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terça-feira, 17 de agosto de 2021

9 Alimentos perigosos para as crianças


Os pequenos podem engasgar com vários tipos de alimentos. Muito cuidado na hora de escolher o que vai dar para seu filho pequeno comer

 

Todo mundo engasga com algum alimento às vezes. Mesmo nas pessoas que mantêm a calma e sabem como aplicar a manobra de Heimlich para desengasgar, um engasgamento pode ser muito perigoso, com risco de morte por asfixia.

 

Agora, imagine o risco de uma criança pequena engasgar e não ter um adulto por perto para ajudá-la imediatamente. Esse risco é maior com determinados alimentos que são mais difíceis de comer ou que podem escapar para a garganta antes de serem devidamente mastigados. Veja quais são.

 

1. Balas e chicletes

Nos anos 90, centenas de crianças engasgavam com as famosas balas Soft, que tinham um formato de disco e eram lisas, facilmente escorregando e ficando trancadas na garganta. Mas não é apenas esse tipo de bala que é perigosa. Qualquer bala ou goma de mascar deve ser evitada por crianças pequenas.

 

2. Uvas

Para serem ingeridas de forma segura, as uvas devem ser cortadas ao meio e as sementes devem ser removidas.

 

3. Frutas secas

Essas frutas, por serem secas, podem ficar presas na garganta. Corte em pedacinhos pequenos para facilitar a deglutição ou, se ficarem presas, não bloquearem a passagem de ar.

 

4. Oleaginosas

Nozes, castanhas e avelãs devem ser trituradas ou quebradas em pedacinhos menores, e dadas para as crianças que já mastigam bem os alimentos, já que são duras.

 

5. Pipoca

Só a partir dos 4 anos é que a pipoca deve ser oferecida a criança, e ainda assim, com supervisão, pois existe o risco de engasgar com o piruá ou com as casquinhas.

 

6. Azeitonas

As azeitonas devem ser evitadas antes dos 4 anos, principalmente com caroço, mas também por causa da alta concentração de sal e conservantes. Quando for oferecer, não esqueça de remover o caroço.

 

7. Carne

As carnes, mesmo em pedacinhos, podem ser difíceis de mastigar. Devem ser oferecidos cortes bem macios, desfiados ou amassados.

 

8. Leite

O problema é quando o leite é oferecido em grande quantidade e a criança toma deitada. Mesmo sendo na mamadeira, a criança deve estar sentada para tomar o leite.

 

9. Vegetais crus

Ofereça sempre em formato de palitinhos para a criança ir mordendo. Os pedaços já picados podem causar engasgo por serem mais difíceis de mastigar e a criança engolir o pedaço sem mastigá-lo.

 

Fonte: https://www.dicasonline.com/alimentos-perigosos-criancas/ - por Priscilla Riscarolli

segunda-feira, 1 de março de 2021

Volta às aulas: Cuidados com a nutrição das crianças


Além da falta de aprendizado que é necessário para o desenvolvimento infantil, a escola é um ambiente em que elas socializam e trocam muitas experiências com outras crianças. Por isso, com o retorno em breve das aulas presenciais, trouxe alguns dados importantes para que você fique um pouco mais tranquilo ao enviar seu filho para a escola.

 

A pandemia que estamos vivendo afetou a rotina de todos, mas principalmente das nossas crianças, não é mesmo? Sentir medo, incertezas, tudo isso mexe com nosso psicológico. E se eu te falar que as crianças estão sendo uma das mais afetadas com tudo isso? Hoje estamos vendo um aumento muito expressivo de ansiedade, depressão, compulsão alimentar, obesidade e agressividade entre as crianças, e tudo isso, porque eles não sabem como lidar com tudo que está acontecendo, aliás, nem nós adultos sabemos, imagina eles.

 

Além da falta de aprendizado que é necessário para o desenvolvimento infantil, a escola é um ambiente em que elas socializam e trocam muitas experiências com outras crianças. Por isso, com o retorno em breve das aulas presenciais, trouxe alguns dados importantes para que você fique um pouco mais tranquilo ao enviar seu filho para a escola. Veja os números:

 

- Crianças são significativamente menos suscetíveis à Covid-19, representando apenas 2% dos casos globalmente e 24% da população mundial;

 

- A doença é menos agressiva do que a gripe (influenza) em crianças. Até agosto de 2020, os EUA apresentavam 2,2 vezes menos óbitos por Covid comparado à influenza: 49 vs. 107 óbitos por influenza em crianças até 14 anos;

 

- Até o momento, não há qualquer evidência de que o novo coronavírus seja transmitido por alimentos. Porém o vírus pode resistir por horas ou até dias em algumas superfícies e no ambiente. Sendo assim, é muito importante redobrar os cuidados com a higiene pessoal, dos ambientes, dos equipamentos e utensílios e dos alimentos.

 

Incertezas sempre teremos, mas está na hora do recomeço e pensando nisso, vou te dar dicas de como enviar e preparar o lanche com todas a segurança alimentar que seu filho precisa:

 

- A lancheira precisa ser térmica;

 

- Álcool gel para higienizar as mãos;

 

- Higienize a lancheira diariamente, assim, evitamos acúmulo de restos de comida e odores desagradáveis ( utilize água e sabão neutro e finalize com álcool 70%);

 

- Opte por frutas da estação pois possuem menos agrotóxicos e costumam ser mais baratas. Prefira as que possam ser consumidas com casca ou fáceis de descascar, como banana e maça. Algumas frutas perdem vitaminas e oxidam - fica com aparência escura - quando cortadas. E Lembre-se: frutas e legumes são importantes por serem nutritivos;

 

- Não esqueça da garrafinha de água;

 

- Ao escolher os alimentos, prefira pães, bolos ou biscoitos integrais, multigrãos, de arroz ou de milho;

 

- Opte por frutas naturais (in natura);

 

- Varie as opções de proteínas (leite, iogurte, queijo branco, ricota temperada, requeijão, creme de ricota, cream cheese, patês caseiros). Os queijos são ótimos para fazer criações – rolinhos e formatos com moldes de biscoitos;

 

- A combinação perfeita para a lancheira é: fruta ou legume + carboidrato + proteína + água;

 

- Envolva o sanduíche, as frutas, legumes em papel filme ou alumínio para conservar e não misturar com os outros alimentos da lancheira. Utilize potes higienizados diariamente. As frutas, devem ser enviadas já lavadas, secas e bem acondicionados;

 

Passo a passo a passo para a higienização dos alimentos:

 

1. Lavar embaixo de água corrente para retirar toda a sujidade.

 

2 . Deixar de molho com a casca em uma bacia com 1 litro de água e 1 colher de sopa de água sanitária ou hipoclorito por cerca de 15 minutos.

 

3. Após passar debaixo da água corrente e deixar secar em cima de um pano branco limpo.

 

4. As folhas devem ficar de molho somente 8 minutos para que não escureçam e estrague o alimento.

 

Ah! Não esqueça da máscara e álcool gel! Uma ótima volta às aulas e saúde a todos nós!

 

Fonte: https://revistanovafamilia.com.br/volta-as-aulas-cuidados-com-a-nutricao-das-criancas - Redação - Foto: Pexels, banco de imagens

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2021

A importância da Educação Infantil


Elencamos alguns fatores que vão te convencer a não deixar os pequenos em casa!

 

Quer saber porque a educação infantil é importante, certo?

Elencamos aqui 10 motivos da importância da educação infantil na vida de uma criança, para você compreender as vantagens em proporcionar este momento ao seu filho(a), independente da escola ou espaço de brincar.

 

1.  Convívio com outras crianças e adultos, em pequenos e grandes grupos, utilizando diferentes linguagens.

2. Ampliação do conhecimento de si e do outro, o respeito em relação à cultura e às diferenças entre as pessoas.

3. Primeiro contato com o mundo fora da sua família. Momento em que ganha autonomia e autoconfiança;

4. Brincar cotidianamente de diversas formas, em diferentes espaços e tempos, com diferentes parceiros (crianças e adultos).

5. Ampliação de seu acesso a produções culturais, seus conhecimentos, sua imaginação, sua criatividade, suas experiências emocionais, corporais, sensoriais, expressivas, cognitivas, sociais e relacionais.

6. Oportunidade de tomar decisões, adquirir conhecimentos e se posicionar ao da escolha das brincadeiras, dos materiais e dos ambientes, desenvolvendo diferentes linguagens.

7.  Expressão de suas necessidades, emoções, sentimentos, dúvidas, hipóteses, descobertas, opiniões, questionamentos, por meio de diferentes linguagens, desenvolvendo sua sensibilidade, percepção e criatividade.

8. Autoconhecimento e construção de sua identidade pessoal, social e cultural, compreendendo seu lugar no grupo.

9.  Oportunidade para explorar movimentos, gestos, sons, formas, texturas, cores, palavras, emoções, transformações, relacionamentos, histórias, objetos, elementos da natureza, na escola e fora dela, ampliando seus saberes.

10. Desenvolvimento das relações interpessoais fora da família, estabelecendo amizades.

 

Fonte: https://revistanovafamilia.com.br/a-importancia-da-educacao-infantil - Fotos: Paulina Riquelme

terça-feira, 20 de outubro de 2020

Escrever à mão torna você mais inteligente


Apesar de algumas preocupações com a luz azul-violeta dos celulares e tablets, outros estudos indicam que as crianças se desenvolvem mais com o uso da tecnologia.

 

Escrever à mão para ativar o cérebro

 

A tecnologia tem trazido grandes vantagens e facilitadores para a educação das crianças - incluindo benefícios cognitivos - mas algumas tarefas que estão sendo deixadas de lado podem anular esses ganhos.

 

É o caso de escrever à mão.

 

Na verdade, as perdas para as crianças parecem ser tão grandes que cientistas da Noruega estão defendendo a adoção de leis nacionais para garantir que as crianças recebam pelo menos um treinamento básico de caligrafia.

 

Os resultados de vários estudos mostraram que tanto crianças quanto adultos aprendem mais e lembram melhor do que estudaram quando escrevem à mão.

 

Agora, outro estudo confirmou esses resultados: Escolher a escrita à mão em vez de escrever usando um teclado resulta em melhor aprendizado e memória.

 

A professora Audrey van der Meer e seus colegas da Universidade Norueguesa de Ciência e Tecnologia investigaram isso várias vezes desde 2017, começando com análises da atividade cerebral dos estudantes.

 

Agora a equipe publicou um novo estudo no qual a atividade cerebral foi monitorada comparativamente em adultos jovens e crianças.

 

Viver uma vida autêntica

 

Os experimentos foram realizados usando um aparelho de EEG (eletroencefalograma) para registrar a atividade das ondas cerebrais, permitindo coletar dados objetivos.

 

O cérebro produz impulsos elétricos quando está ativo. Os sensores nos eletrodos do exame são muito sensíveis e captam essa atividade elétrica, eliminando os vieses que podem ocorrer quando as avaliações são realizadas por entrevistas ou provas.

 

Os resultados mostraram que o cérebro dos adultos jovens e das crianças ficou muito mais ativo ao escrever à mão do que ao digitar no teclado.

 

"O cérebro evoluiu ao longo de milhares de anos. Ele evoluiu para ser capaz de agir e navegar pelo comportamento apropriado. Para que o cérebro se desenvolva da melhor maneira possível, precisamos usá-lo naquilo que ele é melhor.

 

"Precisamos viver uma vida autêntica, temos que usar todos os nossos sentidos, estar ao ar livre, experimentar todos os tipos de clima e conhecer outras pessoas. Se não desafiarmos o nosso cérebro, ele não poderá atingir todo o seu potencial. E isso pode afetar o desempenho na escola," disse a professora Van der Meer.

 

Fonte: https://www.diariodasaude.com.br/news.php?article=escrever-mao-torna-voce-mais-inteligente&id=14354&nl=nlds - Redação do Diário da Saúde - Imagem: CC0 Public Domain/Pixabay

segunda-feira, 12 de outubro de 2020

Os limites das crianças e o esporte


     Nos dias atuais, as maiores dificuldades dos pais e educadores são impor limites e disciplina as crianças pelas mudanças que ocorreram na educação dos filhos de tempos atrás até o presente.

 

     Algumas décadas atrás, bastava o professor olhar firme para um aluno que ele logo entendia que estava fazendo algo de errado e deveria mudar seu comportamento. Além disso, o professor também podia aplicar algum castigo para educá-lo. Hoje, os professores podem fazer caretas, falar e gritar que os alunos não lhe dão atenção, e aplicar castigos não corresponde à educação moderna.

 

     Antigamente, a situação financeira dos pais em sua maioria não era boa e eles não davam tudo o que os filhos pediam. Eles tinham mais a atenção e tempo dos pais, principalmente da mãe que não trabalhava e contribuía eficazmente na educação dos mesmos, colocando algumas regras de comportamento e castigos quando necessários. As crianças tinham tempo certo para estudar, brincar, comer, dormir, etc.

 

     Hoje, em virtude da jornada de trabalho, os pais, deixam de participar da vida dos filhos durante o dia e tentam compensá-los com bens materiais e sem fazer cobranças nas tarefas cotidianas. Não existem limites para as crianças em relação ao tempo de ver televisão, jogar videogame, à hora de ir dormir, de ficar na internet, do que comer e do presente que quer ganhar; dando a entender que elas podem fazer tudo e quando querem.

 

     As crianças precisam desde cedo ter regras, tanto no sentido do que é permitido fazer quanto do que não é, do que é certo e do que não é, aprender a restringir certas vontades, aceitar que existe uma hora para cada atividade e a de trocar uma coisa por outra. Alguns fatores contribuem para a falta de limites em crianças como o excesso de tolerância, a falta de punição no momento adequado e a falta de coerência na ação dos pais. Os pais precisam compreender que dar limites não é ser mau, e sim dar-lhe proteção e cuidado, que tem a hora de dizer sim e também de dizer não. Segundo o ponto de vista educacional, permitir tudo ou não permitir nada são hábitos igualmente nocivos ao comportamento da criança.

 

     Aí é que entra a escola, a qual acaba arcando com a responsabilidade de dar limites às crianças, e de forma especial, os professores das primeiras séries do ensino fundamental que além de ensinar os conteúdos de sua série, têm de desdobrar-se em psicólogos, “tios” e conselheiros para entender e ajudar os alunos com problemas comportamentais.

 

     Os limites da criança devem ser dados através de disciplina e o esporte pode colaborar ensinando valores que serão úteis em sua formação educacional como: respeitar as regras, adversários, colegas e professores; que ela depende dos colegas para obter bons resultados; aprender a ganhar e perder; ter responsabilidade com os horários de treinamento; que deve estudar mais para compensar as horas usadas nos treinos e se alimentar corretamente e em horários estabelecidos.

 

      O esporte será um grande aliado dos pais e da escola na difícil tarefa de educar a criança, pois para isso é preciso paciência, dedicação, perseverança, responsabilidade e amor do educador para o educando. As crianças tornar-se-ão adolescentes e adultos responsáveis, compreensivos e agradecidos pelas cobranças e bons exemplos recebidos na sua infância de seus pais e educadores.

 

     Como afirmou Pitágoras, “Educai as crianças de hoje e não será preciso punir os homens de amanhã”.

 

 Por Professor José Costa


Todas as vossas coisas sejam feitas com amor.

1 Coríntios 16:14


segunda-feira, 27 de julho de 2020

Filhos e pets juntos? Veja cuidados na convivência de animais e crianças


Sem supervisão, os pequenos podem não desenvolver um relacionamento saudável com animais da família e tornar o dia a dia um grande desafio

Para quem resistia heroicamente aos pedidos dos filhos de ter um mascote em casa, os 120 dias sem aula talvez tenha sido o maior argumento para você ceder à vontade deles. É de se pensar, né? A vida pode estar complicada, mas crianças e animais costumam formar um sólido relacionamento que pode ajudar a passar por esses dias em que estamos com a criatividade esgotada.

Mas alto lá! É bom lembrar que animal não é brinquedo e, com o confinamento, os riscos de acidentes envolvendo mascotes e tutores mirins se tornaram bastante elevados. Primeiro, porque as crianças se lançam aos animais como abelhas sobre a flor. Segundo: a falta do que fazer pode potencializar brincadeiras perigosas, como enrolar animais em cobertores, colocá-los depois do banho na máquina de secar roupa, trancá-los no banheiro e até deixá-los descansando no beliche de cima.

O assunto é sério. Acidentes envolvendo mascotes provocados por crianças sempre existiram, mas a quarentena abre margem para os pequenos colocarem em prática ideias mirabolantes. E o troco pode vir.  Um cachorro que tem o rabo puxado, a orelha assoprada ou que se sinta fortemente ameaçado pode cravar os dentes no primeiro que passar na sua frente.

Brincadeiras podem dar errado
Queimaduras, ombro deslocado, joelho fora do lugar, sufocação e até fratura são alguns exemplos de brincadeiras que acabaram muito mal. Saiba que o tombo de uma criança de três anos sobre um animal pequeno pode causar estragos terríveis ao bichinho. O mesmo vale para crianças ainda sem coordenação em pegar os animais no colo e transportá-los (pelo pescoço) de um cômodo ao outro da casa. 

Além de ferir o animal, esse relacionamento fica comprometido porque o mascote vai começar a fugir da criança e vê-la como um indivíduo que causa dor. Crianças pequenas, sem supervisão, podem deteriorar de forma irrecuperável o relacionamento entre eles e seus animais de estimação. E, por fim: é difícil explicar para uma criança que a brincadeira protagonizada por ela foi a responsável pela morte do mascote.

Segue abaixo algumas situações que precisam ser monitoradas:

Aglomeração de crianças
Isso é chato, muito chato. Imagine seis crianças enlouquecidas indo até a casa do vizinho para ver o filhotinho de cachorro recém-chegado. Não deixe que o manipulem e nunca, jamais, o deixe sozinho com aglomeração de crianças. O agito infantil e o corre-corre típico da idade pode causar acidentes. Não transfira para o seu filho a responsabilidade de cuidar o movimento brusco de seus amigos.

Animal na cama
Cobertores e travesseiros podem ser usados para construir castelos, e o resultado é a sufocação do animal. Por isso, fique atento às brincadeiras na cama.

Atenção na sacada
Sacadas abertas, estas que têm grades em vez de concreto, devem receber telas antes da chegada do mascote. Gatos em fuga de crianças também podem se aventurar a pular de uma sacada ou janela sem rede de proteção.

O perigo da janela
Janelas também favorecem a fuga de animais, ainda mais se não forem muito altas. Isso pode encorajar os mascote a fugir.

Jogar bolinha
A brincadeira parece inocente, mas um animal correndo alucinado atrás de uma bolinha pode se enfiar de forma brusca embaixo do sofá, bater em uma parede ou atravessar a sacada que não é feita de concreto. Esteja presente nas primeiras brincadeiras até perceber que o mascote sabe frear a tempo de não se ferir.

Cuidado com os olhos
Olhos são uma área particularmente sensível e precisam ser preservados. Evite brincadeiras que ameaçam a integridade dos olhos do seu mascote.

Brincadeiras que estimulem o medo
Nunca estimule seus filhos a brincar de qualquer jogo que deixe o animal em apuros. Isso vai deteriorar o relacionem deles, e seu pet se tornará um animal assustado, preso em uma casa de malucos e infeliz. Não estimule o medo em nenhum animal.

Pegar no colo
Por mais tentador que seja, não deixe seu filho de três anos brincar à vontade com o mascote. Toques e abraços aparecem de forma inesperada e seu filho pode apertar demais ou ferir o mascote porque não sabe ainda até onde vai a intensidade de um abraço.

Do alto
Cuidado com móveis altos, camas e escadarias.

Piscinas
Ensine, assim que puder, seu pet a nadar e se informe sobre os "resgastes", que são as escadas feitas de material rugoso para permitir ao seu animal chegar à superfície.

Respeite o almoço
Evite brincadeiras no hora da refeição com seu mascote. Ele pode revidar.

Chuveiro e banheiras
Dar banho no mascote é um ato sempre solicitado pelas crianças e nunca deve ficar sem supervisão. O animal pode ter seu comportamento alterado devido ao desconforto, tentando sair de qualquer jeito, o que pode provocar a queda do animal e arranhões nas crianças.


quarta-feira, 11 de março de 2020

Cabeçadas no futebol podem ser perigosas para menores de 12 anos?


A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) recomendará o fim dos cabeceios nas escolinhas e categorias de base por um suposto risco de problemas sérios

Recentemente, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) anunciou que pretende proibir cabeçadas em treinos e partidas disputadas entre menores de 12 anos. A iniciativa segue países como Estados Unidos e Inglaterra, que baniram esse tipo de movimento nos campeonatos infanto-juvenis.

A preocupação da entidade é com o risco de danos neurológicos quando o cérebro está em plena formação. Nos últimos anos, alguns cientistas e autoridades apontaram que o cabeceio constante e repetitivo poderia provocar lesões praticamente imperceptíveis nos neurônios dos pequenos.

Em 2018, um trabalho apresentado no Congresso do American College of Sports Medicine avaliou na prática esse impacto. Pesquisadores porto-riquenhos analisaram 30 jogadores com idade média entre 9 e 11 anos de idade (15 meninas e 15 meninos). Todos usaram um acelerômetro preso em uma faixa na cabeça durante três partidas. O dispositivo consegue captar o movimento do contato da testa com a bola. Os participantes foram instruídos a jogar normalmente.

Com base nisso, os pesquisadores notaram que, em uma cabeçada, o cérebro era submetido a forças de aceleração entre 16 e 60G. Para ter ideia, no adulto, um impacto de 60G é suficiente para causar uma concussão (lesão que altera a função mental de maneira temporária ou permanente).

Os voluntários-mirins também passaram por testes de capacidade cognitiva antes e depois dos jogos. Entre as meninas que cabecearam pelo menos uma vez, houve um abalo em curto prazo na memória sequencial, responsável por reconhecimento de palavras e capacidade de leitura. Nos garotos, o problema foi na velocidade de processamento auditivo e em habilidades relativas à linguagem.

Para os especialistas, isso sugere que a turma sofreu subconcussões. Isto é, lesões que não aparecem nos exames de imagem, mas que eventualmente trazem prejuízos, ainda mais se repetidas por anos e anos.

As descobertas ainda são inconclusivas
No futebol profissional adulto, as lesões de cabeça já são mais compreendidas e se tornaram fonte de preocupação dos clubes, que monitoram constantemente os atletas para detectar qualquer dano à massa cinzenta.

Por outro lado, a suspeita de que, nos mais jovens, as cabeçadas na bola trariam repercussões permanentes não está consolidada. Apesar de experimentos como o que citamos anteriormente, a ciência ainda não bateu o martelo principalmente sobre possíveis efeitos de longo prazo.

Uma revisão de literatura, publicada em 2016 no The Physician and Sportsmedicine Journal, chafurdou mais de 300 estudos e concluiu que não há evidências de que jogar futebol na adolescência cause danos cerebrais para o resto da vida. O artigo, assinado por um expert da Universidade de Washington, nos Estados Unidos, revela ainda que as evidências sobre a relação com concussões nos pré-adolescentes e adolescentes são escassas e limitadas.

Nas entrevistas que concederam sobre o tema, dirigentes da CBF destacaram que a medida será preventiva. E que o futebol até o início da adolescência deve ser praticado de maneira lúdica — não de maneira profissional. Até porque mexer o corpo nos primeiros anos de vida faz muito bem à saúde.

Fonte: https://saude.abril.com.br/familia/cabecadas-no-futebol-podem-ser-perigosas-para-menores-de-12-anos/ - Por Chloé Pinheiro - Ilustração: Rômolo/SAÚDE é Vital

domingo, 10 de novembro de 2019

Desenvolvimento cerebral em crianças é menor quanto mais tempo gasto em telas elas têm: imagens cerebrais


Um novo estudo do Hospital Infantil de Cincinnati (EUA) descobriu que crianças que passam mais tempo do que o recomendado na frente de telas – de TVs, smartphones ou tablets – têm níveis mais baixos de desenvolvimento cerebral.

O estudo
A recomendação pediátrica de tempo gasto na frente das telinhas sem envolvimento dos pais é de uma hora por dia, no máximo. Atualmente, no entanto, cada vez mais crianças passam mais e mais minutos grudados em dispositivos eletrônicos.

Na nova pesquisa, os pesquisadores examinaram o cérebro de 47 crianças de 3 a 5 anos usando um tipo de ressonância magnética chamada de imagem tensorial de difusão. Ele permite visualizar especialmente a substância branca do cérebro, uma área ligada ao desenvolvimento de linguagem, alfabetização e habilidades cognitivas.

As crianças também foram submetidas a testes cognitivos e seus pais tiveram que preencher um questionário sobre o tempo gasto em telas desenvolvido pela Academia Americana de Pediatria.

O questionário é bem completo, passando por diferentes medidas do uso de telas pelas crianças. Por exemplo, qual o acesso que a criança tem a uma tela – ela pode usá-las durante refeições, no carro? Qual a frequência de exposição, ou seja, com que idade começou a ser exposto a eletrônicos, quantas horas gasta em telas por dia, costuma usá-las na hora de dormir? E quanto ao conteúdo, a criança escolhe o que consome? É exposta à música ou conteúdos educacionais? Por fim, os pais precisaram preencher informações com relação a “interação dialógica”, ou seja, se a criança assiste sozinha ou se eles interagem e discutem o conteúdo também.

Resultados
O tempo médio gasto com telas variou de uma hora a pouco menos de cinco horas por dia. As crianças que gastavam mais tempo do que o recomendado (em média, duas horas) tinham mais substância branca desorganizada e subdesenvolvida no cérebro.

Esse subdesenvolvimento era claro especialmente em faixas do cérebro que os pesquisadores sabem que estão envolvidas com a linguagem e a alfabetização, o que se mostrou de acordo com os resultados dos testes cognitivos das crianças.

As com tempo excessivo de tela demonstraram menos habilidades emergentes de alfabetização e capacidade de usar linguagem expressiva, além de menos capacidade de nomear objetos rapidamente.


Maior uso de telas foi associado a setores menos desenvolvidos da substância branca (mostrados em azul na imagem) em todo o cérebro

“Este é o primeiro estudo a documentar associações entre maior uso da tela e menores medidas da estrutura e habilidades cerebrais em crianças em idade pré-escolar. Isso é importante porque o cérebro está se desenvolvendo mais rapidamente nos primeiros cinco anos. É quando o cérebro é muito plástico e absorve tudo, formando fortes conexões que duram por toda a vida”, disse o principal autor do estudo, o pediatra e pesquisador clínico do Hospital Infantil de Cincinnati Dr. John Hutton.

Telas “estragam” o cérebro?
Isso não significa que passar muito tempo na frente de telas cause algum dano cerebral.

No entanto, é importante que os pais aproveitem os primeiros anos de vida de uma criança para estimular o aprendizado, o pensamento, a linguagem e os laços amorosos, e gastar tempo demais com dispositivos eletrônicos pode atrapalhar isso.

Hutton explica que o tempo gasto com telas pode ser muito passivo para o desenvolvimento do cérebro. “Talvez o tempo de tela tenha atrapalhado outras experiências que poderiam ter ajudado as crianças a reforçar essas redes cerebrais”, disse.

Os pesquisadores advertem que os resultados são relativos e mais testes clínicos precisam ser feitos para chegarmos a melhores conclusões.

“Ainda assim, é possível que, com o tempo, esses efeitos possam aumentar. Sabemos que crianças que começam atrás tendem a ficar cada vez mais para trás à medida que envelhecem. Portanto, pode ser que as crianças que começam com infraestrutura cerebral menos bem desenvolvida tenham menos probabilidade de se envolver na escola, ser leitores bem-sucedidos mais tarde”, argumentou Hutton.

Sou mãe/pai. O que fazer?
A Associação Americana de Pediatria tem algumas recomendações sobre o tempo gasto com telas baseado na idade das crianças. Por exemplo:

Bebês: crianças com até 18 meses não devem em absoluto passar tempo na frente de telas, e sim com pais e outros cuidadores. Um estudo descobriu que mesmo ter a TV ligada na mesma sala que um bebê pode afetar negativamente sua capacidade de brincar e interagir.

Crianças de 18 meses a 3 anos: com 2 anos, uma criança pode aprender palavras através de um bate-papo por vídeo com uma pessoa querida ou atividades interativas. É interessante que os pais assistam qualquer conteúdo junto com a criança, reforçando o aprendizado.

Crianças de 3 a 5 anos: crianças um pouco mais velhas podem se beneficiar de programas de qualidade, como “Vila Sésamo”. Um programa bem projetado pode ajudar a melhorar habilidades cognitivas, ensinar palavras e afetar positivamente o desenvolvimento social de crianças.

Vale notar ainda que os pais são grandes responsáveis pelo desenvolvimento cerebral de seus filhos e podem tomar outras atitudes para estimulá-lo, além de limitar o tempo de telinhas.

 “Sabemos que existem atividades que ajudam o desenvolvimento das crianças: ler, cantar, conectar-se emocionalmente, ser criativo, ou mesmo dar um passeio ou dedicar algum tempo em dias ocupados para (pais e filhos) rirem juntos”, disse a pediatra Dra. Jenny Radesky,  principal autora das diretrizes da Academia Americana de Pediatria de 2016 sobre o uso da tela por crianças e adolescentes, em um e-mail à CNN.

Um artigo sobre o estudo foi publicado na revista científica JAMA Pediatrics. [CNN]


domingo, 27 de outubro de 2019

Quais são os principais problemas oculares infantis e como detectá-los


Segundo a Organização Mundial da Saúde, dá para prevenir e tratar de 60% a 80% das doenças oculares.

Infelizmente, não dá para se proteger de todas as condições de saúde com vacinas. Mas uma iniciativa tomou emprestada a ideia da caderneta de vacinação para conscientizar a população sobre o diagnóstico precoce de problemas oftalmológicos em crianças. Esse é o projeto Caderneta de Visão: um movimento pela saúde ocular infantil.

Criada pela agência Artplan, a ação incluiu a impressão de várias cadernetas onde é possível anotar as idas ao médico para cuidar dos olhos. Esse material está sendo distribuído pela rede Óticas Carol (também dá para baixá-lo no site da campanha). Tendo um registro dos exames em mãos, fica mais fácil de fazer o controle das avaliações visuais.

O Conselho de Oftalmologia Brasileiro (COB) estima que mais de 250 mil jovens de 5 a 15 anos têm dificuldade para enxergar no nosso país. E, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), de 60% a 80% dos casos são evitáveis ou tratáveis.

Para a oftalmologista Claudia Faria, da clínica Belfort, em São Paulo, qualquer iniciativa que promova visitas de meninos e meninas ao consultório é válida. Normalmente, eles só buscam apoio quando reclamam de não conseguir ler na escola.

“No Brasil, falta orientação preventiva. Muitas doenças só são bem tratadas durante a infância”, pontua a especialista. De olho nisso, SAÚDE compilou informações importantes para você saber como cuidar direito da visão da criançada. Confira:

As principais doenças oculares em crianças
De acordo com Claudia, os erros refrativos são as condições que mais embaçam a vista na infância. Estamos falando dos famosos astigmatismo, miopia e hipermetropia.

Até certo ponto, é natural que o pequeno possua um grau baixo de hipermetropia (dificuldade para enxergar objetos de perto), porque o olho está se desenvolvendo. Com o tempo, ele cresce e a visão tende a ganhar nitidez.

No entanto, a oftalmologista conta que graus elevados de alguma dessas encrencas, quando não diagnosticados, podem levar à ambliopia. Estamos falando de uma dificuldade do próprio sistema nervoso de compreender o que é uma imagem nítida — se não corrigida, ela gera uma dependência de óculos para o resto da vida. “O tratamento só funciona até, mais ou menos, 8 ou 9 anos de idade. Muitas vezes, ele consiste apenas em usar óculos por um período”, complementa a profissional.

Além dos erros refrativos, a conjuntivite é bem comum na infância. “Existe a suspeita de que ela altere a córnea e leve ao astigmatismo. Mas não há evidências científicas suficientes para provar essa hipótese”, informa Claudia. De qualquer forma, o quadro precisa ser tratado por causa dos incômodos que provoca.

Vale mencionar também o estrabismo. É até normal que os bebês fiquem um pouco vesgos, porque seus olhos estão em pleno desenvolvimento. “Episódios de desvio do olhar para dentro ocorrem até os 4 meses e, para fora, até os 6. Agora, se o olho ficar torto o tempo inteiro, é estrabismo”, arremata a expert.

Outra complicação é a catarata congênita. “Após o diagnóstico, o bebê tem que ser operado nas primeiras semanas de vida. Se não, nunca vai conseguir enxergar”, alerta a oftalmologista.

Quais exames oftalmológicos toda criança deve fazer
“O mais importante é o teste do reflexo vermelho, feito assim que a pessoa nasce”, orienta a médica. Conhecido como teste do olhinho, ele sinaliza a presença de catarata e retinoblastoma (um tipo de câncer), entre outras coisas. Na rede pública, é obrigatório realizá-lo antes de sair da maternidade. Caso note algo suspeito, o doutor vai pedir exames complementares.

Quem nasce sem problemas oftalmológicos precisa ser avaliado de novo antes dos 3 anos. Dessa vez, o pequeno passa por um check-up completo, com exames de acuidade visual (aquele em que você tenta discernir as letras no quadro) e de fundo do olho.

Se tudo estiver certo, Claudia sugere repetir esses procedimentos a cada um ou dois anos. “Isso até a criança completar 9 anos de idade, quando o período de desenvolvimento dos olhos acaba”, afirma. Vale conversar com o pediatra sobre a eventual necessidade de marcar uma consulta com oftalmologistas.

E fique tranquilo: mesmo quando a molecada ainda não aprendeu a ler ou falar, dá para realizar todos os exames. O teste de acuidade visual, por exemplo, pode ser adaptado para as crianças não alfabetizadas. Aí, letras e números são trocados por figuras. “Mas é importante fazer o exame em locais com experiência nesse público”, recomenda Claudia.


sexta-feira, 18 de janeiro de 2019

Boas memórias da aula de educação física diminuem o risco de sedentarismo


Estudo revela que uma boa aula de educação física ajuda as crianças a se tornarem fisicamente ativas no futuro

Um questionário online foi aplicado pela Universidade Estadual de Iowa, nos Estados Unidos, para descobrir se as experiências vividas nas aulas de educação física durante a infância impactaram na relação atual de adultos com os esportes. As 1 028 respostas não deixaram dúvidas: quem guardava boas lembranças da disciplina era mais ativo.

“A escola é um lugar privilegiado para as crianças aprenderem a gostar de exercícios. Elas passam grande parte do dia ali e, fora isso, esse é o período crítico para aquisição de hábitos”, analisa Ricardo Catunda, membro do Conselho Federal de Educação Física.

Para Marcos Garcia Neira, professor da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (USP), adquirir gosto por se mexer deveria ser até mais fácil no Brasil, porque, aqui, a aula vai além da prática de esportes. “Entendemos que esse não é apenas um momento de gastar energia”, pondera Neira. Para ele, um bom currículo agrega o ensino das mais diversas modalidades corporais — da capoeira a dança.

Como tornar a disciplina mais interessante para a criançada

Educação física não é só esporte. “O aluno deve passar por várias experiências corporais”, afirma Neira.
Encontrar maneiras diferentes de expor o conteúdo é uma boa. A tecnologia pode dar uma força nesse aspecto.
É importante explicar a proposta das aulas aos pais também. “Eles precisam conversar com os filhos sobre o assunto”, orienta Neira.


segunda-feira, 21 de agosto de 2017

Os quatro excessos da educação moderna que perturbam as crianças

Quando nossos avós eram pequenos, eles tinham apenas um casaco de frio para o inverno. Apenas um! Naquela época de vacas magras, já era luxo ter um. Exatamente por isso a criançada cuidava dele como se fosse um tesouro precioso. Naquela época bastava a consciência de se ter o mínimo indispensável. E, acima de tudo, as crianças tinham consciência do valor e da importância de suas coisas.

Muita água correu por baixo da ponte, acabamos nos transformando em pessoas mais sofisticadas. Agora prezamos pelas várias opções e queremos que nossos filhos tenham tudo aquilo que desejarem, ou, caso seja possível, muito mais. Não percebemos que esse mimo excessivo ajuda a criar um ambiente propício para transtornos psicológicos.

De fato, foi demonstrado que o excesso de estresse durante a infância aumenta a probabilidade de que as crianças venham a desenvolver problemas psicológicos. Assim, uma criança sistemática pode ser empurrada para ativar um comportamento obsessivo. Uma criança sonhadora, sempre com a cabeça nas nuvens, pode perder a sua capacidade de concentração.

Neste sentido, Kim Payne, professor e conselheiro norte-americano, conduziu uma experiência interessante em que simplificou a vida de crianças diagnosticadas com Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade. Depois de apenas quatro meses, 68% destes pequeninos passaram a ser considerados clinicamente funcionais. Eles também mostraram um aumento de 37% em suas habilidades acadêmicas e cognitivas, um efeito que não poderia coincidir com a medicação prescrita para esta desordem, o Ritalin.

Estes resultados são, em parte, extremamente reveladores e, mais que isto, também são um pouco assustadores, porque nos fazem pensar se realmente estamos criando para nossos filhos um ambiente saudável, mental e emocionalmente.

O que estamos fazendo de errado e como podemos corrigir isto?

Quando o “muito” se transforma em “demais”?

No início de sua carreira, este professor trabalhou como voluntário em campos de refugiados, onde teve que lidar com crianças que sofrem de estresse pós-traumático. Payne constatou que essas crianças se mostravam nervosas, hiperativas e tremendamente ansiosas, como se pressentissem que algo de ruim fosse acontecer de uma hora para a outra. Elas também eram amedrontadas em excesso, temendo qualquer novidade, o desconhecido, como se tivessem perdido a curiosidade inata das crianças.

Anos mais tarde, Payne constatou que muitas das crianças que precisavam de sua ajuda mostravam os mesmos comportamentos que os pequenos que vinham de países em guerra. No entanto, o estranho é que estas crianças viviam na Inglaterra, abraçados por um ambiente completamente seguro. Qual a razão que os levava a exibir os sintomas típicos de estresse das crianças pós-traumáticas?

O professor pensa que as crianças em nossa sociedade, apesar de estarem seguras do ponto de vista físico, mentalmente vivem em um ambiente semelhante ao produzido em áreas de conflito armado, como se suas vidas estivessem sempre em perigo. A exposição à muitos estímulos provoca um estresse acumulado que obriga as crianças a desenvolverem estratégias que as façam se sentir mais seguras.

Na verdade, as crianças de hoje estão expostas a um fluxo constante de informações que não são capazes de processar. Elas são forçadas ao crescimento rápido, já que os adultos depositam muitas expectativas sobre elas, forçando-as a assumir papéis que realmente não condizem com a realidade infantil. Assim, o cérebro imaturo das crianças é incapaz de acompanhar o ritmo imposto pela nova educação, por conseguinte, um grande estresse ocorre, com as óbvias consequências negativas.

Os quatro pilares do excesso.

Como pais, nós normalmente queremos dar o melhor para os nossos filhos. E pensamos que, se o pouco é bom, o mais só pode ser melhor. Portanto, vamos implementar um modelo de paternidade superprotetora, nós forçamos os filhos a participar de uma infinidade de atividades que, em teoria, ajudam a preparar os pequenos para a vida.

Como se isso não fosse suficiente, nós enchemos seus quartos com livros, dispositivos e brinquedos. Na verdade, estima-se que as crianças ocidentais possuem, em média, 150 brinquedos. É demais, e quando é excessivo, as crianças ficam sobrecarregadas. Como resultado, elas brincam superficialmente, facilmente perdendo o interesse imediatista nos brinquedos e no ambiente, elas não são estimuladas a desenvolver a imaginação.

Payne ressalta que estes são os quatro pilares do excesso que forma a educação atual das crianças:

1 – Excesso de coisas.
2 – Excesso de opções.
3 – Excesso de informações.
4 – Excesso de rapidez.

Quando as crianças estão sobrecarregadas, elas não têm tempo para explorar, refletir e liberar tensões diárias. Muitas opções acabam corroendo sua liberdade e roubam a chance de se cansar, o que é elemento essencial no estímulo à criatividade e ao aprendizado pela descoberta.

Gradualmente, a sociedade foi corroendo as qualidades que tornam o período da infância algo mágico, tanto que alguns psicólogos se referem a esse fenômeno como a “guerra contra a infância”. Basta pensar que, nas últimas duas décadas, as crianças perderam uma média de 12 horas por semana de tempo livre. Mesmo as escolas e jardins de infância assumiram uma orientação mais acadêmica.

No entanto, um estudo realizado na Universidade do Texas revelou que quando as crianças brincam com esportes bem estruturados, elas se tornam adultos menos criativos, em comparação com jovens que tiveram mais tempo livre para criar suas próprias brincadeiras. Na verdade, os psicólogos têm notado que a maneira moderna de jogar gera ansiedade e depressão. Obviamente, não é apenas o jogo mais ou menos estruturado, mas também a falta de tempo.


Simplificar a infância.

A melhor maneira de proteger a infância das crianças é dizer “não” para as diretrizes que a sociedade pretende impor. É preciso deixar que as crianças sejam crianças, apenas isso. A melhor maneira de proteger o equilíbrio mental e emocional é educar as crianças na simplicidade. Para isso, é necessário:

– Não encher elas de atividades extracurriculares, que, em longo prazo, não vão ajudá-las em nada.

– Deixe-lhes tempo livre para brincar, de preferência com outras crianças, ou com jogos que estimulem a criatividade, jogos não estruturados.

– Passar um tempo de qualidade com eles é o melhor presente que os pais podem dar.

– Criar um espaço tranquilo em suas vidas onde eles podem se refugiar do caos e aliviar o estresse diário.

– Garantir tempo suficiente de sono e descanso.

– Reduzir a quantidade de informações, certificando-se de que esta seja sempre compreensível e adequada à sua idade, o que envolve um uso mais racional da tecnologia.

– Simplifique o ambiente, apostando em menos brinquedos e certificando-se de que estes realmente estimulem a fantasia da criança.

– Reduzir as expectativas sobre o desempenho, deixe que elas sejam simplesmente crianças.
Lembre-se que as crianças têm uma vida inteira pela frente até se tornarem adultos, entretanto, então, permita que elas vivam plenamente a infância.

Texto publicado em espanhol no site Rincón de la Psicología, traduzido e adaptado pela Revista Pazes.