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sábado, 31 de outubro de 2015

10 motivos para amar seus cabelos brancos e rugas



Por mais que a mídia diga que não, envelhecer é totalmente natural. Você pode assumir suas marcas do tempo com alegria e sem medo

O corpo humano passa por diversas transformações ao longo dos anos. Ao chegar à terceira idade, é comum que cabelos brancos e rugas comecem a aparecer, entre outros sinais. É comum também que com a chegada desses sinais apareçam algumas insatisfações com a aparência e a vontade constante de camuflar algumas dessas marcas, seja colorindo os cabelos brancos ou passando por procedimentos cirúrgicos e estéticos para amenizar os sinais.

Muitas vezes a insatisfação com as mudanças na aparência pode ocorrer devido a pressões sociais para que o visual mantenha-se sempre jovem. Isso porque, na maioria das vezes e principalmente ao se tratar de mulheres, a mídia busca retratar um corpo sempre jovem. A mulher da terceira idade quando retratada em produções para a televisão, por exemplo, quase sempre não aparenta a idade e a publicidade vende incessantemente produtos e procedimentos para que a juventude seja eterna.

Envelhecer é natural e as novas características adquiridas com o passar dos anos não devem ser vergonhosas, escondidas ou ainda camufladas com procedimentos que visam externar um corpo jovem. É lógico que o uso de procedimentos ou não deve ser feito de acordo com a vontade da mulher e como ela se sentir melhor e levar em conta exclusivamente a opinião da própria. É primordial que a escolha de cada mulher seja respeitada, portanto, camuflando os sinais da idade ou não, toda mulher deve ser aceita tal como ela escolheu ser.

10 motivos para amar seus cabelos brancos e rugas

As pressões sociais impostas diariamente sobre o ideal de beleza muitas vezes desencorajam mulheres a aceitarem seus corpos, suas texturas de cabelo e essa cobrança pode ser ainda maior com as mulheres idosas. Não ceder a todas essas imposições diárias pode ser complicado, mas se a sua vontade é de não intervir no processo de envelhecimento, saiba que é possível e que existem muitos motivos para isso. Confira a lista abaixo com alguns deles e inspire-se:

1. Você deixa de correr riscos com procedimentos cirúrgicos invasivos
Todo procedimento cirúrgico pode apresentar riscos, por mais simples que ele seja. Além do mais, alguns procedimentos podem exigir um tempo de repouso. Se você escolheu não passar por esses procedimentos, consequentemente, além de não correr riscos, também terá mais tempo para relaxar e aproveitar seus momentos com outras atividades.

2. Você aproveita melhor o seu dinheiro
Procedimentos cirúrgicos, estéticos e até mesmo uma ida mensal ao salão de beleza para colorir os fios brancos podem custar caro. Se você não gasta com esses procedimentos, você pode aproveitar melhor seu dinheiro e gastá-lo com viagens, passeios e onde mais desejar.

3. As famosas não aparentam ter a idade que tem
São comuns muitas notícias sobre determinada famosa que tem 70 anos com carinha de 40. A maioria das famosas da terceira idade já passou por inúmeros procedimentos para aparentar juventude. Tenha em mente que você não precisa obrigatoriamente usar famosas como espelho e aparentar menos idade que tem.

4. Envelhecer é totalmente natural
Por mais que a mídia diga que não e que existam inúmeras maneiras para tentar preservar a juventude, isso não é obrigatório. Envelhecer é natural e todos que atingirem determinada idade irão passar pelo processo de envelhecimento.

5. Você inspira outras mulheres a fazerem o mesmo
Ao envelhecer naturalmente você encoraja outras mulheres a fazerem o mesmo. Você pode também contar sobre o seu processo de aceitação para outras mulheres e assim inspirá-las a seguirem o mesmo caminho.

6. Envelhecer naturalmente é um ato de resistência
Se você opta por envelhecer sem procedimentos você está negando os padrões sociais de beleza. Apenas ao deixar seus cabelos brancos e não intervir em suas rugas, você já é uma mulher forte que resiste aos padrões.

7. A sua aparência não precisa estar de acordo com os padrões
Só quem sabe o que é melhor para você é você mesma. Portanto, mesmo que os padrões de beleza digam que você deve ser de determinada maneira, você não precisa. Sua aparência precisa apenas estar de acordo com o que você desejar e não de acordo com o que é certo para a sociedade.

8. Você tem mais tempo para se dedicar ao seu lado interior
Se dedicar ao seu interior pode acontecer de diversas formas, pode ser aprender alguma atividade nova, se dedicar aos artesanatos que gosta, ao lado espiritual, entre outras coisas. Resumindo, o tempo que os procedimentos estéticos tomariam de você, pode ser dedicado a inúmeras atividades que trazem satisfação interior.

9. É um processo de autoconhecimento
Ao entrar no processo de aceitação das marcas do tempo, a mulher passa a se conhecer melhor, consegue ver como o processo de envelhecimento acontece e sabe com exatidão como a aparência dela realmente é.

10. Não lutar contra as marcas do tempo não é sinal de desleixo
Ao contrário do que muitas pessoas possam dizer, deixar os cabelos branquearem naturalmente e não camuflar as rugas, não significa que a mulher não cuida da sua aparência e que está desleixada. O conceito de cuidados com a beleza pode e deve abranger todas as maneiras que as mulheres decidiram ser.

sábado, 1 de agosto de 2015

5 atitudes para envelhecer bem (e sem medo!)

Passou da hora de quebrar estereótipos sobre a velhice e começar a investir no seu futuro.

Um estudo feito pelo Instituto QualiBest indicou que a maior parte dos brasileiros entre 18 a 61 anos têm medo de envelhecer, principalmente por causa de problemas de saúde e uma possível instabilidade financeira no futuro. A pesquisa compõe a "Campanha Envelhecer Sem Vergonha", que propõe um novo olhar sobre o envelhecimento, sem preconceitos e premissas negativas.

De acordo com especialistas, envelhecemos todos os dias e isso não é ruim, aliás, há oportunidades diárias de amadurecimento para fazer decisões e planejamentos importantes para alcançar boa estabilidade e resultados no futuro. Sentar e esperar a velhice chegar sem o menor preparo pode deixar qualquer pessoa menos saudável!

Se você faz parte do grupo que tem medo de envelhecer, estas dicas vão fazer você se preparar para isso de forma saudável e nada assustadora!

Trabalhe a aceitação
De acordo com os dados do levantamento, as mulheres são a maioria dos que se sentem desconfortáveis ao dizer a idade. Claro que é normal ser vaidosa e ter seus truques de beleza para se sentir bem, mas aceitar as suas formas e beleza naturais acaba tornando-a mais segura para as mudanças do corpo conforme você envelhece. 
A geriatra e gerontóloga Andrea Prates, coordenadora executiva do Centro Internacional de Informação para o Envelhecimento Saudável (Cies), aconselha: "Envelhecer com qualidade vai muito além da questão cronológica, é acompanhar seu corpo durante este processo, não tentar ir contra ele". 

Mantenha amigos e família por perto
Segundo Rita Cecília Ferreira, psiquiatra responsável pelo Programa da Terceira Idade do Instituto de Psiquiatria da USP, solidão não é algo comum na velhice. Esta é a principal preocupação de 57%, dos entrevistados com relação ao futuro, o que quase não aparece nas versões Europeia e Americana da pesquisa (conhecidas como Get Old), regiões onde os jovens são criados para saírem de casa mais cedo do que no Brasil.
É comum que as pessoas se distanciem com a correria do dia a dia, mas a tecnologia, principalmente a internet, é um recurso muito útil para manter laços. "É importante levar estas relações para fora da tela do Skype, combinar encontros e comparecer", aconselha Rita. 

Trabalhe até quando puder
Para 70% dos entrevistados, uma boa velhice vem com um bom planejamento financeiro, mas somente 45% dos indivíduos consultados dizem que poupam dinheiro. Claro que manter a poupança atualizada pode render bons frutos, porém alguns estigmas sociais sobre a velhice podem impedir um futuro promissor.
Para o educador e conselheiro profissional José Augusto Minarelli nunca é tarde para trabalhar e investir. "As pessoas estão muito apegadas a ideia de emprego e renda fixa, nem se imaginam sem seus empregos".
Este pensamento padrão desestimula a capacidade empreendedora, principalmente em pessoas aposentadas, que sofrem o preconceito de idade no mercado. "Enquanto formos capazes de produzir e ajudar pessoas que consumiram nossos serviços, estamos aptos para o trabalho", conclui.

Mantenha-se ativa
Desde a leitura diária para saber o que está acontecendo no mundo, até as atividades físicas que você mais gosta de praticar. Mantenha seu corpo e mente ativos e querendo mais. E sem desculpas de não ter tempo! Isto é o que faz os jovens ficarem cada vez menos ativos. 

Mantenha os exames e consultas em dia
Parece óbvio, mas sempre vale a pena lembrar a importância da saúde preventiva. Segundo Andrea, os diversos estudos que comprovam que as mulheres tendem a viver mais do que os homens não refletem a realidade. "Sim, os homens ainda são mais expostos a situações de riscos enquanto as mulheres são cobradas pelos cuidados domésticos, de saúde e beleza. Mas ao mesmo tempo, as mulheres que entram no mercado de trabalho são mais cobradas e atarefadas ainda, o estresse é muito comum e prejudicial", observa. 

quinta-feira, 16 de julho de 2015

Conheça 10 fatores que encurtam a expectativa de vida

Tabagismo, sobrepeso e problemas financeiros são pontos negativos na busca da longevidade

Todo mundo quer viver muitos anos, não é mesmo? Mas você já se questionou se está somando mais pontos contra do que a favor na busca pela longevidade? Por isso mesmo, um estudo da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, divulgado no Journal of American Medical Association (JAMA) em 2013 elencou uma série de fatores que podem aumentar as chances de morte nos próximos 10 anos. De acordo com os pesquisadores, quanto mais deles constarem em sua lista, maiores são as chances de ter a vida encurtada, pois cada um acrescenta pontos às estatísticas. Listamos aqui quais são eles, explicando sua relação e o que dá para fazer para prevenir esses problemas. Confira!

Idade, ela pesa

Infelizmente, essa não dá para evitar, o tempo traz mudanças implacáveis no nosso organismo. "O envelhecimento é um fato, as células envelhecem, elas são datadas a viver 120 anos no máximo. O processo de envelhecimento celular ajuda a desencadear diversos problemas, afinal as artérias e o cérebro, entre outras estruturas, também ficam mais velhos e perdem funções", ensina o cardiologista Otávio Gebara, professor da Faculdade de Medicina da USP e diretor de Cardiologia do Hospital Santa Paula.

Além disso, as deficiências que o nosso corpo vai adquirindo com a idade, como reparação dos tecidos e de combate a infecções e câncer, podem mascarar outros problemas de saúde. "Muitas doenças são diagnosticadas mais tardiamente, pois muitos sintomas são confundidos como processos relacionados ao envelhecimento e, quando a doença de base é diagnosticada, ela já se encontra mais avançada", salienta Luciano Giacaglia, endocrinologista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz. Portanto, quanto maior a idade, mais pontos na ficha.

Os homens correm mais riscos

Esse quesito dá dois pontos aos homens, o que no caso é negativo, já que quanto mais elevada a pontuação, maiores os riscos de morte nos próximo 10 anos. Isso porque é comprovado que as mulheres vivem mais do que os homens. "Até a menopausa, elas têm o hormônio estrogênio que protege o sistema vascular", ressalta o cardiologista Otávio Gebara. Como se não bastasse, a mulher vai ao médico com mais frequência fazer check-up e relatar suas queixas, o que lhe dá a vantagem de diagnosticar doenças mais cedo.

Além disso, os homens têm algumas desvantagens em seu organismo. "Eles têm uma taxa metabólica maior que as mulheres e o desgaste das células é mais intenso, razão pela qual o homem tende a gerar mais calor, transpirar mais, ter um intestino mais acelerado, ter mais força... E quanto mais se utiliza a máquina do corpo humano, mais precoce é seu desgaste", ensina o endocrinologista Luciano Giacaglia. 

Tabagismo

Pois é, o cigarro não poderia faltar nessa lista. O tabagismo é fator de risco para doenças como infarto, derrame, câncer, entre outras. O clínico geral Eduardo Finger, imunologista e chefe do departamento de Pesquisa e Desenvolvimento do SalomãoZoppi Diagnósticos, acredita que nosso corpo tem uma reserva de energia que acumulamos até os 35 anos e depois começa a ser gasta. "Fumar cria problemas (a inflamação e divisão celular) que, para serem resolvidos, exigem um consumo de energia. Isso demanda um movimento ativo do seu corpo, que não vai sobrar depois", ensina o médico.

Tanto que os danos do cigarro para a saúde só são realmente zerados se o indivíduo parar antes dos 30 anos. "Após isso, existe sempre prejuízo em relação aos que nunca fumaram, mas é menor do que se a pessoa continuar a fumar", ensina o endocrinologista Giacaglia. Até porque, sempre fica algum dano nos pulmões ou no coração, causados pelo mau-hábito, e por mais que a genética influencie na saúde também, 80% das causas de doenças são creditadas ao estilo de vida que a pessoa cria para si mesma. Portanto, mais dois pontos para os fumantes.

Índice de Massa Corporal (IMC)

Ter o IMC acima de 25, ou seja, com sobrepeso, resulta em mais um ponto na estatística. E alguém pode até pensar, mas qual a diferença de alguns quilinhos a mais? "A gordura produz substâncias chamadas adipocinas, que são tóxicas. Elas aumentam as chances de se apresentar hipertensão, diabetes, problemas cardíacos e câncer, entre outros", ensina o cardiologista Gebara. Mas aqui os especialistas pedem cautela, já que o IMC nem sempre leva tanto em consideração onde está concentrada essa gordura.

Inclusive, na contramão dessa pesquisa, alguns estudos demonstram que pessoas com sobrepeso têm mostrado uma maior expectativa de vida. "Em conclusão, mais que o peso ou IMC, é o percentual de gordura corporal que reflete os riscos para a saúde. A gordura localizada, principalmente na região do abdômen, é considerada a mais nociva, pois promove um quadro inflamatório que agride nossos vasos sanguíneos, propiciando infarto e AVC. Também sobrecarrega de gordura o fígado, que em alguns casos evolui para cirrose, e o pâncreas, levando ao diabetes", ensina o endocrinologista Giacaglia. 

Diabetes

Nesse quadro há alta taxa de açúcar no sangue, já que a insulina, hormônio que leva a glicose para dentro das células, está em falta ou não funciona mais tão bem. Isso danifica o corpo todo. "O excesso de glicose eleva a parede da artéria e produz os chamados produtos avançados glicosilados, que são tóxicos e enrijecem as artérias e favorecem o aparecimento de placas de colesterol", explica o cardiologista Otávio. Isso causa danos em diversas estruturas do organismo, como o cérebro, o coração e os rins. Por isso, o diabetes aumenta um ponto na lista.

Doenças cardiovasculares

Já as doenças cardiovasculares, que podem ser consequentes da diabetes ou não, representam a maior causa de mortes no Brasil, cerca de 800 mil pessoas ao ano. "A doença cardiovascular promove obstrução da parede dos vasos, que, quando mais severa, leva a falta de circulação e morte das células que são irrigadas por esta artéria", ensina o endocrinologista Giacaglia. Sendo assim, já ter tido alguma falência cardíaca e ter diabetes adiciona outros dois pontos negativos a lista. 

Câncer

O câncer também drena energia do corpo, que poderia estar sendo enviada para outros processos metabólicos. "O tumor promove perda importante de massa muscular e óssea, ainda que determinada a cura. Além disso, libera substâncias na circulação que inibem o apetite, agravando o estado de desnutrição", ressalta o endocrinologista Giacaglia. O tratamento também é arriscado, afinal a quimio ou a radioterapia acabam afetando não só as células cancerígenas, como também as normais.

De acordo com o estudo, quem já teve câncer tem muito mais chances de reapresentar a doença. "A pessoa apresenta um defeito de uma proteína que controla as mutações genéticas na célula, a chamada P-53, que por mais que o tumor seja erradicado, o problema continua", ensina o clínico geral Eduardo Finger. Ou seja, mais dois pontos no risco de morte nos próximos 10 anos.

Doença pulmonar

A doença crônica mais comum dos pulmões é o DPOC, que pode se apresentar como bronquite crônica, causando uma inflamação nos brônquios, ou como enfisema pulmonar, que resulta em destruição dos pulmões ao longo do tempo. Em ambos os casos, a passagem de ar para os pulmões, e consequentemente a entrega de oxigênio para o corpo, é comprometida. E isso causa ainda outros problemas, além da redução de energia que é fornecida ao corpo. "Toda inflamação crônica acarreta a liberação de substâncias denominadas citoquinas, que agridem as células, como a das paredes arteriais e dos rins. Além disso, a falta crônica de oxigênio leva à geração de radicais livres que atacam o DNA das células, acelerando assim o envelhecimento precoce", ensina Giacaglia. O DPOC adiciona mais dois pontos à lista. 

Dificuldades ao lidar com as finanças

Depois de tantos problemas de saúde, parece estranho ver um fator do dia a dia nessa lista. Mas se uma pessoa que lidava bem com seu dinheiro começa a ter dificuldades nessa tarefa, ainda mais com o passar do tempo, isso só pode significar algum problema cognitivo, que tende a se agravar no futuro e até se manifestar na forma de doenças como o Alzheimer. "Esse é um sinal, uma ponta de iceberg. Ao aplicar um teste cognitivo numa dessas pessoas, percebe-se muitos outros aspectos, como falhas de memória, que a pessoa consegue disfarçar no dia a dia", ressalta Otávio Gebara.

Esses males da mente podem se relacionar de diversas formas a comprometimento da expectativa de vida. "Pessoas com distúrbios cognitivos e de comportamento estão mais sujeitas a acidentes de toda espécie. Em alguns casos elas se tornam muito dependentes dos familiares, que se não tiverem boa estrutura psicológica acabam abandonando o idoso, que fica mais sujeito a desidratação, desnutrição e piora de seu cuidado higiênico", conclui Giacaglia. Este item adiciona mais um ponto à lista.

Dificuldades de locomoção, banho e manuseio de objetos

 São itens que representam o mesmo problema para a expectativa de vida, mas são contabilizados em separado na lista. Em primeiro lugar, essas dificuldades com atividades motoras representam dependência e podem aparecer em decorrência de alguma limitação físicas ou de doenças como AVC, paralisia ou Alzheimer. "São pessoas que se tornam dependentes de outras para cuidados básicos, como alimentação, higiene, lazer, e nem sempre podem estar sendo bem atendidas", acredita Gebara. Além disso, normalmente esses problemas estão ligados a uma redução da massa muscular também. "Ela é nosso reservatório de proteínas em casos de desnutrição, por exemplo. Portanto, quem tem maior reserva muscular tem maior capacidade para enfrentar doenças que exijam mais proteínas, lembrando também que os anticorpos são proteicos, ou seja, a capacidade de se defenderem de infecções fica reduzida", assinala Giacaglia. Por isso, cada um desses três problemas acrescenta um ponto à lista.

Fonte: http://www.minhavida.com.br/bem-estar/galerias/16269-conheca-10-fatores-que-encurtam-a-expectativa-de-vida - POR NATHALIE AYRES

terça-feira, 14 de julho de 2015

Você pode estar envelhecendo mais rápido do que os seus amigos

Se aquela reunião de escola 20 anos depois do término do ensino médio não era prova suficiente, os cientistas confirmaram: as pessoas envelhecem em taxas radicalmente diferentes. Um estudo com cerca de mil pessoas de 38 anos descobriu que, enquanto a maioria tinha idades biológicas próximas da sua quantia real de “primaveras”, os outros eram muito mais jovens ou mais velhos. A pesquisa foi publicada na revista “Proceedings of the National Academy of Sciences”.

Os pesquisadores usaram 18 marcadores fisiológicos, incluindo a pressão sanguínea, o funcionamento dos órgãos e o metabolismo para avaliar a idade biológica de cada um dos participantes. Para alguns, os últimos doze anos não tinham feito muita diferença em seus corpos. Outros, porém, não tiveram a mesma sorte. Um bom número de participantes tinha idades biológicas próximas dos 50 anos, enquanto um, descrito pelos cientistas como um “caso extremo”, tinha a idade biológica de 61 anos de idade. Isso significava que, a cada aniversário nos últimos doze anos, seu corpo tinha envelhecido quase três anos.

 “A esmagadora maioria está biologicamente em seus 40 e poucos anos ou mais jovens, mas há alguns casos que estão em péssimo estado. No futuro, vamos aprender sobre as diferentes vidas que as pessoas que envelhecem rápida e lentamente viveram”, disse um dos autores do estudo Daniel Belsky, professor assistente da Faculdade de Medicina da Universidade Duke, nos Estados Unidos, ao jornal “The Guardian”.

Estudo de longo prazo
954 pessoas nascidas em 1972 ou 1973 em Dunedin, na Nova Zelândia, concordaram em participar de um estudo que os seguiria dos 26 aos 38 anos de idade. Cada participante concordou em ser testado para fatores que estudos anteriores associaram ao envelhecimento. Eles fizeram isso no início do estudo e quando tinham 32 e 38 anos. Os dados foram combinados para calcular o ritmo em que cada pessoa estava envelhecendo. Do grupo original, 30 haviam morrido até os 38 anos devido a doenças graves como câncer, ou por acidentes, suicídios e overdose de drogas.
“Nosso objetivo era ver se conseguíamos medir o envelhecimento em pessoas jovens”, explica Belsky. “Está se tornando cada vez mais claro que o envelhecimento é realmente a causa de grande parte do fardo de doenças e deficiências que enfrentamos, mas a nossa ciência atual é baseada no envelhecimento em pessoas mais velhas, que já têm um monte de doenças relacionadas com a idade”. Assim, ao estudar o envelhecimento em pessoas jovens, estes males são excluídos da equação.

Idade biológica
Os cientistas elaboraram uma lista de 18 marcadores biológicos que juntos refletem idade biológica de uma pessoa. Eles incluíram medidas de função renal, hepática e pulmonar, níveis de colesterol, aptidão cardiovascular, índice de massa corporal, inflamações e os comprimentos de telômeros, que são capas protetoras que ficam nas extremidades dos cromossomos. Com base neles e nas três medições feitas ao longo dos anos, foi definido o “ritmo de envelhecimento”.
Em todo o grupo, as idades biológicas dos participantes de 38 anos variou de 28 a 61. Se um indivíduo de 38 anos tem uma idade biológica de 40, isso implica em um “ritmo do envelhecimento” de 1,2 anos por ano ao longo dos 12 anos do estudo. “Mesmo antes de desenvolver doenças relacionadas à idade, sua fisiologia mostra sinais, e há uma grande variação no quão rápido as pessoas envelheceram nos últimos 12 anos”, afirma.
Pessoas com idades biológicas maiores tiveram um desempenho pior em testes que normalmente são dados a pessoas com mais de 60 anos. Estes testes incluíram equilíbrio e coordenação, mas também tarefas mentais, tais como a resolução de problemas desconhecidos. As pessoas mais velhas biologicamente também relataram mais dificuldades com atividades como subir escadas.

Por dentro e por fora?
Os estudiosos, então, quiseram ver se as idades biológicas dos voluntários combinavam com suas aparências. Eles convidaram alunos para ver fotos dos participantes do estudo e tentar adivinhar suas idades. As pessoas mais velhas biologicamente foram constantemente classificadas como parecendo ser mais velhas do que seus 38 anos.
“Já antes da meia-idade, os indivíduos que estavam envelhecendo mais rapidamente eram menos fisicamente capazes, mostravam declínio cognitivo e envelhecimento do cérebro, relataram uma saúde pior e pareciam mais velhos,” escrevem os autores.
O próximo passo na pesquisa é “vasculhar” as vidas dos participantes de Dunedin para ver se fatores como estilo de vida, histórico médico, situação familiar e eventos estressantes podem afetar a velocidade com que as pessoas envelhecem.

Melhor prevenir do que remediar
Belsky chamou o estudo de uma “prova de conceito” para o uso de marcadores biológicos na medição do processo de envelhecimento em pessoas que são jovens demais para ter doenças relacionadas à idade. Uma medida objetiva da idade biológica, disse ele, poderia ser usada para avaliar se novas terapias anti-envelhecimento funcionam ou não em um prazo razoável.
“O que precisamos são medidas que podem mostrar se essas terapias estão funcionando, para que não tenhamos que esperar 50 anos para ver se alguém ainda está vivo ou não. Queremos um barômetro em tempo real de como uma pessoa está reagindo e se a terapia está realmente mudando a sua taxa de envelhecimento”, ressaltou.
O objetivo final é ter como alvo o envelhecimento ao invés das múltiplas doenças separadas que as pessoas estão cada vez mais propensas a desenvolver à medida que envelhecem. [TimeThe Guardian]

Fonte: http://hypescience.com/voce-pode-estar-envelhecendo-mais-rapido-do-que-os-seus-amigos/ - Autor: Jéssica Maes

terça-feira, 7 de julho de 2015

Cientistas descobrem a melhor maneira de envelhecer

De acordo com um novo estudo do Kings College London e da Universidade de Birmingham (ambas no Reino Unido), manter-se fisicamente ativo permite que você envelheça de forma ideal.

A pesquisa com ciclistas idosos descobriu que muitos tinham níveis de função fisiológica que os colocariam em uma idade muito mais jovem em comparação com a população em geral.

O estudo

84 homens e 41 mulheres entusiastas do ciclismo com idades entre 55 a 79 anos participaram do estudo.

Ciclistas foram recrutados para excluir os efeitos de um estilo de vida sedentário, o que pode agravar problemas de saúde e causar mudanças no corpo que podem parecer ser devido ao processo de envelhecimento.

Os participantes tinham que ser capazes de pedalar 100 km em menos de 6,5 horas e 60 km em 5,5 horas, respectivamente, para serem incluídos no estudo. Fumantes, bebedores pesados e pessoas com pressão arterial alta ou outras condições de saúde foram excluídas.

Os voluntários foram submetidos a dois dias de testes em laboratório. Para cada participante, um perfil fisiológico foi estabelecido, incluindo medidas cardiovasculares, respiratórias, neuromusculares, metabólicas, endócrinas, de funções cognitivas, de resistência óssea e um teste de bem-estar. Reflexos, força muscular, consumo de oxigênio durante o exercício e potência foram determinados durante a pesquisa também.

Os resultados mostraram que, nestes indivíduos ativos, os efeitos do envelhecimento estavam longe de serem óbvios. Na verdade, pessoas de diferentes idades podiam ter níveis semelhantes em funções como a força muscular, a capacidade pulmonar e a capacidade de exercício.

A taxa máxima de consumo de oxigênio mostrou uma associação mais estreita com a idade, mas mesmo usando esse marcador não foi possível identificar com algum grau de precisão a idade de qualquer indivíduo, o que seria a exigência de qualquer biomarcador útil de envelhecimento.

Em um teste básico, mas importante da habilidade de pessoas idosas – o tempo necessário para levantar de uma cadeira, andar três metros, virar, andar de volta e sentar-se novamente – também foi feito. Levar mais do que 15 segundos para completar a tarefa geralmente indica um elevado risco de queda.

Mesmo os participantes mais velhos do estudo ficaram bem abaixo desses níveis, encaixando-se dentro da norma para adultos jovens e saudáveis.

Conclusão

No geral, o estudo concluiu que o envelhecimento é provavelmente um fenômeno altamente individualista. Como as pessoas são muito diferentes umas das outras, são necessários mais estudos que sigam mais voluntários ao longo do tempo para entender melhor os efeitos do envelhecimento.

No entanto, mesmo que inevitavelmente nossos corpos experimentem algum declínio com a idade, ficar fisicamente ativo pode “comprar-lhe” anos extras de melhor desempenho em comparação com pessoas sedentárias. [MedicalXpress]

quarta-feira, 1 de julho de 2015

5 hábitos das pessoas que envelhecem bem

Quanto mais você se cuidar ao longo da vida, melhor será sua vida na velhice.

Consumir alimentos saudáveis
Uma dieta equilibrada e colorida tem o poder de substituir remédios para curar doenças. Sempre que possível coma frutas, legumes, hortaliças e cereais. Inclua também no prato alimentos antioxidantes - bem representados por tomate, limão, alho, cebola e castanha-do-pará. Eles também ajudam a combater os radicais livres.

Fazer exercícios físicos
Você sabia que o sedentarismo é tão devastador quanto a obesidade e o tabagismo? Para suprir a necessidade de atividade aeróbica, andar pode ser o suficiente. Faça caminhadas por 40 minutos, três vezes por semana. Quanto mais você bate perna, mais jovem seu coração fica, livrando-a de problemas como pressão alta e ataques cardíacos.

Fortalecer a memória
De acordo com um estudo americano do Centro Médico da Universidade Rush e do Instituto de Tecnologia de Illinois, atividades mentais, como ler, escrever, jogar xadrez, preservam a integridade das estruturas do cérebro.

Valorizar a família e os amigos
Vida moderna é quase sinônimo de isolamento. Mas isso não está certo. Crie estratégias para melhorar seu tempo com a família e amigos. Conversar e sair com pessoas queridas pode ajudar a manter a cabeça funcionando e o corpo jovem. Não deixe de abraçar as pessoas que você ama. O contato físico aumenta a produção de oxitocina, um hormônio que age no organismo causando calma e reduzindo a ansiedade.

Exercitar o otimismo
Não "um dia" ou "quem sabe"... Escolha ser otimista hoje, agora mesmo, enquanto lê esse texto. Pense positivo! Aquele probleminha vai ser resolvido em breve. Nada nesta vida é definitivo. Se você tiver um pouco de paciência, o tempo cura todos os males. 

terça-feira, 13 de janeiro de 2015

A melhor maneira de envelhecer é fazendo exercício físico

De acordo com um novo estudo do Kings College London e da Universidade de Birmingham (ambas no Reino Unido), manter-se fisicamente ativo permite que você envelheça de forma ideal.

A pesquisa com ciclistas idosos descobriu que muitos tinham níveis de função fisiológica que os colocariam em uma idade muito mais jovem em comparação com a população em geral.

O estudo

84 homens e 41 mulheres entusiastas do ciclismo com idades entre 55 a 79 anos participaram do estudo.

Ciclistas foram recrutados para excluir os efeitos de um estilo de vida sedentário, o que pode agravar problemas de saúde e causar mudanças no corpo que podem parecer ser devido ao processo de envelhecimento.

Os participantes tinham que ser capazes de pedalar 100 km em menos de 6,5 horas e 60 km em 5,5 horas, respectivamente, para serem incluídos no estudo. Fumantes, bebedores pesados e pessoas com pressão arterial alta ou outras condições de saúde foram excluídas.

Os voluntários foram submetidos a dois dias de testes em laboratório. Para cada participante, um perfil fisiológico foi estabelecido, incluindo medidas cardiovasculares, respiratórias, neuromusculares, metabólicas, endócrinas, de funções cognitivas, de resistência óssea e um teste de bem-estar. Reflexos, força muscular, consumo de oxigênio durante o exercício e potência foram determinados durante a pesquisa também.

Os resultados mostraram que, nestes indivíduos ativos, os efeitos do envelhecimento estavam longe de serem óbvios. Na verdade, pessoas de diferentes idades podiam ter níveis semelhantes em funções como a força muscular, a capacidade pulmonar e a capacidade de exercício.

A taxa máxima de consumo de oxigênio mostrou uma associação mais estreita com a idade, mas mesmo usando esse marcador não foi possível identificar com algum grau de precisão a idade de qualquer indivíduo, o que seria a exigência de qualquer biomarcador útil de envelhecimento.

Em um teste básico, mas importante da habilidade de pessoas idosas – o tempo necessário para levantar de uma cadeira, andar três metros, virar, andar de volta e sentar-se novamente – também foi feito. Levar mais do que 15 segundos para completar a tarefa geralmente indica um elevado risco de queda.

Mesmo os participantes mais velhos do estudo ficaram bem abaixo desses níveis, encaixando-se dentro da norma para adultos jovens e saudáveis.

Conclusão

No geral, o estudo concluiu que o envelhecimento é provavelmente um fenômeno altamente individualista. Como as pessoas são muito diferentes umas das outras, são necessários mais estudos que sigam mais voluntários ao longo do tempo para entender melhor os efeitos do envelhecimento.

No entanto, mesmo que inevitavelmente nossos corpos experimentem algum declínio com a idade, ficar fisicamente ativo pode “comprar-lhe” anos extras de melhor desempenho em comparação com pessoas sedentárias. [MedicalXpress]


sexta-feira, 7 de março de 2014

Saiba como combater o envelhecimento com saúde

É impossível não envelhecer, mas com algumas dicas saudáveis é possível passar pelo processo natural da vida com mais saúde e vitalidade. Confira

É um processo contínuo que se inicia ao nascermos. Cada dia vivido é um micrograma de areia na ampulheta do tempo. O modo como cada pessoa age, os hábitos de vida que adquire e os cuidados que tem consigo serão decisivos para uma velhice penosa ou, ao contrário, para uma etapa de maturidade que não extingue o tempo das descobertas e da alegria de desfrutar a existência. O que torna esse processo um fardo para muitos é o medo das limitações impostas pelas perdas do organismo. De fato, quanto mais vivemos, maiores desgastes físicos impomos às nossas estruturas orgânicas. A pele perde gradualmente o frescor, a massa muscular e os ossos diminuem, enquanto a gordura corporal aumenta. Os sentidos antes aguçados agora precisam de artefatos (óculos, aparelhos para perda auditiva etc.). “As áreas mais afetadas vão depender de como a pessoa viveu ao longo do tempo”, diz o geriatra Venceslau Antonio Coelho, do serviço de Gerontologia no Hospital Sírio-Libânes. Exemplo: pele mais envelhecida e com manchas nos idosos que não usaram filtro solar, doença pulmonar e cardíaca nos tabagistas, colesterol alto, hipertensão e diabetes, naqueles que não adotaram hábitos alimentares saudáveis, dificuldades para andar, problemas vasculares e cardíacos nos obesos e sedentários.

Ativar o cérebro 

Por outro lado, na ausência de uma pílula mágica que nos mantenha como Dorian Gray, o personagem do livro homônimo do inglês Oscar Wilde, jovens no corpo físico, a receita consagrada hoje nos meios médicos consiste em comer menos, movimentar-se mais, ativar o cérebro, buscar a vida em grupo e perseguir alguma forma de espiritualidade. Coelho acrescenta a lista repetida como um mantra em consultas com geriatras: Não fumar, praticar atividade física, ingerir bebida alcoólica com moderação, controlar o estresse, buscar uma alimentação saudável e ter vida social. Solidão, portanto, é um fator que depõe a favor de um envelhecimento mais rápido. “É importante seguir estudando algo que sempre quis e não teve tempo ao longo da fase adulta, reinvestir em sonhos e desejos que ficaram esquecidos. É não deixar a mente envelhecer”, afirma a psicanalista Dorli Kamkhagi, autora do livro Psicanálise e velhice: sobre a clínica do envelhecer (Editora Via Lettera). Pesquisas já consagraram, em experimentos com roedores, que o cérebro ativado funciona melhor na maturidade. Leituras, conversas, jogos e palavras cruzadas são potentes estímulos para os neurônios. Venceslau Coelho lembra, ainda, que “indivíduos com maior nível educacional são menos suscetíveis a quadros demenciais do que pessoas com baixa escolaridade”. Há cerca de dois anos, uma pesquisa divulgada pelo Massachusetts Institute of Technology (MIT) descobriu um crescimento relativamente grande nos dendritos sempre que estas células que compõem o sistema nervoso central eram utilizadas. Ou seja, quanto mais o cérebro trabalha, ativa mais neurônios, em um processo dinâmico.

Comer menos e malhar mais 

Estudo realizado desde 2002 pelo National Institute on Aging, nos EUA, confirma os efeitos dessa prática. Os pesquisadores concluíram que “comer menos” limita os danos provocados pelos temidos radicais livres. Esses elementos nocivos são produzidos pela conversão dos alimentos em energia que alimenta nossas células. Outro grupo de pesquisadores, da McMaster University, no Canadá, demonstrou na década passada que o envelhecimento muscular pode até ser revertido se a prática de atividade física for frequente. “Após os 30 anos, o corpo humano tende a perder 10% da massa muscular a cada década, e a única forma de evitar isso é fazer uso constante dos músculos. Com relação ao físico, o lema é ‘usar ou perder’”, comenta a psicoterapeuta Ana Carolina de Oliveira Costa, mestre em Envelhecimento e Sexualidade pela PUC-SP. A atividade física melhora não só a capacidade aeróbica, mas também a massa muscular, que vai diminuindo gradualmente, com o avanço da idade.

Fonte: http://revistavivasaude.uol.com.br/clinica-geral/saiba-como-combater-o-envelhecimento-com-saude/2128/ - Texto: Stella Galvão/ Foto: Shutterstock/ Adaptação: Letícia Maciel 

domingo, 16 de dezembro de 2012

O que devo fazer para ter uma vida mais longa?

Tem pessoas que vivem facilmente através de oito ou nove décadas, não parecendo estar um ano mais velhas conforme o tempo passa.
Embora envelhecer bem seja parcialmente controlado por bons genes, não é tão difícil levar um estilo de vida para viver mais tempo, em boas condições.
Segundo especialistas em envelhecimento, e de acordo com as últimas descobertas sobre o assunto, as pessoas podem melhorar a maneira como envelhecem – mesmo que já pareça tarde demais.

O que nos faz envelhecer

Sem contar a aparência enrugada (causada pelo sol), nós não vivemos para sempre por um monte de fatores.
O problema está em nossas células, onde o envelhecimento começa. A maioria dos processos celulares que levam o corpo a deteriorar gradualmente com a idade são afetados pela dieta, estilo de vida, exercício físico, estresse e outras influências externas.
Por exemplo, os alimentos que comemos influenciam a produção de radicais livres no nosso metabolismo. Radicais livres são elétrons desemparelhados instáveis que causam enormes danos conforme “andam” dentro das células. A pesquisa sobre os males dos radicais livres ainda não é definitiva (chamada de estresse oxidativo), mas eles são amplamente considerados um dos fatores que fazem as células envelhecerem ou mal funcionarem.
Os telômeros também tem um papel crucial no envelhecimento. Eles são as “pontas” das fitas de DNA que protegem o material genético de uma célula quando ela se divide. Eles ficam um pouco mais curtos a cada divisão. Uma vez que encurtam demais, a célula já não pode funcionar normalmente. Pessoas mais velhas têm telômeros mais curtos, assim como pessoas estressadas ou com maus hábitos de sono.
Conclusão: seu estilo de vida pode afetar os processos microscópicos que acontecem dentro das suas células.
Quer dizer então que não há mais solução? Se você sempre comeu mal, dormiu mal, não se exercitou, está ferrado? Não.
Segundo os cientistas, mesmo pequenos passos no quesito “comportamento saudável” podem retardar esses processos, de modo que você envelhece mais lentamente.
Mas você tem que manter esses pequenos passos. Não precisa começar uma nova dieta e não comer mais nada gorduroso para sempre, por exemplo. Mas você precisa ter atitudes que, mesmo pequenas, sejam constantes.
Sabendo que mesmo um pequeno esforço pode ter um grande impacto, confira seis dicas simples para melhorar suas chances de envelhecer de forma saudável:

Saiba como cozinhar seus alimentos
Alimentos cozinhados com calor elevado desenvolvem compostos tóxicos chamados produtos de glicação avançada, ou AGEs, que aceleram o envelhecimento. AGEs geram grandes números de radicais livres que se acumulam no sangue e nos tecidos, ativando o sistema imunológico e causando inflamação crônica. Consequentemente, contribuem para o endurecimento das artérias, das articulações, para formação rugas e muito mais.
AGEs são encontrados em grandes quantidades em alimentos processados, como queijo americano, fast food e refrigerantes escuros. Escolha alimentos alternativos, como queijo branco, frutas secas, suco de frutas. Além disso, cozinhe seus alimentos em temperaturas mais baixas: um ovo frito tem 10 vezes mais AGEs do que um ovo mexido, por exemplo. Um bife tem 10 vezes mais AGEs do que um guisado de carne, e assim por diante.

Coma menos
Estudos têm mostrado que roedores prolongam dramaticamente a expectativa de vida ao cortar o consumo de alimentos em cerca de 30%. Grandes pesquisas com macacos não mostraram um aumento na longevidade, mas alguns apontaram que a adoção de uma dieta de baixa caloria melhora a saúde de primatas mais velhos.
Se você não consegue comer menos do que já come, muitos benefícios podem ser alcançados por simplesmente limitar a ingestão de alimentos de forma intermitente – por várias horas em um dia, talvez. Especialistas em envelhecimento descobriram que curtos períodos com pouca ou nenhuma comida parecem iniciar mecanismos de proteção dentro das nossas células que “têm o potencial de reduzir o risco de doenças relacionadas à idade”, conforme explica Mark Mattson, pesquisador do Instituto Nacional do Envelhecimento (EUA) e especialista em jejum. O principal benefício do jejum parece ser para o cérebro, ou seja, para a saúde mental.
Os cientistas ainda não chegaram a um acordo quanto ao melhor roteiro de jejum para as pessoas, no entanto. Estudos têm utilizado uma variedade de métodos, como limitar a ingestão a 600 calorias por dia, duas vezes por semana. Outros estudos sugerem pular uma refeição de vez em quando, ou restringir as horas para comer. De qualquer maneira,jejum parece ser bom para a saúde. Verifique com um médico, porém, antes de tentar ficar sem comer.

Caminhe
Não é preciso se exercitar intensamente por horas por dia para melhorar dramaticamente a saúde. Mesmo exercício moderado ajuda a neutralizar os radicais livres, estimular o sistema imunológico e até mesmo crescer novas células.
Um estudo publicado no jornal online PLoS Medicine analisou dados de 650.000 adultos (incluindo alguns obesos) e descobriu que caminhar apenas 15 minutos por dia estava associado a um aumento de dois anos na expectativa de vida. Em indivíduos com peso ideal, os dados mostram que caminhar 30 minutos por dia cinco dias por semana estava associado com um aumento na expectativa de vida de mais de sete anos.
“Quando as pessoas falam em atividade física, pensam em correr ou fazer atividade intensa”, disse Luigi Ferrucci, diretor científico do Instituto Nacional de Envelhecimento. “Mas você ganha muito por levantar a bunda do sofá apenas para andar 10 minutos por dia. É uma diferença enorme”.

Durma bem
Embora os cientistas ainda não entendam o que acontece no nosso corpo quando estamos dormindo, estudo atrás de estudo mostra quão prejudicial é não dormir o suficiente. “As pessoas que dormem menos de seis horas por noite têm maior risco de doenças cardiovasculares, mais chances de desenvolver diabetes e mais chances de morrer mais cedo“, explicou Aric Prather, psicólogo e pesquisador da Universidade da Califórnia em San Francisco (EUA).
O quadro é muito diferente para as pessoas que dormem sete horas por dia ou mais: elas têm sistemas imunológicos melhores, menos estresse e menor peso corporal, entre outros benefícios. Por exemplo, um estudo com gêmeos publicado na revista Sleep descobriu que um irmão gêmeo que dormia menos de sete horas por noite era mais propenso a ter um IMC (índice de massa corporal) maior que seu irmão ou irmã que dormia mais (e como os participantes do estudo são gêmeos, isso não podia ter a ver com genes ou ambiente). Os estudos sobre sono têm consistentemente mostrado que, para a maioria das pessoas, dormir sete a oito horas por dia faz uma grande diferença para a saúde.

Se estresse menos
Estresse envelhece. Telômeros mais curtos são uma das razões para tanto. Cientistas descobriram que a forma como as pessoas lidam com o estresse é fundamental. As pessoas que lidam com o estresse bem fazem mais coisas que os estressados não fazem: comem bem, dormem o suficiente e, sobretudo, se exercitam. E essas pessoas tendem a ter telômeros mais longos do que as pessoas estressadas que não fazem nada disso.
É claro, o estresse pode fazer você se sentir menos motivado para cuidar da saúde. Mas você pode experimentar técnicas para desestressar, como praticar meditação, que tem sido associada a uma maior atividade de uma enzima que controla e protege o comprimento dos telômeros.
Um estudo de ressonância magnética mostrou que, após um programa de meditação de oito semanas, a densidade de massa cinzenta dos participantes tinha aumentado emregiões do cérebro que controlam, entre outras coisas, a regulação da emoção e perspectiva. Essas novas ligações no cérebro tornam a área mais potente e eficaz. É semelhante ao fortalecimento e crescimento de um músculo, só que, neste caso, é um músculo para o controle do estresse.
Neuropsicólogos dizem que, mesmo sentado em sua mesa, você pode afastar o estresse, ao respirar longa e profundamente regularmente, e ao imaginar-se na natureza, prestando atenção em cheiros e sensações.

Tenha um hobbie
Pesquisadores já estudaram a ligação entre uma melhor saúde e a participação de uma pessoa em um hobbie ou atividade. Um estudo realizado no Japão com quase 2.000 pessoas de idades entre 65 a 84 anos descobriu que, em comparação com pessoas que não têm passatempos, aqueles que tinham um hobbie tinham uma mortalidade significativamente menor e uma menor probabilidade de ficar doente durante o período do estudo.
Em um estudo de 2010 na Sérvia, cientistas descobriram que ter um hobby estava ligado a um menor risco de hipertensão em médicas de salas de emergência, talvez porque isso as ajudava a liberar a tensão e, portanto, a evitar comportamentos nocivos, como fumar e beber. Outros estudos têm relacionado passatempos com manter o cérebro ativo e com mais conexões sociais, o que tende a tornar as pessoas mais felizes – outro fator ligado a uma maior saúde e longevidade.[WashingtonPost]

Fonte: http://hypescience.com/o-que-devo-fazer-para-ter-uma-vida-mais-longa/