quarta-feira, 27 de março de 2019

Praticar exercício deixa a dieta mais saudável, diz estudo


Começar a fazer atividade física regularmente influenciaria, de forma involuntária, os hábitos alimentares

Quer melhorar sua alimentação? Então comece a se exercitar! É isso o que mostra um recente estudo da Universidade do Texas, nos Estados Unidos. Segundo os pesquisadores, quem inicia uma rotina de atividades físicas tende a comer de forma saudável involuntariamente.

Os cientistas recrutaram 2 680 universitários de 18 a 35 anos. Nenhum deles tinha uma rotina regular de malhação nem adotava uma dieta específica.

Por 15 semanas, os voluntários passaram a realizar meia hora de exercício aeróbico, três vezes por semana – sempre com sessões de aquecimento e descanso final. Eles podiam escolher entre diversas modalidades, como bicicleta ergométrica, esteira ou aparelhos elípticos.

Além de monitorar os batimentos cardíacos, os cientistas coletaram informações sobre a alimentação dos participantes por meio de questionários, preenchidos antes e depois dos treinos.

Apesar de os universitários não terem sido instruídos a alterar seu cardápio, constatou-se que isso aconteceu naturalmente durante o experimento. A atividade física foi associada a uma queda na preferência por petiscos, itens ricos em gorduras, açúcar e produtos refinados ou processados.

Além disso, esforços físicos intensos promoveram um consumo extra de alimentos saudáveis, como frutas, vegetais e carnes magras.

 “Uma das razões pelas quais devemos promover o exercício é que ele pode criar hábitos saudáveis em outras áreas”, aponta, em comunicado à imprensa, a geneticista Molly Bray, do departamento de Ciências da Nutrição da Universidade do Texas, que participou da pesquisa.

Molly acredita que as mudanças nas preferências também têm a ver com a idade dos participantes. O final da adolescência e o começo da vida adulta são momentos críticos na consolidação de uma rotina equilibrada.

“Várias pessoas no estudo não sabiam que tinham esse ser ativo e saudável dentro de si. Muitos estão escolhendo pela primeira vez o que comer e quando se exercitar”, conclui a especialista.

Fonte: https://saude.abril.com.br/fitness/praticar-exercicio-deixa-a-dieta-mais-saudavel-diz-estudo/ - Por Maria Tereza Santos - Foto: Bruno Marçal/SAÚDE é Vital

terça-feira, 26 de março de 2019

O que são anabolizantes e quais seus efeitos na saúde?


Eles são vistos por aí como uma solução rápida para ficar forte e sarado. Mas fique atento: seu uso traz sérias consequências à saúde

Na busca por um corpo dentro do padrão vendido pela mídia, frequentadores de academia podem acabar investindo nos anabolizantes como uma forma rápida de aumentar os músculos. E sim: os músculos crescem mesmo depressa. Mas o uso sem indicação médica traz prejuízos para a saúde graves.

Antes de entender os riscos do consumo dessas drogas, veja como elas agem no organismo para que o corpo fique bombado:

Quais são os efeitos colaterais hormonais
Cabelos: o excesso de testosterona faz os fios caírem e a calvície dar as caras.

Pele: fica irritada, vermelha e cheia de espinhas, principalmente no rosto e nas costas.

Cordas vocais: as mulheres podem sofrer um engrossamento da voz, que fica masculinizada.

Pelos: surgem aos borbotões – um tormento especialmente para o público feminino.

Mama I: os homens têm aumento dos peitos, que muitas vezes carece de correção cirúrgica.

Mama II: nelas, o efeito é o oposto: os seios chegam a diminuir de tamanho.

Pênis: queda da libido e impotência sexual são outros desfechos bastante comuns.

Clitóris: Incha e cresce. Em casos extremos, se assemelha ao órgão sexual masculino.


E os outros efeitos adversos
Cérebro: agressividade exagerada se torna uma queixa recorrente.

Vírus: o compartilhamento de seringas eleva a probabilidade de pegar aids e hepatites.

Coração: com a expansão das fibras musculares, os batimentos entram em descompasso.

Vasos sanguíneos: a retenção de líquidos empaca a circulação e faz a pressão arterial subir um monte.

Fígado: não raro esse órgão entra em falência, o que abre alas para cirrose ou câncer.

Colesterol: sobe a concentração de gordura pelo sangue. Mais um perigo cardiovascular.

Esqueleto: tendões e articulações não aguentam o tranco e se rompem com maior facilidade.

Rins: também penam para filtrar o volume elevado de sangue e eliminar todas as impurezas.


Fonte: https://saude.abril.com.br/fitness/o-que-sao-anabolizantes-e-quais-seus-efeitos-na-saude/ - Por André Biernath - Foto: Christian Parente/SAÚDE é Vital

segunda-feira, 25 de março de 2019

Glaucoma, até em estágio inicial, aumentaria risco de acidentes de carro


Pessoas com essa doença têm maior dificuldade em distinguir objetos, mesmo em quadros iniciais – e principalmente quando o celular entra na história

O glaucoma é a principal causa de cegueira irreversível no mundo – ela acomete 1 milhão de pessoas só no Brasil. Apesar de relativamente comum, a doença é silenciosa: quando dá sinais claros, já está em estágio avançado. Antes disso, porém, o indivíduo já possui perdas imperceptíveis na visão periférica, que podem prejudicar a capacidade de dirigir.

Dois novos estudos trazem evidências de que o comprometimento visual dos estágios iniciais do glaucoma aumenta o risco de acidentes. O primeiro deles, conduzido por pesquisadores do Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO) e da Universidade de Duke, nos Estados Unidos, mostra que portadores da enfermidade teriam dificuldades adicionais em distinguir objetos muito próximos.

Os 26 participantes – metade com glaucoma e metade sem – tinham que diferenciar a posição de um objeto em um monitor quando apresentado com outros itens ao redor. Os cientistas então analisaram as respostas e outros parâmetros, como exames que medem a sensibilidade e a espessura do nervo óptico, que transmite as imagens ao cérebro.

Nos acometidos pelo glaucoma, o efeito chamado de crowding, quando as imagens se misturam, foi bem mais pronunciado.

 “E notamos isso até nos estágios iniciais da doença, o que pode comprometer a realização de tarefas do dia a dia, como dirigir”, explica a oftalmologista Nara Ogata, uma das autoras do trabalho. “Quando a pessoa com a condição pega no volante, os objetos podem aparecer mais embaralhados: a placa em cima da árvore, outros carros, e por aí vai”, comenta.

Tempo de resposta também é abalado
Outro estudo, conduzido pela mesma equipe e com publicação prevista para abril no periódico científico Jama Network, colocou os pacientes com glaucoma em um simulador de direção de alta fidelidade. O objetivo era verificar a performance deles no volante com a presença de um elemento distrativo e popular, o celular.

A tarefa consistia em seguir na faixa correta em uma estrada sinuosa, enquanto o tempo de reação a estímulos visuais periféricos era analisado sem e com o uso do telefone. No segundo caso, os participantes deveriam ouvir frases emitidas pelo aparelho e relembrar a última palavra de cada sentença.

No final, a reação dos voluntários com glaucoma a objetos que surgiam na pista virtual ou outras intercorrências na paisagem foi significativamente mais lenta do que no grupo sem a doença. Pior: quando estavam com o telefone, as vítimas desse problema de visão tiveram um desempenho ao volante duas vezes pior.

“Notamos que não só a perda de visão periférica é afetada, mas o tempo que leva para o indivíduo reagir e processar a imagem é maior”, aponta Nara. “Se algum objeto entrar na frente dele, ele pode demorar mais para frear”, exemplifica.

E o mais preocupante: 59% dos participantes declararam se sentir capazes de dirigir enquanto manuseavam o telefone.

O que fazer
Quem tem glaucoma não está proibido de dirigir, mas com certeza deve discutir o assunto com o médico. “É preciso fazer uma avaliação individual e verificar o estágio da doença antes de tomar qualquer decisão”, ensina Nara.

Caso a autorização para conduzir seja dada, fica o alerta de nunca utilizar o telefone ao volante. “Na presença do glaucoma, o campo de visão já está mais restrito. Ao dividirmos a atenção com o celular, dependemos ainda mais da visão periférica, que é justamente a prejudicada pela doença”, raciocina a oftalmologista.

O pior é que muita gente tem o problema e nem sabe. Estima-se que 80% dos portadores não apresentem sintomas.

Como os estudos mostraram, mesmo na etapa mais silenciosa, os danos ao nervo óptico podem atrapalhar a rotina. Mas como flagrar cedo esse transtorno oftalmológico? “O maior desafio é conscientizar a população sobre a importância dos exames de rotina. Quanto antes o glaucoma for detectado, mais fácil será o controle”, afirma Nara.

Mesmo que não tenha cura, a condição pode ser freada com medicamentos e outros tratamentos. Os testes que a diagnosticam são simples, feitos no próprio consultório do oftalmologista. Pessoas com pressão alta ou histórico de glaucoma na família precisam fazer esse rastreamento mais vezes.

Vale checar com o médico. A visão agradece.


domingo, 24 de março de 2019

As vacinas aprovadas contra a gripe para 2019; campanha começa em abril


Conheça as vacinas que podem ser aplicadas nesse ano tanto na rede pública como na privada. E quais os grupos prioritários que podem recebê-las de graça

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) divulgou nesta semana as vacinas aprovadas para prevenir a gripe em 2019. O governo refaz essa lista todo ano, porque as companhias precisam atualizar a composição dos imunizantes baseadas nas mutações constantes do vírus influenza e nos subtipos com maior probabilidade de circular pelo país nos próximos meses.

Os nomes das vacinas são:

– Fluarix Tetra, da GlaxoSmithKline Brasil Ltda
– Influvac, da Abbott Laboratórios do Brasil Ltda
– Influvac Tetra, da Abbott Laboratórios do Brasil Ltda
– Vacina Influenza trivalente (fragmentada e inativada), do Instituto Butantan
– Vacina Influenza Trivalente (subunitária, inativada), do Medstar Importação e Exportação Eireli
– Vaxigrip – Sanofi-Aventis Farmacêutica Ltda

Esse ano, a vacina trivalente ofertada pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para grupos específicos (veja mais abaixo) protegerá contra os vírus H1N1, o H3N2 e o influenza do tipo B Victoria.

Já as versões tetravalentes, disponíveis apenas na rede particular, resguardam contra os subtipos mencionados logo acima e também o tipo B Yamagata.

Quem analisa os dados epidemiológicos e faz essa seleção é a Organização Mundial de Saúde (OMS), com o auxílio de instituições de todo o mundo, inclusive do Brasil.

Tomar a injeção anualmente é importante, porque a gripe pode ter consequências sérias, como pneumonia e infarto. Pra ter ideia, ela mata mais de 650 mil pessoas todos os anos segundo a OMS. A Sociedade Brasileira de Imunizações (Sbim) recomenda a proteção para todas as pessoas a partir dos 6 meses de vida, principalmente as mais sujeitas a complicações graves.

Campanha de vacinação começa em abril
Ela vai ocorrer entre 10 de abril e 31 de maio. Só no Amazonas, que já registrou 28 mortes provocadas pelo vírus H1N1 em 2019, o mutirão foi antecipado e já ocorre desde o 20 de março.

O governo federal adquiriu 64 milhões de doses, com a meta de atender 59 milhões de pessoas.

A primeira fase nacional, que vai até 22 de abril, será focada em crianças, gestantes e puérperas (mulheres que tiveram filhos recentemente). A partir dessa data, todo o público-alvo pode se vacinar. A lista completa do grupo prioritário é essa:

● Gestantes e puérperas
● Crianças de 6 meses a 5 anos de idade
● Maiores de 60 anos
● Profissionais da saúde
● Pessoas de qualquer idade com doenças crônicas (diabetes, doenças cardíacas e respiratórias, distúrbios que comprometem a imunidade, como o câncer, e outras)
● População indígena
● Pessoas privadas de liberdade
● Professores da rede pública e privada
● Trabalhadores do sistema prisional

Indivíduos que não se encaixam nessa lista podem procurar a rede privada para se proteger. Os valores devem variar entre R$100 e 150 reais por dose.

Mas atenção: as novas versões da vacina chegarão nas clínicas no início de abril, segundo as previsões.


sábado, 23 de março de 2019

5 fatores que contribuem para o aparecimento de doenças vasculares


Você sente dores nos membros inferiores? Então isso pode ser indício de problemas vasculares

Varizes, inchaço, trombose e dor nas pernas são alguns dos problemas vasculares mais comuns – e muitas vezes a genética é responsável por isso. Segundo a cirurgiã vascular e angiologista Aline Lamaita, muitas doenças vasculares aparecem por conta de uma predisposição genética, mas ficar de olho e evitar os maus hábitos é uma forma importante de se prevenir.

“Principalmente pacientes com predisposição a desenvolver doenças vasculares devem levar uma vida saudável, evitando a obesidade e praticando exercícios, pois isso diminui as chances de aparecerem as varizes hereditárias e outros problemas de circulação mais sérios, como a trombose”, afirma.

5 hábitos que contribuem para o surgimento de doenças vasculares:

SEDENTARISMO: a panturrilha é o coração das pernas. A cada contração muscular bombeamos o sangue e ativamos a nossa circulação. Situações onde essa musculatura fica parada muito tempo podem causar uma retenção de líquido nas pernas, levando a inchaço, peso e cansaço nas pernas. Além de aumentar a predisposição de desenvolver varizes. Para mudar esse quadro, exercícios de baixo impacto são os ideais, pois a contração da musculatura em caminhadas, por exemplo, entre outros benefícios, aumenta a velocidade do fluxo do sangue nas veias, melhorando o retorno do sangue ao coração.

TABAGISMO: o cigarro também pode causar problemas circulatórios como arteriosclerose (envolvendo as artérias da perna) e tromboangeite obliterante – distúrbio que afeta as extremidades do corpo. Em ambos os casos, há riscos de ter de amputar o membro (como pernas, pés e mãos), já que a nicotina está ligada à diminuição da espessura dos vasos sanguíneos. Todo esse processo pode causar complicações como entupimento dos vasos sanguíneos, trombose e cicatrização.

OBESIDADE: pessoas obesas têm maior disposição de desenvolver varizes por causa da quantidade de volume sanguíneo dentro das veias que se eleva. Além disso, a gordura acumulada dentro dos vasos sanguíneos também acarreta em uma má circulação. Além das varizes, outra complicação que pode surgir entre obesos é a trombose em decorrência do mau bombeamento do sangue para o corpo inteiro, gerando doenças ligadas ao sistema vascular.

TRAUMAS NOS MEMBROS INFERIORES: grandes traumatismos também são importantes fatores de risco para a trombose venosa profunda, não só pelo impacto nos vasos sanguíneos, mas também pelo tempo que o paciente fica imobilizado na cama depois do acidente.

PÍLULA ANTICONCEPCIONAL: a ligação entre a trombose e o anticoncepcional é que o hormônio dos anticoncepcionais alteram a circulação e aumenta o risco de formação de coágulos nas veias profundas, dentro dos músculos. Um estudo publicado na revista “The BMJ Today” mostrou que as mulheres que tomam contraceptivos orais combinados, que contêm drospirenona, desogestrel, gestodeno e ciproterona, têm um risco de trombose venosa quadruplicado em relação àquelas que não tomam pílula.

Fonte: https://sportlife.com.br/doencas-vasculares/ - Aline Lamaita - Foto: Getty Images