A tabela nutricional possui a composição do
alimento, quantidades de nutrientes fornecidos e quanto isso representa na
ingestão diária
Quando você está no supermercado, tem o costume de
se atentar às informações nutricionais por trás de cada alimento que você
escolheu pro seu carrinho? A resposta de muitas pessoas pode ser negativa,
porque a maioria não sabe o que significa cada item da tabela nutricional.
Mas, acredite, é naquelas letrinhas bem pequenas no
verso das embalagens que contém as principais informações sobre o alimento. A
tabela nutricional foi regulamentada pela Anvisa e contém a composição do alimento,
quantidades de nutrientes fornecidos e quanto isso representa na ingestão
diária.
Para te ajudar a ler essas informações, a
nutricionista do Instituto EndoVitta, Angélica Grecco, explica cada item.
Confira abaixo quais são as características medidas de cada nutriente:
Porção
Começando de cima para baixo na tabela, o primeiro
item é a porção. Trata-se quantidade média do alimento a ser consumido na refeição
por uma pessoa sadia, de forma a manter uma alimentação saudável.
Valor diário de referência
À direita do item anterior, está a coluna do valor
diário de referência. Atribuído a cada nutriente da tabela, este número
corresponde ao percentual que indica o quanto o produto apresenta de energia e
nutrientes em relação à quantidade ideal em uma dieta de 2000 calorias.
Quanto os valores diários não estão estabelecidos,
significa que não tem um valor ideal daquele nutriente para a pessoa consumir
por dia.
O que é o valor energético?
Logo abaixo da porção na tabela se encontra o valor
energético. Para simplificar, consideramos que é a mesma energia que o corpo
recebe a partir da digestão dos alimentos, mais especificamente a partir da
digestão dos carboidratos, proteínas e gorduras.
No rótulo dos alimentos, o valor energético é
expresso na forma de quilocalorias (comumente chamadas de calorias- kcal) ou
quilojoules (kJ). Esse cálculo avalia o valor energético do alimento, ou seja,
proteínas e carboidratos representam 4 kcal/g e gorduras representam 9 kcal/g.
O que deve ter em uma tabela nutricional
Além do valor energético, uma tabela nutricional
inclui o valor diário de referência e a quantidade em gramas dos seguintes
nutrientes:
Carboidratos: Os carboidratos são também chamados de
açúcares, glicídios ou hidratos de carbonos. Eles geram energia ao organismo.
Sacarose: É também conhecida como açúcar de mesa.
Encontra-se em abundância na cana-de-açúcar, frutas e na beterraba.
Lactose: A lactose é o açúcar presente no leite e
seus derivados.
Glicose: carboidrato considerado uma das principais
fontes de energia. Quando o pâncreas está comprometido, ocorre uma deficiência
na produção de insulina, o que resulta no aumento da glicose no sangue. Assim,
se não forem tomadas as medidas corretas, a pessoa pode desenvolver diabetes
mellitus.
Proteínas: as proteínas são compostas por moléculas
de carbono, hidrogênio, oxigênio e nitrogênio. Elas são fundamentais na
formação massa muscular do organismo.
Gorduras totais: é o resultado da soma de todos os
tipos de gordura presentes em um determinado alimento - sejam eles de origem
vegetal ou animal. Além de ajudar na absorção de vitaminas, ela é uma das
principais fontes de energia para o corpo, junto com os carboidratos e as
proteínas.
Gorduras saturadas: A gordura saturada aparece nos
alimentos de origem animal - como carnes vermelhas e derivados do leite. Ela é
prejudicial para a saúde por aumentar o colesterol ruim e, consequentemente, as
chances de problemas no coração. Deve ser consumida com moderação.
Gorduras trans: presente na maior parte dos
alimentos industrializados, ela não tem nenhum benefício comprovado para o
organismo, pelo contrário: pode aumentar o colesterol ruim, e ainda diminuir os
níveis de colesterol bom se for consumida em excesso.
Fibra alimentar: As fibras alimentares compreendem
as partes comestíveis dos vegetais presentes nas frutas, legumes, verduras e
hortaliças.Também não têm valor nutritivo, nem energético (não têm calorias).
Elas são fundamentais para o bom funcionamento do intestino e ajudam a promover
saciedade.
Sódio: é um mineral, normalmente encontrado na
natureza com um outro elemento químico, o cloreto. O cloreto de sódio é o
famoso sal de cozinha e possui 40% de sódio em cada grama. A principal função
do sódio é equilibrar a quantidade de água no organismo, juntamente com o
potássio.
Vitamina B2: é chamada de riboflavina, é importante
para o organismo porque participa de funções como estimular a produção de
sangue e manter o metabolismo adequado.
Vitamina C: é uma vitamina encontrada em vários
alimentos e vendida como um suplemento dietético. É usado para prevenir e
tratar o escorbuto. A vitamina C é um nutriente essencial envolvido no reparo
do tecido e na produção enzimática de certos neurotransmissores.
Vitamina E: A vitamina E ajuda a melhorar o sistema
imune, pele e o cabelo, assim como prevenir doenças como aterosclerose e o
Alzheimer.
Cálcio: O cálcio é um mineral essencial para a
construção e manutenção dos ossos e dos dentes, além de ser muito importante
para a contração muscular e transmissão dos impulsos nervosos.
Ferro: A falta do mineral ferro faz com que o
organismo produza menos células vermelhas, o que irá caracterizar o quadro de
anemia.
Fósforo: é um elemento de origem mineral, existindo
em grande quantidade em todos os alimentos, principalmente os de origem animal.
Magnésio: é fundamental para a produção de energia
no organismo e para a metabolização da glicose. Junto ao cálcio, ele também
auxilia na contração muscular, facilitando o relaxamento do músculo.
Selênio: é um mineral presente no solo e, por isso,
a sua quantidade nos alimentos varia de acordo com a riqueza do solo nesse
mineral.
Glutamina: é o aminoácido que está presente em
maiores quantidades no organismo.
Glicina: é um aminoácido encontrado em alimentos
como a ovos, peixe, carne, leite, queijo e iogurtes.
Cisteína: aminoácido com características
antioxidantes e detoxificantes. Também auxilia na beleza e força da pele,
cabelos e unhas e no ganho de massa muscular.
Taurina: aminoácido que permite que o fígado
sintetize os sais biliares, que são muito importantes para uma boa digestão de
gorduras no intestino delgado.
Enxofre: é encontrada exclusivamente em proteínas
animais.