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sábado, 19 de outubro de 2019

O que determina se você realmente teve uma boa noite de sono


Os principais fatores que devemos observar para descobrir se o nosso descanso foi de qualidade ou não, segundo a ciência

“Dormiu bem hoje?”. De tão corriqueira na beira da cama, essa pergunta mal desperta nossa atenção. Mas já parou para pensar como, no fim das contas, é difícil responder com exatidão se uma noite de sono foi mais reparadora do que a anterior?

Caso nunca tenha refletido sobre o assunto, fique tranquilo: pesquisadores holandeses resolveram desvendar o mistério. Por duas semanas, eles registraram os relatos subjetivos sobre a qualidade do sono de 50 voluntários. Ao mesmo tempo, consolidaram os dados de um dispositivo eletrônico que, colocado no pulso das pessoas, estima a profundidade do descanso.

Divulgado no periódico Behavioral Sleep Medicine, o artigo científico que resultou dessa investigação destaca dois fatores essenciais para levarmos em conta na hora de definir se o sono foi bom ou não. São eles: o número de vezes que a pessoa acordou na madrugada e o total de minutos (ou horas) que passou de olhos abertos no meio da noite. Faz sentido, não?

E tem mais! Um relatório de janeiro deste ano, realizado pela Fundação Nacional do Sono, dos Estados Unidos, valeu-se da opinião de especialistas para apontar os principais indicativos de que um adulto está dormindo mal. São quatro:

Demorar mais de uma hora para cair no sono
Acordar (mesmo que brevemente) quatro ou mais vezes durante a noite
Passar menos de 74% do tempo deitado na cama dormindo
Ficar mais de 41 minutos acordado no meio da noite
E aí, identificou-se com algum dos itens? Quem sabe seja preciso pensar mais na qualidade do seu sono!

Fonte: https://saude.abril.com.br/mente-saudavel/o-que-determina-se-voce-realmente-teve-uma-boa-noite-de-sono/ - Por Giovana Feix - Ilustração: Daniel Almeida/SAÚDE é Vital

terça-feira, 9 de julho de 2019

Ciência confirma: esquecer coisas é um sinal de inteligência


Ser uma pessoa esquecida pode ser um sinal muito bom: de acordo com um estudo da Universidade de Toronto, no Canadá, esquecer coisas é normal e inclusive pode nos deixar mais inteligentes.

Como assim?
A pesquisa, liderada por Paul Frankland e Blake Richards e publicada em 2018, revela que esquecer detalhes menores é perfeitamente natural.

Não estamos falando de ser tão esquecido a ponto de não funcionar bem no dia a dia, mas sim de dar um branco ao tentar se lembrar de um endereço, ou ir embora de um restaurante e abandonar seu guarda-chuva lá sem querer.

Isso tudo porque o maior objetivo do nosso cérebro é otimizar as informações que guardamos para realizar processos como reflexão e tomada de decisão. Logo, é melhor se lembrar daquilo que importa e esquecer todos os detalhes insignificantes e desnecessários que não colaboram tanto assim com o nosso nível de inteligência.

“É importante que o cérebro esqueça detalhes irrelevantes e se concentre em coisas que nos ajudarão a tomar decisões no mundo real”, explicou Richards à CNN.

Faz sentido, não?

Esquecer às vezes é essencial
Nosso cérebro faz uma série de coisas para nos tornar mais inteligentes.

Por exemplo, ele nos ajuda a “esquecer” de detalhes específicos sobre eventos passados enquanto ainda somos capazes de nos lembrar deles de uma forma universal, o que nos dá a habilidade de generalizar experiências anteriores e aplicar nossas conclusões a situações atuais.

Além disso, conforme novas células são formadas em uma área do cérebro conhecida como hipocampo, dedicada ao aprendizado, novas conexões substituem memórias antigas, tornando-as mais difíceis de serem acessadas. Apesar do que possa parecer, essas “substituições” constantes têm benefícios, permitindo que nos adaptemos a novas situações sem nos preocupar com informações antigas que poderiam nos levar a cometer erros.

O propósito de dormir? Esquecer, dizem cientistas
“Se você está tentando navegar pelo mundo e seu cérebro está constantemente trazendo memórias conflitantes à tona, fica mais difícil para você tomar uma decisão informada”, esclarece Richards.

E como os pesquisadores sabem de tudo isso?
A dupla já realizou diversas pesquisas com ratos, modelos animais interessantes por sua proximidade biológica com algumas funções humanas.

Frankland e Richards chegaram à conclusão que ser esquecido era um sinal de inteligência depois de anos de dados acumulados sobre memória e atividade cerebral em experiências com os roedores.

“Todos nós admiramos a pessoa que é muito boa em trivias ou que sempre vence jogos de perguntas e respostas, mas o fato é que a evolução moldou nossa memória não para ganhar um jogo de trivia, e sim para tomar decisões inteligentes. Quando olhamos para o que é necessário para tomar decisões inteligentes, argumentamos que é saudável esquecer algumas coisas”, resume Richards.

Na medida certa
Ok, então tudo bem esquecer coisas, principalmente aquelas que não precisamos mais nos lembrar por conta de todos os nossos computadores e smartphones, como números de telefone.

Mas se você anda esquecido demais, é melhor procurar ajuda médica. “Você não quer esquecer tudo e, se você está esquecendo muito mais do que o normal, isso pode ser motivo de preocupação. Já se você é alguém que esquece detalhes ocasionais, isso é provavelmente um sinal de que seu sistema de memória está perfeitamente saudável e fazendo exatamente o que deveria estar fazendo”, conclui Richards.

Se você está procurando por uma forma fácil de “limpar” detalhes desnecessários do seu cérebro que você não precisa para tomar boas decisões, Richards recomenda algo muito simples: exercícios físicos regulares.

“Sabemos que o exercício aumenta o número de neurônios no hipocampo. Isso pode fazer com que algumas lembranças se percam, mas são exatamente aqueles detalhes de sua vida que realmente não importam, e que podem te impedir de tomar boas decisões”, explica.

Um artigo sobre a pesquisa foi divulgado na revista científica Neuron. [TheScienceandSpace, CNN]


sábado, 4 de maio de 2019

Ciência prova que abraçar cria a mesma resposta que medicamentos


Um simples abraço pode ter efeitos psicológicos profundos como:

1. Reduzindo o seu medo da mortalidade.
O que é bem interessante! Uma pesquisa publicada na revista Psychological Science mostra que abraçar e simplesmente tocar alguém reduz o medo da mortalidade amenizando os medos existenciais. “O toque interpessoal é um mecanismo tão poderoso que mesmo objetos que simulam o toque de outra pessoa podem ajudar a incutir nas pessoas uma sensação de significado existencial”, escreveu o pesquisador Sander Koole no estudo.

2. Abraçando reduz sua freqüência cardíaca.
Um experimento conduzido na Universidade da Carolina do Norte, em Chapel Hill, descobriu que os participantes que não tinham nenhum contato com seus parceiros desenvolveram uma frequência cardíaca de 10 batimentos por minuto mais rápida. Comparativamente, os batimentos cardíacos daqueles que fizeram contato com seus parceiros não foram tão rápidos.

3. Os bebês que são abraçados experimentam menos estresse quando adultos.
Se você quer ajudar o futuro, abrace um bebê! Um estudo da Universidade de Emory descobriu que, em ratos, o toque e o alívio do estresse estavam conectados, especialmente no início da vida. O estudo descobriu que o mesmo vale para os seres humanos também, observando que os bebês lidaram melhor com o estresse quando adultos, se fossem abraçados e segurados mais.

4. Função imunológica melhorada.
Uma nova pesquisa mostra que os hormônios do abraço são o que eles chamam de imunorreguladores. Basicamente, esses hormônios têm um profundo impacto na maneira como nosso sistema imunológico funciona. Isso também combina com a natureza relaxante dos abraços. Se você quer um sistema imunológico mais forte, abrace?

Muito interessante, não é? Talvez seja o momento de abrir um os abraços e abraçar alguém !

Texto originalmente publicado no Higher Perspectives, livremente traduzido e adaptado pela equipe da Revista Bem Mais Mulher


sábado, 16 de fevereiro de 2019

Conheça o melhor treino para queima de gordura, segundo a ciência


Estudo comparou resultados e mostrou a melhor opção para quem quer emagrecer

Ao buscar atividades físicas para uma vida mais saudável, quem nunca se sentiu perdido diante de tantas opções de treinos que existem hoje em dia? Funcional, crossfit, HIIT, musculação, corrida… Como escolher? A ciência pode ajudar!

Se o seu objetivo é a queima de gordura, vale conhecer as descobertas de um estudo da Universidade King Faisal (Arábia Saudita). Os pesquisadores se dedicaram a encontrar o treino mais eficaz para o emagrecimento. Para isso, o estudo avaliou o efeito de exercícios físicos em 32 mulheres com excesso de peso. Elas foram divididas em dois grupos: um de treinamento aeróbico de alto impacto e outro de baixo impacto.

No primeiro grupo, as mulheres malhavam quatro vezes por semana, em aulas intensas de cardio com uma hora de duração. O exercícios tinham predominância de saltos e incluíam kickboxing, dança aeróbica e HIIT (sigla em inglês de treinamento intervalado de alta intensidade). Já no segundo grupo, a mulheres combinaram musculação com cardio de baixo impacto e sem exercícios de saltos.

O estudo mostrou que, ao final de 24 semanas, ambos os grupos de mulheres melhoraram sua condição física. Porém, no geral, as participantes do grupo de treinamento de alta intensidade perderam mais gordura e peso corporal do que o grupo de baixo impacto.

“O treinamento de alto impacto é mais efetivo na redução do peso corporal e na perda de gordura”, concluíram os pesquisadores do estudo, que foi publicado no Jornal de Medicina Esportiva e Aptidão Física. E aí, quando você vai começar seu treino de alto impacto e com muitos saltos para entrar em forma?


sábado, 2 de fevereiro de 2019

O avanço de 2019 para o câncer – e 9 prioridades da ciência para tratá-lo


Entidade dos Estados Unidos aponta os progressos frente a tumores raros como a maior conquista da oncologia nos últimos meses

Todo ano, a Sociedade Americana de Oncologia Clínica (Asco, na sigla em inglês) elege o que considera ter sido o grande avanço contra o câncer. E, em 2019, quem levou essa honraria foram os progressos no tratamento de tumores raros.

Embora cada uma dessas doenças afete poucas pessoas, em conjunto elas se tornam um problema de saúde pública considerável. Veja: 20% de todos os tumores diagnosticados nos Estados Unidos são tidos como raros. Não é pouca coisa.

“É animador ver avanços substanciais ao longo de só um ano, particularmente contra os cânceres raros”, reforça Monica Bertagnolli, presidente da Asco.

Em um comunicado, essa entidade listou alguns exemplos de melhorias no tratamento desse subgrupo de tumor. Exemplos:

• O governo dos Estados Unidos aprovou o primeiro tratamento em 50 anos para o carcinoma anaplásico da tireoide. É uma combinação de dois remédios modernos – o dabrafenibe e o trametinibe – que conseguiu reduzir a doença em dois terços.

• Estudos mostraram que o medicamento sorafenibe é o primeiro a aumentar o tempo de vida sem progressão de doença em tumores desmoides.

• Já o fármaco trastuzumabe freou o avanço de um dos tipos mais agressivos de câncer do endométrio, o carcinoma seroso uterino.

Por outro lado, recentemente tivemos uma má notícia. O olaratumabe, que havia sido aprovado para enfrentar o sarcoma de partes moles após décadas sem um tratamento específico, acabou indo mal em uma grande pesquisa que tentava provar sua eficácia.

Onde a ciência deve se concentrar para vencer o câncer
Além de apontar o maior avanço de ano, a Asco criou uma lista de nove prioridades dentro da oncologia. A ideia é oferecer uma espécie de guia para cientistas preencherem lacunas de conhecimento na área e, com isso, minimizarem o impacto do câncer em geral na vida das pessoas. Veja:

1. Identificar estratégias que predizem uma melhor resposta dos tratamentos com imunoterapia
2. Definir melhor os pacientes que mais se beneficiam de tratamentos depois da cirurgia
3. Trazer os avanços das terapias celulares para os tumores sólidos
4. Aumentar as pesquisas com remédios de última geração em cânceres pediátricos
5. Otimizar os cuidados com o paciente mais velho
6. Melhorar o acesso de voluntários aos tratamentos experimentais
7. Reduzir as consequências do tratamento contra o câncer no longo prazo
8. Diminuir a obesidade e seu impacto na incidência e nos desfechos contra o câncer
9. Identificar estratégias para detectar lesões pré-malignas (que, se não tratadas, podem virar um câncer)

Fonte: https://saude.abril.com.br/medicina/o-avanco-de-2019-para-o-cancer-e-9-prioridades-da-ciencia-para-trata-lo/ - Por Da Redação - Ilustração: Eber Evangelista/SAÚDE é Vital

quinta-feira, 31 de janeiro de 2019

Ciência da Felicidade dá 14 dicas de como ser feliz


Ciência da Felicidade

A ciência já pode ajudar a encontrar a felicidade, garante o professor Tim Bono, um psicólogo que ministra cursos sobre felicidade na Universidade de Washington em St. Louis (EUA).

Baseado em suas próprias pesquisas e nos estudos de outros cientistas, Bono coletou 14 dicas para se tornar feliz e, uma vez feliz, manter-se com essa felicidade.

Como o método típico das ciências é a experimentação, está em suas mãos validar ou não essa "Ciência da Felicidade".

14 dicas de como ser feliz

Saia e dê um passeio: Pesquisas confirmam que alguns minutos de exercícios na natureza podem melhorar os níveis de humor e energia. O exercício é também uma chave para a nossa saúde psicológica porque libera produtos químicos no cérebro ligados ao sentir-se bem.

Extraia mais felicidade do seu dinheiro: Os estudos mostram pouca conexão entre riqueza e felicidade, mas há duas maneiras de obter mais felicidade usando o dinheiro: comprar experiências em vez de coisas e gastar seu dinheiro com os outros. O gozo que você obtém de uma experiência como férias ou assistir a um show supera de longe a felicidade de adquirir mais um bem material. Fazer coisas boas para outras pessoas fortalece nossas conexões sociais, que são fundamentais para o nosso bem-estar.

Arranje tempo para ser feliz e então gaste-o nisso: As pessoas sonham em obter 30 minutos extras para fazer algo de bom, mas usar esse tempo para ajudar alguém é mais recompensador e realmente nos deixa capacitados para enfrentar o próximo desafio, ajudando-nos a ter mais controle sobre nossas vidas e até mesmo menos pressionados pelo tempo. Isso se traduz em níveis mais altos de felicidade e satisfação.

Faça o positivo durar mais; despache o negativo: A antecipação em si é prazerosa, e ansiar por uma experiência agradável pode tornar tudo muito mais doce. Espere alguns dias antes de ver um novo filme que acabou de estrear, planeje suas férias com mais antecedência e tente saborear cada pedaço da sobremesa. Por outro lado, livre-se das tarefas negativas o mais rápido possível - a exemplo do que acontece com a dor, a antecipação só fará com que pareçam piores.

Curta o "durante": As pessoas que se concentram mais no processo do que no resultado tendem a permanecer motivadas diante de contratempos. Elas são melhores em lidar com grandes dificuldades e preferem desafios do que o caminho mais fácil. Essa "mentalidade de crescimento" ajuda as pessoas a ficarem energizadas porque celebra as recompensas que vêm do próprio trabalho. Concentrar-se apenas no resultado pode levar a um esgotamento prematuro se as coisas não correrem bem.

Encare as falhas: A maneira como pensamos sobre o fracasso determina se isso nos deixa felizes ou tristes. As pessoas que superam a adversidade saem-se melhor na vida porque aprendem a lidar com os desafios. O fracasso é um ótimo professor, ajudando-nos a perceber o que não funciona, para que possamos fazer mudanças para melhor. Como o presidente da IBM, Thomas Watson, disse certa vez: "Se você quiser aumentar sua taxa de sucesso, duplique sua taxa de falhas".

Tenha uma boa noite de sono regularmente: Nossos cérebros estão fazendo muito trabalho importante enquanto dormimos, incluindo o fortalecimento dos circuitos neurais que melhoram a acuidade mental e nos ajudam a regular nosso humor quando estamos acordados. A privação do sono pode levar a um comprometimento cognitivo semelhante ao da intoxicação, e muitas vezes é o prelúdio de um dia mal-humorado.

Fortaleça seus músculos da força de vontade: Assim como exercitar os músculos dos braços fortalece nossa capacidade de erguer coisas pesadas, exercitar os "músculos" da força de vontade em pequenos comportamentos cotidianos fortalece nossa capacidade de manter o foco no trabalho. Resista à tentação de checar seu telefone enquanto caminha, ou resista à tentação de pegar a barra de chocolate quando estiver na fila do supermercado. Isso permitirá que os "músculos" da força de vontade fiquem mais fortes e, por sua vez, resistentes a tentações que poderiam desviá-lo em outros aspectos de sua vida.

Introduza variedade em suas atividades do dia-a-dia: Os seres humanos são atraídos pela novidade, e podemos ficar entediados se tivermos que fazer a mesma coisa repetidamente. Mudar as coisas de vez em quando assumindo novos projetos, ou fazendo a mesma tarefa mas com música em segundo plano, ou interagindo com pessoas diferentes, pode ser uma maneira de introduzir variedade e permanecer motivado para concluir uma tarefa.

Pare de se comparar aos outros: É difícil evitar ver o que os outros estão fazendo, quem acabou de receber um aumento ou promoção, ou quem está se mudando para uma nova casa ou saindo de férias. Mas a comparação social é uma das maiores barreiras à nossa felicidade e motivação. Redirecionar a atenção para os nossos próprios padrões internos de sucesso e progredir com base no que é realista para nós - em vez de ficarmos presos a comparações com os outros - pode ser o caminho para a nossa saúde psicológica e uma maior produtividade.

Estenda a mão e conecte-se com alguém: Nada é mais importante para nossa saúde psicológica do que amizades de qualidade. Encontre uma atividade que permita que você se junte aos amigos regularmente. Uma happy hour semanal, uma noite de jogos ou mesmo uma sessão de filmes garante consistência e reforça suas interações sociais. Pessoas com relacionamentos de qualidade não apenas são mais felizes, como também mais saudáveis. Elas se recuperam de doenças mais rapidamente, vivem mais e desfrutam de vidas mais ricas.

Limite o tempo nas mídias sociais: Facebook, Instagram e assemelhados tipicamente mostram um lado idealizado dos outros, fazendo com que as pessoas sintam-se diminuídas frente àquelas fotos de sorrisos e felicidade aparentemente eternos. Um estudo após o outro tem mostrado que muito tempo nas redes sociais está associado a níveis mais baixos de autoestima, otimismo e motivação, além de deixar as pessoas sentindo-se - ironicamente - menos socialmente conectadas com os outros.

Use seu telefone da maneira antiga: Na próxima vez que você for tentado a usar seu telefone para rolar pelas postagens das redes sociais, role pela sua lista de contatos. Encontre alguém para quem ligar e conversar. A felicidade que você obtém de uma conexão autêntica com outra pessoa será muito maior do que qualquer comentário ou curtição que você tenha nas redes sociais.

Pratique gratidão: É fácil ficar atolado com os aborrecimentos inevitáveis da vida, então faça um esforço para direcionar a atenção para as coisas que estão indo bem. No caminho do trabalho para casa pense nas coisas que correram bem, em vez de ficar ruminando sobre o que deu errado. Um estudo após o outro indica que a gratidão é uma das maneiras mais simples, porém robustas, de aumentar o bem-estar psicológico.


sábado, 29 de dezembro de 2018

6 grandes momentos da ciência em 2018 – e um não tão bom assim


Em 2018, os cientistas descobriram formigas enfermeiras, encontraram um lago em Marte e inventaram um novo jeito de observar o céu: neutrinos.

Vamos começar a retrospectiva de 2018 com uma história um pouquinho mais antiga. Em 1919, uma comitiva de astrônomos gringos se dirigiu à cidade de Sobral, interior do Ceará, para observar o céu durante um eclipse solar. A missão deles era avaliar se a luz de estrelas distantes era distorcida pela gravidade massiva do Sol quando passava perto dele.

É que alguns anos antes, em trabalhos publicados em 1905 e 1911, um cara levemente genial chamado Albert Einstein havia previsto que sim: gravidade é um negócio que distorce o tecido da realidade; dobra o espaço e o tempo e obriga até a luz a fazer curva. No limite, permite viagens no tempo – ainda que essa seja uma possibilidade teórica, essencialmente impossível de se realizar na prática.

Lembre-se: estamos em 1919. Isso é 40 anos antes da época em que se passa a série de TV Mad Men. E em Mad Men homens ainda andavam de terno e chapéu e mulheres usavam anáguas por baixo dos vestidos. Se você, de calça jeans no século 21, apanha para entender a Teoria da Relatividade, imagine o que foi para alguém da época inventá-la.

Pois é, calhou que era verdade. A comitiva de Sobral viu a luz ser distorcida da maneira exata que Einstein havia previsto. No dia seguinte, a notícia era capa de todos os jornais do mundo. É difícil para nós, da SUPER, imaginar a alegria dos repórteres que estavam de plantão naquele dia. Não é sempre que um jornalista de ciência pode dar uma bomba dessas – afirmar, na capa, que um cara, sozinho, mudou a história da civilização.

Isso é porque gênios são raros. Descobertas, normalmente, são feitas passo a passo. E os passos são minúsculos. Eles são o resultado do esforço colaborativo de centenas de pessoas (nem todas de avental branco), que organizam experimentos longos e complicados para tirar conclusões que, muitas vezes, um leigo sequer é capaz de entender. Os jornalistas tentam extrair, dessas conclusões, as que são mais interessantes ou simples de explicar – e, assim, transmitir um pouco do fascínio que move essa Sociedade dos Poetas Mortos chamada Ciência, com “C” maiúsculo.
Em 2018, como geralmente acontece, não houve nenhum Einstein. Mas teve muita Ciência do jeito que ela é: sangue, suor e lágrimas. Relembrando:

1. Formigas enfermeiras
Em fevereiro, a equipe de Erik Frank, biólogo da Universidade de Würzburg, publicou um artigo relatando como as formigas da espécie Megaponera analis agem como enfermeiras de guerra: resgatam as colegas feridas em combates com outros insetos, limpam os ferimentos e até aplicam substâncias de função antibiótica. As veteranas voltam para a linha de frente depois da cicatrização. Relembre aqui.
 Formigas africanas resgatam os feridos em expedições de caça – limpam os ferimentos, aplicam antibiótico e os carregam para casa. quase um terço da colônia é composta de veteranos de guerra salvos.
Formigas africanas resgatam os feridos em expedições de caça – limpam os ferimentos, aplicam antibiótico e os carregam para casa. quase um terço da colônia é composta de veteranos de guerra salvos. (Estevan Silveira/Superinteressante)
Frank e seus colegas sabem disso porque, entre 2013 e 2015, eles assistiram de camarote a 420 expedições de formigas, organizadas por 52 formigueiros. Pode parecer muito trabalho para uma conclusão simples. É muito trabalho para uma conclusão simples. Mas vale a pena porque o comportamento nossas amigas analis é exemplo de algo maior: como a seleção natural pode dar origem a comportamentos altruístas em sociedades animais (como a nossa).
Na teoria, a seleção natural deveria premiar seres vivos egoístas: como eles agem de maneira a beneficiar a si próprios, eles naturalmente sobrevivem mais tempo e deixam mais prole. Já os seres vivos bobos e prestativos, que gastam energia com os outros, perdem na luta pela vida. Por causa disso, sempre foi um desafio explicar a existência da bondade – seja entre formigas, seja entre nós.
A coisa muda de figura quando percebemos que um gene que te estimula a ajudar pessoas próximas acaba, por tabela, ajudando a preservar as cópias dele que moram no corpo dos seus parentes próximos: pais, irmãos, filhos… Assim, o altruísmo ganha uma explicação matemática: um gene que colabora com seus clones em outros corpos aumenta o número de si mesmo na população. Você pode entender o fenômeno nesta matéria da SUPER de junho.
As formigas, portanto, são uma pequena colaboração à grande aventura de entender o comportamento animal. Um exemplo lindo de ciência feita em 2018.

2. Bebês editados
Às vezes, cientistas abandonam a cautela dos pequenos passos no desejo de virar notícia. E aí erram. O pesquisador chinês He Jiankui afirmou, em novembro, que havia criado um par de gêmeas humanas com o DNA editado pela técnica CRISPR-Cas9. A ideia era torná-las resistentes ao vírus causador da AIDS, o HIV. Os pais das crianças eram soropositivos.
Ninguém sabe se Jiankui realmente fez isso – não há nenhum artigo científico que descreva a peripécia, e ninguém viu as cobaias recém-nascidas. Mas isso não torna a alegação menos grave.
O primeiro problema é prático: a técnica CRISPR-Cas9 (que você pode entender melhor aqui) nunca foi submetida à bateria de testes clínicos pelos quais qualquer medicamento e terapia sérios precisam passar antes de serem aplicados em humanos. Ninguém sabe ao certo quais são os riscos e efeitos colaterais de se copiar e colar trechos de DNA como se faz com textos no computador. Há evidências, por exemplo, de que genes sem relação com o gene-alvo podem ser modificados acidentalmente pela técnica.
O segundo é ético: editar DNA para curar doenças não é diferente de customizar genes para mudar características físicas ou comportamentais de um bebê. As ferramentas para fazer isso ainda precisam ser aperfeiçoadas, mas já estão nas mãos dos cientistas.
Crianças produzidas sob encomenda, de acordo com as especificações dos pais, são uma assustadora versão século 21 da eugenia – a ideia de “melhoramento genético” da espécie humana por meio da reprodução seletiva de indivíduos mais aptos e a castração dos supostamente incapazes.

3. Lago de gelo em Marte
Em julho, dados de radar de uma sonda não-tripulada da Agência Espacial Europeia (ESA) revelaram um corpo de água salgada com 20 quilômetros de extensão oculto sob uma calota de gelo no extremo sul de Marte. Essa foi a primeira vez que um acúmulo de H2O estável e razoavelmente grande foi encontrado no Planeta Vermelho – e reacendeu as esperanças de que nosso vizinho planetário possa abrigar formas de vida simples.

4. Sons de Marte
A sonda inSight, da Nasa, chegou ao planeta vermelho em 26 de novembro com a missão de estudar os terremotos marcianos – “martemotos”, para os bem-humorados. Mas veio com um bônus: conseguiu usar seus sismógrafos para registrar o som do vento do planeta. Conclusão? Sons graves se propagam melhor na atmosfera rarefeita de gás carbônico. Os baixistas agradecem. Ouça abaixo:

5. Neutrinos antárticos
Até 2017, havia basicamente dois jeitos de se observar o Universo.

1. Um era o que você já conhece: luz. Luz, para um astrônomo, não é só a luz que os olhos podem ver diretamente – do tipo que permitiu a Galileu descobrir as luas de Júpiter com uma pequena luneta, em 1610. Outros tipos de radiação eletromagnética, como as ondas de rádio e as micro-ondas, podem ser captadas e interpretadas por equipamentos com um alcance muito maior que o do olho humano – e são uma fonte de informação valiosa para estudar objetos distantes.

2. O outro método de observação, bem mais recente, são as ondas gravitacionais: perturbações no próprio tecido do espaço-tempo, que se propagam após colisões violentas entre corpos extremamente densos, como estrelas de nêutrons e buracos negros. Elas são captadas pelo observatório LIGO. Você pode entender melhor o que o LIGO faz aqui.
Em 2018, o observatório IceCube, na Antártica, inaugurou um terceiro jeito de observar o céu. Bem diferente dos dois anteriores, ele funciona por meio da detecção de partículas subatômicas muito discretas chamadas neutrinos.
Neutrinos – ao contrário de quarks e elétrons, que compõem seu corpo, ou de fótons, que compõem a luz – são bastante discretos. Raramente interagem com as coisas. Há 65 bilhões de neutrinos atravessando cada centímetro quadrado do seu corpo neste exato momento.
Nas raras ocasiões em que interagem, porém, causam um rebuliço. Se um neutrino tromba com outra partícula dentro da água – ou do gelo, o que dá na mesma –, ele dá origem a uma porção de outras partículas. Essas partículas são jogadas longe pelo impacto, como bolas de sinuca atingidas pela bola branca. Aceleram tanto, de fato, que vão mais rápido do que a velocidade da luz na água (que é um quarto menor que a velocidade da luz no vácuo – só por isso é possível ultrapassá-la).
Da mesma maneira que um avião gera uma onda de choque quando cruza a barreira do som no ar, uma partícula emana uma luminosidade azulada muito particular quando cruza a barreira da luz na água: a radiação Cherenkov. O que o IceCube é capaz de detectar, portanto, não são os neutrinos em si, e sim a radiação Cherenkov gerada quando eles, por sorte, colidem com alguma coisa.
Com os dados dos 5160 sensores de luz que compõem o IceCube, é possível calcular com precisão de que direção do céu veio cada neutrino. E assim, estabelecer qual foi a estrela (ou até quasar) distante que os produziu. Esses sensores ficam encravados em um pedaço de gelo com um quilômetro cúbico de volume no Polo Sul. Ou seja: o IceCube é uma espécie de Facebook do céu. Envia uma notificação sempre que recebe uma mensagem de um lugar distante.

6. Exoluas?
Da série “legal, mas ainda precisa de confirmação”: em outubro, astrônomos detectaram pela primeira vez um corpo na órbita de um planeta de outra estrela. Em outras palavras, uma lua em outro Sistema Solar. A dita cuja gira em torno do planeta gigante gasoso Kepler 1625b, que é maior que Júpiter. A dupla fica a 8 mil anos-luz da Terra, na direção da constelação de Cisne.
A presença de luas nos planetas de outras estrelas não é uma surpresa: elas são extremamente comuns no Sistema Solar, e não há motivos para pensar que não apareçam em outros lugares. Mas a detecção de uma é um feito técnico notável: atestado na nossa capacidade de observar lugares tão distantes que jamais poderemos visitar.

7. O animal mais antigo
A explosão do Cambriano é o nome dado pelos geólogos ao momento em que animais grandes e complexos surgem repentinamente no registro fóssil, há 541 milhões de anos. Foi um capítulo de evolução acelerada na história natural, em que formas de vida grandes e cheias de truques — como lesmas, caramujos e insetos — pipocaram após bilhões de anos de tédio microscópico e sexo nada entusiasmado entre bactérias.
O bichinho que você na foto acima, batizado de Dickinsonia, é o fóssil animal mais antigo já encontrado: viveu há 558 milhões de anos, 17 milhões de anos antes desse marco zero. E você teve o prazer de acompanhar sua descoberta em 2018. Diga olá para seus ancestrais, humano.


quarta-feira, 21 de novembro de 2018

17 sinais de que você é inteligente, mesmo que não pareça


“O tolo pensa que é sábio, mas o sábio sabe que é um tolo”. Essa frase, creditada a Shakespeare, é um destes conhecimentos populares que acabam sendo comprovados pela ciência. Um estudo da Universidade Cornell, nos EUA, conduzido pelos psicólogos sociais David Dunning e Justin Kruger, apoia esta ideia. O fenômeno é agora conhecido como o efeito Dunning-Kruger.

Então, se você acha que não tem um intelecto lá muito avantajado, na verdade essa pode ser uma indicação de que você é muito inteligente, ou que pelo menos tem consciência das suas próprias limitações, o que já é mais do que muita gente consegue.

O portal Business Insider fez uma lista com 17 indicações que as pessoas não fazem ideia que podem ser sinais de inteligência. Não ter estas características não significa que você não seja inteligente, mas tê-las pode significar que você é mais esperto do que pensava.

17. Você teve aulas de música
Pesquisas sugerem que a música ajuda a mente das crianças a se desenvolver. Um estudo de 2011 descobriu que as pontuações em um teste de inteligência verbal entre crianças de 4 a 6 anos aumentaram após apenas um mês de aulas de música. Outro estudo, de 2004, descobriu que crianças de 6 anos que fizeram nove meses de aulas de teclado ou voz tiveram um aumento de QI em comparação com crianças que tiveram aulas de teatro ou nenhuma dessas opções.
Por outro lado, um outro estudo, de 2013, aponta que essa relação tem um sentido contrário: crianças mais inteligentes e com pais com mais dinheiro, capazes de oferecer estudo melhor e mais amplo, tendem a ter aulas de música, e não o caminho contrário, no qual crianças ficariam mais inteligentes porque tiveram aulas de música. De acordo com este estudo, o treinamento musical só pode melhorar as diferenças cognitivas que já existem, não tornar a criança mais inteligente.

16. Você é o irmão mais velho
Os irmãos mais velhos costumam ser mais inteligentes, mas não por causa da genética, descobriu um estudo.
Pesquisadores noruegueses usaram registros militares para examinar a ordem de nascimento, estado de saúde e Q.I. de quase 250.000 homens de 18 e 19 anos nascidos entre 1967 e 1976. Os resultados mostraram que, na média, o primogênito tinha um Q.I. de 103, comparado a um de 100 no segundo filho e 99 no terceiro.
“As novas descobertas de um estudo histórico publicado em junho de 2007 mostraram que as crianças mais velhas tinham uma vantagem pequena, mas significativa, no Q.I. – uma média de três pontos sobre o irmão mais próximo. E descobriu que diferença não foi por causa de fatores biológicos, mas a interação psicológica de pais e filhos”, diz matéria do jornal New York Times a respeito do estudo.

15. Você é magro
Cientistas ofereceram cerca de 2.200 testes de inteligência para adultos durante um período de cinco anos e os resultados sugerem que quanto maior a cintura, menor a capacidade cognitiva.
Outro estudo publicado no mesmo ano, em 2016, descobriu que crianças de 11 anos que tiveram uma pontuação mais baixa em testes verbais e não verbais eram mais propensas a serem obesas quando completassem 40 anos. A relação entre as duas coisas, segundo os autores do estudo, é que crianças mais espertas podem ter buscado melhores oportunidades educacionais, conseguido empregos mais altos e com salários mais altos, e, portanto, poderiam cuidar melhor de sua saúde do que seus pares menos inteligentes.
Um estudo mais recente descobriu que, entre crianças pré-escolares, um QI menor estava ligado a um índice de massa corporal mais alto. “Os achados do presente estudo mostraram que um menor escore de QI está associado a um maior IMC. No entanto, essa relação parece ser amplamente mediada quando se considera a situação socioeconômica”, concluem os pesquisadores. Ou seja, ambos os índices são influenciados por outros fatores socioeconômicos.

14. Você tem um gato
Um estudo de 2014 feito com 600 estudantes universitários buscou correlacionar traços de personalidades de acordo com o animal de estimação preferido. Cerca de 60% dos participantes gostavam mais de cães enquanto que 11% indicaram uma preferência por gatos. (O restante dos entrevistados disse que gostavam de ambos animais ou de nenhum).
O estudo descobriu que os indivíduos que se identificavam como “pessoas caninas” eram mais extrovertidos do que aqueles que se identificavam como “pessoas felinas”. As pessoas felinas, porém, obtiveram uma pontuação melhor na parte do teste que media a capacidade cognitiva.
A pesquisadora Denise Guastello observou que a diferença de temperamento pode ser resultante das diferentes necessidades dos dois animais. “Faz sentido que uma pessoa que prefira cães seja mais animada, porque eles vão querer sair, conversar com as pessoas, levar seu cachorro por aí”, diz a especialista em matéria da revista Time. “Por outro lado, se você for mais introvertido e sensível, talvez prefira ficar em casa lendo um livro e seu gato não precisa sair para passear”.
Sendo assim, gatos são mais apropriados para pessoas cerebrais que preferem ficar em casa, enquanto que cães são mais compatíveis com personalidades extrovertidas e expansivas.

13. Você foi amamentado
Pesquisas sugerem que bebês que são amamentados podem crescer e se tornar crianças mais inteligentes. Em dois estudos, os pesquisadores analisaram mais de 3.000 crianças na Grã-Bretanha e na Nova Zelândia. Aquelas crianças que foram amamentadas tiveram um aumento de quase sete pontos em um teste de QI – mas apenas se tivessem uma versão particular do gene FADS2 (Essa versão do gene estava presente em números aproximadamente iguais entre crianças que foram e não foram amamentadas).
Descobrir o mecanismo exato dessa relação entre FADS2, amamentação e QI exigirá mais estudos, observaram os cientistas em seu artigo sobre a descoberta.

12. Você já usou drogas recreativas
Um estudo de 2012 com mais de 6 mil britânicos nascidos em 1958 encontrou uma ligação entre o alto QI na infância e o uso de drogas ilegais na vida adulta.
“Em nosso grande estudo de coorte de base populacional, o QI aos 11 anos foi associado a uma maior probabilidade de usar drogas ilegais selecionadas 31 anos depois”, escreveram os pesquisadores James W. White, Catharine R. Gale e David Batty.
Eles concluem que ao contrário da maioria dos estudos sobre a associação entre QI na infância e saúde na idade adulta, seus achados sugerem que “um QI alto na infância pode levar à adoção de comportamentos potencialmente prejudiciais à saúde, como consumo excessivo de álcool e uso de drogas, na idade adulta”.

11. Você é canhoto
Pesquisas recentes associam o canhoto ao “pensamento divergente”, uma forma de criatividade que permite que você invente ideias novas de imediato – pelo menos entre os homens.
“Quanto mais acentuada a preferência canhota em um grupo de homens, melhor eles estavam em testes de pensamento divergente. Os canhotos eram mais aptos, por exemplo, a combinar dois objetos comuns de maneiras novas para formar um terceiro – por exemplo, usando um poste e uma lata para fazer uma casa de pássaros. Eles também se destacaram no agrupamento de listas de palavras em tantas categorias alternativas quanto possível”, diz matéria da revista New Yorker a respeito do tema em 1995.

10. Você é alto
Uma pesquisa de 2008 da Universidade de Princeton, nos EUA, feita com milhares de pessoas, descobriu que indivíduos mais altos pontuaram mais em testes de QI quando crianças e ganharam mais dinheiro quando adultos.
“Com a idade de 3 anos – antes da escolaridade ter tido a chance de desempenhar um papel – e durante toda a infância, as crianças mais altas apresentam um desempenho significativamente melhor nos testes cognitivos”, disseram os pesquisadores em seu estudo.

9. Você bebe álcool regularmente
O psicólogo evolucionista Satoshi Kanazawa e seus colegas descobriram que, entre os britânicos e americanos, os adultos que tinham pontuações mais altas nos testes de QI quando eram crianças ou adolescentes bebiam mais álcool na vida adulta do que aqueles que tinham notas mais baixas.
De acordo com as variáveis controladas do estudo não é porque pessoas mais inteligentes tendem a ter empregos mais bem remunerados e mais importantes, que exigem que elas socializem e bebam com seus colegas de trabalho, que elas bebem mais álcool. O motivo parece ser a própria inteligência, e não correlatos de inteligência, que as levam a beber mais.
O segredo, no entanto, parece estar na moderação. De acordo com um estudo com jovens suíços, entre 18 a 22 anos, a maior correlação positiva se encontra entre QI alto e um consumo moderado de álcool. Devagar e sempre.

8. Você aprendeu a ler muito jovem
Em 2012, pesquisadores analisaram cerca de 2.000 pares de gêmeos idênticos no Reino Unido e descobriram que o gêmeo que aprendeu a ler mais cedo tendia a pontuar mais alto em testes de capacidade cognitiva.
O estudo reforça a ideia de que leitura é fundamental para o desenvolvimento geral do indivíduo e para melhores resultados na educação e na vida. Da mesma forma, o estudo também ajuda a esclarecer porque crianças da mesma família, com o mesmo conjunto de genes, status socioeconômico, nível educacional e pais obtém resultados divergentes em testes de inteligência.

7. Você se preocupa muito
De acordo com uma matéria da revista Slate diversas pesquisas científicas indicam que indivíduos ansiosos talvez sejam mais inteligentes.
Em um estudo citado na matéria, pesquisadores pediram para 126 estudantes responderem um questionário sobre a frequência que sentiam preocupação. Os entrevistados também indicaram com que frequência se envolviam em ruminação, ou seja, um pensamento constante sobre situações que os perturbavam. Pessoas que tendem a se preocupar e pensar demais pontuaram mais em testes de inteligência verbal, enquanto que pessoas que não se preocupam muito ou não pensam demais em seus problemas pontuaram mais em testes de inteligência não-verbal.
A ideia de que pessoas ansiosas são mais perspicazes do que a média faz sentido – uma mente preocupada é uma mente investigativa e pessoas mais inteligentes tendem a ter a agilidade cognitiva necessária para examinar os diversos ângulos de uma situação.
De acordo com o terapeuta Allen Wagner se uma agitação imaginativa tem como fundamento uma apreciação realista dos eventos futuros, isso levaria tais indivíduos a tomarem medidas preventivas de segurança, uma atitude claramente inteligente.

6. Você é engraçado
Um estudo aplicou testes de inteligência para 400 estudantes universitários para medir habilidades de raciocínio abstrato e inteligência verbal.
Em seguida, os estudantes criaram legendas para várias charges da revista New Yorker. Por fim, as legendas foram julgadas por avaliadores independentes. As legendas classificadas como mais engraçadas pertenciam aos alunos que pontuaram mais alto nos testes de habilidade cognitiva.
A Business Insider compilou uma série de outros estudos que chegaram a conclusões semelhantes.
Uma pesquisa da Universidade do Novo México chegou a uma conclusão semelhante ao analisar um grupo de comediantes . Os resultados mostraram que comediantes não apenas eram mais prolíficos, mas também produziam legendas mais engraçadas do que os alunos. Os comediantes também obtiveram uma pontuação mais alta no teste de inteligência verbal, que geralmente se correlaciona com uma inteligência geral mais alta.
Outra pesquisa, publicada em 1975, analisou 55 comediantes masculinos e 14 femininos e identificou pontuações significativamente mais altas em testes de Q.I. quando comparados com a média da população. Comediantes masculinos pontuaram em média 138; comediantes femininas pontuaram em média 126. Em comparação, o Q.I. médio da população oscila entre 90 e 110.

5. Você é curioso
Tomas Chamorro-Premuzi, professor de psicologia empresarial na Universidade de Londres, escreveu um post para a Harvard Business Review no qual ele correlaciona o QC (Quociente de Curiosidade) e uma mente ávida a uma maior aptidão investigativa.
Ao explicar a importância do QC, ele escreveu “ainda que não tenha sido minuciosamente estudado tal como o QE ou o QI, as evidências sugerem que há duas maneiras principais pelo qual esse quociente é igualmente importante na hora de gerenciar tarefas complexas. Primeiro, indivíduos com QC maiores são geralmente mais tolerantes à ambiguidade. Este estilo de pensamento sutil, sofisticado e nuançado define a própria essência de complexidade. Em segundo lugar, o QC tem relação com níveis mais altos de investimento intelectual e com a aquisição de conhecimento ao longo dos anos, especialmente em áreas de educação formal, tais como ciência e arte”.
Pessoas com um QC alto são mais curiosas e mais propensas para novas experiências. Novidade é algo emocionante para esses indivíduos que rapidamente se entediam com a rotina. São pessoas que tendem a ter muitas ideias originais e contrárias a conformações.

4. Você é desorganizado
Um estudo publicado na revista científica Psychological Science argumenta que um ambiente de trabalho bagunçado estimula a criatividade.
No estudo, pesquisadores pediram a 48 indivíduos que encontrassem usos incomuns para uma bola de pingue-pongue. 24 participantes que trabalhavam em salas organizadas apresentaram respostas menos criativas do que os indivíduos que trabalhavam em salas desordenadas.
Os pesquisadores também descobriram que quando os participantes tinham a opção de escolher entre um produto novo e um produto já conhecido, os que estavam na sala bagunçada preferiam o novo – um indicativo de que estar em um ambiente desordenado estimula o indivíduo a se libertar de convenções. Em contrapartida, os participantes da sala organizada preferiram o produto já conhecido ao invés do novo.

3. Você só foi fazer sexo depois do ensino médio
Uma pesquisa da Universidade da Carolina do Norte com 12 mil adolescentes observou que os estudantes com QI acima de 100 e abaixo de 70 eram significativamente menos propensos a ter relações sexuais do que indivíduos dento dessa faixa. Adolescentes com QIs entre 75 a 90 tinham a menor probabilidade de virgindade.
De acordo com o blog Gene Expression um adolescente com um QI de 100 estava 1,5 a 5 vezes mais propenso a ter relações sexuais do que um adolescente com um QI entre 120 ou 130. Cada ponto adicional de QI aumentava as chances de virgindade em 2,7% para homens e 1,7% para mulheres. Quanto mais alto o QI menores as chances de interações românticas/sexuais, diminuindo a probabilidade de que os adolescentes tivessem beijado ou sequer andado de mãos dadas com um membro do sexo oposto.
Ainda de acordo com o blog Gene Expression há várias explicações possíveis para esses resultados. Pessoas com maior inteligência demonstram aversão a riscos o que pode afasta-los de uma vida sexualmente ativa precoce, apresentam uma libido menor ou podem se sentir ocupadas e atarefadas demais com outros interesses para pensar em relações sexuais. Tal comportamento pode não ser exclusivo da adolescência e permanecer até a vida adulta.

2. Você tem hábitos noturnos
Ser uma pessoa noturna pode indicar um intelecto superior? Algumas pesquisas indicam que sim. Um dos argumentos é que os nossos ancestrais não possuíam hábitos noturnos, sugerindo que os notívagos têm maior probabilidade de aderir a novos valores evolutivos.
Em 2009 um estudo comparou pessoas que dormem tarde e indivíduos que preferem acordar cedo, concluindo que o primeiro grupo apresentou atividade cerebral maior e mantinha em um nível de alerta muito mais elevado.

1. Você nem sempre precisa se esforçar
Prática leva a perfeição, dizem. No entanto, isso nem sempre é o caso. Em uma matéria para o New York Times os psicólogos David Hambrick e Elizabeth Meinz argumentam que um alto rendimento em certas áreas como artes, matemática ou esportes nem sempre demanda um enorme esforço para certos indivíduos. Ao citarem um estudo da Universidade de Vanderbilt, nos EUA, os psicólogos argumentam que alguns fatores podem estar associados a essa facilidade, entre eles a capacidade de memória.
Eles concluíram que, por mais que o esforço para ser mais inteligente seja louvável, existem certas habilidades inatas que nem sempre podem ser aprendidas. Isso não significa que prática e esforço são inúteis. Pelo contrário, é plenamente possível para uma pessoa com um QI médio obter um PhD. No entanto, uma alta capacidade intelectual inata parece predispor certos indivíduos a certas práticas, fornecendo-lhes uma enorme vantagem. [Business Insider]


sábado, 1 de setembro de 2018

11 dicas para ter um sexo melhor, de acordo com a ciência


Os benefícios do sexo para a saúde são praticamente incontáveis. Transar protege o corpo de doenças cardiovasculares, diminui o estresse, fortalece os músculos e melhora a qualidade do sono, entre outras vantagens. Mas para ter uma boa sessão de prazer, só a prática não é suficiente.

Antes que você comece a se questionar se o seu sexo é realmente bom, a ciência está aqui para ajudá-lo. O VivaBem selecionou 11 dicas reunidas de pesquisas realizadas em todo o mundo que vão fazer sua transa ainda melhor.

Durma bem
Uma boa noite de sono vai fazer milagres por você. Um estudo publicado em 2015 no periódico "Journal of Sexual Medicine" mostrou que quanto maior a duração do sono na noite anterior, melhor o desejo sexual nas mulheres no dia seguinte. De acordo com os cientistas, um aumento de 1 hora de sono corresponde a 14% mais chances de ter atividade sexual. Com os homens não é diferente. Um estudo publicado em 2011 no periódico "Jama" revelou que a restrição de sono diminui os níveis de testosterona. Ou seja, também reduz o apetite sexual.

Fique calmo
Pessoas estressadas não são nada atraentes, todo mundo sabe. Mas, além disso, o estresse influencia o ato sexual. O estresse aumenta os níveis do cortisol no corpo. Esse hormônio, por sua vez, deixa as pessoas com menos apetite sexual nas mulheres, de acordo com um estudo feito por cientistas da Universidade do Texas, em 2009. Nos homens, o cortisol diminui a circulação da testosterona, fazendo com que as chances de ereção sejam menores, segundo um estudo publicado em 2005, no periódico "Journal of Sports Science & Medicine". É bom citar aqui que ambos os estudos comprovaram que a atividade sexual diminuiu os níveis de estresse, portanto, aí está uma ótima desculpa para aquele dia em que tudo deu errado.

Separe 25 minutos do seu dia para isso
Quanto tempo, em média, dura o seu ato sexual? De acordo com um estudo feito pela Universidade de Utrecht, na Holanda, em 2005, as pessoas demoram cerca de 5,4 minutos para atingir um orgasmo durante o sexo. Alguns diriam que é pouco e, segundo um estudo realizado por um site de encontros nos Estados Unidos, é mesmo. A pesquisa entrevistou 3.836 homens e mulheres e revelou que as mulheres gostariam que o sexo durasse, em média, 25 minutos e 51 segundos, enquanto os homens desejam 25 minutos e 43 segundos.

Beba vinho tinto
A relação do vinho tinto com o sexo não é novidade. Diversos estudos descobriram que, de todas as bebidas alcoólicas, o vinho é a única que aumenta e melhora a experiencia sexual. Uma pesquisa publicada no Nutrition Journal em 2012 mostrou que, em moderação, o vinho tinto aumenta a produção de testosterona, o bom e velho hormônio do apetite sexual. Outro estudo, publicado no Journal of Sexual Medicine em 2009, revelou que quantidades moderadas dessa bebida aumenta o fluxo sanguíneo nas zonas erógenas das mulheres, também aumentando a lubrificação. Por último, uma pesquisa publicada no American Journal of Clinical Nutrition em 2016, mostrou que os polifenóis, encontrados não só no vinho tinto, mas também nas frutas vermelhas e no chocolate, podem diminuir os casos de disfunção erétil em 14%. Um brinde!

Tenha 80 anos
OK, sabemos que esse não é um item que você tem a opção de escolher. Mas queremos informa-lo que fazer atividades físicas, alimentar-se bem e ter uma vida saudável pode fazer com que você tenha uma vida mais longa e, se tudo der certo, atinja a idade-auge da vida sexual: os 80 anos. A descoberta é de uma pesquisa realizada pela Universidade de Manchester, no Reino Unido, no ano passado, que analisou dados de mais de 1.000 britânicos com 50 anos ou mais e revelou que o melhor sexo de sua vida acontece após os 80 anos. Está vendo? Viver bastante vale a pena.

Dê o seu máximo
Existe um segredo para uma vida sexual feliz e ele está justamente em não acreditar nos contos de fada. Um estudo realizado pela Universidade de Toronto, no Canadá, em 2016, mostrou que, pelo menos quando o assunto é relacionamentos longos, a vida sexual ativa depende dos parceiros acreditarem que ela demanda trabalho e esforço. Segundo os pesquisadores, a crença de que a satisfação sexual ocorre somente pelo fato de você e seu parceiro serem almas gêmeas faz com que o interesse em fazer sexo seja cada vez menor. Portanto, milagres não existem. Invista nas necessidades do seu companheiro (e nas suas).

Pare de fumar e de beber
Além de fazer com que você chegue aos tão esperados 80 anos, parar de fumar e de beber pode ajudá-lo a ter uma vida sexual mais satisfatória. De acordo com um estudo publicado no periódico BJU International em 2016, homens que fumam são menos férteis e têm menos ereções. Além disso, um pequeno estudo publicado no Archives of Sexual Behavior mostrou que o álcool e a maconha também foram associados a uma variedade de efeitos sexuais negativos, incluindo disfunção sexual. Para alguns, porém, a erva pode de fato estimular o desejo e ampliar os orgasmos. Um estudo realizado pela Universidade de Standford no ano passado inclusive confirmou esse efeito.

Faça sexo pelo menos uma vez por semana
A sociedade acredita que quanto mais sexo, melhor. No entanto, um estudo da Universidade de Toronto, no Canadá, revelou que o ideal é transar apenas uma vez por semana --pelo menos quando se trata de casais. Os cientistas usaram dados de mais de 30.000 americanos para analisar a relação entre felicidade e frequência sexual. Os resultados foram os mesmos para homens e mulheres, jovens e idosos e para relacionamentos longos e curtos: uma vez por semana é o ideal. OK, então.

Seja uma pessoa legal
A dica vale para qualquer aspecto da vida, mas restringindo o assunto ao sexo, pessoas mais legais transam mais. Um estudo publicado em 2016 no The British Journal of Psychology realizou testes com 297 homens e mulheres solteiros e revelou que as pessoas mais altruístas tinham mais sucesso na vida sexual. Além disso, uma pesquisa publicada em 2017 na Socioaffective Neuroscience & Psychology observou que homens bem-humorados e criativos são aqueles que dão os melhores orgasmos para suas parceiras.

Sinta-se jovem
Você sente que tem a idade impressa em sua carteira de identidade? Se a resposta for sim, é melhor começar a se sentir mais jovem. De acordo com uma pesquisa publicada no periódico Journal of Sex Research no ano passado, quanto mais próximo da idade real você se sentir, menor a probabilidade de estar satisfeito com sua vida sexual. A sensação de jovialidade teve um impacto enorme na forma como as pessoas se sentiam com a qualidade de sua vida sexual e como estavam interessadas em fazer sexo ?principalmente entre indivíduos na terceira idade.

Sobe o som!
Não é novidade que a música estimula nossos sentidos. Quem nunca ficou arrepiado com alguma melodia que gostava muito? A ciência inclusive comprova que a música tem um papel importante na atração sexual. Publicado no periódico "PLOS One" no ano passado, o estudo mostrou que o som faz com que as pessoas fiquem mais atraentes aos olhos dos outros. Então, se quiser criar um clima bom para o sexo, melhor colocar um disco para tocar. Let's get it on.