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segunda-feira, 6 de julho de 2020

Não consegue dormir? 7 maneiras de combater a insônia sem remédio


Confira dicas que podem te ajudar a alcançar um sono mais tranquilo de maneira natural

Quem já sofreu com insônia sabe: a sensação de saber que você vai ter que levantar em algumas horas e simplesmente não conseguiu desligar é aterrorizante. Mas, antes de apelar para os remédios (que podem causar vícios e danos ao corpo), veja aqui as consequências e sinais de um sono ruim e experimente essas x maneiras de combater a insônia sem remédio.

 “A insônia é a dificuldade para pegar no sono e manter-se dormindo por horas suficientes, apesar das condições ideais. Ela pode ser aguda, e durar menos de 3 semanas, ou crônica. Nesse último caso, ocorre pelo menos três vezes na semana, em períodos superiores a um mês. As causas mais comuns da insônia aguda são os fatores estressores, como mudança no ambiente de dormir, alterações no turno de trabalho, uso de substâncias estimulantes (como cafeína e nicotina), estresses psicológicos intensos, entre outros. Já a insônia crônica tem como principal causa a má higiene do sono, e, em menor frequência, pode estar ligada a doenças neurológicas, como Mal de Parkinson ou Alzheimer”, explica Gustavo Mury, otorrinolaringologista do Hospital CEMA.

Consequências da insônia
“A qualidade de sono é um dos grandes pilares da medicina do estilo de vida e, hoje, sabemos que um sono ruim pode ser responsável por vários problemas de saúde. Desde hipertensão arterial e obesidade até quadros de demência precoce, já que o sono é diretamente relacionado à saúde cognitiva. O sono ruim pode levar também a quadros mentais como ansiedade, perda de concentração e depressão”, ensina Aline Lamaita, Cirurgiã vascular e angiologista, membro da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular.

Sinais de que você não está dormindo bem – e não está percebendo
Há ainda pessoas que não passam a noite em claro mas ainda acordam com cansaço todo dia, devido a um sono agitado. “Irritabilidade, dificuldade de concentração e cansaço durante o dia podem ser sinais de que seu sono não está sendo reparador, mesmo se você tem a impressão que dormiu tempo suficiente. Pode ser um sinal de que a qualidade do sono não está sendo ideal”, aponta Aline. Algumas aplicativos para celular detectam de maneira superficial a qualidade do sono, monitorando sua movimentação durante a noite. É uma ferramente que ajuda mas para realmente detectar se você está com problemas para dormir sem perceber, o ideal é procurar um profissional especializado em distúrbios do sono.

7 maneiras de combater a insônia sem remédio

1. Guarde a cama para dormir e para o sexo
Se você a usar para outras atividades, como trabalhar, comer, ou assistir TV, seu cérebro afasta a associação do móvel com o sono e corre o risco de desenvolver hábitos que levam à insônia, explica Gustavo.

2. Medite
É difícil se desligar quando você teve um dia muito agitado ou terá um pela frente. Infelizmente, o nosso cérebro não tem um botão de liga e desliga. Por isso, a meditação é um ótimo exercício de conscientização para relaxar. A respiração profunda vai ajudá-lo a desligar das atividades e pensamentos sobre o mundo exterior (como preocupações com atividades do dia seguinte), se concentrar e dormir melhor.

3. Mantenha um horário consistente
Manter uma rotina de sono é importante para aqueles com insônia crônica. Tente não dormir mais cedo que um horário determinado mas manter a hora com a qual o seu corpo está acostumado. A única exceção é se você realmente não estiver cansado no horário determinado, então precisa esperar até que seu corpo desacelere, mas fique longe de tecnologia e alimentos pesados enquanto espera o sono vir, já que esses fatores vão atrapalhar seu sono, como explicamos a seguir.

4. Não cheque o relógio ou celular
Se você acordar no meio da noite e não pode voltar a dormir, não olhe para o relógio. Se fizer isso, é provável que comece a pensar sobre quanto tempo falta para o alarme disparar, e isso não vai lhe fazer nenhum bem.  O telefone é proibido nessa hora, já que a sua luz azulada pode perturbar ainda mais o sono. Portanto, resista!

5. Monte o ambiente ideal
Segundo Gustavo e Aline, qualquer forma de energia é contra-indicada dentro do quarto. Deixe a televisão restrita à sala, para evitar que a luz azul reprima a produção do hormônio do sono. Além disso, a temperatura amena (em torno de 21ºC) é a ideal para a produção hormonal correta. Também promova um ambiente silencioso e com pouca luz.

6. Pratique atividade física durante o dia
Segundo Aline, a prática, além de gastar energia, ajuda a regular a produção hormonal, diminuindo as chances de insônia. Mas preste atenção: Gustavo chama atenção para limitar a prática a até no máximo 2 horas antes da sua hora de dormir, já que a atividade causa um pico temporário de energia logo após ser feita.

7. Faça refeições leves antes de dormir
Nutrientes de difícil digestão como gordura ou carboidratos simples vão exigir mais do nosso corpo para serem processados, fazendo com que o corpo se mantenha desperto. Procure comer apenas proteínas leves (como de carnes brancas ou legumes), carboidratos leves (como grãos integrais) e saladas. “Também fique longe de cafeína, energéticos, bebidas alcoólicas e cigarros até pelo menos 4 horas antes de dormir”, indica Gustavo

Fonte: https://boaforma.abril.com.br/saude/nao-consegue-dormir-5-maneiras-de-combater-a-insonia-sem-remedio/ - Por Redação Boa Forma - Unsplash/Reprodução - Pexels/Reprodução

quarta-feira, 29 de abril de 2020

10 dicas que combatem a insônia e ajudam a dormir melhor


Evitar álcool, escolher um bom colchão e associar a cama ao sono são alguns dos segredos

Dormir é relaxante e ainda faz bem para a saúde. Tem coisa melhor? Tem sim, saber que ele ainda ajuda a viver mais. Um estudo realizado pela American Academy of Sleep Medicine provou que dormir bem é um dos segredos para a longevidade.

Porém, para algumas pessoas, uma boa noite de sono não é conquistada tão facilmente. A insônia pode ser decorrente de problemas de saúde. "O problema pode ser decorrente de transtorno ansioso, quadro depressivo, problemas neurológicos como a síndrome das pernas inquietas, apneia do sono ou mesmo um transtorno chamado de movimentos periódicos do sono, entre outros", enumera Stella Tavares, neurofisiologista do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo.

Mas, antes de pensar que o problema é de saúde, vale cogitar: será que você está tendo hábitos saudáveis antes de dormir? "Alguns costumes como uso excessivo de computadores, alimentação pesada antes de dormir e situações de tensão podem sim prejudicar o sono", lista Daniel Inoue, médico especialista em Medicina do Sono do Hospital Santa Cruz de São Paulo.

Para resolver o problema nesses casos, listamos alguns cuidados que podem ajudar a melhorar a qualidade do seu sono. Mas se nada disso funcionar, vale então procurar um médico.

1 - Escolha o melhor travesseiro
Ao pensar em um bom travesseiro, é importante sempre levar em conta a posição em que você dorme. "Ao deitar-se de lado, é importante que ele seja mais alto, para que o pescoço fique alinhado com resto da coluna. Agora, se você deita de barriga para cima, o ideal é usar um travesseiro mais baixo, para que a cabeça não fique muito acima", considera o ortopedista Cássio Trevizani, do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP).
Agora, se sua posição favorita é de bruços, o ideal é não usar travesseiro nenhum. Porém, essas regras se invalidam caso você tenha algum problema específico de saúde. "No caso de doenças associadas como o refluxo gastroesofágico e também algumas cardiopatias, a recomendação por travesseiros mais altos é feita", recomenda Daniel Inoue, médico especialista em Medicina do Sono do Hospital Santa Cruz de São Paulo.
Quanto ao material, vale escolher o que você preferir. Alguns conservam suas características por mais tempo, como o de viscoelástico, por exemplo. Mesmo assim, sempre que você perceber que o travesseiro está ficando mais baixo, o ideal é comprar outro. "A troca deve ser feita quando apresentarem deformidades ou algum tipo de incômodo para a pessoa dormir", alerta Inoue.

2 - Colchão também é importante
Tão essencial quanto o apoio para a cabeça é a base em que ficará o resto do corpo. Por isso mesmo o colchão é um item fundamental para um sono de qualidade. "É sempre importante pensar que a sua coluna deve estar alinhada ao se deitar", pondera o ortopedista Trevizani.
"Do ponto de vista prático, existem os modelos ortopédicos, com maior resistência e densidade, que normalmente são feitos com molas e com espuma de viscosidade mais alta", finaliza.
A regra principal, no entanto, é que ele seja confortável e que ao acordar você não sinta dores no corpo. E se com o tempo você começar a acordar com desconfortos, talvez já seja hora de trocar.

3 - Bebidas que ajudam
O conselho da vovó de beber um chá pode muito bem estar certo. "Chás calmantes como a camomila, erva doce e cidreira contribuem para dormir melhor, pois ajudam no relaxamento", considera o médico do sono Daniel Inoue.
O leite morno pode ser uma pedida também, por conter triptofano, um aminoácido precursor da serotonina, mesmo que em quantidades pequenas. Uma boa dica para potencializar essas bebidas é incluir o mel.
Alguns tipos desse doce, como o silvestre, o de flor de laranjeira e o assa-peixe tem propriedades calmantes e ajudam corpo e mente a relaxarem, de acordo com a nutricionista Thais Souza, da Rede Mundo Verde.

4 - Reduza a ansiedade
Quando a insônia bater por ansiedade, você pode usar algumas técnicas para reduzi-las. Experimente algo que você sabe que costuma relaxar vocês. Por exemplo, para pessoas mais tranquilas e que já tenham feito ioga, por exemplo, experimentar uma mentalização pode ser uma boa pedida.
"Mas se você não está acostumado, isso pode piorar sua ansiedade em querer dormir logo", considera a neurofisiologista Stella. Melhorar a respiração, fazendo exercícios de inspirar e expirar lentamente, também pode ser uma boa pedida, mas treine fazer isso acordado.

5 - Cuidado com o álcool
A qualidade do seu sono ao beber uma cerveja, vinho ou destilado não será das melhores. "Como ele relaxa a musculatura toda, inclusive do pescoço, ele deixa a via aérea aberta, o que favorece a apneia do sono, fazendo com que a pessoa durma de forma irregular ao longo da noite", explica Stella Tavares. Por isso podemos roncar mais quando bebemos.

6 - Associe a cama ao sono
"A cama deve ser restrita ao sono e as atividades sexuais", ressalta o médico do sono Inoue. Isso porque, quando seu cérebro entende que a cama é um local de dormir, fica mais fácil fazer com que o sono venha. Agora, se você costuma comer, usar o computador ou mesmo ler um livro na cama, a sonolência pode ser tornar mais difícil.

7 - Atente-se as cortinas
Ter uma cortina de boa qualidade pode não parecer, mas é tão importante quanto o colchão e o travesseiro. Isso porque a iluminação está diretamente relacionada com o sono, já que tudo isso é regido pelo ciclo circadiano, que leva em conta, entre outros fatores, o dia e a noite.
"Um dos hormônios ligado ao sono é a melatonina, e ela é melhor produzida quando estamos no escuro. A luminosidade alta interfere em sua liberação", ensina enumera Stella Tavares, neurofisiologista do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo.
De acordo com a especialista, você pode até ter uma pequena luminosidade no quarto, até porque algumas pessoas não conseguem dormir sem ela. Mas quando a luz fica muito forte, o corpo sente como se não fosse o momento certo de adormecer. Além disso, a luz que entra de manhã pela janela favorece o despertar. Portanto, vale a pena ficar com as cortinas fechadas se você quer dormir um pouco mais.

8 - Cuidado com eletrônicos no quarto
Isso vale para o uso de objetos eletrônicos no quarto, que são muito estimulantes. "Assistir filmes, navegar pela internet, utilizar redes sociais ou mesmo jogos online, podem aumentar o grau de excitação e isso pode ser prejudicial ao sono", considera Inoue.
O ideal é que uma hora antes de dormir você se desconecte um pouco e relaxe. Para esse momento, vale diminuir a intensidade da luz, colocar uma música relaxante ou fazer uma leitura tranquila, nada que desperte muito a sua mente.

9 - Evite brigas no quarto
Não adianta limpar o ambiente apenas dos estímulos tecnológicos. Evitar brigas, estresse e discussões de problemas no quarto também é muito importante. "Em situações de tensão, encontramos aumento das catecolaminas, que são substâncias responsáveis pela excitação e responsáveis pelo aumento do nível de atenção", explica o médico do sono Inoue. Portanto, isso só vai dificultar que seu cérebro relaxe até o estado de subconsciência.

10 - Exercícios na hora certa
Além da luz, a temperatura corporal também ajuda a regular o sono: quando ela cai, ficamos mais sonolentos. Porém, quando fazemos atividades físicas, a tendência é que fiquemos mais quentes. "O ideal é não fazer exercícios à noite, pois isso acaba atrapalhando o sono", estatiza Stella. Mas, caso seja o único horário que você tem, o melhor é deixar para deitar-se até três horas depois.


terça-feira, 14 de janeiro de 2020

Inovações para evitar e combater o AVC


Táticas preventivas, tratamentos modernos e novas formas de levar informação podem mudar o cenário do AVC, a segunda causa de morte no Brasil

É assustador: um em cada quatro adultos no mundo vai sofrer o acidente vascular cerebral (AVC). O rompimento ou o entupimento de um vaso sanguíneo na cabeça respondem por 10% das mortes no planeta.

“No Brasil, notamos uma tendência de aumento no número de casos, mas a mortalidade deve diminuir nos próximos anos”, analisa o neurologista Cesar Minelli, de Matão (SP), que apresentou dados inéditos sobre o tema durante o Congresso Brasileiro de Doenças Cerebrovasculares, realizado no final do ano passado em Goiânia.

Infelizmente, o número de  ocorrências só cresce. Só na cidade de Matão, em média, 127 casos de AVC ocorrem a cada 100 mil habitantes por ano. E 26% dos pacientes da cidade paulista não resistem e morrem anualmente após o derrame.

Apesar de ser um perigo em ascensão, tem muita notícia boa sobre o tema. Conheça novos tratamentos, formas de prevenção e maneiras de levar informação que podem mudar o cenário brasileiro:

Programa de saúde pública bem-sucedido
Lançada em 1994, a Estratégia Saúde da Família (ESF), do governo federal, abrange enfermeiros, médicos e dentistas, que fazem o acompanhamento da população de um determinado bairro ou região. Os profissionais são responsáveis pela atenção básica das pessoas, o que inclui vacinação, campanhas de prevenção, consultas simples e exames de rotina.
Mais que resolver queixas pontuais, um programa desses traz resultados de longo prazo. “Descobrimos recentemente que nas regiões em que a ESF está implementada há menos internações por AVC”, revela Minelli.

Trombectomia, um tratamento aprovado com louvor
A trombectomia é um tratamento em que o cirurgião guia um cateter até o cérebro para retirar o trombo que fecha a passagem do sangue. O Ministério da Saúde encomendou um estudo para ver se essa estratégia seria custo-efetiva na rede pública.
“Os resultados mostraram que o paciente submetido a essa operação tem 3,4 vezes mais probabilidade de não ficar com sequelas”, conta a neurologista Sheila Martins, presidente da Rede Brasil AVC.
A expectativa é que o método, já disponível nos planos privados, seja englobado em breve pelo Sistema Único de Saúde, o SUS.

Outras saídas para frear o AVC
Anticoagulante: remédio que dissolve o coágulo, deve ser usado nas primeiras quatro horas após o início dos sintomas.
Cirurgia: quando a artéria se rompe no cérebro, muitas vezes é preciso drenar o sangue que se espalhou.

Precisão a despeito da hora
Para escolher qual será a resposta para o entupimento cerebral, o médico pergunta quando se iniciaram os sintomas (boca torta, dificuldade de fala, dor de cabeça…). Mas e se o sujeito dormiu bem e acordou mal? Como saber o momento exato?
“Cerca de 20% dos pacientes chegam ao pronto-socorro nessas condições”, calcula o neurologista Octávio Pontes Neto, da Universidade de São Paulo em Ribeirão Preto.
A boa notícia é que novos equipamentos permitem calcular o tamanho do estrago com mais exatidão, o que dobra as chances de oferecer um melhor tratamento.

O implante que poupa neurônios
Um grupo de mais de 80 cientistas espalhados por 18 países está testando um dispositivo peculiar que poderá ser utilizado logo depois do AVC.
Com o tamanho de 4 centímetros, ele é instalado num nervo que fica perto do nariz e dos olhos. Ao ser ativado, estimula a chegada de mais sangue ao cérebro, o que ajudaria a manter os neurônios vivos por um tempo extra e reduziria as sequelas.
Os testes iniciais, que envolveram mais de mil voluntários, mostraram que o implante é seguro e pode trazer ganhos em situações específicas. “Porém, antes de colocarmos essa ideia na prática, ainda devemos aguardar resultados mais contundentes”, avalia Sheila Martins.
A instalação é simples: basta introduzir uma injeção pelo buraco do nariz até chegar ao fundo da cavidade nasal. O implante fica grudado num nervo chamado gânglio esfenopalatino. Ele é acionado por um controle remoto. Com isso, há um incremento no aporte de oxigênio e nutrientes para a massa cinzenta.

Capacitação de crianças para salvar vidas
Durante o congresso em Goiânia, a Rede Brasil AVC iniciou uma campanha que vai percorrer escolas de todo o Brasil para ensinar estudantes de 4 a 8 anos a reconhecerem um derrame. Por meio de um filme e personagens de desenho animado, a proposta é treinar a garotada para reconhecer os principais sintomas e como agir se virem algo parecido em casa ou na rua.
“Sabemos que as crianças passam boa parte do tempo com os avós, que são o público que tem maior risco de sofrer um evento desses”, destaca Sheila. O objetivo é que o público infantil aprenda e ligue para o 192 rapidamente, sem precisar esperar a chegada dos adultos. Afinal, tempo é cérebro: cada minuto perdido pode fazer uma diferença tremenda lá na frente.

Os heróis e seus poderes

Criados na Universidade da Macedônia, eles desembarcaram este ano em terras brasileiras

Simão: é o vovô que tem o maior sorriso. Se ele não mexe a boca, algo está errado.

Bruno: possui braços fortes e firmes. Quando perde a força, é sinal de encrenca.

Fiona: sua voz é doce e angelical. Preocupa caso não consiga cantar ou falar.

Tiago: é o neto esperto e inteligente que liga para o Samu no 192 e socorre os avôs.

Um comprimido 4 em 1
Uma das principais dificuldades para manter pressão e colesterol sob controle está no tratamento de longo prazo: estima-se que menos de 10% dos indivíduos continua a tomar os remédios direitinho um ano após o diagnóstico.
Mas e se a gente tivesse uma cápsula que reunisse tudo de uma vez? Essa estratégia foi testada na Universidade de Ciências Médicas de Teerã, no Irã. Os resultados indicam que um comprimido único com aspirina, estatina (para baixar o colesterol) e dois anti-hipertensivos melhorou a adesão ao tratamento e reduziu em 34% infartos e AVCs.
A polipílula já recebeu endosso da Organização Mundial da Saúde (OMS) e deve custar menos de 30 centavos de dólar.

Vitamina D não previne o AVC
“Infelizmente, a suplementação dessa substância não demonstrou a eficácia esperada”, afirmou durante a sua apresentação no congresso o neurologista Rubens José Gagliardi, da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo. O especialista se referia a um estudo publicado este ano no prestigiado periódico Journal of the American Medical Association (Jama).
O trabalho liderado pela Universidade Estadual de Michigan, nos Estados Unidos, revisou as informações de 21 pesquisas feitas previamente, que acompanharam mais de 83 mil pacientes. Após toda essa análise, conclui-se que as doses de vitamina D não trouxeram nenhuma proteção contra o ataque cardíaco ou o derrame.
Se você faz uso regular desse nutriente por meio de gotas ou cápsulas, visite um médico para saber mais e receber uma orientação personalizada.

Novas ferramentas na reabilitação
A fisioterapia não é mais a mesma: hoje em dia é possível fazer uso de máquinas ultramodernas, lançar mão de remédios que mexem na química cerebral e aplicar ondas eletromagnéticas na cabeça após um AVC.
Até o popular Botox entra na jogada: as injeções dessa substância alteram não apenas o funcionamento dos músculos que ficam com sequelas, mas influenciam na conectividade entre os nervos periféricos e o sistema nervoso central.
“Nesse contexto, a toxina botulínica tem um nível alto de evidência para tratar a espasticidade, quadro marcado por rigidez e espasmos musculares constantes”, conta a neurologista Carla Moro, do Hospital Municipal São José, em Joinville, Santa Catarina.
As sequelas motoras são a complicação mais comum após os derrames. Os indivíduos deixam de movimentar partes do corpo, geralmente braços ou pernas. Esse problema traz outras dificuldades, como acessos de dor, deformidades e disfunção sexual.
Para amenizar todas essas chateações, a fisioterapia é primordial. Com as sessões, as chances de se restabelecer e ter liberdade são ainda maiores. É preciso iniciar logo cedo (se possível, no hospital) e não desistir após as primeiras semanas.

O robô que sabe tudo sobre o derrame
Alunos e professores do Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná, em Curitiba, criaram um programa de computador que responde às principais perguntas do público sobre o AVC. O sistema foi instalado no Facebook e, durante 40 dias, recebeu 138 perguntas de usuários dessa rede social.
Mais de 40% das pessoas estavam interessadas em saber mais sobre os sintomas. Na sequência, as questões variavam entre prevenção e tratamento.
“Uma ferramenta dessas consegue esclarecer de maneira prática e direta mais de 80% das dúvidas sobre o tema, o que demonstra a importância da educação continuada em saúde para a população”, argumenta o neurologista Marcos Lange, um dos responsáveis pela iniciativa.

O que causa um AVC?

Hipertensão
Sedentarismo
Colesterol alto
Dieta ruim
Obesidade
Estresse
Tabagismo
Doenças cardíacas
Alcoolismo
Diabetes

Manual básico para a alta
Depois que a situação está estabilizada, o paciente é liberado para seguir com a recuperação em casa. Nesse momento, recebe um monte de orientações sobre o que comer, quais remédios tomar, como se exercitar… É tanta coisa que a maioria dos detalhes se perde pelo caminho.
Para facilitar o processo, um grupo da Universidade Estadual Paulista (Unesp) lançou um guia que reúne de forma simples e clara todas as informações. “O livro é assinado por profissionais das mais diversas especialidades, como fisioterapeutas, fonoaudiólogos e neurologistas, e pode ser baixado de graça no site da Rede Brasil AVC”, informa a terapeuta ocupacional Natália Andrade Camargo, coordenadora da iniciativa.

Doença de Chagas também prejudica o cérebro
Transmitido pela picada do inseto barbeiro, o protozoário Trypanosoma cruzi fica escondido no organismo por décadas até afetar algum órgão, geralmente o coração. O que não se sabia até agora era que essa bagunça toda pode respingar na cabeça: pesquisadores da Universidade Federal da Bahia descobriram que a doença de Chagas é um fator de risco independente para o AVC.
“Esses pacientes desenvolvem problemas cardíacos que, por sua vez, favorecem a formação de trombos capazes de ir até o cérebro”, destrincha Pontes Neto.
Esse conhecimento tem o potencial de modificar políticas públicas e o acompanhamento de pacientes onde a transmissão da moléstia segue ativa, como São Paulo, Minas Gerais, Bahia e a Região Norte do país.

Fonte: https://saude.abril.com.br/medicina/evitar-combater-o-avc/ - Por André Biernath - Foto: Ricardo Davino/SAÚDE é Vital

quarta-feira, 25 de setembro de 2019

Como exercícios e alimentação podem ajudar a combater a depressão


A combinação entre a prática de exercícios e a boa alimentação não trazem só benefícios para o corpo

Todo ano, neste mês, é feita a campanha do Setembro Amarelo, uma iniciativa que tem como objetivo a conscientização em relação ao suicídio, bem como sua prevenção. Mas por que é tão importante separarmos um mês inteiro só para falar sobre o assunto? Porque nunca houve tantos diagnósticos de transtornos mentais quanto antes, principalmente entre os brasileiros. Segundo dados recentes da Organização Pan Americana de Saúde (OPAS), por exemplo, nós somos o país com mais pessoas ansiosas no mundo (18,6 milhões, um total de 9,3%).

Além disso, um dos mais depressivos também: 11,5 milhões de brasileiros possuem este diagnóstico. O transtorno psíquico da depressão provoca alterações de humor suficientemente graves e, se não tratado adequadamente, pode resultar no suicídio. “Em seus estágios iniciais, o paciente geralmente perde o interesse pela vida, bem como o prazer de realizar tarefas que antes ele gostava muito. Sente uma tristeza profunda, muitas vezes sem motivo. Tudo isso está ligado à diminuição de neurotransmissores em nosso corpo. São eles que equilibram os hormônios ligados à sensação de bem-estar”, explica a psicóloga Glaucia Pasqualini, que atende pelo aplicativo de terapia online FalaFreud.

Ainda segundo a especialista, a depressão deve ser tratada com procedimentos multidisciplinares e individualizados, ou seja, variando de acordo com a gravidade, idade e aceitação dos tratamentos. O primeiro deles é o uso de remédios que terão a capacidade de regular melhor esses hormônios em falta no organismo. Além disso, é preciso um acompanhamento psicológico para tentar identificar os possíveis motivos e traumas que desencadearam a doença. E preencher a agenda diária com tarefas que gerem felicidade. “A pessoa com depressão se perdeu e precisa se encontrar. Nesse processo de autoconhecimento, a relação dela com o ambiente é fundamental para suas forças internas”, afirma Glaucia Pasqualini.

É aí que entram atividades como a prática de algum esporte, por exemplo. “A indicação de atividades físicas para meus pacientes é imprescindível. Adoto essa orientação a todos, sejam mais novos ou mais velhos”, diz a psicóloga. Mas não é só a vida ativa que pode contribuir para uma melhora do quadro, sabia? Escolhas saudáveis também, como a alimentação mais natural. Fomos consultar especialistas para entender melhor a relação. Veja o que eles disseram:

Atividade física x depressão
São inúmeros os estudos que ligam o esporte com os menores índices de depressão nos indivíduos. Um deles, realizado pelo Hospital Geral de Massachusetts (MGH), em 2019, por exemplo, utilizou análises genéticas para chegar à conclusão de que pessoas com a enfermidade eram menos ativas. Apesar de ainda não haver uma explicação comprovada pela ciência sobre essa relação, já existem algumas pistas. “Os exercícios físicos melhoram a qualidade do sono e liberam hormônios importantes para a mente. Eles também promovem a distração dos estímulos estressores e melhoram a qualidade de vida”, diz a psicóloga. 

Sem contar a melhora na interação social graças a um maior convívio entre pessoas. E as mudanças no corpo. “Durante a realização de exercícios físicos, o organismo libera dois hormônios essenciais para auxiliar no tratamento da depressão, a endorfina e a dopamina. Ambos têm influência principalmente sobre o humor e emoções”. Glaucia dá algumas dicas de modalidades que você pode apostar:

“Os esportes coletivos como o futebol, basquete, vôlei – ou qualquer outro que envolve trabalho em equipe – proporcionam contato humano, amenizando a sensação de solidão.”
“O ciclismo é uma ótima opção para quem não curte muito o ambiente interno da academia, e pode ser praticado nas ruas.”
“A corrida não para de crescer no Brasil. É um esporte prático e recompensador, que necessita apenas de força de vontade e um par de tênis adequado para que você não tenha problemas com impacto nos quadris, joelhos e tornozelos.”

Alimentação x depressão
E quando se trata da saúde mental e o que a gente coloca no prato? Mais evidências científicas. Uma revisão de 16 estudos anteriores publicada em maio no Psychosomatic Medicine (e que envolveu mais de 46 mil pessoas) observou que qualquer melhora na alimentação alivia os sintomas depressivos. Seja em reduzir gorduras, cortar calorias ou simplesmente investir em comida mais nutritiva.

O médico nutrólogo Alexander Gomes de Azevedo vai além e afirma que alguns alimentos têm mais potencial em ajudar na melhora do bem-estar. Veja quais:

Proteínas: “Carnes magras, ovos e leites (e derivados) possuem triptofano, aminoácido que atua na formação da serotonina.”
Aveia: “Também fonte de triptofano, contém selênio, mineral que colabora para a produção de energia. Os carboidratos presentes no alimento elevam os níveis de insulina e facilitam a absorção de triptofano.”
Banana: “Fonte de carboidratos que estimulam a produção de serotonina, ela contém vitamina B6, importante na condução dos impulsos nervosos e na prevenção da ansiedade e irritação.”
Oleaginosas: “Alimentos como nozes, castanhas e amêndoas são fontes dos minerais magnésio, cobre e selênio, que reduzem o estresse e melhoram a memória.”
Pimenta:  “A capsaicina é o princípio ativo que causa a sensação de ardência. Ela estimula o cérebro a produzir mais endorfina, hormônio responsável pela sensação de euforia e redução do estresse.”
Chocolate: “É um dos produtos que tem o poder de causar sensação de prazer. Isso acontece porque a versão amarga (que possui pelo menos 70% de cacau na composição) é fonte de triptofano e ainda possui teobromina, substância da família da cafeína que tem efeito estimulante.”
Mel: “A serotonina é produzida no intestino e o mel é um importante regenerador da microflora intestinal.”

O contrário também é válido: comer mal também pode ser prejudicial para a mente. Segundo o nutrólogo, vale evitar aquilo que aumenta as oscilações de humor, como as bebidas alcoólicas, fast-foods, refrigerantes e alimentos ricos em açúcares e gorduras, como frituras e doces. “Eles alteram bruscamente o nível de açúcar no sangue, mudando a produção de hormônios no corpo”, explica.

Você não está sozinha, viu? Caso sinta que precisa de ajuda, vale ligar gratuitamente para o Centro de Valorização da Vida (CVV) nos números 188 e 141.


terça-feira, 20 de agosto de 2019

Conheça os tratamentos mais eficazes para combater a celulite


Saiba como melhorar a irregularidade na pele que atinge boa parte das mulheres a partir da puberdade

A celulite compromete mulheres jovens e adultas a partir da puberdade. Essa alteração está relacionada a predisposição genética, tipo do corpo, liberação de hormônios femininos, sedentarismo e obesidade e aparece principalmente nas nádegas, coxas e, mais tarde, nos braços e abdômen.

Ela está relacionada ao aparecimento de irregularidade cutânea tipo casca de laranja, além de nódulos e depressões, dor e aumento de gordura. Existe uma gradação progressiva de sintomas no aparecimento.

A retenção líquida é o primeiro acontecimento e esse edema piora a troca metabólica entre as células. Os adipócitos ficam mais inchados promovendo a formação de irregularidade cutânea.

A celulite é mais frequente nas mulheres curvilíneas, que respondem mais a ação dos hormônios femininos. A pele com celulite tem tendência a piorar cada vez mais, pois a troca metabólica vai piorando e causando mais alterações de irregularidade (nódulos depressões e de dolorimento local).

Como tratar
Quanto antes for feito o tratamento da celulite mais resultado positivo será alcançado. Dieta equilibrada, exercícios moderados, tanto de musculação quanto aeróbicos, são importantes durante o tratamento.

A drenagem linfática manual ou com aparelho também é útil em todos os graus de celulite hídrica e melhora a troca metabólica.

A subcisão é o tratamento mais eficaz atualmente. Ela é feita manualmente com agulhas ou cânulas e também com  aparelhos tipo laser lipólise. Trata-se de quebrar as traves fibrosas, liberar o tecido e regularizar a superfície cutânea.

São utilizadas agulhas especiais sendo que a área é previamente anestesiada. A agulha faz movimentos de vai e vem e pode causar hematomas que desaparecem em 10 dias. No tratamento com laser lipólise, a quebra da fibrose é feita com a cânula do laser que libera energia num comprimento de onda que destrói a gordura. A cânula do laser quebra a fibrose, e a luz do laser destrói a gordura. Além disso, o laser também libera a energia de um 2° comprimento de onda, que estimula o colágeno.

Outro tratamento feito para celulite é a bioestimulação que preconiza injetar substâncias como o ácido polilático e a hidroxiapatita de cálcio e espalhar as mesmas no subcutâneo. Elas são injetadas com cânulas que liberam as traves fibrosas e provocam o estímulo de colágeno.

O tratamento completo da celulite preconiza 6 sessões de radiofrequência e drenagem linfática, uma de subcisão ou laser lipólise e duas sessões de bioestimulação com intervalos semanais ou quinzenais.


domingo, 18 de agosto de 2019

Vinagre, cravo, café: como acabar com as formigas sem usar inseticida


Seis truques fáceis para você se livrar dessas pequenas feras que insistem em invadir nossas casas!

A casa está limpinha, aparentemente não tem nenhum doce descoberto fora do lugar, tudo ok mesmo. Mas, de repente, lá estão elas andando sobre a mesa, sobre a bancada da pia na cozinha, sobre eletrodomésticos. Elas: as formigas. Do nada. De onde vieram? POR QUE vieram?

A bióloga Cláudia Campos explica: “As formigas domésticas são onívoras e sobrevivem à base de açúcares e proteínas. Muitas vezes a gente acha que está tudo guardado, tudo limpo, mas alguns microfarelos de pão ou um pouquinho do pó da granola que caiu na mesa ou na bancada, entre o saco de cereais e o bowl, são suficientes para atrai-las e a praga se espalhar pela casa.”

Para combater esse transtorno, você não precisa contratar uma dedetização profissional nem contaminar a casa com inseticidas. Trazemos aqui, com a consultoria da bióloga, seis truques naturais que funcionam mesmo para eliminar as formigas de casa.

Mas atenção: “Eles devem ser usados logo no começo da invasão e, depois, como prevenção – repelente mesmo – à chegada delas”, alerta Cláudia.

Escolha seus ingredientes e dê adeus às malignas ferinhas.

Água + detergente para limpar
Dissolva uma parte de detergente líquido (o que você usa para lavar roupa ou para lavar louça) em uma parte igual de água e com essa mistura limpe todos os lugares por onde as formigas passaram. Esta é a fórmula mais simples e eficaz para dar o primeiro passo na eliminação das formigas que já estão na sua casa. A partir daqui virão os passos de prevenção.

Vinagre de álcool para repelir
Versátil na limpeza da casa, o vinagre também evita o surgimento de novas formigas. Depois de limpar bem as superfícies por onde elas estavam passando, borrife vinagre de álcool (é o “vinagre branco”, o mais comum e mais baratinho) nesses locais e também nos cantos dos pisos e em frestinhas que encontrar ao longo das paredes. Repita a aplicação um dia sim, um dia não. Elas não voltarão.

Limão para repelir
Se você não puder ou não quiser usar vinagre, pode borrife o suco puro do limão nos cantos dos pisos e nas frestas dos ambientes. Essa aplicação também precisa ser repetida um dia sim, um dia não, pois a evaporação do suco faz com que o efeito acabe.

Pimenta ou borra de café para impedir a entrada
Um método de bloqueio físico para impedir a entrada de novas formigas em casa, que poupa o trabalho de borrifar vinagre ou suco de limão dia sim, dia não é tampar cantos, frestas, rachaduras e buraquinhos em geral com borra de café (aquele que sobra depois de você passar sua bebida). A pimenta-caiena também pode ser usada para esse fim, mas só se você não tiver animais em casa. “Cachorros e gatos podem ser intoxicados por ela”, esclarece a bióloga.

Cascas de frutas cítricas para afastar
Colocar pedacinhos – podem ser lascas – de cascas de laranja, limão ou mexerica dentro do açucareiro impede que as formigas entrem nele. “O odor faz as formigas efetivamente desviarem dos potes de açúcar”, diz Cláudia.

Sachês de cravo e canela para afastar
Coloque lascas de canela em pau e algumas unidades de cravo-da-índia em saquinhos de tule e os espalhe pela cozinha. Além de ficar uma graça e perfumar o ambiente, a união desses ingredientes faz com que as formigas não queiram transitar pelo cômodo – elas não suportam o odor de nenhum dos dois, é forte demais para elas. Troque o recheio dos sachês a cada 15 dias para manter a ação sempre em dia.


segunda-feira, 8 de julho de 2019

Chás para emagrecer: as bebidas que prometem combater o inchaço


Infusões com um mix de ervas invadiram o mercado e a internet com a promessa de desinchar e levar à perda de peso. Investigamos essa história

Nos últimos anos, os chás e infusões têm atraído um número crescente de pessoas pelo seu potencial emagrecedor. Vira e mexe uma erva rouba a cena. Já foi o chá-verde. Depois o hibisco. Agora é a vez de uma mistura: uma combinação de folhas de chá-verde, mate verde, hortelã, sálvia, carqueja e alecrim, além do pó da raiz desidratada do gengibre e da semente de guaraná.

A fórmula é comercializada por marcas como Desinchá e Herbal Nutrition e também pela rede de produtos naturais Mundo Verde. A proposta? Acabar com a retenção de líquidos e, claro, viabilizar o emagrecimento. Para ter ideia do sucesso, a Desinchá, primeira a lançar a receita, cresceu 2 740% nos primeiros seis meses de atuação, e está em mais de 7 mil pontos de vendas pelo país.

“O blend oferece um estímulo diurético, que ajuda na eliminação de líquidos pelo corpo. Além disso, combate a formação de gases”, explica a nutricionista Ana Paula Montemor, consultora da Desinchá, de São José dos Campos, no interior paulista. “A combinação ainda apresenta ação termogênica, ou seja, eleva o gasto calórico e facilita o emagrecimento”, acrescenta.

Como se não bastasse, a especialista cita propriedades anti-inflamatórias, que tornariam o organismo mais saudável. Para experimentar tudo isso na prática, a sugestão é consumir de um a dois sachês do chá por dia — quente ou frio, fica a critério do freguês.

Mas, antes de comprar a ideia (e os produtos), é preciso gerenciar as expectativas. Ora, não basta só tomar as xícaras por algum tempo e, pronto, a barriga vai embora. Apesar de soar clichê, não existem milagres quando o assunto é a perda de peso.

“Em geral, o efeito dos chás no emagrecimento é discreto. Quem busca esse objetivo precisa adotar uma alimentação balanceada, praticar exercícios físicos regularmente e ter um sono de boa qualidade”, defende a nutricionista Clarissa Hiwatashi Fujiwara, da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica, a Abeso. A bebida seria, assim, um coadjuvante no processo.

Conheça cada ingrediente do mix que tem feito sucesso no mundo do emagrecimento
Sálvia: esta erva reúne certos ativos, como óleos essenciais e flavonoides, que combatem a formação de gases e são diuréticos.

Mate verde: tem papel antioxidante, anti-inflamatório, diurético e lipolítico, ou seja, aumenta a queima de gordura devido à presença de xantinas.

Hortelã: contribui para a digestão de proteínas e, por causa do mentol, favorece os movimentos intestinais e reduz a formação de gases.

Gengibre: a raiz possui bioativos com ação anti-inflamatória e diurética, além de acelerar o metabolismo e estimular a queima de gordura.

Guaraná: a semente da planta usada nos chás apresenta substâncias que elevam o gasto calórico e baixam o colesterol.

Chá-verde: é diurético e dá pique. Graças às catequinas, combate os radicais livres que atormentam as células e ajuda a impedir o acúmulo de gordura.

Carqueja: melhora a digestão e impede o acúmulo de gordura nas células. Também evita a retenção de líquidos.

Alecrim: concentra substâncias que previnem o estufamento causado pelos gases e exibe potencial antioxidante e anti-inflamatório.

Como os chás ajudam no emagrecimento
Nunca é demais reforçar que o ganho de peso e o inchaço são influenciados por vários fatores, como estilo de vida sedentário, alimentação desequilibrada, excesso no consumo de sal, baixa ingestão de água e até alterações hormonais. Sem falar que o metabolismo de cada pessoa é diferente. Sozinho, um chá não tem poder para driblar tudo isso. Mas será que a nova mistura de plantas é especialmente eficaz?

“Por ter uma quantidade limitada de cada ingrediente, a fórmula acaba restringindo a ação das ervas”, avalia Vanderli Marchiori, nutricionista e presidente da Associação Paulista de Fitoterapia. “Por outro lado, pode haver uma sinergia entre elas. Mas, para confirmar isso, é necessário fazer um estudo com o blend na proporção em que é vendido. Hoje, não temos esses dados”, completa.

De fato, algumas ervas isoladas e em maiores concentrações são capazes de oferecer ótimos resultados, informa a nutricionista especialista em fitoterapia Roseli Rossi, da Clínica Equilíbrio Nutricional, na capital paulista. É o caso do chá-verde, feito a partir da planta Camellia sinensis — que também dá origem ao chá-branco e ao chá-preto.

Pesquisadores da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo (Esalq) já testaram a bebida durante dois meses entre mulheres acima do peso e verificaram que ela impulsionou o emagrecimento — principalmente quando aliada ao exercício.

Um dos motivos é a alta concentração de catequinas, que parecem favorecer a quebra de gorduras. Já a cafeína presente na planta contribuiria para a transformação dessa gordura em energia.

Outra espécie parceira é a erva-mate, nativa do Brasil — opção mais barata do que o blend, diga-se. De acordo com um estudo sul-coreano, pessoas com sobrepeso que consumiram cápsulas com a erva tiveram uma redução no percentual de gordura corporal após 12 semanas de uso.

Mas uma pesquisa nacional, da Universidade Federal de Santa Catarina, chegou a identificar efeito emagrecedor da própria bebida entre indivíduos com alteração no colesterol. A cafeína (mais uma vez!) e as propriedades diuréticas do chá-mate responderiam pela façanha.

Opções para atuarem como parceiras na perda de peso não faltam. Mas, se você curtiu pra valer o gostinho daquele mix de oito ingredientes, vá em frente. “É uma maneira de ingerir mais líquidos com prazer e sem calorias. Desde que não seja adicionado açúcar à preparação, claro”, diz Vanderli.

“Esse mix também ajuda a controlar a vontade de doce, uma vez que estimula as papilas gustativas a aceitarem melhor os sabores amargo e azedo”, observa Ana Paula.

Não dá para negar que uma infusão ao natural, seja de qual tipo for, cai melhor do que bebidas açucaradas, como achocolatado, refrigerante e néctar. Ainda assim, nada de exagerar na quantidade, tá? “O consumo, em geral, não deve ultrapassar 1 litro por dia, justamente por conter substâncias diuréticas e estimulantes”, lembra Vanderli. Bom senso é bem-vindo até na hora do chá.

Dicas que fazem a diferença na hora de consumir a sua infusão preferida
Melhor não adoçar: prefira tomar o chá sem açúcar. Assim, evita-se incluir mais calorias na dieta. Se achar difícil de engolir, bote um tiquinho de mel.

Prefira o natural: em geral, os chás prontos têm menos propriedades (e mais açúcar) do que os feitos com folhas secas ou saquinhos.

O tempo certo: “coloque a erva na água fervente e deixe por três a cinco minutos para liberar os fitoquímicos importantes”, ensina Vanderli Marchiori.

A proporção ideal: para cada sachê, use 250 mililitros de água. E, para cada litro, uma colher de sopa da planta seca. Diluir demais reduz os efeitos da erva.

Tem cafeína? Pense no sono: como a substância é estimulante, chás como o verde e o mate devem ser evitados a partir das 17 h para não interferir no descanso noturno.

Quando tomar: evite os chás no almoço e jantar. “Substâncias como a cafeína prejudicam a absorção de ferro dos alimentos”, diz Clarissa Fujiwara.

Não ignore o inchaço
Muitas vezes ele é resultado de situações como aumento da temperatura (que dilata os vasos), excesso no consumo de sal e até ação dos hormônios. No entanto, há casos em que o inchaço sinaliza questões mais sérias, a exemplo de doenças cardiovasculares, diabetes e problemas renais.

“Observe se ele incomoda, se persiste por mais de cinco dias e se há outros sintomas associados”, recomenda a médica Maria Fernanda Barca, doutora em endocrinologia pela Universidade de São Paulo. “Caso já tenha uma doença conhecida, procure o médico com urgência”, avisa.


quarta-feira, 22 de maio de 2019

Como combater a insônia: alimentação pode ser aliada


Associação Brasileira do Sono (ABS) afirma que mais de 73 milhões de brasileiros sofrem do mal

Alguns dormem menos, outros mais. O consenso entre os estudiosos, no entanto, é que adultos devem dormir de 7 a 9 horas todas as noites, segundo a Fundação Nacional do Sono, nos Estados Unidos. Ter o tempo ou até mesmo o sono para isso pode ser um privilégio. O pneumologista Maurício da Cunha Bagnato, integrante da Unidade de Medicina do Sono do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, afirma em entrevista ao portal Drauzio Varella que cerca de 30% a 40% das pessoas têm ou terão insônia em algum momento da vida. Saiba mais sobre esse mal e como combater a insônia.

“A insônia, na maioria das vezes, é provocada ou agravada por um fator externo, como dores no corpo, trauma emocional e trabalho em turnos diferentes, por exemplo. Até mesmo o baixo nível sócio-econômico e a preocupação com o desemprego podem estar entre as causas de insônia. O fator genético também pode influenciar, mas é uma parcela muito pequena, 5% a 15% dos casos apenas”, explica Louise Soares, fisioterapeuta e especialista em saúde integrativa.

A especialista conta que, para as pessoas mais velhas, no entanto, o tempo de sono pode ser naturalmente menor. Isso porque, com a idade, o hormônio que regula o sono (melatonina) tem sua produção diminuída. Ainda assim, as horas de descanso devem sempre revigorar energia. Se você acorda com sensação de fadiga, é um sinal de que algo está errado. Além de cansaço, a insônia aumenta o risco de doenças como hipertensão, doenças cardiovasculares, derrames, doenças neurológicas e Alzheimer, segundo a profissional. Por isso, é muito importante saber como combater a insônia, ou ao menos minimizá-la.

Alimentação saudável
Duas substâncias são essenciais para a produção de melatonina no corpo. Uma é o ácido fólico, presente nas folhas verdes escuras, aveia sem glúten, chocolate, semente de girassol e amêndoas, entre outras, conforme Louise. A outra é a vitamina B6, encontrada em bifes de fígado, no pistache, nas castanhas e no salmão.

“As pessoas têm muito preconceito com bife de fígado, mas ele é excepcional! É no bife de fígado que estão diversos elementos especiais e diversas vitaminas. Então eu recomendo que as pessoas consumam pelo menos uma vez por semana. Existem muitas opções para conseguir esses nutrientes que ajudam a produzir a melatonina”, afirma a especialista.

Louise Soares também ressalta que é preciso ter cuidado quanto à ingestão de melatonina não natural. Segundo a especialista, consumo em excesso pode causar dependência. Além disso, pode fazer com que a glândula pineal, responsável pela produção do hormônio, pare de cumprir sua função. Antes de tomar medicamentos, consulte um médico.

“Não tire cochilos durante a tarde, regule os horários e procure dormir diariamente no mesmo horário. Evite comer muito tarde e, se for comer, prefira alimentos leves e de fácil digestão”, completa a especialista.

Fonte: https://sportlife.com.br/como-combater-a-insonia/ - Gabriel Chaves - Foto: Hans Braxmeier/Pixabay

quinta-feira, 28 de março de 2019

Mudanças na alimentação podem evitar o aparecimento das varizes


Conheça quais alimentos podem ajudar a combater o surgimento das veias e vasinhos dilatados.

Elas nem sempre são aparentes. E também não necessariamente causam dor e desconforto em quem as têm. As varizes, vasinhos e veias dilatados que comumente afetam os membros inferiores, são causadas por problemas circulatórios e, apesar de consideradas crônicas (ou seja, sem solução definitiva), podem muito bem ser evitadas e combatidas com hábitos mais saudáveis e uma alimentação equilibrada.

Fatores genéticos são os principais desencadeadores das varizes, mas hormônios desregulados (não é à toa que mulheres grávidas sofrem com inchaços nas pernas), pouca hidratação, sedentarismo, tabagismo e obesidade também contribuem para a má circulação do organismo. “Quando há sobrepeso, por exemplo, o maior volume abdominal faz com que haja um aumento na pressão dos membros inferiores, dificultando o retorno venoso”, explica a cirurgiã vascular Cláudia Fiorini, de São Paulo.

Sim, a gente sabe que ainda não existe um método milagroso que acabará com o problema de uma vez por todas. Mas fazer exercícios regularmente, tomar muita água e manter a dieta em dia são práticas de sucesso para adotar na rotina já. Ainda mais se seu cardápio estiver repleto destes alimentos aqui:

Fibras
Se o intestino não trabalha bem, parece que o corpo todo sente, não é? E o bom funcionamento do sistema digestivo ajuda a manter a circulação sanguínea em dia. “Além disso, a prisão de ventre causa um aumento da pressão abdominal, o que consequentemente prejudica nossas coxas e pernas”, diz Cláudia.
O segredo para isso não ocorrer é apostar nas fibras. “Vá nas folhas verdes-escuras e em muita água”, explica a nutricionista Maria Clara Pinheiro, do Rio de Janeiro. Aliar o consumo do líquido com as fibras é imprescindível, caso contrário, o efeito pode ser bem indesejado: ficar dias sem ir ao banheiro!
Alguns exemplos são: couve, grãos e farelos no geral (aveia, arroz integral, linhaça) e os cereais.

Alimentos anti-inflamatórios
A gente já sabe que sal em excesso contribui muito para a formação dos edemas (retenção de líquido) e, consequentemente, para o inchaço dos membros. Substituí-lo por especiarias na hora de temperar a comida pode ser uma boa opção para você. “A cúrcuma, além de saborosa, possui ações anti-inflamatórias”, diz Maria Clara.
E preferir as comidas que trazem esse benefício também é ótimo para combater as varizes. Elas promovem uma limpeza dos vasos sanguíneos e diminuem os riscos de inflamações. Valem os peixes ricos em ômega 3 (atum, salmão, sardinha), linhaça e cebola.

Alimentos antioxidantes
E para veias e vasos não dilatarem, nada melhor do que fortalecê-los. Esse é o papel dos antioxidantes. “Eles ajudam a proteger as paredes venosas”, explica a nutricionista. Você pode encontrar a propriedade as frutas vermelhas (morango, ameixa, framboesa), frutas ricas em vitamina C (laranja, acerola, kiwi) e aquelas com licopeno (melancia e tomate).

Potássio
Ele disputa com o sal na concentração sanguínea: quanto mais potássio presente no sangue, menos sal, e vice-versa. Portanto, nada melhor do que apostar na banana, damasco, abacate, melão e na beterraba para dizer adeus à retenção!

Fonte: https://boaforma.abril.com.br/nutricao/mudancas-na-alimentacao-podem-evitar-o-aparecimento-das-varizes/ - Por Amanda Panteri - Vasyl Dolmatov/Thinkstock/Getty Images