terça-feira, 27 de março de 2018

Benefícios do chocolate para a saúde

Nem sempre o chocolate é o vilão da nossa saúde, especialistas mostram seus benefícios

A Páscoa está chegando e a dúvida que sempre permanece é se o chocolate faz ou não faz bem para a saúde.  Jéssica Paz, nutricionista do Hospital Rios D’Or, garante que os benefícios do chocolate são diversos! “A indicação é para a opção dos que apresentam em sua composição maior quantidade de cacau, por terem componentes que evitam algumas doenças, inclusive câncer”.

Porém, a nutricionista lembra que o chocolate mais consumido pela população é o ao leite, que, se consumido em exagero, traz prejuízos para a sua saúde. Veja abaixo os benefícios do chocolate:

- Os chocolates 75% cacau são ricos em flavonoides, antioxidantes que auxiliam na prevenção de vários tipos de câncer, protegem os vasos sanguíneos, promovem o bem-estar cardíaco e contrariam a hipertensão moderada;

- Um dos benefícios do chocolate é a sensação de saciedade. Segundo a nutricionista, acredita-se que existe no chocolate um composto químico, designado triptofano, que é usado pelo cérebro para produzir serotonina, um neurotransmissor que induz sensações de prazer;   

- De acordo com Claudia Marçal, dermatologista, os chocolates 70% cacau podem ser ricos em vitamina C, vitamina E, cálcio, fósforo, ferro, potássio e sódio. “De forma geral, o chocolate amargo tende a ser uma boa opção - com menos quantidade de carboidratos e açúcar, pois ele ajuda a combater doenças cardiovasculares, tem ação antioxidante e anti-inflamatória. Além disso, as versões deste chocolate com oleaginosas trazem mais benefícios e nutrientes, principalmente para pacientes com pele seca”, diz. Mas atenção à dose: 30g ao dia é o recomendado – portanto um ovo de chocolate pode ser consumido, em média, em uma semana.


segunda-feira, 26 de março de 2018

Dentro ou fora: onde é melhor fazer exercício físico

No duelo entre as atividades indoor e outdoor, mapeamos o que você precisa saber para descobrir qual se encaixa mais em seu perfil

Os dois ambientes apresentam vantagens - e você pode, inclusive, aliar práticas indoor às outdoor!

Sim, fazer exercício físico dentro ou fora de uma academia é também uma questão de gosto. Mas não para por aí. Da queima de calorias ao alívio do estresse, há benefícios a considerar quando você for escolher em que ambiente vai suar a camisa. A seguir, listamos as principais:

Queima de calorias
Indoor (dentro): se você curte correr na esteira, mas sempre ouve que as passadas na rua gastam mais energia, saiba que o esforço ao ar livre pode ser compensado indoor. A sacada vem de uma pesquisa da Universidade de Exeter, na Inglaterra. “Basta colocar a esteira numa inclinação de 1% para obter um gasto de energia equivalente”, revela o professor Andrew Jones.
Outdoor (fora): na rua ou no parque, a principal razão para o maior consumo de calorias é a resistência do vento. Aliado a um solo menos homogêneo, ele faz com que a gente se esforce mais e torre energia extra – tudo, claro, vai depender também do seu ritmo. O senão é que você tende a parar mais vezes por causa da circulação de pessoas e carros.

Corpo forte
Indoor: A academia não tem popularidade à toa. Ao reunir diversos aparelhos, halteres e acessórios, facilita um treino apto a trabalhar vários grupos musculares. Saiba, aliás, que a massa óssea também tira proveito das sessões. “Exercícios de força ajudam o cálcio a ser absorvido e mantido pelos ossos”, explica o ortopedista Michal Kossobudzki, do Hospital de Brasília.
Outdoor: Grama, areia ou asfalto. A variedade dos ambientes abertos estimula a prática de esportes (inclusive coletivos) e pode ativar um número maior de músculos, assim como fortalecer os ligamentos. “Essas mudanças de terreno também melhoram o equilíbrio e a consciência corporal”, nota o ortopedista André Pedrinelli, do Hospital das Clínicas de São Paulo.

Risco de lesões
Indoor: o bom senso vale tanto para exercícios dentro como para aqueles fora da academia. Na musculação, o exagero nos pesos é um dos grandes gatilhos de lesão. A regra é respeitar os limites e maneirar na empolgação – no supino, no leg press… “As cargas devem ser ajustadas individualmente e aumentadas gradualmente”, orienta Pedrinelli.
Outdoor: fique esperto porque, apesar de suas vantagens, a diversidade de terrenos ao ar livre está por trás de distensões ou torções. “Correr na rua pode levar a locais acidentados, o que aumenta o impacto sobre as articulações“, avisa Kossobudzki. “Pessoas que já têm problema no joelho ou quadril devem evitar esse tipo de treino”, completa.

Exposição ao sol
Indoor: aqui, esses treinos perdem de lavada. E não só em termos de vitamina D. “Ambientes fechados, com baixo teto, são um dos motivos para o abandono dos exercícios”, observa o educador físico Bruno Gion, do Hospital Israelita Albert Einstein, na capital paulista. Em compensação, dá pra malhar a qualquer hora sem se preocupar com a temperatura.
Outdoor: o bacana do exercício aberto é que os raios solares induzem a produção da aclamada vitamina D, bem-vinda aos ossos e à imunidade. No entanto, vale evitar horários entre 10 e 15h devido à alta radiação. “Também é importante usar chapéu, óculos escuros e filtro solar“, lembra o médico Pedro Dantas, da Sociedade Brasileira de Dermatologia.

Apoio do professor
Indoor: a presença de uma equipe de profissionais em academias costuma ser um trunfo das modalidades indoor. “Nesses ambientes, você tem mais recursos para prescrever e acompanhar o treino do indivíduo de modo a garantir eficiência e segurança”, avalia o educador físico Eduardo Netto, do Conselho Federal de Educação Física.
Outdoor: ninguém está sozinho nas ruas. Hoje existem assessorias esportivas que auxiliam quem gosta de treinar ao ar livre ou participar de grupos de corrida e caminhada. “O problema é quando a pessoa se exercita por conta, seguindo só os treinos de internet ou de conhecidos”, contraindica Netto. Não raro, esse hábito acaba em lesão.

Alívio do estresse
Indoor: se a ideia é contrapor a tensão diária, a vantagem dos ambientes fechados é não ter de se preocupar com as mudanças climáticas, fezes de cachorros ou automóveis. Nas grandes cidades, o medo de roubos e assaltos também pesa nessa escolha. Só não dá para ficar na academia se o ambiente em si vira motivo de estresse para você.
Outdoor: em compensação, um estudo de diversas instituições britânicas aponta que exercícios ao ar livre estão relacionados a uma queda nos níveis de ansiedade. Assim, caminhar, correr ou andar de bicicleta por aí melhora o bem-estar emocional. Uma das explicações estaria no contato com a natureza, que estimula inclusive a adesão ao treino.

Busca de prazer
Indoor: a questão é de foro individual, claro. Tem gente que prefere as salas de ginástica justamente para socializar e fazer novos amigos. A turma do crossfit, por exemplo, encontra motivação a cada novo WOD, o treino do dia, por mais difícil que pareça cumpri-lo. Ver os resultados da dedicação à malhação também vira fonte de prazer.
Outdoor: mas há pessoas que se sentem peixe fora d’água nas academias e boxes de crossfit e priorizam a liberdade e a individualidade do ar livre. “Na hora de escolher onde e como malhar, as preferências pessoais contam muito. Quando você faz algo de que gosta, há mais chances de manter o exercício ao longo do tempo”, resume o professor Jones.

Resumo da ópera

Faça exercício indoor se…
Gosta de socializar entre um exercício e outro
Quer fugir do frio, do calor ou da chuva
Busca zelar pela segurança própria e teme a violência urbana
Consegue manter o foco e a adesão quando estabelece um lugar fixo para malhar

Faça exercício outdoor se…
A grana está curta e precisa economizar
Adora o contato com a natureza
Não curte rotina e quer variar o cenário da malhação
Deseja pegar um bronzeado e recarregar os níveis de vitamina D

Uma última sugestão: exercícios indoor e outdoor não precisam brigar. Você também pode alterná-los no dia a dia.


Fonte: https://saude.abril.com.br/fitness/dentro-ou-fora-onde-e-melhor-fazer-exercicio-fisico/ - Por Fernando Barros - Foto: Omar Paixão/SAÚDE é Vital

domingo, 25 de março de 2018

O que é mal súbito e quais as suas causas

O produtor musical Miranda morreu após ter esse problema. Entenda o que é essa condição e quais os motivos por trás dela

A morte do produtor musical Carlos Eduardo Miranda aos 56 anos pegou todos de surpresa. Ele estava com a família quando teve um mal súbito. Mas o que é isso e por que pode ser tão grave?

“Na verdade, o mal súbito não é uma doença, e sim um sintoma de diversos problemas”, ensina o cardiologista Helio Castello, do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, em São Paulo. “Em resumo, trata-se de uma perda repentina de consciência”, completa.

Às vezes, não é mais do que um desmaio provocado por desidratação ou queda de pressão. Aliás, como anexo, o desmaio é uma síncope transitória e rápida que ocorre por falta de fluxo sanguíneo no cérebro.

Porém, essa perda de consciência pode ser a manifestação de quadros sérios, como o AVC, infarto, arritmias cardíacas ou aneurismas. Não raro, o mal súbito também dá as caras após o consumo excessivo de drogas ou álcool.

No caso de Miranda, ainda não se sabe o que motivou o problema. Ele teria sofrido fortes dores de cabeça antes do prolapso, o que sugeriria um derrame. No entanto, é impossível cravar qualquer coisa no momento.

Embora essa encrenca não necessariamente apresente sintomas prévios, talvez a pessoa sofra, momentos antes, incômodo no peito, batimentos cardíacos acelerados, mal-estar, enjoo, dor de cabeça, falta de ar…

Só não confunda mal súbito com morte súbita, que é quando de fato a pessoa falece repentinamente. “Problemas cardiovasculares são a principal causa de morte súbita”, revela Castello.

Dá para evitar o mal súbito?
Nem sempre, mas manter a saúde em dia, evitar o estresse e tomar bastante água pode evitar síncopes de maneira geral. Além disso, ao afastar a hipertensão, o diabetes, a obesidade e outros males que provocam ataques cardíacos e AVC, indiretamente você está combatendo o mal súbito.

Como socorrer alguém que perde a consciência
Via de regra, o atendimento precisa ser rápido. Se a pessoa não recobra a consciência em poucos segundos, contate os serviços de emergência e reportar os diferentes sinais para que o atendente ofereça um melhor suporte. O indivíduo parou de respirar? Seu coração está batendo?


Fonte: https://saude.abril.com.br/medicina/carlos-eduardo-miranda-o-que-e-mal-subito-e-quais-as-suas-causas/ - Por Theo Ruprecht - Foto: Valéria Mendonça/SAÚDE é Vital                          

sábado, 24 de março de 2018

6 sinais externos de que você pode ter problemas no coração

As doenças cardiovasculares são a principal causa de morte no mundo todo.

Infelizmente, o primeiro sinal que muitas pessoas têm de que seu coração não está em boas condições é quando sofrem um ataque cardíaco. De acordo com o Ministério da Saúde, no Brasil, 300 mil pessoas sofrem infartos todos os anos. Em 30% dos casos, o ataque cardíaco é fatal.

Embora seja impossível detectar sozinho todos os alertas que indicam que você tem um problema no coração, existem alguns sinais visíveis e externos que podem prever um futuro evento cardíaco.

Tenha em mente de que os sintomas da lista abaixo também podem ter causas benignas. Se você estiver preocupado com sua saúde ou em dúvida, deve procurar um médico para obter uma opinião especializada.

1. Sinais de Frank
Um desses indicadores externos é o aparecimento de pregas diagonais nos lóbulos das orelhas, conhecidas como “sinais de Frank”, em homenagem a Sanders Frank, o médico americano que as descreveu pela primeira vez.
Mais de 40 estudos científicos demonstraram que há uma associação entre essas pregas na orelha e o risco aumentado de aterosclerose, uma doença em que placas se acumulam dentro das artérias.


 Não está claro qual é a causa da associação, mas pode ser que as duas condições tenham uma origem embriológica compartilhada.
Mais recentemente, algumas pesquisas notaram que estas pregas também podem ter ligação com doença cerebrovascular, uma condição que afeta os vasos sanguíneos no cérebro.

2. Xantomas
Outro indicador externo de problemas cardíacos são os xantomas, saliências gordurosas e amareladas que podem aparecer nos cotovelos, joelhos, nádegas ou pálpebras. São espécies de “tumores benignos”, ou seja, inofensivos, mas podem ser um sinal de problemas maiores.
Os xantomas são mais comumente vistos em pessoas com uma doença genética chamada hipercolesterolemia familiar. Indivíduos com essa condição têm níveis excepcionalmente altos de LDL (lipoproteína de baixa densidade), o chamado “colesterol ruim”. Os níveis deste colesterol são tão altos que se depositam na pele. Infelizmente, esses depósitos de gordura também podem se acumular nas artérias que suprem o coração.
O mecanismo que causa esses depósitos de gordura nos tecidos ocupa um lugar icônico na medicina, pois levou ao desenvolvimento de um dos grupos de drogas que reduzem o colesterol: as estatinas.

3. Hipocratismo digital
Um fenômeno conhecido como hipocratismo ou baqueteamento digital também pode ser um sinal de que nem tudo está bem com o seu coração.
 Nele, as unhas mudam de forma, tornando-se mais grossas e largas, devido à produção de mais tecido. A mudança geralmente é indolor e acontece nas duas mãos. Isso pode ocorrer porque o sangue oxigenado não atinge os dedos adequadamente, de forma que células produzem um “fator” que promove o crescimento para tentar corrigir o problema.
Esse sintoma médico foi descrito pela primeira vez por Hipócrates, no século V aC. É por isso que é às vezes chamado de “dedos hipocráticos”.

4. Arcos senis
Depósitos de gordura nos olhos, chamados de “arcos senis”, também podem podem indicar problemas cardíacos.
Esses arcos começam na parte superior e inferior da íris, até progredir para formar um anel completo. Não interferem na visão.
Cerca de 45% das pessoas com mais de 40 anos têm esse halo de gordura ao redor da íris, aumentando para cerca de 70% nas pessoas com mais de 60 anos.
A presença desse anel gorduroso tem sido associada a alguns dos fatores de risco para doença coronariana.

5. Dentes e gengivas podres
O estado da sua saúde bucal também pode ser um bom indicador do estado da sua saúde cardiovascular.
A boca é cheia de bactérias, boas e ruins. As bactérias “ruins” podem entrar na corrente sanguínea pela boca e causar inflamação nos vasos sanguíneos, o que por sua vez pode levar a doenças cardiovasculares.
Estudos mostraram que perda dentária e gengivas inflamadas (periodontite) são marcadores de doença cardíaca.

6. Lábios azuis
Outro indicador de saúde é a cor dos seus lábios.
Os lábios geralmente são vermelhos, mas podem assumir uma coloração azulada (cianose) em pessoas com problemas cardíacos, quando o sistema cardiovascular falha em liberar sangue oxigenado para os tecidos.
Naturalmente, as pessoas também podem ficar com os lábios azuis quando estão com muito frio ou em altitude elevada. Nesses casos, a “boca roxa” provavelmente é devida a uma falta temporária de oxigênio, e deve retornar ao normal rapidamente. [ScienceAlert, Brasil]


sexta-feira, 23 de março de 2018

Aspectos fisiológicos a serem considerados no futebol

O futebol é um jogo que envolve duas equipes de 11 jogadores cada, sendo 10 atletas de linha e 1 goleiro. Mesmo nos níveis mais básicos, as posições são de defensores, de meio-campistas e de atacantes. Dependendo do sistema de jogo, o numero de atletas em cada linha pode sofrer combinações. Em competições oficiais o tempo de jogo é de 90 minutos de duração divididos em dois períodos de 45 minutos com 15 de intervalo, o que exige muito fisiologicamente dos atletas por causa dos padrões das atividades executadas nesse período que, segundo Barbanti (1996, pág.97) podem ser expressos em perfis de trabalho físico, que podem ser determinados por métodos de análises dos movimentos que dão indicações úteis dos estresses fisiológicos impostos pelo jogo.

Buscando melhores resultados, as equipes de futebol a nível mundial, inovam e priorizam seu preparo físico e tático, com o intuito de elevar o seu nível esportivo.

O planejamento desportivo é um processo que analisa, define e sistematiza as diferentes operações inerentes à construção e desenvolvimento dos praticantes ou das equipes. Por outro lado, organiza essas operações em função das finalidades, objetivos e previsões (a curto, médio ou longo prazo), escolhendo-se as decisões que visem o máximo de eficiência e funcionalidade das mesmas.

No entanto, para se falar de treinamento, é necessário ressaltar importantes aspectos fisiológicos, cujo eles são: Frequência Cardíaca, VO2 Máx., Limiar Lático ou Limiar Anaeróbio e Limiar Ventilatório.

Frequência Cardíaca
    O coração proporciona o impulso para o fluxo sanguíneo, e segundo McArdle, através do sistema cardiovascular, ele é responsável por integrar o corpo como uma unidade, proporcionando aos músculos ativos, uma corrente contínua de nutrientes e oxigênio, com a finalidade de manter um alto nível de transferência de energia e remover as "sobras" do metabolismo. A frequência cardíaca é exatamente o número de vezes que o coração bate, ocasionando assim esse impulso.

VO2 Máximo
VO2máx é o volume máximo de oxigênio que o corpo consegue "pegar" do ar que está dentro dos pulmões, levar até os tecidos através do sistema cardiovascular e usar na produção de energia, numa unidade de tempo. Este valor pode ser obtido indireta (através de diferentes testes, cada qual com seu protocolo e suas fórmulas) ou diretamente (pelo teste ergoespirométrico). Mas engana-se quem acha que o VO2máx é uma variável como a frequência cardíaca, que você pode medir com um frequencímetro. O VO2máx é usado para medir o "condicionamento" e o quão "condicional" é o indivíduo. Costuma ser o melhor índice fisiológico para classificação e triagem de atletas. E mais, normalmente é genético, não podendo ser melhorado muito acima de 20 ou 30%. Além disso, alguns outros fatores também influem no seu valor, tais como:
Taxa de gordura. Quanto maior a taxa de gordura do indivíduo, menor seu VO2máx;
Idade. Quanto maior a idade, menor o VO2máx;
Musculatura. Quanto maior a musculatura, maior o VO2máx, entre outros.

    Outra coisa que vale a pena ressaltar é que se o indivíduo for sedentário, provavelmente, com o treinamento, poderá ter seu VO2máx melhorado em até 30%. Já um atleta muito bem treinado, mesmo dando continuidade ao seu treinamento, dificilmente conseguirá melhorar seu VO2máx. Ou seja, quanto mais treinado for o indivíduo, menos ele pode melhorar seu VO2max, às vezes nem 1%. Porém, vale lembrar que mesmo sem aumentar seu consumo máximo de oxigênio, o desempenho deste indivíduo pode melhorar.

Limiar lático ou anaeróbio
    Atualmente, muitos cientistas preferem não utilizar o termo Limiar Anaeróbio. Já que isto pouco se deve a uma possível redução de oxigênio. Muito cientista tem utilizado termos diferentes como "Limiar Lático". O termo Limiar Anaeróbio é utilizado para descrever o fenômeno que ocorre com todos os atletas - sendo o máximo esforço ou velocidade em que se produz um nível constante de lactato no sangue. Qualquer aumento acima deste nível tanto em velocidade ou esforço, causará um aumento continuo do lactato ou ácido lático, o que pode eventualmente causar o atleta a encerrar a atividade. O aumento nos níveis de lactato é uma indicação de que algumas fibras musculares não estão sendo capazes de aguentar a carga aeróbicamente. Porém outras fibras tem a plena capacidade aeróbia, e estas acabam utilizando o lactato produzido nas fibras de capacidade limitada. Abaixo do Limiar Lático, todo o lactato produzido está sendo utilizado para energia aeróbia. Quando medimos o lactato na corrente sanguínea, estamos medindo a quantidade de lactato em movimento. Grandes quantidades do mesmo acabam se locomovendo para fibras com capacidade aeróbia disponível e acabam sendo convertidas novamente em piruvato e processadas aerobicamente. Acima do Limiar Lático, o mesmo é acumulado devido ao corpo não ser capaz de utilizá-lo.

Limiar ventilatório
    O limiar ventilatório (LV) foi proposto por Wasserman e McIlroy com o propósito de determinar, de forma indireta, a intensidade de esforço em que o lactato no sangue sofre elevação em relação ao valor de repouso, durante teste de esforço progressivo. O exercício realizado nessa intensidade estimula pouco a produção e o acúmulo de ácido lático no músculo, pois tem participação predominante das fibras musculares do tipo I (oxidativas) ou de contração lenta (vermelhas) e que têm grande afinidade pelo oxigênio, pois são cercadas por um maior número de capilares. As fibras do tipo I, acionadas em exercício de baixa intensidade, continuamente extraem e oxidam o ácido lático do sangue proveniente das fibras do tipo IIb (brancas) que possuem elevado teor glicolítico anaeróbio. A atividade física realizada utilizando-se a intensidade do exercício no Limiar Ventilatório é de grande utilidade no desenvolvimento da capilarização muscular após exercícios intensos, como em jogos e/ou treinamentos, em indivíduos que estão retornando de lesões musculares e que foram afastados de suas atividades por um longo período de tempo e/ou em indivíduos sedentários que querem iniciar um programa de treinamento físico.

Desta forma, a resposta metabólica e ventilatória ao exercício em intensidade até o Limiar Ventilatório, medida pela concentração de ácido lático sanguíneo, varia pouco em relação ao repouso, enquanto a ventilação mantém-se estável.

Portanto, o Limiar Ventilatório representa a intensidade de esforço acima da qual, durante um exercício de carga crescente, ocorre acúmulo de ácido lático no sangue e fadiga precoce.


quinta-feira, 22 de março de 2018

Sexo sem risco: saiba como se manter longe de cada DSTs

Curtir a vida a dois é tudo de bom, mas requer responsabilidade. A sexualidade de cada um é algo muito íntimo, mas independentemente de qualquer coisa, é preciso ter cuidado e prevenir-se contra as doenças sexualmente transmissíveis. Saiba como!

O sexo é, sem dúvida, um aspecto importante para manter a qualidade de vida. É um momento para relaxar e curtir profundamente.  Com uma ressalva: só não pode descuidar da saúde. Parece banal, corriqueiro até, mas, na verdade, se não houver cuidado, podem ocorrer contaminações, inclusive algumas graves. O mundo mudou e com essa guinada, o comportamento das pessoas, em relação ao sexo, está mais aberto, menos censurado, digamos.

“Com isso, as pessoas se expõem mais e nem sempre se protegem, provocando um aumento de transmissão das DSTs”, diz Fábio Eudes Leal, infectologista e médico do Centro de Referência e Treinamento em DST-AIDS, de São Paulo (SP).

A maior parte dessas doenças pode ser transmitida durante uma única relação sexual. Aliás, a pessoa pode se contaminar com mais de uma em uma única transa. Portanto, todo cuidado é pouco.

A contaminação transmitida pelo sexo tornou-se uma preocupação de saúde pública, cujo alvo principal são mulheres entre 19 e 24 anos que, segundo dados epidemiológicos, são as principais vítimas.

A prevenção é simples e única: usar camisinha. Essa é a forma mais eficaz de proteção. Agora você vai conhecer quais são as DSTs cujo contágio é mais significativo e poderá ficar esperta para garantir que as lembranças daquela transa fiquem apenas na sua cabeça.

Aids
A principal forma de transmissão é, de longe, o ato sexual, mas a doença pode ser transmitida também de mãe para filho durante o parto ou por transfusões de sangue. Essa última forma é praticamente desprezível hoje com um controle maior dos bancos de sangue. Há muitas pesquisas que buscam uma vacina contra a doença, algumas delas bastante promissoras, mas não há nada no mercado ainda. Os medicamentos conseguem manter a proliferação do vírus HIV sob controle, mas não se fala em cura, e os efeitos colaterais dessas drogas são grandes, não valem um momento de descuido.

Sífilis
É causada por um treponema, um tipo de micro-organismo que, durante a relação sexual,  é transmitido por meio de um ferimento nos órgãos sexuais, ainda que eles não sejam visíveis. Três semanas depois da infecção surge uma ferida com as bordas mais altas, que desaparece em três semanas. Sem tratamento, algumas semanas depois aparecem mais feridas, que podem se espalhar pela pele. Se não for devidamente cuidada – com antibiótico à base de penicilina –, a sífilis pode se espalhar para o sistema nervoso central, os ossos e o coração.

Gonorreia
É causada por uma bactéria. Os primeiros sintomas, febre, lesões na pele e inflamação na uretra, surgem de dois a seis dias depois da contaminação. Em 15% dos casos a doença pode comprometer as trompas e provoca esterilidade. O tratamento é feito com antibióticos, mas a pessoa pode ser contaminada mais de uma vez se voltar a ter relações sexuais com alguém infectado.

HPV
É a sigla em inglês para papiloma vírus humano, que provoca verrugas genitais. Os estudos mostram que 50% a 80% das mulheres sexualmente ativas são contaminadas pelo vírus em algum momento da vida. Mas a maioria das infecções é combatida pelo próprio sistema imunológico, principalmente no caso das mais jovens. Há cerca de 200 variações do vírus e algumas delas são bem mais perigosas. O organismo não consegue dar conta delas sozinho. As lesões que essas variações provocam na mucosa do aparelho reprodutor são mais persistentes e podem levar ao aparecimento do câncer.  Os dados epidemiológicos mostram que, caso a mulher não se trate, isso pode ocorrer entre 3% e 10% das vezes. Já existe vacina contra esse tipo de doença.


Fonte: http://corpoacorpo.com.br/blogs/mulher-de-corpo/sexo-sem-risco-saiba-como-se-manter-longe-de-cada-dsts/12520 - Por Ivonete Lucirio | Edição Isabela Leal | Fotos Getty Images | Adaptação web Ana Paula Ferreira

quarta-feira, 21 de março de 2018

7 alimentos que ajudam a emagrecer

Pode apostar. Estes alimentos têm a comprovação da ciência de que ajudam na perda de peso

Você anda tentando, tentando e tentando perder peso e não consegue? Tente estes alimentos que ajudam a emagrecer!

1. Coma um GRAPEFRUIT por dia. De manhã, em jejum, ou antes de dormir. A fruta contém grandes quantidades de antioxidante, que retarda o envelhecimento celular, regula os níveis de glicose no sangue e aumenta as defesas. Pesquisas mostraram que quem come ou bebe o suco da fruta todo dia apresenta menores índices de glicose sanguínea e emagrece mais. A perda de peso estaria ligada aos menores teores de insulina no sangue. Em excesso, esse hormônio estimula o hipotálamo (região do cérebro), provocando sensação de fome, além de estimular o fígado a fabricar gordura, que pode obstruir as artérias e causar infartos e derrames.

2. Coma LENTILHAS para ficar magrinho. Há muitos bons motivos para você fazer com que a lentilha faça parte de sua dieta. Rica em fibras e ótima fonte de proteínas, ela fará com que você se sinta satisfeito por mais tempo. E mais, por ter baixo índice glicêmico, ela é digerida mais lentamente, fazendo com que você não sinta fome logo depois da refeição. Coma uma xícara de lentilhas todos os dias.

3. Alimente-se a CADA TRÊS HORAS. Ainda que cada pessoa seja diferente, adapte a sua rotina para fazer de quatro a cinco refeições diárias. Você não só assegurará que a sua glicemia se mantenha constante, como fará o corpo trabalhar o tempo todo, ou seja: o metabolismo se manterá mais acelerado.

4. Aposte no OVO no café da manhã. Um ovo grande tem 19,4% da vitamina A e 12% da quantidade diária de proteína recomendada a um homem. E o melhor, ele sacia, contribuindo para a perda de peso.

5. Vá de FEIJÃO BRANCO. Rico em potássio, fósforo, zinco e ferro, o feijão branco contém, ainda, uma enzima chamada faseolina, que age como um bloqueador natural de carboidratos e açúcares (cerca de 20%), o que leva à perda de até 4% do peso em 30 dias. E mais, ele ajuda a reduzir os níveis de triglicérides no sangue.

6. Aposte no IOGURTE. Adicionar iogurte à dieta acelera a perda de peso e dos pneuzinhos. Uma pesquisa publicada no International Journal of Obesity revelou que pessoas que faziam um regime hipocalórico e comiam três porções de iogurte desnatado por dia perderam 22% mais peso, 61% mais gordura e 81% mais gordura na região do estômago do que quem não ingeria a delícia. O cálcio e a proteína desse produto lácteo ajudam a queimar a gordura e a promover o emagrecimento.

7. Tempere com AZEITE de oliva e vinagre. O azeite de oliva extravirgem é fonte de ácidos graxos monoinsaturados, que evitam o acúmulo de gorduras ruins nos tecidos. O vinagre contém ácido acético, que aumenta a velocidade com que o corpo queime gordura.


Fonte: https://sportlife.com.br/7-alimentos-que-ajudam-a-emagrecer/ - Vanessa de Sá - Foto: Reprodução/Freepik

terça-feira, 20 de março de 2018

O que drogas, games e redes sociais têm em comum

Nosso colunista faz uma viagem cérebro adentro para explicar como surgem e se perpetuam os mais diversos vícios

“Ficar sem poder utilizar (…) pode fazer com que certas pessoas se sintam ansiosas ou em pânico, com abstinência e sensação de vazio. Indivíduos dizem sentir uma vontade cada vez maior (e às vezes inconsciente) de usar (…) novamente, não importa onde. Na fila do banco, na sala de espera de uma consulta ou em casa, podendo ocorrer inclusive na presença de familiares. Diferentemente dos primeiros dias, mais horas são dedicadas a (…) para obter o mesmo nível de prazer. Pessoas são avistadas fazendo uso (…) ao ar livre, sem que ocorra interação com os usuários que estão ao lado…”

O trecho acima pode ser a descrição de um viciado em drogas. Mas será que você se encaixa nesse perfil se trocarmos “drogas” por “redes sociais“, “celular” ou “jogos eletrônicos”. Leia novamente o texto e insira qualquer uma dessas palavras logo após os trechos em negrito. Podem cair como uma luva, não?

A GlobalWebIndex, empresa que compila dados de comportamento do consumidor pelo mundo, revelou que, em 2015, os brasileiros já ficavam aproximadamente três horas e 40 minutos conectados a internet por meio do celular. Isso dá cerca de 26 horas por semana. As redes sociais são os produtos mais consumidos na telinha do smartphone.

Outro levantamento, este feito em 2015 pela National Purchase Diary Panel, companhia americana de pesquisas de mercado, descobriu que 82% dos brasileiros entre 13 e 59 anos jogam algum tipo de game, seja no computador, seja no videogame, seja no celular… O estudo aponta que essa recreação consome, em média, 15 horas semanais dos jogadores.

Olhando esses números parece que somos uma nação de viciados em games e redes sociais, né? Mas o que é realmente considerado um vício? Será que existe semelhança entre a sede incontrolável por drogas, a vontade de passar horas e horas jogando e a compulsão por saber o que está acontecendo na vida das outras pessoas? Vamos entender como nosso cérebro percebe essas situações e ver o que está por trás das cortinas desses comportamentos.

Conversa de neurônio
Antes de entrarmos nos redutos cerebrais do vício e da compulsão, precisamos entender de uma maneira rápida e simples como os neurônios se comunicam.

Existem duas maneiras de as células nervosas conversarem: por sinais elétricos, transmitidos diretamente entre os neurônios, e por um sinal químico, obra dos neurotransmissores. O sinal elétrico é bem mais rápido, enquanto o químico pode ser regulado com muito mais precisão.

Tá, e as drogas com isso? Então, substâncias lícitas e ilícitas atuam muitas vezes se disfarçando de neurotransmissores. Vamos nos aprofundar um pouco mais sobre esses mensageiros químicos.

Imagine aquele brinquedo de criança de encaixar os blocos em formato de círculo, quadrado ou triângulo no buraco correspondente. Agora faça de conta que os blocos são os neurotransmissores, a criança é o neurônio que libera os neurotransmissores e a caixa é o outro neurônio que absorve os neurotransmissores por meio dos seus neuroreceptores, os buraquinhos com as formas geométricas correspondentes.

Nesse mesmo brinquedo, hoje mais moderno, soam barulhos diferentes para cada bloco encaixado com sucesso. Pois bem, você acaba de entender como funciona uma sinapse química.

No nosso cérebro, ocorrem milhões de sinapses químicas o tempo todo. Nesse bate-papo entre neurônios, eles ficam a uma distância de cerca de 40 nanômetros um do outro e não se tocam fisicamente. Para ter uma noção desse espaço, um fio de cabelo tem 75 mil nanômetros de diâmetro. Sim, é muuuito pequeno. Nesse minúsculo pedaço neurotransmissores são liberados por um neurônio e assimilados pelos neuroreceptores do outro neurônio.

Voltemos ao nosso brinquedo de encaixar. Assim que uma criança pega um bloco (círculo, triângulo…), existem quatro possíveis destinos no jogo:
O bloco é colocado no lugar certo e a música toca;
O bloco não encaixa e vai parar junto com os outros blocos;
A criança pega o bloco de volta e esquece do jogo;
A mãe dá um sumiço no bloco porque quer que a criança faça outra coisa (tipo comer a papinha!)

No paralelo, quatro cenários são vislumbrados para o neurotransmissor:
Ele pode ser absorvido pelo neurônio seguinte;
Pode se acumular no espaço entre os neurônios;
Pode ser reabsorvido pelo neurônio que o liberou;
Pode ser degradado
Pronto! Depois de uma breve aula sobre os neurotransmissores, vamos lançar nossos holofotes para um deles, a famosa dopamina.

Esse neurotransmissor atua em diversas frentes: está envolvido com a memória, a regulação do sono, a motivação e o sistema de recompensa. Sistema de recompensa é o circuito ativado toda vez que você faz sexo, foge de algo perigoso, sobrevive a um susto. Nessas horas é como se nosso cérebro nos desse um prêmio e declarasse: “Parabéns, isso foi bom! Faça de novo! Inclusive vou ajudá-lo a se lembrar dessa sua atitude para repetir a dose em breve”.

Essa recompensa pode vir de situações muito diferentes: saltar de paraquedas, por exemplo. Caso você tenha coragem de pular e o dispositivo abrir — isto é, nada trágico lhe acontecer —, um caminhão de dopamina poderá ser liberado durante a queda e o pouso. Isso ativará regiões do cérebro associadas ao bem-estar e, bingo!, você se sentirá o máximo. E o máximo mesmo, porque você acabou de sobreviver a uma situação que seu cérebro insistia em considerar perigosa. Não é à toa que uma porção de gente fica viciada em saltar de paraquedas ou praticar outros esportes radicais.

A recompensa vem de formas menos radicais também. Comida com muita caloria faz seu cérebro se sentir feliz e julgar esses alimentos como algo muito bom e necessário. De batata frita em batata frita, nossa cabeça passa a interpretar o seguinte: “Por que você não come mais? Por que não dá sempre preferência a esse tipo de comida? Vai que não temos mais essa delícia amanhã…” A indústria alimentícia sabe disso. Por que você acha que temos tantos produtos altamente calóricos e com pouco valor nutricional na prateleira do mercado e no balcão das lanchonetes?

Comida calórica, quedas vertiginosas pelo céu, drogas… Eis a dopamina em ação. Tudo que nos dá muito prazer induz liberação de dopamina e estimula o pedido de “quero mais!”. Parece a receita da felicidade, certo? Será? Hora de ver o outro lado da moeda: o vício.

Que vício foi esse?
Nosso cérebro é tão fantástico que equilibra a liberação de dopamina e outros neurotransmissores. Sim, não se vive só de prazer. Como explicamos, neurotransmissores podem ser reabsorvidos pelo próprio neurônio que o liberou e, assim, a massa cinzenta tem um controle mais preciso para estimular determinada cadeia de células nervosas.

O vício acontece quando esse equilíbrio é quebrado. Um neurotransmissor não volta para onde devia ou é liberado numa proporção muito maior que o normal. São coisas que podem acontecer inclusive em razão de uma predisposição genética.

Os vícios por drogas e por certos comportamentos são fisiologicamente parecidos, ou seja, ocorrem no mesmo lugar do cérebro e ambos se sustentam em uma dependência bioquímica. A grande diferença é que o vício comportamental faz com que o cérebro tenha um desequilíbrio químico momentâneo. Como consequência, você terá vontade de sentir de novo aquela sensação um tempo depois. E isso pode acontecer até o ponto de o cérebro perder o comando e não conseguir mais cortar tal estímulo, o que atrapalha a vida e suas obrigações.

Com as drogas, há uma mudança química no cérebro. As substâncias podem agir diretamente no mecanismo de reabsorção da dopamina ou até mesmo se disfarçar de neurotransmissor. É como se passassem a ter certo domínio sobre a nossa cuca. Quer um exemplo de quem faz uma coisa dessas? Vou soprar a resposta: a nicotina.

Obrigado por fumar
Dos inúmeros componentes do cigarro, a nicotina é, com certeza, o pior elemento em matéria de vício. Ela se passa por um neurotransmissor, a acetilcolina, para enganar o cérebro. A acetilcolina é uma espécie de gerente de fábrica e controla a linha de montagem da dopamina. Quanto mais acetilcolina houver monitorando a fábrica, mais dopamina será produzida.

Quando um fumante dá uma tragada, é como se um bando de gerentes mandasse todo mundo fazer hora extra. Resultado: uma enxurrada de dopamina se espraia pelo cérebro. Vem uma sensação prazerosa, uma vontade de vestir o chapéu de caubói, montar um cavalo e sair galopando e soltando fumaça pelo campo. O cérebro adorou e registra: “Isso foi bom! Lembre-se disso! Repita mais vezes!”

Mas digamos que a nicotina é tão insidiosa que, além de se disfarçar de gerentona, ainda impede que a dopamina volte para o neurônio que a liberou (uma maneira de botar um ponto final no prazer). Isso permite com que a região entre os dois neurônios fique inundada de dopamina. Agora dá para entender por que o cigarro vicia tanto e muita gente sofre para abandoná-lo. Quando o sujeito para de fumar, os níveis de nicotina desabam e, por consequência, os de dopamina também caem. Aí nasce a abstinência. O que, bioquimicamente, significa: “Por favor, quero mais dopamina… Me encha de dopamina!”

Como a acetilcolina tem outras funções — participa da memória, do aprendizado, da respiração, do ritmo cardíaco, dos movimentos musculares… —, a nicotina bagunça muito o organismo.

Falamos de cigarro, mas a tal dopamina é o mesmo neurotransmissor excitado por drogas como cocaína e heroína. Existem substâncias que causam um desequilíbrio ainda maior entre os mensageiros químicos, mas digamos que a nicotina faz um trabalho bem sujo.

Seu cérebro já curtiu hoje?
Diferentemente das drogas, nas redes sociais (Facebook, Instagram…) sentimos prazer por fazer parte de um grupo, especialmente se ele tem pessoas com pensamentos parecidos com os nossos. Ao compartilhar uma notícia, ideia ou prato de comida, esperamos que nossos amigos virtuais curtam e comentem a postagem.

Quando nossos posts recebem um monte de curtidas e visualizações, nosso cérebro entende que essa atitude é digna de recompensa e sentimos prazer. Tome dopamina! Caso o post não tenha sucesso, ficamos frustrados.

Além disso, as redes podem gerar aquela compulsão por atualizar a página a cada cinco minutos. Sentimos que precisamos acompanhar tudo o que acontece. O que nossos amigos andam fazendo, por onde estão viajando, o que comem e curtem… E, claro, lá vem a necessidade de se expor e fazer o mesmo. Caso contrário, você fica fora da conversa… Fora do grupo.

Uso a palavra “compulsão” para me referir a comportamentos excessivos diante das mídias sociais porque ainda não há estudos suficientes para bater o martelo quanto a um “vício”. No vício, as pessoas perdem o controle. Não conseguem parar de usar uma droga ou repetir certo comportamento. E ainda não foi reportado um caso de um indivíduo que deixou de comer ou fazer outras atividades para viver exclusivamente nas redes sociais.

Já no caso dos jogos eletrônicos a coisa muda de figura. A Organização Mundial da Saúde (OMS) passará a classificar o vício em games como um transtorno psiquiátrico a partir deste ano. Já existem diversos relatos e estudos comprovando que pessoas deixam de comer para jogar. Sites de notícias internacionais já divulgaram casos de mortes por parada cardíaca causadas pela exaustão de dias de game sem comer e dormir.

Jogos eletrônicos, particularmente os online, ativam o sistema de recompensa rapidamente. No começo, o jogo é tranquilo e fica fácil obter as vitórias. Mas, conforme as fases avançam, torna-se mais difícil cumprir as missões. Isso demanda horas extras destinadas ao jogo. Além do êxito individual (“fechei mais um!”), há o sentimento de ser reconhecido na comunidade online que também joga. É evidente que a maioria dos jogadores não se vicia e corre riscos de saúde por causa dos games, mas cabe uma reflexão se você passa horas no computador, videogame ou smartphone.

Você no comando
Como pisar no freio de vícios e compulsões? Como deixar de ser refém das redes sociais? Bom, se a situação fugiu de controle, melhor procurar um profissional de saúde. Mas saiba que, por mais contraditório que pareça, existem aplicativos de celular, caso do Forest: Stay Focused (para Android) e do Moment (iOS), que nos incentivam a deixar o smartphone de lado por alguns minutos e nos dão recompensas virtuais por isso. O Forest planta uma árvore para cada período longe de outros apps. O Moment avisa se você passou tempo demais olhando para o celular.

Outra dica: se você sente que abusa, torne o acesso às mídias sociais mais difícil. Desabilite as notificações que pipocam na parte superior da tela o tempo inteiro. Desinstale os aplicativos que ficam apitando. Busque diminuir, aos poucos, quanto tempo você passa nas redes. Se você olha sua timeline 20 vezes por dia, reduza para 15 na primeira semana e por aí vai.

O mesmo conselho se aplica aos games. É complicado parar de jogar de uma vez. Limite a quantidade de horas de jogo e o número de partidas, intercalando com outras atividades que drenam as forças da compulsão.

E, agora, por favor, curtam e compartilhem (com moderação!) este artigo para meu cérebro receber uma pequena dose de dopamina.


Fonte: https://saude.abril.com.br/blog/cientistas-explicam/o-que-drogas-games-e-redes-sociais-tem-em-comum/ - Por Luiz Gustavo de Almeida -Ilustração: Pedro Hamdan/SAÚDE é Vital

segunda-feira, 19 de março de 2018

6 estratégias para manter a pele hidratada, firme e sem celulite

Tudo o que você precisa saber (e fazer!) para sua pele estar sempre protegida e saudável

Para completar sua planilha de corrida sem se lesionar, você sabe que precisa de um treino de fortalecimento que proteja joelhos e articulações. No caso da pele, a barreira cutânea cumpre esse papel de suporte, por isso é tão importante cuidar dela. A seguir, confira alguns hábitos essenciais para mantê-la intacta:

1. Hidrate sempre
“Entre os ativos, destaco o Hyaxel (ácido hialurônico vetorizado pelo silício), que, além de reforçar esse sistema de defesa (diminui a perda de água e melhora a hidratação), reestrutura o colágeno e tem efeito preenchedor”, explica a dermatologista Juliana Piquet, do Rio de Janeiro.

2. Escolha o filtro solar certo
Aplique também um bom filtro solar, adequado ao seu tipo de pele, e leve em conta o FPS e a textura do produto.

3. Estimule o colágeno
“À noite, invista em um cosmético que acelere a renovação celular, com ácido ou derivado, para aumentar a produção de colágeno. Ao longo do dia, use algo que traga refrescância, como uma água termal, e um antioxidante oral que também auxilie nessa produção da proteína”, sugere Thaís.

4. Beba água contra a celulite
Quer curvas firmes e amenizar os furinhos aparentes nas coxas e no bumbum? Beber bastante água favorece a absorção dos nutrientes necessários ao equilíbrio da pele. “Em conjunto com as fibras, a água estimula o trânsito intestinal e a eliminação das toxinas, impedindo que se acumulem no organismo e deem origem à celulite”, explica a nutricionista Elaine.

5. Consuma alimentos anti-inchaço
Ao sentir o jeans mais apertado na cintura, dê preferência a alimentos anti-inchaço: chá de hibisco, suco de limão, melancia, morango, abóbora, agrião, beterraba, cenoura, escarola, folhas de beterraba, repolho, salsinha, tomate, broto de feijão e pepino.

6. Aposte em um nécessaire poderoso

1. Idéal Soleil Anti-Idade Toque Seco FPS 50
Age sobre os três principais fatores de envelhecimento precoce: sol, stress e má alimentação. Leva kombucha, um agente antiglicante (trabalha a pró-firmeza da pele), e extrato de camu-camu, antioxidante.

2. Betacaroteno, Sundown Naturals
Fonte de vitamina A, as cápsulas atuam na produção de melanina, pigmento responsável pelo bronzeado. Protege a pele dos raios UV, prevenindo a formação de manchas.

3. Body Fit, Clarins
Funciona como um personal trainer corporal que ensina as células de gordura a trabalhar direito. Reduz a aparência da celulite existente e ajuda a prevenir o aparecimento de novos furinhos. E ainda tem ação lifting!

4. Loção Corporal Firmadora Targeted-Action TimeWise
Mantém a sustentação da pele ao mesmo tempo que seus ingredientes antioxidantes protegem dos radicais livres que aceleram o envelhecimento.

5. The Porefessional Instant Wipeout Mask, Benefit
Feita de tecido com fibras de algodão, sua textura esfolia e remove as impurezas dos poros instantaneamente, deixando a pele limpa, fresca e lisinha.