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quinta-feira, 14 de outubro de 2021

Manual de Hábitos para Prevenir Alzheimer desde cedo


Os fatores que aumentam o risco de desenvolver a doença começam ainda na infância, portanto, nunca é cedo ou tarde demais para começar a prevenção

 

O Alzheimer é um tipo de demência que vai destruindo o cérebro e apagando as memórias aos poucos. Ainda não se sabe tudo sobre a doença, mas ela está cada vez mais conhecida pelas pessoas, graças à internet.

 

Muitos canais no YouTube e perfis nas redes sociais mostram a vida de idosos com Alzheimer a fim de esclarecer dúvidas e dar dicas para facilitar a rotina dos portadores e seus cuidadores.

 

Mas, devido ao impacto que o Alzheimer provoca na vida e por ainda não ter cura, a grande questão é: existe forma de prevenir? A resposta, por enquanto, é: parcialmente. Você vai ver agora quais são as recomendações dos especialistas para proteger o cérebro contra a doença.

 

12 Fatores preponderantes para o desenvolvimento do Alzheimer

Recentemente, a Comissão contra a Demência publicou um relatório na revista médica The Lancet, que está entre as mais conceituadas do mundo. Esse documento traz uma lista de causas e atitudes que podem proteger o cérebro contra o desenvolvimento do Alzheimer.

 

Claro, é preciso lembrar que essa doença também depende de uma predisposição genética, portanto, as recomendações não são garantia de que o Alzheimer não irá se manifestar, mas os cuidados podem reduzir o risco em até 40% ou fazer os sintomas serem postergados por meses e até décadas. Veja só:

 

Os dois grandes grupos

Antes de partir para as recomendações, é importante saber que a lista de fatores que você verá a seguir é dividida em dois grandes grupos, conforme com seus efeitos maléficos à massa cinzenta.

 

O primeiro grupo inclui problemas de saúde e hábitos que prejudicam a chegada de oxigênio e nutrientes às células nervosas, gerando processos inflamatórios que levam a uma piora progressiva das funções dessas células, facilitando o desenvolvimento do Alzheimer.

 

O segundo grupo está relacionado ao quanto uma pessoa estimula e desafia seu raciocínio no dia a dia, pois o aprendizado constante é capaz de criar novas conexões entre os neurônios, mais fortes e mais difíceis de serem destruídas pela doença.

 

Evite a perda auditiva

Cuide bem da sua audição. Se você trabalha em ambientes barulhentos, use equipamentos de proteção auricular para reduzir os danos a audição.

Quando estiver usando fones de ouvido, cuidado para que o volume não fique muito alto, ou irá lesionar as células do ouvido.

Quando for fazer seu check-up médico anual, consulte um otorrino para fazer exames e ver como está a sua audição.

Se houver algum prejuízo, invista num aparelho auditivo para reverter o prejuízo cognitivo causado ou evitar que o problema evolua.

 

Estimule seu raciocínio

Estude, leia, busque informação de qualidade para alimentar seu cérebro, sua memória, sua capacidade de raciocínio e de reflexão. Desafie-se a aprender coisas novas todos os dias, inclusive depois dos 60 anos, para manter seu cérebro ativo, sempre criando novas conexões neuronais.

 

Pare de fumar

O hábito de fumar só traz malefícios para a saúde, inclusive, aumenta o risco de desenvolver Alzheimer. Se tiver dificuldade em parar sozinho, procure ajuda médica, pois há tratamentos.

 

Trate a depressão

É complicado prevenir a depressão, até porque, assim como o Alzheimer, essa é uma doença que ainda deixa muitas dúvidas sobre as causas. O importante aqui é saber reconhecer os sintomas e buscar suporte médico o quanto antes.

 

Evite o isolamento e a solidão

Em tempos de pandemia é complicado falar sobre evitar o isolamento e a solidão. Mas, a questão é evitar isolar-se do mundo até mesmo virtualmente. Há pessoas que ficam bem sozinhas, mas outras ficam muito mal e acabam prejudicando sua saúde mental por conta disso.

 

Cuidado com as pancadas na cabeça

As pancadas na cabeça geralmente ocorrem por acidente ou devido a algum esporte mais violento, como lutas. Então, o que se pode fazer é tomar cuidado na rotina para evitar que os acidentes aconteçam. Dirija com cuidado, use capacete para guiar moto ou bicicleta, use protetores nos esportes violentos. Se sofrer alguma pancada forte na cabeça e tiver sintomas, faça exames o quanto antes.

 

Procure evitar a poluição

Se você mora em uma cidade com alta taxa de poluição do ar, fica impossível evitar respirar esse ar no dia a dia. Mas, tente ao menos evitar os horários de maior trânsito, que é quando a poluição aumenta. Se for possível, escolha viver em uma região mais próxima da natureza e longe do centro e fique longe dos fumantes.

 

Cuidado com a hipertensão

Se você ainda não tem hipertensão, cuide bem da sua saúde para não desenvolver essa doença. Se você já tem, cuide bem da sua saúde para manter a doença sob controle. Mantenha uma rotina saudável e equilibrada, alimente-se sem excessos, pratique atividade física.

 

Evite o sedentarismo

Já mencionada na dica anterior, a prática de atividade física frequente é essencial para prevenir muitos problemas de saúde, inclusive o Alzheimer. Mesmo se ainda não puder separar uma ou duas horas do seu dia para ir à academia ou praticar um esporte, inclua mais movimento na sua rotina normal: prefira escadas ao invés do elevador; sempre que puder, saia a pé ou de bicicleta; alongue o corpo ao acordar.

 

Cuidado com a diabetes

Mais uma doença muito perigosa que deve ser evitada ou mantida sob controle é a diabetes. Não abra espaço na sua rotina para o desenvolvimento dessa doença, pois ela não tem cura depois que se instala, e pode trazer graves prejuízos à saúde.

 

Evite o excesso de bebida alcoólica

Consumir bebida alcoólica em excesso traz vários prejuízos à saúde. Se você gosta de beber de vez em quando, tudo bem. Apenas não exagere, não faça isso com frequência, e beba muita água antes, durante e depois de consumir o álcool para se livrar dele o quanto antes. Se você tem problemas com alcoolismo, procure ajuda para conseguir se livrar desse problema o mais breve possível e levar uma vida mais saudável e feliz.

 

Evite ou trate a obesidade

Existem diferentes causas para a obesidade, e muitas pessoas lutam contra essa doença a vida inteira. Não é fácil, mas é possível, quando você conta com o suporte de profissionais de saúde e mantém sua rotina sob controle. A obesidade pode ser prevenida ou tratada com um conjunto de cuidados, incluindo uma alimentação balanceada, a prática de atividade física regular e o controle dos problemas que podem facilitar o ganho excessivo de peso.

 

Fonte: https://www.dicasonline.com/manual-de-habitos-prevenir-alzheimer-desde-cedo/ - por Priscilla Riscarolli


E nós conhecemos e cremos no amor que Deus nos tem. Deus é amor e quem está em amor está em Deus, e Deus, nele.

1 João 4:16


sexta-feira, 1 de outubro de 2021

8 atividades físicas essenciais para a saúde de seu cérebro


Conheça as modalidades que mais auxiliam a atenção, memória, raciocínio e reduzem riscos de doenças cognitivas

 

Praticar exercícios vai muito além de ter um corpo saudável e bonito. Atividades não só de raciocínio como também as físicas auxiliam na saúde do cérebro.

 

Pesquisadores da Universidade de Geórgia (EUA) descobriram que 20 minutos de atividades físicas diariamente melhoram o processamento de informações e a memória do cérebro. Afinal, ser fisicamente ativo aumenta o bombeamento de sangue ao cérebro, o que o protege de doenças cognitivas e neurodegenerativas, além de estimular o crescimento e o desenvolvimento de novos neurônios.

 

Conheça as melhores atividades físicas para seu cérebro:

 

1. Dança de Salão

Conforme o Frontiers in Aging Neuroscience, praticar uma aula de dança de salão uma vez por semana (e com duração média de 1 hora) traz melhorias significativas de desempenho, habilidades sensoriais, atenção, memória, concepção visual-espacial, postura e coordenação motora após seis meses.

Já um estudo divulgado no New England Journal of Medicine aponta que a dança de salão reduz a probabilidade de demência em seus praticantes. Além dos benefícios citados, a dança integra ritmos musicais e interação social, que também são itens vantajosos ao cérebro.

 

2. Slackline

Exercícios que trabalham diretamente o equilíbrio e o foco, como o slackline, são ótimos para a saúde de sua mente.

Um estudo publicado no International Journal of Sports Medicine mostrou que a modalidade aumenta as funções do hipocampo, área do cérebro responsável pela memória e aprendizagem. Já a concentração, necessária para manter o equilíbrio no elástico, é capaz de trazer sensações de calma e felicidade.

 

3. Yoga

Uma pesquisa publicada no Journal of American Medical Association mostrou que o yoga é capaz de, além de reduzir o estresse e a ansiedade, ser eficaz contra o mal de Parkinson. Isso porque exercícios de yoga aumentam a produção de neurônios, auxiliando em melhores percepções sensoriais, memória e tomada de decisões.

Já uma análise publicada no periódico Frontiers in Human Neuroscience comprova que a prática eleva os níveis de plasma da proteína BDNF, que influencia no aprendizado, imunidade, regularização do humor e até no metabolismo.

 

4. Corrida

Além da série de benefícios que traz ao corpo, a corrida impulsiona a saúde do cérebro. Pesquisadores americanos demonstraram que correr (de intensidade moderada à alta) melhora a transmissão de mensagens entre células nervosas, reduz a inflamação do tecido nervoso e aumenta a quantidade de determinadas proteínas no cérebro.

 

5. Sexo

Além do prazer: adultos com vida sexual ativa têm memórias mais efetivas. Isso é o que revelou um estudo da Universidade de Maryland. Ainda, um orgasmo é capaz de ativar diversas áreas do cérebro de uma só vez, segundo estudos do Departamento de Psicologia da Rutgers.

 

6. Tai Chi Chuan

Criado para autodefesa, o Tai Chi Chuan atualmente é tido como uma modalidade de baixo impacto, com movimentos para o corpo e mente. Além de auxiliar na atenção, coordenação e equilíbrio de emoções, um estudo publicado no Frontiers in Human Neuroscience aponta que a prática melhora o cérebro de pessoas com um comprometimento leve de demência.

 

7. Pesos

Cientistas australianos concluíram que a musculação preserva funções cognitivas - e quanto mais fortes as pessoas se tornam a partir de exercícios com pesos e halteres, mais saudável serão seus cérebros. Foram analisados cerca de 100 idosos com comprometimento cognitivo leve (como déficit de atenção).

Assim, pesos livres, aparelhos de musculação e calistenia não só fortalecem os músculos, como também aumentam a memória, atenção e raciocínio.

 

8. Meditação

A meditação fornece um combo de benefícios ao cérebro: reduz o estresse e a ansiedade, diminui riscos de doenças cognitivas relacionadas à idade e melhora diversas funções dos neurônios. É o que indica um estudo da Universidade da Califórnia. Os participantes, graças à meditação, apresentaram maior satisfação em relação às próprias vidas e planos, tendo mais autoconfiança para lidar com problemas cotidianos.

 

Fonte: https://www.minhavida.com.br/fitness/materias/34698-8-atividades-fisicas-essenciais-para-a-saude-de-seu-cerebro - Escrito por Tatiane Gonsales - Redação Minha Vida


Por isso, vos digo que tudo o que pedirdes, orando, crede que o recebereis e tê-lo-eis.

Marcos 11:24


sexta-feira, 30 de julho de 2021

Estudos revelam 21 maneiras de diminuir o risco de Alzheimer


Promover o estímulo mental, evitar obesidade e hipertensão ajudam a adiar o desenvolvimento da doença degenerativa do cérebro, afirmam investigadores

 

A ingestão excessiva de álcool, o sedentarismo, o tabagismo e um regime alimentar pobre em nutrientes, que aumente o risco de obesidade, diabetes e hipertensão são os principais fatores de risco, segundo a publicação.

 

O estudo sublinhou que há um maior risco de ocorrência de quadros de demência em pessoas negras, em asiáticos, grupos marginalizados e em populações economicamente desfavorecidas.

 

A meta-análise analisou 395 estudos prospectivos observacionais e ensaios clínicos randomizados.

 

Os acadêmicos determinaram que dois terços das intervenções mais promissoras focavam-se em alterações simples no quotidiano que levam a uma vida saudável, focadas em evitar fatores de risco para patologias cardíacas, como pressão alta e elevados níveis de colesterol 'mau' (LDL'.

 

Formas que ajudam a evitar e a retardar o desenvolvimento de Alzheimer, de acordo com as duas meta-análises realizadas:

 

1. Manter o nível adequado de açúcar no sangue e o peso sob controle para evitar diabetes.

2. Manter o peso num nível saudável, normalmente abaixo de um Índice de Massa Corporal (IMC) de 25.

3. Obter o máximo de habilitações acadêmicas a partir da infância.

4. Evitar traumatismo craniano (como concussões).

5. Manter-se cognitivamente ativo lendo e aprendendo continuamente coisas novas.

6. Evitar ou controlar a depressão.

7. Gerir o estress.

8. Tratar a hipotensão ortostática (sensação recorrente de tontura ao se levantar).

9. Manter a pressão arterial sob controle a partir dos 40 anos.

10. Examinar os riscos de perda de audição ao longo da vida e usar aparelho auditivo se necessário (perda auditiva está associada a dano na região cerebral ligado à memória).

11. Evitar níveis elevados de homocisteína, um aminoácido que pode contribuir para a formação de coágulos nos vasos sanguíneos e danos nas artérias (prevenção com base em suplementação de vitaminas do complexo B, com recomendação médica).

12. Praticar exercício físico.

13. Gerir a fibrilação atrial, que é uma frequência cardíaca rápida e irregular devido a sinais elétricos caóticos no coração (com acompanhamento médico regular).

14. Comer alimentos ricos em vitamina C ou tomar suplementos.

15. Reduzir a exposição à poluição do ar e a fumaça passiva do tabaco.

16. Evitar o abuso de álcool.

17. Evitar o hábito de fumar.

18. Dormir horas adequadas.

19. Evitar terapia de reposição de estrogênio no pós-menopausa.

20. Evitar a toma de medicamentos para demência como prevenção.

21. Combater a pobreza e a discriminação racial.  

 

Fonte: https://www.noticiasaominuto.com.br/lifestyle/1826947/estudos-revelam-21-maneiras-de-diminuir-o-risco-de-alzheimer - © iStock

sábado, 24 de abril de 2021

O exercício aumenta o fluxo sanguíneo para o cérebro, segundo estudo


Os resultados aumentam as evidências de que programas de exercícios podem ajudar adultos mais velhos a retardar o início da perda de memória e demência

 

Não são apenas as pernas e o coração que treinam quando você caminha rapidamente; o exercício também afeta o cérebro. Um novo estudo mostra que, quando adultos mais velhos com leve perda de memória seguiram um programa de exercícios por um ano, o fluxo sanguíneo para o cérebro aumentou.

 

Não são apenas as pernas e o coração que treinam quando você caminha rapidamente; o exercício também afeta o cérebro. Um novo estudo realizado por pesquisadores da UT Southwestern mostra que quando adultos mais velhos com leve perda de memória seguiram um programa de exercícios por um ano, o fluxo sanguíneo para seus cérebros aumentou. Os resultados foram publicados online hoje no Journal of Alzheimer's Disease .

 

"Isso é parte de um crescente corpo de evidências que liga o exercício à saúde do cérebro", disse o líder do estudo Rong Zhang, Ph.D., professor de neurologia da UTSW. "Nós mostramos pela primeira vez em um estudo randomizado com esses adultos mais velhos que o exercício faz com que mais sangue flua para o cérebro."

 

Até um quinto das pessoas com 65 anos ou mais têm algum nível de comprometimento cognitivo leve (MCI) - pequenas mudanças no cérebro que afetam a memória, a tomada de decisões ou as habilidades de raciocínio. Em muitos casos, o MCI progride para demência, incluindo doença de Alzheimer.

 

Cientistas demonstraram anteriormente que níveis mais baixos do que o normal de fluxo sanguíneo para o cérebro e vasos sanguíneos mais rígidos que levam ao cérebro estão associados a MCI e demência. Estudos também sugeriram que exercícios aeróbicos regulares podem ajudar a melhorar a cognição e a memória em idosos saudáveis. No entanto, os cientistas não estabeleceram se há uma ligação direta entre exercícios, vasos sanguíneos mais rígidos e fluxo sanguíneo cerebral.

 

"Ainda há muito que não sabemos sobre os efeitos do exercício no declínio cognitivo mais tarde na vida", diz C. Munro Cullum, Ph.D., professor de psiquiatria da UTSW e co-autor sênior do estudo. "MCI e demência são provavelmente influenciados por uma interação complexa de muitos fatores, e pensamos que, pelo menos para algumas pessoas, o exercício é um desses fatores."

 

No estudo, Zhang, Cullum e seus colegas acompanharam 70 homens e mulheres com idades entre 55 e 80 anos que haviam sido diagnosticados com MCI. Os participantes foram submetidos a exames cognitivos, testes de condicionamento físico e exames de ressonância magnética (MRI) do cérebro. Em seguida, eles foram aleatoriamente designados para seguir um programa de exercícios aeróbicos moderados ou um programa de alongamento por um ano. O programa de exercícios envolveu três a cinco sessões de exercícios por semana, cada uma com 30-40 minutos de exercícios moderados, como uma caminhada rápida.

 

Em ambos os programas, fisiologistas do exercício supervisionaram os participantes durante as primeiras quatro a seis semanas, depois fizeram com que os pacientes registrassem seus exercícios e usassem um monitor de frequência cardíaca durante o exercício.

 

Quarenta e oito participantes do estudo - 29 no grupo de alongamento e 19 no grupo de exercícios aeróbicos - completaram o ano inteiro de treinamento e retornaram para testes de acompanhamento. Entre eles, aqueles que realizaram exercícios aeróbicos mostraram diminuição da rigidez dos vasos sanguíneos do pescoço e aumento do fluxo sanguíneo geral para o cérebro. Quanto mais o consumo de oxigênio (um marcador de aptidão aeróbica) aumenta, maiores são as alterações na rigidez dos vasos sanguíneos e no fluxo sanguíneo cerebral. Mudanças nessas medidas não foram encontradas entre as pessoas que seguiram o programa de alongamento.

 

Embora o estudo não tenha encontrado nenhuma mudança significativa na memória ou em outras funções cognitivas, os pesquisadores dizem que pode ser devido ao pequeno tamanho ou curta duração do teste. Mudanças no fluxo sanguíneo podem preceder mudanças na cognição, dizem eles. Eles já estão realizando um estudo maior de dois anos, Redução de Risco para Doença de Alzheimer (rrAD), que investiga a ligação entre exercícios e declínio cognitivo.

 

“Provavelmente, existem algumas pessoas que se beneficiam mais com os exercícios do que outras”, diz Cullum. "Mas com o tamanho da amostra neste estudo, foi difícil analisar subgrupos de pessoas para tirar essas conclusões."

 

Ainda assim, os dados são importantes para ajudar a explicar os efeitos dos exercícios no cérebro e por que podem ser benéficos, dizem Zhang e Cullum, membros do Peter O'Donnell Jr. Brain Institute.

 

"Ter descobertas fisiológicas como essas também pode ser útil para os médicos quando conversam com seus pacientes sobre os benefícios dos exercícios", diz Zhang. "Agora sabemos, com base em um ensaio randomizado e controlado, que o exercício pode aumentar o fluxo sanguíneo para o cérebro, o que é uma coisa boa."

 

Cullum detém o Distinguished Professorship Pam Blumenthal em Psicologia Clínica na UT Southwestern.

 

Esta pesquisa foi financiada com fundos do National Institutes of Health (R01AG033106 e R01HL102457).

 

Fonte: https://www.sciencedaily.com/releases/2021/03/210323131213.htm

terça-feira, 13 de abril de 2021

O açúcar não é tão bom para o desenvolvimento do cérebro do seu filho, o estudo sugere


Uma nova pesquisa mostra como o alto consumo afeta o aprendizado, a memória

 

Uma nova pesquisa mostrou em um modelo de roedor que o consumo diário de bebidas adoçadas com açúcar durante a adolescência prejudica o desempenho em tarefas de aprendizagem e memória durante a idade adulta. O grupo mostrou ainda que as mudanças nas bactérias do intestino podem ser a chave para o comprometimento da memória induzida pelo açúcar.

 

O açúcar praticamente grita nas prateleiras da sua mercearia, principalmente nos produtos comercializados para crianças.

 

As crianças são os maiores consumidores de açúcar adicionado, mesmo com as dietas ricas em açúcar associadas a efeitos na saúde, como obesidade e doenças cardíacas, e até mesmo ao comprometimento da memória.

 

No entanto, pouco se sabe sobre como o alto consumo de açúcar durante a infância afeta o desenvolvimento do cérebro, especificamente uma região sabidamente importante para o aprendizado e a memória chamada hipocampo.

 

Uma nova pesquisa liderada por um membro do corpo docente da Universidade da Geórgia em colaboração com um grupo de pesquisa da Universidade do Sul da Califórnia mostrou em um modelo de roedor que o consumo diário de bebidas adoçadas com açúcar durante a adolescência prejudica o desempenho em tarefas de aprendizagem e memória durante a idade adulta. O grupo mostrou ainda que as mudanças nas bactérias do intestino podem ser a chave para o comprometimento da memória induzida pelo açúcar.

 

Apoiando essa possibilidade, eles descobriram que déficits de memória semelhantes foram observados mesmo quando a bactéria, chamada Parabacteroides, foi experimentalmente enriquecida no intestino de animais que nunca haviam consumido açúcar.

 

"O açúcar no início da vida aumentou os níveis de Parabacteroides, e quanto mais altos os níveis de Parabacteroides, pior os animais se saíram na tarefa", disse Emily Noble, professora assistente da Faculdade de Ciências da Família e do Consumidor da UGA que foi a primeira autora do artigo. "Descobrimos que a bactéria sozinha foi suficiente para prejudicar a memória da mesma forma que o açúcar, mas também prejudicou outros tipos de funções da memória."

 

As diretrizes recomendam limitar o açúcar

 

O Dietary Guidelines for Americans, uma publicação conjunta dos Departamentos de Agricultura e de Saúde e Serviços Humanos dos EUA, recomenda limitar os açúcares adicionados a menos de 10% das calorias por dia.

 

Dados dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças mostram que os americanos com idades entre 9 e 18 anos excedem essa recomendação, a maior parte das calorias provenientes de bebidas adoçadas com açúcar.

 

Considerando o papel que o hipocampo desempenha em uma variedade de funções cognitivas e o fato de a área ainda estar se desenvolvendo até o final da adolescência, os pesquisadores procuraram entender mais sobre sua vulnerabilidade a uma dieta rica em açúcar via microbiota intestinal.

 

Os ratos juvenis receberam ração normal e uma solução de açúcar a 11%, que é comparável às bebidas adoçadas com açúcar disponíveis no mercado.

 

Os pesquisadores então fizeram com que os ratos realizassem uma tarefa de memória dependente do hipocampo, projetada para medir a memória contextual episódica, ou lembrar o contexto onde eles tinham visto um objeto familiar antes.

 

"Descobrimos que os ratos que consumiram açúcar no início da vida tinham uma capacidade prejudicada de discriminar que um objeto era novo para um contexto específico, uma tarefa que os ratos que não receberam açúcar eram capazes de fazer", disse Noble.

 

Uma segunda tarefa de memória mediu a memória de reconhecimento básico, uma função de memória independente do hipocampo que envolve a capacidade dos animais de reconhecer algo que viram anteriormente.

 

Nessa tarefa, o açúcar não teve efeito na memória de reconhecimento dos animais.

 

"O consumo de açúcar no início da vida parece prejudicar seletivamente o aprendizado e a memória do hipocampo", disse Noble.

 

Análises adicionais determinaram que o alto consumo de açúcar levou a níveis elevados de Parabacteroides no microbioma intestinal, os mais de 100 trilhões de microorganismos do trato gastrointestinal que desempenham um papel na saúde e nas doenças humanas.

 

Para identificar melhor o mecanismo pelo qual a bactéria impactou a memória e o aprendizado, os pesquisadores aumentaram experimentalmente os níveis de Parabacteroides no microbioma de ratos que nunca haviam consumido açúcar. Esses animais mostraram deficiências nas tarefas de memória dependentes e independentes do hipocampo.

 

"(A bactéria) induziu alguns déficits cognitivos por conta própria", disse Noble.

 

Noble disse que pesquisas futuras são necessárias para identificar melhor as vias específicas pelas quais essa sinalização intestinal do cérebro opera.

 

"A questão agora é como essas populações de bactérias no intestino alteram o desenvolvimento do cérebro?" Noble disse. "Identificar como as bactérias no intestino estão afetando o desenvolvimento do cérebro nos dirá de que tipo de ambiente interno o cérebro precisa para crescer de maneira saudável."

 

O artigo, "Táxons microbianos intestinais elevados por açúcar na dieta perturbam a função da memória", aparece na Translational Psychiatry. Scott Kanoski, professor associado da Faculdade de Letras, Artes e Ciências da USC Dornsife, é o autor correspondente do artigo.

 

Os autores adicionais do artigo são Elizabeth Davis, Linda Tsan, Clarissa Liu, Andrea Suarez e Roshonda B. Jones, da University of Southern California; Christine Olson, Yen-Wei Chen, Xia Yang e Elaine Y. Hsiao, da Universidade da Califórnia-Los Angeles; e Claire de La Serre e Ruth Schade da UGA.

 

Fonte: https://www.sciencedaily.com/releases/2021/03/210331130910.htm - Crédito: © schankz / stock.adobe.com

segunda-feira, 15 de março de 2021

Alimentos para o cérebro: Veja as recomendações para a saúde mental


Alimentos para o cérebro

 

Dietas personalizadas e mudanças no estilo de vida podem ser a chave para otimizar não apenas a saúde física, mas também a saúde mental.

 

As recomendações atuais para ingestão de alimentos são todas baseadas na saúde do corpo, basicamente envolvendo movimentos - não existem recomendações alimentares visando um melhor funcionamento do cérebro e da mente.

 

Uma das razões para isso está em que terapias de saúde mental precisam considerar as diferenças no grau de maturidade cerebral entre adultos jovens (18-29 anos) e adultos maduros (30 anos ou mais), bem como a morfologia cerebral entre homens e mulheres.

 

"Precisamos considerar um espectro de mudanças dietéticas e de estilo de vida com base em diferentes grupos de idade e sexo. Não existe uma dieta saudável que funcione para todos. Não existe uma solução única," enfatiza a professora Lina Begdache, da Universidade Binghamton (EUA).

 

Dietas para saúde mental

 

A equipe de Begdache coletou dados em diferentes momentos e estações, envolvendo mais de 2.600 participantes durante um período de cinco anos (2014-19).

 

Eles descobriram importantes elementos da dieta e do estilo de vida que contribuem para a saúde mental - eles se concentraram principalmente em casos de ansiedade e depressão - em cada um dos grupos.

 

O grande número de pessoas observadas permitiu que a equipe isolasse os fatores afetando homens e mulheres e adultos jovens e adultos mais velhos.

 

As principais recomendações são:

 

Mulheres jovens: As abordagens de dieta e de estilo de vida significativas para melhorar o bem-estar mental entre as mulheres jovens incluem o consumo diário de café da manhã, exercícios físicos frequentes com intensidade de moderada a alta, baixa ingestão de cafeína e abstinência de comidas prontas, como fast food.

 

Homens jovens: Para melhorar o bem-estar mental dos homens jovens, as abordagens dietéticas e de estilo de vida incluem exercícios frequentes, consumo moderado de laticínios, alto consumo de carne, bem como baixo consumo de cafeína e abstinência de fast food.

 

Mulheres maduras: As recomendações incluem exercícios diários e consumo de café da manhã, bem como ingestão elevada de frutas e ingestão limitada de cafeína.

 

Homens maduros: Entre os homens maduros, o único fator que parece melhorar a saúde mental está na ingestão moderada de nozes.

 

Cérebros diferentes

 

A equipe dividiu os voluntários em duas faixas etárias porque o desenvolvimento do cérebro humano continua até o final dos 20 anos. Para jovens adultos de ambos os sexos, a qualidade da dieta parece ter um impacto maior no cérebro em desenvolvimento.

 

"Os adultos jovens ainda estão formando novas conexões entre as células cerebrais, bem como a construção de estruturas; portanto, eles precisam de mais energia e nutrientes para fazer isso," disse Begdache.

 

Como resultado, os jovens adultos que consomem uma dieta de baixa qualidade e apresentam deficiências nutricionais podem sofrer de um grau mais alto de sofrimento mental.

 

Seis dicas para manter o cérebro sempre jovem

Checagem com artigo científico:

 

Artigo: Diet, Exercise, Lifestyle, and Mental Distress among Young and Mature Men and Women: A Repeated Cross-Sectional Study

Autores: Lina Begdache, Saloumeh Sadeghzadeh, Gia Derose, Cassandra Abrams

Publicação: Nutrients

DOI: 10.3390/nu13010024

 

Fonte: https://www.diariodasaude.com.br/news.php?article=alimentos-cerebro-veja-recomendacoes-saude-mental&id=14616 - Redação do Diário da Saúde - Imagem: Lina Begdache et al. - 10.3390/nu13010024

terça-feira, 2 de fevereiro de 2021

Sono é insubstituível para a recuperação do cérebro


O sono é onipresente no mundo animal e é vital para o funcionamento saudável.

 

Você deve saber bem disso, mas os cientistas têm atestado a importância do sono em experimentos, por exemplo, com um pouco de sono após uma atividade física melhorando o desempenho em várias tarefas, em comparação com períodos iguais de descanso acordado.

 

No entanto, não está claro até agora se isso é devido a um refinamento ativo das conexões neurais ou meramente devido à ausência de novas entradas sensoriais durante o sono.

 

Agora, pesquisadores finalmente conseguiram indícios que comprovam que dormir é mais do que simplesmente um descanso para o cérebro.

 

Em outras palavras, não adianta descansar, você precisa dormir para se recuperar.

 

"O sono é insubstituível para a recuperação do cérebro. Ele não pode ser substituído por períodos de descanso para melhorar o desempenho. O estado do cérebro durante o sono é único," ressalta o professor Christoph Nissen, da Universidade de Freiburg (Alemanha), que fez o estudo com seus colegas da Universidade de Berna (Suíça).

 

Sono limpa o cérebro eliminando toxinas

Sono versus descanso

 

Em estudos anteriores, Nissen e sua equipe forneceram indícios que dão suporte à ideia de que o sono tem uma função dupla para o cérebro: Conexões não utilizadas são enfraquecidas e conexões relevantes são fortalecidas.

 

Neste estudo publicado agora, os pesquisadores realizaram um experimento de aprendizagem visual com 66 participantes.

 

Primeiro, todos os participantes foram treinados para distinguir certos padrões; depois, um grupo ficava acordado assistindo vídeos ou jogando tênis de mesa; o segundo grupo dormiu por uma hora, enquanto um terceiro grupo permaneceu acordado, mas em uma sala escura, sem estímulos externos e sob condições de laboratório para garantir que ninguém ia dormir, só descansar sem nenhum estímulo.

 

O grupo que dormiu não apenas apresentou um desempenho significativamente melhor do que o grupo que estava acordado e ativo, como também teve um desempenho significativamente melhor do que o grupo que estava acordado, mas privado de qualquer estímulo externo.

 

A melhora no desempenho foi associada à atividade típica do sono profundo do cérebro, que tem uma função importante para a conectividade das células nervosas.

 

"Isso mostra que é o próprio sono que faz a diferença," disse o professor Dieter Riemann, coautor do trabalho.

 

De quantas horas de sono precisamos?

 

Checagem com artigo científico:

Artigo: Sleep is more than rest for plasticity in the human cortex

Autores: Christoph Nissen, Hannah Piosczyk, Johannes Holz, Jonathan G Maier, Lukas Frase, Annette Sterr, Dieter Riemann, Bernd Feige

Publicação: Sleep

DOI: 10.1093/sleep/zsaa216

 

Fonte: https://www.diariodasaude.com.br/news.php?article=sono-insubstituivel-recuperacao-cerebro&id=14515 - Redação do Diário da Saúde - Imagem: CC0 Public Domain/Pixabay

sábado, 23 de janeiro de 2021

Álcool danifica o cérebro na adolescência e não é só isso


O álcool não nos embriaga, ou prejudica apenas nosso julgamento e nosso fígado: ele pode ter muitos outros efeitos péssimos em nossos corpos, incluindo no cérebro, de acordo com a Dra. Claire McCarthy da Harvard Health Publishing.

 

Em um editorial recente no BMJ, cientistas apontaram que há três períodos na vida em que o cérebro passa por grandes mudanças e é particularmente vulnerável aos efeitos do álcool. Dois desses períodos estão no início e no fim da vida. Quando as gestantes bebem álcool, ele pode danificar o cérebro em desenvolvimento do feto, levando a problemas físicos, deficiências de aprendizagem e problemas comportamentais. Quando pessoas com mais de 65 anos bebem álcool, pode piorar a redução na função cerebral que acontecem durante o envelhecimento.

 

O terceiro período é a adolescência. Durante esses anos de transição entre a infância e a idade adulta, o cérebro cresce e muda de muitas maneiras importantes que são cruciais para que essa transição seja bem sucedida. Quando adolescentes e jovens adultos bebem álcool, ele pode interferir com esse processo de desenvolvimento cerebral de maneiras que afetam o resto de suas vidas.

 

Uso de álcool em adolescentes e jovens adultos

De acordo com a CISA, o uso de álcool por jovens sobe no Brasil, na contramão do resto do mundo. Um a cada 5 jovens brasileiros entre 15 e 19 anos beberam no último ano e um a cada 4 daqueles em idade escolar já estiveram bêbados.

 

Isso é um monte de jovens que podem estar deformando seus cérebros — e suas vidas — para sempre.

 

Aqui está o que os pais de adolescentes podem e devem fazer:

 

Fale com seus adolescentes sobre álcool e seus efeitos, todos eles. Certifique-se que eles saibam dos fatos.

Tenha regras rígidas sobre o uso de álcool, e consequências se essas regras forem quebradas. Sim, é normal que os adolescentes experimentem, mas se você tolera que ou ela ele vá a festas com álcool, bebedeira ou dirigir enquanto bebe, isso pode literalmente destruir a vida do seu filho — ou acabar com ela.

Conheça os pais dos amigos do seu adolescente, e trabalhe para ter uma responsabilidade compartilhada e comunitária para manter todos seguros.

Dar um bom exemplo. Beba com responsabilidade, assim como esses anúncios incentivam.

 

Fonte: https://hypescience.com/alcool-cerebro-adolescentes/ - Por Marcelo Ribeiro

terça-feira, 24 de novembro de 2020

Quer melhorar sua memória? Então preste mais atenção


O que se sabia anteriormente é que suas pupilas indicam se você está prestando atenção.

 

Por que eu esqueço?

 

Neurocientistas descobriram como prever se um indivíduo vai se lembrar ou esquecer de uma coisa com base em sua atividade neural e no tamanho da sua pupila.

 

"À medida que navegamos em nossas vidas, passamos por períodos em que ficamos frustrados porque não somos capazes de trazer o conhecimento à mente, expressando o que sabemos," contextualiza o professor Anthony Wagner, da Universidade de Stanford (EUA). "Felizmente, a ciência agora tem ferramentas que nos permitem explicar por que um indivíduo, de momento a momento, pode deixar de se lembrar de algo armazenado em sua memória."

 

Além de investigar por que as pessoas às vezes se lembram e outras vezes se esquecem das coisas, a equipe também queria entender por que alguns de nós parecem ter melhor memória do que outros, e como fazer muitas coisas ao mesmo tempo pode influenciar esse lembrar e esquecer.

 

Os resultados podem ter implicações importantes para as condições médicas envolvendo a memória, como a doença de Alzheimer, e podem levar a aplicações para melhorar a atenção das pessoas na vida diária.

 

Relação entre pupilas e cérebro

 

Para monitorar lapsos de atenção em relação à memória, 80 voluntários com idades entre 18 e 26 anos tiveram suas pupilas medidas e sua atividade cerebral monitorada por meio de um eletroencefalograma (EEG) - especificamente, as ondas cerebrais conhecidas como potência alfa posterior - durante a execução de tarefas como relembrar ou identificar mudanças em itens previamente estudados.

 

"Aumentos na potência alfa na parte de trás do crânio têm sido relacionados a lapsos de atenção, divagações da mente, distração e assim por diante," explica o pesquisador Kevin Madore. "Também sabemos que constrições no diâmetro da pupila - em particular, antes de você fazer diferentes tarefas - estão relacionadas a falhas de desempenho, como tempos de reação mais lentos e mais divagações mentais."

 

Os pesquisadores também estudaram as diferenças na capacidade das pessoas de manter a atenção, examinando o quão bem os voluntários conseguiam identificar uma mudança gradual em uma imagem enquanto se deparavam com vários tipos de distração (TV, celular, computador etc).

 

Atenção sustentada e multitarefa

 

Ao compararam o desempenho da memória entre os indivíduos nas diversas situações, a equipe descobriu que aqueles com menor capacidade de atenção sustentada e de multitarefa tiveram desempenho pior em tarefas de memória.

 

Em outras palavras, a capacidade da memória parece estar diretamente relacionada ao que ocorre no momento do registro do evento a ser lembrado, e não em "defeitos" posteriores no sistema de relembrança.

 

Wagner e Madore enfatizam que seu trabalho demonstra uma correlação, mas não causalidade.

 

"Não podemos dizer que multitarefas de mídia mais pesadas causam dificuldades com atenção sustentada e falhas de memória," disse Madore, "embora estejamos aprendendo cada vez mais sobre as direções das interações."

 

Checagem com artigo científico:

 

Artigo: Memory failure predicted by attention lapsing and media multitasking

Autores: Kevin P. Madore, Anna M. Khazenzon, Cameron W. Backes, Jiefeng Jiang, Melina R. Uncapher, Anthony M. Norcia, Anthony D. Wagner

Publicação: Nature

Vol.: 587, pages 87-91

DOI: 10.1038/s41586-020-2870-z

 

Fonte: https://www.diariodasaude.com.br/news.php?article=quer-melhorar-sua-memoria-entao-preste-mais-atencao&id=14427&nl=nlds - Redação do Diário da Saúde - Imagem: JaymzArt/Pixabay