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sábado, 12 de janeiro de 2019

Como prevenir o envelhecimento dentário


Reconheça sinais e descubra que cuidados mantêm a saúde bucal protegida

Com o passar dos anos, todo o organismo começa a funcionar de forma mais lenta, o que afeta a saúde corporal como um todo. Quando falamos de saúde bucal, porém, o que realmente importa são nossos hábitos cotidianos e cuidados de higiene, que podem ou não interferir na integridade dos dentes e gengiva.

Por isso, idade avançada nem sempre é sinônimo de envelhecimento dentário. Para prevenir os problemas e complicações decorrentes dele, o caminho é cuidar da saúde bucal atentamente, observando alterações e visitando regularmente o dentista. Dessa forma, podemos evitar lesões de cárie, doenças gengivais, desgaste, sensibilidade e periodontites.

De acordo com a dentista Maria Luiza Moreira Arantes Frigério, coordenadora do projeto "Envelhecer Sorrindo", da Faculdade de Odontologia da USP, a forma como cuidamos da nossa saúde bucal durante toda a vida é fundamental para que os dentes envelheçam de forma saudável. Ela lista alguns sinais do envelhecimento dentário que merecem atenção:

"Com o passar dos anos, o esmalte estará desgastado e a dentina estará pigmentada de acordo com seus hábitos, tais quais o consumo de café, chá, fumo e refrigerantes. Tratar o canal de um dente nessa etapa da vida também pode ser mais difícil devido a calcificação da polpa", explica ela.

Sinais de alerta
Alguns sinais, como a mudança na coloração dos dentes, desgaste, retração da gengiva e alterações na mucosa podem indicar o envelhecimento dentário, mesmo na juventude. Percebê-los o quanto antes evita o agravamento dos problemas e auxilia no tratamento, conforme explica a dentista Maria Luiza.

"O autoexame, hábito de observar semanalmente a boca, é muito saudável pois nesse momento você poderá detectar precocemente qualquer alteração. Essas alterações poderão estar relacionadas tanto com a mucosa, que pode ser tornar mais avermelhada ou apresentar lesões esbranquiçadas e úlceras, quanto com os dentes, que podem sofrer com desgastes, abrasão, erosão, fraturas e com o ranger de dentes".

Além disso, a especialista reforça a importância da visita periódica ao dentista. Segundo ela, o especialista deve procurar possíveis alterações no ambiente oral e examinar os dentes em busca de lesões de cárie, cuidados que estimulam a manutenção dos dentes.

A secura na boca, por sua vez, costuma atingir pessoas de idades mais avançadas e é uma consequência de tratamentos saúde específicos ou uso de medicamentos com efeitos colaterais.

"A saúde geral tem uma relação direta com a saúde oral. Presença de focos de infecção na boca podem inclusive provocar uma infecção à distância, ou seja, em órgãos mais nobres, conhecido como septicemia", alerta o cirurgião-dentista Mario Sérgio Giorgi, presidente da Câmara Técnica de Dentística do Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CROSP).

Higiene oral
A higiene oral é imprescindível para a manutenção da saúde bucal. Uma boa escovação e limpeza da língua, com o uso de cremes dentais com flúor, escovas interdentais e fio dental podem prevenir doenças gengivais, periodontais e o surgimento de lesões de cárie. Se tiver dúvidas em relação a estas etapas, peça ao seu dentista que lhe indique as melhores técnicas para escovar os dentes e passar o fio dental.

"A prevenção passa pelo treinamento de higiene oral individualizada, em que o profissional ensinará e supervisionará o paciente por meio de um conceito que valorize a técnica eficaz, não traumática e motivacional, utilizando instrumentos adequados para tal. As causas da retração gengival, por exemplo, podem ocorrer devido o paciente estar utilizando uma escova inadequada, com cerdas de nylon duras, e que vão provocar trauma", informa o cirurgião-dentista Mario Sérgio.

Hábitos alimentares
Além dos cuidados diários com a higiene bucal, alguns hábitos alimentares também podem prevenir o envelhecimento dentário e fortalecer a saúde dos dentes e gengiva, ao passo que outros devem ser evitados. De acordo com o cirurgião-dentista Mario Sérgio, o principal deles é o açúcar, encontrado em doces, refrigerantes, balas e chicletes. "Alimentos com alta concentração de açúcar podem favorecer o aparecimento de cáries e doenças periodontais", afirma.

O caminho, portanto, é adotar uma dieta equilibrada, capaz de oferecer benefícios à saúde do corpo como um todo. "Uma boa alimentação com verduras, frutas, proteína e ingestão de líquido com certeza ajudarão todo seu organismo a funcionar melhor. Evite a ingestão de açúcares, álcool, alimentos muito abrasivos e muito ácidos, que favorecem a alteração da microflora bucal, criando condições para a colonização bacteriana, assim como a manutenção da placa bacteriana", aconselha a dentista Maria Luiza.

Quando devemos começar a nos preocupar com o envelhecimento dentário?
Apesar de a idade avançada impactar o funcionamento do organismo e nos deixar mais vulneráveis a problemas bucais, nossos hábitos influenciam muito mais o envelhecimento dentário. Segundo o cirurgião-dentista Mario Sérgio, uma pessoa com mais idade, que sempre deu a devida atenção à saúde bucal, pode ter dentes e gengiva mais saudáveis do que uma pessoa mais jovem, que não se dedica da mesma forma.

"Quando o paciente se consulta regularmente com o cirurgião-dentista, pode prevenir alguns problemas que ocasionam o desgaste dentário, decorrentes das características particulares do envelhecimento e das condições orais de cada indivíduo. Dessa forma, não há uma idade específica para começar a se preocupar", explica ele.

Com que frequência devemos visitar o dentista?
Consultas regulares com o dentista são essenciais para a prevenção de problemas bucais e do envelhecimento dentário. Além de realizar procedimentos profissionais de limpeza, necessários para a remoção da placa bacteriana e o tártaro dos dentes, ele é o especialista que saberá avaliar como estão seus hábitos de higiene bucal.

"A recomendação é a de fazer visitas periódicas ao cirurgião-dentista. Elas deverão ser orientadas pelo profissional em função das condições gerais dos pacientes e devido a doenças preexistentes, como o diabetes, que requer um acompanhamento com mais frequência. O ideal é fazer uma visita em um período mínimo de 6 meses a no máximo 12 meses", recomenda o cirurgião-dentista Mario Sérgio.


sexta-feira, 21 de dezembro de 2018

Hábitos que te impedem de ter um hálito fresco


O mau hálito pode ser causado por problemas bucais e também alguns hábitos do dia a dia; veja como evitar

Apesar de ser um problema relativamente comum, nem todos estão cientes de alguns hábitos e atitudes que favorecem o surgimento do mau hálito. Além de estar relacionado a problemas bucais e distúrbios de saúde, o cheiro incômodo pode ser causado por baixa ingestão de água, má higiene bucal, tabagismo e consumo de alguns alimentos.

Se o problema for recorrente, é fundamental que você consulte um dentista para entender as causas do mau hálito e realizar um check-up completo da cavidade bucal. Separamos, abaixo, alguns hábitos que podem comprometer o hálito fresco e causar desconforto. Saiba quais são eles e como evitá-los:

Não escovar os dentes corretamente
Se você sente que está com mau hálito, é o momento de investigar as possíveis causas. Uma das mais comuns é a escovação insuficiente ou inadequada. De acordo com os especialistas ouvidos pela matéria, o ideal é escovar os dentes e a língua três vezes ao dia ou após as refeições, com uma escova adequada, creme dental com flúor e fio dental. Quando essa rotina não é feita corretamente, o mau hálito pode aparecer.

"A escovação inadequada não remove totalmente os resíduos alimentares. Com isso, teremos proliferação de bactérias decompositoras e causadoras de mau cheiro. Essas bactérias estão relacionadas ao desenvolvimento de doenças inflamatórias na cavidade oral", explica a dentista Daniela Yano Nassif, da Sorriso Santana Odontologia.

Não higienizar a língua
Quando falamos em escovar os dentes corretamente, muitas pessoas pensam na limpeza cuidadosa dos dentes e gengiva. Isso não está totalmente incorreto; para evitar o mau hálito, porém, é importante higienizar a língua também. De acordo com Daniela Yano Nassif, a placa bacteriana pode se fixar à superfície da língua, formando a saburra lingual.

O acúmulo deste material pode causar mau hálito, diminuição do paladar e estimular o desenvolvimento de doenças na cavidade bucal. Ainda segundo a especialista, você pode higienizar a língua com a própria escova de dente ou um raspador lingual, realizando movimentos suaves de cima para baixo.

Beber pouca água
Manter o organismo hidratado é um hábito que favorece o organismo como um todo. Pensando em saúde bucal, vale o mesmo raciocínio. A ingestão de líquidos estimula o fluxo salivar, que ajuda a fazer uma limpeza superficial na boca. Conforme explica a dentista Renata Maia, da Hapvida +Odonto.

"A saliva tem um papel muito importante, de lubrificar as células das camadas mais superficiais da língua e remover um pouco da placa bacteriana e da saburra lingual. Quanto mais seca fica a boca, mais propício é o ambiente para o desenvolvimento das bactérias", esclarece a especialista.

Esquecer o fio dental
Escova de dente e creme dental são uma etapa fundamental da higiene bucal, isso é um fato. Para completar a limpeza, no entanto, é muito importante não esquecer de usar o fio dental. "O fio dental é imprescindível. A escova de dente e ele andam juntos, não dá para usar apenas um deles. Do contrário, você sempre deixará algum resíduo para as bactérias se aproveitarem na boca. Além disso, tem algumas partes do dente que só o fio consegue alcançar. Então, ele é importantíssimo para evitar o mau hálito", afirma a dentista Renata Maia.

Fumar e ingerir bebidas alcoólicas
O tabagismo contribui para a diminuição do fluxo salivar, ou seja, ajuda a deixar a boca mais seca e sem aquela "limpeza" superficial promovida pela saliva. Isso aumenta a proliferação de bactérias e, consequentemente, a decomposição de resíduos alimentares, o que leva ao mau cheiro. "Sem contar que o cigarro também altera o paladar dos alimentos, modifica as células da mucosa bucal e é cancerígeno. Então, decidir parar de fumar é sempre uma boa ideia", reforça a dentista Daniela Yano Nassif.

O mesmo vale para o álcool. A especialista comenta que o consumo excessivo de bebidas alcoólicas altera o pH salivar e a microbiota oral, acelerando o crescimento de bactérias prejudiciais à saúde bucal. Isso pode estimular o surgimento de doenças gengivais e periodontais, que possuem um odor característico e associado ao mau hálito. Cigarros e bebidas, portanto, devem ser evitados.

Comer alimentos muito condimentados
Alguns alimentos também podem interferir no seu hálito. É o caso de alimentos condimentados, como alho e cebola, que alteram o odor da respiração e causam mau hálito. De acordo com Daniela Yano Nassif, entram na lista de alimentos causadores de mau hálito aqueles que favorecem a formação e aderência da placa bacteriana, como leite, queijos e derivados.

O papel do enxaguante bucal
O dentista pode orientar o melhor enxaguante bucal para o seu caso, já que existem opções com indicações e composições específicas, como aqueles voltados para sensibilidade nos dentes, doenças gengivais e pós-cirúrgicos. De forma geral, os enxaguantes podem te ajudar a conquistar um hálito fresco desde que combinados a uma boa higiene bucal, com a escovação e o uso do fio dental.


domingo, 5 de agosto de 2018

4 hábitos saudáveis que podem estar prejudicando sua saúde bucal


Pegar pesado na academia, tomar muito suco verde... Essas são algumas das práticas que fazem bem ao corpo, mas não aos dentes. Saiba como evitar estragos

Tomar suco verde, beber água com limão em jejum, pegar carga pesada na musculação… Você é adepta dessas práticas? Cuidado: elas podem estragar os dentes quando a higiene bucal não é feita corretamente. Sim! Muitos nem imaginam, mas o risco de cárie, erosão dentária e problemas na gengiva aumenta pra valer em quem inclui esses hábitos na rotina.

Conversamos com especialistas para entender por que isso acontece e como garantir que suas atitudes sejam saudáveis para seu corpo – e sua boca.

1. Exagerar na musculação
Atire o primeiro pesinho de 1 kg quem nunca se pegou rangendo os dentes ao levantar muita carga na academia. O quadro é bem comum e tem nome: bruxismo. “Dependendo da frequência e da força que a pessoa faz, pode haver desgaste dentário, sobrecarga nos músculos do maxilar e até dor de cabeça e de ouvido”, alerta Fernando Reis, especialista em implantodontia e estética, de São Paulo.
Vale checar com um profissional de educação física se o peso que você está pegando é adequado; caso esteja tudo certo, a solução é usar um protetor bucal. “Ele absorve o impacto e distribui a energia para uma superfície maior, reduzindo a força aplicada”, explica a cirurgiã-dentista Isrraela Massena, do Rio de Janeiro. “Além de proteger os dentes, o acessório ainda ajuda a evitar fraturas na mandíbula e até lesões no cérebro e na coluna cervical”, assegura.
Outra dica é focar a atenção em seus movimentos durante o exercício. “É preciso haver uma reeducação. Não desconte tudo na arcada dentária e concentre a força em outro lugar — no core, por exemplo”, observa Fernando. Fisioterapia, pilates e treinos de propriocepção também contribuem para aliviar a tensão.

2. Tomar muito suco verde
Com certeza você tem uma receita de suco verde que ama. O problema é se ele for feito com muitas frutas cítricas. “Elas podem prejudicar a camada mais externa do dente, provocando erosões”, diz Isrraela.
Mas não pense que basta uma escovação logo após ingerir a bebida. “Isso potencializa o efeito da corrosão: as cerdas vão esfregar o ácido com mais força ainda”, comenta Fernando. A orientação é higienizar a boca 15 minutos após tomar o líquido.

3. Fazer jejum intermitente
Popular entre as pessoas que desejam acelerar o metabolismo e perder uns quilinhos, o método consiste em passar horas sem ingerir qualquer tipo de alimento no intervalo entre o jantar e o café da manhã do dia seguinte. Acontece que a prática pode levar ao mau hálito, já que ficar muitas horas sem comer gera uma diminuição do fluxo salivar e, consequentemente, a halitose.
Se o efeito incomodar muito, converse com seu nutricionista para avaliar se há outras estratégias que vão ajudá-la a emagrecer sem passar por esse constrangimento.

4. Comer açaí
Se mancha a roupa, imagine os dentes… A fruta é fonte de cálcio, antioxidantes, proteínas e fibras, mas é indicado escovar os dentes logo após o seu consumo. “Só uma boa limpeza bucal e a remoção de resíduos pode evitar o escurecimento gradual”, esclarece a dentista do Rio de Janeiro.

Fonte: https://boaforma.abril.com.br/saude/4-habitos-saudaveis-que-podem-estar-prejudicando-sua-saude-bucal/ - Por Amanda Panteri, Luiza Monteiro - jacoblund/Thinkstock/Getty Images

quarta-feira, 23 de maio de 2018

Quando os alimentos mancham seus dentes

Conheça os ingredientes que mais ofuscam o branco dos dentes e as soluções para acabar com as manchas

Não é novidade que os dentes adquirem uma coloração diferente quando bebemos vinho tinto ou café ou, ainda, comemos açaí. De fato, alguns alimentos e bebidas são capazes de causar manchas, mas elas são facilmente removidas com a escovação.

A comida pode provocar manchas na dentição por dois motivos. O primeiro deles: devido aos pigmentos (ou corantes) contidos nos alimentos. Em contato com os dentes, eles penetram no esmalte, aquela superfície de camada translúcida. A outra causa é o alto nível de acidez de alguns alimentos. Isso contribui para a desmineralização do esmalte dentário, deixando a superfície porosa e mais sujeita a manchas.

Devido ao desgaste da superfície dental ou mesmo das restaurações estéticas em resina, ingredientes como café, chá-preto, suco de uva, vinho tinto e açaí podem gerar manchas. E é evidente que essa situação também depende da quantidade ingerida.

Para minimizar o problema, não é preciso reformular todo o cardápio ou banir certos itens. O conselho é tomar alguns cuidados, sendo que o principal deles é a higienização adequada. Quando usamos a escova e o creme dental, os resíduos na superfície do esmalte são mais facilmente removidos. Portanto, não demore para fazer a escovação!

Outro fator importante por trás da maior incidência de manchas na dentição é o tabagismo. Além dos diversos malefícios à saúde, esse é mais um problema que a nicotina e outros compostos legam ao corpo.

Manchou! Que fazer?
Se você está com os dentes manchados e deseja recuperar um sorriso mais branco e homogêneo, o primeiro passo é consultar o dentista. O profissional vai avaliar e estudar o caso e, então, propor o tratamento mais adequado.

Uma das estratégias usadas é o clareamento dental, processo feito com o emprego de géis clareadores. A aplicação pode acontecer no consultório ou feita em casa, seguindo as recomendações e o acompanhamento do dentista.

A concentração dos agentes clareadores, as substâncias que reduzem as manchas, varia caso a caso e o resultado também pode depender do número de aplicações.  É importante que, após o tratamento, o indivíduo siga todas as recomendações, uma vez que os dentes não estarão imunes a novas manchas. Assim, orientamos que se evitem alimentos muito ácidos ou pigmentados demais, bem como outros fatores prejudiciais, caso do já citado cigarro.

Cuidado com as dicas caseiras
Muita gente recorre à Internet na busca por soluções rápidas e milagrosas para clarear os dentes e eliminar manchas. E há vários sites e postagens com pretensas dicas supostamente simples e econômicas: vinagre de maçã, bicarbonato de sódio com limão, óleo de coco… Ocorre que não há comprovação científica sobre a segurança e a eficácia desses produtos (e de muitos outros!) no tratamento de manchas.

A maior parte dos ingredientes caseiros divulgados por aí não só não interfere na cor dos dentes como ainda pode trazer prejuízos. Exemplo: em excesso, o bicarbonato é capaz de levar à erosão dentária, deixando os dentes mais sensíveis e expostos a problemas. Não caia nessas conversas!

Cabe destacar que a coloração dos dentes não é a mesma em todas as pessoas. Tanto a hereditariedade como a exposição a agentes externos (dentre eles a comida) influenciam na coloração da arcada dentária.

Para conquistar um sorriso bonito, harmonioso e livre de manchas, o melhor conselho é consultar o dentista e manter a higiene correta dos dentes e de toda a boca.


Fonte: https://saude.abril.com.br/blog/cuide-da-sua-boca/quando-os-alimentos-mancham-seus-dentes/ - Por Dr. Mario Sérgio Giorgi, cirurgião-dentista - Foto: Alex Silva/A2 Estúdio

sexta-feira, 9 de fevereiro de 2018

Não consegue se desfazer do mau hálito? 5 soluções mais efetivas do que chicletes

A halitose, ou mau hálito, apesar de não ser considerada uma doença, pode indicar problemas que afetam a gengiva, garganta e até outras partes do corpo.

Além de não ajudarem a combater a raiz do mau hálito, balas e chicletes podem até piorar o problema, já que têm açúcar, que estimula bactérias a produzirem ácidos que desmineralizam o esmalte dos dentes, promovem a degradação de restos de alimentos e contribuem para o aparecimento do cheiro desagradável.

Soluções eficientes contra o mau hálito

1. O primeiro passo é cuidar bem da saúde bucal e saber que apenas uma simples escovação dos dentes não limpa de forma adequada a boca. De acordo com o cirurgião dentista José Eduardo Pelino, é necessário usar escova de dente, fio dental e enxaguante bucal, porque o trio garante a remoção de 99% dos germes que causam gengivite e halitose.

2. Evite a desidratação e consuma bastante água ao longo do dia. Pessoas que bebem pouca água ou que respiram pela boca têm menos salivação, o que aumenta suas chances de ter mau hálito, explica o dentista.

3. Inclua maçã no seu cardápio diário. Além de contribuir para a limpeza superficial dos dentes por eliminar o acúmulo de resíduos que aumentam a presença de bactérias, a fruta promove uma digestão eficiente e melhora o funcionamento do intestino, fatores que evitam o odor ruim na boca.

4. Outra fruta que ajuda a combater o mau hálito é o limão. Com poder bactericida e adstringente, ele ajuda a reduzir, tanto na boca como no aparelho digestivo, a quantidade de bactérias que provocam o mau hálito.

5. Evite dietas restritivas demais e, principalmente, o jejum prolongado. Ficar muitas horas sem comer aumenta as chances de cheiro ruim na boca.


quinta-feira, 30 de novembro de 2017

Problemas dentários que podem atrapalhar rendimento no esporte

Dor de cabeça, fadiga muscular e desnutrição são algumas condições que praticantes de esportes podem enfrentar se não cuidarem da região bucal

Quando pensamos em atletas e esportistas em geral, conseguimos imaginar uma lista de atitudes que acompanham o preparo físico de cada um deles. Dietas controladas e saudáveis, treinos frequentes e muita preocupação com a saúde do corpo. Tudo isso importa, claro, mas os cuidados não devem parar aí. O que muita gente não sabe é que a saúde bucal também demanda muita atenção.

"Mas o que os dentes têm a ver com esporte?", você deve estar se perguntando. Bem, a resposta é: tudo. Problemas bucais como infecções e traumas podem afetar o desempenho dos atletas.

"A prevenção e o tratamento dentário são muito importantes para o atleta. Isso porque doenças que afetam o organismo, de uma forma geral, podem ter origem em infecções bucais. Atletas, profissionais ou amadores, exigem muito do corpo, mais do que uma pessoa normal. Então, estão sujeitos a muitos riscos", afirma o cirurgião dentista Robson Bastos (CRO-SP 38879), especialista em Odontologia do Esporte e diretor de relações institucionais e novos negócios da Sociedade Brasileira de Odontologia do Exercício e do Esporte (SBOEE).

Atletas desenvolvem cárie com mais frequência por conta de dietas e de suplementos ricos em sacarose

Além de ser a porta de entrada para algumas doenças, a cavidade bucal tem um grande impacto no equilíbrio muscular geral do atleta. Por isso, problemas aparentemente inofensivos, como a má oclusão, também podem prejudicar o rendimento esportivo.

"O desencaixe dos dentes, que caracteriza a má oclusão, pode estimular a projeção do pescoço do atleta, afetando a cadeia de músculos superiores. Isso altera toda a postura, prejudicando outros músculos também", explica o cirurgião dentista Eli Luis Namba (CRO-PR 15743), presidente da Comissão Científica da Academia Brasileira de Odontologia do Esporte (ABROE).
Conversamos com os dois especialistas a respeito dos problemas bucais mais recorrentes em atletas e de que forma eles podem prejudicar o rendimento esportivo. Veja lista completa abaixo:

Respiração bucal
Em atividades aeróbicas, como corrida ou natação, uma boa troca respiratória é fundamental para o sucesso. A respiração se dá por dois movimentos distintos: a inspiração, quando o ar entra pelas fossas nasais; e a expiração, quando o ar é liberado dos pulmões pela cavidade bucal.
Em respiradores bucais, apenas a boca realiza as trocas gasosas, o que afeta o rendimento dos atletas. "Se ele respirar apenas pela boca, terá muitas dificuldades na atividade aeróbica que tentar desenvolver. Nunca estará 100%, porque existe uma espécie de bloqueio às trocas gasosas", afirma Eli Luis Namba.

Erosão dentária
Isotônicos e energéticos fazem parte do dia a dia dos atletas, não há como negar. O consumo deve ser moderado, porém, como afirma Robson Bastos.
De acordo com o especialista, tais bebidas favorecem de maneira acentuada alterações significativas na flora da cavidade bucal, devido ao seu caráter ácido - sem contar aquelas que são ricas em açúcar, outro ingrediente extremamente prejudicial à saúde bucal. A acidez deste tipo de bebida estimula a erosão dentária e pode levar à sensibilidade dos dentes.

Má oclusão
A má oclusão ocorre quando há um desencaixe entre as arcadas dentárias, caracterizada pelas mordidas profundas ou cruzadas e dentes desalinhados. Segundo Eli Luis, a má oclusão pode interferir na absorção de nutrientes, já que a digestão começa na boca, com a "quebra" dos alimentos.
Se essa quebra não é feita corretamente, pedaços maiores de alimento chegam ao intestino, que não consegue aproveitar todos os nutrientes presentes ali.
"Se o corpo não tem nutrientes, não tem energia também. A consequência disso são as fadigas musculares, que ocorrem com mais frequência quando não se absorve todos os nutrientes", afirma o especialista.

Doenças periodontais
O acúmulo de placa bacteriana nos dentes é um dos grandes responsáveis pelas doenças periodontais. Elas afetam o tecido de suporte dos dentes, que envolve a gengiva e o osso alveolar. Gengivite e periodontite, da inicial à avançada, são focos infecciosos que podem contribuir para doenças sistêmicas.
O atleta tem uma tendência maior a desenvolver infecções do gênero, já que seu sistema imunológico funciona no limite pelo excesso de esforço físico e pela desidratação recorrente. Com as defesas em baixa, ocorrem os chamados picos da ação bacteriana, que dão origem às doenças periodontais.
A partir da boca, os micro-organismos ganham a circulação sanguínea, podendo migrar para diferentes partes do corpo. "Muitas vezes, as bactérias da boca são encontradas em outras lesões do organismo ", explica Robson Bastos. Essas bactérias também podem agravar lesões musculares, articulares, pneumonias e até mesmo abcessos cerebrais.
O especialista ainda alerta para um risco maior. Doenças periodontais podem favorecer doenças coronarianas, como a endocardite bacteriana. Ela ocorre quando as bactérias da cavidade bucal infectada migram para as válvulas cardíacas, causando a inflamação do músculo cardíaco. A endocardite é grave e pode ser fatal, principalmente entre atletas que exigem muito do coração.

Cárie e dor de dente
Uma boa higiene oral é fundamental para prevenir as temidas lesões de cárie. Em atletas e esportistas, o cuidado deve ser redobrado. Esse público desenvolve cárie com mais frequência, por conta de dietas e de suplementos ricos em sacarose, que são metabolizados pelas bactérias causadoras da cárie. Esses alimentos acabam impregnados nos dentes, e quando não são removidos na higienização bucal originam a lesão de cárie.
Quando a lesão avança, sem qualquer controle ou obstáculo, pode chegar à polpa do dente requerendo o tratamento de canal. Este percurso pode estimular fortes dores de dente nos atletas, uma das mais incapacitantes de todas. Com a dor em jogo e estresse nas alturas, esportistas perdem sua habilidade de concentração, extremamente importante em treinos intensos ou durante as competições.

Apertamento dos dentes
Todas as pessoas têm o hábito de apertar os dentes, em maior ou menor grau. Com os atletas, não é diferente. Em situações de extremo esforço muscular, eles fazem o apertamento dos dentes como uma forma de equilibrar o trabalho de força.
Além de aumentar o desgaste dentário, o gesto pode ser responsável por intensas dores de cabeça. É aí que entra um objeto que precisa acompanhar os atletas: os protetores bucais. Eles ajudam a evitar trincamentos, desgastes e outros danos decorrentes do apertamento dos dentes.
Além de prevenir traumas dentários em esportes de forte contato, como lutas e futebol, os protetores bucais também reduzem a força de impacto que chega à boca e à base do crânio, protegendo-o.
O protetor bucal ideal é aquele que não atrapalha a fala, a respiração e a deglutição. Ele deve ser moldado individualmente para a boca de cada atleta, levando em conta as características do esporte praticado.


terça-feira, 24 de outubro de 2017

4 mentiras que nos contam sobre o mau hálito

O mau hálito é um problema bastante comum e bastante difícil de lidar. Geralmente, colegas no trabalho ou até mesmo familiares não se sentem confortáveis para avisar alguém que a pessoa tem mau hálito, o que acaba atrasando o diagnóstico e o tratamento. Além disso, alguns mitos rodeiam o mau hálito, o que também pode ser um empecilho. Conheça quatro deles e saiba o que fazer ou não fazer caso este problema esteja afetando sua vida.

Mito 4: É possível dizer se você tem mau hálito respirando nas suas mãos em concha
O problema com este método é que a respiração em suas mãos não impulsiona a respiração da parte de trás da boca da mesma maneira que acontece quando você fala. Então, quando você respira em sua mão, você pode perder os cheiros dos gases produzidos na parte traseira da língua, o principal lugar onde o mau hálito se origina.
Os médicos têm três métodos para testar o mau hálito. Eles podem fazer isso cheirando um dos seguintes sintomas: a respiração do paciente apenas a 5 cm do nariz do médico, o conteúdo de uma colher que foi raspada no topo da língua da pessoa, fio dental que foi passado entre os dentes traseiros ou uma placa de Petri contendo a saliva do paciente que foi deixada em uma incubadora a 37 ° C por cinco minutos.
Há também pequenos monitores disponíveis que podem detectar certos gases, mas eles são limitados – incluem apenas alguns gases e não outros. Finalmente, a “cromatografia gasosa” – uma técnica para separar misturas complexas de gases – pode medir a quantidade de enxofre no ar, mas envolve equipamentos especializados mais raros de se encontrar em consultórios médicos.
Nem todas as pessoas que pensam que têm mau hálito, realmente têm. Pessoas recuando ou se afastando enquanto alguém fala podem ser atitudes mal interpretadas – em casos reais de halitose, essa não é a maneira como as pessoas tendem a reagir. Um estudo colocou essa proporção em 27%.
Não há um consenso sobre a proporção de toda a população que realmente têm halitose. As taxas variam de 22 a 50%.

Mito 3: Se você tem mau hálito, você provavelmente tem uma doença oculta por trás disso
A maior parte do cheiro ruim provém de compostos de enxofre voláteis, gases com odores distintivos. O sulfureto de hidrogênio, com seu cheiro clássico de ovos podres, é um dos principais infratores, mas pior ainda é uma substância chamada etil mercaptano, que tende a ser descrita como cheiro de repolho em decomposição. É o composto que deixa a urina de algumas pessoas com um cheiro particularmente acre depois delas terem comido aspargos.
Estes compostos são distribuídos quando os alimentos e as bactérias se acumulam nos sulcos na parte de trás da língua. A boa notícia é que isso pode ser temporário, como resultado de comer alho ou cebolas, beber café ou fumar cigarros. Mas em três quartos dos casos, algum tipo de problema dentário é encontrado junto da halitose. Os pacientes podem ter gengivas inchadas, doloridas ou infectadas ou terem uma espécie de revestimento na língua.
É verdade que, em uma pequena porcentagem de casos, o mau hálito é causado por um problema em outros lugares do corpo, como a orelha, nariz e garganta, rins, pulmões ou intestinos, mas quando isso acontece, é incomum que a halitose seja o único sintoma.

Mito 2: Lavar a boca sempre resolve o mau hálito
A primeira coisa que muitas pessoas fazem se suspeitam que têm mau hálito é usar um enxaguante bucal. O aromatizante de hortelã ou cravo, é claro, disfarça o cheiro por pouco tempo, e muitos enxaguantes bucais também contêm anti-séptico. A ideia é eliminar as bactérias que levam a compostos de mau cheiro. Por um tempo, isso pode funcionar. Mas há um debate sobre o fato de enxaguantes bucais conterem álcool e se isso aumenta ou não a desidratação. Uma boca muito seca pode fazer com que o hálito cheire ainda pior.
Beber mais água durante o dia pode ajudar, tanto por enxaguar os alimentos quanto na prevenção da secura na boca.
O corpo de pesquisa de saúde Cochrane, do Reino Unido, está atualmente reunindo uma revisão da literatura científica sobre intervenções para o mau hálito. Em sua revisão anterior de enxaguantes bucais, em 2008, os cinco melhores ensaios mostraram que, se contiverem antibacterianos como clorhexidina e cloreto de cetilpiridínio, dióxido de cloro ou zinco, eles podem reduzir cheiros desagradáveis ​​até certo ponto. Mas os autores pediram que fossem feitos mais testes. Espera-se que esta próxima revisão seja capaz de fornecer mais informações sobre quais enxaguantes escolher.
A alternativa é raspar sua língua com um limpador de língua especial. Este método também está sendo avaliado na revisão Cochrane mais recente. O último relatório encontrou apenas dois pequenos ensaios sobre esse método. Eles mostraram que pode funcionar, mas que o efeito é de curta duração. Eles também destacam o risco de danificar a língua pressionando demais e a importância de garantir que, se você quiser usar uma escova de dentes para limpar a língua, ela seja suave.

Mito 1: Bactérias na boca são uma coisa ruim
Todos nós temos uma comunidade ligeiramente diferente de entre 100 e 200 micróbios na boca. À medida que estamos aprendendo a apreciar o microbioma humano e o papel positivo que os milhões de bactérias presentes nos nossos corpos podem desempenhar, em vez de eliminar completamente as bactérias da boca, os cientistas estão tentando descobrir como obter a combinação certa, visando a eliminação de bactérias específicas ou o uso de probióticos para incentivar certas bactérias na boca.
Os ensaios de Fase I e II já foram conduzidos para matar as bactérias mais frequentemente envolvidas na cárie dentária. A substância foi testada como um gel aplicado em uma clínica e, em seguida, será testado como um verniz, novamente aplicado em uma clínica, mas acompanhado por tiras que as pessoas podem levar para casa e aplicar aos dentes como um prolongamento do tratamento. Isso abre a possibilidade no futuro de usar métodos semelhantes para atingir as bactérias mais frequentemente envolvidas no mau hálito.
Mas estes testes ainda estão no início. Por enquanto, o conselho médico é escovar os dentes e usar o fio dental com cuidado, beber muita água, não fumar, comer uma dieta balanceada e visitar o dentista caso você encontre sinais iniciais do mau hálito. [BBC]


Fonte: https://hypescience.com/mitos-mau-halito/ - Por: Jéssica Maes

sábado, 20 de maio de 2017

5 fatores que estragam seus dentes e você nem imaginava

Hábitos simples do dia a dia influenciam sua saúde bucal tanto quanto — ou até mais! — que a escovação

Escovar os dentes três vezes por dia, passar o fio dental com frequência e usar o enxaguante bucal todas as noites antes de dormir nem sempre é suficiente para garantir a saúde dos dentes. O segredo para um sorriso de dar inveja? A manutenção da colônia de bactérias que vivem em nossa boca, que pode ser influenciada por uma série de fatores que vão além de apenas a higiene bucal.

Fique de olho: algum dos itens abaixo podem colaborar para que suas visitas semestrais ao dentista se tornem mais frequentes.

1. Seu treino
As chances de você respirar pela boca e deixar a região mais ressecada durante a malhação são grandes. Combine isso à acidez e ao açúcar de bebidas esportivas e está aí um prato cheio para os micro-organismos nocivos que querem fazer dos dentes sua morada.
Para não dar chance a eles, opte pela boa e velha água antes e depois dos exercícios. Outra coisa que ajuda é mascar um chiclete sem açúcar durante as atividades para estimular a produção de saliva, que funciona como um detergente natural.

2. Sua noite
Aqui, dois fatores entram em cena: os roncos e o bruxismo. “O primeiro causa uma diminuição do fluxo de saliva devido à respiração bucal, o que limita limpeza dos dentes”, explica Alexandre Bussab, cirurgião-dentista da Clínica Brasil Smiles, em São Paulo.
Já o segundo compromete a estrutura dos dentes por causa da pressão exercida pelos músculos da mandíbula. Para resolver o problema, converse com seu médico sobre acessórios que minimizam tanto os roncos quanto o ranger dos dentes.

3. Medicamentos
Alguns deles causam, além de secura na boca, manchas acinzentadas. Daí a importância de conversar com seu dentista sobre todos os remédios que fazem parte da sua rotina — tanto os que precisam de prescrição quanto os que são vendidos livremente nas farmácias.

4. Bebidas gasosas
O problema aqui é o ácido carbônico. Alguns estudos preliminares relacionam o consumo de bebidas que levam a substância em sua composição à corrosão do esmalte. “Elas provocam abrasão e, muitas vezes, aumentam a sensibilidade dos dentes”, conta o especialista.

5. Piercing na língua
O atrito do metal com os dentes provoca um desgaste intenso da região e pode até ocasionar uma fratura, especialmente se ele estiver posicionado próximo à ponta da língua.


Fonte: http://boaforma.abril.com.br/saude/5-fatores-que-estragam-seus-dentes-e-voce-nem-imaginava/ - Por Caroline Randmer - ballero/Thinkstock/Getty Images

domingo, 25 de dezembro de 2016

Será que eu estou com mau hálito?

Você já entrou em um cômodo recém-pintado? Inicialmente, nosso nariz fica incomodado. Alguns minutos depois, mesmo que a tinta ainda esteja fresca, o odor vai ficando imperceptível. Esse é também o motivo pelo qual o mau hálito é tão traiçoeiro: o olfato acostuma-se com a condição, transformando-a em um inimigo oculto. É a chamada fadiga olfativa. Conversamos com especialistas no assunto, que explicam os principais sinais da halitose e o que fazer diante dessa suspeita.

Amigos para sempre

De acordo com o Dr. Carlos Alberto Muzilli (CRO SP – 32829), presidente da Associação Paulista de Cirurgiões-dentistas (APCD) – Regional Sorocaba, uma das formas mais eficientes de se detectar a halitose é a percepção de pessoas próximas e de confiança. A dra. Letícia Boos (CRO-RS -9889), presidente da Associação Brasileira de Odontologia – Regional Novo Hamburgo, orienta que esse amigo ou parente cheque seu hálito algumas vezes ao dia, em diferentes horários.

Espelho, espelho meu

Uma das causas do mau hálito é a presença da saburra lingual. Com a ajuda de um espelho, coloque a língua o máximo possível para fora e verifique se ela apresenta uma camada esbranquiçada ou amarelada no fundo. Esse pode ser um indício de halitose. A dra. Letícia reforça que experiências como a de raspar o fundo da língua com uma gaze, ou lamber o dorso da mão e esperar alguns minutos para verificar o odor, não são recomendadas. “Nem sempre encontramos alguém disposto a dizer: você está com mau hálito. Por isso, a palavra final é do cirurgião-dentista. Hoje, já existem até aparelhos específicos para detectar o problema”, pondera a especialista.

Causa e consequência

A avaliação profissional é fundamental também para definição da causa. Entre os fatores que favorecem o mau hálito, estão:

– presença de saburra lingual;

– gengivite e sangramentos;

– placa bacteriana;

– redução de saliva ou boca seca;

– hábitos alimentares;

– uso de alguns medicamentos;

– estresse;

– tabagismo;

– doenças como amidalites, faringites, sinusites, deficiências renais ou hepáticas e diabetes, além de inflamações bucais e dentárias.

Carlos Muzilli lembra que, embora 90% dos fatores tenham origem na boca, há uma variedade muito grande entre eles. “Para cada causa, um tratamento”, define o especialista.

Invista em você

Para evitar o problema, não é necessário milagre, e sim, mudança de hábitos. Usar o fio dental, fazer bochechos e limpar a língua conforme orientação do dentista; ter uma dieta balanceada, evitando excesso de gorduras, frituras e café; beber pelo menos dois litros de água por dia; controlar o estresse e abandonar o cigarro são medidas que podem trazer de volta a boa convivência e a autoestima que o mau hálito roubou. Invista na sua qualidade de vida!


quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

Fique por dentro de algumas causas do mau hálito

Se você acredita que o hálito ruim está ligado apenas às alterações estomacais, está enganado. Fique por dentro de algumas causas do mau hálito, atente-se aos cuidados com a limpeza e os tratamentos dentários

Segundo o dentista  Paulo Coelho Andrade (SP)dizer que mau hálito só tem relação com alterações estomacais é um mito. “Na maioria das vezes ele está associado ao acúmulo de placa bacteriana sobre os dentes e a língua, a infecções de gengiva ou a cáries”, explica. Pacientes com diabetes, que passam por estresse, sofrem de mudanças hepáticas ou são fumantes também podem desenvolver o hálito ruim. Após uma limpeza dentária e o tratamento da causa o desconforto pode ser eliminado.

Como manter a boca livre de restos de alimentos

Para higienizar os dentes após cada refeição de forma eficaz, invista já nas dicas de como manter a boca livre de restos de alimentos

Higienizar os dentes ou a prótese deve ser a tarefa principal após cada refeição. “Alguns acessórios disponíveis no mercado são ideais para próteses dentárias, como escova de cerdas macias e extramacias, escova unitufo — que tem a cabeça pequena e apenas um tufo de cerdas —, facilitam a limpeza da região da prótese”, diz Paulo Coelho Andrade, dentista (SP). “Outro aliado é o fio dental com uma das pontas rígida, que ajuda a inserção no local”, explica. Aconselha-se usar um aparelho com jato de água sob pressão para manter a boca livre de restos de alimentos.

*Por Priscila Pegatin | Fonte – Pesquisa Perda dentária em adultos e idosos no Brasil, da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (FSP – USP) do odontologista Rafael da Silveira Moreira (PE) | Fotos Shutterstock | Adaptação Kelly Miyazzato.


terça-feira, 15 de setembro de 2015

12 dicas para prevenir o mau hálito

A halitose acontece em qualquer idade e tem mais de 60 causas, podendo se agravar com o uso de determinados medicamentos, consumo excessivo de alimentos ricos em enxofre, baixa produção ou qualidade inadequada de saliva. Veja algumas dicas para prevenir o mau hálito!

 1. Visitar periodicamente o dentista para avaliação da saúde bucal.

2. Para higiene bucal rotineira, use escova de dente, creme dental, fio dental e limpador de língua.

3. A higienização bucal antes de dormir é a mais importante, pois durante o sono a produção de saliva diminui, o que favorece a multiplicação de bactérias e um maior acúmulo de resíduos na língua.

4. Alimentação a cada três horas, para evitar a queda dos níveis de glicose sanguínea e para estimular a produção de saliva.

5. Nos intervalos entre as refeições, ingerir quantidade adequada de líquidos (uma conta simples é 35ml de água para cada kg de peso, por dia), pois 99% da constituição da saliva é água. Não espere sentir sede para beber água, e sim transforme esse ato em hábito.

6. Evitar refrigerantes ou bebidas alcoólicas, que acabam desidratando o organismo e comprometendo o hálito, bem como o consumo exagerado de cafés e outras bebidas ricas em cafeína.

7. Não fumar, pois o cigarro aumenta a descamação da mucosa oral, compromete a produção de saliva e predispõe a problemas gengivais.

8. Mastigar bem os alimentos, como exercício estimulador da saliva.

9. Consumir frutas cítricas e alimentos ricos em fibras, como granola, maçã e cenoura crua, que estimulam a salivação.

10. O uso de balas e sprays bucais não resolvem o problema, apenas disfarça o odor. Porém, o uso moderado de goma de mascar sem açúcar estimula a salivação, contribuindo para um bom hálito.

11. Evitar automedicação e o consumo desnecessário de medicamentos.

12. Estar em dia com a saúde geral, por meio de bons hábitos alimentares, atividades físicas rotineiras e avaliação médica periódica.

Fonte: http://oficinadamoda.com.br/beleza/saude/12-dicas-para-prevenir-o-mau-halito-27042.html - Por Evelyn Cristine | Foto Reprodução Pinterest

quarta-feira, 26 de agosto de 2015

8 sinais na sua boca e o que eles dizem sobre sua saúde

Alguns problemas que parecem comuns em nossa saúde bucal podem ser sinais de alerta para outras doenças
  
Feridinhas nos lábios, aftas ou até mesmo a língua branca são alguns dos sinais que a boca dá de que algo não vai bem. E embora estes sintomas às vezes estejam relacionados à má higiene, eles também podem significar problemas de saúde.

A dentista especialista em implantodontia, ortodontia e odontologia estética, Dra. Maria Luiza dos Santos, ajuda a identificar e esclarecer o que significam os diferentes sinais que surgem na saúde bucal. No entanto, ela alerta que quem vai saber diferenciar o que quer dizer cada sinal é um profissional. “O dentista vai descartar as coisas relacionadas à boca e o que restar vai mandar para o médico analisar”.

Gengiva sangrando
Na maioria dos casos, não se trata de nada muito grave. Pode ser apenas um machucado provocado pela escova de dentes ou por um alimento duro. Mas há a possibilidade de que esse seja um sinal de diabetes, uma vez que a doença traz problemas de coagulação e, assim, é comum haver sangramentos. Próteses dentárias mal adaptadas ou até mesmo lesões cancerígenas também podem estar por trás disso.

Feridas nos lábios
As famosas feridinhas nos lábios podem ser, muitas vezes, sinal de que o sistema imunológico está deficiente, de acordo com a especialista. Dra. Maria Luiza explica que geralmente esses sinais podem indicar herpes, que é desencadeado quando a imunidade está baixa, se a pessoa tomou muito sol, se há a falta de Vitamina C, se dorme mal, está estressado ou comendo mal. “A gente tem que conversar com o paciente para saber como apareceu. O herpes forma bolhinhas, fica avermelhado, arde e incomoda”, explica.

Dentes desgastados e doloridos
A dentista explica que é comum alguns pacientes descarregarem o estresse emocional nos dentes e para isso existe um tratamento associado, com o dentista e o acompanhamento de um psicólogo, porque o problema é de fundo emocional.
E em muitas vezes o problema pode pode ser neurológico. A especialista relata que uma de suas pacientes tinha uma dor no dente, mas após os exames descobriu que ele estava saudável. “Encaminhei para o neurologista e foi detectada depressão do sistema nervoso central. A paciente foi medicada e a dor passou. A boca dá um sinal de que você tem um outro tipo de problema”. 

Boca seca
A dentista explica que a boca seca significa que existe algum problema na glândula salivar. É preciso levar o problema ao profissional para analisar se algum tipo de tratamento que o paciente está sendo submetido pode ser o causador da boca seca.
“Remédios para emagrecer causam ressecamento da mucosa. São mais de 400 medicamentos que podem causar a hiposalivação. Exemplos disso são os alérgicos, calmantes, antidepressivos e diuréticos. Além disso, o estresse também pode agravar essa secura”.

Língua branca
A dentista ressalta que quando a higienização bucal não é feita da forma correta vai existir a saburra, composta de bactérias, células da mucosa e restos de alimentos. No entanto, o estresse pode aumentar a produção de mucina, responsável pela viscosidade e aderência da saliva.
“O estresse pode aumentar a saburra e isso deixa a língua branca. De qualquer forma, se a língua for escovada, isso tende a melhorar”. A profissional ainda indica que a língua branca pode significar uma deficiência de ferro ou de biotina.

Mau hálito
Quem tem problemas como apneia do sono e doença de goma (periodontite), que deixa as gengivas inflamadas e sangrando, o mau hálito pode aparecer constantemente. “Toda vez que a quantidade de saliva diminui aumentam as bactérias. Porém, em 99% dos casos se a língua for bem escovada, a pessoa não vai ter mau hálito, porque assim diminuem as bactérias”, explica Dra. Maria Luiza.

Aftas
As aftas geralmente estão ligadas aos alimentos ácidos, que podem desequilibrar o pH da boca. Mas alguns fatores como a diabetes, o estresse emocional, a deficiência de ferro, vitamina B12 e ácido fólico podem ser os responsáveis pelo problema. Além disso, no período menstrual as aftas também podem aparecer, devido às mudanças hormonais.
“Às vezes se a pessoa tem alergia a alimentos ácidos a afta pode surgir. Os bebês têm mais mais aftas porque são mais sensíveis e não têm tanta destreza quanto os adultos. As próteses mal adaptadas também podem causar o problema, além da boca seca em si, e o cigarro”, pontua.

Língua muito avermelhada
A dentista afirma que se a língua estiver mais avermelhada e inchada pode significar falta das Vitaminas E, B2, B3, B12 e do ácido fólico. A língua avermelhada ou amarelo-esbranquiçada, com aspecto pastoso, também pode ser sinal de candidíase. “Esses sinais são mais comuns em recém-nascidos, em quem tem próteses removíveis ou problemas imunológicos”, exemplifica.