ainda é possível desfrutar de pratos deliciosos sem colocar a saúde cardíaca em risco. A grande sacada parece estar justamente em evitar o exagero, especialmente nas gorduras processadas e açúcares.

 

E se você ainda tiver dúvidas sobre o que colocar no prato hoje, lembre-se das sábias palavras de um cardiologista que sugere abacate sobre um filé de frango ou suíno como uma combinação irresistível —até porque se a ciência aprova quem somos nós para negar?

 

Fonte: https://hypescience.com/alimentos-para-coracao-verdade-mitos/#google_vignette - Por Marcelo Ribeiro


domingo, 13 de abril de 2025

Entenda a importância da atividade física para a saúde vascular


Hábitos saudáveis e exercícios ajudam a melhorar a circulação sanguínea

 

A boa circulação sanguínea é essencial para a saúde do organismo, pois distribui oxigênio e nutrientes para os tecidos. Para funcionar de maneira eficiente, a prática regular de atividades físicas é indispensável, já que estimula o fluxo sanguíneo e contribui para a prevenção de problemas vasculares.

 

Segundo o Dr. Thiago Villari, cirurgião vascular e membro da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular da Regional São Paulo (SBACV-SP), a prática de exercícios físicos beneficia tanto as artérias quanto as veias.

 

"O movimento regular auxilia no controle de fatores de risco como obesidade, colesterol elevado, diabetes, hipertensão e estresse, além de prevenir doenças arteriais. No sistema venoso, fortalece a musculatura das pernas, especialmente das panturrilhas, melhora o bombeamento do sangue e reduz as chances de varizes, que afetam grande parte da população e causa dor, inchaço e problemas mais graves, como trombose e úlceras venosas", explica.

 

Perigos do sedentarismo

Passar longos períodos sentado ou em pé sem se movimentar aumenta a probabilidade de doenças cardiovasculares, favorecendo o acúmulo de gordura nos vasos sanguíneos. Esse quadro resulta em complicações graves, como acidente vascular cerebral (AVC), infarto e insuficiência renal. Em casos extremos, a má circulação pode levar a doenças arteriais que, se não tratadas, evoluem para amputações.

 

A permanência na mesma posição por horas seguidas compromete a circulação venosa, causa inchaço e aumenta o risco de varizes. Em situações mais graves, a trombose venosa profunda (TVP) é uma das principais preocupações. Esse problema está associado a diversos fatores de risco, como:

 

Histórico familiar ou pessoal da doença;

Uso de hormônios;

Imobilização prolongada;

Cirurgias;

Viagens de longa duração.

Embora o exercício físico não tenha relação direta com esses fatores, a mobilidade desempenha um papel essencial na prevenção. Alternar posturas, alongar as pernas e estimular a musculatura ajudam a evitar a formação de coágulos, além de reduzir significativamente o risco de trombose e suas consequências.

 

Exercícios benéficos para a saúde vascular

Todos os tipos de exercícios físicos são benéficos, desde que respeitem as condições individuais. O mais importante é escolher atividades que estimulem a circulação e favorecem o retorno venoso. Caminhada, musculação, pilates, bicicleta e natação estão entre as opções mais recomendadas, pois fortalecem a musculatura das pernas e impulsionam o sangue de volta ao coração.

 

Pacientes com desgaste articular ou artrose no quadril e membros inferiores se beneficiam de práticas corporais sem impacto, como natação e hidroginástica, que preservam as articulações e favorecem a circulação. Na terceira idade, movimentos de baixo impacto ajudam a prevenir inchaço, trombose e dores nas pernas, além de melhorar a mobilidade.

 

Como algumas condições exigem restrições, a orientação médica é essencial para garantir segurança e eficácia. A avaliação multidisciplinar inclui um ortopedista, essencial para orientar a escolha dos exercícios mais seguros. "Com uma avaliação adequada, é possível definir as melhores opções para cada caso", destaca o Dr. Thiago Villari.

 

Pequenas mudanças diárias fazem diferença

Optar por escadas em vez de elevadores, movimentar-se a cada duas horas e ativar a musculatura das pernas são atitudes acessíveis que também ajudam manter a circulação em equilíbrio. Mesmo em escritórios, alongamentos simples para os pés e panturrilhas auxiliam a manter o fluxo sanguíneo adequado e reduzem os riscos do sedentarismo prolongado.

 

Criar hábitos saudáveis desde cedo facilita a continuidade da atividade física ao longo da vida. Além de melhorar a disposição e o bem-estar, o exercício regular previne doenças crônicas. "Quanto mais cedo a prática se torna parte da rotina, maiores são os benefícios para a saúde e a qualidade de vida no futuro. Nunca é tarde para começar a se movimentar. Pequenas mudanças no dia a dia trazem grandes benefícios para a circulação e a qualidade de vida", conta o cirurgião vascular.

 

Outras medidas para manter a saúde vascular

Além da atividade física, mudanças no estilo de vida fortalecem a saúde vascular. Uma dieta rica em frutas, vegetais, fibras e gorduras saudáveis ajuda a manter a circulação eficiente. Evitar excesso de sal, açúcar e alimentos ultraprocessados, controlar o peso, a glicemia e evitar o tabagismo são medidas essenciais para a saúde do sistema circulatório.

 

https://www.terra.com.br/vida-e-estilo/saude/entenda-a-importancia-da-atividade-fisica-para-a-saude-vascular,dfd32b44e420865046d14590263ab4b79sk5azax.html?utm_source=clipboard - Por Elenice Costola - Foto: Drazen Zigic | Shutterstock / Portal EdiCase

Cientistas revelam as melhores dietas para um envelhecimento saudável


Este é um dos primeiros estudos a comparar múltiplos padrões alimentares com o envelhecimento saudável como um todo, segundo os autores

 

Enquanto algumas pessoas mantêm a saúde física e mental por décadas, outras enfrentam limitações logo após a meia-idade. Genética e ambiente influenciam, claro, mas hábitos cotidianos, como a alimentação, também têm papel fundamental no envelhecimento.

 

Em uma nova pesquisa conduzida ao longo de 30 anos, pesquisadores das universidades de Harvard (Estados Unidos), Copenhague (Dinamarca) e Montreal (Canadá) analisaram como os hábitos alimentares na meia-idade influenciam o envelhecimento saudável — definido como atingir os 70 anos sem doenças crônicas graves, nem comprometimentos cognitivos, físicos ou mentais. O estudo foi publicado em março na revista Nature Medicine.

 

Segundo os autores, este é um dos primeiros trabalhos a comparar múltiplos padrões alimentares com a saúde integral na velhice.

 

“Estudos já investigaram padrões alimentares no contexto de doenças específicas ou da expectativa de vida das pessoas. O nosso adota uma visão multifacetada, perguntando: ‘Como a dieta afeta a capacidade das pessoas de viver de forma independente e desfrutar de uma boa qualidade de vida à medida que envelhecem?’”, disse em comunicado o coautor Frank Hu, epidemiologista de Harvard.

 

Oito padrões alimentares em destaque

A pesquisa usou dados de 105 mil adultos, com idades entre 39 e 69 anos, acompanhados de 1986 a 2016 por meio de dois grandes estudos populacionais dos Estados Unidos: o Nurses’ Health Study, que monitora a saúde de enfermeiras desde 1976; e o Health Professionals Follow-Up Study, voltado para profissionais da saúde do sexo masculino, iniciado em 1986.

 

Ao longo desse período, os participantes responderam a questionários alimentares regulares. Com base nas respostas, os pesquisadores avaliaram a adesão dos voluntários a oito padrões alimentares já estudados:

 

Índice Alternativo de Alimentação Saudável (AHEI): foca em frutas, vegetais, grãos integrais, nozes, leguminosas e gorduras saudáveis, com pouco açúcar, carne vermelha e sódio.

Índice Mediterrâneo Alternativo (aMED): baseado na dieta mediterrânea, valoriza azeite, peixe, grãos integrais, frutas, vegetais, vinho moderado e baixa ingestão de carne vermelha.

Abordagens Dietéticas para Interromper a Hipertensão (DASH): criada para controlar a pressão arterial, prioriza frutas, legumes, laticínios com baixo teor de gordura, grãos integrais e pouco sal.

Intervenção Mediterrânea-DASH para Atraso Neurodegenerativo (MIND): mistura da mediterrânea com a DASH, com foco em proteger o cérebro.

Dieta saudável baseada em vegetais (hPDI): favorece alimentos vegetais saudáveis e reduz o consumo de alimentos de origem animal.

Índice de Dieta da Saúde Planetária (PHDI): pensada para a saúde humana e do planeta.

Padrão alimentar empiricamente inflamatório (EDIP): mede o potencial inflamatório da dieta.

Índice alimentar empírico para hiperinsulinemia (EDIH): avalia o quanto uma dieta estimula a produção de insulina.

Além disso, os cientistas analisaram o consumo de alimentos ultraprocessados — produtos industrializados com alto teor de açúcar, sal, gorduras não saudáveis e aditivos químicos.

 

Resultados e impacto no envelhecimento saudável

Dos 105 mil participantes, 9.771 atingiram os critérios de saúde ideal aos 70 anos, o que representa 9,3% da amostra total. Os resultados mostraram que todos os oito padrões alimentares estavam associados a um envelhecer mais saudável — ou seja, seguir qualquer um deles aumentava as chances de chegar à terceira idade com boa saúde física e mental.

 

Ainda assim, o AHEI se destacou como o padrão alimentar com maior benefício geral. Pessoas com maior adesão ao AHEI tinham 86% mais chances de alcançar essa fase da vida com bem-estar, em comparação com aquelas que seguiam menos o padrão. Se a análise fosse feita com base nos 75 anos, o grupo com melhor adesão apresentava 2,24 vezes mais chances de manter a saúde.

 

O AHEI prioriza alimentos de origem vegetal, como frutas, legumes, grãos integrais, nozes e leguminosas, e reduz o consumo de carnes vermelhas e processadas, bebidas açucaradas, sódio e grãos refinados.

 

“Como permanecer ativo e independente é uma prioridade tanto para os indivíduos quanto para a saúde pública, realizamos a pesquisa sobre envelhecimento saudável. Nossas descobertas sugerem que padrões alimentares ricos em alimentos de origem vegetal, com inclusão moderada de alimentos saudáveis de origem animal, podem promover uma boa saúde geral na velhice e ajudar a moldar futuras diretrizes alimentares”, explica a coautora Marta Guasch-Ferré, nutricionista de Harvard.

 

Apesar de o AHEI ter apresentado os melhores resultados gerais, outras dietas também mostraram benefícios significativos. O PHDI, por exemplo, foi o padrão com a associação mais forte à saúde cognitiva e à sobrevivência até os 70 anos. Já o AHEI teve o melhor desempenho em relação à saúde física e mental.

 

Por outro lado, o alto consumo de alimentos ultraprocessados foi associado a uma menor probabilidade de envelhecer com qualidade de vida.

 

Fonte: https://www.metropoles.com/saude/cientistas-dietas-envelhecer-saude - Ravenna Alves - Getty Images

sábado, 12 de abril de 2025

Não gosta de fazer exercícios? A solução é mais fácil do que imagina


Angélica Almeida, personal trainer e colunista do Sport Life, revela o segredo para encontrar motivação

 

Uma das maiores queixas que recebo é: não consigo gostar de fazer exercício físico. E por que é tão difícil aderir a esse hábito?

 

Na verdade, não existe uma resposta óbvia. Pode ser por uma série de motivos, crenças limitantes, gatilhos, inadequação ou sentimento de incapacidade. Mas precisamos analisar o ambiente em que estamos inseridos, afinal, muitas pessoas não conviveram com a educação física e isso prediz na nossa vida adulta. A não ser na escola, mas com baixa frequência. Uma frequência que não foi suficiente para instalar esse hábito.

 

Quanto tempo de exercício por semana

Um hábito saudável que só traz benefícios, independente da modalidade que se realiza. Seis entre cada dez brasileiros adultos não seguem as recomendações da OMS (Organização Mundial da Saúde), de 150 minutos semanais de atividade física no tempo livre. O tempo recomendado é capaz de evitar doenças metabólicas.

 

Nosso corpo foi feito para se movimentar. No entanto, nosso cérebro deu um salto em aprendizagem e comunicação. E, como na natureza nada é estático, tudo evolui. Com os seres humanos não seria diferente.

 

Com toda essa evolução na aprendizagem, comportamento, comunicação e ambiente, já estamos colhendo os frutos da modernização. Horas de interação virtual podem causar ausência de atividades físicas e ganho de peso. Afinal, mais da metade da população está obesa, resultando em um esqueleto mais frágil por falta de movimento.

 

Se detectamos que tivemos uma mudança no estilo de vida e já sabemos onde precisamos intervir, por que ainda se cria uma grande resistência?

 

Gostamos de recompensa e as rápidas são as mais viciantes. Todas as ações são viciantes, estímulos em doses razoáveis são necessárias para a vida, o problema é quando você quer parar de fazer algo, mas não consegue, por exemplo não se exercitar e se recompensar com algo fácil, cria um reforço positivo. Para hábitos saudáveis nosso cérebro demora para entender ou esperar pela recompensa, retornando aos antigos hábitos.

 

Por que um novo hábito saudável faz bem para a saúde e a mente?

Você consegue deixar sua via dopaminérgica mais resistente, sendo que essa via desempenha um papel crucial na comunicação entre as células nervosas e na regulação de diversas funções cognitivas e motoras o exercício físico é imprescindível na sua vida.

 

A construção de um hábito começa pelo reforço que você por exemplo; estou ansioso alcanço o cigarro para fumar, logo me sinto bem, sem precisar lidar com as emoções, facilitando o sistema recompensador. Quando tenta instalar um hábito saudável seu cérebro demora para entender a recompensa, isso é imediatismo a pessoa não consegue esperar p receber a recompensa mais tarde.

 

Dicas para quem não gosta de fazer exercício:

Priorizar o seu compromisso.

Gerenciar o seu tempo, sua agenda.

Encontrar uma modalidade que promova satisfação.

Localidade, próximo de casa ou do trabalho.

Custo-benefício, caber no orçamento.

Comemorar os resultados, na aderência, na frequência de prática, mudanças físicas e melhora na qualidade de vida.

Uma outra questão que devemos refletir, não apenas no treino do dia, mas sim o quanto que colocamos de movimento no nosso dia a dia, nos tornando mais ativos.

 

O passo inicial para aderir e gostar de fazer exercício físico pode ser realizando com um mínimo diário, determine o movimento, tempo ou quantidade e vá aumentando gradativamente para sempre enviar novos estímulos para o seu corpo.

 

https://www.terra.com.br/vida-e-estilo/saude/nao-gosta-de-fazer-exercicios-a-solucao-e-mais-facil-do-que-imagina,7f69237717c318f949860ed9920421d9rc9l4dh5.html?utm_source=clipboard - Foto: Shutterstock / Sport Life

sexta-feira, 11 de abril de 2025

7 dicas para se exercitar com segurança estando acima do peso


Alguns cuidados são importantes para evitar lesões durante a atividade física

 

A obesidade é uma condição que tem gerado preocupação entre os especialistas no Brasil. Projeções do Congresso Internacional sobre Obesidade (2024) indicam que, se o ritmo atual continuar, até 2044 cerca de 48% dos adultos brasileiros poderão estar obesos, enquanto 27% estarão com sobrepeso. Atualmente, 56% da população adulta já enfrenta um desses quadros.

 

Em busca de uma vida mais saudável e fora das estatísticas, muitas pessoas têm recorrido à prática de atividades físicas. Segundo o fisioterapeuta Cristoph Enns, professor do UniCuritiba, o hábito é essencial no processo de emagrecimento e na melhoria da qualidade de vida. No entanto, ele alerta que mudanças na rotina devem ser feitas com acompanhamento profissional. "Pessoas obesas ou com sobrepeso correm risco de sofrer lesões ou sobrecarregar o sistema cardiovascular se não forem bem orientadas durante os exercícios", destaca.

 

De acordo com Glenda Naila de Souza, coordenadora dos cursos de Saúde do UniCuritiba, o ideal é contar com o apoio de uma equipe multidisciplinar. "Para tratar a obesidade, além de vencer o sedentarismo, é preciso ter o acompanhamento de profissionais especializados, como nutricionistas, psicólogos e fisioterapeutas, que vão auxiliar em todo o processo — envolvendo aspectos físicos, mentais e sociais", reforça a fisioterapeuta.

 

Para evitar lesões e começar a se movimentar com segurança, os fisioterapeutas compartilham algumas orientações. Confira!

 

1. Faça uma avaliação médica 

Consulte um médico para checar seu estado geral de saúde, principalmente cardiovascular, articular e metabólico.

 

2. Comece de forma gradual

Inicie com atividades de baixo impacto e intensidade moderada, como natação, hidroginástica ou caminhadas em superfícies planas. Esses exercícios reduzem o impacto nas articulações que já estão sob maior pressão devido ao excesso de peso.

 

3. Aumente a intensidade e a duração dos exercícios progressivamente

À medida que o condicionamento físico melhorar, aumente a intensidade e a duração dos exercícios. Depois, inclua exercícios para o fortalecimento muscular, como musculação ou pilates. Eles melhoram a postura, aumentam o metabolismo basal e protegem as articulações.

 

4. Fique atento à postura e à técnica

Pessoas obesas tendem a ter alterações posturais e dificuldades de equilíbrio. Fazer os exercícios com a técnica correta é essencial para evitar lesões.

 

5. Acompanhe a frequência cardíaca

No início, evite exercícios muito intensos que podem sobrecarregar o sistema cardiovascular. Pessoas obesas têm mais dificuldades para controlar a frequência cardíaca durante o exercício.

 

6. Use roupas confortáveis e calçados adequados

Peças leves facilitam a transpiração, enquanto os calçados com bom amortecimento reduzem o impacto nas articulações e evitam lesões.

 

7. Respeite os limites do corpo

É normal sentir algum desconforto no início, mas dores intensas ou persistentes são um sinal de alerta. Se for o caso, pare o exercício e peça orientação profissional.

 

Consulte um especialista

Além dos cuidados com a postura, a intensidade e o tipo de exercício, o tratamento contra a obesidade pode exigir também acompanhamento psicológico. Isso acontece, segundo a psicóloga Alexia S. M. Lopes, porque a doença, em muitos casos, está associada a questões emocionais como ansiedade, depressão ou compulsão alimentar.

 

"Pesquisas recentes indicam que a regulação emocional tem um papel crucial no controle do peso e intervenções psicológicas têm demonstrado eficácia na mudança de hábitos alimentares e na adesão à prática de atividades físicas", explica a professora do UniCuritiba.

 

O equilíbrio emocional também tem um papel fundamental na nossa relação com a comida. Momentos de tensão, ansiedade ou frustração, por exemplo, podem desencadear o consumo excessivo de alimentos, especialmente aqueles ricos em gordura e açúcar. "O suporte psicológico auxilia na identificação dos gatilhos emocionais que levam ao consumo excessivo de alimentos e contribui para o desenvolvimento de estratégias mais saudáveis de enfrentamento", acrescenta a especialista.

 

Atividade física e alimentação saudável caminham lado a lado

De acordo com Jhonathan Andrade, professor do curso de Nutrição, outro aspecto importante para promover a perda de peso de forma eficaz e sustentável é combinar a atividade física com uma alimentação saudável e balanceada.

 

"No processo de emagrecimento é fundamental que a pessoa se mantenha hidratada antes, durante e após os exercícios. A alimentação também deve ser equilibrada, com alimentos que forneçam a energia suficiente para a prática da atividade física, mas sem exageros calóricos", conclui.

 

https://www.terra.com.br/vida-e-estilo/saude/7-dicas-para-se-exercitar-com-seguranca-estando-acima-do-peso,4334d373f8d548e4892cc8db39626690wkwtucyb.html?utm_source=clipboard - Por Marlise Groth Mem - Foto: Inside Creative House | Shutterstock / Portal EdiCase