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sábado, 22 de junho de 2019

Você suspeita de sintomas de um infarto? Então busque ajuda rápido


Sintomas de infarto

A maioria das mortes por ataque cardíaco ocorre nas primeiras horas após o início dos sintomas. Assim, o tratamento rápido é crucial para restaurar o fluxo sanguíneo para as artérias que foram bloqueadas e salvar a vida do paciente.

Ocorre que a maioria dos pacientes que não é acudida a tempo não tem acesso ao socorro simplesmente porque: ou não consegue interpretar os sintomas, ou não consegue agir em decorrência desses sintomas.

Em outras palavras, o tempo que leva para os pacientes interpretarem e responderem aos sintomas é a principal razão para atrasos na chegada ao hospital e à recepção dos cuidados de que eles necessitam.

A descoberta foi feita pela equipe da Dra Carolin Nymark, do Hospital Universitário Karolinska de Estocolmo (Suécia), que recrutou 326 pacientes submetidos a tratamento agudo para um primeiro ou um segundo ataque cardíaco.

Os pacientes envolvidos esperaram uma média de três horas antes de procurar ajuda médica após sentirem os sintomas. Alguns demoraram mais de 24 horas.

Mas por que tantos pacientes demoram tanto para pedir ajuda? Essa foi a pergunta que os pesquisadores tentaram responder.

Lidando com os sintomas

Ao analisar o que passou pela cabeça dos pacientes durante o período crucial entre o surgimento dos sintomas do infarto e a busca de ajuda, os pesquisadores identificaram duas reações gerais entre aqueles que esperaram mais de 12 horas para procurar ajuda médica.

A primeira foi uma incapacidade de agir, reconhecida pelos próprios pacientes, e que teve um impacto significativo.

Esses pacientes usaram frases como: "Eu perdi todo o poder para agir quando meus sintomas começaram"; "Eu não sabia o que fazer quando tive meus sintomas"; "Meus sintomas me paralisaram"; e "Senti que tinha perdido o controle de mim mesmo quando tive meus sintomas".

"Essa imobilização durante os sintomas do ataque cardíaco em curso nunca havia sido demonstrada ou estudada," disse a Dra Nymark. "No momento, não sabemos por que alguns pacientes reagem dessa maneira. Está possivelmente ligado ao medo ou à ansiedade. Esse deve ser um elemento novo na educação das pessoas sobre o que fazer quando têm sintomas de ataque cardíaco."

A segunda reação comum foi uma avaliação imprecisa dos sintomas. Esses pacientes disseram que demorou muito tempo para entenderem seus sintomas; eles achavam que os sintomas passariam; eles achavam que os sintomas não eram sérios o suficiente para procurar atendimento médico; e eles achavam que seria difícil procurar atendimento médico.

Melhor estar errado do que ...

Por outro lado, os pacientes que identificaram com precisão seus sintomas de ataque cardíaco e procuraram ajuda médica rapidamente tinham o desejo de procurar auxílio, sabiam que os sintomas eram sérios, sabiam onde deveriam procurar ajuda e não tentaram desviar seus pensamentos dos sintomas.

Com isso, os pesquisadores fazem um apelo a médicos e autoridades de saúde, no sentido de educarem melhor a população sobre os sintomas de um ataque cardíaco, sobre o que fazer e sobre a urgência de se tomar um curso de ação.

"Se você tiver sintomas que podem ser causados por um ataque cardíaco, não os ignore. Solicite ajuda imediatamente. É melhor estar errado sobre os sintomas do que morto," disse de forma contundente a Dra Nymark.


quarta-feira, 19 de junho de 2019

Conheça os sintomas do ataque cardíaco, ou infarto


Ficar alerta aos diversos sintomas do infarto é importante porque o ataque cardíaco é uma condição sistêmica, indo muito além do coração.

O que é infarto?

O infarto do miocárdio, ou ataque cardíaco, ocorre quando um coágulo interrompe o fluxo sanguíneo de forma súbita e intensa, provocando a morte das células de uma região do músculo do coração.

A principal causa do infarto é a aterosclerose, uma condição na qual placas de gordura se acumulam no interior das artérias coronárias, chegando a obstruí-las. Na maioria dos casos o infarto ocorre quando há o rompimento de uma dessas placas, levando à formação do coágulo e à interrupção do fluxo sanguíneo.

O infarto pode ocorrer em diversas partes do coração, dependendo de qual artéria foi obstruída, e há vários tipos de ataque cardíaco.

Há uma propensão ao aumento dos casos de infarto quando a temperatura muda muito, assim como há mais infarto nos dias mais frios, principalmente no inverno. Além disso, o infarto e o AVC ocorrem mais de manhã.

Qualquer que seja a ocasião, contudo, um ataque cardíaco é uma emergência que exige cuidados médicos o mais rápido possível. Assim, identificar os sintomas pode ser decisivo para salvar a vida de uma pessoa infartada.

Sintomas de um ataque cardíaco

O principal sintoma de um ataque cardíaco é dor ou desconforto na região peitoral, podendo se irradiar para as costas, rosto, braço esquerdo e, mais raramente, para o braço direito. Embora menos frequente, a dor também pode ser no abdome, semelhante à dor de uma gastrite.

O desconforto costuma ser intenso e prolongado, acompanhado de uma sensação de peso ou aperto sobre o tórax.

Esses sinais costumam ser acompanhados de suor frio, palidez, falta de ar e sensação de desmaio.

Entre os idosos, o principal sintoma pode ser a falta de ar. Nestes, como também entre os diabéticos, o infarto pode ocorrer sem sinais específicos. Por isso, deve-se estar atento a qualquer mal-estar súbito apresentado por esses pacientes.

Risco e prevenção

Os principais fatores que aumentam o risco de infarto são o tabagismo, colesterol alto, hipertensão, obesidade, estresse, depressão e diabetes - os diabéticos têm duas a quatro vezes mais chances de sofrer um infarto do que a população que não tem essa condição.

Para se prevenir contra um ataque cardíaco, a prática regular de exercícios físicos e uma alimentação balanceada são essenciais.

A cessação do tabagismo, a prevenção de doenças como a aterosclerose, diabetes e obesidade são igualmente fundamentais para evitar o entupimento das artérias e o consequente aumento de risco do infarto.

Fonte: https://www.diariodasaude.com.br/news.php?article=conheca-sintomas-ataque-cardiaco-ou-infarto&id=13488&nl=nlds - Redação do Diário da Saúde - Imagem: Medical University of Vienna

quinta-feira, 16 de maio de 2019

Dieta irregular aumenta o risco de morte em vítimas de infarto, diz estudo


Quem não toma café da manhã e janta muito tarde tem muito mais chance de morrer após um ataque cardíaco. Entenda

Um estudo recente, realizado pelo médico Guilherme Neif Vieira Musse, da Faculdade de Medicina da Universidade Estadual Paulista (Unesp), revelou que a dieta irregular aumenta o risco de morte em quem sofreu infarto. Hábitos como jantar tarde e não tomar o café da manhã aumentam de quatro a cinco vezes a probabilidade de morrer e de ter outro ataque cardíaco. Pelo menos no período durante a internação e 30 dias após a alta hospitalar, nas vítimas de infarto agudo.

“Dieta irregular aumenta o risco de morte ao passo que, geralmente, esses costumes estão associados aos hábitos de vida ruins. Por exemplo, acordar tarde ou mesmo comer em excesso no jantar e fora de hora. É uma questão comportamental que influencia no pior prognóstico para esses pacientes. O mais indicado é evitar açúcar, produtos industrializados em geral e adotar a chamada ‘dieta do mediterrâneo’. Ela é crucial na proteção contra doenças cardiovasculares”, aconselha o médico Guilherme.

Dados
A pesquisa analisou 113 pessoas, com idade média de 60 anos. Desses, 73% eram homens. Dentre aqueles que morreram após a internação, 58% não tomavam o café da manhã, 51% jantavam tarde e 41% adotavam os dois hábitos combinados. A pesquisa foi realizada com pacientes atendidos na Unidade de Terapia Intensiva Coronariana (UTI-UCO) do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu (HC-FMB), no período entre agosto de 2017 e agosto de 2018.

Marcos Ferreira Minicucci, professor-assistente da disciplina de Clínica Médica Geral da Unesp e orientador da pesquisa, recomenda esperar pelo menos 2 horas, depois do jantar, para ir dormir.  Ele ainda acrescenta que “a melhor maneira de viver é tomando café da manhã como um rei. Um bom café da manhã geralmente é composto de laticínios como leite desnatado ou semidesnatado, iogurte e queijo”.  O carboidrato de pães e cereais integrais, assim como as frutas, também são importantes. “Deve fornecer de 15% a 35% do total de calorias que precisamos por dia”, finaliza Marcos.


segunda-feira, 6 de maio de 2019

Ataque cardíaco pode ser bem parecido com uma forte azia; saiba como diferenciar


Pode parecer piada, mas é sério: há muitas semelhanças entre uma forte sensação de azia e um ataque cardíaco, a ponto de muitas pessoas confundirem uma coisa com a outra, o que pode ser fatal. Pensando nessa confusão, a Mayo Clinic, organização americana que trabalha com serviços e pesquisas médicas, produziu um guia explicando as diferenças entre as duas condições e esclarecendo quando é necessário buscar auxílio médico. Veja abaixo:

Exercícios errados podem piorar azia crônica
 “Você acabou de comer uma grande refeição e começou a sentir uma sensação de queimação no peito. Azia, certo? Provavelmente, mas há uma chance dessa dor no peito ser causada pela redução do fluxo sanguíneo para o coração (angina) ou por um ataque cardíaco real.

Quanto os sintomas de azia e ataque cardíaco se sobrepõem?
Azia, angina e ataque cardíaco podem ser muito parecidos. Até mesmo médicos experientes nem sempre sabem diferenciar sem seu histórico médico e um exame físico. É por isso que, se você for à sala de emergência por causa de dor no peito, você fará imediatamente testes para descartar um ataque cardíaco.

Qual é a melhor coisa a fazer se você tem dor no peito e não tem certeza do que está causando isso?
Se você tiver dor torácica persistente e não tiver certeza de que é azia, ligue para a emergência ou procure ajuda médica.

Ligue para o seu médico se você teve um episódio de dor no peito inexplicável que desapareceu dentro de algumas horas e você não procurou atendimento médico. Tanto azia quanto um ataque cardíaco em desenvolvimento podem causar sintomas que desaparecem depois de um tempo. A dor não precisa durar muito tempo para ser um sinal de alerta.

O que é azia?
Azia é um desconforto ou dor real causada por ácido digestivo que se move para dentro do tubo que transporta alimentos ingeridos para o estômago, o esôfago.

Por que não deve comer antes de dormir
As características típicas da azia incluem:
Ela começa como uma sensação de queimação na parte superior do abdômen e sobe para o peito

Geralmente ocorre depois de comer ou enquanto está deitado ou se curvando

Pode acordá-lo do sono, especialmente se você tiver comido dentro de duas horas antes de ir para a cama

Geralmente é aliviada por antiácidos
Pode ser acompanhada por um gosto amargo na boca – especialmente quando você está deitado

Pode ser acompanhada por uma pequena quantidade de conteúdo estomacal subindo para a parte de trás da garganta (regurgitação)

Quais sinais e sintomas são mais prováveis ​​de ocorrer com um ataque cardíaco do que com azia?
O infarto do miocárdio envolve dor torácica súbita e esmagadora e dificuldade para respirar, geralmente causada pelo esforço. Muitos ataques cardíacos não acontecem dessa forma, no entanto. Os sinais e sintomas de um ataque cardíaco variam muito de pessoa para pessoa. Azia em si pode acompanhar outros sintomas de ataque cardíaco.

Os sinais e sintomas típicos de ataque cardíaco incluem:

6 alertas de que você pode sofrer um ataque cardíaco

Pressão, sensação de aperto ou dor no peito ou braços que podem se espalhar para o pescoço, mandíbula ou costas

Náusea, indigestão, azia ou dor abdominal

Falta de ar

Suor frio

Fadiga

Tontura ou tontura súbita

O sintoma mais comum de ataque cardíaco para homens e mulheres é dor ou desconforto no peito. Mas as mulheres são mais propensas que os homens a experimentar alguns dos outros sintomas, como dor na mandíbula ou nas costas, falta de ar e náusea ou vômito. Problemas cardíacos são mais comuns entre pessoas que têm pressão alta, diabetes ou colesterol alto. Fumar e estar acima do peso são outros fatores de risco.

Outros sintomas digestivos podem causar dor no peito?

Um espasmo muscular no esôfago pode causar dor no peito semelhante à de um ataque cardíaco. A dor de um ataque da vesícula biliar também pode se espalhar para o seu peito. Com a doença da vesícula biliar, você pode notar náuseas e uma dor intensa e constante no abdômen superior médio ou superior direito – especialmente após uma refeição gordurosa. A dor pode mudar para os ombros, pescoço ou braços. Novamente, se você não tem certeza, procure atendimento médico imediatamente”.

Doenças cardiovasculares são a principal causa de morte no mundo. Segundo o Ministério da Saúde, 300 mil pessoas sofrem infartos todos os anos no Brasil, e em 30% dos casos o ataque cardíaco é fatal. A boa notícia é que, de acordo com especialistas, cerca de 80% das doenças e problemas no coração poderiam ser evitados com medidas simples e hábitos mais saudáveis, como evitar bebidas alcoólicas e cigarros e praticar exercícios físicos. [Mayo Clinic]


quarta-feira, 13 de março de 2019

Sutilezas letais: os sintomas menos conhecidos do infarto


O ataque cardíaco nem sempre causa dor e aperto no peito. Conheça outros sintomas desse problema no coração para fazer o diagnóstico precoce

Dor e aperto no peito que irradiam para o braço esquerdo e pescoço são os sintomas mais comuns e conhecidos de um infarto do miocárdio, popularmente chamado de ataque do coração. Quando esses sinais se manifestam, quase todo mundo sabe que é preciso buscar socorro médico imediatamente.

No entanto, poucos conhecem a existência de outros sintomas, mais sutis, que também podem indicar a iminência ou início de um acidente cardiovascular. Falta de ar, cansaço, azia e dor na mandíbula estão entre eles.

O problema dessas manifestações, em especial quando uma ocorre isoladamente, é que as pessoas não a associam ao infarto. Costuma-se achar que um analgésico ou antiácido resolverá a situação.

Por isso, é importante a conscientização sobre a necessidade de também procurar atendimento médico nesses casos. Não vale a pena correr o risco de subestimar as reações do organismo. Afinal, metade das mortes por ataque cardíaco acontece nas primeiras horas depois dos sintomas iniciais.

Quanto mais rápido for o socorro, maiores as chances de sobrevivência e menor a probabilidade de sequelas.

Adotar uma providência com agilidade é importante para preservar vidas. Quando se trata do coração, é muito melhor pecar pelo excesso de cuidado, porque a negligência no socorro pode ser letal.


domingo, 16 de setembro de 2018

Novas orientações mudam diagnóstico do ataque cardíaco


De acordo com a nova Definição Universal de Infarto do Miocárdio, lesão no miocárdio não é mais sinônimo de ataque cardíaco.

Diagnóstico de infarto

O que pode ser pior do que chegar a um pronto-socorro com um ataque cardíaco? Chegar lá e os médicos tratarem você de um infarto, quando você não teve um.

"A menos que haja clareza na sala de emergência sobre o que define um ataque cardíaco, os pacientes com dor no peito podem ser erroneamente rotulados com ataque cardíaco e não receber o tratamento correto," alertou o professor Kristian Thygesen, do Hospital Universitário de Aarhus (Dinamarca).

"Muitos médicos não entenderam que níveis elevados de troponina no sangue não são suficientes para diagnosticar um ataque cardíaco, e isso tem criado problemas reais," continuou o professor Thygesen.

Devido a esses problemas, o European Heart Journal acaba de publicar uma nova orientação para os médicos - é a Quarta Definição Universal de Infarto do Miocárdio.

Definição Universal de Infarto

O documento, elaborado graças a um consenso internacional entre os cardiologistas, indica que um ataque cardíaco (infarto do miocárdio) ocorreu quando o músculo cardíaco (miocárdio) está lesionado e tem oxigênio insuficiente.

A troponina é uma proteína normalmente usada pelo músculo cardíaco para contração, mas ela é liberada no sangue quando o músculo é lesionado. Ocorre que existem inúmeras situações que podem causar lesão miocárdica e, portanto, um aumento na troponina. Essas situações incluem infecção, sepse, doença renal, cirurgia cardíaca e exercícios extenuantes.

Por isso, a lesão miocárdica por si só agora passou a ser considerada uma condição à parte, e o primeiro passo do tratamento consiste em lidar com o distúrbio subjacente, e não considerar a lesão como um infarto.

A falta de oxigênio (isquemia) no músculo cardíaco, por sua vez, é detectada por eletrocardiograma (ECG) e apresenta sintomas como dor no peito, braços ou mandíbula, falta de ar e cansaço.

Tipos de infarto

Quanto ao infarto do miocárdio, existem pelo menos dois tipos que requerem tratamento específico.

O tipo 1 é a situação que a maioria das pessoas associa a um ataque cardíaco, quando um depósito de gordura em uma artéria, chamado placa, se solta e bloqueia o fluxo sanguíneo para o coração, que o priva de oxigênio. O tratamento pode incluir medicação antiagregante plaquetária para impedir que as plaquetas se agrupem e formem um coágulo, inserção de um stent por meio de um cateter para abrir a artéria, ou cirurgia para contornar a artéria.

No tipo 2 de infarto do miocárdio, a privação de oxigênio é causada não pela ruptura de uma placa em uma artéria, mas por outros motivos, como insuficiência respiratória ou hipertensão grave. "Alguns médicos têm incorretamente chamado este infarto de tipo 1 e dado o tratamento errado, o que pode ser prejudicial. O tratamento deve ser direcionado para a condição subjacente, por exemplo, medicamentos para baixar a pressão arterial para pacientes com hipertensão," disse o professor Joseph Alpert.

"No documento de consenso, expandimos a seção sobre infarto do miocárdio tipo 2 e incluímos três indicadores para ajudar os médicos a fazer o diagnóstico correto. A incorporação do tipo 2 nos códigos CID é mais um passo rumo ao reconhecimento preciso, seguido de tratamento apropriado. Um código para lesão miocárdica será acrescentada à CID no próximo ano," disse o professor Harvey White, membro do painel que revisou as recomendações.


terça-feira, 29 de maio de 2018

Comer um ovo por dia diminui o risco de doença cardíaca


Ovos têm um histórico complicado na mídia. Quem não se lembra de ler e ouvir que comer ovos demais aumenta o colesterol ruim? Esta informação era veiculada por causa da descoberta que os ovos têm alto índice desse tipo de colesterol, mas pesquisas mais recentes apontaram que na verdade eles ajudam a melhorar o colesterol bom (LDH), que é um componente importante das nossas células.

Agora um estudo recém publicado na revista Heart comprova os resultados positivos dos ovos na nossa saúde cardíaca. Um grupo de pesquisadores da China e do Reino Unido quis ver na prática a ligação entre consumo frequente de ovos e desenvolvimento de doenças cardíacas e circulares.

Cientistas “descozinham” um ovo
Para isso, eles usaram dados de um estudo anterior, que incluiu quase meio milhão de adultos com idades entre 30 a 79 anos de 10 regiões diferentes da China.

Cerca de 416 mil participantes com boa saúde e livres de problemas como câncer, doença cardíaca e diabetes foram escolhidos. Eles foram questionados sobre a frequência em que consumiam ovos, e foram acompanhados por quase 9 anos.

Cerca de 13% dos participantes informaram que consumiam ovos todos os dias, enquanto 9% disseram que nunca ou apenas raramente comiam ovos.

Ao final do período de acompanhamento, 83.977 deles desenvolveram doenças cardíacas, sendo que 9.985 morreram. Aconteceram 5.103 grandes eventos coronários como derrames e ataques cardíacos.

Os resultados mostram que pessoas que comiam ovos diariamente tinham menos risco de ter doenças cardíacas em geral.

Quem comia até um ovo por dia teve 26% menos chance de ter derrame, 18% menos chance de morrer de doenças cardiovasculares, além de 12% menos chance de ter doenças cardíacas isquêmicas quando comparado com pessoas que comiam ovos raramente.

Uma dúzia de fatos extraordinários sobre ovos
Ovos são alimentos ricos em proteína, vitamina e fosfolipídios. Um ovo contém 35% da quantidade diária de colina, um nutriente importante para a função cognitiva e que pode proteger contra o mal de Alzheimer. [Science Alert]


segunda-feira, 28 de maio de 2018

Redobre a atenção aos sintomas de infarto nos dias frios


Ficar alerta aos diversos sintomas do infarto é importante porque o ataque cardíaco é uma condição sistêmica, indo muito além do coração.

Infartos mais frequentes no inverno

Seja extremamente vigilante sobre os sintomas de um ataque cardíaco durante os dias mais frios.

Já havia indícios epidemiológicos de que grandes variações de temperatura aumentam a incidências de ataques cardíacos.

Agora, um estudo de grandes proporções feito em Taiwan concluiu que os ataques cardíacos são mais propensos a acontecer quando as temperaturas caem. O alerta é importante porque grande parte da população associa o risco de ataques cardíacos ao calor.

"Nós constatamos que o número de ataques cardíacos (infarto agudo do miocárdio) flutua com as estações do ano, com mais ataques ocorrendo no inverno em comparação com o verão. Os ataques cardíacos aumentaram drasticamente quando a temperatura caiu abaixo de 15 graus Celsius.

"Quando a temperatura cai, as pessoas com alto risco de ataque cardíaco devem ser alertadas para sintomas como dor no peito e falta de ar.

"Os grupos de risco incluem pessoas que tiveram um ataque cardíaco anterior, idosos ou aqueles com fatores de risco, como diabetes, pressão alta, tabagismo, obesidade e estilos de vida sedentários. Ataques cardíacos podem causar a morte repentina, então é essencial procurar urgentemente assistência médica quando ocorrerem os sintomas," resumiu o professor Po-Jui Wu, do Hospital Memorial Kaohsiung Chang Gung, coordenador do estudo.

Aumentos de infarto por grau de temperatura

Quando a temperatura mais baixa do dia ficou entre 15 e 20º C, a incidência relativa de infarto agudo do miocárdio aumentou 0,45% para cada 1º de queda na temperatura.

Quando a temperatura mais baixa do dia estava abaixo de 15º C, cada 1º C de queda na temperatura foi associado a um aumento de 1,6% na incidência relativa de infarto agudo do miocárdio.

Fonte: http://www.diariodasaude.com.br/news.php?article=redobre-atencao-sintomas-infarto-inverno&id=12802&nl=nlds - Redação do Diário da Saúde - Imagem: Medical University of Vienna

sábado, 24 de março de 2018

6 sinais externos de que você pode ter problemas no coração

As doenças cardiovasculares são a principal causa de morte no mundo todo.

Infelizmente, o primeiro sinal que muitas pessoas têm de que seu coração não está em boas condições é quando sofrem um ataque cardíaco. De acordo com o Ministério da Saúde, no Brasil, 300 mil pessoas sofrem infartos todos os anos. Em 30% dos casos, o ataque cardíaco é fatal.

Embora seja impossível detectar sozinho todos os alertas que indicam que você tem um problema no coração, existem alguns sinais visíveis e externos que podem prever um futuro evento cardíaco.

Tenha em mente de que os sintomas da lista abaixo também podem ter causas benignas. Se você estiver preocupado com sua saúde ou em dúvida, deve procurar um médico para obter uma opinião especializada.

1. Sinais de Frank
Um desses indicadores externos é o aparecimento de pregas diagonais nos lóbulos das orelhas, conhecidas como “sinais de Frank”, em homenagem a Sanders Frank, o médico americano que as descreveu pela primeira vez.
Mais de 40 estudos científicos demonstraram que há uma associação entre essas pregas na orelha e o risco aumentado de aterosclerose, uma doença em que placas se acumulam dentro das artérias.


 Não está claro qual é a causa da associação, mas pode ser que as duas condições tenham uma origem embriológica compartilhada.
Mais recentemente, algumas pesquisas notaram que estas pregas também podem ter ligação com doença cerebrovascular, uma condição que afeta os vasos sanguíneos no cérebro.

2. Xantomas
Outro indicador externo de problemas cardíacos são os xantomas, saliências gordurosas e amareladas que podem aparecer nos cotovelos, joelhos, nádegas ou pálpebras. São espécies de “tumores benignos”, ou seja, inofensivos, mas podem ser um sinal de problemas maiores.
Os xantomas são mais comumente vistos em pessoas com uma doença genética chamada hipercolesterolemia familiar. Indivíduos com essa condição têm níveis excepcionalmente altos de LDL (lipoproteína de baixa densidade), o chamado “colesterol ruim”. Os níveis deste colesterol são tão altos que se depositam na pele. Infelizmente, esses depósitos de gordura também podem se acumular nas artérias que suprem o coração.
O mecanismo que causa esses depósitos de gordura nos tecidos ocupa um lugar icônico na medicina, pois levou ao desenvolvimento de um dos grupos de drogas que reduzem o colesterol: as estatinas.

3. Hipocratismo digital
Um fenômeno conhecido como hipocratismo ou baqueteamento digital também pode ser um sinal de que nem tudo está bem com o seu coração.
 Nele, as unhas mudam de forma, tornando-se mais grossas e largas, devido à produção de mais tecido. A mudança geralmente é indolor e acontece nas duas mãos. Isso pode ocorrer porque o sangue oxigenado não atinge os dedos adequadamente, de forma que células produzem um “fator” que promove o crescimento para tentar corrigir o problema.
Esse sintoma médico foi descrito pela primeira vez por Hipócrates, no século V aC. É por isso que é às vezes chamado de “dedos hipocráticos”.

4. Arcos senis
Depósitos de gordura nos olhos, chamados de “arcos senis”, também podem podem indicar problemas cardíacos.
Esses arcos começam na parte superior e inferior da íris, até progredir para formar um anel completo. Não interferem na visão.
Cerca de 45% das pessoas com mais de 40 anos têm esse halo de gordura ao redor da íris, aumentando para cerca de 70% nas pessoas com mais de 60 anos.
A presença desse anel gorduroso tem sido associada a alguns dos fatores de risco para doença coronariana.

5. Dentes e gengivas podres
O estado da sua saúde bucal também pode ser um bom indicador do estado da sua saúde cardiovascular.
A boca é cheia de bactérias, boas e ruins. As bactérias “ruins” podem entrar na corrente sanguínea pela boca e causar inflamação nos vasos sanguíneos, o que por sua vez pode levar a doenças cardiovasculares.
Estudos mostraram que perda dentária e gengivas inflamadas (periodontite) são marcadores de doença cardíaca.

6. Lábios azuis
Outro indicador de saúde é a cor dos seus lábios.
Os lábios geralmente são vermelhos, mas podem assumir uma coloração azulada (cianose) em pessoas com problemas cardíacos, quando o sistema cardiovascular falha em liberar sangue oxigenado para os tecidos.
Naturalmente, as pessoas também podem ficar com os lábios azuis quando estão com muito frio ou em altitude elevada. Nesses casos, a “boca roxa” provavelmente é devida a uma falta temporária de oxigênio, e deve retornar ao normal rapidamente. [ScienceAlert, Brasil]


domingo, 22 de outubro de 2017

Exame rápido pode descartar risco de ataque cardíaco

O c-MyC é um gene regulador que codifica uma proteína multifuncional, com papel importante na progressão do ciclo celular, na apoptose (morte programada) e na transformação celular.

Um novo exame de sangue, batizado de cMyC, promete descartar o risco de um ataque cardíaco iminente em menos de 20 minutos.

Uma equipe do King's College de Londres avaliou o novo teste e garante que ele pode representar uma economia de milhões de dólares anualmente, liberando leitos e enviando para casa tranquilos os pacientes sem riscos.

Cerca de dois terços dos pacientes com dor no peito que vão ao hospital não sofreram um ataque cardíaco de fato.

Um eletrocardiograma pode mostrar rapidamente ataques cardíacos importantes, mas não é razoável descartar eventos cardíacos menores, mas que ainda podem ameaçar a vida do paciente. Por isso esses pacientes são mantidos hospitalizados sob observação.

Atualmente, os pacientes com dor torácica e eletrocardiograma limpo podem fazer um exame de sangue diferente para detectar um ataque cardíaco, chamado troponina. Mas ele precisa ser repetido três horas mais tarde para capturar sinais de danos nos músculos cardíacos.

Já os níveis de cMyC - sigla em inglês para proteína de ligação à miosina cardíaca C - aumentam mais rapidamente e em maior intensidade após um ataque cardíaco do que as proteínas de troponina.

Isto significa que um teste de cMyC pode permitir que os médicos descartem imediatamente o ataque cardíaco em uma proporção maior de pacientes, defende a equipe do Dr. Tom Kaier, que publicou seus resultados na revista Circulation.

Eles realizaram exames de sangue de troponina e cMyC em quase 2.000 pessoas com dor torácica aguda acolhidas em hospitais na Suíça, Itália e Espanha. O novo teste foi mais eficaz para identificar os pacientes sem riscos nas primeiras três horas após o início da dor torácica.

"Nossa pesquisa mostra que o novo teste tem o potencial de tranquilizar muitos milhares a mais de pacientes com um único exame, melhorando sua experiência e liberando valiosos leitos hospitalares nas emergências e enfermarias em todo o país," disse o Dr. Kaier.


Fonte: http://www.diariodasaude.com.br/news.php?article=exame-risco-ataque-cardiaco&id=12367&nl=nlds - Com informações da BBC - Imagem: AbsturZ/Wikipedia

sexta-feira, 25 de agosto de 2017

Infarto dá 4 sinais 1 mês antes de acontecer. Entenda como isso pode salvar sua vida

Ao contrário do que se pensa, um infarto nem sempre é súbito e inevitável. Manter-se atenta aos sinais que o problema dá é uma atitude eficiente para evitar que a alteração cardíaca seja fatal. Quem diz é um recente estudo, que também lista os sintomas que você não pode ignorar.

Sintomas de infarto: quando aparecem?
Um estudo norte-americano, publicado no periódico Annals of Internal Medicine, se propôs a estudar os sintomas do infarto em mais de 800 adultos com idade entre 35 e 65 anos.

Os pesquisadores descobriram que os sintomas aparecem muito antes de ocorrer o ataque cardíaco e chamam atenção para a necessidade de as pessoas não os ignorarem ou considerarem "procurar um serviço médico apenas se o problema piorar". O recomendado é procurar um serviço médico assim que aparecerem os sintomas descritos a seguir.

Sinais que antecedem
1 mês antes
Para surpresa dos responsáveis pelo estudo, os sintomas surgiram até 1 mês antes de ocorrer o infarto em metade dos participantes do estudo.
O principal sintoma identificado nesse período foi dor no peito. A ocorrência de dispneia, uma alteração do ritmo respiratório que causa falta de ar, também foi alta principalmente entre as mulheres.

24 horas antes
Quase todos os participantes (93%) tiveram sintomas recorrentes durante as 24 horas que precederam o infarto. Além de dispneia e dor no peito, os outros dois sinais identificados nesse período foram palpitação e desmaio.


terça-feira, 13 de junho de 2017

Guia de primeiros socorros para o infarto

O que você pode fazer se alguém ao seu lado tiver suspeita de um ataque cardíaco. Esse conhecimento pode salvar vidas!

No meio do nada ou a poucos quarteirões de um hospital, tomar as decisões certas faz toda diferença na hora de salvar uma vida em casos de infarto. Mas como identificar esse tipo de emergência? “Além das pontadas agudas no peito, dificuldades para respirar, palidez, suor frio, náuseas, vômitos, tontura, confusão mental, perda de consciência e dores difusas nas costas, nos braços e na mandíbula entregam um coração em apuros”, diz o médico Agnaldo Píspico, da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo. Siga os procedimentos listados abaixo se alguém à sua volta apresentar esses sintomas:

1. Procure ajuda
Antes de tudo, sempre ligue para o serviço de emergência, como o Samu (192) ou os bombeiros (193).

2. Na pressa
Caso a ambulância vá demorar acima de 20 minutos, é melhor correr para o hospital mais próximo de carro ou táxi.

3. Sem exercícios
Não permita que a pessoa com sintomas faça qualquer esforço físico, muito menos dirija até o pronto-socorro.

4. Sem comer
Não ofereça alimentos ou bebidas à vítima. Além de ser um desperdício de tempo, isso traria até problemas.

5. Trato prévio
Se o indivíduo não tiver alergia à aspirina, dê dois comprimidos desse remédio, que tem poder anticoagulante.

6. Sem aperto
Em situação de desmaios, deite o corpo em posição confortável. Afrouxe as roupas, os sapatos e os acessórios.

7. Tranco elétrico
Confira se há um desfibrilador. Por lei, lugares com grande circulação precisam ter o aparelho.

8. Hora da ação
Se o infartado estiver sem batimentos e respiração, inicie a massagem cardíaca. Veja como proceder no esquema abaixo.

Massagem salva-vidas

1. Posicione o corpo com as costas no chão. Se ajoelhe ao lado e fique bem perto do tronco da pessoa.

2. Coloque uma mão sobre a outra. Elas ficarão no meio do peito, na altura dos mamilos.

3. Deixe os braços esticados. Lembre-se: a força deve ser feita com os ombros, não com os cotovelos.

4. Aplique uma pressão vigorosa, de modo que a caixa torácica desça até 5 centímetros.

5. Repita o movimento sem parar 120 vezes por minuto, ou duas vezes a cada segundo.

6. Se você cansar (o que acontecerá logo), chame alguém para continuar realizando a ação.

7. Não faça a respiração boca a boca: as diretrizes atuais desaconselham o procedimento.

8. Mantenha a massagem cardíaca até a chegada da ambulância.


Fonte: http://saude.abril.com.br/medicina/primeiros-socorros-para-infarto/ - Por André Biernath - Foto: Dercilio/SAÚDE é Vital

sábado, 11 de março de 2017

Infarto em mulheres: os sintomas são diferentes

O ataque cardíaco mata mais do que o câncer de mama e, no sexo feminino, suas manifestações nem sempre dão pistas de que o problema está no coração

Sintomas clássicos: são os mesmos que aparecem nos homens

Dor no peito em aperto, que pode irradiar para o braço esquerdo, o pescoço, a mandíbula, o estômago e até as costas
Náusea
Vômito
Suor frio
Desmaio
Sintomas atípicos: mais frequentes no sexo feminino
Enjoos
Falta de ar
Cansaço inexplicável
Desconforto no peito
Arritmia

Como surgem os sintomas
Não existe uma regra para a forma como os sinais do infarto dão as caras. Eles podem tanto se manifestar todos juntos como surgir separadamente. Isso quer dizer que a dor no peito, por exemplo, pode tanto vir acompanhada de suor frio ou vômito como aparecer sozinha.

Quando me preocupar
O fato de você sentir uma dor no peito, um enjoo ou um cansaço não significa, é claro, que se trata de um piripaque no coração. De qualquer forma, é bom ficar atenta, principalmente se você se encaixa no grupo de risco para sofrer um ataque cardíaco. “Somente por meio de exames clínicos é possível saber se a pessoa está tendo um infarto. Por isso, o ideal é que, na dúvida, o paciente vá a um hospital”, orienta o cardiologista Cesar Jardim, coordenador do Clinic Check-Up do Hospital do Coração (HCor), em São Paulo.

Como sei se estou no grupo de risco?
Entre os fatores que aumentam a probabilidade de uma mulher sofrer um ataque cardíaco estão: hipertensão, diabetes, colesterol alto, sedentarismo, estresse, obesidade, histórico familiar e tabagismo. No caso desse último item, vale alertar para os casos em que o hábito de fumar é associado ao uso de pílulas anticoncepcionais. “Essa combinação é trombogênica, ou seja, propicia a formação de coágulos que podem entupir os vasos”, explica Jardim.
Outro ponto de atenção deve ser a menopausa, período em que a mulher perde a proteção vascular proporcionada pelos hormônios femininos, como o estrógeno. “Ele facilita a circulação do sangue pelas artérias e protege o endotélio, tecido que reveste o interior dos vasos”, esclarece o cardiologista Carlos Costa Magalhães, diretor de Promoção da Saúde Cardiovascular da Sociedade Brasileira de Cardiologia.

Uma vida saudável é a melhor prevenção
Além de tratar os fatores de risco – isto é, controlar a pressão, o diabetes e o colesterol, parar de fumar, perder peso… –, é fundamental adotar um estilo de vida saudável. Por isso, pratique atividade física regularmente, procure relaxar e adote uma alimentação balanceada – com muitas frutas, verduras e legumes e baixo consumo de itens ricos em sódio, nutriente que contribui para o aparecimento da hipertensão.


quarta-feira, 25 de janeiro de 2017

6 sinais que o corpo dá semanas antes de um infarto

Muitos sintomas são ignorados, mas podem ajudar a detectar um infarto antes mesmo de acontecer

Cerca de 30% das mortes no Brasil acontecem por causa de doenças cardiovasculares, a maior causa de óbitos no mundo todo, sendo o infarto o grande vilão. Também chamado de infarto agudo do miocárdio ou ataque cardíaco, esse problema pode ser fatal.

O infarto acontece quando uma ou mais artérias que levam oxigênio ao coração (artérias coronárias) são obstruídas abruptamente por um coágulo de sangue, formado em cima de uma placa de gordura (ateroma) existente na parede interna da artéria.

Algumas pessoas estão mais propensas para uma ataque cardíaco. Os principais fatores de risco para um infarto são: tabagismo, hipertensão, colesterol elevado, diabetes, sedentarismo, obesidade, estresse, alcoolismo e histórico familiar de infarto.

Porém, com o cuidado e atenção devida, é possível notar sinais (ainda que muito sutis) de um infarto semanas antes de acontecer. "Os sintomas precoces aparecem em cerca de 50% dos casos, mas costumam ser ignorados", afirma o cardiologista Rogério Marra, do Hospital Samaritano de São Paulo. Abaixo, descubra alguns sinais que, se combinados, podem ser indicativos precoces de infarto:

1. Dor na região torácica
"Às vezes o primeiro sintoma se externa como dor na região do tórax e peito, podendo irradiar de formas diferentes, pelos ombros, costas, braços, pescoço e até mandíbula", explica Marra. Essa dor surge de forma súbita, enquanto a pessoa realiza suas atividades normais ou até dormindo.

2. Falta de ar
A sensação de aperto no peito pode interferir nos pulmões, traduzindo-se na dificuldade de respirar. "Tamanho desconforto no paciente, isso pode gerar uma falta de ar", diz o especialista.

3. Náusea, indigestão, azia ou dor abdominal
Por causa desses sintomas, muitas vezes o problema é confundido como um simples desconforto digestivo. "O médico deve estar muito atento e, se possível, ser especialista para conseguir fazer o diagnóstico correto", de acordo com Marra.

4. Tontura
Algumas semanas antes de um infarto, também é possível vivenciar tonturas. Por isso, é importante "evitar dirigir nesse caso, pois arritmias e desmaios podem colocar em risco você e os outras pessoas", ressalta o cardiologista Bruno Valdigem, do Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia.

5. Suor frio
Junto com a tontura, o paciente também pode relatar suor frio, decorrente das dores no peito. "Apesar de ser um sintoma simples, eles representam algo progressivo: quanto mais cedo a pessoa chegar no hospital, mais fácil será diminuir os danos", afirma Marra.

6. Fraqueza
A fraqueza passa despercebida muitas vezes, mas é preciso atenção, pois pode ser um indicativo de algo mais grave. "Esse quadro é um desafio, pois de todas as avaliações do pronto socorro, 20% são relacionadas ao coração, então o médico pode não entender que esse sintoma se trata do coração", conta Rogério.