sexta-feira, 7 de junho de 2019
quinta-feira, 6 de junho de 2019
Registro do desmatamento da Amazônia brasileira atinge recorde
O desmatamento da Amazônia brasileira alcançou o
nível mais alto já visto desde o início do atual método de monitoramento no mês
passado, gerando preocupações de que o presidente Jair Bolsonaro esteja dando
passe livre para extração ilegal de madeira, agricultura e mineração.
A maior floresta tropical do mundo perdeu 739 km²
durante os 31 dias de maio, o equivalente a dois campos de futebol a cada
minuto, de acordo com dados da agência de monitoramento por satélite do próprio
governo.
A tabela abaixo compara os dados dos últimos quatro
anos:
Aumento preocupante
Embora um único mês seja pouco para confirmar
tendências de longo prazo, maio é considerado um guia importante porque marca o
início da estação seca, que é quando a maior parte das queimadas e outras
formas de desmatamento são realizadas.
A menos que o governo envie um sinal claro de que
não tolerará uma nova aceleração, os ambientalistas temem que os próximos meses
vejam um aumento que tornaria 2019 um dos piores anos de desmatamento na
memória recente.
“O governo não pode negar esses números de sua
própria agência. A questão agora é o que eles farão a respeito”, disse Carlos
Souza, do grupo de monitoramento independente Imazon. “Até o final de julho
teremos uma ideia clara do impacto dos recentes movimentos feitos para
desmantelar as políticas ambientais”.
“O aumento do
desmatamento é deprimente, mas não é surpreendente: você tem um governo no
Brasil que está desmantelando quase todas as políticas ambientais implementadas
desde 1992 e que está perseguindo agentes ambientais federais, fortalecendo os
criminosos ambientais”, argumentou Carlos Rittl do Observatório do Clima, uma
ONG formada por uma coalizão de grupos ambientalistas. “No entanto, devemos
esperar e ver como [o governo] vai se comportar em junho”.
Nada surpreendente
Desde que Bolsonaro assumiu a presidência em
janeiro, seu governo tem enfraquecido o Ministério do Meio Ambiente, afrouxado
os controles sobre a exploração econômica da Amazônia, interrompido a
demarcação de terras indígenas e incentivado os interesses da mineração e da
agricultura na região.
Além disso, Bolsonaro chamou a principal agência de
monitoramento do governo, o Ibama, de “indústria de multas” e emitiu o menor
número de penalidades nos últimos 11 anos. As operações de inspeção caíram 70%
em relação ao ano passado.
Seu ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, que já
foi condenado por fraude ambiental e nunca havia visitado a região amazônica
antes de assumir o cargo, não nomeou chefes regionais e demitiu inspetores
veteranos. No início desta semana, a Folha de S. Paulo informou que ele quer
privatizar o monitoramento por satélite da floresta.
Salles também tem irritado os principais países
doadores do Fundo Amazônia, Noruega e Alemanha, ao propor que a voz da
sociedade civil seja enfraquecida ao decidir como o recurso, de US$ 1,3 bilhão,
será gasto.
Lobby agrícola
No congresso, o lobby agrícola está pressionando por
mais relaxamentos no regulamento ambiental, incluindo a liberação de áreas
protegidas.
O filho mais velho de Bolsonaro, Flávio, que é
senador, recentemente propôs uma reforma do código florestal que eliminaria a
obrigação dos agricultores na Amazônia de manter 50 a 80% da cobertura
florestal de suas propriedades. Esta medida abriria uma área maior do que o Irã
para as indústrias extrativas.
Uma onda crescente de reclamações de propriedade em
terras especulativas está sendo registrada dentro das reservas, o que está
colocando mais pressão sobre as fronteiras.
Ressalvas
Outros fatores podem ter contribuído para o aumento
do desmatamento. Os primeiros meses deste ano foram nublados e chuvosos, o que
dificultou o monitoramento por satélite, então algumas áreas podem ter sido
perdidas por varreduras anteriores.
O mau tempo também pode ter levado os madeireiros e
fazendeiros a adiar o desmatamento até maio. A economia, que muitas vezes é uma
propulsora do desmatamento durante os períodos de alta nos preços da carne
bovina e da soja, também está em crise, embora Bolsonaro tenha indicado que o
agronegócio pode levar o Brasil em direção ao crescimento positivo.
A esse respeito, ele está ecoando e ampliando a
mensagem de seus predecessores, Dilma Rousseff e Michel Temer. Ambos presidiram
períodos de desmatamento acelerado à medida que se tornaram dependentes do
lobby rural e das exportações de commodities para a China e para a Europa.
Outro fator é a expansão de projetos de
infraestrutura, incluindo estradas e usinas hidrelétricas. O estado brasileiro
que sofreu o maior desmatamento no mês passado foi o Pará, que abriga a rodovia
BR163 que cruza a Amazônia e a barragem de Belo Monte. [TheGuardian]
Fonte: https://hypescience.com/desmatamento-da-amazonia-brasileira-atinge-recorde/
- Por Natasha Romanzoti
quarta-feira, 5 de junho de 2019
Gripe: quais são as complicações mais perigosas?
Entenda por que o vírus influenza pode provocar
estragos, independente de ele ser H1N1, H3N2 ou tipo B
Estamos na época de aumento dos casos de gripe, e a
campanha de vacinação contra a doença ainda não atingiu sua cobertura desejada.
Até o dia 27 de maio, 71,6% do público-alvo tinha recebido a dose – a meta é
imunizar 90% até 31 de maio, quando termina a mobilização. Idosos, crianças,
gestantes e portadores de doenças autoimunes e crônicas fazem parte da turma
que não pode deixar de tomar a vacina.
Isso porque, apesar de a gripe geralmente ser uma
condição passageira, sem grandes repercussões, em alguns casos ela pode causar
complicações importantes. Pessoas com o sistema imunológico comprometido – seja
pelo uso de remédios, pela condição de saúde ou pela própria idade – estão mais
sujeitas a encrencas.
A principal ameaça é para o pulmão. “Existe o risco
de o vírus provocar uma inflamação no órgão, que dificulta seu funcionamento e
abre caminho para uma bactéria oportunista”, explica Helio Magarinos Torres
Filho, patologista e diretor médico do Richet Medicina & Diagnóstico, no
Rio de Janeiro.
Esse quadro pode culminar em uma pneumonia ou
insuficiência respiratória aguda, condição capaz de levar à morte. “Fora que,
quando o pulmão tem dificuldade de enviar oxigênio para os órgãos, todo o corpo
é afetado”, acrescenta Torres Filho.
Qual vírus faz mais estrago?
Toda vez que um novo vírus começa a circular, tende
a ser mais perigoso, já que o sistema imune da população não o conhece. No caso
do influenza, que possui diversos subtipos e vive sofrendo mutações, isso
ocorre com certa frequência.
Lembra do H1N1, que assustou na década passada? Ele
continua causando problemas, mas muitas pessoas já têm imunidade contra ele.
“Agora, o H3N2, que é mais novo, pode se mostrar mais danoso, porque nem todo
mundo se vacinou contra ele nos últimos anos”, destaca o patologista.
Vale ressaltar que, independente do subtipo, a
evolução dos quadros de gripe é bem parecida. “O risco de complicações depende
muito mais do hospedeiro do que do vírus”, reforça Heloísa Giamberardino,
pediatra e coordenadora do Centro de Vacinas do Hospital Pequeno Príncipe, em
Curitiba (PR).
Uso de remédios é fator que merece atenção
Em geral, toda a condição que exige medicamentos
constantes pode afetar a forma do organismo reagir a uma ameaça. Portadores de
transtornos autoimunes – artrite reumatoide, lúpus, doença de Chron, etc. –,
por exemplo, têm que tomar drogas que suprimem o sistema imune. Eles controlam
as substâncias inflamatórias que atacam o organismo, mas também diminuem as
defesas contra ameaças, como o vírus da gripe.
O mesmo vale para quem vive com males crônicos, como
hipertensão e diabetes. Ainda que os fármacos não atuem diretamente sobre o
sistema imunológico, a própria condição de saúde debilita o organismo. Assim, a
gripe poderia enfraquecer ainda mais um órgão já prejudicado.
Para ter ideia, para os idosos e portadores de
doenças cardíacas, um dos riscos de uma gripe mais agressiva é o infarto,
porque o estado provocado pela infecção sobrecarrega o coração.
Vacinar é a melhor forma de prevenção
E ela precisa ser reaplicada anualmente, pois inclui
os subtipos que provavelmente circularão mais naquele ano. Fora que a imunidade
promovida pela vacina tem duração limitada. A dose é segura, não provoca gripe
e garante uma boa taxa de proteção. Se mesmo assim a pessoa ficar gripada, a
probabilidade de a doença evoluir mal diminui consideravelmente.
Além de recorrer à vacina, dá para minimizar o risco
de adoecer com medidas de prevenção básicas, como lavar as mãos constantemente,
usar álcool em gel, evitar locais fechados e aglomerações, manter uma dieta
saudável (rica em frutas e legumes) e se exercitar com frequência.
Para aqueles que estão no grupo de risco de
complicações, uma alternativa para garantir segurança extra pode ser a
imunização de quem está próximo, como familiares e cuidadores. Ela está
prevista pelo Ministério da Saúde e deve ser prescrita por um médico.
Fonte: https://saude.abril.com.br/medicina/gripe-quais-sao-as-complicacoes-mais-perigosas/
- Por Chloé Pinheiro - Foto: Omar Paixão/SAÚDE é Vital
terça-feira, 4 de junho de 2019
Cardápio Junino: veja quais comidas típicas da época estão liberadas
Milho, pamonha, pipoca, paçoca… Tudo isso faz bem?
Fomos perguntar para especialistas
Tem gente que já começa o ano ansiosa por um mês
específico: junho. O período, aqui no Brasil, é recheado de festas juninas —
celebrações que reúnem tradições como as fogueiras, quadrilhas, correio
elegante… E, claro, as comidas típicas!
Não podemos negar que as comfort foods
características das comemorações de São João são muito boas. Mas será que a
gente pode atacá-las sem culpa? Fizemos uma lista com as principais e fomos
perguntar para duas especialistas. Assim, você pode aproveitar o mês que está
chegando sem precisar sair da dieta:
Pipoca
O alimento branquinho é rico em fibras que ajudam a
regular o intestino e a controlar o colesterol e a glicemia, sabia? Além de
conter vitaminas do complexo B e E. “Porém, como todo cereal, a pipoca pode ter
um elevado teor calórico se consumida em excesso. As versões de microondas
devem ser evitadas, por conta do excesso de gorduras e sal”, afirma a
nutricionista Christiane Bergamasco, da Clínica Cristiane Coelho, em São Paulo.
A dica, então, é optar pelo método mais natural
possível: estourando o milho em panelas e aparelhos que não levam óleo. No
lugar do sal, você pode colocar cúrcuma, pimenta, páprica ou canela —
especiarias termogênicas. Os temperos prontos e a manteiga também devem ser
dispensados.
Propriedades nutricionais da pipoca
Porção: 1 xícara (sem manteiga ou óleo);
Calorias: 31 calorias;
Carboidratos: 6,2 g;
Fibras: 1,2 g;
Proteínas: 1,1 g;
Gorduras: 0,35 g.
Pinhão
Nada mais do que uma semente da araucária (árvore da
região Sul do país), o pinhão se destaca pelas suas propriedades nutricionais.
“Cheio de fibras, vitaminas (C, E e K) e minerais (cálcio, magnésio, fósforo e
ferro). Também é fonte de gorduras boas e carboidratos”, explica a
nutricionista Maria Clara Pinheiro, do Rio de Janeiro.
O magnésio na sua composição pode ajudar na
manutenção da saúde emocional, melhorar a fadiga e proteger o coração. E as
gorduras boas garantem saciedade por mais tempo!
A melhor forma de preparo do pinhão é na panela de
pressão, com água e pouco sal.
Propriedades nutricionais do pinhão
Porção: 100 g (18 a 20 unidades);
Calorias: 171;
Carboidratos: 33,24 g;
Fibras: 5,5 g;
Proteínas: 3,6 g;
Gorduras: 1,46 g.
Amendoim
Diferente do que muita gente pensa, o amendoim não é
uma oleaginosa (família das castanhas). Na verdade, é uma leguminosa da família
dos grãos, como o feijão. Mas contém ômega 6 — assim como as nuts — e dá
energia. Por ser rico em vitamina E, também tem antioxidantes, que auxiliam no
combate de radicais livres.
Mas cuidado, viu? O amendoim costuma carregar
consigo muitas calorias. Opte pela versão torrada, sem casca e sem sal. E a
paçoca? Só se for sem açúcar!
Propriedades nutricionais do amendoim
Porção: 100g;
Calorias: 600;
Carboidratos: 9,5 g
Fibras: 8 g;
Proteínas: 25,6 g;
Gorduras: 49,6 g.
Milho
Se a gente fosse escolher um ingrediente como o mais
importante das festas juninas, o milho com certeza seria um forte candidato.
Afinal, ele é usado para preparar a pipoca, a pamonha, a canjica, o curau, o
cuzcuz nordestino… Uma variedade grande de pratos.
Mas ele sozinho também é um ótimo lanche pré-treino.
“Rico em carboidratos, sua principal função é fornecer energia. Quando cozido,
mantém a maioria das suas propriedades (fibras e substâncias antioxidantes)”,
explica Christiane.
Seja na espiga ou no pratinho, vale a mesma
estratégia da pipoca: prefira a versão sem manteiga e com pouco sal. Os
enlatados também não estão com nada — são cheios de conservantes e sódio.
Propriedades nutricionais do milho cozido
Porção: 100 g;
Calorias: 98;
Carboidratos: 17,1 g;
Fibras: 4,6 g;
Proteínas: 3,2 g;
Gorduras: 2,4 g.
Batata-doce
Ela é a queridinha de quem treina, e de quem pula
fogueira também! A batata-doce assada é considerada um carboidrato complexo.
“Provoca a liberação gradual da glicose no sangue, o que garante energia e
saciedade por mais tempo, além de não sobrecarregar o pâncreas”, diz Maria
Clara.
Para Christiane, de todas as opções juninas, o
tubérculo é a melhor escolha. Isso porque ela também tem vitaminas A e C,
importantes para a imunidade, além do betacaroteno, conhecido por trazer
benefícios à pele, ao coração e olhos.
Quer preparar a delícia? Prefira cozinhá-la. Dessa
forma, seu índice glicêmico fica bem mais baixo do que se fosse assada no
forno. Depois, vale acrescentar canela, coco, noz-moscada… O que o seu paladar
mandar.
Propriedades nutricionais da batata-doce
Porção: 100 g;
Calorias: 90;
Carboidratos: 21 g;
Fibras: 3,3 g;
Proteínas: 2,0 g;
Gorduras: 0,2 g.
Pamonha
Mais um prato derivado do milho, a pamonha contém
todas quase todas as mesmas propriedades de uma espiga. A diferença? Ela é
geralmente feita com açúcar, leite e manteiga, ingredientes que a deixam bem
mais calórica. Por isso, tente maneirar no consumo caso não queira fugir de uma
alimentação equilibrada.
Propriedades nutricionais da pamonha
Porção: 100 g;
Calorias: 171.
Fonte: https://boaforma.abril.com.br/nutricao/cardapio-junino-veja-quais-comidas-tipicas-da-epoca-estao-liberadas/
- Por Amanda Panteri - Liudmyla Chuhunova/BOA FORMA
segunda-feira, 3 de junho de 2019
Alimentos ultraprocessados elevam risco de doenças cardiovasculares
Estudo robusto mostra que coração e cérebro ficam em
perigo quando biscoitos, salgadinhos, refrigerantes e por aí vai entram na
rotina
Não faltam motivos para maneirar no consumo de
alimentos ultraprocessados, como biscoitos, salgadinhos, refrigerantes,
achocolatados, cereais matinais e afins. Esses itens já foram associados ao
descontrole alimentar e ganho de peso, câncer, depressão, diabetes, hipertensão…
Agora, um novo estudo reforça a relação entre a ingestão desses produtos e um
maior risco de doenças cardiovasculares. Os dados acabam de ser publicados no
prestigiado British Medical Journal (BMJ).
O trabalho foi realizado por pesquisadores franceses
e brasileiros, mais especificamente da Universidade de São Paulo (USP), e
contou com a participação de 105 159 indivíduos com uma média de 43 anos de
idade. Essa turma toda preencheu uma espécie de diário alimentar cerca de cinco
vezes durante dois anos.
“Esse é um dos pontos fortes da pesquisa, porque
garante que a dieta das pessoas correspondia efetivamente ao seu padrão
habitual”, comenta Carlos Monteiro, professor titular no Departamento de
Nutrição da Faculdade de Saúde Pública da USP, um dos autores do estudo.
Os alimentos relatados foram separados de acordo com
o grau de processamento – ou seja, in natura, minimamente processado,
processado ou ultraprocessado. Além disso, registrou-se a incidência de doenças
nos voluntários entre 2009 e 2018.
Ao cruzar os dados, os pesquisadores observaram o
seguinte: um acréscimo de apenas 10% na participação dos ultraprocessados na
alimentação aumentava significativamente o risco de encarar qualquer tipo de
doença cardiovascular em 12%. O perigo aumentava 12% especificamente para um
infarto e 11% para um acidente vascular cerebral (ou AVC).
De acordo com Monteiro, há diversos mecanismos
capazes de explicar tal elo. “Esses produtos têm perfil nutricional
desequilibrado, favorecem o ganho de peso e concentram um monte de aditivos”,
exemplifica.
“Além disso, algumas substâncias estranhas são
geradas a partir do calor excessivo usado na produção de alguns
ultraprocessados. Sem falar nos contaminantes liberados por materiais
sintéticos usados para acondicioná-los”, acrescenta.
Mais problemas à vista
Nessa mesma edição do BMJ, um estudo espanhol se
propôs a avaliar a relação entre a ingestão de ultraprocessados e a
probabilidade de morrer por qualquer causa. Para isso, recrutaram 19 899
adultos de, em média, 38 anos. Esse pessoal também completou um diário
alimentar e os itens listados foram divididos de acordo com o grau de
processamento.
As conclusões confirmaram que os produtos altamente
processados – e cheios de ingredientes impronunciáveis – estão longe de serem
boas escolhas. Para ter ideia, consumir mais de quatro porções deles ao dia
aumentou em 62% a possibilidade de morrer por qualquer motivo em comparação à
ingestão de duas porções diárias. Para cada porção extra, o risco de morte
subia 18%.
Embora os dois estudos sejam observacionais – isto
é, não chegam a estabelecer uma relação de causa e efeito –, os autores levaram
em conta outros fatores relacionados à dieta e ao estilo de vida para chegar
aos resultados. E chamam a atenção para outros tantos trabalhos que já
apontaram como os ultraprocessados contribuem para a ocorrência de problemas de
saúde.
“As evidências acumuladas nos últimos anos indicam
que o consumo desses produtos está consistentemente ligada a danos, como
obesidade, hipertensão, diabetes, síndrome metabólica, câncer de mama e outros
tumores, cólon irritável, asma, depressão e, agora, infarto e acidente vascular
cerebral”, lista Monteiro. Para ele, são indícios mais do que suficientes para
contraindicar esses itens.
Entenda o grau de classificação dos alimentos
A classificação NOVA, criada pelo professor Carlos
Monteiro e um time de colegas, é usada frequentemente nos estudos científicos
para dividir os alimentos pelo nível de processamento. Entenda o que cada um
significa:
In natura e minimamente processados
Entram aqui frutas, verduras, legumes e tubérculos e
produtos animais, como ovos, leite, músculos, vísceras. Cogumelos e algas
também são do time.
A categoria ainda contempla versões desses alimentos
submetidas a processos para aumentar sua durabilidade – por isso são chamados
de minimamente processados.
Ingredientes culinários processados
São alimentos que passam por processos para virarem
itens de preparações culinárias. Falamos de sal, açúcar, óleos e gorduras de
origem vegetal ou animal.
Processados
Inclui produtos que levam sal e açúcar e,
eventualmente, óleo, vinagre ou outro ingrediente. Exemplos: conservas, carnes
salgadas, peixe em óleo ou água e sal, queijos, pães e castanhas com sal ou
açúcar.
Ultraprocessados
Aqui reside o grande problema. Os produtos que se
encaixam nesse grupo tipicamente levam cinco ou mais ingredientes em sua
fórmula. Mas não só: eles carregam aditivos conhecidos como cosméticos, já que
têm como função alterar aroma, cor etc. Esse recurso faz com que uma bolacha
vendida como de amêndoa, por exemplo, às vezes nem tenha a oleaginosa em sua
fórmula.
Outra característica comum é que esses itens
apresentam ingredientes que sequer estão disponíveis para usarmos na cozinha de
casa – só aparecem na indústria mesmo. É o caso de isolado proteico de soja,
maltodextrina, caseína, soro de leite e tantos outros.
Segundo a classificação, a fabricação dos produtos
envolve ainda processos que não possuem equivalentes domésticos, como extrusão
e moldagem e pré-processamento por fritura.
Refrigerantes, bolachas, pratos congelados,
salgadinhos, bolos prontos e mistura para bolos, cereais matinais, macarrão
instantâneo, pães de forma, sorvetes e bebidas com sabor de frutas fazem parte
do grupo.
Fonte: https://saude.abril.com.br/alimentacao/alimentos-ultraprocessados-elevam-risco-de-doencas-cardiovasculares/
- Por Thaís Manariniaccess - Foto: Dulla/SAÚDE é Vital
domingo, 2 de junho de 2019
Veja dicas de exercícios e alimentos que ajudam a encarar a TPM de forma mais leve
Oscilações hormonais trazem desafios para as
mulheres no período menstrual, mas é possível aplicar algumas estratégias para
encontrar o equilíbrio durante esta fase
As características podem variar, mas é certo que
todo mês ela está lá: a menstruação. O número de dias, o volume de sangue e a
ocorrência de sintomas são diferentes de mulher para mulher, mas todas nós,
pelo menos uma vez na vida, experimentamos as dores e as delícias de sermos
esses seres incríveis e poderosos que têm ciclos como as fases da lua.
E uma dúvida sempre surge: é indicado praticar
atividades físicas quando estamos menstruadas? Deixando de lado os julgamentos,
devemos nos conectar mais com os nossos corpos, honrarmos e aceitarmos como
eles são. A natureza nos presenteou com esses ciclos, que se repetem mês a mês,
cada um com uma característica específica, e precisamos aprender a respeitá-los
e tirar o melhor proveito de cada um.
Por conta das oscilações hormonais, nossa
disposição, humor, produção de força, tolerância a dor e resistência mudam
conforme a fase do ciclo menstrual. Por isso, vou explicar, de forma bem
prática, as fases e suas características, e sugerir tipos de exercícios e
estratégias alimentares alinhadas com cada uma.
O nosso ciclo é composto de três fases distintas:
folicular, ovulatória e luteínica. Temos um período que podemos chamar de
"baixo rendimento", que compreende a fase luteínica e o início da
fase folicular, e outro de "alto rendimento", composto pelo final da
fase folicular e pela fase da ovulação. Hoje vou dar dicas para o momento de
baixo rendimento (folicular e luteínica), que é o momento que mais pode
"atrapalhar" nossos hábitos diários.
Durante os dias de TPM (fase luteínica) e de
menstruação (início da fase folicular), os níveis de estrogênio e progesterona
estão baixos, e por isso nossa sensação de disposição e bem-estar estão
menores. Assim, temos indisposição para o treino nesses dias. Além de sintomas
característicos dessa fase, como cólicas abdominais, cansaço, retenção de
líquidos e mudanças no estado emocional, que também dificultam a prática de
atividade física.
Quais exercícios físicos devo praticar?
A recomendação é não matar o treino. Por mais leve
que seja, mantenha a prática, pois a atividade física moderada melhora os
sintomas que acompanham essa fase. Evite a alta intensidade nesse período, pois
pode piorar os sintomas.
Os exercícios ajudam a produzir neurotransmissores
relacionados com o bem-estar, como a serotonina e a dopamina, aumentando a
motivação, e também a famosa endorfina, que aumenta o relaxamento e tem uma
potente ação analgésica, além de produzir uma substância importante na
diminuição da inflamação (diminui a produção de TNF alfa), melhorando as dores.
E o melhor: a partir de 20 minutos de exercício já conseguimos ter benefícios.
Minha dica é fazer um treino regenerativo, com cerca
de 50% da intensidade e/ou volume que você usualmente está acostumada a usar.
Ou pode apostar em práticas que estimulem ainda mais o bem-estar psicológico,
como caminhada ao ar livre ou ioga.
O que comer?
Na dieta, aposte em alimentos antioxidantes e
anti-inflamatórios para reduzir os sintomas, escolhendo uma alimentação baseada
em plantas, com muitos vegetais (legumes, hortaliças e frutas), e diminuindo
açúcar refinado, produtos industrializados e gordura saturada (alimentos de
origem animal).
Beba bastante água, consuma muitas fibras (alimentos
crus e frutas). Não exclua os carboidratos da dieta! Eles vão te ajudar a
controlar as compulsões e a dar energia nesse momento, mas escolha os
integrais, que também vão fornecer as vitaminas do complexo B e magnésio, que
são essenciais para o metabolismo energético, e também ajudam a produzir a
serotonina.
O importante é não prejudicar o seu corpo, ouça os
sinais e sintomas que ele te envie e respeite seus limites!
Fonte: https://gauchazh.clicrbs.com.br/donna/fitness/noticia/2019/04/veja-dicas-de-exercicios-e-alimentos-que-ajudam-a-encarar-a-tpm-de-forma-mais-leve-cjv3zbu8c02g201ro1jqoysmq.html
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sábado, 1 de junho de 2019
Beber água com limão ajuda a emagrecer? Deixa a pele mais bonita? Veja mitos e verdades
Ingerir a
bebida pela manhã não ajuda a emagrecer, mas tem outros benefícios pra saúde
Trago verdades (duras): a maior parte da fama da
água com limão é mito! Ingerir a bebida pela manhã não ajuda a emagrecer, não
detoxifica o organismo (nós temos órgãos responsáveis por isso!) nem alcaliniza
o sangue. Mas a água com limão tem, sim, seus benefícios, principalmente quando
analisamos os ingredientes isolados.
Entenda:
Melhora o sistema imunológico
O limão é uma fonte riquíssima de vitamina C, que é
um potente antioxidante e potencializa o efeito de defesa do nosso organismo.
Auxilia no controle da pressão arterial
Por ser fonte de potássio, essa fruta também ajuda a
manter os níveis pressóricos baixos.
Melhora a absorção de ferro
O consumo de alimentos que têm ferro associado ao
limão (que é fonte de vitamina C) pode aumentar em até 4 vezes a taxa de
absorção do mineral, ajudando a prevenir e tratar anemias por deficiência de
ferro.
Melhora a função do intestino
O consumo de água melhora o funcionamento do
intestino. A associação do limão não traz benefícios extras, mas deixa a água
saborizada e mais agradável de ser consumida.
Melhora o aspecto/viço da pele e previne o
envelhecimento precoce
Pela boa quantidade de vitamina C, o consumo
constante de limão favorece esses efeitos, já que a vitamina C é importante
para a produção de colágeno e tem um poderoso efeito antioxidante, retardando o
aparecimento de rugas e sinais de envelhecimento.
Aumento da saciedade
O simples aumento do consumo de água já diminui a
sensação de fome, e, além disso, o limão fornece muitos minerais e vitaminas
importantes, garantindo a boa nutrição do organismo.
É mito!
O maior mito envolvendo a água com limão é a
promessa de perda de peso. A bebida não tem esse poder. O emagrecimento ocorre
com diminuição de calorias ingeridas, prática de atividades físicas, boa
qualidade de sono e atenção à saúde mental. Não existe milagre!
Se você ama água com limão, pode continuar tomando,
mas não por acreditar que essa bebida terá efeitos mágicos na sua composição
corporal.
Fonte: https://gauchazh.clicrbs.com.br/donna/fitness/noticia/2019/05/beber-agua-com-limao-ajuda-a-emagrecer-deixa-a-pele-mais-bonita-veja-mitos-e-verdades-cjvsezlgl05et01pep3z7gin9.html
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sexta-feira, 31 de maio de 2019
5 mitos sobre exercícios físicos
Não “force” o aumento da transpiração, porque isso pode te
deixar exposta a um perigo maior: a desidratação
Um dos grandes desafios de quem trabalha com saúde,
emagrecimento e fitness é a enxurrada de informações enganosas que são
publicadas diariamente e que confundem
muito a cabeça das pessoas de fora da área. Parece que todo dia vem um
conhecimento “novo” à tona, muitas vezes contradizendo outro, e ficamos nesse
pingue-pongue de “faz bem, faz mal”, o que gera insegurança e desconfiança.
Por isso, preparei esse material sobre os mitos mais comuns
sobre exercícios físicos e suas explicações verdadeiras!
Abdominal faz perder a barriga
Apesar de ser muito praticado, os exercícios abdominais não
são os responsáveis pela perda da gordura localizada na região do tronco. Para
que você consiga ver definição nessa área do corpo, você precisa investir todas
as suas fichas em uma dieta equilibrada, para diminuição de gordura abdominal,
associada a exercícios físicos de moderada a alta intensidade, e não precisa
fazer muito abdominal se você não gosta.
Como esse grupo muscular é amplamente exigido para a
estabilização do tronco em muitos outros exercícios, quando esses são bem
orientados, programados e executados (por isso a necessidade de um profissional
capacitado prescrevendo os exercícios) os músculos abdominais são trabalhados
em conjunto. Não há necessidade de fazer 300 abdominais por dia, porque a gente
não perde gordura localizada somente com exercício localizado. A perda de
gordura é sistêmica, ou seja, no corpo todo. Qualquer exercício que a gente
faz, estimula a queima de gordura pelo corpo inteiro, e não de forma
localizada.
Suor é sinal de emagrecimento
Suor é sinal apenas de que seu corpo está capaz de regular a
sua temperatura interna. Através das glândulas sudoríparas, nós eliminamos água
para a superfície da pele, processo de sudorese, que tem alguns objetivos. Um
deles é controlar a temperatura corporal em resposta a um aquecimento interno
ou externo, e isso é controlado pelo sistema nervoso autônomo.
Claro que, quando perdemos líquidos corporais de forma
exagerada, o nosso peso na balança diminui, esse é inclusive um método de
controle de reposição de fluidos em atletas, por exemplo. A associação entre
suor e emagrecimento existe, talvez, por essa falsa interpretação do número na
balança associada a neurose que existe com o peso corporal, no geral.
A perda de peso ocorre quando temos uma alimentação
equilibrada, práticas de atividades físicas, sono reparador e déficit calórico.
O tanto que uma pessoa sua varia de acordo com o ambiente que ela está, com a
genética, com as roupas e com a intensidade do exercício praticado. Suar também
não “desintoxica”, ok? Não “force” o aumento da transpiração, porque isso pode
te deixar exposta a um perigo maior: a desidratação.
Você queima mais calorias se exercitando por mais tempo, mas
com intensidade leve
Talvez por uma interpretação errônea de uma parte dos
conhecimentos de fisiologia do exercício, que nos ensina que exercícios de
longa duração e moderada-baixa intensidade usam gordura como fonte principal de
energia, criou-se a ideia de que é melhor ficar caminhando duas horas do que
correr 20 minutos para perder gordura, já que conforme vai aumentando a
intensidade do exercício, menos a gordura é utilizada como fonte principal,
dando lugar aos carboidratos.
Até pouco tempo atrás, inclusive, a orientação nas academias
era que o tempo mínimo de esteira para começar a queimar gordura era de 20
minutos. Ora, mas veja, as tuas células têm cronômetro? Esse é outro mito!
Temos que avaliar o aspecto global de uma atividade, isto é,
o número total de calorias gastas durante a prática. Quanto maior a intensidade
do exercício, quanto mais rápido você caminhar ou correr, por exemplo, mais
calorias você vai gastar por minuto. E o treinamento bem orientado vai te
ajudar a manter o exercício de alta intensidade por mais tempo, fazendo com que
você consiga sustentar uma prática de alta queima calórica.
Yoga é uma atividade leve
Já que está “na moda”, não poderia deixar de citá-la! O yoga
possui diferentes estilos, os mais conhecidos derivam do tradicional da Índia,
que foi trazido para o Ocidente por mestres yogis há muitos anos, como o Hatha
Yoga, Tantra Yoga, Vinyasa Flow e Ashtanga Yoga.
É uma atividade ótima para trabalhar não só a força, mas
também as outras valências físicas que são, muitas vezes, esquecidas nas formas
mais comuns de exercício, como flexibilidade, equilíbrio, coordenação, além,
obviamente, de trabalhar intensamente a concentração e a capacidade de manter a
mente quieta e relaxada.
Mas não se engane! O yoga não é uma prática fácil, não é
meditação, e alguns estilos são bastante desafiadores e exigem bastante do
corpo e da mente. O segredo é se informar sobre o estilo praticado na escola
que você busca, se certificar que o professor tem uma formação sólida e
experiência, e deixo uma dica: práticas de hatha e tantra são menos
desafiadoras do que de vinyasa flow e ashtanga!
Basta fazer exercícios com regularidade para ter resultados
Não é tão simples assim. Quando estamos falando de corpo
humano, na verdade, não existe regra que sirva para todos, nem garantias que
aquilo que dá certo para a maioria, vai dar certo para você também.
O corpo humano não é uma máquina, e por mais que nós
tenhamos uma alimentação equilibrada, pratiquemos atividades físicas bem
orientadas e com comprometimento, cuidemos do nosso sono e da nossa saúde
mental, existe um fator que é extremamente importante e sobre o qual nós não
temos controle: a genética.
Fazer exercícios só aos fins de semana adianta?Fazer
exercícios só aos fins de semana adianta?
Existe uma grande variação na resposta ao treinamento nas
diferentes pessoas. O potencial de desenvolvimento de força, velocidade, resistência,
potência e agilidade são muito diferentes entre as pessoas, e isso é
determinado geneticamente. Podemos sim, melhorar, aumentar nossas capacidades
através de um treinamento bem prescrito, mas mesmo essa melhora possui um teto
limitante.
Eu costumo dizer que nós não podemos fabricar um atleta
vencedor; eles já nascem prontos, nós apenas os descobrimos e desenvolvemos.
Portanto, alinhe seus objetivos à sua realidade, olhe para seus pais e irmãos e
compreenda qual a carga genética que você carrega... para não ficar a vida
inteira em busca de um “corpo perfeito” que você não tem como desenvolver de
forma natural.
Fonte: https://gauchazh.clicrbs.com.br/donna/fitness/noticia/2019/04/abdominal-diminui-a-barriga-suar-significa-emagrecer-5-mitos-sobre-exercicios-fisicos-cju4ee0jb01cg01nvyh76cpzp.html
- Raquel Lupion
quinta-feira, 30 de maio de 2019
5 hábitos para melhorar de vez sua saúde intestinal
Simples mudança na rotina alimentar traz inúmeros
benefícios e melhora a disposição
O intestino deixou de ser um órgão com a simples
função de digestão para ser considerado um dos mais importantes do organismo,
cumprindo funções de defesa imunológica e até funcionando como um “segundo
cérebro”. Mas para que todas essas atribuições sejam garantidas, precisa haver
um equilíbrio entre as bactérias “boas” e “perigosas” que residem por lá.
Quando ocorre um desequilíbrio, surgem doenças
inflamatórias do intestino, como diarreia, intolerância e alergia a alguns
alimentos, além de outras doenças que parecem estar associadas com o
desequilíbrio da microbiota (nome que se dá à flora intestinal), como diabetes
do tipo 2, e o desenvolvimento de distúrbios comportamentais como Transtorno de
Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), autismo e depressão.
Para garantir a saúde do seu intestino e fazer com
ele funcione bem, deixo cinco dicas simples e práticas para você adotar no dia
a dia, confere:
Beba muita água
A água auxilia na lubrificação das paredes
intestinais e na movimentação do bolo fecal, garantindo uma passagem livre e
rápida das fezes até a evacuação.
Consuma muitas fibras
Tanto as solúveis, que têm como função aumentar o
tempo de exposição do bolo alimentar onde os nutrientes são digeridos –
garantindo a melhor digestão dos açúcares e gorduras, principalmente – quanto
as insolúveis, cujo objetivo é aumentar o volume do bolo fecal, sua umidade e a
velocidade que ele transita pelo intestino, garantindo uma evacuação saudável.
Encontramos fibras solúveis na maçã, aveia e nas leguminosas, enquanto que
fibras insolúveis podem se encontradas nos grãos integrais, farelo de trigo,
soja, centeio e verduras. Alimentos ricos em fibras solúveis são considerados
alimentos prebióticos, pois fornecem “alimento” para as bactérias presentes no
intestino.
Pratique atividades físicas
A movimentação auxilia no movimento dos intestinos,
acelerando o trânsito, reduzindo a distensão abdominal e o desconforto da
formação de gases.
Aumente o consumo de fermentados
Eles são considerados alimentos vivos, ricos em
nutrientes bastante disponíveis para a absorção e em enzimas digestivas, o que
faz deles uma ótima opção para garantir a saúde do nosso intestino. A
fermentação é um processo que utiliza bactérias (benéficas), bolores ou
leveduras para degradar proteínas e açúcares, dessa forma, alterando o sabor e
a textura dos alimentos. Por isso, alguns dos produtos fermentados ainda são
considerados alimentos probióticos, por fornecerem mais variedade e quantidade
de bactérias benéficas para o nosso intestino.
Exemplos de alimentos fermentados são: iogurtes
naturais, tempeh (fermentação de soja, ervilha, ou outros grãos), kombucha
(fermentação do chá verde), kefir (fermentação do leite ou de água com açúcar),
vinagre orgânico de maçã, chucrute (repolho fermentado) e missô (pasta de soja
fermentada, muito usada na culinária oriental).
Diminua o consumo de alimentos fermentáveis
São os carboidratos não digeridos pelo intestino,
como os oligossacarídeos (trigo, centeio, leguminosas), dissacarídeos
(lactose), monossacarídeos (frutose) e polióis (sorbitol, manitol e xilitol). A
sensibilidade a essas substâncias é variável entre as pessoas, mas estudos
mostram que a diminuição do consumo de alimentos que fermentam no intestino
reduzem de forma importante a sensação de distensão abdominal, constipação,
diarreia e gases. Mas atenção: não exclua tudo deliberadamente, consulte um
nutricionista para a melhor orientação, pois esses alimentos podem ser
importantes para a saúde intestinal.
Com simples mudanças na sua rotina, você garante uma
boa saúde intestinal e acaba favorecendo a digestão dos alimentos, aumentando a
biodisponibilidade dos nutrientes, percebe melhora na imunidade, acaba ajudando
na modulação do humor e da sensação de bem-estar (pois o intestino é
responsável por 95% da produção de serotonina), melhora a disposição e muitos
outros benefícios!
Fonte: https://gauchazh.clicrbs.com.br/donna/fitness/noticia/2019/05/beber-agua-consumir-fibras-e-mais-5-habitos-para-melhorar-de-vez-sua-saude-intestinal-cjw6k5g5z00ap01s9ew5labmb.html
- Raquel Lupion
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