quarta-feira, 14 de fevereiro de 2018

4 fatores que comprovadamente disparam crises de dor de cabeça

Pesquisa acusa os fatores que dificultam o controle das crises de cefaleia crônica, aquela que vive atrapalhando o dia a dia do cidadão

O poeta pernambucano João Cabral de Melo Neto (1920-1999), autor de Morte e Vida Severina, sofria tanto com a enxaqueca que chegou a dedicar um poema à aspirina, um dos analgésicos mais populares do planeta. Segundo o escritor, que também padecia de depressão, a medicação era uma musa inspiradora para suas obras.

O que o poeta provavelmente não sabia é que, se você pena com uma cefaleia crônica, não adianta apelar só para os fármacos. Muitas vezes, pelo contrário, o abuso de remédios vira parte do problema. Da mesma forma, o estado de humor – mais pra baixo, como no caso de Melo Neto – alimenta o suplício. Esses são alguns dos achados de uma extensa revisão de 27 estudos publicada no periódico científico Neurology. Ela elenca pelo menos quatro fatores que comprovadamente servem de combustível à dor de cabeça.

Além da depressão (ladeada pela ansiedade) e do uso inadequado de medicamentos, falta de sono e estresse figuram entre os principais estímulos. Eles não só pioram a frequência e a intensidade das crises como sinalizam maior risco de a condição consumir a qualidade de vida. Os pesquisadores ponderam, porém, que, embora tais fatores liderem o ranking, outras situações são suspeitas de jogar lenha na fogueira da cefaleia.

A boa notícia: enfrentar as atribulações mapeadas – você vai conhecê-las com detalhes – ajuda a passar mais tempo longe dos ataques dolorosos. “Após o diagnóstico correto do tipo de cefaleia e de seus gatilhos, precisamos criar alternativas e mudar o estilo de vida a fim de eliminá-los”, resume o neurologista Mauro Eduardo Jurno, presidente da Sociedade Brasileira de Cefaleia.

Os médicos listam ao redor de 150 variedades de dor de cabeça. As mais comuns são a enxaqueca e a tensional. Elas são tidas como crônicas quando se manifestam 15 ou mais dias do mês por pelo menos três meses.

“A tensional tende a ser mais branda e se caracteriza por uma pressão na cabeça, enquanto a enxaqueca é mais forte, latejante e pode vir acompanhada de náuseas e formigamento no corpo”, diferencia o neurologista Manuel Jacobsen Teixeira, da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia. O tratamento vai depender do tipo e das particularidades de cada indivíduo, sendo que analgésicos auxiliam a silenciar as crises, e outras medicações de uso contínuo podem ser recrutadas para prevenir o sofrimento.

O que o novo estudo colabora, independentemente do caso, é a visão de que, tão importante quanto remediar a dor, é impedir que ela apareça. E, para isso, a solução nem sempre é tão fácil e portátil: devemos rever a rotina e cuidar da saúde física e mental.

1) Ansiedade e depressão
A nova revisão é categórica: quem não está com o estado mental em equilíbrio – e há muita gente nessa situação! – terá mais dificuldade para controlar a dor de cabeça. “Existem alguns mecanismos no cérebro que suprimem a dor e são afetados tanto na depressão quanto na ansiedade. Desse modo, estímulos que antes não eram dolorosos passam a ser”, esclarece o psiquiatra Fernando Fernandes, do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas de São Paulo.
De acordo com a investigação, pessoas ansiosas e deprimidas passam mais dias do mês com crises de enxaqueca, usam mais analgésicos e têm menor resposta a eles… Superar essas condições se torna, portanto, requisito básico para driblar a dor crônica. Nesse sentido, os especialistas recomendam a psicoterapia e, caso o médico julgue necessário, o uso de fármacos para balancear a bioquímica cerebral. Tudo isso aliado a um estilo de vida saudável.

2) Abuso de remédios
“O uso inadequado de analgésicos aumenta em 19 vezes o risco de uma dor episódica se tornar crônica”, alerta Teixeira. É que esse hábito – tomar algo mais de duas vezes na semana sem orientação, por exemplo – gera um efeito rebote.
“O abuso dos remédios chega a alterar o bom funcionamento do cérebro”, explica o especialista. A questão é que, segundo levantamento da Academia Brasileira de Neurologia (ABN), 80% das pessoas com dor de cabeça tomam remédio por conta própria. “É um absurdo termos esse nível de consumo sem o diagnóstico correto e, muitas vezes, sem necessidade”, avalia Jurno.
Não é que você não possa recorrer a um comprimido no meio de um sufoco. Mas, especialmente se a dor for recorrente, a consulta com um profissional capacitado vai discriminar o tipo de cefaleia e nortear a adoção de medicações para cortar ou mesmo prevenir as crises – e com o mínimo de efeitos colaterais.

3) Estresse diário
Praticamente tudo que está ligado ao comportamento e às emoções influencia o aparecimento da dor de cabeça quando há propensão a ela. E, nesse ponto, a tensão se sobressai.
Segundo a revisão, dois dias seguidos de muito estresse já lançam gasolina no fogaréu. “Nessas situações de alteração do humor, há um impacto na liberação de substâncias que o cérebro usa para minimizar a dor”, aponta Teixeira.
Para piorar, não é raro que se crie um círculo vicioso. “As crises frequentes têm um papel importante no comprometimento da qualidade de vida das pessoas com cefaleia. O indivíduo passa a ter receio da crise que está por vir e isso gera um estresse que retroalimenta o problema”, observa Jurno.
Não há segredo para resolver o dilema. É preciso investir numa rotina mais tranquila. Como? Reservando espaços na agenda para o lazer e atividades que lhe transmitam paz – vale meditar, pedalar, ir ao cinema…

4) Problema para dormir
Bastam duas noites maldormidas para catapultar o risco de um episódio de dor de cabeça. Eis outro aviso do megaestudo, que destaca que não apenas a privação de sono entra na história como também condições que atrapalham o poder reparador do repouso noturno. É o caso da apneia, marcada por roncos e interrupções temporárias na respiração – ela é até duas vezes mais presente entre quem sofre de cefaleia.
Troca a noite pelo dia? Cuidado. Quanto menos horas na cama, mais intensa a tortura. Com base em suas descobertas, os cientistas acreditam que descansar ao redor de oito horas por noite, assim como tratar apneia e insônia, afasta as manifestações dolorosas.
“Dormir bem, fazer atividade física regular e evitar jejum são orientações de adaptação na rotina tão importantes quanto o uso dos medicamentos”, afirma o neurologista Marcelo Ciciarelli, diretor da ABN.

Elementos suspeitos
De acordo com a revisão, os fatores abaixo podem levar a pioras, mas ainda faltam provas contra eles

Excesso de peso: a obesidade e o ganho de peso rápido seriam capazes de patrocinar as crises, por aumentar a inflamação no corpo.
Envelhecimento: a idade em si não teria impacto, mas idosos tendem a sofrer mais quando a dor aparece e se cronifica lá na frente.
Trabalho: empregos e profissões muito estressantes podem cooperar com o transtorno. A falta de trabalho também.
Baixa expectativa quanto ao tratamento: quando não se acredita que ele vá prover melhoras, o risco de o mal persistir tende a se elevar.

Os principais tratamentos contra a dor de cabeça crônica
Remédios: há duas vertentes. Os analgésicos para debelar as crises e outras classes de uso diário para preveni-las – aqui entram desde antidepressivos até fármacos contra convulsões.
Botox: as aplicações de toxina botulínica não servem só para rejuvenescer a pele. Em pontos certos do crânio, atuam na musculatura e no bloqueio dos sinais por trás da dor.
Psicoterapia: a terapia ajuda a lidar melhor com ansiedade, angústia e depressão, condições que estimulam as crises. Meditação e técnicas de relaxamento também são bem-vindas.
Acupuntura: existem evidências de que as agulhadas dão suporte ao tratamento por atuar no sistema nervoso e instigar a liberação dos nossos analgésicos naturais.
Estimulação eletromagnética: embora ainda sejam testadas em estudos, há indícios de que as ondas direcionadas por uma máquina ao cérebro modulam áreas e substâncias envolvidas com a dor.


Fonte: https://saude.abril.com.br/medicina/fatores-que-causam-dor-de-cabeca/ - Por Karolina Bergamo - Ilustração: Ana Cossermelli/SAÚDE é Vital

terça-feira, 13 de fevereiro de 2018

Quaresma 2018: As propostas do Papa

Jornada de oração e jejum soma-se a mensagem para todos os católicos

O Papa escreveu uma mensagem aos católicos de todo o mundo, com indicações para a Quaresma que se inicia esta quarta-feira, na qual propõe práticas ligadas à oração, jejum e esmola, com atenção aos mais necessitados.

“A prática da esmola liberta-nos da ganância e ajuda-nos a descobrir que o outro é nosso irmão: aquilo que possuo, nunca é só meu. Como gostaria que a esmola se tornasse um verdadeiro estilo de vida para todos”, escreve Francisco.

A Quaresma, que começa com a celebração de Cinzas, é um período marcado por apelos ao jejum, partilha e penitência, que serve de preparação para a Páscoa, a principal festa do calendário cristão.

O Papa parte destas práticas tradicionalmente associadas ao tempo quaresmal para apelar à solidariedade, recordando que muitos organismos recolhem, nesta ocasião, donativos “em favor das Igrejas e populações em dificuldade”.

A mensagem apresenta o jejum como “ocasião de crescimento”, colocando-se no lugar de quem não tem “sequer o mínimo necessário”, afetado pela fome.

A Quarta-feira de Cinzas é, juntamente com a Sexta-feira Santa, um dos únicos dias de jejum e abstinência obrigatórios para os católicos.

Francisco deixa votos de que estes apelos ultrapassassem as fronteiras da Igreja Católica, dirigindo-se a todos os que se preocupam com a “iniquidade no mundo” e o “gelo que paralisa os corações”, com a perda do sentido da humanidade comum.

“Uni-vos a nós para invocar juntos a Deus, jejuar juntos e, juntamente connosco, dar o que puderdes para ajudar os irmãos”, apela.

O mesmo apelo inter-religioso estende-se à jornada mundial de oração e jejum pela paz, convocada para 23 de fevereiro, evocando em particular as vítimas dos conflitos na R. D. Congo e Sudão do Sul.

“Perante o trágico arrastamento de situações de conflito em diversas partes do mundo, convido todos os fiéis para uma jornada especial de oração e jejum pela paz, a 23 de fevereiro, sexta-feira da primeira semana da Quaresma”, anunciou o Papa.

Francisco alerta, na sua mensagem para a Quaresma 2018, para os “falsos profetas” do dinheiro e do lucro, que considera responsáveis pela violência e o descarte dos mais fracos.

“O que apaga o amor é, antes de mais nada, a ganância do dinheiro, raiz de todos os males; depois dela, vem a recusa de Deus”, adverte.

No que diz respeito à oração e ao recolhimento na preparação para a Páscoa, o Papa dá ele próprio o exemplo, dedicando seis dias aos exercícios espirituais de Quaresma, fora do Vaticano, este ano com orientação do padre e poeta português Tolentino Mendonça, de 18 a 23 de fevereiro.

“O elogio da sede” é o tema do retiro do Papa Francisco e da Cúria Romana, na Casa do Divino Mestre, dos religiosos paulistas, em Ariccia, arredores de Roma.


Tomar energético faz mal ao coração, segundo estudo

A maioria dos jovens que recorre à bebida acaba experimentando algum sintoma desagradável; principal queixa tem a ver com o coração

Em estudo, maior parte de consumidores de energéticos teve experiências ruins com a bebida, como batimento cardíaco acelerado

Tem quem tome energético para fazer o dia render mais. E há aqueles que usam a bebida para animar a balada – não raro ela é misturada ao álcool. Seja qual for a circunstância, o fato é que esse tipo de produto não goza de popularidade entre os profissionais de saúde. E a ciência sempre dá mais um motivo para essa antipatia crescer.

O mais recente vem da Universidade de Waterloo, no Canadá. Dos 2 055 jovens entrevistados pelos pesquisadores, 55,4% relataram ter experimentado alguma reação adversa após consumir um energético.

Entre os que manifestaram sintomas desagradáveis, 24,7% reportaram batimentos cardíacos acelerados e descompensados  – quadro conhecido como arritmia. E, principalmente em pessoas com histórico de doença cardíaca, essa mudança no ritmo pode ser bastante prejudicial.

Já 24,1% disseram ter dificuldade para dormir, enquanto 18,3% sofreram com dor de cabeça. Em comunicado ao site da universidade, David Hammond, um dos autores da pesquisa, afirma que a quantidade de efeitos adversos observados sugere uma necessidade de restringir o consumo desse produto entre crianças e adolescentes.

Vale lembrar que, em 2016, cientistas da Clínica Mayo, nos Estados Unidos, viram que apenas uma latinha de energético já foi capaz de alterar a pressão arterial de 25 jovens saudáveis, elevando, assim, seu risco cardíaco.

O “xis” da questão

Muitos dos prejuízos associados aos energéticos têm a ver com sua alta quantidade de cafeína, uma substância estimulante. Só que existe limite para seu consumo – e a ingestão de uma latinha já pode ultrapassá-lo.

Não custa lembrar também que, muitas vezes, o produto é misturado a bebidas alcoólicas. A combinação contribui ainda mais para problemas cardíacos, especialmente entre indivíduos suscetíveis. E como nem todo mundo sabe se é ou não mais propenso a piripaques no coração, o perigo é grande. Melhor não arriscar.


Fonte: https://saude.abril.com.br/alimentacao/tomar-energetico-faz-mal-ao-coracao-segundo-estudo/ - Por Thaís Manarini - Foto: Dercílio/SAÚDE é Vital     

Campanha da Fraternidade 2018: “Fraternidade e superação da violência”

Um grupo de pessoas com as mãos dadas, de diferentes idades e etnias, representando a multiplicidade da sociedade brasileira é a mensagem exposta no cartaz da Campanha da Fraternidade 2018. Especialmente no Ano do Laicato, a Igreja no Brasil convida a todos, por meio da CF 2018, a refletir sobre a problemática da violência, particularmente em como superá-la.

No cartaz, segundo o secretário-executivo das Campanhas da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), padre Luís Fernando, as pessoas que nele formam um círculo e unem as mãos indicam que a superação da violência só será possível a partir da união de todos. “A violência atinge toda a sociedade brasileira em suas múltiplas esferas, o caminho para superar a violência é a fraternidade entre as pessoas que se unem para implementar a cultura da paz”, explica.

A escolha do Cartaz, de acordo com o padre Luís Fernando, foi feita com base em duas etapas. A primeira foi aberta a participação da população que pôde enviar sugestões de arte por meio de um edital aberto ao público e a segunda passou pela avaliação do Conselho Permanente da CNBB. “A partir dessa escuta é que chegou a atual configuração do Cartaz”, sublinhou.

Com o tema “Fraternidade e superação da violência”, a CF 2018 além de mapear a violência, colocará também em evidência as iniciativas que existem para superá-la, bem como despertar novas propostas com esse objetivo.  “A Igreja no Brasil escolheu o tema da superação da violência devido ao crescimento dos índices de violência no Brasil. Esse tema já foi discutido na década de 80, num contexto em que o país vivia a recessão militar e dentro desse contexto foi possível mapear diversas formas de violência”, afirma padre Luís.

Ele explica ainda que o lema da CF “Vós sois todos irmãos” foi extraído do capítulo 23 do Evangelho de São Mateus, no qual Jesus repreende os fariseus e mestres da lei, por suas práticas não serem coerentes com os seus discursos: “Os fariseus e mestres da lei valorizavam a sociedade hierarquizada. Jesus propõe-lhes então um novo modelo mais comunitário e fraterno “Vós sois todos irmãos”.

“O lema da Campanha da Fraternidade 2018 é um convite para a superação da violência por meio do reconhecimento de que cada pessoa humana é irmão, é irmão e se assim o é então não se pode deferir contra ele (a) atos de violência”, finaliza padre Luís.


segunda-feira, 12 de fevereiro de 2018

Hábitos de vida que podem fazer a diferença

A manutenção de hábitos saudáveis é fundamental para a prevenção do desenvolvimento de doenças crônicas e deve ser estimulada desde a infância

A manutenção de hábitos saudáveis é fundamental para a prevenção do desenvolvimento de doenças crônicas. A adoção de hábitos saudáveis deve ser estimulada desde a infância e adolescência, promovendo alimentação saudável, evitando o consumo de sódio, álcool e combate ao sedentarismo.

Evitar o tabagismo também é importante, pois o cigarro aumenta o risco para a hipertensão, está relacionado ao aumento de resistência para medicamentos anti-hipertensivos e complicações cardiovasculares, além do maior risco para insuficiência renal. No caso da hipertensão arterial, e outras doenças cardiovasculares, como doença arterial coronariana a mudança de hábitos é parte fundamental do tratamento não medicamentoso, devendo ser incorporadas a rotina por toda a vida.

Sabemos que as ações educacionais em estilo de vida são mais efetivas quando iniciadas ainda na infância. De forma análoga, o custo da saúde pública se reduz quando analisamos pessoas que iniciaram hábitos saudáveis desde a infância, quando comparado com pessoas que apresentam as doenças cardiovasculares e a partir desse momento começam a modificar a alimentação e incorporam a atividade física.

Alguns passos podem ser recomendados para a adoção de hábitos saudáveis

Procure utilizar o mínimo de sal no preparo dos alimentos

Evite deixar o saleiro na mesa, assim você não adiciona mais sal na refeição

Para saber o conteúdo de sódio dos alimentos, fique atento ao rótulo!

Na hora de temperar os alimentos, prefira temperos naturais como alho, cebola, orégano e manjericão. Evite o uso de temperos industrializados, como caldos prontos e glutamato monossódico, pois costumam ter alta quantidade de sódio

Alimentos embutidos, enlatados, molhos prontos e carnes salgadas (como carne seca) devem ser evitados, devido a sua alta quantidade de sal e gordura

Consuma menor quantidade de gordura no dia a dia; dê preferência ao uso de óleos vegetais e consuma mais preparações cozidas, assadas e/ou grelhadas

Evite o consumo excessivo de bebidas alcoólicas e cigarros

Procure consumir pelo menos três porções de frutas e hortaliças por dia e dê preferência às versões integrais de alimentos como pães, cereais e massas

Procure um profissional capacitado para orientar a prática de atividades físicas, saiba que 30 minutos diários de caminhada já é uma importante ferramenta na prevenção

Mantenha seu peso saudável. O excesso de peso contribui para o desenvolvimento da hipertensão arterial.


domingo, 11 de fevereiro de 2018

Como tratar e vencer a insônia?

Dados do hospital Albert Einstein, de São Paulo, apontam que no Brasil cerca de 2 milhões de pessoas sofrem com insônia, distúrbio que prejudica o adormecer ou impede a pessoa de permanecer dormindo. As causas são variáveis: problemas físicos, como artrite e insuficiência cardíaca; ou psicológicos, como estresse, depressão e ansiedade.

“A insônia pode ser considerada doença de origem comportamental ou um sintoma relacionado à presença de condições predisponentes, como dor, alterações ambientais, doenças de cunho clínico ou psíquico”, confirma o neurologista R. Nonato D. Rodrigues, secretário do Departamento Científico de Medicina do Sono da ABN (Academia Brasileira de Neurologia).

Para o tratamento é necessário conhecer a causa e os medicamentos tem de ser receitados no início do tratamento para insones que tenha outras doenças e para pacientes com insônia aguda situacional.

“Infelizmente a tal regulação do sono via administração de remédios age mais como elemento auxiliar no verdadeiro tratamento da insônia. Há basicamente drogas que aceleram a entrada em sono e tentam estabilizá-lo e outras que inibem. Além disso, algumas medicações utilizadas para outros tratamentos, como os transtornos psicológicos-psiquiátricos ou mesmo alguns antibióticos, podem influenciar o sono”.

Os medicamentos reduzem o tempo de espera pelo sono, mas podem não apresentar efeitos duradouros no restante da noite, inclusive ocasionando uma superficialização e fragmentação do adormecer.

Como todas as medicações, os remédios para a insônia podem causar danos, por isso é preciso ficar atento e jamais se automedicar.

“Certas medicações, quando usadas de maneira recreativa e em doses altas, podem induzir dependência, tolerância (necessidade de doses maiores para se obter o mesmo efeito), embotamento da atenção ou da memória. Como alguns são também relaxantes musculares ou depressores respiratórios, podem agravar quadros limítrofes de síndrome da apneia do sono, por exemplo”, ressalta Rodrigues.

Fora os medicamentos que ajudam a combater a insônia, o paciente pode ser submetido à terapia.

“O tratamento mais eficaz para as diversas formas de insônia vem, há muito, sendo realizado pelas diversas técnicas de Terapia Cognitivo-Comportamental. Os resultados estão apoiados em extensas evidências. Parece ter eficácia aumentada em longo prazo quando associada temporariamente ao uso de hipnóticos, preferencialmente não-benzodiazepínicos (antidepressivos)”.

Para obter resultados positivos em um tratamento da insónia, é vital determinar a causa. “A partir daí temos um tratamento e um prognóstico mais acertados. O grande problema é que entre os médicos ainda existe certo desconhecimento do caráter comportamental subjacente a muitos episódios de insônia e uma excessiva confiança no uso de medicações apenas para tratar o problema”, ressalta Rodrigues, que dá dicas para evitar hábitos que influenciem na hora de dormir:

“Nada de utilizar aparelhos eletrônicos em local que deveria estar reservado para dormir, manter uma rotina na hora do sono, com horários e local adequados para dormir, não fazer uso de bebidas cafeinadas ou álcool à noite, e evitar o sedentarismo”.


sábado, 10 de fevereiro de 2018

Sexo no carnaval: cuidado com as DSTs!

Das antigas marchinhas de carnaval até os trios elétricos de hoje, correu muita água debaixo da ponte. Antes os jovens flertavam e hoje a galera fica.

O ficar depende de cada um, mas é importante conscientizar-se dos riscos para ficar tranquilo.

Desde um beijo até a própria transa tudo deve basear se em cuidados, para não correr riscos sem motivos.

As doenças de transmissão sexual também se modificaram ao longo dos anos. Umas persistem até hoje e outras infelizmente apareceram.

Se incrementaram tanto ao longo dos anos que até mudaram de nome, de doenças venéreas, como eram conhecidas no tempo das marchinhas agora se chamam DSTs, ou doenças sexualmente trasnmissiveis, encabeçadas pela mais amedrontadora de todas que é a Aids.

As DSTs são um grande problema de saude pública em todo o mundo, mas podem ser prevenidas e controladas.

Existem inúmeras doenças transmitidas através do ato sexual que eram chamadas de doenças venéreas e agora tem a denominação de Doenças Sexualmente Transmissíveis, conhecidas pela abreviação DSTs. As DSTs são um grande problema de saúde pública em todo o mundo, mas podem ser prevenidas e controladas.

Desde o fim da década de 80, várias alterações relacionadas as DSTs ocorreram em todo o mundo. Constatou-se que em todos os países o aumento da transmissão heterossexual do HIV (vírus da AIDS) era facilitada pela infecção anterior ou concomitante de outras DSTs; As autoridades sanitárias tiveram evidências incontestáveis de que o controle abrangente e consistente das DSTs na comunidade previne a transmissão do HIV da AIDS.

Na década de 70 a faixa etária de pacientes com problemas relacionados às DSTs situava-se acima dos 30 anos. Atualmente, a média baixou para 12 anos. A incidência mais comum do setor nos últimos anos tem sido o papilomavírus humano (HPV), responsável por mais de 60% das ocorrências de DSTs no Brasil (seguindo-se a sífilis e as uretrites não-gonocócicas).

A estimativa da Organização Mundial de Saúde é que surjam 30 milhões de novos casos de DSTss por ano na América Latina. No Brasil, estima-se em 15 milhões essa ocorrência. Entretanto, esse número pode estar aquém do número real, já que as únicas doenças de notificação compulsória que os médicos devem avisar, obrigatoriamente ao Governo, são a sífilis congênita e a AIDS.

As DSTs mais frequentes

As DSTss são transmitidas de uma pessoa para outra através do contato sexual, sendo as mais frequentes:

Gonorréia: é uma infecção causada por uma bactéria Neisseria gonorrhoeae. No homem aparece uma secreção purulenta de dois a dez dias após o contato sexual suspeito, com dor e ardência ao urinar. É uma infeção só da uretra (uretrite). Na mulher tem aspecto clínico variado desde formas quase sem sintomas até vários tipos de corrimento amarelados e com odor forte na vagina (vaginite) e uretra. A infecção não tratada avança para os testículos (orquite) e a próstata (prostatite) no homem e trompas e útero nas mulheres. Em ambos os sexos, pode gerar dores e infertilidade. A mulher infectada transmite a doença para o filho durante o parto, podendo resultar em infeção nos olhos do bebê e cegueira.
Sífilis ou Lues: é uma infeção causada por uma bactéria espiroqueta Treponema pallidum. No homem e na mulher 20 a 30 dias após o contato sexual surgem uma pequena ferida (úlcera) nos órgãos genitais (pênis, vagina, colo do útero, reto). Essa úlcera também é chamada de cancro duro (que vem junto com os gânglios (caroços) na virilha) e ambos desaparecem em um mês, dando a falsa impressão que a doença sarou. Surgem depois de 1 a 2 meses manchas na pele (sífilis secundária) que pode progredir agredindo o sistema nervoso e o coração. As gestantes com sífilis podem ter abortamentos, natimortos ou fetos com problemas de má formação.

Cancro Mole ou Bubão: é causada por uma bactéria chamada Haemophilus ducrey. Neste caso, surgem várias feridas nos genitais (que são doloridas) e na virilha. A secreção dessas feridas podem contaminar diretamente, sem ter relações sexuais, outras pessoas e outras partes do corpo.

Tricomoníase: é causada pelo protozoário Trycomona vaginalis. Na mulher causa um corrimento amarelo, fétido, com cheiro típico, que pode causar irritação urinária. No homem passa despercebido, mas mesmo assim ele pode contaminar e ser contaminado pela mulher. O casal deve fazer o tratamento concomitante.

Herpes Genital: é causada pelo vírus Herpes simplex 1 e 2. Em ambos os sexos surgem pequenas bolhas que se rompem e causam ardência ou queimação (mas, que cicatrizam sozinhas). Aparecem e desaparecem expontaneamente regulada por estresse ou cliclo menstrual. Não há cura definitiva. O contágio sexual só ocorre quando as bolhas estão no pênis, vagina ou boca.

Condiloma, acuminado ou crista de galo: é causado por um vírus HPV ou papilomavírus humano. É uma virose que está relacionada com o câncer de colo do útero e câncer do pênis. É uma doença de difícil tratamento pois, como os anti-bióticos não atuam contra o vírus, precisa ser um medicamento anti-vírus como é usado na AIDS. É caracterizada por uma pequena verruga nos órgãos genitais tanto do homem como da mulher. O tratamento é do casal. Uma mulher com esse vírus deve evitar ficar grávida, pois o filho será contaminado com graves conseqüências. Apresentando mais de noventa tipos diferentes, o HPV provoca verrugas genitais, que muitas vezes agridem o colo do útero, podendo levar ao câncer. O HPV 16, por exemplo, é extremamente agressivo, proliferando-se intensamente nos genitais e no colo uterino até em pacientes de 15 anos, já com câncer no colo do útero provocado pelo HPV.

Cândiase ou Flores Brancas: é uma doença causada por uma micose ou fungo chamada de Candida albicans, que produz um corrimento semelhante a um leite coalhado que causa muita coceira e afeta 20 a 30% das mulheres jovens e adultas. Surge com a gravidez, com a puberdade, diabetes, estresse e antibióticos. No homem dá coceira no pênis, vermelhidão na glande e no prepúcio. Deve se tratar o casal.

AIDS: é uma doença causada pelo vírus HIV (Vírus da imunodeficiência humana) que é transmitido principalmente pelo esperma, sangue, e leite materno, e há suspeitas de que também pela saliva. O beijo só poderá transmitir o vírus no período que está em alta concentração no sangue de um dos parceiros e o outro tem um ferimento na boca. O sexo oral com um parceiro que tem o vírus, tem maior probabilidade de transmissão da infecção, pois o contato é com o semem, aumentando as chances se houver uma ferida na boca

Clamidea: causada pela Chlamydia trachomatis é considerada atualmente a doença sexualmente transmissível de maior incidência no mundo, podendo atingir homens e mulheres em qualquer fase de suas vidas, desde quando nascem de mães contaminadas ou durante o contato sexual. Nos homens, a principal infecção por via sexual é a uretrite. Essa uretrite tem como característica ser menos purulenta e espontânea do que a gonorréia. Geralmente é matinal e pode demorar dias para se manifestar. Promove em alguns homens disúria (dor ao urinar) e um prurido uretral. Se não identificada e tratada corretamente, pode progredir para uma infecção mais profunda, atingindo os testículos com comprometimento da fertilidade. Nas mulheres, a porta de entrada é o colo uterino. O sintoma, quando ocorre, é um discreto corrimento. As complicações nas mulheres da infecção não tratada são a doença inflamatória pélvica e o aumento do risco de gravidez ectópica (fora do útero, nas trompas). A maioria das pessoas (50% dos homens e 70% das mulheres) infectada não apresenta sintomas ou sinais clínicos, dificultando muito a identificação das pessoas contaminadas. Estas últimas têm um potencial para adquirir sérias complicações, já que na maioria das vezes não procuram cuidados adequados, portando estas infecções duram por longos períodos. Além disso, funcionam como reservatórios e transmitem essas infecções aos parceiros tornando-as um dos principais problemas de saúde pública em todo o mundo.


sexta-feira, 9 de fevereiro de 2018

Não consegue se desfazer do mau hálito? 5 soluções mais efetivas do que chicletes

A halitose, ou mau hálito, apesar de não ser considerada uma doença, pode indicar problemas que afetam a gengiva, garganta e até outras partes do corpo.

Além de não ajudarem a combater a raiz do mau hálito, balas e chicletes podem até piorar o problema, já que têm açúcar, que estimula bactérias a produzirem ácidos que desmineralizam o esmalte dos dentes, promovem a degradação de restos de alimentos e contribuem para o aparecimento do cheiro desagradável.

Soluções eficientes contra o mau hálito

1. O primeiro passo é cuidar bem da saúde bucal e saber que apenas uma simples escovação dos dentes não limpa de forma adequada a boca. De acordo com o cirurgião dentista José Eduardo Pelino, é necessário usar escova de dente, fio dental e enxaguante bucal, porque o trio garante a remoção de 99% dos germes que causam gengivite e halitose.

2. Evite a desidratação e consuma bastante água ao longo do dia. Pessoas que bebem pouca água ou que respiram pela boca têm menos salivação, o que aumenta suas chances de ter mau hálito, explica o dentista.

3. Inclua maçã no seu cardápio diário. Além de contribuir para a limpeza superficial dos dentes por eliminar o acúmulo de resíduos que aumentam a presença de bactérias, a fruta promove uma digestão eficiente e melhora o funcionamento do intestino, fatores que evitam o odor ruim na boca.

4. Outra fruta que ajuda a combater o mau hálito é o limão. Com poder bactericida e adstringente, ele ajuda a reduzir, tanto na boca como no aparelho digestivo, a quantidade de bactérias que provocam o mau hálito.

5. Evite dietas restritivas demais e, principalmente, o jejum prolongado. Ficar muitas horas sem comer aumenta as chances de cheiro ruim na boca.


quinta-feira, 8 de fevereiro de 2018

8 maneiras de evitar e combater o assédio neste Carnaval

Reunimos algumas dicas para que você possa se proteger e ajudar outras manas durante os quatro dias de folia.

Se por um lado o Carnaval é uma festa conhecida por celebrar alegria e liberdade em todas as suas formas, por outro ele ainda é marcado por episódios não tão positivos assim – casos de assédio e abordagens um tanto quanto agressivas durante a folia atingem principalmente mulheres que, vem ano, vai ano, colecionam relatos nada agradáveis de recordar.

E por mais que discussões sobre o assunto estejam em pauta nos últimos meses, na prática as coisas acontecem de maneira diferente. Muita gente parece não compreender a diferença entre uma aproximação consensual e uma totalmente abusiva – seja no bloquinho de rua, na festa VIP ou no meio do samba.

De acordo com uma pesquisa online sobre assédio sexual no Carnaval, realizada em todo o Brasil pelo site Catraca Livre, entre janeiro e fevereiro do ano passado mais de 80 por cento das entrevistadas afirmaram já terem sido vítimas do crime.

Pensando nisso, e a fim de diminuir as estatísticas na medida do possível, compilamos a seguir algumas atitudes fáceis de colocar em prática, que podem auxiliar você, suas amigas e até outras mulheres ainda desconhecidas na luta contra o assédio no Carnaval.

Ajude mulheres que estejam se sentindo desconfortáveis com a abordagem masculina:
Se você se deparar com uma mulher sendo cercada, agarrada à força, puxada pelos cabelos ou vítima de comentários agressivos feitos por um homem, faça o possível para ajudá-la – principalmente se ela estiver sozinha nessa hora.
Caso seja uma amiga sua, não tenha medo de intervir, tirá-la de perto do agressor em questão e se manter alerta. No caso de uma desconhecida, vale chamá-la por um nome genérico, fingindo que a conhece – a tal da sororidade, sabe? – integrá-la com a sua galera e, de quebra, ajudá-la a reencontrar a dela.

Se foi você quem sofreu assédio, deixe seu depoimento usando a #AconteceunoCarnaval. Se foi alguém conhecido, incentive essa pessoa a se pronunciar:
Criada no ano passado, em Recife, a campanha Aconteceu No Carnaval dessa vez abre o leque de cidades participantes e retorna à ativa, contemplando organizações de diferentes estados do Brasil. A iniciativa, desenvolvida pelos criadores do aplicativo Mete a Colher, em parceria com as redes Women Friendly, Meu Recife e Minha Sampa, pretende romper o silêncio e coletar depoimentos de mulheres que sofrerem assédio durante a festa, levantando dados que ajudem a combatê-lo pelos próximos anos.
Além disso, os números servirão como ferramenta para pressionar o poder público e sugerir ações mais efetivas na luta contra o assédio. Será criado, também, um “mapa de calor” com os locais considerados menos seguros para mulheres circularem nas cidades durante o Carnaval.
Para fazer sua denúncia anônima – a identidade da vítima será sempre preservada – basta acessar a página da ação e preencher os campos solicitados. Lá, você pode contar em detalhes tudo o que aconteceu, como e onde foi. É importante colocar pontos de referência sobre a localização, e priorizar situações que ocorreram no Carnaval deste ano – pré e pós festa contam igualmente.
No Recife, além do site, ainda será possível fazer sua denúncia pelo Whatsapp, através do número (81) 99140-5869. Neste ano, a expectativa é de que mais de 4 milhões de pessoas sejam impactadas pela campanha, que tem apoio das redes Meu Rio, Minha Porto Alegre, Minha Igarassu, Minha Jampa e Minha Ouro Preto.

Use um apito ou outro adereço que chame atenção – e faça barulho mesmo!
Vá para bloquinhos de rua e festas mais movimentadas lançando mão de um apito amarrado no pescoço. Não hesite em soprá-lo bem forte quando se sentir incomodada por terceiros, nem em apitar para chamar atenção de quem estiver ao redor, ao ver outra mulher visivelmente perturbada.
Além do apito, outros adereços, como arminhas de água, são igualmente úteis para espantar quem ainda não se tocou de que existem jeitos e jeitos de abordar uma mulher no Carnaval.

Deixe bem claro o que é legal – e o que não é – por meio de tatuagens temporárias (e empoderadas)…
Além de ficarem lindas combinadas com o make e com as fantasias, as tatuagens temporárias podem carregar mensagens bem diretas contra o assédio. Já que ainda tem gente que não entende quando a gente fala “não”, é melhor facilitar o processo e deixar que seu corpo se expresse por si só.

Como um jeito mais brando de falar sobre assédio, você pode se fantasiar de um ícone feminista, como Frida Kahlo ou Rosie the Riveter (a mulher do cartaz “We Can Do It”, famoso durante a época da Segunda Guerra Mundial) ou então carregar plaquinhas com mensagens políticas sobre os direitos das mulheres.

Não é porque é Carnaval que você tem que deixar sua luta de lado, certo?

Encontrou alguma mulher que bebeu demais sozinha, sendo abordada por homens? Ajude-a da maneira que puder:
Uma das coisas mais comuns no Carnaval é se deparar com pessoas que beberam além da conta – e seu papel aqui é de não julgar ninguém nesse sentido. Principalmente se a tal pessoa for outra mulher e estiver sozinha, perdida dos amigos e cercada por homens, geralmente desconhecidos. Infelizmente ainda há quem abuse de mulheres em situações mais vulneráveis, aproveitando para justificar os atos colocando a “culpa” na bebida.
Se você presenciar alguma situação dessas, procure ligar para um número conhecido da pessoa, ajude-a a localizar seus amigos, tire-a de perto de quem está se aproveitando do momento e, se necessário, chame um táxi ou carro para levá-la até um endereço seguro. Oferecer água e comidinhas também é mais do que válido!


“Meta a colher” na briga do casal:
Com cuidado, se vir um casal heterossexual brigando e, principalmente, alguma mulher sendo agredida pelo parceiro, encontre meios de ajudá-la. Como essa é uma situação das mais delicadas e que, muitas vezes, pode até prejudicar você, vale acionar a segurança do local – e até chamar a polícia, dependendo da gravidade do problema.
Também pode ser uma boa alternativa fazer uma denúncia anônima pelo disque-denúncia (o número é o 180, em todo o Brasil). Caso a mulher em questão fizer sinais de que deseja sair de perto do parceiro, leve-a para bem longe dali.

Faça os inconvenientes entenderem que duas mulheres se beijando não estão convidando ninguém para participar:
Pleno 2018 e ainda tem homem achando que, quando duas mulheres se beijam, o fazem exclusivamente para chamar a atenção dele. Isso, além de dar ainda menos visibilidade para a luta LGBT, é completamente inconveniente e invasivo para mulheres lésbicas e bissexuais, que só querem se divertir em paz.
Quando encontrar algum engraçadinho abordando duas mulheres que estão juntas – ou se, por acaso, o engraçadinho chegar até você e a crush – faça o possível para que ele fique bem distante. Se você for das mais pacientes, vale também deixar bem claro que, caso quisesse mais uma pessoa ali no meio, teria chamado.

No mais, é só aproveitar a festa e respeitar as suas próprias vontades, acima de qualquer coisa. Bom Carnaval!


Fonte: https://mdemulher.abril.com.br/estilo-de-vida/jeitos-de-evitar-e-combater-o-assedio-no-carnaval/ - Por Ketlyn Araujo - instagram.com/leandraleal/Reprodução

15 dicas para se preparar e cuidar da saúde durante o Carnaval

Se você for curtir em blocos, bailes ou desfiles, é bom estar atenta!

Curtir as festas do Carnaval exige mais do que disposição e energia: é preciso se preparar para o corpo aguentar a maratona de blocos de rua, bailes nos clubes e desfiles de escolas de samba nos Sambódromos (mesmo que seja como espectadora). Também é essencial dar atenção aos materiais das roupas e, principalmente, aos produtos usados na pele.

Com cuidados simples, você consegue se divertir à vontade e chegar ao fim do Carnaval ótima e plena. Conversamos com especialistas para saber o que é mais importante fazer na preparação, nos dias do Carnaval e, de bônus, na Quarta-Feira de Cinzas. Confira as dicas!

AQUECIMENTO PARA O CARNAVAL
Coma carboidratos
Nos dias anteriores ao Carnaval, comece a comer alimentos ricos em carboidratos. A nutricionista Orion Araújo, do Diabest – Centro de Educação em Diabetes e Obesidade, explica que o melhor é dar preferência aos carboidratos complexos: “Inhame, quinoa, milho, aveia e arroz integral são as melhores opções para ter energia de sobra”.

Descanse as pernas
Segundo o angiologista Thiago Rocha, membro titular da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular, as pernas recebem pressão em dobro na folia do Carnaval. “Quando estiver se arrumando, o ideal é parar de vez em quando e elevar as pernas acima da altura do coração por cerca de cinco minutos. Isso melhora a circulação da região”, sugere. Isso você consegue fazer deitando na cama, no sofá ou no chão e colocando almofadas sob as pernas.

Evite tecidos sintéticos e roupas apertadas
A combinação de calor com aglomeração resulta, naturalmente, em suor. E suor sufocado em roupas de tecidos sintéticos – que, ao contrário das feitas de tecidos naturais como o algodão, não “respiram” – ou muito justas pode causar brotoejas, como lembra a dermatologista Lilian Delorenze. Ao criar seus figurinos, leve isso em consideração.

Teste as maquiagens antes de usá-las para valer
Lilian alerta para a necessidade de verificar se os glitters, as tinturas corporais e as maquiagens escolhidos são realmente específicos para o uso na pele. Se forem, o próximo passo é testá-los para garantir que sua pele não reagirá a nenhum dos componentes e, assim, evitar alergias, vermelhidão e até queimaduras no meio da diversão.

“A melhor forma de fazer isso é aplicando uma pequena quantidade de cada produto na parte interna do antebraço e esperar alguns minutos, para ver se causa algum tipo de irritação”, ensina a dermatologista. Se sua pele ficar irritada, descarte o produto e o substitua.

Caso a reação desse local persista, procure ajuda médica em um pronto-socorro. Normalmente, a solução é simples.

Cuidado redobrado com a make dos olhos
Planeja incrementar a produção de Carnaval com cílios postiços coloridos ou cheios de efeitos? Em primeiro lugar, só use colas de primeira linha. “De má procedência, a cola dos cílios pode conter substâncias que causam irritações nas pálpebras e até dentro dos olhos”, afirma o oftalmologista Gustavo Elarrat, da Clínica Focus. “São comuns casos de blefarite alérgica, uma inflamação que afeta a região onde crescem os cílios.”

Entrou glitter nos olhos? Nada de esfregar para tentar aliviar. “O ato de coçar pode acabar arranhando a córnea. O mais indicado é passar soro fisiológico em abundância, para hidratar a região e expulsar esse corpo estranho”, recomenda o oftalmologista.

CUIDADOS DURANTE O CARNAVAL
Faça refeições balanceadas
Para dar conta de todo o gasto de energia, monte pratos balanceados. A endocrinologista Mariana Farage, do Instituto Nacional de Cardiologia, ensina: “A refeição ideal para dias agitados deve ter diversos legumes e verduras, uma porção de proteína magra [carnes brancas], uma de grãos [ervilha, lentilha, feijão, grão de bico] e uma de carboidrato complexo.”

Frutas, água de coco e água mineral são imprescindíveis para manter a hidratação adequada. A médica sugere que sejam consumidos de 2 a 3 litros de líquidos por dia durante o Carnaval.

Use filtro solar
O filtro solar é obrigatório em qualquer hora do dia em que esteja claro – os raios ultravioletas agem negativamente sobre a pele mesmo quando está nublado. “Antes de passar a maquiagem, aplique um protetor solar com FPS 50 ou mais. Se houver suor excessivo ou contato com a água, ele deve ser reaplicado”, orienta a dermatologista Christiane Gonzaga.

Dê um mergulho no mar
Se você passar o Carnaval em alguma cidade litorânea, aproveite para dar um mergulho no mar. É refrescante e alivia as dores nas pernas. “O mar exerce uma pressão ascendente nas pernas, como ocorre na hidroginástica, o que melhora o retorno venoso”, esclarece o angiologista Thiago.

Leve um lanchinho para beliscar durante a folia
É difícil parar tudo para correr atrás de algo que mate a fome no meio da curtição, né? Então vá prevenida: leve frutas secas (como uvas passas e ameixas), frutas in natura e oleaginosas (amêndoas, castanhas, nozes) em um embrulhinho na bolsa ou na pochete. “Elas são ricas em minerais e em fibras, combinam bem entre elas e ajudam a manter a energia em alta”, diz a nutricionista Orion.

Remova bem a maquiagem ao final de cada dia
Tirar toda a maquiagem antes de dormir é indispensável para evitar o entupimento dos poros. Não importa o quão cansada você esteja: reserve aquele gás final antes de cair na cama para limpar, tonificar e hidratar a pele. Para tirar glitter e tintas mais “insistentes”, a dica da dermatologista Christiane é usar óleos vegetais, como o óleo de coco.

Beba com responsabilidade
Se você consome bebidas alcoólicas, não esqueça de intercalar as doses de álcool com um copo de água pura. A endocrinologista Mariana acrescenta que é legal não beber de estômago vazio e não misturar tipos diferentes de bebidas – começou com cerveja, vá com ela até o final da festa e deixe a vodca para o dia seguinte.

Invista em alimentação leve e fresca
O Carnaval pesou mais do que deveria? Coloque no prato saladas com vegetais como couve, repolho, brócolis, couve-flor, espinafre e rúcula. De acordo com a nutricionista Orion, eles ajudam o fígado a eliminar as toxinas acumuladas nos últimos dias.

Hidrate-se para combater o inchaço do corpo
Para diminuir a sensação de inchaço, coma frutas ricas em água, como abacaxi, melancia, melão, maçã e morango. Orion também recomenda sucos e chás para esse fim: “O chá feito com erva dente-de-leão tem um papel positivo no fígado. O chá de hibisco também é ótimo; experimente gelado com canela ou gengibre.”

Esfolie a pele do rosto
Lave o rosto com sabão neutro e faça uma esfoliação leve, para aumentar a circulação. A dermatologista Lilian dá mais uma dica: “Faça compressas de chá de camomila para amenizar inchaços ao redor dos olhos e dar uma renovada na face.”

Descanse o corpo
O organismo precisa recuperar as energias gastas nesses dias todos. Além de dormir bem, faça massagens nos pés para melhorar a circulação e aliviar qualquer desconforto que tenha restado. “É agradável e é um estímulo que melhora a inflamação e o retorno sanguíneo”, finaliza o angiologista Thiago.


Fonte: https://mdemulher.abril.com.br/saude/dicas-preparacao-saude-carnaval/ - Por Raquel Drehmer -  Muenz/Thinkstock