domingo, 12 de janeiro de 2014

Por que precisamos dormir em total escuridão

O quarto moderno é cheio de luzes e dispositivos eletrônicos, de monitores de computador a rádios-relógio, além, é claro, do quase onipresente smartphone vibrando e brilhando ao lado da cama. O que a ciência tem a nos dizer, no entanto, é que a exposição crônica à luz durante a noite leva a uma série de problemas de saúde.

Para entender por que a exposição crônica à luz durante a noite é tão ruim, é preciso considerar a evolução humana. Antes do fim da Idade da Pedra, os seres humanos só eram expostos a dois tipos diferentes de luz natural, responsáveis pela regulação do ritmo circadiano – durante o dia, tinha o sol, enquanto à noite, havia a lua e as estrelas, e talvez a luz de fogueiras. Esse padrão binário de dia/noite configurava toda a nossa programação biológica.

Hoje, temos iluminação artificial à noite (IAN). Essa iluminação interior é consideravelmente menos potente do que a luz solar, mas ainda muitas ordens de magnitude maior do que a luz das estrelas e do luar – uma diferença que influencia uma série de reações bioquímicas críticas ligadas a periodicidade de luz, incluindo a produção de cortisol e melatonina.

A melatonina, o sono e a saúde

Supressão de melatonina é chave para entender muito do porquê IAN faz mal para nós. Este composto bioquímico é produzido pela glândula pineal do cérebro durante a noite, quando está escuro, para regular o nosso ciclo de sono-vigília.

Ele reduz a pressão arterial, os níveis de glicose e a temperatura do corpo – respostas fisiológicas que são as principais responsáveis por um sono reparador.

A parte do cérebro que controla o relógio biológico é o núcleo supraquiasmático (SCN), um grupo de células no hipotálamo. Estas células respondem aos sinais claros e escuros. Os nervos ópticos em nossos olhos percebem a luz e transmitem um sinal para o SCN, dizendo ao cérebro que é hora de acordar.

Esses sinais também iniciam outros processos, como o aumento da temperatura corporal e a produção de hormônios como o cortisol (o do estresse). Os nossos níveis de cortisol são relativamente baixos durante a noite, permitindo-nos dormir, e mais elevados durante o dia, permitindo a estabilização dos níveis de energia e a modulação da função imunológica.

IAN eleva os níveis de cortisol à noite, o que perturba o sono e apresenta uma série de problemas relacionados com os níveis de gordura corporal, resistência à insulina e inflamação sistêmica. Também contribui para um sono ruim e uma interrupção da neuroregulação do apetite.

Quando os quartos ficam totalmente escuros à noite, nenhum sinal óptico é enviado para o SCN, de forma que os nossos corpos produzem a melatonina necessária. A exposição à luz ambiente durante as horas normais de sono suprime os níveis de melatonina em mais de 50%.

E, só para aumentar os problemas, muitos dispositivos modernos emitem luz azul de LEDs, que é especialmente eficaz na supressão de melatonina. Isto porque melanopsina – um fotopigmento encontrado em células especializadas da retina envolvidas na regulação dos ritmos circadianos – é mais sensível à luz azul.

Mais problemas do que você pensa

Recentemente, cientistas alertaram estudantes universitários sobre o impacto da luz de monitores de computador sobre os níveis de melatonina. Eles descobriram que a luz do computador à noite reduz os níveis de melatonina, atrapalhando o sono. Em um estudo relacionado sobre tablets, pesquisadores disseram que é importante reconhecer que o uso de dispositivos eletrônicos antes de dormir pode romper com o sono, mesmo que a melatonina não seja suprimida – a atividade pode deixar as pessoas alertas ou estímulos estressantes podem levar à interrupção do sono.

Essa perturbação bioquímica também cria efeitos físicos, como doenças. Cientistas não sabem direito por quê, mas estudos mostram consistentemente uma correlação entre IAN e câncer.

Por exemplo, um estudo de 10 anos descobriu que um grupo de mais de 1.670 mulheres expostas a uma maior intensidade de luz em seu ambiente de dormir tinham chances 22% maiores de desenvolver câncer de mama. Os pesquisadores culparam o rompimento hormonal causado pela supressão de melatonina. 

Perturbadoramente, isso tem implicações sombrias para trabalhadores noturnos. Estudos têm mostrado que enfermeiras com turnos à noite estão em maior risco para câncer de mama.

A luz durante a noite não precisa sequer ser brilhante para causar problemas. A exposição crônica à luz fraca já é capaz de levar a sintomas de depressão. Hamsters, por exemplo, exibiram menos interesse em beber a água com açúcar que normalmente adoram quando expostos à luz fraca à noite. Quando retornaram a uma programação normal, a depressão foi revertida.

Outro estudo, também com roedores, mostrou que a luz azul à noite, em particular, é especialmente poderosa em induzir depressão e ansiedade. IAN também pode prejudicar o humor e a aprendizagem, mais uma vez provavelmente por causa de neurônios expressando melanopsina.

A melatonina ainda tem propriedades antioxidantes, que desempenham um papel importante no antienvelhecimento.

Outros estudos ainda mostram uma ligação entre a supressão de melatonina e doença cardiovascular.

Como se não bastasse tudo isso, luz à noite também contribui para o ganho de peso, mudando o tempo da nossa ingestão de alimentos. Ratos, quando expostos a IAN, ganham mais peso – apesar de se exercitarem e comerem tanto quanto seus irmãos que dormem na escuridão.
Os cientistas também correlacionaram níveis baixos de melatonina à diabetes, embora não saibam o papel da IAN na doença.

A conclusão é bastante óbvia: precisamos manter nossos quartos os mais escuros possíveis à noite, e evitar luz azul antes de dormir. Para isso, temos que desligar todos os gadgets emissores de luz e fechar as cortinas. E, se possível, nos abster de usar computador, tablet ou smartphone nas horas que antecedem o sono. Eu sei, mais fácil falar do que fazer. [io9]

sábado, 11 de janeiro de 2014

Dengue: mitos e verdades sobre a doença

Com as temperaturas mais altas e maior incidência de chuvas, os casos de Dengue aumentam nos primeiros meses do ano. Veja alguns fatos sobre ela

A Dengue é causada por um vírus transmitido pelo mosquito Aedes aegypti. A doença pode ser apresentada na forma clássica, que causa febre e dores na cabeça e nas articulações, e a hemorrágica, que, além desses sintomas, provoca sangramentos e pode levar à morte. No Brasil, já foram encontrados da dengue tipo 1, 2, 3 e 4.

Os principais sintomas da doença são: doença febril aguda com duração de até 7 dias acompanhada de pelo menos dois dos seguintes sintomas: dor de cabeça, dor atrás dos olhos, dores musculares, dores nas juntas, prostração e vermelhidão no corpo.

Os casos de Dengue aumentam significativamente entre os meses de janeiro a maio, devido às altas temperaturas e uma quantidade maior de chuvas. Segundo dados do Ministério da Saúde, até o mês de setembro de 2013 foram mais de 1 milhão de casos confirmados de Dengue no Brasil.

Para ajudar a identificar o que é realmente verdade e o que é crendice popular a respeito da doença confira a matéria com informações da Cartilha sobre a Dengue do Ministério da Saúde:

Só as fêmeas do Aedes aegypti picam
Verdade. Para eclodir os ovos, as fêmeas precisam de sangue humano.

O uso do fumacê é suficiente para evitar a Dengue
Mito. Ele ajuda na diminuição dos mosquitos adultos no ambiente, porém não resolve sozinho o problema. Deve ser utilizado em caso de surto ou epidemia.

O Aedes aegypti só pica nas pernas
Mito. Em geral o mosquito prefere a região das pernas e pés, mas a picada pode acontecer em qualquer outra área exposta do corpo.

Apenas Paracetamol e Dipirona podem ser usados pelo paciente com Dengue
Verdade. Em caso de dor, deve-se utilizar Paracetamol e Dipirona. Medicamentos que possam desencadear os sangramentos da doença ou piorá-los, como Ácido Acetilsalicílico e antinflamatórios não devem ser utilizados.

A pessoa que teve a doença fica imune após o tratamento
Mito. Como existem quatro tipos de vírus da Dengue o doente, ao curar-se, fica imune àquele tipo que adoeceu. Porém, pode voltar a ficar doente por um dos outros três tipos.

É possível que uma pessoa infectada passe a doença
Mito. Apenas o mosquito infectado transmitirá ao homem pela picada.

Repelentes ajudam a evitar a doença
Mito. Os repelentes podem evitar o mosquito, mas têm um efeito não duradouro.

O mosquito não pica durante a noite
Verdade. O mosquito transmissor da Dengue tem hábito diurno.

Qualquer picada do mosquito transmite a doença
Mito. É necessário que o mosquito esteja contaminado.

As larvas do mosquito só se desenvolvem em água limpa
Mito. Os ovos do mosquito também podem se desenvolver em água suja e parada.

Fora da água, o ovo com o vírus pode suportar mais de um ano
Verdade. Há registro de ovos que passaram até 450 dias sem água. Eles podem sobreviver a um inverno inteiro.

Crianças e jovens são mais suscetíveis à doença
Verdade. A circulação de diferentes tipos virais que infectam pessoas continuamente gera imunidade na população adulta. Por isso, crianças e jovens que nunca entraram em contato com o vírus circulante podem ser mais suscetíveis ao desenvolvimento da doença.

Dicas para se prevenir

A melhor forma de evitar a Dengue é combater os focos de acúmulo de água, locais propícios para a criação do mosquito transmissor da doença. Para isso, é importante não acumular água em latas, embalagens, copos plásticos, tampinhas de refrigerantes, pneus velhos, vasinhos de plantas, jarros de flores, garrafas, caixas d´água, tambores, latões, cisternas, sacos plásticos e lixeiras, entre outros. O importante é acabar com qualquer reservatório de água parada, seja limpa ou suja. Para ajudar no combate à Dengue coloque essas dicas em prática:

Vire garrafas vazias com a tampa para baixo;
Não deixe entulho no quintal ou nas ruas;
Cubra a caixa d’água e piscinas;
Guarde baldes virados para baixo;
Coloque terra ou areia nos pratos de vaso de planta;
Retire as folhas e sujeira de calhas que dificultam o escoamento da água;
Lave todas as semanas baldes e tanques que armazenam água;
Mantenha a lata de lixo devidamente tapada;
Guarde pneus num local coberto, longe da chuva;
Mantenha poços de água devidamente tampados;
Diminua a quantidade de bebedouros de cães, gatos e passarinhos e escove-os quando trocar a água;
Mantenha o aquário devidamente fechado;
Lave plantas que acumulam água 2 vezes por semana;
Verifique se há água acumulada nas bandejas dos aparelhos de ar-condicionado;
Coloque telas de proteção nas janelas.

Fonte: http://www.dicasdemulher.com.br/dengue/ - Por Thalita Vitoreli - Foto: Thinkstock

sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

Conheça os 10 maiores fatores de risco para doenças

Diabetes, tabagismo e até poluição entra na lista de problemas

Um conjunto de estudos recentemente publicado na revista científica The Lancet apontou que embora as pessoas estejam vivendo mais, a qualidade de vida decaiu. O principal motivo para esse quadro é a adoção de hábitos pouco saudáveis ao longo da vida e a convivência com doenças na velhice, principalmente as crônicas.

Frente a esse cenário, a pesquisa listou os 10 maiores fatores de risco para doenças. Observe que todos podem ser controlados ou evitados com medidas simples e, por isso, cada vez mais, órgãos e profissionais de saúde têm trabalhado para acabar com a mentalidade de que médicos só devem ser procurados ao sinal de problemas. "Para reduzir os gastos e melhorar a qualidade de vida da população, nada melhor do que prevenção", afirma o pneumologista Ricardo Luiz de Melo, do Hospital Universitário de Brasília. Confira a lista:

Hipertensão
"A hipertensão é uma doença silenciosa, ou seja, quando apresenta sintomas já pode ter causado danos irreversíveis ao organismo", aponta o clínico geral Claudio Miguel Rufino, da Escola Paulista de Medicina da Unifesp. Segundo ele, o trabalho dos vasos sanguíneos sob pressão anormal favorece uma série de complicações que podem culminar em infartoAVCou até óbito. Por isso, recomenda-se medir a pressão arterial uma vez por ano ou com maior frequência, quando há casos de pessoas com a doença na família. Dieta equilibrada e prática regular de exercícios também são medidas eficazes para controle e prevenção da hipertensão.

Tabagismo
Segundo o pneumologista Ricardo, é normal as pessoas associarem otabagismo apenas ao câncer de pulmão, mas esta não é a única consequência decorrente do hábito de fumar. "Câncer de boca, câncer de bexiga, câncer de útero, infarto, bronquite, AVC e inúmeras outras doenças estão ligadas ao cigarro", aponta. Assim, quanto antes o hábito for interrompido, maior a chance de melhorar a qualidade de vida. Vale lembrar ainda que os benefícios do abandono do vício não são refletidos somente no futuro. "É possível notar a melhora do gosto dos alimentos e uma maior resistência respiratória logo nos primeiros dias sem cigarro", conta.

Alcoolismo
alcoolismo costuma ter como principal órgão alvo o fígado, causandocirrose. Entretanto, a ingestão exagerada pode gerar problemas como gastrite e até quadros psiquiátricos. A dependência não está relacionada somente com a frequência com que um indivíduo consome bebidas alcoólicas, mas também com a quantidade. Assim, mesmo bebendo uma vez por semana, uma pessoa pode ser considerada vítima da doença caso não tenha qualquer parâmetro de moderação. De acordo com o clínico-geral Claudio, por ser socialmente aceito, o consumo de álcool começa a ser incentivado pela família ainda na infância.

Poluição dentro de casa
É impossível eliminar todos os agentes desencadeadores de problemas respiratórios, como a rinite alérgica, em uma cidade urbanizada, por isso, devemos, pelo menos, manter a limpeza do lar em dia. "A poluição externa também se deposita dentro de casa e nós mesmos somos responsáveis pelo acúmulo de pó, ácaros e pelos, alguns dos principais vilões quando o assunto é saúde respiratória", explica o pneumologista Ricardo. Assim, além da higiene dos móveis, objetos e do chão, recomenda-se trocar as roupas de cama regularmente.

Baixo consumo de frutas
"Frutas são alimentos naturais facilmente digeridos e fonte de vitaminas e minerais fundamentais para o organismo", afirma o clínico-geral Alfredo Salim Helito, do Hospital Sírio-Libanês. De acordo com o especialista, quem consome poucas frutas tende a dar espaço para alimentos pouco saudáveis, industrializados e gordurosos. Com o tempo, a má alimentação pode não só favorecer problemas, como diabetes, como ainda pode levar ao desenvolvimento de um câncer no tubo digestivo, como o câncer de estômago ou o câncer de intestino. Nutricionistas recomendam a ingestão de, no mínimo, três porções de frutas diariamente.

Obesidade
Embora tenha influência genética, a obesidade também está ligada a hábitos de vida e o número crescente de vítimas do problema mostra que cada vez mais pessoas cultivam uma dieta desregrada e o sedentarismo. "A doença é porta de entrada para problemas cardíacos, diabetes, problemas articulares e insuficiência vascular", explica o clínico-geral Claudio. A prevenção, por sua vez, começa na infância, aprendendo a montar um prato equilibrado e sabendo como fazer opções saudáveis mesmo fora de casa.

Diabetes
Há dois tipos de diabetes, aquele que surge logo na infância e não tem causa conhecida (diabetes tipo 1) e aquele que costuma se desenvolver na idade adulta e está diretamente ligado a hábitos de vida (diabetes tipo 2). Enquanto o primeiro exige controle desde cedo, o segundo nem sempre é descoberto precocemente. "Isso aumenta o risco de complicações, como insuficiência renal, disfunção erétil, infarto, entre outros problemas, e dificulta o controle da doença", explica o clínico-geral Alfredo. Para se prevenir, nada como uma dieta com muitos vegetais e a prática regular de exercícios.

Baixo peso infantil
"A desnutrição infantil acarreta uma série de dificuldades na vida adulta, porque é nesta fase que nosso sistema imunológico e neurológico amadurece", alerta o clínico-geral Alfredo. Com as defesas do corpo debilitadas, o indivíduo fica mais suscetível a contrair doenças infecciosas e com a cognição prejudicada, encontra dificuldade de aprender e reter informações. Vale lembrar que criança gordinha não é sinônimo de criança bem alimentada. "Ela pode estar com deficiência de inúmeros nutrientes e, ainda assim, apresentar um bom peso, caso sua dieta não seja equilibrada", complementa.

Poluição ambiental
Respirar ar poluído leva inúmeras substâncias tóxicas para dentro do nosso organismo, favorecendo problemas respiratórios. Entretanto, segundo o pneumologista Ricardo, cresce cada vez mais o diagnóstico de câncer de pulmão em indivíduos não fumantes, o que leva a crer que esses resíduos também contribuam com a doença. Quanto mais poluído o ar também, menor a quantidade de oxigênio o que, consequentemente, reduz a oxigenação dos nossos órgãos e tecidos. Enquanto nenhuma política agressiva para acabar o problema é adotada, recomenda-se a lavagem nasal com soro e a limpeza do lar.

Sedentarismo
Quer bons motivos para começar a treinar? O sedentarismo é responsável por inúmeras doenças, como diabetes, obesidade e problemas cardíacos. Com o slogan de "não tenho tempo", entretanto, a população tem fugido dos exercícios. A solução começa com valorizar mais a saúde do que qualquer outra atividade no dia. Depois, basta ter criatividade. Parar o carro em um estacionamento mais longe, descer do ônibus alguns pontos antes e optar por escadas ao invés do elevador são algumas maneiras de se exercitar sem gastar tempo. O ideal, porém, é realizar uma atividade física que alie trabalho muscular com exercícios aeróbios regularmente.

quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

Dicas para você parar de roncar

Uma sinfonia de roncos seguidos de verdadeiros cortes na respiração. Essa é a apnéia do sono, doença que rege sérios desarranjos no organismo

A cama aguarda mais uma noite de orquestra e, num piscar de olhos, começam os roncos nos mais diversos tons. A platéia, seleta, muitas vezes é composta de uma única pessoa: o companheiro de cama. A respiração ruidosa, porém, não representa o auge do espetáculo. Ela precede um bloqueio na passagem do ar inspirado pelo maestro dessa desafinada orquestra. Na ânsia de recuperar o fôlego, ele tem uma espécie de engasgo, volta a respirar e, em seguida, engata uma nova série de sons barulhentos. Brincadeiras à parte, essa ópera que persiste madrugada adentro é coisa séria e atende pelo nome de apnéia do sono.

O ronco é o mais sonoro sinal da doença. Sete em cada 100 pessoas têm o distúrbio em grau acentuado e outras 20 em cada 100 o apresentam pelo menos uma noite ao longo da vida, estima a neurologista Dalva Poyares, do Instituto do Sono da Universidade Federal de São Paulo, a Unifesp. A apnéia costuma surgir por volta dos 40 anos, sobretudo nos homens, e com uns quilos a mais. A partir dessa faixa etária, a musculatura da faringe fica mais flácida, explica o neurologista Rubens Reimão, do Hospital das Clínicas de São Paulo.

Quando o indivíduo se deita, então, esse tubo se estreita e, com a ajuda de possíveis amontoados de gordura na região da garganta, interrompe o caminho do ar. Esse estreitamento provoca uma vibração, o ronco, seguida de uma parada silenciosa da respiração, descreve o otorrinolaringologista Lucas Lemes, pesquisador da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. A faringe se fecha por no mínimo dez segundos e, em casos graves, pode ficar assim por um minuto, completa Reimão.

O regente dos roncos e dos breques na respiração nem percebe o sufoco. Quem tem apnéia dorme até demais, mas dorme mal porque não respira direito, sentencia Dalva. É um sono que não repõe as energias. E o pior: a falta de ar e a inconstante entrada de oxigênio disparam a pressão arterial. Um fenômeno que, no início, se restringe à madrugada, mas, com o tempo, ganha o dia e a vida do apnéico.

Quando a pressão já está nas alturas, a apnéia pode torná-la incontrolável. Ou seja, mais do que predispor ao problema, ela agrava a situação. Não à toa, novas diretrizes da Associação Americana do Coração estabeleceram a importância de tratar o distúrbio do sono para eliminar a hipertensão resistente quadro em que a pressão não cai mesmo quando se usam três medicamentos. A associação entre os males também foi flagrada por um trabalho da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Aliás, esse foi um dos primeiros estudos no mundo a demonstrar que o elo entre ambas as doenças independe de fatores como idade, sexo ou obesidade. A apnéia aumenta em cinco vezes o risco de hipertensão resistente, calcula o pneumologista e especialista em sono Denis Martinez, um dos autores. 

Por isso, enquanto a apnéia não é tratada, a pressão alta também não cede. Se você acha que o ronco esporádico ou uma apnéia leve não oferecem riscos, o médico Lucas Lemes, autor do livro Viver sem Roncos (Editora Revinter), alerta: A apnéia pode evoluir com a idade, ainda mais se a pessoa engordar. E Martinez completa: Quanto mais grave ela for, maior seu efeito sobre a pressão. 

A parceria entre esse distúrbio do sono e os problemas cardiovasculares culmina num círculo vicioso um agrava os outros, e vice-versa. Aliás, a apnéia afeta até o ritmo cardíaco, (veja quadro acima). E, a exemplo da hipertensão, as arritmias podem perpetuarse quando o indivíduo está acordado. 

Outro problema duro na queda que faz da apnéia uma aliada é o diabete. Quem vive às voltas com os picos de açúcar no sangue torna-se mais facilmente apnéico, e o apnéico, por sua vez, está mais suscetível a desenvolver resistência à insulina, ficando a um passo de se tornar diabético (volte ao quadro acima). Não à toa, a Federação Internacional de Diabetes passou a considerar o roncar um dos fatores decisivos para o desequilíbrio da glicose. 

A apnéia do sono é um tremendo ruído para a saúde. Por isso, se os roncos ou a sonolência diurna ganharem acordes mais intensos, é hora de procurar um médico e iniciar o tratamento. Só garantindo uma respiração adequada durante o sono é que se fecha a cortina para um concerto de problemas que não param de fazer barulho pelo corpo.

quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

15 coisas que seu médico não vai te contar sobre longevidade

Fazer exercícios, controlar o estresse, maneirar no sal — estas regras você já sabe ou deveria saber, de tanto que os médicos repetem. Conheça agora ensinamentos para viver mais que não passam pelos consultórios

Alimentação balanceada, exercícios regulares, álcool sob controle, cigarro à distância, muitas horas de sono. Se tudo isso já faz parte da sua rotina, parabéns: você cumpre alguns dos pré-requisitos para viver mais. 
Acontece que há muitos outros: bons hábitos e fatores externos que são fundamentais para se chegar a uma “melhor idade” digna do nome.

Boa parte dessas novas regras são desdobramentos de estudos que levam em conta a influência que a sua personalidade e o seu entorno podem ter na sua longevidade. O principal deles é um estudo da Universidade Stanford, na Califórnia, iniciado pelo médico Lewis Terman em 1921. Naquele ano, ele selecionou um grupo de 1 500 crianças para acompanhá-las durante os anos seguintes. Terman faleceu em 1958, mas seus assistentes (e os assistentes deles) seguiram acompanhando todo o grupo durante décadas, na alegria e na tristeza, na riqueza e na pobreza, até que suas mortes os separassem.

Em 2012, as conclusões foram apresentadas. Os conselhos clássicos de se manter ativo, bem alimentado e tranquilo continuam valendo, claro. Mas os pesquisadores chegaram a algumas informações surpreendentes: trabalhar muito é um caminho para viver muito, otimismo de mais pode ser prejudicial e a genética não é assim tão determinante para prever seu futuro.

Conheça essas e outras lições nas próximas páginas. Afinal, o negócio não é só chegar a 100: é chegar bem.

1- Nunca, nunca se aposente
Pesquisas que comparam trabalhadores e aposentados da mesma idade mostram: quem parou está pior. Claro, vai depender da sua rotina. Mas como sabemos que a poltrona é tentadora, fique esperto. Não precisa trabalhar muito, nem todo dia – ache um hobby, um curso, um compromisso regular. E, não, assistir TV não conta como hobby.

2. Passar fio dental faz bem para o coração
O que uma coisa tem a ver com a outra? Acompanhe o raciocínio: se você não passar fio dental, vai acumular placa bacteriana, que vai causar gengivite, que vai provocar a liberação de substâncias conhecidas como químicos da inflamação, que são os vilões por trás de várias doenças cardíacas. Mas se isso não for argumento suficiente pra você… poxa, gengiva inflamada, dentes em falta e mau hálito não ajudam ninguém na terceira idade.

3. Otimismo faz mal à saúde
Enxergar apenas o lado bom das coisas tem seu lado ruim. Pois é: pessoas otimistas tendem a subestimar riscos – um traço de personalidade que pode levar de ultrapassagens ousadas a longas ausências no médico. Além disso, otimismo além da conta deixa você frustrado demais com as dificuldades da vida. Ou seja: com um pé atrás, você vai mais longe.

4. Socializar é a fonte da juventude
Quanto mais velhos, menos saímos de casa. Lute contra isso: a ciência garante que conviver com outros é o gatilho de benefícios físicos e mentais que prolongam a vida.

5. Deus ajuda quem vai à igreja
Fato: quem comparece à missa, culto, centro espírita, sinagoga, terreiro etc. em geral vive mais. Dilema: religiosos vivem mais porque rezam ou rezam porque vivem mais? Os dados não permitem concluir se a saúde dos anciãos é beneficiada pela experiência ou se, na verdade, quem tem disposição para ritos religiosos são justamente os mais saudáveis. Moral da história: na dúvida, tenha fé em alguma coisa – nem que seja em Richard Dawkins.

6. Beba. E não precisa ser tacinha de vinho
Quando o assunto é álcool e longevidade, só se fala em vinho tinto. Preconceito: vinho branco, cerveja, uísque e outros fermentados e destilados também podem fazer bem. Há um índice menor de doenças cardiovasculares relacionado ao consumo diário de até duas doses – e de apenas uma para mulheres, ponto para os homens! Mas a ALFA e o Ministério da Saúde advertem: beba com moderação. Passou de duas doses, já vira problema.

7. Palavras cruzadas salvam vidas
Atividades que exercitam seu cérebro mantêm sua inteligência e prolongam sua lucidez. Opções não faltam: palavras cruzadas, xadrez, videogame, sudoku, qual-é-a-música. Detalhe: assim que estiver craque, troque de treino – seus neurônios só mantêm o frescor enfrentando novos desafios.

8. Mulher: o negócio é imitar
Elas vão mais ao médico, comem melhor, fumam menos, envolvem-se em menos acidentes e, assim, vivem mais. Então, deixe de frescura: seja mais feminino.

9. Não fique viúvo. Você não sabe se cuidar sozinho
Não bastasse haver cinco viúvas para cada viúvo no Brasil, elas ainda vivem muito mais depois de perder seus maridos do que nós após perdermos a esposa. A verdade é que, sozinhos, tendemos ao caos – o que aos 30 anos tem seu charme, mas em uma idade avançada é fatal. Então, não fique solteiro: sua saúde agradece.

10. Pare de se incomodar com bobagem
Mágoa, rancor, ressentimento: se ao ler essa lista você já recorda de vários exemplos pessoais, calma. Não é por aí. Se cultivados, esses sentimentos descambam na produção de cortisol, um hormônio que ataca seu coração, metabolismo e sistema imunológico. Diversos estudos relacionam uma alta taxa de cortisol a uma morte precoce. Portanto, aprenda a perdoar, relevar, deixar pra lá. Como dizia o guru indiano Meher Baba: Don’t worry, be happy – pois é, também achava que vinha daquela música.

11. Não confie nos seus genes
“Meu avô viveu 90 anos, não preciso me preocupar.” Precisa. Uma nova pesquisa concluiu que apenas 25% da duração da nossa vida podem ser atribuídos à herança genética; os outros 75% dependem de você. Se quiser chegar aos 90 como o seu avô, descubra como ele fez para chegar lá.

12. Não tenha amigos legais. Tenha amigos saudáveis
OK, eles não são excludentes. Mas o ponto é: da mesma maneira que, para ganhar dinheiro, é melhor se cercar de ricos, e para emagrecer convém conviver com magros, para se ter saúde a receita é arranjar uma turma saudável – você melhora sem querer querendo.

13. Tenha filhos – ou algo parecido, como cachorros
Caso tenha se ofendido, por favor, volte ao item 10. Pronto. É o seguinte: possuir uma conexão com alguém mais jovem que você (filho, enteado, sobrinho, neto) é algo que te mantém interessado pelo mundo à sua volta – e mais a fim de continuar vivendo nele. E, sim, cachorro e gato também contam: além de manter você conectado, curtir um animal de estimação libera ocitocina, o hormônio benéfico liberado na convivência pais e filhos.

14. Seja bom no que você faz. Ao menos tente
Quanto menos trabalho, melhor. Esse conselho, que parece vindo do personagem Macunaíma, de Mário de Andrade, foi durante muito tempo adotado pelos especialistas em longevidade. Acreditava-se que uma vida sem esforço seria uma vida longa. Mas os médicos observaram que parece haver uma relação entre longevidade e empenho profissional. Por incrível e justo que pareça, passar décadas se dedicando e evoluindo em algo que você valoriza, ou seja, ralando muito, pode lhe valer vários anos a mais. Ao menos, garantem os especialistas, em comparação com quem passar o mesmo bocado de tempo trabalhando no que não gosta – essa sim é uma receita garantida para viver menos e pior.

15. Ser um pouco hipocondríaco vale a pena
Você vai continuar sendo considerado chato pela maioria dos amigos, mas pesquisas apontam que quem desconfia mais da própria saúde vive mais. No caso, é melhor prevenir e se remediar.

terça-feira, 7 de janeiro de 2014

10 truques para emagrecer aparentemente estranhos, mas que funcionam

Confira algumas estratégias simples que podem ajudá-la a perder os quilinhos indesejados de forma saudável

Quem busca perder peso de forma saudável sabe que dietas radicais nem sempre funcionam. Quando terminam, não demora para os quilos voltarem a aparecer na balança!

Mais importante do que passar por uma restrição alimentar é adquirir bons hábitos que levará para a vida toda!

Na lista abaixo há 10 estratégias simples elaboradas com a ajuda da nutricionista Marina Donadi que vão ajudá-la a emagrecer de forma saudável e mais: manter o peso de uma vez por todas! Confira!

1. Sente-se no lugar certo
Em encontros com os amigos, happy hour e jantares, comer mais do que devia é quase inevitável. Mas há uma maneira de evitar os excessos: escolher o lugar certo ao se sentar à mesa. Em geral, a maioria da comida fica nas áreas centrais. Então, que tal optar pelos assentos da ponta? Quanto mais longe das guloseimas, mais fácil será resistir às tentações!

2. Assista menos TV
Um adulto passa cerca de cinco horas por dia em frente à televisão. Pois saiba que isso deve ser evitado! Primeiro porque quase tudo o que você fizer em vez de assistir TV gastará mais calorias. Depois considere que, ficando em frente à TV por muito tempo, você provavelmente beliscará mais alimentos ao longo do dia.

3. Coma em pratos pequenos
Um buffet de sorvete foi o cenário para um estudo liderado por Brian Wansink, da Universidade Cornell. Professores de nutrição e estudantes de graduação receberam tigelas de diferentes tamanhos para se servir. O resultado? Pessoas com as taças de tamanho grande serviram-se de cerca de 31% mais sorvete do que os grupos com recipientes pequenos.
Esta é a prova que você precisava para passar a se servir em pratos menores! A nutricionista Marina Donadi dá a dica: sirva-se com um prato convencional para uma bela salada de folhas. Já para o restante dos alimentos, opte por um prato menor, tipo os de sobremesa.

4. É preciso suar
Isso você já está cansada de saber. Para emagrecer, é importante se exercitar! Além de aumentarem a queima calórica, as atividades físicas são cheias de benefícios para a saúde cardiovascular e mental. Uma mistura de exercícios aeróbicos e tonificação muscular 5 vezes por semana é o ideal para manter a boa saúde.

5. Durma em um quarto frio
Um quarto com temperaturas mais baixas pode melhorar tanto o seu sono quanto o seu metabolismo. Além de evitar ser acordada pelo desconforto do calor, um quarto fresco faz com que seu corpo trabalhe para se manter aquecido durante horas. É mais uma maneira de queimar calorias!

6. Beba vinho
Um estudo realizado em Boston acompanhou mais de 19.000 mulheres por cerca de 13 anos e descobriu que aquelas que ingeriam uma dose de bebida alcoólica diariamente ganharam menos quilos do que os que não bebiam ou dos que bebiam demais. E o ganho de peso foi menor entre os bebedores de vinho. Embora os pesquisadores não tenham uma explicação clara para isto, eles observaram que os indivíduos que beberam um copo ou dois de vinho comiam menos calorias ao longo do dia.

7. Cuidado na hora de adoçar
Usar alternativas para o açúcar podem tirar o peso na sua consciência, não é? Mas, cuidado! Uma pesquisa sugere que os ratos alimentados com alternativas ao açúcar, como o adoçante, eventualmente ganharam mais peso do que aqueles alimentados com açúcar. Os cientistas acreditam que, como o açúcar falso não vem com calorias adicionais, o sistema digestivo fica confuso e não queima calorias, regulando a ingestão de alimentos da forma que faria com o açúcar real. Ou seja: a melhor alternativa é consumir pequenas quantidades de açúcar natural, como o contido em iogurtes e frutas.

8. Alimente-se bem
Escolher bons alimentos é fator determinante para quem busca perda de peso e levar uma vida saudável. A nutricionista Marina Donadi explica que os alimentos integrais gastam mais energia para serem digeridos do que os alimentos refinados. Por isso, faça substituições inteligentes: troque o arroz branco pelo integral ou um suco industrializado por uma fruta. A longo prazo, a diferença na gordura total será significativa.

9. Aposte nas vitaminas
Em um estudo publicado no Jornal Internacional da Obesidade, pesquisadores designaram 96 mulheres obesas a tomar um multivitamínico, suplemento de cálcio ou placebo durante 26 semanas. O resultado foi surpreendente: o grupo que tomou as vitaminas terminou o estudo com bem menos gordura corporal do que os que não tomaram. “É possível que algumas pessoas comam mais por buscarem certos nutrientes”, esclarece Louis J. Aronne, diretor do Programa de Controle de Peso no Hospital Presbiteriano de Nova York. Segundo o especialista, as vitaminas não são necessariamente um plano de perda de peso eficiente, mas podem ajudar a reduzir a necessidade de tanta comida.

10. De olho nas alergias
Para algumas pessoas que tomam medicamentos para controlar alergias, o ganho de peso pode ser comum. Pessoas que tomam anti-histamínicos são cerca de dez quilos mais pesadas do que as não medicadas. O problema pode acontecer porque os anti-histamínicos do tipo H1 (como Claritin ou Allegra) bloqueiam os histamínicos do sistema imunológico, que desempenham um papel importante no apetite e na quebra de gordura. Fique de olho: se você tem problemas com alergias e sintomas controlados por anti-histamínicos, pode ter que ajustar a dieta e exercícios para compensar.

segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

7 exercícios para você fazer na praia

É típico no verão as pessoas irem a praia e curtir o Sol. A professora de educação física da Academia Contours, Viviane Marques, listou sete exercícios para manter você na ativa. Confira!

1-Caminhe ou corra na areia fofa da praia. Essa pratica tem menos impacto e é mais eficiente do que a esteira. Praticar 30 minutos de caminhada queima em média 100 kcal, o mesmo período de corrida detona aproximadamente 200 kcal.

2-Faça uma série de exercícios abdominais na areia da praia. Lembre-se de deixar o abdômen contraído durante todo o movimento e controle a respiração.

3-Pratique esportes como frescobol, vôlei de praia é futevôlei. Você queima calorias super rápido. Esses exercícios, eliminam em media 125 a 250 Kcal.

4-Aproveite a areia e elabore circuitos de praia como por exemplo, corrida, exercícios abdominais, polichinelo, agachamento simples sem carga e flexões de braço. Faça uma sequência de exercícios que trabalhe todos os músculos, eles podem ser feitos em um período aproximado de 20 a 30 minutos. Um circuito de 30 minutos gasta até 300 calorias. 

5-Pedale na praia e aproveite a linda paisagem, isso não deixa de ser um estímulo a mais. Andar de bicicleta, além de estimular o sistema cardiorrespiratório consome em media 170 calorias.

6-Não se esqueça de alongar os músculos após a atividade. O alongamento reduz as tensões musculares e previne lesões.

7-Sempre que for se exercitar, não se esqueça da água. Use roupas leves e frescas e passe protetor solar. A alimentação também precisa ser leve e equilibrada. Escolha os exercícios que mais gosta e, o mais importante se divirta e relaxe no verão.

domingo, 5 de janeiro de 2014

10 características do empreendedor de sucesso

Trocar a rotina e a segurança de um emprego fixo pela incerteza de abrir o próprio negócio é algo que poucas pessoas estão dispostas a fazer. Será que você, leitor, faz parte desse grupo? Se tiver algumas (ou, quem sabe, todas) das características listadas a seguir, é provável que a resposta seja “sim”.

1 – Tolerância ao inesperado
“Empreendedores de nascença conseguem lidar com a tensão do desconhecido, agir diante da incerteza e abraçar o surpreendente”, aponta a psicóloga Tania Luna, cofundadora da Surprise Industries. “Não empreendedores têm uma necessidade muito maior de segurança e certeza, o que pode ser ruim para empresas que desejam inovar”.

2 – Visão criativa
Pensar de um modo diferente do convencional pode ser essencial na hora de abrir um negócio e, mais ainda, de manter uma empresa inovadora.
“Cada dia é uma nova aventura para os empreendedores, que estão constantemente sonhando e criando novos projetos em suas mentes”, destaca Paula Conway, fundadora da empresa de marketing e relações públicas Astonish Media Group.

3 – Disposição para trabalhar (muito)
Quem nunca pensou, enquanto fazia hora extra, algo como “se eu fosse dono da empresa, não teria que trabalhar além do expediente”? Para Kari DePhillips, da empresa de marketing digital The Content Factory, estar disposto a trabalhar intensamente é uma marca registrada de quem nasceu para ter seu próprio negócio. “Ao menos duas vezes por semana, essa gente trabalha por 12 horas diárias”, diz, contrariando a ideia de que os empreendedores estariam livres de “esticar o expediente”.
“Não significa que eles não tirem folga ou saiam de férias, mas, quando estão trabalhando, estão focados”, acrescenta DePhillips. Assim, não se trata apenas do número de horas trabalhadas, mas do esforço e da disposição dedicados ao trabalho.

4 – Não gostar de trabalhar para os outros
Existem pessoas que não gostam de receber e seguir ordens porque preferem estar no comando. De acordo com Mustafa Khalifa, CEO e fundador da empresa Boxer Watches, essa é uma característica daqueles que nasceram para ser empreendedores.
“Eles não entendem por que deveriam trabalhar duro para construir o sonho de outra pessoa quando podem trabalhar para construir o seu próprio sonho”, afirma. Assim, para Khalifa, os empreendedores estariam dispostos a trabalhar horas fazendo o que gostam de fazer, criando algo que é importante para eles.

5 – Desejo de melhorar
Para a coach Teri Johnson, a cada novo projeto que encontra, o empreendedor nato automaticamente começa a buscar formas de melhorá-lo. “Você pode ouvi-lo dizer ‘eles venderiam mais se tivessem mais visibilidade nas ruas’ ou ‘eu adoro este produto, mas deveriam melhorar a embalagem’”, aponta.

6 – Disposição para errar
Fundar uma empresa, iniciar um novo projeto, lançar um produto… Todas essas decisões envolvem riscos e, de acordo com Jason Park, diretor associado do Council for Entrepreneurial Development, um empreendedor está preparado para testar ideias que podem realmente falhar. “O importante da falha é que ela ensine ao empreendedor algo vital para seu negócio e o faça seguir adiante”, destaca Park.

7 – Habilidade para solucionar problemas
Quem vê uma empresa funcionando muitas vezes sequer imagina a quantidade de problemas que surgem diariamente e precisam ser resolvidos sem demora. Para a arquiteta de estratégias digitais Holly Kile, os bons empreendedores não apenas solucionam problemas. “Eles também tendem a identificar problemas muito antes que outras pessoas os vejam, e então procuram criar a solução”, diz.

8 – Disposição para “sujar as mãos”
O empreendedor nato, diz Millie Tadewaldt, diretora da Sandbox Industries, está disposto a realizar cada parte do trabalho, não importa o quão indesejável possa ser. “Ele não vai fugir do trabalho duro”, afirma. Ela lembra que ter conhecimento sobre cada aspecto de seu negócio é importante para que o empreendedor possa otimizar os processos e ser um bom gerente.

9 – Visão de potencial
Muitos empreendimentos que hoje são mundialmente reconhecidos não existiriam se os seus fundadores não tivessem encontrado potencial onde ninguém mais estava olhando. Isso exige um tipo diferente de visão. “Pode significar comprar uma companhia que não está indo bem e ver o potencial de reverter a situação”, exemplifica o coach Jaime Tardy.

10 – Não ter medo de começar cedo
Embora haja empreendedores que decidiram abrir o próprio negócio depois de muitos anos como empregados, não é estranho vermos jovens fundando empresas (e conquistando o sucesso). “Eles não esperam para ganhar experiência o bastante, terminar a faculdade ou ganhar a permissão de alguém”, diz Justin Palmer, fundador da companhia MedSaverCard.
E então, leitor? Você é um empreendedor nato ou não?[Live Science]

Dicas para tomar um banho relaxante

Um simples banho pode ajudar você a combater dores musculares e o estresse. Veja as dicas dos especialistas

Seja na banheira ou em uma simples ducha, um bom banho sempre cai bem quando estamos desanimados, cansados ou estressados. Mas não é só isso. Dependendo da temperatura e do tempo a que ficamos expostos à água, o banho pode ter efeitos muito diferentes no corpo, como aliviar dores, eliminar toxinas e melhorar a insônia. Perguntamos aos dermatologistas Adilson Costa e Carolina Ferolla, ambos da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), como obter cada um desses efeitos corretamente, sem prejudicar a saúde.

Morno (de 10°C a 29ºC): Estimula o metabolismo e tonifica a pele, mas a exposição deve ser inferior a dois minutos.

Quente-morno (de 29ºC a 36ºC): De manhã, ajuda a eliminar as toxinas do organismo, e no restante do dia alivia a fadiga física. Banhe-se por 20 minutos.

Quente (de 37ºC a 39ºC): Em períodos de 15 a 30 minutos, relaxa o corpo e o prepara para uma boa noite de sono.

Muito quente (acima de 38ºC): Alivia dores musculares e ajuda a relaxar em casos de insônia, mas deve ter curta duração, 10 minutos.

Fonte: http://revistavivasaude.uol.com.br/bem-estar/saiba-como-tomar-um-banho-relaxante/1803/ - Texto: Carol Nogueira/ Foto: Shutterstock/ Adaptação: Letícia Maciel 

sábado, 4 de janeiro de 2014

Sete opções de exercícios para controlar o estresse

O segredo está em fugir de atividades que aceleram ainda mais corpo

Aliados no combate a vários problemas de saúde, como hipertensão e obesidade, os exercícios físicos também funcionam como válvula de escape para quem está constantemente estressado. "Mesmo quem trabalha sentado e termina o dia exausto tem muita energia acumulada e precisar extravasar para conseguir alguns momentos de relaxamento", afirma o personal trainer Adriano Braga Coronato, de São Paulo.

Investir em aulas como boxe, body combat ou spinning, entretanto, pode não ser a melhor saída para se livrar do estresse. Por serem agressivas, estimulantes ou mesmo muito competitivas, essas atividades podem não ser as melhores opções para quem precisa mudar o foco em busca de instantes de mais calma e concentração. As opções a seguir ajudam quem vive sob alta tensão mental a descarrega-la de maneira equilibrada.
  
Escalada
Ela exige concentração e força física, mas tudo no ritmo do atleta. Graças a essas características, a escalada pode ser o esporte ideal para quem quer relaxar. "Você precisa calcular cada movimento para praticar essa atividade, o que bloqueia devaneios sobre o trabalho ou as tarefas a serem realizadas em casa", afirma o personal Adriano. Com instrutor e equipamento adequados, ainda é possível realizar a atividade em meio à natureza, fugindo da tradicional trilha sonora da cidade que inclui buzinas, pessoas conversando e música ambiente.

Ioga
Segundo o instrutor Sanio Gomes Ferreira, do Levitas, a ioga atua diretamente sobre o estresse por meio de técnicas simples de respiração. Isso porque a ansiedade e o estresse provocam um ritmo mais ofegante de respiração, alimentando um ciclo que acaba por gerar mais estresse. "Deitado de forma confortável, o aluno precisa respirar de maneira consciente pelas narinas, inspirando durante quatro segundos e expirando por seis segundos", ensina. O instrutor lembra ainda que o ambiente da aula também costuma ser desenhado com o objetivo de proporcionar bem-estar ao praticante, o que ajuda a relaxar ainda mais.

Circo
Outra atividade que exige concentração, mas de maneirabastante descontraída, é o circo. "Aulas como essa estão cada vez mais presentes em academias e fazem sucesso entre os que não encaram a musculação, por exemplo", diz o personal trainer Adriano. Manter o foco é fundamental no trapézio, na corda, no tecido ou mesmo na cama elástica, e cada passo exige cálculo prévio, habilidade diretamente relacionada à consciência corporal. Malabares e acrobacias em grupo também exigem a atenção do praticante e ainda podem render boas risadas.

Tai chi chuan
Movimentação lenta, contínua e suave. Essa é a base do tai chi chuan, arte chinesa mundialmente praticada. Embora tenha surgido como uma arte marcial, hoje ele é recomendado principalmente para quem sofre com o estresse. Durante a aula são feitos exercícios que objetivam melhorar habilidades físicas e mentais por meio de técnicas de respiração, controle e meditação. O relaxamento permite não só um maior envolvimento com a atividade, como ainda torna seus sentidos mais receptivos.

Natação
"Embaixo da água tudo parece mais devagar e menos barulhento", afirma o personal trainer Adriano. Por essas razões, a natação é um esporte indicado para quem deseja desestressar. Outra vantagem da modalidade é permitir um momento mais introspectivo com pouca ou nenhuma interação com os colegas de piscina. Concentre-se em seus movimentos e no som da água.

Pilates
"Diferentemente da ioga, que trabalha a respiração abdominal, o pilatesincentiva a respiração abdominal, estimulando e relaxando a musculatura", afirma a orientadora Thaís Jacomele, do Levitas. Segundo ela, o método baseia-se em movimentos lentos e amplos, não sendo indicado, portanto, para quem deseja perder peso, mas trabalhando o alongamento e as articulações. O principal resultado é tonificação e a busca por uma postura adequada.

Danças a dois
Danças podem ser uma ótima maneira de drenar o estresse e deixar as preocupações do dia para trás. Isso porque a boa performance do parceiro também depende de você. Embora os movimentos permitam criatividade e descontração, é preciso estar envolvido na dança para guiar ou ser guiado. Escolha uma dança com estilo musical do seu gosto para relaxar ainda mais.