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quinta-feira, 16 de setembro de 2021

Entenda como o diabetes afeta a saúde do seu coração


Condição crônica está relacionada a diversas doenças cardiovasculares, como infarto e AVC

 

De acordo com a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), pessoas com diabetes têm o dobro de risco de sofrer um infarto agudo do miocárdio. Estimativas da International Diabetes Federation revelam que até 80% dos pacientes com diabetes ou diabetes melito (tipo 2) morrem justamente em decorrência de complicações relacionadas a problemas cardíacos.

 

Quando trazemos isso para a quantidade de pessoas atingidas, os números assustam e nos ajudam a ter uma dimensão do tamanho do desafio. Uma declaração da Organização Mundial da Saúde (OMS), em abril deste ano, revela que o número de indivíduos com diabetes quadruplicou nos últimos 40 anos. Hoje, acredita-se que a doença afete cerca de 250 milhões de pessoas em todo o mundo. Só no Brasil, segundo a SBD, mais de 13 milhões vivem com esse diagnóstico.

 

O principal alerta aqui é que há grande potencial de crescimento dessas taxas. Projeções da OMS revelam que pode ocorrer aumento da prevalência mundial na ordem de 114% nos próximos 20 anos, levando ao surgimento de 330 milhões novos casos. O Brasil segue essa tendência, figurando entre os dez países com maior número absoluto de indivíduos portadores de diabetes tipo 2.

 

O crescimento acelerado é resultado, em parte, do envelhecimento da população, mas, principalmente, das modificações nos hábitos de vida, além do acesso a tratamentos e medicamentos. O diabetes é uma doença silenciosa que, sem o controle adequado, pode acarretar em uma série de problemas e danos à saúde, entre elas as doenças cardíacas, cegueira, doenças renais, amputações e até a morte. É uma condição pré-existente que aumenta também o risco de infecções oportunistas, como a COVID-19.

 

O que é diabetes?

Para começar, vamos entender, então, do que estamos falando. O diabetes é classificado como uma doença crônica não transmissível (DCNT). Trata-se de uma condição causada pela produção insuficiente ou má absorção de insulina, hormônio controlado pelo pâncreas que tem a função de quebrar as moléculas de glicose (açúcar) - e, assim, regular sua quantidade no sangue, garantindo a manutenção das células do organismo.

 

Em condições normais, quando o nível de glicose no sangue sobe, células especiais liberam a insulina de acordo com as necessidades do momento. A glicose pode ser utilizada como combustível para as atividades do corpo ou fica armazenada como reserva, em forma de gordura. Esse controle mantém em níveis normais a taxa de glicemia no sangue.

 

Para o coração, o aumento desta taxa acarreta em complicações que, em casos mais graves, pode levar à morte. O diabetes é capaz de desencadear infarto agudo do miocárdio, acidente vascular cerebral (AVC) e entupimentos das artérias, além de formação de aneurismas (dilatação de um vaso sanguíneo). Quando a doença se instala, potencializa ainda outras condições de risco, como a pressão alta e o colesterol elevado.

 

Diabetes e doenças cardiovasculares

Quando o organismo apresenta níveis elevados de glicose no sangue, várias alterações que interferem no sistema cardiovascular podem ocorrer. O principal comprometimento é a doença arterial coronária, que surge em decorrência do processo precoce e acelerado de aterosclerose - formação de placas de gordura na parede das artérias do coração.

 

Isso porque o diabetes traz mudanças para a função de vários tipos de células, como as endoteliais, as musculares e as plaquetas, além de favorecer a produção de coágulos e elevar o nível de colesterol, formando um número maior de placas de gordura nas artérias coronárias (as responsáveis por irrigar o coração).

 

A hiperglicemia crônica, a dislipidemia (presença de níveis elevados de gordura no sangue) e a resistência à insulina, somados, favorecem a progressão aterosclerótica, elevando o risco de entupimento dos vasos.

 

Para manter-se em pleno funcionamento, o músculo cardíaco necessita de uma demanda constante de sangue. Assim, a obstrução parcial ou total das coronárias pode acarretar no surgimento ou agravamento de fatores de risco ou doenças cardíacas.

 

Entre elas, estão a insuficiência cardíaca, a hipertensão arterial, o aneurisma da aorta (quando a maior artéria do corpo fica enfraquecida, levando a dilatação acentuada deste vaso sanguíneo) e o infarto do miocárdio (a interrupção do fluxo sanguíneo desencadeia o infarto e o processo de necrose da musculatura do coração).

 

Existe ainda a possibilidade de que o mesmo processo que acontece com as coronárias ocorra em outras artérias do corpo. O resultado pode ser a falta de sangue no cérebro, que provoca o AVC, ou a ausência de sangue suficiente nos pés, mãos ou braços, causando a doença vascular periférica.

 

Tipos mais comuns de diabetes

Entre os tipos mais comuns da doença estão o 1 e o 2. Segundo a SBD, o tipo 1 concentra entre 5% e 10% do total de pessoas com a doença e é causado pela falta ou perda da capacidade do pâncreas em produzir insulina suficiente. É um tipo caracterizado por ser autoimune e genético (uma mutação nos genes). Geralmente, aparece na infância ou adolescência. Pessoas com parentes próximos que têm ou tiveram a doença devem fazer exames regularmente para acompanhar a glicose no sangue.

 

Já o tipo 2 é frequentemente adquirido com o passar dos anos, no geral na fase adulta. Cerca de 90% das pessoas com diabetes apresentam o tipo 2 e é nele que está o maior perigo para os problemas cardiovasculares. Nesses casos, as células adiposas e musculares não conseguem aproveitar completamente o hormônio liberado pelo pâncreas e a glicose passa a ser utilizada de modo ineficaz pelo organismo.

 

Este tipo não apenas potencializa as chances de complicações cardíacas, mas também costuma vir associado aos principais fatores de risco para as doenças que acometem o coração, como obesidade, pressão e colesterol altos.

 

A causa do diabetes tipo 2 está diretamente relacionada a hábitos e estilo de vida, envolvendo má alimentação, falta de atividade física regular, sobrepeso, sedentarismo, triglicerídeos elevados, hipertensão arterial e hábitos alimentares inadequados. Seu agravamento pode acarretar no diabetes latente autoimune do adulto (LADA), caracterizado, basicamente, pelo desenvolvimento de um processo autoimune do organismo, que começa a atacar as células do pâncreas.

 

Diabetes gestacional

Na gravidez, o corpo da mãe e o do bebê precisam garantir suas necessidades: o organismo da criança exige uma demanda alta de açúcar para seu desenvolvimento e o corpo da mãe responde com insulina, na tentativa de controlar o excesso da substância no organismo.

 

Além desta batalha, na gestação, outros hormônios são liberados pela placenta e acabam atrapalhando o processo de controle da taxa de glicemia no sangue. Eles forçam o pâncreas materno a trabalhar mais para manter os níveis da substância equilibrados. O problema é que, muitas vezes, nem todo esse esforço é suficiente. O resultado é a sobra de açúcar na corrente sanguínea, a hiperglicemia. É daí que surge o diabetes gestacional.

 

Mesmo sem nunca ter apresentado qualquer tendência ao diabetes, é possível que a mulher veja suas taxas de açúcar subirem durante a gravidez. E se não for devidamente diagnosticado e tratado, o diabetes gestacional pode trazer complicações à saúde da mãe e do bebê, como o ganho de peso excessivo (para ambos), aumento no líquido amniótico, malformações fetais e parto prematuro.

 

Seus desdobramentos servem ainda como precursores de fatores de risco e doenças que afetam o coração, inclusive o surgimento de pré-diabetes ou diabetes tipo 2 depois da gravidez ou do nascimento.

 

Pré-diabetes

O pré-diabetes se caracteriza quando os níveis de glicose no sangue estão mais altos do que o normal, mas ainda não tão elevados para caracterizar os tipos 1 ou 2. É um alerta do corpo, que geralmente aparece em obesos, hipertensos e/ou pessoas com alterações nos lipídios. É um sinal importante por ser a única etapa do diabetes que pode ser revertida, prevenindo a evolução da doença e o aparecimento de outras questões associadas.

 

Prevenção e cuidados

Assim como outras doenças crônicas, é possível conviver com o diabetes por meses ou anos até que os sintomas se tornem evidentes ou que as alterações nos níveis de glicose sejam detectadas em um exame de rotina. Porém, a demora no diagnóstico, além de ser perigosa, é uma oportunidade perdida para iniciar os cuidados antes de o problema se agravar. Isso porque, logo no início, as chances de monitorar e reverter ou retardar a evolução do quadro é muito maior.

 

Uma vez com o diagnóstico da doença, o controle glicêmico passa a ser fundamental. E aqui vale um alerta: ter ou não sintomas não deve ser um indicador. Muitos diabéticos acreditam que a falta de sinais indicam que o problema está sob controle. Creem que podem continuar a comer o que quiserem, seguir sem praticar atividades físicas e até mesmo descuidar da medicação, com a possibilidade de aderir ao tratamento e aos cuidados depois. A negligência ou esta demora podem ter desfechos graves, muitas vezes com danos irreversíveis.

 

Assim, seguir as recomendações médicas e realizar a automonitorização desde o início são essenciais para prevenir o surgimento de doenças cardíacas e outras complicações. É importante adotar um estilo de vida com hábitos saudáveis, incluindo alimentação equilibrada, prática de exercícios físicos, controle da pressão e do colesterol, controle de peso e da gordura abdominal, não fumar e reduzir o estresse diário. Em muitos casos, é necessário também o uso de medicamentos, como a metformina e as sulfonilureias, além da utilização da insulina.

 

O fato é que as pessoas não morrem de diabetes, mas sim da falta de controle e por consequências da enfermidade. É possível conviver com a doença, transformando a condição em um motivo extra para cuidar da saúde. Comportamentos saudáveis evitam e ajudam no controle não apenas do diabetes, mas de outras doenças crônicas e fatores de risco para o coração.

 

Fonte: https://www.minhavida.com.br/saude/materias/37947-entenda-como-o-diabetes-afeta-a-saude-do-seu-coracao - Escrito por Paulo Chaccur

sexta-feira, 30 de julho de 2021

Estudos revelam 21 maneiras de diminuir o risco de Alzheimer


Promover o estímulo mental, evitar obesidade e hipertensão ajudam a adiar o desenvolvimento da doença degenerativa do cérebro, afirmam investigadores

 

A ingestão excessiva de álcool, o sedentarismo, o tabagismo e um regime alimentar pobre em nutrientes, que aumente o risco de obesidade, diabetes e hipertensão são os principais fatores de risco, segundo a publicação.

 

O estudo sublinhou que há um maior risco de ocorrência de quadros de demência em pessoas negras, em asiáticos, grupos marginalizados e em populações economicamente desfavorecidas.

 

A meta-análise analisou 395 estudos prospectivos observacionais e ensaios clínicos randomizados.

 

Os acadêmicos determinaram que dois terços das intervenções mais promissoras focavam-se em alterações simples no quotidiano que levam a uma vida saudável, focadas em evitar fatores de risco para patologias cardíacas, como pressão alta e elevados níveis de colesterol 'mau' (LDL'.

 

Formas que ajudam a evitar e a retardar o desenvolvimento de Alzheimer, de acordo com as duas meta-análises realizadas:

 

1. Manter o nível adequado de açúcar no sangue e o peso sob controle para evitar diabetes.

2. Manter o peso num nível saudável, normalmente abaixo de um Índice de Massa Corporal (IMC) de 25.

3. Obter o máximo de habilitações acadêmicas a partir da infância.

4. Evitar traumatismo craniano (como concussões).

5. Manter-se cognitivamente ativo lendo e aprendendo continuamente coisas novas.

6. Evitar ou controlar a depressão.

7. Gerir o estress.

8. Tratar a hipotensão ortostática (sensação recorrente de tontura ao se levantar).

9. Manter a pressão arterial sob controle a partir dos 40 anos.

10. Examinar os riscos de perda de audição ao longo da vida e usar aparelho auditivo se necessário (perda auditiva está associada a dano na região cerebral ligado à memória).

11. Evitar níveis elevados de homocisteína, um aminoácido que pode contribuir para a formação de coágulos nos vasos sanguíneos e danos nas artérias (prevenção com base em suplementação de vitaminas do complexo B, com recomendação médica).

12. Praticar exercício físico.

13. Gerir a fibrilação atrial, que é uma frequência cardíaca rápida e irregular devido a sinais elétricos caóticos no coração (com acompanhamento médico regular).

14. Comer alimentos ricos em vitamina C ou tomar suplementos.

15. Reduzir a exposição à poluição do ar e a fumaça passiva do tabaco.

16. Evitar o abuso de álcool.

17. Evitar o hábito de fumar.

18. Dormir horas adequadas.

19. Evitar terapia de reposição de estrogênio no pós-menopausa.

20. Evitar a toma de medicamentos para demência como prevenção.

21. Combater a pobreza e a discriminação racial.  

 

Fonte: https://www.noticiasaominuto.com.br/lifestyle/1826947/estudos-revelam-21-maneiras-de-diminuir-o-risco-de-alzheimer - © iStock

terça-feira, 15 de junho de 2021

Dormir mais cedo pode reduzir o risco de desenvolver depressão


Estudo revela que mudanças significativas nos hábitos de sono podem diminuir complicações na saúde mental em até 40%; confira

 

Uma pesquisa comandada pela Universidade do Colorado, em parceria com a Universidade de Harvard e o MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts), analisou como o tempo de sono e os hábitos na hora de dormir podem impactar o humor.

 

Por meio de bancos de dados estadunidenses e britânicos, os cientistas estudaram a rotina de mais de 850.000 pessoas, além de obterem acesso às informações dadas por empresas que realizam testes genéticos nos dois países.

 

Entre os indivíduos analisados, cerca de 33% se identificaram como pessoas que acordam cedo. Já 9% relataram passar a maior parte da noite acordados, dormindo apenas durante a madrugada. Os demais participantes apresentaram horários de sono variados.

 

Os pesquisadores avaliaram o efeito genético que tais padrões de sono causam nos participantes e apresentaram dados que revelaram uma possível relação entre o sono e a saúde mental: acordar mais cedo pode ajudar a diminuir em até 23% o risco de desenvolver depressão.

 

Sono x Depressão

Segundo a pesquisa, a diminuição nas chances de ter depressão são mais relevantes em indivíduos que realizarem uma mudança na escala de sono. Aqueles que costumam dormir à 1h da manhã, por exemplo, podem ter 40% menos chances de desenvolver a condição ao irem para cama às 11h da noite.

 

Dessa forma, os cientistas não conseguiram identificar efeitos considerados significativos em pessoas que já acordam cedo. Logo, diminuir o tempo de sono para acordar uma hora antes do horário habitual, não possui o mesmo impacto positivo na saúde mental.

Ainda de acordo com os pesquisadores, esses dados podem ser justificados pela estrutura construída na sociedade moderna, em que a maior parte dos horários de trabalho e compromissos são desenvolvidos para pessoas que acordam cedo. Assim, pessoas que costumam dormir até mais tarde acabam se sentindo deslocadas - fator que aumenta o risco de desenvolver condições emocionais e psicológicas.

 

Causas da depressão

A depressão envolve uma ampla família de doenças, por isso é denominada como síndrome e, então, classificada como doença psiquiátrica crônica.

 

Há uma série de evidências que mostram alterações químicas no cérebro do indivíduo deprimido, principalmente com relação aos neurotransmissores (serotonina, noradrenalina e, em menor proporção, dopamina), substâncias que transmitem impulsos nervosos entre as células. Outros processos que ocorrem dentro das células nervosas também estão envolvidos.

 

Ao contrário do que normalmente se pensa, os fatores psicológicos e sociais, muitas vezes, são consequência e não causa da depressão, considerada por muitos como o "Mal do Século".

 

Vale ressaltar que o estresse pode precipitar a depressão em pessoas com predisposição, que provavelmente é genética. A prevalência (número de casos numa população) da depressão é estimada em 19%, o que significa que aproximadamente uma em cada cinco pessoas no mundo apresenta o problema em algum momento da vida.

 

Fonte: https://www.minhavida.com.br/saude/noticias/37642-dormir-mais-cedo-pode-reduzir-o-risco-de-desenvolver-depressao - Escrito por Redação Minha Vida

segunda-feira, 26 de abril de 2021

Estresse de longo prazo associado ao aumento do risco de ataque cardíaco


O estresse de longo prazo pode levar a ataques cardíacos? A maioria das pessoas provavelmente responderia afirmativamente, mas as evidências científicas disso são escassas. Um novo estudo realizado por pesquisadores da Linköping University, na Suécia, revela que os níveis do hormônio do estresse cortisol aumentaram nos meses anteriores a um ataque cardíaco. Os resultados, publicados na Scientific Reports , sugerem que o estresse de longo prazo é um fator de risco para ataques cardíacos.

 

"Os níveis do hormônio do estresse cortisol diferem entre as pessoas que tiveram um ataque cardíaco e as não afetadas. Isso sugere que o cortisol no cabelo pode ser um novo marcador de risco para ataques cardíacos. Devemos levar o estresse a sério", disse o professor Tomas Faresjö, o Departamento de Saúde, Medicina e Ciências Assistenciais da Linköping University, principal investigador do estudo.

 

O estresse é uma parte natural da vida hoje, mas ainda há muito que não sabemos sobre os efeitos do estresse de longo prazo em nossos corpos. É bem sabido que o estresse físico ou emocional repentino, como desastres naturais ou eventos sérios semelhantes, pode desencadear ataques cardíacos. Mas e quanto ao estresse de longo prazo? É difícil medir o estresse de longo prazo devido à falta de métodos confiáveis. O grupo de pesquisa aprimorou o uso de um novo biomarcador, no qual mede os níveis do hormônio do estresse cortisol no cabelo. Isso permite medições dos níveis de cortisol retroativamente, semelhantes aos anéis de crescimento em uma árvore. No momento, esse método de análise está disponível apenas em ambientes de pesquisa.

 

“Se você perguntar a alguém que sofreu um ataque cardíaco se estava estressado antes do ataque cardíaco, muitos responderão que sim. Mas essa resposta pode ser influenciada pelo evento cardíaco. Evitamos esse problema com nosso método, pois usamos um marcador biológico que pode medir retrospectivamente e mostrar objetivamente os níveis de estresse nos meses anteriores ao ataque cardíaco ", diz Tomas Faresjö.

 

No presente estudo, "Stressheart", os pesquisadores usaram amostras de cabelo com comprimento entre 1 e 3 centímetros, correspondendo a 1-3 meses de crescimento do cabelo. Eles mediram os níveis de cortisol em amostras de cabelo de 174 homens e mulheres na vida profissional que foram internados por infarto do miocárdio em clínicas de cardiologia no sudeste da Suécia. Como grupo de controle, os pesquisadores usaram amostras de cabelo de mais de 3.000 participantes com idades semelhantes no estudo sueco SCAPIS (Swedish CardioPulmonary bioImage Study).

 

Os pesquisadores mostraram que os pacientes que sofreram um ataque cardíaco apresentaram níveis mais elevados de cortisol estatisticamente significativos durante o mês anterior ao evento. Eles ajustaram outros fatores de risco cardiovasculares estabelecidos, como pressão alta, níveis elevados de lipídios no sangue, tabagismo, histórico de ataques cardíacos, hereditários para ataques cardíacos e diabetes, e descobriram que o nível elevado de cortisol continua sendo um forte fator de risco para o coração ataque.

 

"É surpreendente que este biomarcador de estresse de longo prazo pareça ser forte mesmo em comparação com os fatores de risco cardiovascular tradicionais", disse Tomas Faresjö.

 

Um ataque cardíaco é uma lesão do músculo cardíaco devido à falta de fornecimento de oxigênio a uma parte do coração. Na maioria das vezes, se forma um coágulo sanguíneo que impede o sangue de fluir pelas artérias coronárias que fornecem sangue rico em oxigênio ao coração. A causa subjacente da maioria dos ataques cardíacos é a aterosclerose (endurecimento das artérias). Isso pode começar a surgir décadas antes do aparecimento dos primeiros sintomas. Uma questão importante é se, e em caso afirmativo como, o estresse de longo prazo e a aterosclerose estão associados.

 

"Vamos investigar mais os mecanismos que podem explicar como os níveis de estresse afetam o risco de ataque cardíaco. Estamos particularmente interessados em vários marcadores de inflamação e calcificações nos vasos sanguíneos. Queremos investigar se eles estão relacionados ao estresse de longo prazo", disse Susanna Strömberg, clínica geral e estudante de doutorado no Departamento de Saúde, Medicina e Ciências Assistenciais da Universidade de Linköping.

 

Os pesquisadores não podem explicar completamente o que causa os altos níveis de cortisol observados nos participantes do estudo. Isso se deve ao fato de que o estresse pode ser resultado de fatores internos, como outra doença, ou externos, como dificuldades econômicas ou eventos importantes da vida. Eles ressaltam que a vivência do estresse nem sempre coincide com o estresse biológico. Um indivíduo pode se sentir estressado, sem ter nenhuma medida objetiva de estresse. E o oposto também pode ser verdadeiro: os sistemas de estresse do corpo podem ser altamente ativos, mesmo que o indivíduo não se sinta estressado.

 

O estudo recebeu apoio financeiro da AFA Insurance.

 

Fonte https://www.sciencedaily.com/releases/2021/02/210210133320.htm - Fonte: Linköping University - Foto UOL

domingo, 25 de abril de 2021

Falta de vitamina D pode aumentar risco para Covid-19, sugere estudo


Pesquisa feita pela Universidade de Chicago associou a carência do hormônio às chances de apresentar a infecção provocada pelo coronavírus

 

Pessoas com níveis reduzidos de vitamina D na corrente sanguínea correm mais risco de desenvolver a Covid-19, sugere um novo estudo conduzido pela Universidade de Chicago. A pesquisa, feita com 4.368 voluntários, descobriu que a deficiência da substância pode aumentar em até 7% as chances de infecção pelo coronavírus. Para as pessoas negras com níveis baixos de vitamina D, o risco encontrado foi 2,6 vezes maior. A pesquisa foi publicada na revista científica The Journal of the American Medical Association (JAMA) .

 

A vitamina D é, na verdade, um hormônio que atua no funcionamento saudável do sistema imunológico. Ela é responsável por regular o metabolismo ósseo do corpo, pois facilita a absorção de cálcio, elemento químico essencial para a saúde dos ossos e dos dentes. Além disso, a substância ajuda a prevenir doenças, como diabetes e obesidade, combate o envelhecimento precoce, fortalece o sistema imunológico e melhora a saúde cardiovascular.

 

O estudo mostrou que pessoas brancas com níveis sanguíneos de vitamina D abaixo de 40 ng/mL tinham um risco 7,2% maior de testar positivo para a Covid-19. Negros com níveis entre 30 e 40 ng/mL apresentaram 2,6 vezes mais probabilidade de desenvolver a doença. Os participantes negros também apresentaram quase três vezes mais probabilidade de serem hospitalizados e duas vezes mais probabilidade de morrer por conta da infecção por Sars-CoV-2.

 

Os pesquisadores frisam, contudo, que o estudo não prova que a ingestão de vitamina D protege contra a Covid-19, mas sugere que quantidades suficientes da substância podem ajudar a reduzir o risco de desenvolver a doença.

 

Estudos futuros

Segundo David Meltzer, chefe de medicina hospitalar da Universidade de Chicago Medicina e principal autor do estudo, os resultados são um indício da necessidade de novos ensaios clínicos que testem se a vitamina D pode ou não ser uma intervenção viável para reduzir o risco da doença, especialmente em pessoas negras.

 

De acordo com a pesquisa, atualmente a ingestão de vitamina D recomendada para adultos é de 600 a 800 unidades internacionais (UI) por dia. “A National Academy of Medicine afirma que tomar até 4 mil UI por dia é seguro para a grande maioria das pessoas, e o risco de hipercalcemia (condição em que o cálcio se acumula na corrente sanguínea e causa náuseas, vômitos, fraqueza e micção frequente) aumenta em níveis acima de 10 mil UI por dia”.

 

A vitamina D estimula a produção de glóbulos brancos, que patrulham a corrente sanguínea e estão entre as primeiras linhas de defesa contra a infecção por bactérias e vírus, incluindo o vírus Sars-CoV-2, que causa a Covid-19. A substância também diminui a inflamação, que geralmente fica fora de controle em pacientes infectados pelo coronavírus.

 

Além da suplementação, outra forma de aumentar os níveis de vitamina D no sangue é via alimentação, com uma dieta rica em peixes oleosos como salmão, carne vermelha ou gema de ovo. Algumas folhas, como a couve, também ajudam na produção de substâncias.

 

Fonte: https://www.metropoles.com/saude/falta-de-vitamina-d-pode-aumentar-risco-para-covid-19-sugere-estudo - Glaucia Chaves - iStock

sábado, 27 de fevereiro de 2021

Crises de raiva e exercícios em excesso aumentam risco de infarto


Os dois fatores podem resultar no ataque cardíaco na hora seguinte a situação

 

Pessoas que passam por situações de irritação e se submetem a atividades físicas exageradas têm um risco dobrado de sofrerem um infarto na hora seguinte, de acordo com um estudo internacional publicado na revista "Circulation".

 

Estudos anteriores já haviam explorado essa teoria de que crises de raiva ou de esforço físico pode desencadear um ataque cardíaco, porém as amostras era pequenas e inconclusivas. Andrew Smyth, principal autor do estudo e pesquisador da Universidade McMaster, no Canadá, comentou: "Estudos anteriores exploraram esses gatilhos para infarto; no entanto, tiveram menos participantes ou foram feitos em um único país e os dados eram limitados a muitas partes do mundo".

 

O novo estudo avaliou dados de 12.000 pacientes com idade média de 58 anos e que tiveram ataque cardíaco pela primeira vez. Eles responderam a um questionário sobre o que tinha acontecido na hora anterior ao infarto, ocorrência que poderia ser considerada um gatilho.

 

Os pesquisadores mostraram que viver emoções ou atividades intensas pode aumentar a pressão arterial e frequência cardíaca, fazendo com que os vasos sanguíneos se contraiam. Isso pode gerar "placas" que interrompe o fluxo de sangue para o coração, provocando um ataque cardíaco.

 

Além disso, quando o acontecimento de perturbação emocional ocorre ao mesmo tempo da atividade física pesada, o risco de infarto mais do que triplica. Os resultados mostraram que quase 14% dos participantes disseram que haviam se esforçado horas antes dos sintomas de ataque cardíaco começarem a surgir. E um número similar disse que tinham ficado com raiva ou chateado antes do infarto.

 

Apesar de as conclusões sobre os esforço físico pesado, o pesquisador Andrew Smyth lembra da importância dos exercícios regulares e dos benefícios que pode trazer a saúde a longo prazo, incluindo a diminuição dos riscos de doenças cardíacas.

 

Mesmo não estando envolvido na pesquisa, Barry Jacobs, porta-voz da Associação Americana do Coração revela que as pessoas precisam aprender a maneira adequada de lidar com suas emoções, mas que meditação, exercícios de relaxamento e respiração de forma correta podem ser fontes de ajuda.

 

Fonte: https://www.minhavida.com.br/saude/noticias/22652-crises-de-raiva-e-exercicios-em-excesso-aumentam-risco-de-infarto - Escrito por Redação Minha Vida

segunda-feira, 14 de dezembro de 2020

As emoções podem diminuir a inflamação… e as doenças?


Experimentar uma série de emoções positivas pode realmente melhorar sua saúde e reduzir o risco de doenças?

 

De acordo com um estudo recente, sim, certas emoções reduzem a inflamação … e, portanto, os níveis de doença também.

 

Vamos lá, fique feliz: a ligação entre suas emoções e a inflamação

Pesquisas anteriores provaram uma ligação entre emoções positivas, níveis de felicidade e níveis de inflamação no corpo. Mas este pequeno estudo, publicado na revista Emotion , descobriu que as pessoas que vivenciam uma ampla gama de emoções positivas podem reduzir a inflamação sistêmica em seus corpos, o que pode reduzir o risco de doenças crônicas.

 

Como a inflamação está na raiz da maioria das doenças, isso pode ter efeitos de longo alcance, especialmente à medida que envelhecemos.

 

Veja como o estudo funcionou. Os pesquisadores pediram a 175 participantes com idades entre 40 e 65 anos para manter um registro de suas emoções por 30 dias. As pessoas registram com que frequência e com que intensidade experimentaram 32 emoções diferentes: 16 positivas, como estar excitado, orgulhoso ou alegre e 16 negativas, como se sentir irritado, lento ou chateado. Seis meses depois, cada participante foi testado para marcadores de inflamação e amostras de sangue coletadas.

 

Os resultados surpreenderam os pesquisadores. As pessoas que vivenciaram uma maior variedade das 16 emoções positivas no dia-a-dia – entusiasmado, interessado, determinado, animado, divertido, inspirado, alerta, ativo, forte, orgulhoso, atento, feliz, relaxado, alegre, em calma, calma – teve menos inflamação do que o resto do grupo, mesmo depois de levar em conta o índice de massa corporal, características demográficas, condições médicas e outros fatores.

 

E os níveis mais baixos de inflamação eram verdadeiros mesmo quando comparados com pessoas que experimentaram emoções positivas por um período semelhante de dias, mas tiveram um intervalo menor delas. Quando se tratava de reduzir a inflamação, a diversidade emocional positiva importava mais do que simplesmente se sentir feliz.

 

Você pode esperar que o oposto seja verdadeiro para as emoções negativas – que as pessoas que experimentaram uma gama mais ampla de emoções negativas podem ter níveis cada vez mais altos de inflamação. Curiosamente, não foi esse o caso. A diversidade de emoções importava apenas quando eram positivas.

 

Então, o que há na gama de emoções que podem reduzir a inflamação e contribuir para a redução do risco de doenças crônicas? De acordo com os pesquisadores do estudo, experimentar uma variedade de sentimentos – não apenas positivos, mas também como calmos ou relaxados – pode ter um efeito benéfico em nossa saúde, tanto física quanto mental, por “prevenir uma superabundância ou prolongar qualquer emoção de dominando a vida emocional de um indivíduo. ” Em outras palavras, não nos fixarmos em apenas um sentimento, mesmo que seja positivo, nos mantém mais saudáveis.

 

E embora este seja o primeiro estudo que analisa o papel independente das emoções positivas e negativas na inflamação, outros estudos descobriram que experimentar vários tipos de emoções positivas são essenciais para alimentar a resiliência psicológica e melhorar as conexões sociais com outras pessoas, o que pode retardar a progressão da doença ou melhorar a saúde física.

 

Por que a inflamação é importante

Níveis mais baixos de inflamação são essenciais para reduzir o risco de doenças crônicas. Acredita-se que um sistema imunológico hiperativo é o que causa a inflamação. Veja, certos alimentos e toxinas ambientais se acumulam no corpo, estimulando o sistema imunológico. Por sua vez, ele libera células de defesa e hormônios no corpo.

 

Mas como você não está lutando contra o resfriado comum, o sistema imunológico permanece em alerta e em alta atividade, danificando os tecidos durante o processo.

 

Doenças crônicas como diabetes tipo 2, doenças cardiovasculares, artrite, asma e doença de Crohn estão todas ligadas à inflamação no corpo. Ao reduzir a inflamação, diminuímos o risco de contrair essas doenças. E se as emoções reduzem a inflamação, melhor ainda, pois é uma maneira natural de lidar com esse problema.

 

Adaptado de Dr. Axe

 

Fonte: https://www.revistasaberesaude.com/as-emocoes-podem-diminuir-a-inflamacao-e-as-doencas/ - Por Revista Saber é Saúde

domingo, 29 de novembro de 2020

Hábitos de sono saudáveis ​​ajudam a diminuir o risco de insuficiência cardíaca


Hábitos saudáveis ​​de sono estão associados a um menor risco de insuficiência cardíaca. Os adultos com os padrões de sono mais saudáveis ​​(que levanta manhãs, dormindo 7-8 horas por dia e sem insônia frequente, ronco ou sonolência diurna excessiva) experimentaram uma redução de 42% no risco de insuficiência cardíaca em comparação com aqueles com padrões de sono não saudáveis.

 

Adultos com padrões de sono mais saudáveis ​​tiveram um risco 42% menor de insuficiência cardíaca, independentemente de outros fatores de risco, em comparação com adultos com padrões de sono prejudiciais à saúde, de acordo com uma nova pesquisa publicada hoje na revista Circulation, da American Heart Association . Os padrões de sono saudáveis ​​aumentam pela manhã, dormindo 7 a 8 horas por dia e não apresentando insônia frequente, ronco ou sonolência diurna excessiva.

 

A insuficiência cardíaca afeta mais de 26 milhões de pessoas, e as evidências indicam que problemas de sono podem desempenhar um papel no desenvolvimento da insuficiência cardíaca.

 

Este estudo observacional examinou a relação entre padrões de sono saudáveis ​​e insuficiência cardíaca e incluiu dados de 408.802 participantes do UK Biobank, com idades entre 37 e 73 anos no momento do recrutamento (2006-2010). A incidência de insuficiência cardíaca foi coletada até 1º de abril de 2019. Os pesquisadores registraram 5.221 casos de insuficiência cardíaca durante um acompanhamento médio de 10 anos.

 

Os pesquisadores analisaram a qualidade do sono, bem como os padrões gerais do sono. As medidas de qualidade do sono incluíram a duração do sono, insônia e ronco e outras características relacionadas ao sono, como se o participante era madrugador ou coruja da noite e se tinha alguma sonolência diurna (probabilidade de cochilar involuntariamente ou adormecer durante o dia )

 

"A pontuação de sono saudável que criamos foi baseada na pontuação desses cinco comportamentos de sono", disse Lu Qi, MD, Ph.D., autor correspondente e professor de epidemiologia e diretor do Centro de Pesquisa de Obesidade da Tulane University em Nova Orleans. "Nossas descobertas destacam a importância de melhorar os padrões gerais de sono para ajudar a prevenir a insuficiência cardíaca."

 

Os comportamentos de sono foram coletados por meio de questionários touchscreen. A duração do sono foi definida em três grupos: curto ou menos de 7 horas por dia; recomendado, ou 7 a 8 horas por dia; e prolongado, ou 9 horas ou mais por dia.

 

Depois de ajustar para diabetes, hipertensão, uso de medicamentos, variações genéticas e outras covariáveis, os participantes com o padrão de sono mais saudável tiveram uma redução de 42% no risco de insuficiência cardíaca em comparação com pessoas com um padrão de sono não saudável.

 

Eles também descobriram que o risco de insuficiência cardíaca estava independentemente associado e:

 

8% mais baixo em madrugadores;

12% menor naqueles que dormiam 7 a 8 horas diárias;

17% menor naqueles que não tinham insônia frequente; e

34% menor naqueles que não relataram sonolência diurna.

 

Os comportamentos de sono dos participantes foram autorrelatados, e as informações sobre mudanças nos comportamentos de sono durante o acompanhamento não estavam disponíveis. Os pesquisadores observaram que outros ajustes não medidos ou desconhecidos também podem ter influenciado os resultados.

 

Qi também observou que os pontos fortes do estudo incluem sua novidade, desenho de estudo prospectivo e grande tamanho da amostra.

 

O primeiro autor é Xiang Li, Ph.D .; outros co-autores são Qiaochu Xue, MPH; Mengying Wang, MPH; Tao Zhou, Ph.D.; Hao Ma, Ph.D.; e Yoriko Heianza, Ph.D. As divulgações do autor são detalhadas no manuscrito.

 

Fonte da história: Materiais fornecidos pela American Heart Association

 

Fonte: https://www.sciencedaily.com/releases/2020/11/201116075728.htm - Mulher acordando no |  Crédito: © oatawa / stock.adobe.com

quinta-feira, 19 de novembro de 2020

Covid-19 aumenta risco de distúrbios psíquicos?


Uma nova pesquisa sugere que as pessoas que sobreviveram ao Covid-19 correm maior risco de doenças psiquiátricas do que as pessoas que tiveram outras doenças.

 

Um grande estudo descobriu que 20% das pessoas infectadas com coronavírus são diagnosticadas com transtorno psiquiátrico em 90 dias.

 

Ansiedade, depressão e insônia foram mais comuns entre os pacientes recuperados de Covid-19 no estudo que desenvolveram problemas de saúde mental, e os pesquisadores também encontraram riscos significativamente maiores de demência.

 

“As pessoas temem que os sobreviventes do Covid-19 corram um risco maior de problemas de saúde mental, e nossas descobertas … mostram que isso é provável”, disse Paul Harrison, professor de psiquiatria da Universidade de Oxford, no Reino Unido.

 

Médicos e cientistas de todo o mundo precisam investigar com urgência as causas e identificar novos tratamentos para doenças mentais após o Covid-19, disse o professor Harrison.

 

“Os serviços (de saúde) precisam estar prontos para o atendimento, principalmente porque nossos resultados podem ser subestimados (do número de pacientes psiquiátricos)”, acrescentou.

 

O estudo, publicado na revista The Lancet Psychiatry , analisou registros eletrônicos de saúde de 69 milhões de pessoas nos Estados Unidos, incluindo mais de 62.000 casos de Covid-19.

 

Nos três meses seguintes ao teste positivo para Covid-19, um em cada cinco sobreviventes foi registrado como tendo o primeiro diagnóstico de ansiedade, depressão ou insônia. Isso foi cerca de duas vezes mais provável do que para outros grupos de pacientes no mesmo período, disseram os pesquisadores.

 

O estudo também descobriu que pessoas com doenças mentais pré-existentes tinham 65% mais chances de serem diagnosticadas com Covid-19 do que aquelas sem.

 

Especialistas em saúde mental não diretamente envolvidos com o estudo disseram que suas descobertas aumentam as evidências de que o Covid-19 pode afetar o cérebro e a mente, aumentando o risco de uma série de doenças psiquiátricas.

 

“Isso provavelmente se deve a uma combinação de estressores psicológicos associados a esta pandemia em particular e aos efeitos físicos da doença”, disse Michael Bloomfield, psiquiatra consultor da University College London.

 

Simon Wessely, professor regius de psiquiatria do King’s College London, disse que a descoberta de que pessoas com distúrbios mentais também correm maior risco de contrair Covid-19 ecoou descobertas semelhantes em surtos de doenças infecciosas anteriores.

 

“Covid-19 afeta o sistema nervoso central e, portanto, pode aumentar diretamente os distúrbios subsequentes. Mas essa pesquisa confirma que não é tudo, e que esse risco é aumentado por problemas de saúde anteriores”, disse ele.

 

A psicóloga consultora do Bon Secour, Dra. Gillian Moore-Groarke, disse que o estudo de Oxford é muito interessante e ela está vendo casos paralelos na prática clínica com aumento de ligações relacionadas a ansiedade, insônia e depressão.

 

A Dra. Moore-Groarke disse que embora ainda não existam estudos irlandeses específicos, ela acredita que tendências semelhantes serão vistas aqui.

 

Falando no RTÉ’s Today com Claire Byrne, ela disse que embora os pacientes normalmente se sintam melhor fisicamente duas a três semanas após um teste de Covid-19 positivo, eles geralmente experimentam uma queda psicológica vários meses depois e isso se aplica a um amplo espectro de idades.

 

Ela acrescentou que um aspecto enorme do transtorno de ajustamento está sendo encontrado mesmo entre os pacientes que não sofreram de Covid-19, pois a vida das pessoas mudou significativamente em 2020.

 

Fonte:    DW Made for Minds

 

Fonte: https://www.revistasaberesaude.com/covid-19-aumenta-risco-de-disturbios-psiquicos/ - Por Revista Saber é Saúde

quinta-feira, 5 de novembro de 2020

Coronavírus: quem corre mais risco ao contrair a COVID-19?



Pessoas que fazem parte do grupo de risco devem tomar medidas de prevenção mais drásticas

 

A rapidez com que o novo coronavírus se espalha tem se tornado fator de preocupação entre as autoridades de saúde, fazendo com que medidas preventivas sejam tomadas por toda a população.

 

Apesar da maior parte dos casos de contaminação apresentarem sintomas leves, as estatísticas apontam que a maior parte dos quadros graves e mortes ocorrem em pessoas com perfis dentro do chamado grupo de risco.

 

Grupos de risco da COVID-19

As pessoas que se enquadram nesta categoria, em geral, correm mais riscos ao se contaminarem com o vírus e estão mais suscetíveis a desenvolverem sintomas mais intensos. Isso porque certas condições de saúde e comorbidades prévias podem influenciar na resposta imunológica do organismo. Entre elas, estão:

 

Idosos (pessoas acima de 60 anos)

Pacientes com doenças cardiovasculares (como insuficiência cardíaca e arritmia)

Pacientes com doenças respiratórias crônicas, como asma , bronquite e DPOC

Fumantes

Pacientes com diabetes

Pacientes com hipertensão

Pacientes com HIV

Pessoas com enfermidades hematológicas

Pacientes com insuficiência renal crônica

Pacientes com imunodepressão (provocada por condições como lúpus e câncer)

Pessoas com obesidade

Gestantes e puérperas

 

O vírus se aloja no pulmão, tendo como um de seus possíveis sintomas a dificuldade para respirar. Logo, pessoas com doenças respiratórias crônicas, independentemente da idade, devem tomar medidas preventivas contra a doença.

 

De acordo com o cardiologista Roberto Andrés Gomez Douglas, membro titular da Sociedade Brasileira de Cardiologia, em 33% dos óbitos ocorridos em Wuhan, na China, a infecção pulmonar com insuficiência respiratória esteve associada a lesão miocárdica importante, causando arritmias cardíacas e insuficiência cardíaca.

 

Isso mostra o porquê de pacientes com hipertensão arterial e diabetes mellitus, doenças que induzem lesões cardiovasculares, estarem mais propensos a enfrentar um quadro grave em caso de infecção pelo novo coronavírus.

 

Por possuir o sistema imunológico mais fraco, esse grupo de pessoas também corre maior risco de contaminação, além da possibilidade de apresentarem uma recuperação mais lenta, exigindo maiores cuidados médicos.

 

A Organização Mundial da Saúde (OMS) aconselha que todas as pessoas que se enquadrem no grupo de risco tomem cuidados rigorosos e contínuos, mantendo o distanciamento social, o uso de máscaras e a constante higienização das mãos.

 

Fatores de risco

Alguns critérios epidemiológicos também devem ser considerados para classificar pessoas que podem, possivelmente, serem infectadas com o vírus. O médico infectologista Manuel Palácio explica algumas características que devem ser observadas:

 

Contato com contaminados: Ter tido contato direto com pessoas diagnosticadas com COVID-19 nos últimos 14 dias.

 

Contato com suspeitos de contaminação: Ter tido contato com pessoas que estão em isolamento domiciliar com suspeita de COVID-19.

 

Fonte: https://www.minhavida.com.br/saude/materias/36054-coronavirus-quem-corre-mais-risco-ao-contrair-a-covid-19 - Escrito por Paula Santos