domingo, 10 de novembro de 2019

Desenvolvimento cerebral em crianças é menor quanto mais tempo gasto em telas elas têm: imagens cerebrais


Um novo estudo do Hospital Infantil de Cincinnati (EUA) descobriu que crianças que passam mais tempo do que o recomendado na frente de telas – de TVs, smartphones ou tablets – têm níveis mais baixos de desenvolvimento cerebral.

O estudo
A recomendação pediátrica de tempo gasto na frente das telinhas sem envolvimento dos pais é de uma hora por dia, no máximo. Atualmente, no entanto, cada vez mais crianças passam mais e mais minutos grudados em dispositivos eletrônicos.

Na nova pesquisa, os pesquisadores examinaram o cérebro de 47 crianças de 3 a 5 anos usando um tipo de ressonância magnética chamada de imagem tensorial de difusão. Ele permite visualizar especialmente a substância branca do cérebro, uma área ligada ao desenvolvimento de linguagem, alfabetização e habilidades cognitivas.

As crianças também foram submetidas a testes cognitivos e seus pais tiveram que preencher um questionário sobre o tempo gasto em telas desenvolvido pela Academia Americana de Pediatria.

O questionário é bem completo, passando por diferentes medidas do uso de telas pelas crianças. Por exemplo, qual o acesso que a criança tem a uma tela – ela pode usá-las durante refeições, no carro? Qual a frequência de exposição, ou seja, com que idade começou a ser exposto a eletrônicos, quantas horas gasta em telas por dia, costuma usá-las na hora de dormir? E quanto ao conteúdo, a criança escolhe o que consome? É exposta à música ou conteúdos educacionais? Por fim, os pais precisaram preencher informações com relação a “interação dialógica”, ou seja, se a criança assiste sozinha ou se eles interagem e discutem o conteúdo também.

Resultados
O tempo médio gasto com telas variou de uma hora a pouco menos de cinco horas por dia. As crianças que gastavam mais tempo do que o recomendado (em média, duas horas) tinham mais substância branca desorganizada e subdesenvolvida no cérebro.

Esse subdesenvolvimento era claro especialmente em faixas do cérebro que os pesquisadores sabem que estão envolvidas com a linguagem e a alfabetização, o que se mostrou de acordo com os resultados dos testes cognitivos das crianças.

As com tempo excessivo de tela demonstraram menos habilidades emergentes de alfabetização e capacidade de usar linguagem expressiva, além de menos capacidade de nomear objetos rapidamente.


Maior uso de telas foi associado a setores menos desenvolvidos da substância branca (mostrados em azul na imagem) em todo o cérebro

“Este é o primeiro estudo a documentar associações entre maior uso da tela e menores medidas da estrutura e habilidades cerebrais em crianças em idade pré-escolar. Isso é importante porque o cérebro está se desenvolvendo mais rapidamente nos primeiros cinco anos. É quando o cérebro é muito plástico e absorve tudo, formando fortes conexões que duram por toda a vida”, disse o principal autor do estudo, o pediatra e pesquisador clínico do Hospital Infantil de Cincinnati Dr. John Hutton.

Telas “estragam” o cérebro?
Isso não significa que passar muito tempo na frente de telas cause algum dano cerebral.

No entanto, é importante que os pais aproveitem os primeiros anos de vida de uma criança para estimular o aprendizado, o pensamento, a linguagem e os laços amorosos, e gastar tempo demais com dispositivos eletrônicos pode atrapalhar isso.

Hutton explica que o tempo gasto com telas pode ser muito passivo para o desenvolvimento do cérebro. “Talvez o tempo de tela tenha atrapalhado outras experiências que poderiam ter ajudado as crianças a reforçar essas redes cerebrais”, disse.

Os pesquisadores advertem que os resultados são relativos e mais testes clínicos precisam ser feitos para chegarmos a melhores conclusões.

“Ainda assim, é possível que, com o tempo, esses efeitos possam aumentar. Sabemos que crianças que começam atrás tendem a ficar cada vez mais para trás à medida que envelhecem. Portanto, pode ser que as crianças que começam com infraestrutura cerebral menos bem desenvolvida tenham menos probabilidade de se envolver na escola, ser leitores bem-sucedidos mais tarde”, argumentou Hutton.

Sou mãe/pai. O que fazer?
A Associação Americana de Pediatria tem algumas recomendações sobre o tempo gasto com telas baseado na idade das crianças. Por exemplo:

Bebês: crianças com até 18 meses não devem em absoluto passar tempo na frente de telas, e sim com pais e outros cuidadores. Um estudo descobriu que mesmo ter a TV ligada na mesma sala que um bebê pode afetar negativamente sua capacidade de brincar e interagir.

Crianças de 18 meses a 3 anos: com 2 anos, uma criança pode aprender palavras através de um bate-papo por vídeo com uma pessoa querida ou atividades interativas. É interessante que os pais assistam qualquer conteúdo junto com a criança, reforçando o aprendizado.

Crianças de 3 a 5 anos: crianças um pouco mais velhas podem se beneficiar de programas de qualidade, como “Vila Sésamo”. Um programa bem projetado pode ajudar a melhorar habilidades cognitivas, ensinar palavras e afetar positivamente o desenvolvimento social de crianças.

Vale notar ainda que os pais são grandes responsáveis pelo desenvolvimento cerebral de seus filhos e podem tomar outras atitudes para estimulá-lo, além de limitar o tempo de telinhas.

 “Sabemos que existem atividades que ajudam o desenvolvimento das crianças: ler, cantar, conectar-se emocionalmente, ser criativo, ou mesmo dar um passeio ou dedicar algum tempo em dias ocupados para (pais e filhos) rirem juntos”, disse a pediatra Dra. Jenny Radesky,  principal autora das diretrizes da Academia Americana de Pediatria de 2016 sobre o uso da tela por crianças e adolescentes, em um e-mail à CNN.

Um artigo sobre o estudo foi publicado na revista científica JAMA Pediatrics. [CNN]


sábado, 9 de novembro de 2019

Dormir o tempo certo diminui risco de infarto - mesmo se você tem predisposição genética


Sono é bom para o coração

Mesmo se você é um não-fumante que se exercita e não tem predisposição genética para doenças cardiovasculares, não dormir direito, ou dormir demais, pode aumentar o seu risco de ataque cardíaco.

"Isto fornece algumas das provas mais fortes de que a duração do sono é um fator-chave no que diz respeito à saúde do coração, e isso vale para todos," disse a Dra Celine Vetter, da Universidade do Colorado em Boulder (EUA).

Além disso, a equipe também descobriu que, para pessoas com alto risco genético de ataque cardíaco, dormir entre 6 e 9 horas noturnas pode compensar esse maior risco.

Sono na medida

O pesquisador Iyas Daghlas coordenou a análise das informações genéticas, hábitos de sono e registros médicos de 461.000 participantes do Reino Unido, com idades entre 40 e 69 anos, que nunca haviam sofrido um ataque cardíaco. O grupo foi monitorado por sete anos.

Em comparação com aqueles que dormiam 6 a 9 horas por noite, quem dormia menos de seis horas apresentou 20% mais chances de sofrer um ataque cardíaco durante o período. O efeito foi ainda pior para aqueles que dormiam mais de nove horas por noite: uma probabilidade 34% maior de um evento cardiovascular.

Quando os pesquisadores analisaram apenas pessoas com predisposição genética para doenças cardíacas, constataram que dormir entre seis e nove horas noturnas reduziu o risco de sofrer um ataque cardíaco em 18%.

"É uma mensagem de esperança de que, independentemente do seu risco herdado de ataque cardíaco, dormir uma quantidade saudável pode reduzir esse risco, da mesma forma que adotar uma dieta saudável, não fumar e outras abordagens de estilo de vida," disse Iyas Daghlas, atualmente na Universidade Harvard (EUA).


sexta-feira, 8 de novembro de 2019

Confira 6 alimentos “saudáveis” que podem conter açúcar


Não confie somente no rótulo: sempre cheque a lista de ingredientes do que for consumir

Sabe aquele ditado “não julgue um livro pela capa”? Pois é. Ele também é válido durante as idas ao supermercado. Isso porque, atualmente, a gente encontra tantas opções de produtos que se dizem saudáveis por aí que fica na dúvida se elas realmente fazem bem, não é mesmo? E é preciso prestar atenção nessa questão, porque muitas marcas acabam escondendo ingredientes nada bacanas nas letrinhas pequenas dos rótulos.

Por isso, pedimos uma ajuda para a nutróloga Nívea Bordin, da Clínica Leger, do Rio de Janeiro. Ela nos alertou sobre alguns itens que muita gente compra achando que são benéficos para o corpo, mas que na verdade escondem (muito) açúcar na composição. E é sempre bom lembrar que o açúcar, quando em excesso, tem um potencial aditivo, pode causar picos de glicose no sangue (o que contribui para o desenvolvimento do diabetes), além de aumentar os riscos de câncer, obesidade e problemas no coração. Veja quais:

Iogurtes
Não, a gente não está aqui para tirar o mérito desse alimento: o derivado do leite é rico em cálcio e muito importante para crianças e adultos no desenvolvimento e manutenção dos ossos. Contudo, a médica faz um pequeno alerta. “É preciso tomar cuidado, uma vez que a maioria deles têm muito açúcar”. O fato já é até uma preocupação do Ministério da Saúde, segundo ela.
“Alguns são cheios corantes, estabilizantes e açúcares, também na forma de xaropes, maltose e frutose”, Nívea complementa. Para ser considerado com um baixo teor do ingrediente, ele deve conter apenas 5g de açúcar para cada 100g de iogurte.
Por isso, a nutróloga recomenda que você preste muita atenção na tabela nutricional da marca que for escolher. Se ele tiver mais que o recomendado, vale ser trocado por um menos doce.

Granola
Outro alimento que, se bem preparado, traz inúmeros benefícios para o organismo. “A granola é rica em fibras solúveis, que em contato com a água, dão a sensação de saciedade. E também em fibras insolúveis, que absorvem líquidos presentes, aumentando de volume e, consequentemente, formando um maior bolo fecal. Isso melhora o trânsito intestinal e evita a constipação”, explica.
A composição da granola pode variar e isso depende da marca. Nívea afirma que, normalmente, encontramos uma mescla de cereais, como flocos de arroz, aveia, farelo de trigo e flocos de milho. Muitas delas estão associadas a frutas secas, que apesar de adicionarem mais calorias ao produto, dão um gostinho mais saboroso. E grãos como o amendoim, sementes de linhaça e gergelim também podem estar presentes. O problema? É que alguns preparos ainda incluem, além de tudo isso, muito açúcar. 

Isotônicos e sucos de caixinha
Nada como um suco de caixinha ou um isotônico depois do treino, certo? Errado! Ambos são repletos de “açúcar, conservantes, corantes e altos níveis de sódio”, diz a nutróloga, que compara ainda os sucos industrializados como sendo tão ruins quanto o refrigerante.
O que beber então? Água ou suco natural! “Os sucos naturais são sempre saudáveis. Quando consumidos sem açúcar, é claro, porque já contém frutose”. Vale optar também por frutas com baixos índices glicêmicos (pera, maçã e melão).
Temperos industrializados
São tão pequenos que parecem até inofensivos, não é? Pois é. Os tabletes e caldos de carne e legumes que a gente compra no supermercado são cheios do ingrediente nocivo à saúde. Sem falar no nível absurdo de sódio, que pode chegar a quase 1g por porção (o máximo recomendado pela OMS é de 2g por dia). “Os temperos prontos também apresentam dióxido de titânio. Pesquisas mostram que a presença da substância em alimentos e medicamentos prejudicam a absorção de zinco, ferro e ácidos graxos pelo intestino delgado”, explica a médica.

Barrinhas de cereais
Cuidado: praticamente todas as barrinhas de cereais contém açúcar. “O importante é escolher aquelas com mais fibras. Ou aquelas com grande quantidade de proteínas. Ela deve ter, pelo menos, 8g de proteínas – algumas chegam a até 30g!”, diz Nívea. Porém, fique de olho na quantidade de sódio: quanto mais ela tem, mais gostosa tende a ser. O mesmo vale para o açúcar.

Gelatina
“As gelatinas são muito pobres nutricionalmente, têm bastante açúcar e sódio, e nada de fibras, além de uma quantidade mínima de proteínas se comparada com outros alimentos”, explica a nutróloga. Ou seja, se for para matar a vontade de doce, até pode. Mas prefira as versões diet.

Fonte: https://boaforma.abril.com.br/nutricao/confira-6-alimentos-saudaveis-que-podem-conter-acucar/ - Por Amanda Panteri - goodmoments/Thinkstock/Getty Images

quinta-feira, 7 de novembro de 2019

Higiene bucal pode afetar diretamente a saúde do seu coração


Não são só os dentes: a falta de cuidados com nossa boca está relacionada com o surgimento de várias doenças em nosso corpo, especialmente as cardiovasculares

Quando pensamos em problemas causados pela falta de higiene bucal, as cáries, a gengivite, o mau hálito e o tártaro logo vêm à mente. Mas saiba que a saúde da boca é vital para nosso corpo e compromete a nossa saúde física como um todo.

A boca, na verdade, é uma porta de entrada para bactérias causadoras de várias doenças. Sem a higiene necessária, esses microrganismos podem causar infecções e agravar lesões.

Além disso, eles também podem chegar à corrente sanguínea e, assim, atingir diferentes órgãos do corpo, inclusive o coração, desencadeando graves doenças cardiovasculares.

Uma série de pesquisas evidenciam essa ligação entre a má higiene bucal e enfermidades cardíacas. Um desses estudos, realizado pelo Instituto do Coração (Incor), constatou que mais de 35% das mortes por problemas cardíacos e 45% das doenças cardíacas são de origem dental.


Segundo outro estudo, realizado na Escócia, as pessoas que escovam os dentes menos de duas vezes ao dia têm 70% mais chance de sofrer um infarto do miocárdio. Esses dados se tornam ainda mais relevantes porque, no Brasil, as doenças cardiovasculares são responsáveis por cerca de 30% das mortes ao ano.

Problemas da falta de higiene bucal
Para se ter uma ideia da importância da correta higienização bucal, nossa boca contém cerca de 50 bilhões de bactérias de, pelo menos, 700 tipos.

Quando misturadas aos restos de alimentos, elas formam uma placa bacteriana sobre os dentes, que precisa ser removida diariamente. Caso isso não seja feito de forma correta, por meio da escovação e do uso de fio dental, a placa calcifica e cria o tártaro.

Esse problema, por sua vez, pode provocar o surgimento de cárie, gengivite (inflamação da gengiva) e periodontite (inflamação dos ligamentos e ossos que dão suporte aos dentes). E é nesse ponto que o nosso coração começa a correr perigo.

Saúde da boca X coração
De acordo com o American Heart Association (Associação Cardíaca dos Estados Unidos), uma má higiene bucal pode ser responsável por vários problemas cardiovasculares, entre eles a aterosclerose (entupimento das artérias), o infarto e até um Acidente Vascular Cerebral (AVC).

Por meio das feridas causadas por uma gengivite ou periodontite, por exemplo, as bactérias da boca caem na corrente sanguínea - o que é chamado de bacteriemia. Uma vez que chegam ali, aderem a qualquer área lesionada e geram uma inflamação.

Dessa forma, quando elas alcançam o coração, podem atingir válvulas lesionadas e provocar doenças como a endocardite, ou seja, uma infecção interna no coração, que atinge, prioritariamente, as válvulas cardíacas.

Estima-se que 1 a 8 casos de endocardite infecciosa surgem devido a tratamentos odontológicos de pacientes cardiopatas. O fato de já terem uma disfunção no órgão favorece a ocorrência da doença.

Outra possibilidade é a inflamação da gengiva produzir proteínas que ativam a destruição do tecido e estimulam a formação de placas de gordura na coronária.

A inflamação pode ainda reduzir o calibre dos vasos e, por consequência, também do fluxo sanguíneo. Todos esses fatores podem causar doenças coronarianas e levar até a um infarto.

Por fim, ao migrar para a corrente sanguínea, as bactérias podem ainda aumentar o nível de proteína C-reativa, substância produzida no fígado que está igualmente associada a enfermidades que afetam o coração, aumentando também o risco de um AVC.

Sinais de advertência na saúde bucal
Antes de chegar a um quadro grave de problemas cardiovasculares, é importante estar atento aos sinais que nossa boca nos dá. Busque a avaliação de um profissional de sua confiança caso apresente os seguintes sintomas:

Gengiva vermelha, inchada ou dolorida ao toque
Sangramento na gengiva sempre que você come, escova os dentes ou usa o fio dental
Gengiva que parece estar se afastando dos dentes
Dente com alguma mobilidade (solto)
Ocorrência de mau hálito frequente
Gosto ruim na boca frequente.

Já a endocardite tem sintomas semelhantes aos de outras doenças cardíacas:

Febre
Arritmia
Inchaço nos pés, pernas e abdômen
Fadiga
Sensação de esgotamento e queda do estado geral
Dor no peito, nos músculos e nas articulações.
Se notar algum desses sinais, a recomendação é procurar um especialista para realização de exames e descoberta de um possível diagnóstico.

Cuidados com a higiene bucal
Assim, não há dúvidas de que nossa saúde cardíaca está atrelada aos cuidados com os dentes e a boca de modo geral. Por isso, para garantir que seu coração esteja sempre saudável, é fundamental:

Escovar os dentes, pelo menos, três vezes ao dia e após as refeições
Utilizar o fio dental diariamente
Fazer um check-up odontológico de acordo com a recomendação do seu dentista.


quarta-feira, 6 de novembro de 2019

Como o ciclo menstrual afeta a prática de atividade física?


Especialista revela em quais momentos do ciclo menstrual é melhor treinar mais forte, repousar ou pegar leve nos exercícios

Diversos fatores podem influenciar a prática de exercícios físicos, como a alimentação e a própria genética. Mas, para as mulheres, há algo a mais que pode fazer toda a diferença na malhação: o ciclo menstrual.

De acordo com a Dra. Carla Tamanini Ferrari, endocrinologista da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), em cada fase do ciclo, acontece algum tipo de influência no corpo feminino que merece atenção.

Assim, entendendo como o próprio organismo funciona, a mulher consegue aproveitar cada período do seu ciclo menstrual para treinar melhor e usar os benefícios dos exercícios a seu favor.

Exercícios em cada fase do ciclo menstrual
O ciclo menstrual normal costuma durar entre 25 e 35 dias, com uma média global de 28 dias. Ele é dividido em duas fases principais: a fase folicular (até o dia da ovulação) e a fase lútea (depois da ovulação).

Em cada uma delas, o corpo responde de um jeito em relação aos hormônios, e isso pode afetar diretamente a prática de exercícios físicos.

No início do ciclo menstrual, por exemplo, a mulher tem mais motivação e melhor desempenho nas atividades físicas. Confira a seguir as dúvidas mais frequentes sobre a relação entre o ciclo menstrual e as atividades físicas:

Durante a menstruação
Cada paciente apresenta uma duração e fluxo menstrual (1º ao 5º dia do ciclo). No entanto, como nessa fase a produção de estrogênio e progesterona ainda é baixa e a mulher está sofrendo com a menstruação e as cólicas, o ânimo para treinar geralmente é menor.

"Por isso, aproveite este período para os treinos regenerativos, quando você pode pegar mais leve sem perder o ritmo. Neste caso, os exercícios leves são recomendados até mesmo para reduzir o desconforto abdominal", aconselha Carla.

Pós menstruação
Em geral, nos seis dias que sucedem a menstruação (do 6º ao 12º dia), há um aumento progressivo dos níveis de estrógeno e uma maior liberação de noradrenalina no corpo da mulher, que aumentam a motivação e melhoram o desempenho nas atividades físicas.

Esta é a hora de investir pesado nos treinos, seja de resistência (musculação, pilates) ou mesmo aeróbicos (corrida, spinning).

Fase ovulatória ou período fértil
Na fase ovulatória ou período fértil (do 12º ao 22º dia), ocorre o rompimento do folículo e a liberação do óvulo para as tubas uterinas. Segundo a especialista, o início dessa fase é marcada por uma leve queda na capacidade de força e coordenação.

Entretanto, não é necessário diminuir os treinos. Neste período, a recomendação é para apenas pegar um pouco mais leve do que na fase anterior.

Depois da ovulação
Pouco tempo depois (16º a 24º dia), os níveis de estrogênio aumentam novamente e, com eles, cresce também o número de neurotransmissores relacionados ao bem-estar.

Consequentemente, surge uma maior disposição e força para os treinos mais intensos, tanto resistivos como aeróbicos.

Na TPM (tensão pré-menstrual)
A TPM ocorre quando os hormônios femininos começam a reduzir gradativamente sua concentração no organismo (o que pode acontecer já do 14º ao 28º dia). "Nesta fase, temos a queda da progesterona junto com os estrógenos - isso sempre acontece em 14 dias", explica Carla.

Além da queda de energia, é comum que neste período ocorram dores nos seios, irritabilidade, dores de cabeça, retenção de líquidos e prisão de ventre. Portanto, a depender da intensidade dos sintomas, é necessário realizar treinos mais leves (alongamento, yoga).

Pode treinar menstruada?
Sim, é a resposta! De acordo com a médica, não há contraindicação em relação à prática de atividades físicas durante o período menstrual. Muito pelo contrário.

"Além de não perder o ritmo, a prática de exercícios aumenta o nível de alguns neurotransmissores, como a noradrenalina, a serotonina e a dopamina, que produzem uma sensação de relaxamento e bem-estar. Ou seja, é um remédio natural para o desconforto que ocorre no período menstrual", aponta Carla.

Repouso: quando é necessário?
As cólicas que ocorrem entre a TPM e a menstruação e o nível de dor pode variar em cada mulher. Nesse período, também há queda dos hormônios (estrogênio e progesterona), então, em alguns casos, ficar sem treinar ou fazer treinos mais leves pode ser importante.

"Enquanto algumas mulheres convivem facilmente com o desconforto, outras se sentem muito indispostas e com necessidade inclusive do uso de medicamentos, como os anti-inflamatórios", revela a endocrinologista. Por isso, neste caso, o repouso pode ser uma opção.

Além disso, algumas mulheres podem se sentir mais cansadas, dependendo da idade, da quantidade do fluxo de sangue e do período que ela permanece menstruada.

Algumas pacientes, que possuem um fluxo muito intenso, podem sofrer até com anemia, o que, consequentemente, irá levar a um cansaço maior e outros sintomas. Assim, nessa situação, treinar pode não ser uma boa opção.

Exercícios aliviam sintomas da TPM
Ainda assim, é importante lembrar que atividades físicas podem ajudar a diminuir os incômodos da tensão pré-menstrual."Isso porque a atividade física libera endorfina, um neurotransmissor produzido pelo próprio corpo que tem poder analgésico", explica Carla.

Menstruação atrapalha o rendimento?
Segundo a médica, os estudos existentes sobre o tema, que avaliaram a atividade física resistiva (musculação) durante as fases do ciclo menstrual, mostraram que não há influência no desempenho da força muscular.

Mas, o que pode ocorrer é uma piora no desempenho, já que as pacientes podem apresentar maior desconforto físico, devido à presença de cólicas menstruais. Então, a dor é a vilã que pode atrapalhar seu rendimento.

Fonte: https://www.minhavida.com.br/fitness/materias/35397-como-o-ciclo-menstrual-afeta-a-pratica-de-atividade-fisica - Escrito por Patricia Beloni - Créditos: Tefi/Maridav/Shutterstock

terça-feira, 5 de novembro de 2019

Correr aumenta o desejo sexual, diz estudo


Estudos mostram que praticar exercícios moderados diariamente por 15 ou 20 minutos pode aumentar significativamente a produção de testosterona no corpo

Estudo descobriu que aquelas pessoas que fazem exercício físico em uma média de 40 minutos por dia têm o dobro de atividade sexual que aqueles que gastam 20 minutos por dia.

São Paulo – Problemas com o desejo sexual, tanto em homens como em mulheres estão se tornando mais frequentes. Mas não há melhor remédio do que o “Viagra” natural: a corrida regular.

Das diferentes formas de disfunção sexual nas mulheres, o problema mais comum é chamado de ‘desejo sexual hipoativo’. Ainda temos de levar em conta que a fisiologia sexual feminina é, certamente, mais complexa do que a dos homens. Por isso é difícil saber exatamente o que afeta a libido do sexo feminino. Muitas vezes o problema é composto por um conjunto de causas.

Entre os homens sabemos que a testosterona desempenha um papel crucial e em um grande número de pacientes o sintoma de ‘baixa libido’ pode ser detectado quando os níveis deste hormônio não está adequado. Porém, nem sempre o problema é apenas de baixa hormonal.

Além da opção de vários diagnósticos diferentes, exames complementares e diversos tratamentos disponíveis em ambas as situações, não podemos esquecer do efeito benéfico de ‘coisas simples’ da vida como as mudanças no estilo de vida, que não nos custam muito.

Nesse sentido, vários estudos mostram que praticar exercícios moderados diariamente por 15 ou 20 minutos pode aumentar significativamente a produção de testosterona no corpo, enquanto a atividade física prolongada como uma maratona pode reduzi-la. Claramente, as alterações geradas pelo exercício podem afetar o interesse nas relações sexuais.

Um estudo entre 250 homens e mulheres feito pela Universidade da Califórnia descobriu que aquelas pessoas que fazem exercício físico em uma média de 40 minutos por dia têm o dobro de atividade sexual e cerca de duas vezes mais desejo sexual que aqueles que gastam 20 minutos por dia com os exercícios como a caminhada ou corrida. Imagine então se compararmos esse número com as pessoas sedentárias.

Não podemos deixar de falar no estresse que nos obriga a trabalhar mais e mais no nosso dia a dia. Esse elemento desempenha um papel central e claramente afeta o desejo sexual de homens e mulheres. O estresse que afeta a libido tem origem na depressão, ansiedade, um sentimento de culpa ou nas preocupações da pessoa com sua própria imagem, tanto intelectual como com o físico.

Estresse grave ou prolongado reduz a produção de testosterona. Isto pode explicar porque muitas pessoas experimentam uma diminuição no desejo sexual quando eles estão sob seus efeitos e, por outro lado, um aumento do mesmo com exercício físico regular para conseguir excluí-lo.

Portanto, propomos um bom remédio natural para combater tais problemas: fazer exercício físico regularmente. Além disso, como sabemos, é bom para perder os quilos extras para o verão e diminuir o colesterol que está sempre acima da linha

Fonte: https://exame.abril.com.br/estilo-de-vida/correr-aumenta-o-desejo-sexual-diz-estudo/ - Por Da Redação - Getty Images/John Gichigi/

segunda-feira, 4 de novembro de 2019

Futsal (ou futebol de salão): benefícios, história e regras


Prática do futsal ajuda a emagrecer, ganhar massa muscular e até aliviar sintomas de estresse e ansiedade

O futsal, também chamado antigamente de futebol de salão e futebol de quadra, é uma das modalidades esportivas mais praticadas no Brasil. Considerado genuinamente brasileiro, ele nasceu depois do futebol de campo, como uma forma adaptada do basquete e do handebol.

Além do entretenimento, a prática do esporte pode trazer inúmeros benefícios ao corpo, desde emagrecer e prevenir problemas cardíacos até ganhar massa muscular e aliviar sintomas do estresse e da ansiedade.

O que é
O futsal é uma modalidade esportiva coletiva praticada em quadras de espaço menor, com o uso de uma bola pesada e regras diferentes das do futebol de campo.

"É um jogo dinâmico e sua mecânica é simples: duas equipes disputam a bola com o objetivo de marcar o gol. Esta disputa acontece num lugar específico, com regras", explica a professora Ana Paula Paschoalato, da Cia Athletica Kansas e ex-atleta de Futsal.


Além disso, o futsal é muito mais do que uma atividade física: envolve criatividade, raciocínio rápido, habilidade e competitividade. É um "jogo de disputas técnicas e articulações táticas, que estimulam a inteligência do jogador e despertam a paixão de quem assiste", diz o site da Confederação Nacional de Futebol de Salão (CNFS).

Objetivo
O futsal é considerado um esporte de "invasão", ou seja, os times possuem campo de defesa e ataque e circulam livremente por eles.

"Seu objetivo é pontuar, fazendo a bola passar por dentro de uma meta ou gol e impedir que o adversário faça o mesmo", explica Thiago André Rigon, profissional de Educação Física, treinador, mestre em Ciências da Atividade Física e Doutorando pela Universidade de São Paulo (USP).

Regras

Jogadores

Participam do jogo 5 jogadores em cada equipe, sendo:

1 goleiro, que pode pegar a bola na mão
E 4 jogadores de linha, que movimentam a bola somente com os pés e partes do corpo que não as mãos

Função dos jogadores

Goleiro: defende a trave para que o adversário não marque o gol e também pode atacar

Fixo: defensor, semelhante ao zagueiro, marca os adversários que vem para o ataque

Alas (esquerda e direita): jogam pelas laterais da quadra

Pivô: movimenta-se no ataque e arma jogadas

Quadra

O tamanho da quadra pode variar, mas trata-se de um formato retangular, em geral com 40 metros de comprimento e 20 metros de largura. Em eventos internacionais, pode chegar em até 42 metros de profundidade e 22 metros de largura.
Em cada lado da quadra, ficam as traves, onde a bola deve entrar para marcar o gol. Elas devem medir dois metros de altura por três metros de largura.

Bola

A bola deve ser feita de couro macio ou outro material devidamente aprovado e, segundo o Educador Físico e Diretor da Federação Paulista de Futsal (FPSF), Daniel Mutti, ela é diferenciada de acordo com a faixa etária.
A circunferência da bola tem o mínimo de 62 centímetros e máximo de 64 centímetros nas categorias adulto, Sub-20, Sub-17 e Sub-15. O peso deve estar entre 400 gramas, no mínimo, e 440 gramas, no máximo.

Penalidades

Durante a partida, para que seja considerada uma falta, o ato deve ter sido cometido por um jogador de quadra ou reserva que não tenha cumprido corretamente o procedimento de substituição, no espaço delimitado onde está acontecendo a partida e com a bola em jogo. É considerada falta quando:

Dar ou tentar dar pontapé
"Calçar" o adversário
Pular ou atirar-se sobre
Trancar o adversário por trás ou de maneira violenta e perigosa
Bater, tentar bater ou lançar uma cusparada
Segurar com as mãos ou impedir o adversário de ação com qualquer parte do braço
Empurrar
"Trancar" o adversário com o ombro
O jogador que deliberadamente segurar ou desviar a bola, carregá-la, batê-la ou impulsioná-la com a mão ou braço, excetuando-se o goleiro dentro de sua área penal
Dar uma entrada, deliberada, de maneira deslizante e com o uso dos pés
Tentar tirar a bola que esteja sendo jogada ou de posse do adversário, levando perigo para o mesmo
Praticar qualquer jogada, sem visar o adversário, mas involuntariamente atingi-lo
No caso do goleiro: com a bola em jogo, ao arremessar a mesma com as mãos, ultrapassar o limite da área penal, com a bola ainda em seu poder.
As faltas e incorreções serão penalizadas com tiro livre direto ou tiro livre indireto. Todas as demais regras podem ser conferidas no documento da Confederação Brasileira de Futsal (CBFS), aprovado pela FIFA, neste link.

Fundamentos básicos
Os fundamentos básicos do futsal referem-se aos movimentos dos jogadores que necessariamente ocorrem em ambiente de alta imprevisibilidade. "Ou seja, requerem uma boa e afinada tomada de decisão", aponta Thiago.

Considerando que o jogo é coletivo e as equipes podem estar ou não em posse da bola, é importante dizer que os fundamentos acompanham essa lógica e dizem respeito aos jogadores também, com e sem a posse da bola. Alguns deles são:

Desmarcação
Passe
Marcação
Drible, entre outros
Vale dizer também que futsal é um esporte que exige habilidade e rapidez. Isso porque o espaço da quadra é curto e a bola é mais pesada (em comparação ao futebol de campo).

História do futsal

Criado por volta das décadas de 1930 e 1940, o futsal tem algumas versões e divergências sobre o ano e local de sua origem.

Alguns dizem que ele começou a ser jogado por jovens da Associação Cristã de Moços (ACM), em São Paulo; outros defendem que foi na ACM de Montevidéu, no Uruguai, porque havia dificuldade de se encontrar campos de futebol livres. Por isso, os jogos de futsal aconteciam em quadras de basquete e hóquei.

A teoria mais aceita diz que o futsal foi criado pelo uruguaio Juan Carlos Ceriani, como uma espécie de futebol para ser praticada dentro de ginásios esportivos - daí o nome "Futebol de Salão".

No Brasil, o futsal teria começado na década de 30, trazido por João Lotufo, depois que se formou em Educação Física pela ACM Uruguai.

Em seguida, o esporte teria sido implantado em São Paulo, na ACM do centro da cidade, como um complemento das aulas de ginástica - onde também recebeu suas primeiras regras.

Somente em 1949 foi organizado o primeiro torneio aberto de futebol de salão, destinado a meninos entre 10 e 15 anos.

Assim, um ano depois, nascia a Liga de Futebol da ACM, que reuniu outros clubes, como o Tênis Clube Paulista, Associação Atlhética São Paulo, Palmeiras, São Paulo Futebol Clube, Clube Atlético Ipiranga, Banco do Brasil, S.C. Corinthians, dentre outros.

Em 1955, a Federação Paulista de Futebol de Salão foi fundada e teve como seu primeiro presidente o Sr. Habib Mahfuz. Mas só em 1956 foi realizado o primeiro campeonato oficial de futsal, na cidade do Rio de Janeiro, com 42 times.

No ano seguinte, houve a tentativa de criar a Confederação Brasileira de Futebol de Salão, que não foi adiante.

Já em 1965, criou-se a Confederação Sulamericana de Futebol de Salão (CSFS) e, em 1971, foi fundada a Federação Internacional de Futebol de Salão (FIFUSA), com filiação de vários países.

Apenas em 1979, a Confederação recebeu autorização para nascer, tendo como seu primeiro presidente Aécio de Borba Vasconcelos.

Futsal feminino
Ganhando cada vez mais força no mundo todo, o futsal também desenvolveu uma categoria feminina que funciona da mesma forma que a masculina, com campeonatos semelhantes, como a Liga de Futsal Feminina, que é realizada todos os anos desde 2005; e o Torneio Mundial, desde 2010.
O futsal feminino foi oficializado em 1983, pelo Conselho Nacional de Desportos (CND), com o objetivo de aumentar o número de participantes e incluir a modalidade nas Olimpíadas.
O primeiro campeonato feminino oficial aconteceu em 1992, a I Taça Brasil de Clubes, organizado pela CBFS, e contou com a participação da 10 equipes. Hoje, há um departamento de futsal feminino na instituição.
Além disso, vale ressaltar que a Seleção Brasileira de Futsal Feminino já é destaque internacional: foi bicampeã sul-americana (2005 e 2007) e hexacampeã mundial.

Benefícios do futsal

Além de entretenimento, o futsal pode trazer muitos benefícios à saúde enquanto atividade física. Confira:

1- Ajuda a prevenir problemas cardíacos
De acordo com a professora Paula, por ser uma atividade aeróbica, que envolve muita corrida e outras capacidades físicas, o futsal exige um maior trabalho da respiração, oxigenando o sangue e estimulando a circulação.
Portanto, caso praticado regularmente e com uma carga que possibilite a melhora do sistema cardiorrespiratório, o esporte pode prevenir alguns problemas relacionados ao sedentarismo e, consequentemente, problemas cardíacos.

2- Melhora a coordenação motora
Por se tratar de uma modalidade esportiva que envolve diferentes deslocamentos, com e sem a posse da bola, o futsal pode promover a melhora da coordenação motora específica ao jogo.
Além disso, "capacidades físicas como flexibilidade, equilíbrio e agilidade são necessárias para a prática do futsal. Elas ajudam a executar melhor os dribles, dar passes certeiros, e melhorar a destreza com a bola nos pés", explica Ana Paula.

3- Acelera o metabolismo
Em condições apropriadas, o futsal pode ajudar a acelerar o metabolismo, porque há um gasto energético envolvido e um trabalho muscular/celular importante.

4- Ajuda a emagrecer
A prática do futsal exige uma demanda energética que possibilita, sim, a perda de peso. Isso porque eleva o gasto calórico, reduzindo a gordura corporal, principalmente se associado a uma alimentação saudável e equilibrada.
O número de calorias vai depender do volume/intensidade, e do condicionamento e do esforço de cada indivíduo na prática. Mas, segundo Paula, pode chegar a cerca de 700 calorias em uma partida. Pelo mesmo motivo, jogar futsal também pode ajudar a manter o peso.

5- Fortalece ossos e articulações
O estímulo desta modalidade faz com que o corpo diminua a perda do cálcio presente nos ossos. E, de acordo com a professora Ana Paula, a quantidade de cálcio nos ossos de quem pratica esportes, dentre eles o futsal, já é maior em comparação aos que não praticam atividades físicas.
Por ser tratar de uma modalidade de impacto, há o estímulo necessário para o fortalecimento ósseo de membros inferiores, ajudando as articulações e evitando problemas como osteoporose e lesões osteoarticulares.

6- Ajuda a ganhar massa muscular
"O futsal trabalha diversos grupos musculares, principalmente membros inferiores. Esse estímulo faz com que ocorra um crescimento e aumento de suas fibras musculares, o que ajuda a ganhar mais força e massa muscular", explica Paula.

7- Diminui ansiedade e estresse
De acordo com o educador Daniel Mutti, o futsal "é uma modalidade prazerosa e o praticante libera suas energias retidas, que o faz se sentir mais leve e menos ansioso".
A liberação hormonal por conta da prática pode ajudar na diminuição do estresse e da ansiedade. A endorfina e a serotonina são alguns desses hormônios, podendo até melhorar a qualidade do sono.

8- Melhora o humor
Esses mesmo hormônios podem ajudar a melhorar o humor e, "por se tratar de um jogo coletivo, a interação com outras pessoas pode trazer benefícios também nesse sentido", explica Thiago.

9- Desenvolve o raciocínio
O futsal pode ajudar a desenvolver o raciocínio para questões específicas do jogo, já que trabalha estratégicas, como as relacionadas à ocupação do espaço.
Isso porque a modalidade é muito rápida e acontece em um espaço relativamente pequeno, deixando o adversário sempre muito próximo.

10- Desenvolve a criatividade
O futsal também pode ajudar a desenvolver a criatividade, "porque o ambiente é imprevisível e apresenta a necessidade constante de tomada de decisão", aponta o treinador Thiago. Então, ações novas e criativas precisam ser colocadas em prática no jogo.

11- Ajuda a socializar
Por ser um esporte em grupo, a modalidade traz benefícios na parte da socialização, da diversão, além do conceito lúdico que a modalidade proporciona.

12- Ensina respeito e disciplina
"Também tem a parte da competição que faz com que os praticantes do futsal tenham disciplina e respeito por seus adversários", diz Ana Paula.

Lesões mais comuns
Como é um esporte que tem muito contato físico e exige muito do corpo, o futsal pode favorecer lesões físicas, principalmente nos membros inferiores. Dentre os impactos mais comuns associados ao futsal, estão:

Entorses e luxações de tornozelo e joelho
Tendinite
Contusões musculares (especialmente estiramentos de músculos da perna)
Lesões por pancadas (de grau menor)
Como prevenir lesões no futsal
De acordo com a professora de Educação Física Ana Paula, para prevenir, o ideal é fazer um trabalho de fortalecimento nos membros mais utilizados na prática, além de sempre se aquecer antes de iniciar uma partida, e se alongar ao final.

Curiosidades sobre futsal

Futsal combate insônia?

O gasto energético e a liberação hormonal durante a prática podem ajudar nesse quesito. Mas ainda não há uma relação direta entre jogar futsal e conseguir dormir melhor.

Jogadores no futsal (quantidade)

No começo, eram 5, 6 ou 7 jogadores em cada time até que a regra do futebol de cinco pessoas fosse definida.

Bola de futsal (material)

Antigamente, as bolas eram feitas de serragem, crina vegetal ou cortiça granulada, e saltavam muito. Foi por isso que elas foram diminuindo ao longo do tempo e ficando mais pesadas - fato que também deu ao futsal o nome de "Esporte da Bola Pesada'.

Diferença do futsal para o futebol de campo

O futebol de campo, além de apresentar um terreno maior, possui 11 jogadores em cada time para a disputa e possui impedimento - diferente do futsal, devido ao tamanho da quadra.

Também possui "diversas regras que diferem, como penalidades, cobranças de lateral, etc", aponta Ana Paula. Mas, com exceção de alguma regras específicas, as duas modalidades são muito parecidas.

O futsal tem "uma dinâmica com características um pouco diferentes (por conta justamente dessas nuances). Entretanto, o jogo apresenta o mesmo funcionamento do futebol de campo", completa Thiago.

Fonte: https://www.minhavida.com.br/fitness/tudo-sobre/35362-futsal - Escrito por Patricia Beloni - Créditos:  DarioZg/Shutterstock