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sexta-feira, 26 de fevereiro de 2021

Quarentena para portadores de covid-19 deve permanecer em 14 dias

 


Tempo da quarentena

 

Resultados de uma pesquisa conduzida no Instituto de Medicina Tropical da Universidade de São Paulo sugerem que pode ser arriscado reduzir de 14 para dez dias o tempo de quarentena indicado para casos leves e moderados de covid-19, como recomendou em outubro o Centro de Controle de Doenças (CDC, na sigla em inglês) dos Estados Unidos.

 

Os pesquisadores trabalharam com 29 amostras de secreção nasofaríngea de pacientes com diagnóstico confirmado por teste de RT-PCR. O material foi coletado no décimo dia após o início dos sintomas e, em laboratório, inoculado em culturas de células.

 

Em 25% dos casos, o vírus presente nas amostras se mostrou capaz de infectar as células e de se replicar in vitro.

 

Em teoria, portanto, pessoas que tivessem contato com gotículas de saliva expelidas por 25% desses pacientes no período em que o material foi coletado ainda poderiam ser contaminadas.

 

"Recomenda-se que os infectados com sintomas leves permaneçam totalmente isolados em casa, sem contato com ninguém, durante todo o período de quarentena. E há uma grande pressão para reduzir o tempo de isolamento - tanto por fatores econômicos como psicológicos. Mas, se o objetivo da quarentena é mitigar o risco de transmissão do vírus, 25% [de pacientes com vírus viável] é uma proporção muito alta," avalia a professora Camila Romano.

 

A quarentena de 14 dias foi estabelecida ainda no início da pandemia com base no tempo médio que leva, após o início dos sintomas, para o SARS-CoV-2 deixar de ser detectado no teste de RT-PCR. Em geral, esses primeiros estudos foram feitos com indivíduos com doença moderada ou grave, que precisaram ser hospitalizados.

 

"No Brasil, a regra ainda é a quarentena de 14 dias, embora alguns municípios estejam cogitando reduzir para dez dias. Em países como a Suíça, infectados com sintomas leves são liberados do isolamento após sete dias apenas," conta Camila. "À medida que mais estudos vêm sendo feitos em populações diferentes e com metodologias mais sensíveis, percebemos que ainda é muito cedo para 'bater o martelo' sobre o tempo ideal de quarentena. Estamos vendo países sendo atingidos por novas ondas da doença e cada vez menos o isolamento de 14 dias é seguido. É importante levar em conta os dados mais recentes ao repensar políticas de isolamento", defende a pesquisadora.

 

Fonte: https://www.diariodasaude.com.br/news.php?article=quarentena-portadores-covid-19-deve-permanecer-14-dias&id=14577&nl=nlds - Com informações da Agência Fapesp

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2021

Usar duas máscaras reduz contaminação por COVID-19 em 95%


Estudo realizado nos EUA mostra a eficácia do uso simultâneo da máscara cirúrgica e de pano

 

Um estudo divulgado pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), órgão de saúde dos Estados Unidos, mostra que o uso simultâneo da máscara cirúrgica e outra de pano por cima reduz o risco de transmissão da COVID-19 em 95%.

 

O resultado foi revelado a partir do seguinte experimento realizado pelos pesquisadores para aumentar a segurança do uso das máscaras: as alças da máscara cirúrgica foram amarradas com um nó; depois, a máscara de pano foi colocada por cima da primeira.

 

A combinação das máscaras bloqueou, no experimento, 92,5% das partículas emitidas em uma tosse simulada enquanto sozinhas e sem nós tanto a máscara cirúrgica quanto a de tecido bloquearam pouco mais de 40%. Este teste era para verificar a retenção das partículas emitidas durante a tosse.

 

Um segundo experimento visou verificar a eficácia das máscaras durante um período de respiração simulando uma fonte e um receptor. O resultado foi que, quando a fonte e o receptor usavam máscara dupla ou máscara cirúrgica com nós e ajuste na lateral, o risco de transmissão foi reduzido em 95%.

 

Segundo o CDC, os ajustes feitos melhoraram muito o controle de transmissão, reduzindo também a chance de uma possível exposição ao vírus. Mas há outras duas medidas apontadas que podem ajudar a reforçar a proteção contra a COVID-19: o uso de uma máscara com um filtro e sobrepor um tecido de nylon ao pano ou máscara cirúrgica.

 

Os cientistas, porém, indicaram uma limitação no resultado do estudo. Foi utilizado um tipo específico de máscara cirúrgica e de pano. Assim, a eficiência pode não ser a mesma com o uso de outras marcas ou tipos de máscara. Os pesquisadores também não realizaram testes com outras combinações, como pano sobre pano ou cirúrgica sobre pano. Portanto, os resultados podem ser diferentes nesses casos.

 

Segundo os pesquisadores, "os resultados dessas simulações não devem ser generalizados para a eficácia de todas as máscaras de procedimento médico ou máscaras de pano, nem interpretados como representativos da eficácia dessas máscaras quando usadas em ambientes do mundo real".

 

Além disso, o uso de duas máscaras pode, em alguns casos, impedir a respiração ou visão periférica de algumas pessoas.

 

Fonte: https://www.minhavida.com.br/saude/noticias/37320-usar-duas-mascaras-reduz-contaminacao-por-covid-19-em-95 - Escrito por Fatime Ghandour - Redação Minha Vida

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2021

Homens podem ser menos férteis após a infecção por COVID-19, alertam os cientistas


Além do terrível número de mortes de COVID-19, existe uma litania de doenças que os pesquisadores estão apenas começando a descobrir. Uma preocupação potencial que exige um exame mais minucioso é o impacto do vírus na fertilidade masculina.

 

Os cientistas suspeitam há algum tempo que o novo vírus da SARS tem o potencial de causar estragos na contagem de espermatozoides. Uma revisão do estado da pesquisa, junto com novas evidências fortes, enfatiza a necessidade de monitorar os sistemas reprodutivos dos homens como rotas vulneráveis ​​para a infecção por coronavírus .

 

Pesquisadores da Universidade Huazhong de Ciência e Tecnologia em Wuhan, China, realizaram uma análise dos relatórios existentes sobre os possíveis mecanismos que o SARS-CoV-2 pode empregar para interferir na reprodução masculina.

 

Embora eles não pudessem afirmar com confiança que havia uma redução clara na fertilidade, eles alertaram que havia todos os motivos para prestar muita atenção a essa possibilidade.

 

“Propomos que haja uma necessidade urgente de rastrear pacientes do sexo masculino com COVID-19 durante sua recuperação”, argumentam o microbiologista Yu Tian e o biólogo reprodutivo Li-quan Zhou em seu relatório

 

Os pesquisadores médicos se familiarizaram intimamente com a maneira como o SARS-CoV-2 penetra em nossos corpos e promove uma onda de respostas imunológicas destrutivas.

 

No centro de sua estratégia de quebrar e entrar está um receptor celular comum denominado enzima conversora de angiotensina 2, ou ACE2. Onde quer que o corpo use essa enzima, é provável que a SARS-CoV-2 deixe sua marca, colocando vários órgãos em risco .

 

Isso significa que o vírus não afeta apenas nosso sistema olfatório e respiratório , mas pode impactar nosso sistema digestivo , deixar nosso sistema circulatório enfraquecido e até mesmo desencadear respostas inflamatórias em nosso cérebro .

 

O fato de o tecido dentro dos testículos ser apenas mais um alvo potencial não foi perdido pelos pesquisadores. Os primeiros estudos descobrindo a presença do vírus em amostras de sêmen aumentaram a necessidade crescente de investigação.

 

Mas as descobertas não foram exatamente consistentes . Pesquisas anteriores realizadas com o predecessor do SARS-CoV-2, o SARS-CoV-1, também tendem a rejeitar sérias preocupações de que os testículos são vulneráveis, com a maioria dos estudos falhando em encontrar qualquer traço do vírus dentro de seus tecidos.

 

Agora, entretanto, o peso da evidência parece estar se inclinando bem a favor dos argumentos de que o tecido testicular está sendo comumente danificado como resultado direto da COVID.

 

Uma investigação longitudinal publicada recentemente conduzida por pesquisadores da Justus-Liebig-University na Alemanha e da Allameh Tabataba’i University no Irã relata evidências experimentais diretas de tais danos.

 

Seu estudo analisou marcadores de inflamação em amostras de tecido de 84 homens com diagnóstico de COVID-19, junto com 105 controles. Eles também avaliaram a qualidade do esperma e procuraram sinais de estresse oxidativo nas amostras.

 

Ficou claro que ter COVID-19 fez pelo menos alguma diferença, com inflamação e estresse celular aparecendo duas vezes mais severos naqueles que foram diagnosticados como positivos para o vírus, em comparação com aqueles que não o fizeram.

 

Além do mais, os espermatozoides dos homens infectados eram cerca de três vezes mais lentos, e suas contagens de espermatozóides também eram muito mais baixas.

 

“Esses efeitos sobre as células do esperma estão associados à menor qualidade do esperma e ao potencial reduzido de fertilidade”, disse o pesquisador Behzad Hajizadeh Maleki, cientista esportivo da Justus-Liebig-University.

 

“Embora esses efeitos tendam a melhorar com o tempo, eles permaneceram significativa e anormalmente mais altos nos pacientes com COVID-19, e a magnitude dessas mudanças também foram relacionadas à gravidade da doença.”

 

O que isso significa para homens se recuperando de uma infecção por SARS-CoV-2 não está claro, especialmente a longo prazo. Os autores da revisão e do estudo experimental pedem mais pesquisas antes de fazer uma chamada sobre como – ou mesmo se – a fertilidade diminuída terá algum impacto real nos esforços para conceber.

 

No entanto, com muitas nações ao redor do globo já enfrentando uma crescente crise de fertilidade que promete conter o crescimento populacional no futuro, o COVID-19 pode ser outro obstáculo a ser superado.

 

As esperanças estão concentradas nas vacinas, pondo fim ao pior da pandemia no futuro próximo. Mas mesmo que nossos melhores esforços prevaleçam, as cicatrizes do coronavírus permanecerão em nosso corpo e em nossa população por muito tempo.

 

Esta pesquisa foi publicada na Reproduction

 

Fonte: https://www.revistasaberesaude.com/homens-podem-ser-menos-ferteis-apos-a-infeccao-por-covid-19-alertam-os-cientistas/ - Por Revista Saber é Saúde

quinta-feira, 28 de maio de 2020

14 coisas para fazer se alguém que mora com você tiver Covid-19


Você precisará ajudar a pessoa, mas também não quer ficar doente ou transmitir o vírus a outros.

Quando o pior acontece

As máscaras e o distanciamento social estão ajudando a evitar um maior espalhamento da covid-19.

Mas o que fazer se todas as medidas de prevenção não forem suficientes e você tiver que conviver com alguém que pode ter contraído o novo coronavírus?

Se você mora com alguém que começa a apresentar sintomas e você acha que é covid-19, precisará ajudar essa pessoa, mas você também não quer ficar doente ou transmitir o vírus a outras pessoas.

Assim, a primeira coisa a fazer, mesmo que você não tenha certeza do diagnóstico, é assumir que a pessoa está com o vírus. Afinal, a falta de kits de teste significa que você talvez nunca venha a saber ao certo se seu familiar, companheiro ou colega de quarto tem coronavírus ou algo diferente.

Mas se eles estiverem com febre, com tosse seca ou se sentindo super cansados sem motivo aparente, é bem possível que sim. Alguns sintomas menos comuns, porém possíveis, incluem diarreia e a perda do olfato ou do paladar.

"Quando você estiver morando com alguém que pensa que possui a covid-19, deve apoiá-lo física e emocionalmente, evitando, ao mesmo tempo, se aproximar, tocá-lo ou tocar em algo que tocou que ainda não foi limpo," orienta a Dra Tammy Chang, professora de Medicina da Família na Universidade de Michigan (EUA). "E não se esqueça de checá-los frequentemente, por telefone ou sem entrar no quarto totalmente, porque eles podem piorar rapidamente."

Primeiros passos

A providência inicial que você deve tomar é ligar para um médico ou para o posto de saúde para relatar os sintomas e perguntar se eles podem fazer o teste. Se puderem, você deve se dirigir ao local indicado com o paciente, ambos de máscara e mantendo a janela do carro aberta para deixar o ar circular.

Ao voltar para casa, siga estas regras básicas sem falhas:

Não fique a menos de um metro e meio da pessoa doente, a menos que ela ou você cubram a boca e o nariz com uma máscara ou pano. O ideal é manter a pessoa isolada em um cômodo, no quarto, por exemplo.
Certifique-se de que a pessoa doente tussa na máscara ou cobrindo a boca, para manter as partículas de vírus fora do ar. Descarte os tecidos após um uso.
Limpe as mãos com sabão ou álcool frequentemente.
Limpe as superfícies comuns com sabão ou desinfetantes.
Não toque no seu rosto, a menos que você tenha acabado de limpar as mãos.
A seguir, pense em si mesmo como uma combinação de enfermeira ou enfermeiro e serviço de quarto de hotel. Por mais de 100 anos, enfermeiros e outros profissionais de saúde seguiram etapas básicas para cuidar de pessoas com doenças contagiosas, enquanto se protegiam de infecções.

Aqui estão 14 maneiras de como eles fazem isso.

1 - Escolha um "quarto do doente": a pessoa doente deve ficar em um quarto com uma porta, se possível, e não sair, exceto para ir ao banheiro. Ninguém mais deve passar tempo naquele cômodo mais do que o absolutamente necessário. Crianças e animais de estimação devem ficar de fora. Mantenha uma janela aberta, se possível, para manter o ar circulando. Forneça lenços de papel.
Se você não tiver mais de um quarto, libere o quarto e poderá dormir no sofá ou em outro local temporário. Assim, você ainda poderá usar a sala, a cozinha e outros espaços.

2 - Escolha um "banheiro para o doente": se você tem dois banheiros, faça um deles o banheiro da pessoa doente e não permita que mais ninguém o use. Se você não tiver dois, precisará limpar todas as superfícies em que tocarem depois de irem ao banheiro, para que fique limpo quando você ou outras pessoas precisarem usá-lo.

3 -Ajude o paciente a monitorar os sintomas: peça para ele medir a temperatura várias vezes ao dia, sem se aproximar dele. Anote os dados e observe quando novos sintomas ocorrem.

4 - Ajude a pessoa a se hidratar: verifique se ela está bebendo muita água e outros líquidos não alcoólicos.

5 - Alivie seus sintomas: ajude a pessoa a entender com que frequência ela pode tomar remédios para reduzir a febre, como acetaminofeno e ibuprofeno. Verifique se a pessoa doente entende quanto deve tomar - leia o rótulo no frasco e siga as recomendações.
Não deixe que ela tome mais do que a dose recomendada de qualquer medicamento ou ingira álcool. Acompanhe o que a pessoa doente tomou e quando. Certifique-se de que ela continue tomando outros medicamentos que normalmente usaria, a menos que seu médico tenha dito para parar.

6
Mantenha a pessoa confortável e entretida: cobertores e travesseiros, livros, revistas e um computador ou TV para passar o tempo e um carregador para o telefone perto da cama, para não ter que entrar e sair do seu ambiente. Mantenha a casa ou o apartamento em silêncio para que ela possa dormir.

7 - Ajude-a com a comida, mas mantenha distância: encontre uma bandeja ou assadeira que você possa usar para trazer comida ou bebida quando necessário.

Se ela puder sair da cama, coloque a comida e a bebida na bandeja do lado de fora da porta fechada e afaste-se. Ela pode abrir a porta, pegar a bandeja, comer no quarto e colocar a bandeja no chão do lado de fora da porta e fechá-la.
Se ela não conseguir sair da cama, use uma máscara ou pano sobre a boca e o nariz quando for ao quarto e peça para que ela se cubra também. Traga a comida e a bebida para a mesa de cabeceira e volte depois de um tempo, usando uma máscara ou pano novamente. Lave bem a louça com água quente e sabão. Não toque no rosto depois de manusear a louça e lave bem as mãos depois de tocar em qualquer coisa que o paciente comeu ou bebeu.

8 - Mantenha a roupa separada: tire suas roupas do quarto dos doentes, se elas geralmente estiverem armazenadas lá.
Certifique-se de que o paciente tenha uma cesta no quarto para colocar roupas, toalhas, panos e roupas de cama. Os pacientes devem colocar a cesta para fora quando estiverem cheias, ou use uma máscara sobre a boca e o nariz quando for pegá-las. Lave suas roupas, toalhas e roupas de cama separadamente das outras pessoas.

9 - Limpe toda sua casa e use desinfetante para limpar tudo o que a pessoa doente possa ter tocado quando estava no estágio inicial da doença e até mesmo antes de desenvolver sintomas. Isso inclui mesas, cadeiras, poltronas, maçanetas, interruptores de luz, controles remotos, alças de armários e geladeiras, mesas, banheiros, pias, teclados e mouses de computador, tablets e muito mais. Lave o que ela usava nos dias anteriores à sua isolação.
Mas cuidado com os excessos: a pandemia fez disparar o número de casos de intoxicação com produtos de limpeza.

10 - Diga não aos visitantes: você não deve receber convidados de qualquer maneira em sua casa. Se você precisar ver alguém pessoalmente, faça isso fora da sua casa, de preferência ao ar livre, e fique a pelo menos um metro e meio de distância. Se eles estiverem trazendo algo para você, peça que o larguem e se afastem para que você possa pegá-lo.

11 - Use a tecnologia para se conectar: pode parecer bobagem fazer um bate-papo por vídeo ou uma chamada de voz com alguém na sala ao lado, mas pode dar à pessoa doente um contato humano com você, seus filhos, animais de estimação e outras pessoas em casa, sem espalhar o vírus. Certifique-se de que a pessoa também possa se conectar virtualmente com os outros. Isso pode aliviar a terrível sensação de estar doente e preso em um quarto.

12 - Fique em casa: agora que você e outras pessoas em sua casa tiveram contato com alguém que tem ou pode ter a covid-19, você pode levar o vírus com você para o trabalho ou para a loja, mesmo que não tenha sintomas.
Se você tem um quintal, jardim, pátio, varanda ou alpendre, passe algum tempo lá para relaxar, mas fique a um metro e meio de distância de quem não mora com você.

13 - Não tenha medo de pedir ajuda ou apoio moral: Não há problema em informar amigos, vizinhos e familiares que alguém com quem você mora está doente e aceitar sua ajuda sem deixá-la perto da pessoa doente. Você não precisa contar para toda a sua rede de mídia social, mas pelo menos para algumas pessoas em quem pode confiar. Eles podem trazer suprimentos do "mundo exterior" e deixá-los à sua porta ou enviá-los para você. Eles podem passear com o cachorro, embora você deva limpar o animal primeiro.
Não se esqueça de que você precisa de apoio emocional e conexão para te ajudar a passar seu tempo como cuidador da covid-19. Como a nação trabalha para combater a propagação do vírus e cuidar dos doentes, todos somos afetados de alguma forma. Mas se conectar de maneira segura pode nos ajudar a enfrentar esse desafio.

14 - Depois que o paciente melhorar: Alguém infectado pela covid-19, submetido ou não a testes, deve ficar em casa e longe dos outros até pelo menos sete dias desde o início dos sintomas, e até ficar sem febre e medicamentos por três dias. Também deve esperar a tosse ou falta de ar desapareceram. Todos os sintomas devem ter desaparecido antes que possa sair.
Depois, vocês devem fazer uma limpeza completa do "quarto do doente", incluindo todas as superfícies, lavar roupas de cama, incluindo cobertores e aspirar todo o cômodo.


quarta-feira, 25 de março de 2020

Gripe: por que os idosos devem tomar a vacina


Embora o coronavírus seja o centro da preocupação, nossa colunista reforça o papel da vacinação na prevenção da gripe entre as pessoas mais velhas

Embora a bola da vez seja o coronavírus, causador da Covid-19, outro vírus preocupa nós, médicos que trabalhamos com os idosos. É o influenza, que está por trás da gripe.

A campanha de vacinação contra a doença em 2020 começa mais cedo, no dia 23 de março, um mês antes do que no ano anterior. Além da apreensão com o coronavírus, há indícios de que o influenza circula mais cedo este ano.

E, assim como estão no grupo de risco para a Covid-19, os idosos sofrem mais as consequências da gripe. A diferença crucial nessa história é que tem vacina contra a gripe.

E por que é indicado tomá-la todos os anos? Se você já se fez essa pergunta, saiba que não está sozinho. Só no Google podemos encontrar mais de 5,4 milhões de resultados relacionados ao questionamento.

Vou dar cinco razões médicas e científicas para os idosos, que estão na primeira chamada da campanha de imunização do Ministério da Saúde, receberem sua dose.

1. O primeiro ponto é que, após estudos e experiências na vida real, a Organização Mundial da Saúde (OMS) considera essa a estratégia mais eficaz para proteger os idosos contra o influenza.

2. Todos os anos, a OMS emite um novo indicativo das cepas de gripe circulantes (em linhas gerais, dos tipos de vírus). A vacina deve ser ajustada periodicamente, porque os vírus da gripe estão constantemente sofrendo mutações. Essa tática permite resguardar a população contra três ou quatro das cepas mais prováveis.

3. Estudos apontam que a vacinação é essencial para prevenir infecções graves, complicações, hospitalizações e mortes decorrentes da gripe. Isso é especialmente importante entre os grupos de alto risco, como os idosos.

4. Há, de forma natural, um declínio imunológico quando envelhecemos. Em decorrência disso, os idosos são mais vulneráveis à gripe e ao desenvolvimento de complicações como pneumonia bacteriana, além dos agravos em condições crônicas como diabetes, insuficiência cardíaca e renal, doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC)… A infecção por influenza pode resultar também no declínio funcional de idosos frágeis.

5. Não é preciso ter medo da imunização. As vacinas contra o influenza contêm vírus mortos, ou seja, eles não podem causar a doença. Geralmente são bem toleradas e seguras em idosos. Eventos adversos graves e clinicamente importantes são raros. As reações comuns à vacina incluem vermelhidão, dor ou inchaço onde foi dada a picada, e elas podem levar de um a dois dias para passar.

O momento ideal para a vacinação é antes que a temperatura baixe, período em que aumenta a circulação do vírus. A gripe é uma doença evitável por meio da vacina. Em tempos de coronavírus, manter o calendário de vacinação em dia é crucial para deixar o corpo protegido.

Fonte: https://saude.abril.com.br/blog/chegue-bem/gripe-por-que-os-idosos-devem-tomar-a-vacina-2/ - Por Dra. Maisa Kairalla - Foto: Getty Images/SAÚDE é Vital

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2020

Coronavírus: 10 mitos sobre prevenção e tratamento


De superdoses de vitamina D a chá de erva-doce, conheça métodos veiculados por aí para proteger contra o coronavírus que não têm respaldo da ciência

O novo coronavírus (que agora recebeu o nome de covid-19) já criaram dezenas de fake news sobre ele. De uma origem em laboratório orquestrada pelo empresário Bill Gates para lucrar com vacinas a estratégias simples e milagrosas para tratar e evitar a infecção, sobram informações inverídicas.

Elencamos os boatos que mais estão se disseminando sobre esse vírus e conversamos com especialistas para esclarecê-los de uma vez por todas. Confira:

1) Tomar uma superdose de vitamina D evita o coronavírus
Uma mensagem assinada por um médico diz que a Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) indica um reforço na imunidade para prevenir essa doença. Para isso, seria preciso injetar uma dose alta de vitamina D, que teria o poder de modular as defesas do corpo.
Só que a notícia é completamente falsa. A SBI emitiu um comunicado afirmando que jamais fez tal recomendação. “Tomar uma vitamina não vai mudar sua resposta a um agente estranho”, comenta Nancy Bellei, infectologista consultora da entidade e pesquisadora da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
Um estudo bem robusto, realizado em 2019 com mais de 5 mil adultos, mostra que mesmo uma dose enorme, de 100 mil UI de vitamina D, não previne infecções respiratórias, como o coronavírus. A pesquisa foi feita pela Universidade Harvard, nos Estados Unidos, e publicada no periódico Clinical Infectious Diseases.
Isso vale também para suplementos de vitamina C e minerais como zinco. A suplementação só deve entrar em cena com orientação profissional e em caso de deficiência de nutrientes comprovada.
Manter uma alimentação equilibrada ao longo da vida é a única recomendação nutricional dos médicos para reforçar as defesas. “Vender qualquer boost de imunidade beira o charlatanismo”, destaca João Prats, infectologista da BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo.

2) Chá de erva-doce mata o vírus originário da China
Esse é um boato reaproveitado há pelo menos dez anos. Verdade que, até então, essa fake news se restringia ao vírus influenza, causador da gripe.
No WhatsApp, o texto alega que um médico do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo recomenda tomar o chá de erva-doce para curar o coronavírus, porque a planta tem o mesmo princípio ativo do Tamiflu, um remédio usado contra casos de H1N1 e outros subtipos do influenza.
Mas atenção: tal composto não existe na erva-doce. Aliás, o Ministério da Saúde ressalta que nenhum chá é capaz de tratar o coronavírus ou a gripe.

3) Alho, gengibre e outros fitoterápicos como forma de prevenção
Ainda na seara alimentar, as correntes recomendam comer alho cru e tomar chá de gengibre, entre outras bebidas e alimentos, para reforçar a imunidade e matar o vírus.
“Embora moléculas dessas plantas demonstrem resultados positivos quando se estuda a ação delas em uma célula isolada no laboratório, não dá para extrapolar esse efeito para o corpo humano”, comenta Prat.
Isso não significa que comer um vegetal rico em nutrientes, como o alho ou mesmo o gengibre, fará mal. Na verdade, eles até podem aliviar sintomas como coriza e irritação nas vias aéreas. Só não espere que, isoladamente, previnam ou curem um caso de coronavírus ou de qualquer outra infecção respiratória.

4) Já ter pego gripe protege contra o coronavírus
O influenza é diferente do coronavírus. Quando somos infectados por um subtipo do vírus da gripe, nosso organismo aprende a se defender especificamente contra ele, em um processo chamado de resposta imune adquirida.
O raciocínio é o mesmo para a vacina da gripe. O fato de ter recebido essa injeção não quer dizer que o organismo está mais resguardado do coronavírus. E nem contra o próprio influenza daqui um ano. Isso porque esse agente infeccioso sofre mutações constantes, que exigem modificações na vacina.
Agora, imunizar-se contra gripe pode evitar que o coronavírus cause complicações. Explica-se: esse novo vírus pode se aproveitar do fato de o organismo estar enfraquecido pelo influenza para provocar estragos graves.

5) O coronavírus é semelhante ao vírus da aids
Uma montagem mostra porções iguais do DNA de dois vírus lado a lado, supostamente o HIV e o coronavírus. Segundo os autores, são semelhanças “nunca encontradas em outro coronavírus do passado”, o que indicaria que o novo inimigo da saúde foi criado com fins escusos em um laboratório – olha aí o Bill Gates de novo.
Mas não há nenhum registro científico dessa similaridade. O periódico The Lancet publicou recentemente um artigo que sequencia os genes do covid-19, mostrando que ele é cerca de 80% similar ao vírus SARS, que causou uma epidemia na década passada. Não há qualquer menção ao HIV.

6) O novo vírus pode ser tratado com remédios para HIV, influenza ou antibióticos
Até agora, não existe um tratamento específico contra o coronavírus além de observar e remediar os sintomas e as complicações da infecção. Entretanto, com o avanço dos casos, os médicos estão fazendo testes com medicamentos originalmente criados para enfrentar outras enfermidades.
Na China, médicos vêm receitando o lopinavir e o ritonavir, antirretrovirais que tratam o HIV, combinados com o oseltamivir, o princípio ativo do Tamiflu, que é prescrito em gripes severas. A CNN noticiou também que um médico tailandês declarou ter curado um caso grave de coronavírus com a mistura.
A estratégia, entretanto, carece de comprovação científica. “Faltam evidências clínicas da eficácia contra o covid-19. Também precisamos compreender o mecanismo pelo qual atuariam esses medicamentos”, destaca Prats.

7) Carregar bolsas de cânfora afasta o coronavírus
“Uma boa dica, meus queridos amigos: bolsinhas medicinais de cânfora ajudam a evitar a propagação da gripe coronavírus”, afirma uma mensagem espalhada pelos grupos de WhatsApp. Primeiro, vale dizer que a infecção provocada pelo coronavírus não é uma gripe, o que já levanta suspeitas.
E a cânfora, embora empregada há séculos como tratamento alternativo, não tem nenhuma ação antiviral atestada por estudos. “É uma planta famosa por ser descongestionante e analgésica. Ela até atenua os sintomas de gripe e resfriado, mas não reduz o risco de infecção nem evita casos graves”, pontua Prats.

8) Lavar nariz com frequência evita o coronavírus
A higienização frequente das narinas é a melhor maneira de desentupir o nariz, além de amenizar os sintomas da rinite. Só que seus benefícios param por aí, uma vez que a higiene do local não impede que um vírus entre pela mucosa e acesse o organismo.

9) Comprar mercadorias da China é perigoso
Ter contato com produtos chineses não representa ameaça de contágio pelo coronavírus. Ministério da Saúde, Organização Mundial da Saúde (OMS) e a comunidade médica rejeitam essa hipótese.
 “Há a possibilidade de o vírus ‘sobreviver’ no ambiente por alguns dias, mas, em geral, ele se torna incapaz de infectar alguém após algumas horas fora do organismo”, destaca Nancy.

10) Ozonioterapia para tratar coronavírus
Uma clínica de estética publicou em suas redes sociais que a ozonioterapia — técnica que administra os gases oxigênio e ozônio no nosso corpo para diferentes fins — preveniria a infecção. A notícia, embora falsa, espalhou-se rapidamente.
Em comunicado, a SBI avisa que não há nenhuma evidência científica de que o método proteja contra o covid-19.

Uma polêmica: o calor brasileiro deixa o coronavírus menos ameaçador?
Com base em estudos já feitos com o influenza, que apontam para uma maior transmissão nos meses frios e secos, imagina-se que o coronavírus perderá força no clima tropical do Brasil em pleno Carnaval. Acontecimentos dos últimos anos, contudo, desafiam esse conceito.

“Existe um conhecimento clássico sobre o assunto, mas há muitos dados que apontam para surtos de vírus causadores de doenças respiratórias fora do frio e em regiões mais úmidas”, diz Nancy. “Tivemos, por exemplo, uma epidemia de H1N1 nos Estados Unidos em julho, um período muito quente naquele país, e também enfrentamos casos no verão brasileiro”, complementa a médica.

A especialista completa: “Não dá para afirmar que o clima diminuirá a velocidade de transmissão, especialmente se tratando de um vírus para o qual ninguém tem imunidade ainda”, completa.

No entanto, outras versões de coronavírus especialmente agressivos, como o SARS, de fato tiveram maior dificuldade de se espalhar no verão. Isso porque, no calor, as pessoas não ficam tanto tempo em ambientes fechados, que facilitam a disseminação de infecções respiratórias. E é possível que o próprio vírus não responda tão bem ao clima tropical.

Nesse ponto, portanto, devemos esperar mais pesquisas.

Fonte: https://saude.abril.com.br/medicina/coronavirus-mitos-prevencao-tratamento/  - Por Chloé Pinheiro - Foto: Fabio Castelo/SAÚDE é Vital

sábado, 1 de fevereiro de 2020

Coronavírus: quem está mais suscetível a ele e aos sintomas graves


Segundo um estudo, o vírus vindo da China afeta mais alguns subgrupos, como pessoas mais velhas ou com doenças crônicas. Conheça quais e as complicações

O coronavírus e seus sintomas mais graves surgem especialmente em pessoas mais velhas e que tenham alguma doença crônica. Essa é uma das conclusões de um novo estudo publicado no The Lancet por pesquisadores da China.

No trabalho, os cientistas avaliaram todos os casos confirmados dessa infecção respiratória que deram entrada entre 1º e 20 de janeiro de 2020 em um hospital de Wuhan, o provável epicentro do surto. Foram 99 indivíduos ao todo.

Entre eles, 55% possuíam algum problema crônico. Diabetes, doenças cardiovasculares, males digestivos ou respiratórios e câncer estavam entre eles. Além disso, a média de idade dos pacientes era de 55 anos — 37% estavam acima dos 60 anos.

Segundo o trabalho chinês, isso ocorreria porque o envelhecimento e essas enfermidades tendem a diminuir a imunidade contra infecções em geral.

Aliás, os pesquisadores também notaram que mais homens foram parar nesse hospital por causa do coronavírus. Dos 99 enfermos, 67 eram do sexo masculino (68%). “A reduzida suscetibilidade das mulheres a infecções virais pode ser atribuída à proteção do cromossomo X e aos hormônios sexuais, que exercem um papel no sistema imunológico”, escrevem os autores, no artigo.

Os sintomas mais comuns entre esse grupo hospitalizado pelo coronavírus foram febre, tosse e falta de ar. Dores musculares e de cabeça, bem como confusão mental, irritação na garganta e desconforto no peito também foram observados.

Além disso, 75% dos 99 participantes do estudo apresentaram uma pneumonia que afetou os dois pulmões. Até o momento, 11% de todos os participantes morreram.

Mas atenção! Isso não significa que a letalidade do novo coronavírus é de 11%. Primeiro porque o número de casos avaliados nesse experimento, embora seja o maior até o momento, é pequeno. Segundo que os pesquisadores se concentraram em pessoas hospitalizadas.

Ou seja, é possível que o vírus tenha causado sintomas mais brandos em outros sujeitos, que nem viram necessidade de ir até um pronto-socorro. Se for o caso, ao incluir essa turma em outro estudo, a letalidade certamente cairia. Devemos esperar mais estudos.

Fonte: https://saude.abril.com.br/medicina/coronavirus-sintomas-graves/ - Por Theo Ruprecht - Ilustração: Erika Onodera/SAÚDE é Vital

segunda-feira, 23 de abril de 2018

Vacina da gripe 2018: campanha protegerá 9 grupos contra 3 tipos da doença

A campanha de vacinação contra a gripe 2018 começou e protegerá contra três tipos da doença. Oferecida pelo Ministério da Saúde, a imunização é gratuita e visa vacinar 54,4 milhões de pessoas até 1° de junho.


Vacina contra gripe 2018
Até o meio de abril, o Brasil confirmou 392 casos de influenza, sendo que 62 resultaram em morte. Entre eles, 190 casos e 33 mortes foram pelo vírus H1N1 e 93 casos e 15 mortes do H3N2.

A fim de evitar o aumento dos casos, o Ministério da Saúde iniciou nesta segunda-feira (23), a Campanha de Vacinação contra Gripe, que contará com, pelo menos, 25 milhões de doses disponíveis.

A fórmula deste ano protege contra três tipos do vírus: H1N1 e H3N2 e influenza B.

Quem deve tomar a vacina contra gripe?
A campanha tem o objetivo de imunizar prioritariamente nove grupos de pessoas que são consideradas mais vulneráveis a complicações da doença.

Pessoas com mais de 60 anos
Crianças de seis meses a cinco anos
Gestantes e puérperas (até 45 dias após o parto)
Indígenas
Profissionais da área da saúde
Professores da rede pública ou privada
Trabalhadores do sistema prisional
Indivíduos privados de liberdade (como jovens em cumprimento de medidas socioeducativas)
Portadores de doenças que aumentam o risco de complicações pela gripe

Quem está fora do perfil estipulado, mas também quer se vacinar, pode recorrer a clínicas particulares, em que o preço médio varia de R$ 90 a R$ 160.

Etapas
Segundo o Ministério da Saúde, a imunização ocorrerá em etapas, as quais compreendem:

A partir de 23 de abril: vacinação voltada a trabalhadores de saúde, idosos e indígenas;
A partir de 2 de maio: doses liberadas para crianças, gestantes e puérperas;
A partir de 9 de maio: para portadores de doenças crônicas, professores e demais indivíduos pertencentes ao público-alvo.

Quem não pode tomar?
A dose não deve ser aplicada em quem tem histórico de reação a qualquer componente, como alergia severa a ovo e seus derivados.

Quais são as reações da vacina da gripe?
Segundo o Ministério da Saúde, após a aplicação da vacina da gripe 2018 pode surgir dor, vermelhidão e endurecimento no local, consideradas reações raras e que costumam passar em 48 horas.

Quem tomou ano passado deve tomar de novo?
Quem aplicou a vacina da gripe em 2017 deve repetir a dose, já que a imunização dura, em média, um ano e a composição atual foi modificada a fim de evitar com mais eficiência as cepas do vírus.

Dia D da vacina contra gripe 2018
Assim como as edições passadas, a campanha da vacina da gripe 2018 inclui um dia nacional em que diversas unidades fixas e móveis se mobilizam para distribuir as doses.
A data deste ano será 12 de maio e envolverá 65 mil postos de vacinação do País, além de 27 mil veículos terrestres, marítimos e fluviais.


quinta-feira, 19 de abril de 2018

Como evitar a gripe?

A prevenção contra a doença passa obrigatoriamente pela vacina. Mas você pode adotar outras medidas básicas para minimizar o risco de sofrer com o vírus

Atire o primeiro lenço sujo quem nunca sentiu os sintomas de uma gripe: calafrios, dor do corpo, nariz entupido, febre, cansaço, sono… Em pouco tempo, esse monte de problemas derruba qualquer um. Daí, é preciso ficar de cama mesmo e tomar uma série de comprimidos para aliviar esses incômodos. Mas será que é possível evitar a doença e passar pelo outono/inverno sem sofrer com essas chateações?

Sim, existem maneiras cientificamente comprovadas de reduzir a probabilidade de ser infectado pelo vírus influenza, o causador da enfermidade. A primeira é tomar uma dose anual da vacina, disponível nos postos de saúde para alguns públicos, como as gestantes, as crianças, os professores e os profissionais da saúde (veja a lista completa aqui). O objetivo da vacinação é proteger populações mais vulneráveis e, assim, abreviar o impacto da gripe em toda a sociedade.

 “Para os grupos com imunização indicada, tomar a vacina não é apenas uma questão individual, de proteger a si próprio, mas passa também por cumprir o papel de cidadão, pois contribui para baixar a taxa de circulação do vírus em toda a comunidade”, chama a atenção a pediatra Flávia Bravo, gerente médica do Centro Brasileiro de Medicina do Viajante.

Outros jeitos de evitar a gripe
Vale a pena ainda colocar outras atitudes em prática. Uma delas é lavar as mãos com regularidade, principalmente ao chegar em casa, no trabalho ou na escola. Imagine em quantos lugares você passa a mão ao longo do dia: maçanetas, barras do ônibus e do metrô, corrimões, botões de elevadores… Quem garante que um sujeito gripado não passou ali antes e espalhou um monte de vírus nessas superfícies?

Nossos dedos são um dos grandes veículos de infecção pelo influenza. Se eles estão sujos, acabam levando à boca, ao nariz e aos olhos um monte de agentes infecciosos, que atacam as células dessas regiões de nosso corpo. Portanto, é bom ficar atento e, se possível, restringir o número de vezes que você leva as mãos até a face para coçar ou cutucar a pele.

Ao tossir ou espirrar, cubra o nariz e a boca de preferência com o antebraço. Desse modo, você impede que aquelas pequenas gotículas de saliva (outra forma relevante de contágio) fiquem suspensas no ar e entrem no sistema respiratório de um indivíduo que dê o azar de passar por ali nesse mesmo momento. E por que não usar as mãos? Ora, você a usa muito mais do que o antebraço para cumprimentar pessoas, apoiar-se no ônibus…

Outra dica esperta é manter os ambientes bem arejados: deixe as portas e janelas de sua casa abertas pelo maior tempo possível. Nos meses mais frios do ano, tendemos a nos manter enclausurados e próximos de outras pessoas, o que eleva o perigo de contrair uma gripe. Ao permitir que o ar circule no quarto, na cozinha e na sala, o risco de o vírus ser transmitido de um sujeito para o outro cai consideravelmente.

Células de defesa em forma
E como manter o sistema imunológico de prontidão para rebater qualquer invasão microscópica? Não há muito segredo por aqui: basta ter uma alimentação variada e equilibrada e uma rotina ativa, com a prática regular de atividade física.

Compostos específicos, como a vitamina C dos frutos cítricos e o selênio da castanha-do-pará, até ajudam e são importantes dentro do contexto de uma dieta saudável. Mas que fique claro: eles não fazem milagres como se divulga por aí.

Se, apesar de todas essas medidas, você ficar gripado, é bom permanecer em casa mesmo. O repouso é essencial para se recuperar com rapidez. Além disso, ao ficar de cama, você não vai passar o vírus para os colegas de trabalho ou da escola. Se a situação piorar, com aumento de febre, mudança na coloração do catarro e fortes dores pelo corpo, chegou a hora de procurar o pronto-socorro e, assim, iniciar um tratamento específico.


Fonte: https://saude.abril.com.br/medicina/gripe-como-evitar/ - Por André Biernath - Foto: Omar Paixão/SAÚDE é Vital

sexta-feira, 13 de abril de 2018

Quem deve tomar a vacina da gripe?

A campanha de vacinação contra os vírus influenza começa nas próximas semanas. Confira quem precisa visitar o posto de saúde em breve

A maioria dos brasileiros pode tomar a vacina que protege contra a gripe. Porém, como não há imunizantes disponíveis para toda a população, o governo define alguns públicos que são mais suscetíveis à doença, correm um risco maior de sofrer complicações após a infecção inicial ou têm contato diário com várias pessoas e, assim, transmitiriam o vírus para muita gente. São eles os que recebem gratuitamente a vacinação durante a campanha:

Crianças de 6 meses a 5 anos
Gestantes
Mulheres que deram à luz nos últimos 45 dias
Pessoas com mais de 60 anos
Profissionais da saúde
Professores da rede pública e particular
População indígena
Portadores de doenças crônicas, como diabetes, asma e artrite reumatoide
Indivíduos imunossuprimidos, como pacientes com câncer que fazem quimioterapia e radioterapia
Portadores de trissomias, como as síndromes de Down e de Klinefelter
Pessoas privadas de liberdade
Adolescentes internados em instituições socioeducativas, como a Fundação Casa

A campanha de imunização promovida pelo Ministério de Saúde começa no dia 23 de abril e vai até 1 de junho. Se você faz parte dos grupos listados acima, basta ir até a unidade de saúde mais próxima de casa para tomar a sua dose. Assim, você se resguarda e ainda diminui a probabilidade de repassar o vírus influenza, causador da gripe, para seus familiares e amigos.

Caso você não se encaixe em nenhum desses perfis e quiser se vacinar, é possível obter a sua dose em clínicas privadas. A Sociedade Brasileira de Imunizações, por exemplo, indica o imunizante para todas as pessoas com mais de 6 meses de vida – e que não tenham contraindicações.

Na rede privada, a vacina custa entre 100 e 200 reais e tem a mesma ação do produto disponibilizado na rede pública. Em alguns estabelecimentos, é oferecida uma versão quadrivalente, que imuniza contra quatro cepas diferentes de vírus (geralmente o H1N1, o H3N2 e os influenzas do tipo B da linhagem Victoria e Yamagata).

Nos postos de saúde públicos, só existe o produto trivalente, que protege contra três tipos: o H1N1, o H3N2 e uma linhagem do tipo B (Victoria ou Yamagata). Ele já é suficiente para evitar a grande maioria dos casos.

E quem não pode?
Não há muitas contraindicações em tomar a vacina da gripe. Ela está proibida somente para quem tem alergia grave ao ovo, uma condição rara. Isso se deve ao fato de os antígenos que são colocados no imunizante serem cultivados dentro da casca e utilizarem a gema e a clara para se replicarem durante o processo de fabricação. Se você estiver em dúvida, melhor conversar com seu médico.


Fonte: https://saude.abril.com.br/medicina/vacina-gripe-quem-deve-tomar/ - Por André Biernath - Foto: Eduardo Svezia/SAÚDE é Vital